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~

A N°122

ET O ICR NOVEMBRO
1982

EDITORA
SABER
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Élio Mendes
de Oliveira

Hélio
Fittipaldi ~
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Slim Equalizer ~ .. r-.,C: • .ff .. 2
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REVISTA N _~~~..
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SABER TV - Conhecendo Antenas (1~rt~.T. ~ .... 14


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de Oliveira f
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ABRIL. S.A. -
Cultural e Seção do Leitor ' 65
Industrial

Curso de Eletrônica - Lição 67 71


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ELETRONICA
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de postagem. SOMENTE Postal SO.4SO-SãoPaulo,
Á PARTIR DO NÚMERO 47ao(MAI0/76).
preço da última edição em banca,
2 Revista Saber Eletrônica
A introdução que damos a este artigo cada de empregar potenciômetros comuns,
fala de. algo que muitos leitores talvez não seu custo é reduzido.
levem em conta ao abordar um projeto de - Pode ser usado tanto em casa, no sis-
áudio, quer seja ele um amplificador, um tema doméstico de som, como no carro,
pré-amplificador, um mixer ou um equali- melhorando o desempenho do seu toca-
zador. Este "algo" é a finalidade para a -fitas/amplificador.
qual o projeto se destina e que determina - Tamanho reduzido, facilitando sua colo-
basicamente o seu circuito, sua montagem, cação no carro ou junto ao amplificador
seu custo e o seu modo de operação. doméstico.
Isso quer dizer que um equalizador não - Quatro frequências de ajuste atendendo
é "simplesmente um equalizador", se bem à sensibilidade normal do ouvido de bom
que esta seja a maneira como a maioria o gosto do leitor.
aborda. Um equalizador tem de ser algo - Instalação fácil e montagem simples.
mais, tem de ser um equalizador para uma Pois bem, se o leitor deseja um equali-
determinada aplicação, apresentando deter- zador para completar seu som, qualquer
minadas características. que seja, aqui vai o projeto melhor expli-
Um equalizador para operar com um cado.
sistema de som doméstico não é igual a
um equalizador para carro. E, se um pro- COMO FUNCIONA
jeto tiver de atender às duas aplicações,
o que é possível, como demonstraremos, Por que equalizar o som de um ampli-
suas caracter ísticas também devem ser ficador ou toca-fitas? Já tivemos a oportu-
diferentes. nidade de abordar este problema em outros
Do mesmo modo, o tipo de circuito e artigos em que descrevemos equalizadores,
a montagem estão também determinados mas nunca é demais uma nova lição.
pelo poder aquisitivo do montador, ou Cada ambiente é um ambiente, e ele
seja, por quanto ele pode gastar na sua "reage" aos sons de um amplificador ou
montagem. qualquer outro sistema de som de modo
Reunir as características que o leitor diferente.
deseja para um equalizador é, portanto, Em outras palavras, o ambiente pode
uma tarefa que exige muitos cuidados e, ser responsável pela absorção de deter-
se bem feita, certamente levará a um projeto minadas frequências da faixa sonora, preju-
incomum, algo mais que um simples equa- dicando com isso a fidelidade de repro-
lizador. dução. (figura 1)
O equalizador Slim Equalizer, que apre- . A absorção de frequências altas por
sentamos aos leitores, tem as características objetos de uma sala, ou pelos materiais de
exigidas por um projeto feito com cuidado. forração de um carro, pode fazer com que
Podemos resumir no seguinte o que ele lhe a música fique pobre em agudos. Do mes-
oferece: mo modo, a absorção dos sons de baixas
- Baixo custo, sendo acessível aos que frequências em objetos ou materiais de
desejam fazer uma montagem eficiente e forração afetará aos sons agudos, que
econômica. Utilizando a solução simplifi- ficarão "pobres".

REPRODUÇÃO
REPRODUÇÃO IDEAL
COM A INFLUÊNCIA
DO AMBIENTE

O NíVEL DE
REFER~NCIA

figura 1 10 100 1000 lOK I Hzl


GRAVES MÉDIOS AGUDOS

Novembro/82 3
A finalidade do equalizador é justamente O equalizador deve então ser ajustado
adaptar o som do amplificador às condi- de acordo com o ambiente, tendo como
ções do meio ambient~. Se o ambiente basea sensibilidade do ouvinte.
absorve graves, então com a ajuda do equa- Na figura 2 mostramos um gráfico em
lizador podemos reforçá-Ios de modo a que aparecem as 4 faixas de frequências de
haver a compensação. atuação de nosso equalizador.
Pl P2 P3 P4

1KHz 4KHz 10Hz FREOUÊNCIA

figura 2

A primeira, de 200 Hz, corresponde aos Na figura 4 temo.s os circuitos usados na


graves; a segunda e terceira de 1k e 4kHz equalização de cada frequência. Os capaci-
corresponde aos médios e, finalmente, a tores determinam a frequência central da
quarta de 10kHz corresponde aos agudos. equalização.
O equalizador pode ser ajustado de dois +
modos: para reforçar determinada faixa de
frequências ou para atenuá-Ia, ou seja, di-
REDE DE
minuir a sua intensidade.
Assim, se todos os controles do atenua-
dor foram mantidos na posição central, EOUiLlZAÇÃO

não teremos nem reforço, nem atenuação. SAíDA

O sinal que entra, sai do mesmo modo. Esta


seria a posição ideal do equalizador para
um ambiente também ideal, ou seja, que
R23
não influísse no som reproduzido. (figura 3)

~. ~~

figura 3
~MEIO

Se os potenciômetros forem levados para


a direita, teremos um reforço da frequência
correspondente, o que significa que o som
CURSO
R20

figura 4
São usados três transistores como ele-
mentos ativos do circuito.
O primeiro é um pré-amplificador de
áudio, que tem por finalidade aumentar a
intensidade do sinal de modo que ele possa
excitar convenientemente os circuitos de
filtro dos potenciômetros de equalização.
correspondente sairá "mais forte". Do mes- O segundo é. formado por dois transis-
mo modo, se os potenciômetros forem tores que formam um amplificador, onde a
levados para a esquerda, teremos uma ate- realimentação negativa é justamente dada
nuação do som correspondente que sairá pela rede de equalização.
mais fraco. A combinação de reforço e Esta realimentação determina o ganho
atenuação permite obter a reprodução ideal desta etapa em cada frequência, obtendo-
de cada ambiente, determinada pela sensibi- -se com isso o reforço ou atenuação dese-
lidade do ouvido de cada um. jados.

Revista Saber Eletrônica


4
Veja o leitor que os potenciômetros placa de circuito impresso são usados os
usados são de 100k, valor muito comum tipos miniatura com terminais para fixação
que facilita tremendamente a montagem. direta na placa.
No projeto original são usados potenciô- Os resistores são todos de valores co-
metros duplos deste valor. muns com 1/8 ou mesmo 1/4W, não
O uso de potenciômetros duplos é justi- havendo restrições quanto à tolerância.
ficado pelo fato de termos de equalizar do Os capacitores eletrol íticos são especifi-
mesmo modo os dois canais de um sistema cados para uma tensão de trabalho de 16
estéreo, o que quer dizer que o circuito ou 25V, enquanto que os menores podem
deve ser montado em duplicata. ser cerâmicos; tipo plate ou disco com
A placa que damos para os leitores já tensão de trabalho de pelo menos 25V.
prevê isso, ou seja, já contém os compo- O leitor deve ter os recursos para a reali-
nentes para a versão estéreo. zação da placa de circuito impresso segun-
I mportante neste tipo de montagem é a do o nosso padrão.
manutenção de ligações curtas e diretas Veja que na placa também existe uma
para que zumbidos ou oscilações não preju- chave comutadora de 4 pólos x 2 posições
diquem o som reproduzido. tipo pressão para desligar o equalizador
A alimentação do circuito é feita com fazendo o sinal passar "direto" ao amplifi-
uma tensão de 12V, que pode vir do pró- cador.
prio carro ou então de uma fonte, em se Veja que o equalizador é intercalado
tratando de um sistema doméstico. entre a fonte de sinal, que pode ser o toca-
Importante, neste segundo caso, é a sua -fitas, sintonizador, rádio FM, etc. e o am-
filtragem que deve ser bem feita para que plificador. (figura 6)
não ocorram problemas de zumbidos. Material adicional pode ser conseguido
Os transistores do tipo BC548 proporcio- com facilidade. Temos então os fios, para-
nam bom ganho para a finalidade proposta. fusos e porcas, separadores para montagem
da placa, knobs para os potenciômetros,
etc.
OS COMPONENTES
MONTAGEM
Uma das características deste equaliza-
dor está na utilização de componentes Soldagens bem feitas e colocação correta
comuns de baixo custo, o que o torna dos componentes são essenciais para uma
diferente dos sistemas mais sofisticados. montagem bem feita. Use um soldador de
Nem por isso, seu desempenho deixa de ser boa qualidade e pequena potência e as fer-
tão bom como o dos demais, pois as solu- ramentas certas para cada operação.
ções simples não implicam necessariamente Na figura 7 temos o circuito completo
em perda de qualidade. de um dos canais do equalizador.
Outra característica está na caixa de Na figura 8 temos a placa de circuito
reduzidas dimensões, conforme mostra a impresso, agora para os dois canais.
figura 5. Na montagem, o seguinte procedimento
Esta caixa tem um formato que permite é o mais recomendável para uma realização
sua fácil instalação no carro e também no perfeita.
sistema de som doméstico. a) Solde em primeiro lugar os transisto-
Com relação aos componentes eletrô- res observando sua posição que é dada em
nicos, são as seguintes as principais obser- função da parte achatada de seu invólucro.
vações a serem feitas: Seja rápido na soldagem, pois estes compo-
Os transistores podem sér do tipo BC548 nentes são delicados.
ou BC238. Tipos de menor nível de ruído b) Solde em seguida os resistores, obser-
podem também ser experimentados, princi- vando seus valores que são dados pelas
palmente para o caso de Q1. Como exem- faixas coloridas em seu invólucro. Não é
plo citamos os tipos BC239 e BC549. preciso observar sua polaridade. Seja rápido
Os potenciômetros são comuns duplos nesta operação..
lineares de 100k. Dada a montagem em c) O leitor deverá soldar agora os capaci-

Novembro/82 5
tores começando pelos de menor valor, ou marcados em seus invólucros e seja rápido
seja, os cerâmicos. Veja seus valores que são em vista de sua sensibilidade ao calor.

figura 5

DIMENSÕES P/ OS FUROS
NO PAINEL:

LED 1 - 00,5em
Pl À P4- 00,gem
CH1-\Zll,3em

PAINEL DO APARELHO EM TAMANHO NATURAL

RÁDIO ALTO
EQUALlZADOR AMPLIFICADOR FALANTES
TOCA-FITAS
FM

figura 6

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6
ENT.

DIAGRAMA P/' CANAL

SAíDA DIREITA
I+J
EQUALlZADOR
ENTRADA DIREITA
AMPLIFICADOR
SAíDA DIREITA
TOCA-FITAS
SAíDA ESQUERDA
EQUALlZADOR
ENTRADA ESQUERDA
AMPLIFICADOR
SAíDA ESQUERDA
TOCA-FITAS

figura 7

d) Para soldar os capacitores eletrol íticos g) Complete esta fase da montagem com
é preciso tomar cuidado com a polarida- a soldagem da chave comutadora, segundo
de marcada em seu invólucro, a qual deve mostra o desenho.
acompanhar a disposição dada na plaea de Com a placa pronta o leitor deve passar
circuito impresso. à fase seguinte que corresponde às ligações
e) Agora o leitor deve soldar os "jum- externas.
pers", que são pedaços de fios encapados
ou mesmo sem capa, interligando diversos São 6 as ligações que devem ser feitas na
pontos da placa. São 8 osjumpers usados placa sendo elas:
nesta montagem. a) Duas correspondentes à alimentação
f) Para soldar os potenciômetros basta (+) e (-).
encaixá-Ios nos furos apropriados. Veja b) Duas correspondentes às entradas (ca-
bem o comprimento do eixo antes de fazer nal direito e esquerdo).
a soldagem, pois ele determinará a posição c) Duas correspondentes às saídas (canal
da placa no interior da caixa .. direito e esquerdo),

Novembro/82 7
Veja que o pólo neutro correspondente curso, que corresponde ao zero da escala
tanto à entrada e saída são comuns ao nega- (ao fixar os knobs veja para que a marcação
tivo da alimentação. de zero coincida com o meio do giro do
Terminada a montagem, confira tudo, e potenciômetro).
se constatar que não há nenhum problema Ajuste o volume do toca-fitas ou sintoni-
aparente, pode passar à prova de funciona- zador e do amplificador para que haja
mento. reprodução normal.
A seguir, atue sobre cada potenciômetrc..
PROVA E USO verificando o corte ou reforço das frequên-
cias determinadas.
Na figura 9 temos a maneira de se fazer a Desligando o equalizador, o amplificador
ligação do equalizador entre o aparelho e o toca-fitas ou receptor de FM devem
básico (toca-fitas, rádio/FM, etc.) e o am- funcionar normalmente.
plificador. Para usar o equalizador basta ajustar os
Ligue o amplificador e o toca-fitas ou potenciômetros para· haver reforço das
receptor de FM. faixas de frequências que o bom ouvido de
Ligue o equalizador, pressionando a cada um perceber que não estão sendo
chave. reproduzidas convenientemente.
Coloque todos os potenciômetros na Para cada tipo de música, para cada tipo
posição normal, ou seja, no meio de seu de ambiente, haverá uma equalização ideal.

