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Introdução

O marketing, ao longo dos anos, vem sofrendo inúmeros reajustes em sua atuação,
adaptações essas provenientes das mudanças ocorridas no mercado e nos cenários mundiais,
que forçam a todo instante uma nova interpretação e adaptação das premissas mercado
lógicas. O mix de marketing ou composto de marketing é um conjunto de elementos que
representam as atividades abraçadas pelo marketing. Seu principal objetivo é gerar o desejo
de compra no consumidor. Na conceituação mais conhecida, baseia-se nos 4Ps de marketing:
produto, preço, praça e promoção.

O presente trabalho tem como objetivo apresentar um estudo sobre o mix principalmente o
composto praça como uma ferramenta de marketing eficaz no aumento das vendas.
Composto praça Para Churchill e Peter (2005), canal de distribuição é uma rede (ou sistema)
organizada de órgão e instituições que executam todas as funções necessárias para ligar os
produtores aos usuários finais, a fim de realizar a tarefa de marketing.
1. Composto de Marketing
Segundo Diniz (2018, p.5) O composto de marketing ou mix de marketing foi popularizado
por Philip Kotler, mais conhecido como os 4P’s de marketing (produto, preço, promoção e
praça) e tem como objetivo principal facilitar as decisões da empresa de forma eficaz para
que os objetivos empresariais sejam desenvolvidos corretamente.
Kotler (1998, p. 97) conceitua o composto de marketing como “a junção de ferramentas que
uma organização usa para conseguir atingir seus objetivos principais de marketing no
mercado”.
Para Richers (2000, p. 158) o “composto de marketing é um planeamento estratégico que traz
eficácia e ajuda a organização a atingir objetivos a médio e longo prazo de forma eficiente”.
O composto de marketing, apresentado por Cobra (2017) inclui quatro funções básicas:
Produto, Preço, Praça e Promoção. Todos os elementos do composto são criados e
determinados para atender os clientes do mercado-alvo.
De acordo com Kotler e Keller (2006, p. 17), “os 4P’s representam a visão que a empresa
vendedora tem das ferramentas de marketing disponíveis para influenciar compradores. Do
ponto de vista de um comprador, cada ferramenta de marketing é projetada para oferecer um
benefício ao cliente”.
O composto de marketing, de acordo com Czinkota (2001), é planejado para satisfazer as
necessidades de cada mercado no qual a empresa quer alcançar, além de auxiliar a
organização a desenvolver uma estratégia de posicionamento.
Churchill e Peter (2012) enfatizam que o composto dos 4’ps é uma combinação de ferramenta
estratégica usada para criar valor para o cliente e alcançar os objetivos da organização e
também deve ser combinada de forma coerente para obter máxima eficácia.
Na interpretação de Churchill Jr. e Peter (2005), o elemento produto é o que os profissionais
de marketing oferecem ao cliente, com o propósito de troca. Já na definição de Kotler (2015)
produto ''é uma combinação de bens e serviços que a empresa oferece para o mercado alvo,
como: variedade, qualidade, design, características, nome da marca e embalagem''.
Em relação ao elemento preço, para Churchill Jr. e Peter (2005) está relacionado à quantidade
de dinheiro ou outros recursos que os profissionais de marketing pedem pelo produto que
oferecem.
Cobra (1992) comenta que é preciso que o preço, divulgado pelas listas de preços aos clientes
e aos consumidores, seja justo e proporcione descontos estimulantes à compra dos produtos
ou serviços ofertados, com subsídios adequados e períodos (prazos) de pagamento e termos
de crédito que sejam atrativos.
O elemento praça, como apresentado por Kotler (2015), envolve as atividades da empresa
que disponibilizam o produto para os consumidores, canais, cobertura, locais, estoque,
transporte e logística. Este Composto também é conhecido como distribuição. Las Casas
(2006) afirma que “através do tempo”. Desta forma, a empresa elege os meios de distribuição
da maneira que possa vender produtos em determinados locais.
Por fim, o elemento promoção, apresentado por Czinkota (2001), refere-se às ações que
comunicam a estratégia de marketing utilizada pela empresa para os clientes e para aqueles
que agenciam a distribuição do produto para o mercado. Os elementos que fazem parte do
