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Revisão da Literatura
1.1. Marketing
Marketing pode ser entendido como uma função que cria continuamente valor
para o cliente e gera vantagem competitiva duradoura para a empresa, por meio da
gestão estratégica das variáveis controláveis de marketing: produto, preço, comunicação
e distribuição. Ou seja, é um processo que procura atender às necessidades e desejos de
pessoas ou organizações visando beneficiar ambas as partes (Dias, 2006, p. 2) . O
marketing compreende um conjunto de métodos e de meios que uma organização dispõe
com o intuito de promover, nos públicos pelos que quais se interessa, os
comportamentos favoráveis à realização dos seus próprios objetivos
(Ferreira et al., 2011, p. 22)
.
Como deu para observar nesta breve revisão conceptual, o marketing incide
essencialmente na criação de valor, tanto para o cliente como para a empresa. O seu
papel passa por reconhecer necessidades ainda não satisfeitas criando, assim,
oportunidades. Os produtos e serviços colocados no mercado devem proporcionar a
satisfação dos clientes, gerarem resultados para a empresa e criar vantagem competitiva
face à concorrência. Marketing pode ser descrito como “a arte de vender produtos”. No
entanto, isto é a menor das realidades por detrás do conceito. As vendas são apenas a
ponta do iceberg do marketing. Há todo um processo complexo e estudado para
conseguir vender o que quer que seja (Kotler & Keller, 2019, p. 4).
Contudo, nos dias de hoje, este processo não se resume à simples transferência
de produtos, ou prestação de serviços, entre uma determinada empresa e o cliente. O
cliente assume um papel central neste processo.
De forma a haver um melhor entendimento de toda esta evolução, Philip Kotler,
considerado o pai do Marketing, em conjunto com Hermawan Kartajaya e Iwan
Setiawan propuseram uma classificação das eras evolutivas do Marketing, descritas em
cinco eras distintas (todas elas marcadas por avanços tecnológicos ou por
acontecimentos históricos, que alteraram o paradigma da própria sociedade até então).
Marketing 4.0
Marketing 1.0 Marketing 2.0 Marketing 3.0 Marketing 5.0
Transição do
Marketing centrado no Marketing centrado no Marketing centrado no Tecnologia para a
tradicional para o
produto consumidor ser humano Humanidade
digital
Nesta era, existe a preocupação em criar valor não apenas para os consumidores,
mas também para a sociedade e para o planeta como um todo. Para além das
necessidades físicas e psicológicas dos consumidores, também as necessidades
emocionais, espirituais e éticas dos consumidores passaram a ser tidas em consideração
pelas empresas. Os consumidores passaram a ser tratados como seres humanos ativos,
ansiosos e criativos (Jara et al., 2012).
Neste era, assim como nas anteriores, o marketing continua a evoluir e a adaptar
as suas estratégias para atender às mudanças nas necessidades dos consumidores. O
grande impacto da Covid-19 na sociedade acelerou, significativamente, o processo de
digitalização, levando as empresas a ajustarem as suas abordagens para melhor se
conectarem com os seus clientes, num ambiente cada vez mais digitalizado.
1.1.2. Marketing Digital
De certa forma, pode-se dizer que o marketing digital diz respeito ao Marketing
4.0, pois marca a transição de um marketing tradicional para um marketing digital, uma
vez que se utilizam mais as tecnologias (Kotler et al., 2017b) . Este termo erguer-se
através do desenvolvimento do termo “marketing”. É de salientar que o marketing
digital não surgiu com o intuito de substituir o marketing tradicional, mas sim, para que
ambos se pudessem completar. Se, por um lado, o marketing tradicional inicia uma
relação com os clientes, por outro, o marketing digital visa promover as relações com os
clientes, tornando-as mais estáveis e duradouras (Kotler et al., 2017a).
Para Cintra (2010), o marketing digital diz respeito à forma como se promove os
produtos, serviços ou marcas através dos meios digitais, utilizando as ferramentas que as
empresas têm para se comunicar com o público de maneira direta e personalizada.
Segundo Smith (2011), o marketing digital é uma atividade estratégica que visa
promover produtos e serviços utilizando canais digitais como a internet e dispositivos
móveis. Este conceito engloba uma variedade de táticas e técnicas, incluindo
publicidade digital paga, como anúncios em redes sociais, mecanismos de busca e
outros tipos de plataformas online. Essa abordagem permite que as empresas alcancem o
seu público-alvo de maneira eficaz, direcionando mensagens específicas para diferentes
segmentos de mercado, conseguindo assim medir o desempenho das campanhas em
tempo real.
O marketing digital é um termo genérico para o marketing que é direcionado,
mensurável e interativo, usando tecnologias digitais, com o principal objetivo de
promover marcas, delinear preferências e impulsionar as vendas (Todor, 2016).
Kannan & Li (2017) afirmam que o marketing digital consiste num processo
adaptável e tecnológico que permite às empresas estabelecer e manter relações com os
seus clientes, de forma a criar, comunicar e obter valor para ambos, isto é, não se
restringe a beneficiar apenas a organização, como também a satisfazer as necessidades
dos clientes.
O acesso à informação tornou-se mais rápido e acessível, como nunca visto, com
uma quantidade vasta de dados disponíveis à distância de um clique. Além disso, a
ascensão do comércio eletrónico (também conhecido por e-commerce) transformou a
maneira como as pessoas fazem compras, oferecendo conveniência e variedade sem
precedentes. Essas mudanças não alteraram apenas os hábitos individuais, mas também
tiveram um impacto significativo nas estratégias de negócios, exigindo que as empresas
se adaptem e inovem para manterem uma presença relevante num ambiente cada vez
mais digital e em constante evolução (Kotler & Armstrong, 2018).
Este meio digital requer uma maior atenção por parte das empresas e estas
devem-se empenhar em comunicar a informação que pretendem (Flatt, 2012). O papel
mais importante do marketing digital consiste em estimular a ação, sendo que a sua
principal função é promover os resultados (Kotler et al., 2017b).
1.2. E-commerce
Para Lebas & Euske (2002), a performance resulta da soma de todos os processos
que levam os gestores a tomar ações adequadas no presente, com o objetivo de criar
valor e resultados no futuro, definindo como “fazer hoje o que levará a resultados de
valor amanhã”.
Contudo, como ainda não existe ainda uma definição universal de Performance,
como já foi referido anteriormente, cabe a cada empresa fazer a sua própria definição,
quer a nível interno, quer a nível externo, selecionando os indicadores mais apropriados
para a descrever e acompanhar (Lebas & Euske, 2002). A performance das empresas é
essencial para o sucesso do negócio (Gentry & Shen, 2010).
Bibliografia
Gentry, R. J., & Shen, W. (2010). The Relationship between Accounting and Market
Measures of Firm Financial Performance: How Strong Is It? Journal of Managerial
Issues, 22(4), 514–530. http://www.jstor.org/stable/25822528