figura 8

8 Revista Saber Eletrônica


I
ENTRADA AMPliFICADOR SAíDA I TOCA-FITAS
DIREITA ESQUERDA DIREITA ESQU,ERDA

l-I (+1

LEDl

g,,,,, ~II[I~
,,~

ENTRADA
PRETO
A

CANAL A

o
'-'
VERMELHO
TOCA-FITAS EQUALlZADOR AMPLlFlCADOR
ENTRADA
VER~LHO
B
O
CANAL B

figura 9

Novembro/82 9
LISTA DE MATERIAL
Q1 à Q6 - BC548 ou BC238 - transistores violeta, laranja)
NPN de silício R5, Rll, R16, R30, R31, R32 -lk5 x 1/8W-
P1 à P4 - 100k - potendiômetros duplos sem resistores (marrom, verde, vermelho)
chave, para circuito impresso R6, R22, R33, R34 - 330R x 1/8W - resisto-
CH1 - chave de 4 pólos x 2 posições com trava res (laranja, laranja, marrom)
C1, C14 - 100nF ou O,lIfF - capacitores cerâ- R7, R10, R15, R35, R36, R37 - 2k2 x 1/8W-
micas resistores (vermelho, vermelho, vermelho)
C2, C3, C9, C12, C15, C16, C22, C23 - 4, 7pF x R8, R12, R13, R38, R39, R40 - 10k x 1/8W
x 25V - capacitores eletrolíticos - resistores (marrom, preto, laranja)
C4, C17 - 68nF ou 684 - capacitores cerâ- R9, R14, R41, R42 - 3k3 x 1/8W - resistores
micas (laranja, laranja, vermelho)
C5, C8, C18, C19 - 4n 7 - capacitores cerâ- R17, R18, R43, R44 - 33k x 1/8W - resistores
micas (laranja, laranja, laranja)
C6, C20 - 22nF ou 223 - capacitores cerâmicas R19, R45 - 1k2 x 1/8W - resistores (marrom,
C7, C21 - 15nF ou 154 - capacitares cerâ- vermelho, vermelho)
micas R21, R46 - 4k7 x 1/8W - resistores (amarelo,
C10, C24 - 100pF - capacitores cerâmicas violeta, vermelho)
C11, C25 - 220j.lF x 25 V - capacitores eletro- R23, R47 - 150R x 1/8W - resistores (mar-
líticos rom, verde, marrom)
C13, C26 -10pF x 25V - capacitares eletro- R24 - 82R x 1/4W - resistor (cinza, vermelho,
líticos preto)
R1, R20, R25, R26 - 180k x 1/8W - resistores R48 - 1k x 1/8W - resistor (marrom, preto,
(marrom, cinza, amarelo) vermelho)
R2, R27 - 220k x 1/8W - resistores (vermelho, Led 1- led vermelho comum
vermelho, amarelo) Diversos: placa de circuito impresso, fios, solda,
R3, R28 - 68k x 1/8W - resistores (azul, cinza, parafusos e separadores, botões para os poten-
laranja) ciômetros, caixa, etc.
R4, R29 - 47k x 1/8W - resistores (amarelo,

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Conhecendo Antenas
(1~PARTE)

De que depende a qualidade de imagem de seu televisor ou de som de seu FM? Somente da
marca do aparelho ou também de outros fatores? Veja neste artigo que tanto a imagem que você
tem em seu TV, como o som de seu FM, dependem muito mais do modo como os sinais são
captados e levados ao aparelho, do que propriamente da marca ou do custo. A existência de uma
Qoa antena, corretamente instalada e ligada de maneira precisa ao aparelho é fundamental para se
obter o melhor som e a melhor imagem.

As antenas coletivas, que hoje são utili- o melhor televisor do mundo, ou o melhor
zadas em grande parte dos edifícios de FM do mundo, se ele for colocado em local
apartamentos, estão sujeitas aos fenômenos de má recepção de sinais e sem uma antena
observados nas antenas comuns e exigem apropriada ou corretamente instalada.
maiores cuidados, tanto na colocação, A antena é um elo fundamental na
como na manutenção. Veja neste artigo, o cadeia que tem início na estação transmis-
que é uma antena e, principalmente, como sara e que termina no televisor ou no recep-
tratar do caso específico das antenas tor de FM.
coletivas. Escolher uma boa antena, instalar corre-
O que é uma antena? Como são produ- tamente uma antena e finalmente ligar bem
zidos os sinais de TV e FM? Por que a a antena, são atributos importantes do
antena é tão importante na recepção de TV praticante profissional da eletrônica.
e FM? Na verdade, a preocupação com a antena
Quando se adquire um caro aparelho de não é muito bem explorada atualmente,
som com sintonizador de FM ou ainda um de modo que quem souber explorá-Ia, sem
sofisticado aparelho de TV em cores, pouco dúvida, terá um sucessomuito maior na sua
se preocupa com um elemento mais barato, atividade de técnico. E, mesmo os que não
mas de fundamental importância para o são realmente técnicos formados, mas que
desempenho do conjunto. De nada adianta desejam aprender como realizar uma insta-

Revista Saber Eletrônica


14
lação correta'de antenas simples ou coletivas, O transmissor da estação faz circular
podem lucrar muito com isso. Serviço bem pelos condutores que formam a antena uma
feito é sempre bem pago, não importando corrente de alta frequência, na mesma
quem o faça! frequência do sinal que se deseja produzir.
A finalidade deste artigo é justamente A circulação desta corrente produz então
levar aos nossos leitores um pouco sobre campos elétricos e magnéticos que se pro-
antenós de TV e FM. Seus princípios bási- pagam pelo espaço, na forma de ondas.
cos de funcionamento, colocação e ligação, (Figura 1)
serão explorados de maneira simples,
ANTENA
ajudando o profissional e o amador.
Trataremos, neste artigo, da instalação
de antenas coletivas, que a cada dia que
passa são instaladas em número crescente CORRENTE
DE ALTA :...---
de prédios de apartamentos. FREQUÊNCIA

o QUE É UMA ANTENA

Os leitores sabem certamente que o som


TRANSMISSOR
e a imagem obtidos em televisores e apa-
relhos de FM são transmitidos por uma
estação e viajam pelo espaço transportados SOM E IMAGEM I TV)
OU SOM IFM)
por energia eletromagnética.
As ondas eletromagnéticas que transpor- figura 1
tam os sinais de som e imagem são da
mesma natureza das ondas luminosas, que Para receber estas ondas, em princípio,
são mais curtas, ou das ondas de rádio não é necessário nenhum dispositivo
comuns, que são mais longas. especial. Qualquer condutor que intercepte
Todas, entretanto, viajam pelo espaço estas ondas, ou seja, que seja colocado em
a uma velocidade de aproximadamente seu caminho, sofrerá uma indução, apare-
300000 quilômetros por segundo. cendo em seus extremos uma tensão que
A produção das ondas na estação trans- corresponda em frequência às ondas emiti-
missora se dá de um modo simples. das pelo transmissor. (Figura 2)

OBJETO
CONDUTOR

ONDA ELHROMAGNETICA
(SINAIS DE RÁDIO, TV, FM, ETC./

~ TENSÃO INDU?IDA
(MESMA FREQUENCIA DO SINAL)

figura 2

Mas, se qualquer condutor capta as captação de um sinal, entra em jogo o fenô-


ondas, eles não o fazem do melhor modo meno da "ressonância",
sempre. Para captar as ondas com o maior Quando batemos num cálice vemos que
rendimento possível nesta tarefa, temos de ele tende a produzir sempre o mesmo som,
usar condutores de formas e disposições que é tnerente à natureza do material de
apropriadas. que ele é feito e principalmente às suas
Para haver o máximo rendimento na dimensões. (Figura 3)

Novembro/82 15
Isso acontece porque à cada frequência,
levando-se em conta a velocidade de propa-
gação da onda, associa-se um comprimento
de onda. (Figura 5)

FREQUÊNCIA
MAIS ALTA

figura 3
Do mesmo modo, um condutor tende
a captar com muito mais facilidade as figura 4
ondas eletromagnéticas cujas características
correspondam ao seu formato e às suas
dimensões.
Assim, podemos cortar e montar con-
dutores de formatos especiais, de modo que v __
eles possam captar com muito mais facili-
dade as ondas de determinadas naturezas,
ou seja, frequências, e ainda apresentar
propriedades adicionais importantes como
a polarização, diretividade, etc.
Estas disposições de condutores especial- figura 5
mente feitas para captar ondas eletromag- f = FREQUÊNCIA 1HzI

néticas de rádio, TV, FM, etc., são denomi- V = VELOCIDADE 1300000 Km/s ou 300000 000 m/s)
À = COMPRIMENTO DE ONDA Iml
nadas "antenas". (F igura 4)
O tamanho de uma antena, ou seja, de A tabela dada a seguir nos dá uma idéia
seus elementos, está diretamente relaciona- da variação das frequências e dos compri-
do com a frequência do sinal que devemos mentos de onda que são usados nos diver-
captar. sos sistemas de comunicações.

VLF 30GHz
300MHz
30M
3GHz
30kHz
3MHzHzààondas
10kHz
300kHz
1,65MHz àondas curtas
à30GHz10cm
à300GHz
300M
3000MHz
centimétricas
decimétricas
à300kHz
30kHz
30MHz métricas
milimétricas
10m
10cm
1mHzà à10cm
30km
médias
10km
100m
182m
à1650kHz
1km àà1m
1cm
10mm
miriamétricas
10km
1km ou tropicais
10m
100m
182m
quilométricas
3MHz
intermédias

As frequências utilizadas na emissão dos O modo como uma antena se comporta


sinais de TV e FM situam-se na faixa de na captação dos sinais é dado pelas suas
VHF e UHF. características. Estas são:
a) Ganho: é a qualidade de uma antena
AS CARACTERfSTICAS DA ANTENA de "captar" com maior ou menor eficiência
os sinais transmitidos por uma estação, ou
Captar, da melhor maneira possível, os ainda, no caso de uma antena emissora, de
sinais emitidos pelas estações é a finalidade transferir energia para o espaço na forma de
básica de uma antena. ondas. O ganho é expresso em uma unidade

16 Revista Saber Eletrônica


chamada dB (Decibel) e é medido em rela- Esta característica é muito importante,
ção a uma antena tomada como padrão. pois perm ite que se concentre os "esforços"
b) Direcionalidade: é a qualidade que da antena numa certa direção no sentido de
uma antena tem de captar melhor a energia "ignorar" os sinais que venham de outras
numa certa direção. (Figura 6) direções e que possam prejudicar a recep-
ção do TV ou FM.
~ c) Relação antero-posterior: é a diferença
DE MAIOR
RENDIMENTO de rendimento que existe entre um sinal
que seja captado na direção de maior efi-
ciência e a direção oposta. Maior esta dife-
rença, melhor será a antena, pois ela capta
muito mais energia pela frente do que por
trás, evitando-se assim que sinais indese-
jáveis, vindo de outras direções que não a
da estação, interfiram na recepção.
d) Adaptação: como qualquer gerador,
para que a antena transfira a energia cap-
90°
tada ao receptor de TV ou FM, deve haver
um perfeito "casamento" de características.

o SINAL PRECISA CHEGAR

Entre a estação e o seu aparelho de TV


ou FM, os sinais fazem um percurso pelo
180° O espaço, em que muitas coisas podem acon-
FRENTE tecer. Estas coisas justamente influem na
imagem que você terá ou na qualidade do
som, e portanto exigem cuidados especiais
de todo possuidor de um aparelho de TV.
No percurso da estação até sua casa os
sinais podem refletir em obstáculos, ser
90° absorv~dos por objetos grandes como pré-
dios e morros, ou ainda sofrer influências
figura 6 que diminuem sua intensidade. (Figura 7)

"'.'"
"'.'"
"'0'"

"'0'"
"'.'"
"'.'"
"'.'"
"'.'" ------
o.",
no'"' -----
~
.-----
----- -
----- REFLEXAO
-----
~

figura 7
IMAGEM
COM "SOMBRAS"

Mesmo depois de chegar até sua antena, relho, mais uma série de coisas desagra-
se você não conseguir captar esses sinais dáveis pode acontecer. A atenuação do
convenientemente e levá-Ios até o seu apa- sinal no fio de ligação, a baixa eficiência

Novembro/82 17
de uma antena ou a sua localização inde- antena coletiva, a ligação correta de seu
vida, podem introduzir problemas que aparelho a esta, assim como os demais, e o
. prejudicam bastante a imagem que você posicionamento desta antena, são funda-
terá. mentais para a obtenção de uma imagem
Igualmente, se você compartilha de uma perfeita.
EMISSORA

SINAL
MORROS CAPTADO

figura 8

Quais são os fatores que influem numa mesmo com a utilização de antenas espe-
boa imagem e de que modo a antena influi ciais ou de amplificadores você conseguirá
nisso? Como obter melhor som de FM? uma boa recepção, pois neste caso, o nível
Para ter uma boa recepção de TV ou FM do sinal e do ru ído são quase iguais, o que
em sua localidade, antes de tudo, o sinal significa que captando ou amplificando
precisa chegar até ela. Conforme sugere a um você também estará captando e ampli-
figura 8, para você "pegar" o sinal de uma ficando o outro.
emissora é preciso que este sinal chegue O resultado disso na recepção de TV é
até o local em que está sua antena. uma imagem cheia de chuviscos como
Diversos fatores podem contribuir para mostra a figura 10.
que o sinal da estação não chegue bem até
sua casa. A existência de obstáculos, como
por exemplo morros ou prédios de grandes
dimensões, ou ainda a própria curvatura da
terra devida a distância em que você se
encontra, são fatores que impedem a
chegada do sinal. (Figura 9)
LIMITE
VISUAL

EMISSORA t

TERRA

LIMITE OADO
PELA ALTURA CHUVISCOS (SINAL POBRE)
DA TORRE DA
ANTENA
figura 10
I •• ENTRE 100 E 200Km ~
No FM O resultado é um "chiado" con-
figura 9 tínuo e mesmo a incapacidade de separação
Ainda se um pouco de sinal chega à sua de sinais nos sistemas estereofônicos.
localidade, a utilização de uma antena
A ESCOLHA DA ANTENA
capaz de apresentar um excelente rendi-
mento é essencial, pois se o sinal for muito
fraco, ele é mais sensível a ruídos que inter- A escolha da antena está diretamente
ferirão na recepção, prejudicando o som e ligada às condições de recepção dos sinais
a imagem. na localidade visada.
Existe entretanto um limite para a inten- Uma antena para a recepção de sinais
sidade do sinal que chega à sua localidade. fortes em locais sem problemas é diferente
Se ele for excessivamente fraco, nem de uma antena para a recepção de sinais