composto promocional são: publicidade, vendas pessoal, relações públicas e a promoção das
vendas. No entender de Churchill e Peter (2005), o elemento promoção se refere em como os
profissionais de marketing informam, convencem ou lembram os clientes sobre produtos e
serviços.
1.1. O surgimento e a evolução das praças
A definição de praça varia de acordo com cada cultura. Seu modo de uso e tratamento pode
definir o nível de civilidade de seus usuários, assim como essas unidades urbanísticas são
administradas pelos seus governantes. Entre os gregos e os romanos da antiguidade, a praça
chamada de ágora ou fórum – era um espaço voltado à transmissão de conhecimento e
cultura, de exposição de ideias e tomada de decisões. Portanto, esses ambientes eram,
realmente, bem planeados, bem frequentados e bem cuidados.
Para compreensão da praça no momento atual é necessário entender o seu surgimento como
elemento da morfologia urbana nas diversas civilizações no decorrer da história e a sua
contribuição para a evolução das cidades.
Conforme Vargas (2001), a ágora configura-se como espaço plano aberto onde eram
praticadas atividades comerciais e de encontro. Com o passar do tempo adquiriu outra
configuração passando a ser um espaço aberto cercado por edifícios monumentais. Essa nova
forma contribuiu para o isolamento do entorno urbano. Até o século V a.C. a ágora se
manteve com a forma irregular, posteriormente começou a ser inserida no desenho urbano
com forma retangular, ordenada a partir do próprio traçado viário das cidades.
"A distribuição precisa levar o produto certo, ao lugar certo, através dos canais
de distribuição adequados, com uma cobertura que não deixe faltar produto em
nenhum mercado importante, localizando para isso fábricas, depósitos,
distribuidores e dispondo ainda de um inventário de estoques para suprir as
necessidades de consumo através de recursos de transporte convenientes" De
acordo com Cobra (1994, p.44)
1.1.2. Praça
Um dos “Ps” a ser analisado é o “P” de praça, o qual significa canais de distribuição do
produto, ou seja, a maneira pela qual os produtos são levados até o usuário final. Um bom
produto e um preço adequado não são suficientes para assegurar vendas. É necessária
também a existência de uma forma eficiente de conduzir os produtos até os compradores
finais.
Caso contrário, o plano de marketing será deficiente, pois os consumidores estão
acostumados e muitas vezes exigem comprar seus produtos em locais que lhe sejam
acessíveis, convenientes e disponíveis quando necessitarem. (Las casas, 2006).
A ferramenta praça, definida também como canal de distribuição, diz respeito ao caminho
que o produto percorre desde sua produção até o consumo.
"Praça é a atividade de concretizar a transmissão de posse, incluindo a movimentação física,
de um produto ou serviço da fábrica ou da empresa que o oferece em direção ao consumidor".
(Chacha, 2010)
A economia vem se tornando cada vez mais complexa com o passar do tempo, exigindo
assim que o produtor utilize algum tipo de intermediário no processo de transferência de seus
produtos ao mercado (cliente final).
Para Rocha e Christensen (1999, p.155):
"O uso de intermediário é função do número de fabricantes e do
número de clientes. O intermediário é um facilitador da relação do
fabricante com seus inúmeros clientes e um facilitador da relação entre
o cliente e seus inúmeros fornecedores. Este papel facilitador se
expressa em termos de tempo, lugar e posse. Tem o intermediário,
portanto, um papel dual, à luz do qual se deve considerar toda e
qualquer decisão de canal".
Os intermediários do processo de distribuição variam conforme a atividade que o fabricante
exerce. Estes podem ser agentes, que são facilitadores no processo de venda.
que o intermediário seja bastante oneroso para a empresa, ou seja, o uso do canal indireto seja
uma fonte de custos (CHURCHILL JR.; PETER, 2007).
Entretanto, a eliminação deste não significa num corte das funções por ele realizadas. É
evidente que existem alguns negócios que realmente são favoráveis à distribuição direta. No
entanto, para muitos produtos é quase que essencial um intermediário, principalmente nos
casos em que a empresa deseja que esses produtos sejam difundidos em várias regiões. Dessa
forma, os clientes terão mais acesso.

