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MARKETING DE SERVIÇOS
“Em nosso país, foi por volta de 1954 que o marketing foi literalmente
traduzido para que pudéssemos ter um melhor entendimento da expressão e, com
o tempo, acabou por significar ‘mercadologia’, ou seja, ‘estudo do mercado’.”
(Ferreira Junior; Azevedo, 2015, p. 43).
Já para Garcia (2015, p. 5), o marketing pode ser encontrado sob diversos
aspectos:
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• serviços: atividades cujo desempenho é requisitado por um contratante –
os serviços são a área que mais recebe ações de marketing;
• eventos: acontecimentos cuja promoção é realizada por empresas e
voltada para consumidores finais e também para outras instituições;
• experiências: forma de vivência que permite estar em algum lugar, ter
capacidade de sentir ou realizar algo (exemplos: viajar para a Disney,
passear de helicóptero etc.);
• pessoas: celebridades cuja fama é reconhecida, tanto em relação ao
aspecto pessoal quanto ao profissional, e que necessitam vender a própria
imagem;
• lugares: pontos com geolocalização estratégica, de interesse de turistas,
empresários e cidadãos comuns, apresentados como possíveis sedes de
empresas, locais turísticos ou residências;
• propriedades: imóveis correspondentes ao setor imobiliário, passíveis de
compra e venda;
• organizações: podem ser supermercados, organizações não
governamentais (ONGs), universidades, museus etc.;
• informações: divulgações desenvolvidas por instituições educacionais
como escolas, cursos e universidades ou disponíveis em livros didáticos,
enciclopédias, revistas etc.;
• ideias: conceitos que podem determinar ações sobre questões sociais,
incentivando mudanças de comportamento – o caso, por exemplo, das
campanhas de governos.
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algo uma para a outra, ambas são consideradas profissionais de marketing”
(Kotler; Keller, 2018, p. 6).
Por esse motivo, é essencial que esses profissionais estejam atentos às
movimentações do mercado, às novas tendências, ao comportamento do
consumidor, de modo que suas ações sejam definidas por decisões mais
próximas da assertividade.
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TEMA 2 – CONCEITOS DE MERCADOLOGIA
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Os fabricantes recorrem aos mercados de recursos (mercados de
matérias-primas, mercados de trabalho, mercados financeiros) para
adquiri-los e transformá-los em bens e serviços; depois vendem os
produtos acabados a intermediários, que os vendem a clientes finais. O
governo recolhe impostos para comprar produtos dos mercados de
recursos, de fabricantes e de intermediários; depois, usa esses bens e
serviços para fornecer serviços públicos. A economia de cada nação e a
economia global consistem em conjuntos de mercados integrados e
vinculados entre si por processos de troca. (Kotler; Keller, 2018, p. 6)
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Figura 3 – Hierarquia das necessidades
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Atualmente, só no setor alimentício, vemos diariamente exemplos dessa
natureza. E as preferências seguem padrões definidos por uma sociedade. Um
exemplo é a Coca-Cola Clear (Figura 4), lançada em 2018 em alguns países como
o Japão, cujo mercado apresenta uma diversidade muito ampla de alimentos
industrializados aprimorados tecnologicamente, disponíveis para consumo. Esse
produto, além de ser transparente, criando um conceito distinto ao da coloração
do produto tradicional, é livre de açúcares e indicado para quem possui restrição
alimentar.
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Figura 5 – Cherry Coke comercializada no Brasil
Crédito: Darios/Shutterstock.
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Esse é o caso da marca de iogurte Activia, da Danone (Figura 6): lançada
na Europa em 1987, está no Brasil desde 2004 e seu propósito de consumo foi
associado ao combate à prisão de ventre. “De acordo com Rafael Ribeiro, então
Gerente da Marca, cerca de 58% das brasileiras sofrem com o problema de
intestino lento e o produto tem grande credibilidade entre as consumidoras”
(Martins, 2011). Isso explicaria a fatia de 13% de participação do produto no
mercado nacional de iogurtes, no ano de 2011.
Crédito: Denismart/Shutterstock.
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promoção, conforme idealizado por E. Jerome McCarthy. Posteriormente, o termo
foi popularizado por um dos principais teóricos da área, Philip Kotler.
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• Promoção: estratégia de divulgação do produto.
O conceito intitulado como dos quatro cês 4 Cs foi criado em 1990, por
Robert F. Lauterborn, um professor de publicidade renomado da Universidade da
Carolina do Norte. A proposta da sua criação foi oferecer “[...] uma nova visão
para o mix de marketing, abordando as estratégias de marketing com foco no
cliente” (Dahan, 2018). E, particularmente, isso se deu pelo fato de que os 4 Ps
do marketing priorizavam o produto, minimizando o foco no seu público
consumidor.
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Dessa forma, o P de produto passa a ser o Cliente (em inglês,
consumers wants and needs), o preço vira Custo (cost to satisfy), a praça
passa a ser entendida como Conveniência (convenience to buy) e a
promoção como Comunicação (communication). A começar pelo
primeiro C, customer wants and needs, em uma tradução direta
“vontades e necessidade do consumidor”, ou somente “cliente” como se
convencionou chamar no Brasil, é possível perceber que esse ‘novo’ mix
de marketing privilegia o consumidor potencial ou real e,
consequentemente, agrega muito mais valor à atividade de comunicação
integrada de marketing ao pensar o mercado consumidor em primeiro
lugar. (Nogueira, 2020, p. 6)
Para autores como Ferreira Junior e Azevedo (2015, p. 48), “os 4 C’s
correspondem ao ‘outro lado da moeda’, em comparação com o conceito de
análise de mercado pelos 4 P’s”. São estes os 4 Cs:
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O marketing centrado no consumidor ficou conhecido como marketing 2.0.
Para entendermos suas principais características, apresentamos o Quadro 1, que
estabelece um comparativo entre marketings 1.0, 2.0 e 3.0.
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REFERÊNCIAS
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