Revista Saber Eletrônica


18
fracos em localidades que apresentem pro- Na prática, as antenas podem ser proje-
blemas de obstáculos ou ruídos. tadas para ter um rendimento bom em
O instalador de antenas deve saber todos os canais, que são as antenas multi-
avaliar as condições de recepção de uma -bandas ou multi-faixas, ou então ter rendi-
localidade levando em conta sua posição mentos bons em determ~nados grupos de
geográfica (distância da estação; existência canais, como por exemplo, para os canais
de morros na localidade, no percurso do baixos (2 à 6) ou os canais altos (7 à 13).
sinal; etc.), como também pelas próprias E, é claro que existem as antenas para
antenas usadas pelas residências próximas. a faixa de FM e também aquelas especiais
Para as localidades de recepção fácil, para UHF.
uma única antena para todos os canais com Para as localidades em que existem
rendimento não muito alto é suficiente poucos canais, a escolha de uma antena
para se garantir uma boa imagem. Já para as para cada canal especificamente, com alto
localidades com dificuldades de recepção, rendimento nessa sua recepção também
a utilização de antenas separadas para os é possível.
diversos canais, ou mesmo uma para cada Pela tabela dada a seguir o leitor pode ter
canal, é recomendável, e o seu rendimento uma idéia das frequências ocupadas pelos
deve ser o maior possível na sua frequência canais de TV em VHF, UHF e em FM, para
de operação. constatar as diferenças enormes de valores
Veja o leitor que, conforme explicamos entre os extremos.
no in ício, o dimensionamento de uma
antena está diretamente ligado à frequência CANAISfrequência
DE210
TV
198
192
186
180
174
66
204
88
76
82
60
470 - ocupada
VHF
54 --192
204
198
186
180
72 MHz
60
210
216
108
82
88
66
890 MHz
dos sinais que ela deve captar. 3
6
4
7
5
FM912
132
811
10
UHF(14-83) canal
Os canais de TV ocupam uma faixa de
frequência determinadá, relativamente am-
pla, o que quer dizer que existe uma dife-
rença muito grande entre a frequência do
canal mais baixo e do canal mais alto.
É portanto muito difícil conseguir di-
mensionar uma antena de modo que ela se
comporte do mesmo modo com todos os
canais captados, de modo que, na prática,
as antenas apresentam um comportamento
médio para as estações que desejamos
captar.
O ideal seria uma antena para cada canal,
mas em localidades como São Paulo em que
existem 6 estações, teríamos um problema
econômico. (Figura 11)
Veja o leitor que o canal mais alto de
VHF, que é o 13, tem uma frequência
4 vezes maior do que a do canal mais baixo
da mesma faixa, que é o 2.
@o
Esta diferença influi bastante no dimen-
o sionamento de uma antena para a recepção
exclusiva de um Oll de outro, e dificulta a
obtenção de antenas capazes de receber
com qualidade igual os dois.
Em suma, o leitor pode ter os seguintes
tipos de antena à sua disposição:
a) Antenas internas para a recepção em
locais sem problemas, com sinais muito
fortes (são as antenas tipo "orelha de
figura 11 coelho", conforme mostra a figura 12).

Novembro/82 19
VHF. Nos edifícios de apartamentos pode-
-se investir muito mais na compra de uma
boa antena que sirva a todos, do que ins-
talar uma antena para cada apartamento,
mesmo porque a colocação de diversas
antenas próximas também apresenta certos
problemas. (F igura 13)

figura 12

b) Antenas externas multi-bandas para


todos os canais, utilizadas em regiões urba-
nas e suburbanas sem maiores problemas
de recepção. São antenas para todos os
canais, com número de elementos que de-
pendem do ganho desejado e das condições
específicas de recepção.
c) Antenas multi-bandas para longas dis-
tâncias, para localidades distantes das esta-
ções, mas que não apresentam problemas
sérios de recepção.
d) Antenas específicas para FM, que são
utilizadas em médias e longas distâncias,
já que para as distâncias curtas a antena
interna normalmente proporciona resulta-
dos satisfatórios. TOMADAS figura 13
e) Antenas específicas para faixas de As antenas coletivas são projetadas para
canais para os casos em que a recepção é oferecer um máximo de ganho nas fre-
mais crítica, ou seja, por longa distância quências que devem ser -recebidas, com
da estação ou ainda por sinal fraco. Neste características que permitem a distribuição
grupo temos as antenas para os canais do sinal captado entre diversos receptores
baixos e as antenas para os canais altos. através de dispositivos especiais.
f) Antenas direcionais para cada canal, Para o técnico eletrônico, consiste numa
que são antenas constru ídas especifica- excelente fonte de renda a instalação e a
mente para receber as frequências de cada manutenção de sistemas coletivos de
canal, recomendadas para localidades em antenas, principalmente nas grandes cidades
que exista apenas um ou dois canais de dotadas de muitos prédios de aparta-
TV e de recepção não muito fácil. mentos.
g) Antenas de UHF, que são antenas para É justamente sobre antenas coletivas, sua
as localidades que recebem os sinais de TV manutenção, funcionamento e instalação,
por retransmissoras de UHF, ou seja, nos que dedicaremos os próximos artigos desta
canais que vão de 14 a 83. Estas antenas série, que será um verdadeiro mini-curso
podem ser do tipo para a faixa toda ou para os leitores desejosos em ampliar sua
ainda do tipo para uma faixa, havendo nor- faixa de atividades técnicas lucrativas.
malmente a separação também entre os NOTA:
tipos para os canais baixos e para os canais Os dados referentes a esta série foram
altos. obtidos: laboratório de Antenas
h) Antenas coletivas para FM, UHF e Thevear Ltda.

20 Revista Saber Eletrônica


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MÓDULO DIGITAL
DE
CONTAGEM Newton C. Braga

Está projetando um cronômetro, relógio, frequencímetro, tacômetro, contador de objetos ou


qualquer outro aparelho digital que deve levar um mádulo de contagem de impulsos e display de
sete segmentos? Se o problema do leitor é justamente este módulo deeontagem e o display, o que
propomos neste artigo é uma solução universal: trata-se de um módulo TTL econômico, simples
e que pode ser expandido para 3, 4 ou mais dígitos, conforme a necessidade de cada um.

Se o aparelho digital que o leitor está É justamente isso que propomos neste
pretendendo construir tem um mostrador artigo: a solução TTL universal, o contador
onde aparecem números num display de que serve para tudo e que o leitor pode usar
7 segmentos ou em diversos deles, então em sua bancada para experiências diversas
não há escapatória! Como parte obrigatória ou mesmo fazendo parte de algum aparelho
do projeto deve existir uma etapa conta- mais elaborado.
dora, uma etapa decodificadora e um sis- Analisemos o projeto.
tema de displays.
A complexidade do circuito usado de- COMO FUNCIONA
penderá do número de dígitos que deseja-
mos no mostrador, mas em fundamentos O "negócio" do módulo de contagem é.
são todos iguais. contar, naturalmente. Este circuito deve
Assim, o módulo contador, decodifica- contar os impulsos aplicados na sua entrada
dor e o display independem da finalidade e projetar o número deles em displays de
do aparelho, o que quer dizer que, quer sete segmentos, conforme mostra a figura 2.
trate-se de um cronômetro, de um frequen- Se "entram" 33 impulsos, então o nú-
címetro, de um contador de objetos, de mero projetado é 33. Se entram 84, o
um tacômetro ou mesmo termômetro, o número projetado será 84. (figura 2)
circuito usado na saída será o mesmo.
(figura 1)

33 IMPULSOS
3:J I DISPLAY
~

nJlJ1JlJl MÓOULO DE
CONTAGEM

figura 2
Evidentemente, se desejamos contar até
9, precisamos de um conjunto com um
,'---;-' contador 50MHz display apenas. Se desejamos contar até 99,
figura 1 precisamos de dois conjuntos com dois
displays, e assim por diante. No nosso caso,
Como fazer um contador universal, um damos o módulo básico para contagem até
circuito que possa ser "acoplado" a qual- 99, mas o leitor pode facilmente expandi-
quer tipo de aparelho que o leitor tenha -10 para 999, 9999 ou 99999, pois basta
em mente, sem muito trabalho e a baixo repetir os conjuntos básicos.
custo? Para fazer a contagem e a "projeção" do

23
número no display, fazemos uso de quatro pelas variações negativas do pulso de
blocos que são mostrados na figura 3. entrada.
Para "zerar" o contador deve-se tornar

8 DISPLAY DE
7 SEGMENTOS
momentaneamente as entradas O SET e
9 SET positivas, o que pode ser conseguido
através de uma "chave" externa. Em fun-
cionamento normal, estas entradas devem
permanecer aterradas.
SArDAS
1
1 O1
04
01
02
O
O 08
ENTRADA DE ATIVAÇÃO
PULSO DE
68239751
4 DA MEMÓRIA
ENTRADA
O

ENT.

figura 3

Começamos pelo "bloco" contador que


tem por elemento básico um circuito inte-
grado TTL do tipo 7490.
Na figura 4 temos a disposição dos ter-
minais deste integrado e suas funções que
passamosa explicar.

figura 5

O consumo por circuito integrado deste


tipo é de 32 mA e ele pode operar com
pulsos até uma frequência até 18 MHz.
No circuito básico, mostramos dois con-
tadores que permitem a contagem até 99.
Para acrescentar outros contadores de
+5V
modo a expandir o circuito tira-se a saída
do 7490 do pino 11 de CI-5 entrando no
pino 14 do seguinte.
Veja o leitor que na saída do 7490
obtemos um sinal codificado BCD que não
pode ser levado diretamente a um display,
figura 4
pois não resulta em nada. Este sinal deve
O 7490 consiste num contador divisor ainda passar por mais um tratamento, dado
por 2 e por 5. Se estes dois contadores por pelo bloco de memória.
2 e por 5 forem ligados juntos, teremos a Este bloco faz uso dos inte.grados 7475,
divisão ou contagem até 10. cujo invólucro e identificações de terminais
Esta ligação é feita com a interligação são dados na figura 6.
dos pinos 1 e 12 do integrado. A finalidade deste bloco é muito impor-
Aplicando então impulsos na entrada do tante, pois permite uma variedade maior
contador, que corresponde ao pino 14, este de aplicações práticas para o contador.
produz uma saída BCD conforme a tabela Seu funcionamento é o seguinte:
da figura 5. Este circuito pode memorizar um nú-
A contagem avança toda vez que a mero qualquer de impulsos durante uma
tensão correspondente ao pulso de entrada contagem sem que ela seja interrompida.
cai do seu valor máximo (HI) para seu valor Assim, temos duas possibilidades:
mínimo (LO), ou seja, o contador é ativado No integrado as memórias são controla-

24 Revista Saber Eletrônica


das aos pares pelas entradas EN (Enable). Mas, ainda na saída do 7475 temos uma
Se as entradas de memória estiverem no saída codificada BCD que não serve para
nível H I, ou seja, com uma tensão de 5V, excitar o display.
a sa ída da memória acompanha sua entra- O bloco seguinte que faz uso de integra-
da, ou seja, acompanha a contagem. A cada dos 7447 é justamente o decodificador.
impulso de entrada, o display acompanhará (figura 8)
sua mudança.

7447

ENTRADAS
Ic
Ib v -
a
d9

figura 6 fI
-/
Esse tipo de comportamento será usado
num contador de objetos, num cronômetro
ou ainda num relógio. figura 8
Se a entrada de memória for levada ao
nível baixo em determinado instante (LO), Este decodificador, a partir de uma en-
ela manterá na sua saída o último número trada BCD, fornece uma saída própria para
que foi fornecido pelo contador. displays de sete segmentos com correntes
Em outras palavras, se o leitor quiser de até 40 mA por saída.
As sa ídas deste decodificador são exata-
"ativar" o display "lendo" o número que
está no contador apenas num determinado mente 7 segundo os segmentos do display,
instante, deve enviar um pulso HI na entra- operando no nível LO, ou seja elas fazem
da de memória neste instante. (figura 7) acender o segmento correspondente quan-
do se encontra no nível LO.
Como também existem decodificadores
que operam no nível H I, é preciso fazer a
distinção, pois os displays devem ser de
tipos diferentes.
Ao------SL- Assim, neste caso, os displays são do tipo
com anodo-comum, enquanto que no caso
dos que operam no n ív~1 HI, devem ser
usados displays de catodo-comum.
B~
A Importante no acoplamento do decodifi-
NO DISPLAY

COLOCAOO /
cador ao display eletroluminescente são os
NO PRÓXIMO PULSO resistores limitadores de corrente. De fato,
EM !,. APARECE "6" B
NO DISPLAY estes diplays são formados por conjuntos
figura 7 de leds e que precisam ter a corrente de
operação limitada por meios externos. Os
Este tipo de comportamento será usado resistores usados costumam ter valores
em frequencímetros, tacômetros, termôme- entre 270 ohms e 390 ohms. Maior lumino-
tros e outros circuitos em que normalmente sidade se obtém com os valores menores.
se faz a operação numa velocidade de con- A fonte de alimentação para este circuito
tagem muito rápida, interessando apenas --€leve-fornecer uma tensão de 5V sob cor-
a realização de leituras em certos instantes, rente de acordo com o consumo de todos
com ou sem repetição. os blocos.