1.1.3. Praça Vs Canais de Distribuição


Canais de Marketing são o conjunto de organizações interdependentes envolvidas no
processo d e disponibilização um produto ou serviço para uso ou consumo. (Philip Kotler,
2000).
Quando se fala de Praça, está-se a falar das diferentes formas de disponibilizar o produto ao
cliente. Para Nelson Chacha (2010), Praça significa conveniência para o cliente, ou seja, é
colocar o ponto de distribuição perto do cliente.
1.1.3.1. Importância dos Canais de Marketing
A maior parte dos fabricantes não vende seus produtos diretamente para os consumidores
finais. Entre eles há vários intermediários que realizam várias funções. Esses intermediários
constituem o canal de marketing. (Philip Kotler, 2000).
 Muitos fabricantes não dispõem de recursos financeiros para comercializar seus
produtos diretamente;
 Para alguns produtos e serviços a comercialização direta não é viável;
 Os fabricantes que estabelecem seus próprios canais podem obter um retorno maior
investido mais em seu negócio principal.
 Permite uma maior eficiência e alcance de um maior número de clientes;
 Um canal de marketing transfere as mercadorias dos fabricantes para os
consumidores;
 Preenche as lacunas de tempo, local e posse que separam as mercadorias e os
serviços daqueles que precisam dessas mercadorias ou serviços ou os desejam;
 Os canais escolhidos afectam todas as outras decisões de marketing;
1.1.3.2. Funções do Canal
Os canais de distribuição exigem a realização de algumas funções. Churchill Jr. e Peter
(2007).
 Resumir informações sobre clientes potenciais e regulares, concorrentes e outros
participantes e força do ambiente de marketing;
 Desenvolver e disseminar mensagens persuasivas para estimular a compra;
 Entrar em acordo sobre o preço e outras condições para que se possa realizar a
transferência de propriedade ou posse;
 Formalizar os pedidos junto aos fabricantes;
 Levantar os recursos para financiar stocks em diferentes níveis no canal de
marketing;
 Assumir o risco relacionados à operação do canal;
 Fornecer condições para o pagamento das facturas dos compradores por meio de
bancos e outras instituições financeiras e supervisionar a transferência real de
propriedade de uma organização ou pessoa para outra organização ou pessoa;

1.1.3.3. Fluxos do Canal


Canais de distribuição são conjuntos de organizações interdependentes envolvidas no
processo de disponibilizar um produto ou serviço para uso ou consumo, onde desempenham
fluxos de marketing como armazenagem, promoção, serviço, negociação, financiamento,
risco, informação, pedido e pagamento. Peter (2007):
 Fluxo são as actividades realizadas da empresa para o cliente;
 Contra fluxo constituem as actividades dos clientes para a empresa.
 A empresa tem fluxos nas duas direções;
 Os fluxos nos levam a três canais, nomeadamente: Canal de venda, Canal de entrega
(distribuição) e Canal de serviços.
 As funções do canal são realizadas por diferentes intervenientes do canal.
O fabricante e o consumidor final fazem parte de todos os canais, em alguns momentos o
fabricante é o consumidor final. Por extensão de canal é identificada pelo número de níveis
de intermediários que a empresa utiliza em alguns países os níveis podem chegar a sexta
categoria Vários intermediários assumem um papel nos canais reversos.
Elementos da praça ou ponto de Venda
A praça, atualmente, não se resume aos espaços físicos (lojas) nos quais os produtos são
simplesmente comprados ou entregues. Canais de distribuição online também são
considerados “praça”, como: sites, redes sociais e E-commerces( Raul Naufel. 2017, Pag:16)
Os especialistas de marketing, como realizadores de uma atividade de visão holística acerca
da entrega de um produto a um comprador ou cliente, devem estar atentos a todos os aspectos
básicos, criativos e inovadores que permitirão a entrega do que se vende ao consumidor final.
(Naufel citado por Venicius Baradi. 2019)
Segundo Baradi dessa forma, no que se refere ao P de Praça, faz-se necessário levar em conta
não apenas o espaço disponibilizado para vendas, mas também:
 A logística;
 A visibilidade do produto;
 A distribuição do mesmo, canais, coberturas, sortimentos, estoque e transporte.
com a evolução da tecnologia e integração omnichannel entre os canais de venda e
comunicação, torna-se necessário garantir uma melhor experiência de compra para o cliente.
Ou seja, é necessário que as lojas evitem qualquer tipo de atrito na jornada de compra, como:
 Falta de estoque;
 Mau atendimento;
 Filas muito longas;
 Estrutura precária da praça;
 Demora de entrega ou atendimentos;
 Erros técnicos no e-commerce;
 Falta de alinhamento entre a comunicação física e digital, entre outros tópicos que
geram qualquer tipo de reação negativa por parte do cliente.