Novembro/82 25
b c d e +

IIIIIII, IIIIIII

M
MEMÓRIA

C
(+) (-) CLOCK

n
gf+ob

gfobedc+edcgfob
e
D
d + C ponto

figura 9

Levando-se em conta que: do projeto final, ou seja, daquilo que o


7 segmentos à 40 mA consomem 280 leitor está pretendendo com o contador.
mA; o 7490 consome 32 mA; o 7475 con- Para o módulo de dois dígitos o leitor
some 32 mA e o 7447 consome 43 mA, precisará de duas placas de circuito im-
para cada dígito temos um consumo de presso, sendo uma para os blocos contador,
387 mA, o que significa que este módulo memória e decodificador e a outra somente
de dois dígitos precisa de uma fonte de para os displays, facilitando assim sua
pelo menos 800 mA e cada dígito seguinte fixação num painel. (figura 9)
implicará num acréscimo de 400 mA. Os componentes eletrônicos sendo TTL,
O integrado regulador 7805, que fornece não oferecem dificuldades de obtenção.
uma corrente máxima de 1A, poderá ser Todos os circuitos integrados são TTL
usado no caso do módulo de dois dígitos. comuns (normais), enquanto os displays
de 7 segmentos podem ser de qualquer tipo
eletroluminescentes vermelhos de anodo
MATERIAL PARA MONTAGEM
comum. A placa de circuito impresso dos
displays deve ser desenhada de acordo com
Levando em conta que damos apenas o suas dimensões, já que existem muitas
módulo básico, o material não inclui a variações segundo os fabricantes.
caixa e nem a fonte que devem fazer parte Temos ainda 14 resistores de 1/4W com

26 Revista Saber Eletrônica


valores situados entre 270 e 390 ohms que impresso segundo o desenho dado na
determinarão o brilho do display. figura 9, o leitor deve fazer uma verificação
Fios, solda, eventualmente soquetes para geral das trilhas de cobre. Veja se não exis-
os integrados completam o material. tem interrupções ou ainda pontos em que
uma trilha encoste em outra.
MONTAGEM Depois, acompanhando o diagrama geral
da figura 10, inicie .a montagem dos compo-
Uma vez elaborada a placa de circuito nentes eletrônicos.
CENTENAS
+5V
A I DEZENAS A I UNIDADES

~u
o
--

D1-l
DISPLAYS
ANODO--
COMUM
o
L~ D1-2
b c b c d e

R1 À
RS À
R7 R14
270R +5V 270R

163V 16
? 16
5 CI:-l CI:-2 5 NC
7447 7447
S~ 7 2 S S
6 7 2 6

ZERO
APAGADO
--.I +5V

9 16 15 10 9 16 15 10
4 5 5 4
C1 -3 CI:-4
7475 7475
4
13
3
12 12 13
7 2 6 7 2 3 6

13 M
(MEMÓRIA)
+SV
+5V 6
12 9 S 11 12 9 S 11
6
C1-5 C1-6
5 5
5--1 7
7490 7490 7

10 10
14 2 3 14

CENTENAS
14 CLOCK
C

figura 10

O montador deverá usar um soldador de tar seus terminais. Se isso acontecer use um
pequena potência e ponta fina, tomando palito e o próprio soldador para fazer a
cuidado para que o excesso de calor em remoção das "pontes" de solda.
cada operação não prejudique os compo- b) Solde os dois "jumpers" que são pe-
nentes.
daços de fios encapados que une os pontos
Siga a seguinte sequência: da placa entre os quais não é possível o
a) Solde em primeiro lugar todos os inte- traçado direto de trilhas na placa.
grados observando o seu número e a sua c) Solde os resistores, observando os seus
posição que é dada em função da meia-lua valores que são dados pelas faixas coloridas.
que identifica o pino 1 (em alguns tipos Seja rápido, pois estes componentes são
existe um ponto marcando o pino 1). sensíveis ao calor.
Na soldagem dos integrados evite espa- d) Monte os displays na placa a eles desti-
Ihamentos de solda que possam curto-circui- nada, tomando também cuidado para que

Novembro/82 27
não ocorram espalhamentos de solda que Este oscilador produz pulsos intervalados
possam curto-circuitar terminais adjacentes. que serão contados pelo módulo.
Seja rápido. Veja a ligação do fio de entrada, de me-
e) Faça a ligação da placa de display à mória e também obedeça a polaridade de
placa do contador, memória e decodifica- alimentação.
dor, usando pedaços de fio de mesmo com- NOTA: A ligação do terminal 5 do inte-
primento ou então um cabo tipo "tira". grado 7447 (CI-1) à terra, faz com que o
Veja a correspondência dos terminais das algarismo zero não seja projetado na conta-
duas placas unindo com o mesmo fio letras gem, ou seja, ele apaga o zero. Assim, em
iguais. lugar de termos a projeção do valor 07,
f) Faça a conexão dos cabos de entrada teremos simplesmente 7. Em CI-2 este ter-
(clock), memória (M), positivo e negativo minal não deve ser ligado à terra, pois senão
da fonte de alimentação. em lugar de 40 teríamos simplesmente 4,
com o desaparecimento do zero. No caso
PROVA de um módulo de 3 dígitos, deve-sedesligar
o pino 5 de C1-1 e manter ligado o corres-
A prova de funcionamento pode ser feita pondente das centenas.
com facilidade com a utilização de uma
fonte de 5V x 1A e com um oscilador de LISTA DE MATERIAL
prova feito com um integrado 555, o qual
é mostrado na figura 11. CI-1, CI-2 - 7447 - circuitos integrados deco-
+5V +5V dificadores TTL
lOK
CI-3, CI-4 - 7475 - circuitos integrados me-
M
mória TTL
CI-5, CI-6 - 7490 - circuitos integrados conta-
AJuSTE
dores TTL
MÓDUlO
DE FREO.
C DE DI-1, DI-2 - displays de 7 segmentos de anodo
CONTAGEM
comum
R1 à R14 - 270 ohms x 1/4W - resistores (ver-
melho, violeta, marrom)

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Que formas inexplicáveis de energia emanllm dos monges em meditação, capaz de derreter
nIlS alturas do Tibet as neves em sua volta? Que formas estranhas de energia emanam das pessoas
dotadas de poderes paranormais, que são capazes de mover objetos ou de torcer colheres e garfos
sem lhes tocar? Se você se interessa por estudos transcedentais, parapsicologia ou pesquisas exoló-
gicas, você certamente tem motivos para acreditar nesta forma de energia que emanll de todos nós,
mas que aparece em maior quantidade em certas pessoas. Como detectar esta energia "psicociné-
tica" e fazer experiências interessantes revelando uma eventual paranormalidade sua ou de seus
amigos, ou simplesmente despertar a sua curiosidade numa reunião de amigos, é o que. veremos
neste artigo.

Que espécie de energia emana das pes- Os antigos hindús chamam a esta energia
soas dotadas de poderes "paranormais" de Prana; os velhos alquimistas a citam co-
quando em concentração ou quando mani- mo "flu ído vital" enquanto os pesquisado-
festam suas estranhas capacidades? res soviéticos modernos a· denominam de
Que espécie de energia faz a neve derre- "bioplasma" .
ter em volta dos monges tibetanos em con- Uma das denominações modernas mais
centração em plena fria madrugada, ou que comum para esta forma de energia é "psi-
movimenta objetos numa mesa ou os de- cocinética", ou abreviadamente PK. Como
forma sem que precisem ser tocados? detectar a energia PK é o que veremos nes-
Que forma de energia parece emanar das te artigo.
pessoas "simpáticas" ou "amigáveis" que as Em princípio parece que todas as pessoas
torna tão atrativas? são fontes desta energia estranha, a qual po-
Ninguém sabe se realmente existe uma de ser concentrada, dirigida ou diluída se-
forma de energia aliada a estes fenômenos, gundo nossa vontade, mas depois de certo
mas a literatura "exológica" a explora bas- treinamento. Este "treinamento" é o que
tante. os monges, gurus e outros "místicos" fa-

32 Revista Saber Eletrônica


zem no sentido de dirigir seus esforços De fato, quando o polarizamos no senti-
para dominar esta energia. do inverso, ou seja, ligando uma bateria de
Detectar esta forma de energia é um pro- modo que ela fique "ao contrário" do que
blema que a eletrônica pode resolver, se seria exigido para a condução normal da
bem que em princípio não saibamos exata- corrente, verificamos que ainda assim uma
mente o que esta energia é. Mas existe um pequena corrente da ordem de milionési-
fato associado a esta energia que pode con- mos de ampêre circula pelo diodo. (figura 2)
tribuir para sua detecção: nos estados de
concentração, meditação, relaxamento, esta
energia se manifesta segundo variações da CORRENTE

temperatura de nosso corpo. + DE FUGA

Conforme já citamos no início, observa- -=-BATERIA

-se que os monges tibetanos chegam a do-


minar de tal modo seu corpo no sentido de
produzir esta energia, que conseguem sair
de madrugada nas baixas temperaturas das A CORRENTE DE FUGA DEPENDE DA TEMPERATURA

alturas daquelas montanhas e colocando-se figura 2


em local gelado, conseguem derreter a ne-
ve em sua volta, aparentemente sem esforço Esta corrente "de fuga" é causada pela
algum, com seus "poderes mentais". agitação dos átomos do material semicon-
Se não podemos detectar esta energia dutor de que o componente é formado, os
psicocinética diretamente, podemos com a quais liberam "de vez em quando" porta-
ajuda de recursos eletrônicos detectar as dores de cargas elétricas.
variações de temperatura que ela provoca Importante para nós é que esta corrente
sob determinadas condições, quando se de fuga depende fundamentalmente da
manifesta. temperatura do diodo, o qual pode ser mui-
Este é o nosso detecto r psycotrônico: to pequeno, ou seja, ter pequena capacida-
um detector ultra rápido e sensível das va- de térmica, acompanha facilmente as varia-
riações da temperatura, principalmente das ções da temperatura ambiente e. mesmo
pontas dos dedos (onde parece que esta "sente" as variações de temperatura de cor-
energia se concentra na emanação, já que . pos colocados nas proximidades.
eles parecem atuar como "antenas"), para Assim, se aproximarmos o diodo de nos-
ser usado em experiências de concentração, sa boca e soltarmos uma "baforada" de ar
meditação ou outros fenômenos exológi- quente, isso já será suficiente para provocar
coso
uma sensível mudança de sua temperatura
Muito simples de montar, ele não ofere- e também de sua condução elétrica. Do
cerá dificuldades ao pesquisador, mesmo mesmo modo, se aproximarmos o diodo de
que sua especialidade não seja a eletrônica. nossos dedos, as variações de temperatura
entre o próprio dedo e o "ambiente", pro-
COMO FUNCIONA
vocadas pela emissão de energia psicociné-
tica, poderá causar uma sensível mudança
o "coração" de nosso detecto r psycotrô- de sua condutividade elétrica. (figura 3)
nico é um diodo semicondutor de silício.
Este componente, cujo aspecto e símbolo
são mostrados na figura 1, se comporta co-
mo um sensível "termômetro" eletrônico.
I
/;-
ENERGIA
(PSICOCINÉTlCA ?)

CATODO

CATODO
~
SíMBOLO

cr=J
ANODO

ANODO
\
\

It\
I
SEPARAÇÃO
DE 2 ou 3mm
,,~
USADO COMO
SENSOR

FAIXA~
ASPECTO figura 1 figura 3

Novembro/82 33
Para acusar as variações desta corrente seja, dois diodos, permite a realização de
que circula no diodo, que é muito fraca, experiências interessantes.
precisamos de um circuito especial. De fato, quando usamos um diodo, as
O circuito usado é um amplificador dife- variações de comportamento no aumento
rencial com 4 transistores, conforme mos- da temperatura fazem aumentar a corrente
tra a figura4. do medidor, ou seja, a agulha se move para
a direita. Por outro lado, as mesmas varia-
ções no outro diodo, diminuem a corrente
e a agulha move-se para a esquerda.
Se as temperaturas nos dois diodos subi-
rem na mesma proporção a corrente no me-
didor se mantém, e nada é indicado: a agu-
lha permanece imóvel.
O aparelho é alimentado com uma bate-
ria de 9V, que terá uma durabilidade muito
grande, pois o consumo do detecto r psyco-
trônico é baixíssimo.
figura 4 Os ajustes de funcionamento são poucos:
apenas o ponto de funcionamento do sen-
Neste circuito temos dois pares "darling- sor, ou seja, o meio da escala, em três po-
tenciômetros.
ton", ou seja, os transistores são ligados em
pares de modo a multiplicar sua sensibilida-
de. OS COMPONENTES
Isso significa que uma variação muito pe-
quena de condutividade dos diodos pela Todos os componentes usados nesta
temperatura já é traduzida numa variação montagem podem ser conseguidos com fa-
muito grande de corrente nos transistores. cilidade.
Em cada entrada do amplificador é liga- A caixa deve ser especial no sentido de
do um diodo, de modo que o circuito ope- permitir a realização da experiência. Assim,
ra com dois sensores, e na saída temos um numa caixa de madeira com as dimensões
único medidor que é um instrumento que .mostradas na figura 5, são encaixados dois
permite "traduzir" as variações de corrente tubos feitos com canos de PVC no interior
dos transistores. dos quais serão colocados os diodos sen-
O funcionamento com dois sensores, ou sores.

10cm

CAI\
TUBO pvc
1 POLEGADA
~ 12cm ~
figura 5

Um anteparo feito com um disco furado Isso é necessário, pois o aparelho deve
de plástico ou PVC impedirá que na intro- operar com o calor transmitido por irradia-
dução do dedo do pesquisado este encoste ção e não por contacto (nada impede que
no diodo. o leitor em uma segunda versão trabalhe

34 Revista Saber Eletrônica


com os diodos em contacto com a pele O ponteiro deve indicar uma resistência
do paciente, o que também pode levar a muito alta, ou seja, praticamente deve per-
uma interessante série de resultados). manecer imóvel.
Os componentes eletrônicos são todos Se o transistor apresentar fugas elie cau-
comuns. Se o leitor optar pela versão elT) sará sérios problemas de ajuste do detecto r
placa de circuito impresso deve ter os re- que inclusive poderá não funcionar.
cursos para sua elaboração, caso contrário, O instrumento indicador é um VU co-
- deve fazer a montagem em ponte de ter- mum, de baixo custo, que tem uma bobina
minais. para 200 pA. Este instrumento é encontra-
A única ponte de terminais usada como do com facilidade nas casasde material ele-
chassi poderá ser fixada no interior da cai- trônico.
xa com facilidade. Os potenciômetros têm todos valores co-
Começamos pelos diodos usados como muns. O de 10M, que eventualmente pode
sensores. Podemos dizer que praticamente ser mais difícil de ser encontrado, poderá
qualquer diodo de silício de uso geral, co- ser substituído por umde 4M7.·
mo o 1N914, 1N4148, BA315, pode fun- Os resistores e capacitores são comuns,
cionar. Entretanto, de todos que experi- assim como o interruptor geral S1 e o co-
mentamos, o tipo que apresentou melhor nector da bateria.
sensibilidade foi o BA315, o qual recomen-
damos em especial. MONTAGEM
DEVE INDICAR
RESISTÊNCIA
MUITO ALTA Para a soldagem dos componentes na
parte eletrônica da montagem deve ser
usado um soldador de pequena potência e
solda de boa qualidade. O soldador deve
ter ponta fina e como ferramentas adicio-
VERMELHAI I I' PRETA nais, aquelas que permitem segurar, cortar
ou ajustar componentes.
Na figura 7 temos o diagrama do detec-
tor psycotrônico com os componentes re-
presentados pelos seussímbolos e com seus
valores.
Na figura 8 temos a versão em ponte de
terminais que é a recomendada para os que
figura 6
possuam menos recursos técnicos.
Os transistores são do tipo BC548 ou A barra de terminais isolados usada co-
BC238. Devem ser escolhidos tipos de boa mo chassi pode ser comprada em pedaços
qualidade que não apresentem fugas. Esta nas casasespecializadas e cortada do modo
fuga pode ser verificada com o multímetro indicado.
na escala mais alta de resistências, como Na figura 9 temos a placa de circuito
mostra a figura 6. impresso para esta versão.
.•.
1 A 2mA

.i
_
-9V
81

figura 7

Novembro/82 35
figura 8

a) Solde em primeiro lugar os 4 transisto-


res (01 à 04) observando sua posição. Veja
que dois deles ficam com a parte achatada
virada para baixo, enquanto que os outros
dois ficam com a parte achatada virada para
cima. Seja rápido na soldagem dos transis-
tores, pois eles são sensíveis ao calor. Na
versão em placa deve também ser observada
a posição.
b) Solde os resistores R1 e R2. Estes
componentes têm o mesmo valor que é da-
do pelas faixas coloridas em seu invólucro.
c) Solde os capacitores C1 e C2. Veja
que C2 é polarizado, isto é, deve ser acom-
panhada a posição de seu pólo positivo se-
gundo os desenhos em placa ou em ponte.
d) Faça as interligações entre os pontos
indicados da ponte de terminais (3 fios)
usando pedaços de fios comuns.
e) Faça a ligação em primeiro lugar do
potenciômetro P3 usando pedaços de 10
à 15 cm de fio flex ível. Posteriormente
este componente será fixado na tampa da
caixa, como os demais.
f) Faça a ligação do instrumento (que
figura 9
deve ser colocado no painel) e de P2 (que
deve ficar na tampa) usando pedaços de fio
oleitor ao realizar a montagem deve ter flexlvel também.
cuidados especiais, sendo recomendado que g) Faça a ligação do potenciômetro P1
siga a seguinte sequência: usando também pedaços de fios flexíveis

36 Revista Saber Eletrônica


de modo a permitir sua fixação na tampa Ajuste então os controles do seguinte
da caixa. modo: coloque inicialmente P1 na posição
h) Faça a ligação de S1 e de B1. Veja que de mínima resistência, ou seja, todo para a
a polaridade de B 1 deve ser observada. B1 direita.
será posteriormente fixada na caixa com a Coloque P3 na sua posição central e aJus-
ajuda de uma braçadeira e S1 colocada na te P1 de modo que o instrumento movi-
tampa. mente sua agulha até aproximadamente
i) Complete a montagem com a ligação metade da escala.
dos diodos. Veja que são usados fios de co- Se não conseguir, mexa um pouco em P2
res diferentes, pois será preciso observar a e finalmente P3.
polaridade destes componentes dada pelos Agora, chegue perto do tubo de D1 e dê
anéis em seu invólucro. Se houver inversão uma baforada. A agulha deve dar um bom
o aparelho não funcionará. Fixe posterior- salto para a direita ou para a esquerda. Faça
mente os diodos nos tubos na posição já o mesmo com o outro tubo. O mesmo deve
indicada perto do orifício do disco separa- acontecer.
dor. A fixação pode ser feita de diversos Eventuais problemas podem acontecer
modos, como por exemplo com a ajuda de após a montagem:
um pedaço de espuma ou rolha colocada Se o instrumento não der ajuste perma-
do lado interno do tubo de modo a deixar necendo no extremo da escala, ou seja, to-
passarsomente os fios. do para a direita ou todo para a esquerda e
Na figura 10 temos o aspecto do apare- de modo violento quando ligamos S1, des-
lho como deve ficar depois de montado. ligue em primeiro lugar os dois diodos das
Antes de fechá-Io definitivamente em sua bases dos transistores. Se o defeito persis-
caixa o leitor deve verificar o seu funciona- tir, provavelmente um dos transistores (ou
mento. mais) está com fuga, devendo ser trocado.
Se o instrumento com a'retirada dos dio-
dos passar a movimentar-se de modo nor-
mal, ou seja, sem violência então o proble-
ma está no diodo que pode estar ligado in-
vertido ou então está com fugas. No caso
de fugas ele deve ser substitu ído.
·Se as correções não resolverem, desligue
momentaneamente 01 e 04. Se os movi-
mentos da agulha de M1 forem bruscos en-
tão 02 ou 03 apresentam problemas.
Para usar o aparelho existem diversas
possibilidades:
a) Um sensor apenas
Neste caso, o paciente coloca um dos de-
dos em quálquer dos tubosde sensor, fican-
do o outro livre, pois será tomado como
figura 10 referência, ou seja, ele terá as condições
de temperatura ambiente.
Colocando o dedo no tubo com o apare-
PROVA E USO lho ligado, o leitor notará que a agulha do
instrumento se movimentará estacionando
Não será preciso chamar nenhum monge em seguida. A temperatura acusada será
tibetano ou equivalente para fazer uma pro- a normal do corpo.
va de funcionamento. Vem agora a parte mais importante: pro-
Depois de conferir todas as ligações, faça eure concentrar-se, relaxar-se ou mesmo
a conexão de uma bateria de 9V nova. pensar em alguma coisa diferente da expe-
Ligando S1 o instrumento M1 pode já riência. Peça a um companheiro seu para
marcar alguma coisa, ou seja, a agulha se anotar asvariações de temperatura.
movimentará. Os pesquisadores sérios podem procurar

Novembro/82 37
pessoas que se suspeita terem capacidades detecto r de temperatura ou variações dela,
paranormais, realizando experiências diri- que pode ser utilizado na realização de ex-
gidas. Outros poderão fazer as experiências periências que permitem eventualmente de-
com diversas pessoas, estabelecendo as con- tectar a presença de formas de energia que
dições em que maiores variações são detec- apareçam em estados emocionais incomuns.
.tadas. Isso não significa entretanto que o autor
b) Funcionamento diferencial defenda hipóteses exotéricas da manifesta-
Neste caso, os dois sensores são usados. ção desta "forma de energia". O autor par-
O paciente enfia o dedo indicador de cada te do ponto em que princípios físicos co-
mão nos tubos, conforme mostra a figu- nhecidos e bem estabelecidos entram em
ra 11 ação. O resto fica por conta de cada um ...
Neste caso, detectam-se variações de PACIENTE A PACIENTE B

temperatura entre os dedos. Colocando-se


o ponteiro no meio da escala teremos defle-
xões em sentidos opostos conforme a tem-
. peratura de um dedo suba ou desça em rela-
ção ao outro.

figura 12

LISTA DE MATERIAL

Ql, Q2, Q3, Q4 - BC548 ou BC238, preferivel-


figura 11 mente - transistores NPN de silicio de uso geral
DI, D2 - BC315 - diodos de uso geral - ver
Veja o leitor que no início do artigo pro- texto
. curamos associar as variações da temperatu- Ml - VU meter comum de 200/lA
ra manifestada nas proximidades dos dedos RI, R2 - 10k x 1/8W - resistores (marrom,
às manifestações da energia psicocinética. preto, laranja)
As experiências devem então ser dirigidas Pl - 10M ou 4M7 - potenciômetro
. no sentido de provocar suas manifestações. P2, P3 - 4k7 - potenciômetros comuns (lin ou
c) Outra experiência é feita com duas log)
pessoas. Cada uma enfiará o dedo indicador Cl - 10nF ou O,OI/lF - capacitor cerâmico
de uma das mãos num dos tubos, conforme ou de poliéster
mostra a figura 12. C2 - 10 /lF x 12 V - capacitor eletroli tico
Neste caso, com as outras duas mãos da- SI - interruptor simples
Bl - bateria de 9 V
das, a experiência deve ser dirigida no sen-
Diversos: caixa para montagem, tubos de PVC
tido de haver concentração, relaxamento,
de 1 polegada, ponte de terminais ou placa de
etc. Música ambiente pode ajudar na expe- circuito impresso, botões plásticos para os po-
riência. tenciômetros, etc ..
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Ao final de 1979, mais exatamente em nham-se ocupados com seu "hobby" e
27/11/79, a "Dona Cegonha" nos brindou não façam dos tóxicos (infelicidade
com um forte (e lindo) "garotão" que humana) os seus pais de criação ou de
passou a ser chamado Ricardo Tucci Leal; dependência;
ele foi o primeiro fruto do nosso amor - a minha fama de "eletrônico" se espa-
(como estou romântico!) com a "patroa". lhou pelo prédio (sou o único!) e eu não
Acontece que desde cedo o Ricardo poderia deixar de "incrementar" a festa
começou a mostrar interesse pela eletrô- do Ricardo, mostrando, outra vez, a
nica, ou melhor, pelos componentes, con- minha intimidade com a eletrônica, e
tanto que com menos de dois aninhos ele já que o tema da "festinha" era o circo,
já sabia identificar o que era um resistor, palhaços, etc., nada mais justo do que
capacito r, etc. e até mesmo um circuito dispor de um jogo de luzes na caixa de
integrado! Isto talvez tenha sido uma bolo que representava um circo.
decorrência da nossa vida em comum com O leitor nem imagina o sucessoque fize-
o laboratório "caseiro" e a sucata que ram as "Iampadinhas" fixadas à "entrada"
possuo. do circo! Ainda mais porque o aparelho foi
O fato é que o "bichinho" passa horas deixado, propositalmente, à mercê da "gu-
apreciando o piscar de luzes ou mesmo os rizada", a fim de alterarel"'fl tanto o ritmo
sons obtidos com os circuitos que desen- como a modalidade de funcionamento do
volvo e que são publicados nas revistas téc- circuito. Confesso que não só foram os
nicas, em especial na Saber Eletrônica. "moleques" que se distraíram, os adultos
Quando desmonto os protótipos experi- ("moleques" por tradição!) também deram
mentais é uma choradeira dos diabos! Mas (e como!) suas "mexidinhas" nos coman-
ao prometer-lhe novos dispositivos, mais dos!
atraentes que os anteriores, cessao choro e Por esses motivos resolvi por tornar
passa a cobrar o prometido, fazendo ques- público o circuito idealizado por mim,
tão de acompanhar o desenvolvimento e mas para isso tive de montar um outro
montagem! protótipo ... Não houve jeito de conven-
E claro que para a sua festinha de aniver- cer o Ricardo: ele persiste em dizer que as
sário eu teria de "bolar" algum dispositivo "Iuzinhas" são dele, dadas por mim como
eletrônico relativamente atraente, isto presente de aniversário!
porque:
- o "guri", mesmo com apenas três anos, PRINCIPAIS CARACTERfSTICAS
sabe apreciar tais dispositivos que cha- DO CIRCUITO
mam atenção quer sonora ou visual-
mente; - 10 canais de saída mais um adicional que
- convém, desde já, encaminhar os "peque- funciona como um mero pisca-pisca.

Novembro/82 41
- Apenas um canal fica ativo em um dado cados a um circuito contador binário
momento, exceto o canal pisca-pisca, de (bloco 3), em verdade uma década conta-
forma a ter-se a sensação de uma luz em dora integrada para o qual me utilizei do
constante deslocamento. integrado 74190, um pouco menos conhe-
- Controle manual de cadência (veloci- cido que o 555. A principal particularidade
dade). deste integrado é a de permitir tanto conta-
- Duas modalidades de funcionamento gens ascendentes como descendentes, ou
comutáveis através de um interruptor: seja: na primeira modalidade de contagens,
1) Na primeira a luz parece deslocar-se o CI apresentará valores decimais equiva-
em um sentido até atingir a última fonte lentes que irão aumentando, de unidade em
luminosa para, depois, realizar a excur- unidade, à medida que surgirem os pulsos
são no sentido contrário até que o pri- de entrada, desta forma a contagem partirá
meiro canal seja novamente excitado, do zero em direção a nove quando, na pre-
quando, então, será invertido o sentido sença de novo pulso, retomará ao estado
do pseudo movimento, repetindo-se inicial - zero. Na contagem decrescente o
indefinidamente o ciclo. processo é semelhante porém ao "con-
2) Na segunda modalidade de funciona- trário": em vez de incrementar-se de uni-
mento a luz parece deslocar-se em um dade em unidade, o contador se decre-
mesmo sentido várias vezes; no ciclo se- menta, apresentando, por exemplo, uma
guinte a luz se deslocará, pelo mesmo seqÜência do tipo 5, 4, 3, 2, 1, O, 9, 8, 7,
número de vezes, no sentido oposto, e 6, 5, 4, 3, etc.
assim sucessivamente.
- Ainda que a capacidade de potência não
seja das maiores, pois o circuito se desti-
na à excitação de dois leds, existe a pos-
sibilidade de ampliar a potência de saída,
utilizando-se para tal, circuitos de inter-
face adequados.
- Alimentação a partir da rede elétrica,
porém com ligeiras modificações no cir-
cuito, pode ser alimentado através da ba-
fO N T E
teria de um automóvel, por exemplo.
- Tamanho reduzido associado a um baixo {)
consumo e elevada confiabilidade.

DIAGRAMA EM BLOCOS

O circuito em si não é um "bicho de sete


cabeças" como bem o mostra o diagrama CARGA

em blocos da figura 1. @

O primeiro bloco é o responsável pelo figura-j


fornecimento da tensão de alimentação,
de aproximadamente 5 volts, necessária Adiante se.rão tecidos comentários mais
para alimentar o circuito propriamente detalhados a respeito do integrado 74190.
dito, o qual é essencialmente constitu ído Cabe ao circuito de comando (bloco 4)
por CI's de tecnologia TTL (lógica transis- estabelecer o critério de contagem ascen-
tor-transistor). dente (ou descendente) do circuito conta-
O bloco 2 nada mais é do que um astável dor - bloco anterior. Este bloco é consti-
utilizando o tão conhecido 555, fornecen- tu ído por um par de integrados (o 7474 e
do em sua saída um trem de pulsos retangu- o 7493) e componentes associados; o pri-
lares cuja frequência das oscilações pode ser meiro désses integrados é um duplo flip-
ajustada manualmente ao se atuar sobre o -flop (bi-estável) do tipo D, do qual é
cursor de um potenciômetro. extraído o décimo primeiro canal do apa-
Os pulsos oriundos do oscilador são apli- relho cuja frequência de ativamento corres-