Importância de praça
O “P” de praça tem um papel importantíssimo no composto de marketing. Afinal, é a partir
da eficiente distribuição e logística que os clientes têm acesso aos produtos ofertados.
Na área de marketing, não existe nada mais desastroso do que uma falha no processo de
elaboração e execução do P de praça. Tendo em vista que, para uma marca, um cliente que
vai até uma loja e não encontra o produto que deseja, ou que não recebe aquele produto
encomendado no E-commerce pode acarretar sua desistência, desfidelização ou até críticas
em redes sociais, levando a possíveis consequências mais desastrosas. (Neufal 2017)
Com base no que foi analisado, percebe-se que o mix de marketing é fundamental para a
estruturação e longevidade de um negócio, perante a um mercado competitivo. Sendo assim,
é preciso que para a estratégia de crescimento e vendas de uma empresa funcionem, os 4 P´s
devem estar alinhados por meio de um plano de marketing bem estruturado.
Conclusão
Conclui-se que o Mix de Marketing é o ponto de partida para identificar os problemas e
propor as soluções para o negócio.
A medida que o marketing se difundi, revelam-se em sua evolução novas tendências, como
por exemplo a compreensão dos canais de distribuição, ou seja, do número de intermediários
entre produtor e consumidor. Por outro lado, a industrialização estimula a diversificação nas
atividades de marketing. O desenvolvimento dos meios de comunicação cria novos métodos
de publicidade e promoção. Paralelamente à tendência para uniformização dos produtos,
aumentam os esforços dos produtores no sentido de atender as preferências individualizadas
dos consumidores e confeccionar seus produtos com vistas a um segmento específico do
mercado.
Finalizando, conclui-se então que todos os objetivos foram alcançados, pois, conseguiu-se
mostrar o composto de marketing, suas funções e na sua ausência ou
desconhecimento a perda de dinheiro e vendas.
Referencias Bibliografia
COBRA, M.(2017) Marketing básico,( ed. 5).São Paulo: Atlas.
CHURCHILL, G.,& Peter, J. P.(2005) Marketing: criando valor para os clientes. Tradução da
( 2a. ed.). São Paulo: Saraiva.
CHURCHILL, G. A., & Peter J. P. (2012) Marketing; criando valor para os clientes. (3.ed.)
São Paulo. Saraiva.
CZINKOTA, M.R.,D., Peter R.(2001) Marketing: as melhores práticas. Porto Alegre:
Bookman.
Diniz, B. A.,(2018) Os 4p’s de marketing com foco na comunicação: um estudo de caso na
academia alpha.
KOTLER, P.K., Kevin.L.,(2006) Administração de marketing.( ed.12)São Paulo: Pearson
Prentice Hall.
KOTLER, P. (1998.pag.97.) Administração de Marketing: análise, planejamento,
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RICHERS, R.(2000. pág. 158) Marketing: uma visão brasileira. São Paulo.
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ROCHA, A. e Christensen.,(1999) C. Marketing - Teoria e Prática no Brasil. São Paulo:
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LAS CASAS, A. L.(2006) Marketing: conceitos, exercícios, casos. (ed.7) reimpr. São Paulo:
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KOTLER, P.; Armstrong, G.(2007) Princípios de Marketing. (ed.12)São Paulo: Pearson
Prentice Hall.

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