42 Revista Saber Eletrônica


I
ponde à 1/20 da frequência do oscilador. cente D3 fornece uma indicação visual do funcio-
A saída desse bi-estável é aplicada a um namento da fonte de alimentação.
contador binário de 4 estágios (CI 7493), Fl CHl 01 01
e através de um jogo de interruptores são
estabelecidos os momentos durante os
quais o circuito contador (bloco 3) irá
decrementar ou incrementar.
Como as saídas, em número de quatro, ~
do circuito contador se apresentam em
formato binário, há necessidade de "tradu-
zi-Ias" para o sistema decimal de forma a
obterem-se os dez dígitos decimais (O a 9),
ou as dez saídas que se constituem nos dez figura 2
canais do aparelho. É aí que entra o bloco
5, ou seja, o decodificador binário para BLOCO 2 - OSCI LADOR
decimal CI 7442. Aqui temos o conhecidíssimo 555 operando na
Finalmente, o bloco 6 nada mais é do clássica configuração astável como bem o mostra
que a carga do aparelho. Para o meu caso a figura 3. Porque o estudo deste integrado tem
sido amplamente divulgado, não irei "chover no
em particular optei por um par de diodos molhado" - em caso de dúvidas basta recorrer a
luminescentes, de côr verde, com os respec- números anteriores da Revista. Contudo, convém
tivos !imitadores de corrente; nada impede, relembrar que a rede R1 ....:R2 - P1 - C1 é uma
porém, que seja utilizado um circuito de in- das responsáveis pelas oscilações do circuito; cabe
terface visando a comutação de cargasmais ao potenciômetro P1 estabelecer a frequência dos
"parrudas" tais como lâmpadas incan- sinais de saída, cujo valor é determinado através
descentes, por exemplo. da expressão:
1,44
ANALISE DETALHADA DO f = [R 1 +2 . (R2 + P1l] • C1 Hz
DIAGRAMA EM BLOCOS
onde:
Agora que temos uma vaga idéia do funciona- R 1, R2 e P2 em megohms e C1 em microfarads.
mento do circuito, poderemos passar à descrição Levando em consideração a lista de material,
detalhada do mesmo. Com isto pretendo fornecer R1 = R2 = 47k ohms, P1 = 2,2M ohms e C1 =
subsídios para eventual manutenção corretiva do = 0,33t.tF, temos:
aparelho e, o que é mais importante, expor alguns
f . 1,44 ~ 1
conceitos teóricos que nem sempre podem ser mln = [0,047 + 2. (0,047 + 2,2)] x 0,33- Hz e
adquiridos em livros ou mesmo em publicações
como esta.
BLOCO 1 - FONTE f . 1,44 ~ 31 H
O diagrama esquemático da fonte é mostrado max = [0,047+ 2 • (0,047 + O)] x 0,33 - z
na figura 2. Como o leitor pode perceber, a retifi-
Esses valores lim ítrofes são mais do que satisfató-
cação é do tipo onda completa, cabendo aos capa-
rios para os propósitos do aparelho.
citores eletrol íticos C1, C2 e C3 provê r a devida
+Vcc
filtragem - a capacitância de C3 é vista na saída
multiplicada pelo ~ (beta) do transistor Q1. Aliás,
cabe a este transistor juntamente com o diodo
zener e resistência R 1, real izar a regulagem da
fonte obtendo-se aproximadamente 5,2 volts na
saída, isto graças ao diodo zener de 5,8 volts e
queda (0,6 volts) propiciada pela junção base-
-em issor de Q 1.
Cabe a F 1 desempenhar a função de uma auto-
-proteção contra excessivo consumo acidental ou
não do aparelho. Além do fusível, tem-se o inter-
ruptor CH 1, o qual possibilita ligar ou desligar o
aparelho.
Finalmente, o conjunto R2 e diodo lumines- figura 3

Novembro/82 43
BLOCO 3 - CIRCUITO DE CONTAGEM poderá ser introduzido na "memória" do CI
É este o "coração" do aparelho! Graças ao cir- quando a entrada "Ioad", pino 11, for mantida
cuito integrado utilizado, um 74190, foram possí- aterrada; como no projeto não foi utilizada esta
veis tais efeitos luminosos de elevado impacto e, função, a entrada L foi deixada "aberta", caracte-
que eu saiba, são inéditos em termos de publica- rizando o estado lógico alto já que o 74190 é de
ção, pelo menos em âmbito nacional! tecnologia TTL.
O integrado 74190 é uma década contadora As saídas Máx/Mín e RP ("ripple clock"), res-
reversível, ou seja, tanto pode contar "para cima" pectivamente pinos 12 e 13, fornecem um sinal
como "para baixo", respectivamente contagem toda vez que houver passagem da contagem de 9
ascendente e descendente. É através de sua entrada Jjdrà O (ascendente) ou de O para 9 (descendente).
DN/UP, pino 5, que é possível, a qualquer instante, Ouanto às saídas OA, OB, OC e OD, elas são
situar a década em contagem "down" (para baixo) as responsáveis pela apresentação, na formação
ou em "UP" (para cima): se essa entrada se encon- binária BCD, da contagem realizada. Desta forma,
tra aterrada (nível lógico baixo, ou L) é realizada ao se aplicar um pulso em CK, teremos o numeral
a contagem para cima; se é levada ao potencial 0001; no segundo pulso tem-se o numeral 0010 e
de alimentação (estado lógico alto, ou Hl. o CI assim sucessivamente até o nono pulso quando se
passará a fazer uma contagem por decremento. terá 1001. Na situação de contagem descendente
Além dessa entrada, o integrado dispõe ainda e em situação normal de funcionamento, a leitura
de algumas outras entradas de comando, algumas inicia, digamos, pelo 9 (1001); na presença de um
das quais não foram utilizadas no projeto, sendo pulso teremos o decimal 8, ou seja, 1000, e assim
a mais importante a que se destina. a habilitar a sucessivamente até o binário 0000 quando, então,
contagem; esta entrada de habilitação ("enable" na presença de um outro pulso relógio, essas
- pino 4) quando em nível H (alto) inibe o proces- saídas apresentarão o numeral binário 1001 corres-
so de contagem seja ele do tipo ascendente ou des- pondendo ao dígito decimal 9.
cendente - no projeto, esta entrada, designada por A figura 5 apresenta o esquema completo do
G, é mantida constantemente aterrada, já que não circuito de contagem utilizado em nosso projeto.
há qualquer interesse em interromper temporaria- De acordo com a informação oriunda do circuito
mente a contagem dos pulsos oriundos do circuito de comando o Cll irá contar para cima, ou para
oscilador. baixo, os pulsos prqvenientes do oscilador, com
A figura 4 mostra a pinagem do circuito inte- isso as quatro saídas OA, OB, OC e OD irão, pau-
grado, na clássica estrutura duplo em linha de 16 latinamente, assumindo os valores lógicos corres-
pinos, sendo os pinos 8 e 16 os responsáveis pela pondentes e a cada transição 0--9, ou 9-0, é
polarização do circuito propriamente dito do CI. ministrado um pulso ao circuito de comando que,
como veremos, irá estabelecer o critério de conta-
+vcc
9 gem por parte de Cll; em realidade, esse trem de
pulsos passa a constituir-se no oscilador para o
circuito de comando, obtendo-se assim um per-
feito sincronismo entre os dois estágios.
DO OSCI LADOR
A CK RP MÁ XI L
MíN ,+Vcc CK
B

OB OA G DN/UP OC
16 14

<l:
(J DN/UP
a:
<l: CI-1 (74190) DO CIRCUITO
::< DE COMAND(
O (BLOCO 4)
8 4 3 2
8

figura 4 '--y-----/
PARA O
DECODIFICADOR
As entradas A, B, C e D possibilitam a introdu- (BLOCO 5)

ção de numeral binário a partir do qual a década figura 5


irá incrementá-Io (ou decrementá-Io) à medida
que surgirem os pulsos de cadência aplicados à
entrada cadenciadora ou relógio CK (pino 14) BLOCO 4 - CIRCUITO DE COMANDO
- note que esta entrada é sensível ao flanco ascen- Este bloco se utiliza de um par de integrados
dente do sinal, isto é, às transições L para H. O também de tecnologia TTL: o primeiro deles é
numeral presente nessas entradas A, B, C e D só um divisor binário de 4 estágios (divisor por 16)

44 Revista Saber Eletrônica


utilizando o conhecido 7493; o segundo CI, um e Q = L) ele assim permanecerá até que surja um
7474, é um duplo flip-flop tipo D. A figura 6 iden- comando propício para retirá-Io dessa situação ou
tifica a função dos pinos de ambos integrados. estado.
A tabela abaixo mostra, resumidamente, o
2CLR 20 2CK 2PR 20 2ã
8 comportamento de cada flip-flop do CI 7474.

XtLDCK
H
ENTRADA
CLR
HL
X
H*
00
Q H
L
00
H*
L
O SAibA
L
H
H
H
L PR

7474

7
X - não importa o estado lógico.
* - estado instável.
A SC OA 00 TERRA OB OC
14 t - flanco ascendente do sinal cadenciador.
00 e 00 - estados anteriores, isto é, mantém-se
o estado anterior do F F.

No projeto foi utilizado apenas um flip-flop


como divisor binário por 2. A configuração básica
7493 do circuito se encontra na figura 7. É fácil per-
ceber que este circuito é re~mente um divisor por
2: vamos supor que a saída O se encontre em H, na
presença de um pulso na entrada CK o bi-estável
se vê obrigado a "copiar", em O, o estado presente
em D que é alto, temos então: O = H e Q = L - o
7
B ROI1) ROl21 SC +VCC SC SC
circuito comutou. No próximo pulso relógio o FF
SC , SEM CONE xÃo irá transferir para O o estado lógico presente em
Q que é, como vimos L, e aí temos O = L e Q = H,
figura 6 situação esta igual à inicial. Disto concluímos que
são necessários dois pulsos "c1ock" para que o ~
o 7474, como já disse, consta de um par de forneça um pulso completo em suas saídas O e O,
bi-estáveis dos quais apenas um foi utilizado no complementares entre si. O diagrama de fases da
projeto, exatamente o FF2. A principal particu- figura 8 esclarece o exposto.
laridade desse tipo de bi-estáveis é que os mesmos
transferem à sua saída O o estado lógico presente
na entrada D (de dados) quando, e só quando, se o õ
verificar uma transição ascendente do sinal apli-
cado na sua entrada cadenciadora CK - a saída 1/2
Q apresenta o complemento dessa informação 7474 figura 7
armazenada ou "copiada" pelo flip-flop.
Além das entradas D e CK, o CI apresenta mais CK o
um par: a entrada CLR (de "c1ear" - limpeza) e
a entrada PR (de "preset" - estabelecimento).
Tanto uma como a outra são sensibilizadas por
sinais em nível lógico baixo (L), tendo prioridade
sobre as duas anteriores; a p!.!meira dessas entradas CK
,
(CLR) situa as saídas O e O respectivamente nos I
níveis L e H, independentemente do estado an-
terior. A entrada PR realiza função "oposta", isto
é, faz O = H e Q = L quando excitada, não impor-
oj
- '
tando a configuração anterior do circuito.
Há de se notar que uma vez dispondo o FF em
qualquer uma das duas situações possíveis (O = L "'1------- figura 8

Novembro/82 45
A função realizada pelo CI 7493 é similar a dente-descendente-ascendente- ... ", pode-se optar
do 74190; basicamente, é composto por dois por um outro modo de operação onde por
blocos divisores; o primeiro divide por 2 e o se- certo número de vezes é apenas realizado o ciclo
gundo por 8, advindo daí as duas entradas A e B ascendente para, depois, realizar o ciclo descen-
assinaladas na figura 6. A entrada A corresponde dente pelo mesmo número de vezes e assim suces-
ao primeiro divisor cujos sinais de saída são obti- sivamente; a seleção desse número é realizada por
dos em QA; a entrada B cor responde ao .bloco intermédio. do interruptor CH2 que se encontra
divisor por 8, cujas saídas binárias são QB, QC e "pendurado" nas saídas QC e QD do divisor bi-
QD. nário 7493. Percebe-se então que existem, em prin-
Ao se interligar entre si a entrada B com a saída cípio, três modalidades de funcionamento, depen-
QA, obtém-se um divisor binário de 4 estágios dendo do posicionamento dos interruptores CH 1
(divisão por 24, ou seja, por 16) conforme mostra e CH2.
a tabela a seguir - notar a formatação binária de +vcc
saída.
10 25 11 8 14
CONTAGEM
CONTAGEMo1QC
oQA
1QB o11CIRCUITO
DO
1QD DE SArDA PARA
CONTAGEMO
CIRCUITO DE

figura 9

rCH
( 74931

CHl

BLOCO 5 - DECODIFICADOR
Porque o circuito de contagem édo tipo bi-
nário, temos de "traduzir" essas informações para
o nosso sistema de contagem, ou seja, para o sis-
tema decimal. É justamente aí que entra o decodi-
ficador 7442 também de tecnologia TTL.
Esse circuito integrado "pega" as quatro infor-
mações binárias de entrada e as transforma no
0--""Le1--""H
respectivo correspondente decimal, excitando uma
de suas dez saídas, designadas por QO a Q9, tal
Além dessas duas entradas, sensíveis ao flanco qual ilustra a tabela a seguir.
descendente do sinal, o CI apresenta mais um par Nesta tabela percebemos que as saídas as-
de entradas, as quais possibilitam a divisão por sumem o estado lógico baixo (L) quando ativas.
qualquer número inteiro compreendido entre 2 e A figura 10 mostra a pinagem do Circuito inte-
15. Quando ambas entradas RO (1) e RO (2) são
grado 7442, cujo funcionamento é o mais simples
levadas ao estado alto, as saídas assumem o nível possível, pelo que ...
lógico O (zero) ou L (baixo), isto é, a contagem
é retornada a zero, justificando-se assim a desig- 9

nação RO para essas entradas: retorno ao zero.


Na figura 9 temos o esquemático completo do
circuito do comando lógico. Os pulsos da saída
Máx/M ín do integrado 74190 são diretamente apli-
I
cados à entrada cadenciadora <
de CI1 que fornece <
~
a:
<..>
'-ao0403
02
08
oc
as06
05
09 OA 07
O
01
ao
um sinal de saída de frequência exatamente igual
à metade do valor da frequência do sinal de en-
trada; esses sinais de saída fazem com que o LED1
ora emita luz, ora não, podendo também ser apli-
cados, via CH 1, à entrada DN/UP do integrado
74190 do bloco anterior, o qual ora passará a
8
realizar a contagem decrescente, ora a crescente
e assim por diante. Mas, em vez do ciclo "ascen-

46 Revista Saber Eletrônica


HOA
H
07
06
05
L
L
ENTRADA
01
04
03
09
08
OB
02
00
OC
H H
BINÁRIA
L
H
H SAibA DECIMAL
L II H
H L

situações
inválidas

BLOCO 6 - CARGA centes diretamente alimentadas a partir da rede


No meu caso específico utilizei vinte fotemis- elétrica. A figura 12 apresenta dois desses circuitos
sores, de côr verde, como elemento de carga: dois de inferface.
em cada canal.
+Vcc
Levando em consideração que as saídas do
bloco anterior se apresentam em nível baixo,
figura 12
utilizei-me da estrutura elétrica mostrada na figura
11. Os resistores limitam a corrente a circular
pelo par de fotemissores, protegendo-as bem como
as saídas do integrado 7442 do bloco anterior. CANAL 'n'

DAS SAíDAS DO DECODIFICADOR

tA)

+Vcc

RELÊ
I
I
CANAL 'n' I
I
I
I
I
-aI
~
-"tr

(B)

+Vcc I I CARGA c.A.1 ?


figura 11

É claro que através de um estágio amplificador, o CIRCUITO


adicionado a cada canal, existe a possibilidade de
aumentar a capacidade de potência de cada canal, Agora só resta juntar os circuitos dos
podendo-se, inclusive, utilizar lâmpadas incandes- blocos apresentados e analisar o resultado

, Novembro/82 47
como um todo. Para tal basta recorrer à esquemático completo do nosso "jogo de
figura 13 onde se pode apreciar o diagrama luzes dançantes".

LE01
8
I =>
+C.I.17 2 I 6

C1
--L- I

/".•••••'" /' I
I

C.J:.2 11,CK

CH2

ON/UP,S C.J:.3

3 2 6 7 8 4
10A 108 1oc 100 I IG
10
5 C.I.4
2,RO
figura 13
10A 108 10C 100
15 14 13 12

16 C.r.5 8

A tensão c.a. da rede é aplicada ao pri- ção. Além de C2 e C3, o capacitor C1


mário do transformador redutor Tl através propicia uma reserva de energia com o
do fusível de proteção Fl e interruptor intuito de diminuir o "ripple" da fonte,
CH1, obtendo-se em seu secundário uma principalmente quando da' comutação dos
tensão, também alternada, que é retificada circuitos integrados.
(onda completa) pelos diodos Dl e D2, Obtém-se assim o valor da ordem de 5,2
sendo inicialmente filtrada pelo capacitor volts c.c. na saída da fonte, cabendo ao
eletrol ítico C2, obtendo-se um valor da conjunto R3-LEDl fornecer a indicação
ordem de 11 volts c.c. (em aberto). luminosa de que o aparelho se encontra
Essa tensão contínua passa pelo regula- ligado.
dor tipo série constitu ído por Q1, R2 e Os pulsos gerados pelo oscilador com-
DZ1, em que C3 provê filtragem adicional posto por Cll e componentes associados,
visando eliminar o ru ído de comutação do são diretamente acoplados à entrada caden-
diodo zener de 5,8V, além de reduzir a ciadora CK (pino 14) de C13. Essespulsos
impedância de saída da fonte de alimenta- são contados, no formato binário, pelo

48 Revista Saber Eletrônica


integrado, surgindo em suas quatro sa ídas CH2 para a outra posição, CI2 deixa de
e respectiva informação binária, a qual é comandar a década reversível ainda que
decodificada por CI5 que proporcionará este integrado continue sendo comandado
um terra (nível baixo) em apenas uma de por C13; nestas circunstâncias caberá a
suas dez saídas, justamente a saída (deci- CI4 comandar tal década,
mal) correspondente à informação (binária) De fato, após certa quantidade de
de entrada. O nível baixo (terra) dessa "viagens" da luz num sentido, chega o
saída irá polarizar diretamente o par de momento que a saída QC (ou QD, se for
fotemissores correspondentes, cuja limi- o caso) comuta, indo afetar o critério
tação de corrente é realizada pelo respec- de contagens por parte de CI3 e, aí, as
tivo resisto r associado. "viagens" realizadas pela luz passarão a ser
Cabe a CI2 estabelecer o critério de con- em sentido oposto ao anterior, porém em
tagem da década reversível C13: se a saída mesmo número de vezes quando, então,
a de CI2 se encontra em nível alto (flip- CI4 voltará a comutar repetindo o ciclo
-flop reciclado, ou seja, em repouso) será inicial e assim sucessivamente.
realizada a contagem decrescente (9, 8, 7, Dependendo da posição ocupada por
etc.) e a luz emitida por cada par de LED's CH3, maior ou menor número de "viagens"
se "deslocará" da direita para a esquerda em um mesmo sentido, serão realizadas: em
(vide figura 13) até que a última saída QO QD aumenta, exatamente o dobro em rela-
de CI5 seja ativada quando, então, a saída ção à posição QC possível de ser ocupada
Máx/Mín de CI3 envia um pulso ao flip- por CH3.
-flop (CI2) fazendo com q~e o mesmo Da parte elétrica pouco mais há para co-
comute, com o que a saída Q passa de H mentar a não ser o fato de termos 10 canais
para L obrigando a década reversível (mais um adicional), nos quais são coman-
realizar '·a contagem crescente, isto se o dadas 20 fontes luminosas a fim de tornar
interruptor CH2 se encontrar na posição mais atraentes os efeitos visuais do apare-
indicada pela figura 13, e assim teremos a lho, pois poderão ser formadas as mais
impressão que a luz se desloca da esquerda diversas estruturas geométricas, de prefe-
para a direita, ou seja, em sentido contrário rência simétricas, com essas 20 fontes.
ao anterior. Tão logo seja ativada a sa ída
-Q9 de CI5, o pino 12 de CI3 envia novo A MONTAGEM
pulso ao flip-flop, o qual se vê forçado a
comutar, obrigando a ~cada a realizar a Como mormente acontece em trabalhos
contagem decrescente (Q = D = H) como similares, as informações pertinentes à
no primeiro caso. montagem devem ser encaradas como um
A "brincadeira" continuará a repetir-se· mero guia, e nunca como diretrizes rígidas
indefinidamente: a luz ao "chegar" a uma a serem obedecidas pelos eventuais monta-
extremidade, "volta" para a outra em sen- dores. Tais informes costumam relatar a
tido contrário, ao "chegar" à outra posição orientação seguida pelo autor ao realizar
extrema "percorrerá" o mesmo "caminho" a montagem de seu protótipo, o qual se ,
porém em sentido contrário ao anterior; utilizou de materiais, principalmente de
o "negócio" se compo-rta como num jogo ordem mecânica, que nem sempre podem
de ping-pong: ora a "bolinha" (entenda-se ser adquiridos pelos leitores e, muitas vezes,
luz) se desloca em um sentido, ora em não se aplicam às necessidades particulares
outro. de cada um.
Notar que a cada comutação do flip-flop No meu caso em particular, utilizei-me
(CI2) o fotemissor LED2 irá acompanhá-Io, de uma caixa plástica que outrora serviu de
permanecendo ora emitindo luz, ora não. embalagem para bastões de giz escolar;
Também há de se -ºbservar que o pulsos a partir de tal caixa foi elaborada a distri-
presentes em sa ída Q são aplicados ao divi- buição dos componentes numa plaqueta de
sor binário C14, porém as suas informações circuito impresso (do tipo padronizada
de saída (QC e QD) não afetam essa moda- por questões de comodidade) cujas dimen-
lidade de funcionamento graças à posição sões fossem compatíveis com as da caixa.
ocupada por CH2. Entretanto, ao comutar Da mesma forma, o leitor primeiramente

Novembro/82 49
deve adquirir a caixa adequada e a partir menos iguais às da utilizada no protótipo.
da í elaborar o "Iay-out"; é claro que orien- O ideal seria utilizar o mesmo material
tando-se pelas diretrizes que se seguem, que o do protótipo, pois aí não há neces-
para ter facilitada a sua tarefa. sidade de realizar qualquer modificação de
Entretanto, nada impede que esse mes- ordem prática, contudo ...
mo leitor siga ao "pé da linha" todas as O protótipo, como já dissemos, se utiliza
"dicas" fornecidas no texto desde que, é de uma caixa plástica de dimensões aproxi-
claro, já tenha adquirido a caixa (que irá madamente iguais a 125mm x 75mm x
alojar o circuito propriamente dito) cujas x 65mm, respectivamente comprimento,
dimensões sejam, senão maiores, pelo profundidade e altura.

1111111 1I11111

111111 IIIII
"1111
11 II
IIII I~I
111111
111
1111111
I
IIIIII

figura 14

50 Revista Saber Eletrôn ica


À REDE

IIII~III~
OBS: ESTE DESENHO ESTÁ AMPLIADO.

A PLACA REAL MEDE: 68 x 117mm.

figura 15

A partir das dimensões acima foi cortado tema de sustentação reside em não ter que
um pedaço de uma plaqueta padronizada fazer a furação para os lides dos componen-
contendo nada menos que 46 furos no sen- tes, nem tampouco há necessidade de sub-
tido do comprimento e 27 furos no sentido metê-Ia ao processo de corrosão usual ainda
da largura. A grande vantagem desse sis- que seja necessário interromper os filetes

Novembro/82 51
(ou vetas) de cobre em localidades previa- os resistores; aproveite o ensejo e solde
mente estudadas e de acordo com o projeto também o transistor Q1 na plaqueta, lem-
e distribuição de componentes adotados. A brando que a face não metálica fica volta-
figura 14 mostra onde devem ser interrom- da para o transformador.
pidas as veias de cobre para o nosso caso - Munidos de fio rígido interligamos entre
como ferramenta de corte podemos utilizar si os diversos componentes e terminais dos
a ponta de uma serra para metal - você, integrados, acompanhando o chapeado
que não está habituado com esse tipo de porém sem esquecer de ir verificando com
plaquetas, deve tomar o máximo cuidado o diagrama esquemático - é muito impor-
ao interromper os filetes: certifique-se que tante não cometer erros nesta fase da mon-
as interrupções estão sendo feitas nos locais tagem, pois eles são difíceis de detetar
adequados, que não foi esquecida alguma posteriormente.
e, ainda, evite as rebarbas que podem colo- Na instalação do transformador note
car em curto pistas adjacentes com conse- que a tríade de fios do primário (fios desen-
quências drásticas (utilizar o "fio" da serra capados e rígidos) devem ter suas extremi-
entre elas é um ótimo procedimento assim dades raspadas e estanhadas em aproxima-
como o de limpar toda a face cobreada com damente 5 mil ímetros antes de sua solda-
palha de aço bem fina). dura à plaqueta.
Os quatro furos A, B, C e O assinalados A conexão tanto dos interruptores CH2
na figura 15 apresentam diâmetro tal que e CH3,potenciômetro P1 e diodo lumines-
por eles possa passar um parafuso de 1/8" cente deve ser realizada com fio flex ível
- eles se destinam à fixação da plaqueta à relativamente fino, porém encapado. Para
caixa e do transformador de alimentação. o fusível F1 e interruptor CH1 a preferên-
A distribuição dos componentes nessa cia recai em fio de calibre, pelo menos,
plaqueta pode ser apreciada na figura 15 e igual a 24 AWG - oriente-se pelo chapeado.
como toda montagem, ela deve iniciar-se Das extremidades dos resistores R5 a
soldando os soquetes dos integrados (chan- R15 (pontos CH1 a CH11 assinalados na
fro à esquerda), tendo o cuidado de não figura 15) devem partir fios flexíveis enca-
provocar curtos entre os lides próximos pados que irão ter à ponte de terminais,
devido a esparramamento de solda. o mesmo ocorrendo com o fio que parte
O próximo passo é o de soldar os diodos do catodo dos diodos 02 e 04 -- por ques-
(respeite a polaridade!) e capacitores - cui- tão de faci Iidade convém ordenar, na ponte
dado com os eletrol íticos: eles também de terminais, essa dúzia de fios, tal qual o
apresentam polaridades! Soldam-se a seguir apresentado pelo desenho da figura 16.

LED13 LED14 LED15 LED16 LED17 LED18 LED19 LED20 LED21 LED22
LED 2 LED 3 LED 4 LED 5 LED 6 LED 7 LED 8 LED 9 LED10 LED11 LED 12

CHl1 CH10 CH9 CH8 CH7 CH6 CH5 CH4 CH3 CH2 CHl +Vcc

figura 16

É justamentena tira de terminais que postos. A alimentação positiva (+ Vcc) deve


serão soldados os fios que irão ter ao ser aplicada ao anodo de cada um desses
catodo de cada par de LEOs - o compri- pares de fotemissores assim constituídos.
mento desses fios dependerá da distância A figura 16 tenta esclarecer o exposto.
entre o circuito propriamente dito e da Antes de "encaixotar" o circuito é de
localidade onde eles, LEOs, forem dis- bom alvitre verificar se ele está funcio-

52 Revista Saber Eletrônica


nando a contento; para tal liga-se o apa-
relho à rede elétrica e de imediato verificar-
-se-á a emissão de luz por parte do LED1
caso CH 1 se encontre ativado (não se
esqueça de colocar o fusível no respectivo
porta-fusível!). Os fotemissores LED3 a
LED22 também acenderão aos pares con-
FITA ISOLANTE
forme o posicionamento estabelecido pelo
par de interruptores CH2 e CH3, dando
impressão que a luz "dança" ao longo de
uma trajetória determinada pelas posições ~
ocupadas pelos fotemissores. Quanto ao
LED2, figura 3, correspondente ao canal
+vcc7
DETALHE DA SOLDAGEM DOS LEDs

CH11, ele irá piscar em certa cadência tão


mais acentuada quanto menor é a resis- figura 17
tência ôhmica introduzida pelo potenciô-
metro no circuito - esse potenciômetro,
como sabemos, estabelece a velocidade de LISTA DE MATERIAL
varredura, isto é, a cadência.
Semicondutores:
NOTA: Se o leitor quiser, poderá dispor
em série com o LED2 um outro fotemissor CI-l - circuito integrado 555
CI-2 - circuito integrado 7474
desde que seja obedecida a polaridade. CI-3 - circuito integrado 74190
Uma vez verificado (e constatado) o per- CI-4 - circuito integrado 7493
feito funcionamento do circuito fixa-se a CI-5 - circuito integrado 7442
plaqueta do mesmo à caixa, utilizando Ql - transistor BD137
parafusos adequados, as respectivas porcas DI, D2 - diodos retificadores do tipo lN4001,
lN4002 ou equivalentes
e os furos A, 8, C e D da placa. Se o leitor
DZl - diodo zener - 5,8V/IW
tiver optado pelas caixas plásticas padroni- Ledl - fotemissor (led) vermelho
zadas, bastará utilizar parafusos auto-ata r- Led2 a Led22 - fotemissores de cor verde,
rachantes para prender a plaqueta às tamanho grande - qualquer tipo serve
"torres" de plástico de tais caixas. Resistores (todos de 1/4W, 10%, salvo menção
A tira de terminais também é fixada à em contrário):
caixa utilizando parafusos de 1/8" x 1/4", RI, R4 - 47k ohms (amarelo, violeta, laranja)
havendo necessidade de realizar um furo R2, R6 a R15 - 100 ohms (marrom, preto,
para dar passagem aos fios correspondentes marrom)
aos onze canais do aparelho. R3 - 220 ohms (vermelho, vermelho, marrom)
R5 - 330 ohms (laranja, laranja, marrom)
Também deve-se prover a furação para
P1 - potenciômetro de 2,2M ohms
os interruptores de comando, potenciô- Capacitores:
metro, porta-fusível e cabo de alimentação; Cl -1000 PP/I0V, eletrolítico
a este último deve-se dar um nó para que C2 - 470 PP/16 V, eletrolítico
possa suportar esforços mecânicos sem C3 - 100 PP/I0V, eletrolítico, mecânica ver-
sacrificar. as soldaduras e/ou componentes tical
do circuito. C4 - 0,33 PP, poliéster ou schicko
Para incrementar ainda mais o efeito Diversos:
visual, sugerimos a colocação dos leds em TI - transformador.~ rede para 6+6V, 250mA
uma mangueira de plástico transparente, FI - fusível (200mA) e porta-fusível de rosca
conforme mostra a figura 17. CHl a CH3 - interruptores, do tipo rosca:
1 pólo x 2 posições
De minha parte essas foram as "dicas"
Soquetes para os circuitos integrados, plaqueta
que tinha de apresentar, ainda que não universal do tipo semi-acabada, knob para o
completas, elas darão boa orientação ao potenciômetro, caixa, rabicho, tira de terminais,
leitores interessados na montagem, relati- fio flexível, fio rígido encapado, solda, para-
vamente simples, do circuito ... "LUZES fusos, porcas, etc.
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Novembro/82 53
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UM MÓDULO DE FILTRO SELETIVO DE FREQU~NCIA

Na Revista anterior vimos o projeto de um primeiro módulo para um sistema de rádio con-
trole de muitas aplicações práticas que poderia operar a partir de um canal até 10 canais. Neste
número apresentamos o segundo módulo do sistema que é o seu filtro seletivo de frequência.
Operando com frequências que serão determinadas pelo montador, este módulo de filtro permite
a realização de sistemas multi-canais económicos. De fato, montando-se unidades semelhantes po-
deremos ter sistemas de 1, 2, 3 até 10 canais, com relativa facilidade. O módulo de filtro é integra-
do e alimentado com uma tensão de 9 V.

A base do nosso módulo de filtragem é Com ele poderemos fazer sistemas de 1


um circuito amplificador operacional inte- até 10 canais, operando com o módulo re-
grado 741. Este amplificador é ligado de tal ceptor dado na revista anterior e também
modo que somente sinais de uma frequên- com diversos transmissores modulados que
cia são amplificados, passándo para uma já descrevemos.
outra etapa do circuito.
Nesta outra etapa encontramos um tran-
COMO FUNCIONA O SISTEMA
sistor que aciona um relê comum de baixo
custo.
Este módulo é projetado basicamente Para entender como funciona este mó-
para operar como etapa de filtragem de dulo, devemos começar por entender co-
receptores regenerativos em sistemas multi- mo funciona um sistema de rádio controle
-canais modulados em tom. modulado em tom.

56 Revista Saber Eletrônica


ANTENA ANTENA

OSCILADOR OSCILADOR RECEPTOR


DE _ DE
MODULAÇAO R.F. (MODULO) RELÊS

• CANAIS

AJUSTE
-·----DOS CANAIS

v ---------~'" RECEPTOR
TRANSMISSOR
figura 1

Na figura 1 temos um diagrama de blo- de rádio, ou seja, é aplicado ao sinal de alta


cos geral do sistema em questão. frequência de modo a poder ser transporta-
Os dois primeiros blocos representam o do até o receptor pelo espaço.
transmissor que tem por função produzir
um sinal que vá até o modelo controlado à
distância.
Este circuito é formado por uma etapa
osciladora de alta frequência, ou seja, que
IHH~~~HHH~
I~~H~~~~~~~~~\ SINALDERÁDIO
PURO
figura 3
produz os sinais de rádio normalmente na
faixa de 27 MHz, e por uma etapa modula-
dora que produz um sinal de baixa frequên-
cla.
Pois bem, os sinais de baixa frequência
são muito importantes no nosso caso, pois No modelo controlado à distância, o re-
eles correspondem aos canais que devem ceptor "pega" a onda separando dela o si-
ser acionados no modelo. nal modulador, ou seja, de baixa frequência.
Assim, separamos para cada canal uma O circuito que faz isso com todas as fre-
frequência diferente que é produzida quan- quências baixas é o dado no mód~lo da re-
do pressionamos um botão no transmissor vista anterior.
(figura 2). Entretanto, este circuito não separa as
~ frequências. Na saída teremos sempre um
MODULADO EM sinal, qualquer que seja o botão apertado
250, 330 OU 450Hz
no transmissor.
Para fazer a separação é que entram os
filtros. Estes são ligados ao módulo do re-
ceptor, cada um "reconhecendo" a fre-
quência correspondente de modo a acionar
TRANSMISSOR um dispositivo qualquer quando o seu sinal
aparecer na saída do receptor.
O filtro responde então a somente uma
---- CANAL 1 1250Hz} frequência que seja a do canal que quere-
mos acionar.
----- CANAL 2 (330Hz!

/
OUTRAS
CANAL 3 1450Hz) SINAL FREOUÊNCIAS
MODULADO

----
--_-/ ,
figura 2 ----~
FREOUÊNCIA
___ .J "RECONHECIDA"
Este sinal de baixa frequência, normal- RECEPTORI \ :.;=:::_i.f..lh~Q
MODULAÇÃO
mente entre 200 e 4000 Hz modula a onda (SINAL DE BAIXA FREOUÊNCIA) figura 4

Outubro/82 57
o nosso filtro faz justamente isso. Evidentemente, este ci rcuito correspon-
de a um canal, ou seja, trata-se de um cir-
COMO FUNCIONA O FILTRO cuito que "reconhece" apenas uma fre-
quência.
Na figura 5 temos o diagrama básico de Se o leitor montar um sistema de dois ca-
nosso filtro com o amplificador operacio- nais, precisará de dois circuitos destes para
nal, notando o leitor que ele possui apenas "reconhecer" as duas frequências de modu-
um ajuste. lação do seu transmissor.
Os valores dos capacitores Ca é que de-
terminarão a frequência do sinal que o sis-
Co tema responderá.
Veja que é importante que a frequência
do oscilador do transmissor seja a mesma
deste filtro no canal correspondente, mas

l
isso é um problema que veremos no próxi-
mo artigo. Os leitores que tiverem a coleção
SAlDA
toda de artigos da série Rádio Controle já
poderão encontrar em números anteriores
projetos de transmissores modulados que
funcionam neste caso.
As frequências que passam pelo nosso
filtro poderão ser obtidas com a ajuda do
figura 5 gráfico da figura 6.

Co (nFI

30

25 220Hz --- 22nF


300Hz --- 18nF
400Hz --- 15nF
550Hz --- 12nF

. f 1 KHz --- 6,8nF


20+ l,8KHz --- 3,3nF

t VALORES COMUNS

"t I

I I
10t-~_-
I I
5i-T--t----
- I I I
l' - - T - - - -1- - - -
I I I
I
T-T---+----I
1

o
4KHz HZ
O O:; 1KHz 1,5 2KHz 2,5 3KHZ 3,5 FREQUÊNCIA

figura 6

A escolha das frequências que serão uti- Veja que este gráfico fornece os valo-
lizadas num sistema multi-canal não pode res de capacitores para se obter "canais"
ser feita "a olho" pois problemas podem nas frequências de áudío de 200 Hz até
acontecer de um canal interferir no outro. 4000 Hz.

Revista Saber Eletrônica


58
Devem ser sempre evitados canais cujas
frequências sejam múltiplas das frequências
de outros canais do mesmo sistema.
Assim, num sistema de 3 canais temos
uma má escolha em 250,300 e 500 Hz, pois
500 Hz é múltiplo de 250 Hz. N.A.
Uma boa escolha será 250, 330 e 450 Hz. figura 7
Estas frequências não são múltiplas e têm
boa separação.
Veja que também é importante que as
frequências escolhidas tenham uma certa
separação, pois o filtro tem um limite para
a capacidade de "reconhecer" os canais. ]
L---o
--
A etapa de excitação do filtro utiliza um N.F.

transistor que tem por finalidade energizar


a bobina de um relê. MONTAGEM
Este relê fechará então os seuscontactos
quando na entrada do filtro aparecer um A montagem do módulo pode ser feita
sinal da frequência para a qual ele está cal- numa pequena placa de circuito impresso.
culado. Na realização desta placa o leitor deve ter
No relê ligaremos o dispositivo que que- em mente as dimensões do relê, adquirin-
remos controlar à distância neste canal. do antes este componente, pois se utilizar
Veja que o relê possui dois contactos, um equivalente pode ser nec:essáriaalguma
um NA (normalmente aberto) e outro NF alteração no seu desenho.
(normalmente fechado). Utilizando um par Na figura 8 temos o circuito completo
ligamos algo quando o sinal aparece e utili- do filtro com os valores de todos os compo-
zando o outro desligamos algo quando o si- nentes menos os capacitores que determi-
nal aparece, conforme mostra a figura 7. nam a frequência.
+4,5V
3

2_ SAíDA
.:.}

4,5V

figura 8

A montagem na placa de circuito impres- São os seguintes os cuidados que devem


so é mostrada na figura 9. ser tomados com os componentes nesta
Desta placa saem 8 fios de ligação. Te- montagem:
mos os fios de alimentação (+), (-) e terra a) Solde em primeiro lugar o circuito
já que a fonte é simétrica (veremos como integrado observando a sua posição. Veja
fazer isso). que existe uma marca ou meia lua que
Temos os fios de entrada que vão ligados identifica o pino 1 e cuja posição deve ser
ao módulo receptor dado na revista ante- observada.. A soldagem do circuito integra-
rior, e finalmente os fios de saída do relê do deve ser feita rapidamente e com cuida-
que são 3 mas que são utilizados apenas 2. do para que não ocorram espalhamentos de

Outubro/82 59
solda que curto-circuitem os terminais. Se c) Para soldar o relê você deve observar
tiver dificuldades, use um soquete. em primeiro lugar a disposição de seus ter-
b) Solde depois o transistor observando minais. O tipo indicado está de acordo com
também sua posição que é dada pela parte a placa. Equivalentes como o RU 101 006
achatada de seu invólucro. Os equivalentes têm invólucro diferente. Veja que os furos
indicados na lista de material têm a mesma da placa de circuito impresso para o relê
disposição de terminais sendo soldados do devem ter diâmetros um pouco maiores do
mesmo modo. Seja rápido na soldagem des- que os usados para a passagem dos termi-
te transistor pois ele é sensível ao calor. nais dos outros componentes.

3 2

L Kl

1+1

1-)

figura 9 c

d) Solde em seguida todos os resistores, dada pela faixa colorida de seu invólucro
observando seus valores que são dados pe- que corresponde ao catodo.
las faixas coloridas. Dobre os seusterminais h) Termine a montagem com a solda-
de modo que se encaixem na placa, solde-os gem dos fios de conexão externa. Estes fios
do lado cobreado e corte os excessos dos devem ter de 10 a 15 cm cada um, sendo do
terminais. tipo flexível de capa plástica. Use cores di-
e) Para soldar os capacitores além de ferentes para facilitar as ligações.
observar seus valores, no caso de C2 deve Vermelho - +4,5V
ser respeitada sua polaridade. Veja a mar- Preto - OV ou terra
cação de (+) e (-) no seu invólucro. A mar- Branco - -4,5V
cação do capacitor de 100nF cerâmico po- Amarelo - saída 1
de vir como 0,1 ou 104, enquanto que a Verde - saída 2
Azul - saída 3
marcação
como 473 do
ou capacito
0,047 our ainda
de 47O,Ob.Seja
nFJPode vir
rá- Marrom - entrada E
pido na soldagem dos capacitores pois eles Branco - C (comum)
são sensíveis ao calor. A fonte usada é simétrica, podendo ser
f) Solde o trim-pot na posição indicadá feita de dois modos, conforme mostra a
na placa. Talvez seja preciso dobrar ligei- figura 10.
ramente seus terminais para que se ajustem No primeiro caso são usadas 6 pilhas co-
aos furos da placa. muns, divididas em dois grupos de 3.
g) Solde os diodos observando que D1 e No segundo caso utilizamos uma única
D2 são de um tipo e D3 de outro. Observe bateria de 9V com um divisor resistivo.
a polaridade destes componentes que é Na junção dos dois resistores temos a

60 Revista Saber Eletrônica


tensão de referência. Este segundo circuito
têm a desvantagem de consumir mais ener-
31:'ILHAS - 4.5V
gia que o anterior.
.J... ] 0+4.5V
AJUSTE
Ma""
MEDIAS -
1-----------0 ~
Para ajustar o filtro o leitor pode utili-
zar um gerador de áudio comum ligado a
sua entrada, verificando deste modo se a
3 ~ILHAS:-'

figura TO
T----------o
]4.5V
-4,5V

frequência de operação corresponde ao +4,5V

esperado.
330R
Para os que não tiverem um gerador de +
áudio, pode-se utilizar o próprio transmis-
9V -=-BATERIA
sor. Neste caso, o leitor pode montar um
dos transmissores modulados em tom que 330R

já descrevemos, ou então aguardar no pró-


ximo número quando daremos tal projeto. 4.5V

ANTENA +
+
o
RECEPTORI A• ~
o~O
MODULO x
FILTRO 1
E

f---J
C ~C
FILTRO 2

)o, r

figura 11
i ---- AOS OUTROS FILTROS

L1GAÇOES ceptor para um sistema multi-cãnal comum.


Os ajustes dos filtros deverão ser feitos
Na figura 11 mostramos como fazer a separadamente segundo a frequência de ca-
ligação de diversos filtros no módulo re- da canal do transmissor.

LISTA DE MATERIAL
CI-1 - 741 - circuito integrado (amplificador amarelo)
operacional) R2 - 470R x 1/8 W - resistor (amarelo, violeta,
Q1 - BC548 ou equivalente (BC238, BC237 ou marrom)
BC547) - transistor . R3 - 1M x 1/8W - resistor (marrom, preto,
D1, D2 - 1N60 - diodos de germânio (ou equi- verde)
valentes) R4 - 33k x 1/8W - resistor (laranja, laranja, la-
D3 - 1N4002 ou 1N4004 - diodo de silício ranja)
P1 - trim-pot de 330 ou 470 ohms R5 - 22R x 1/8W - resistor (vermelho, verme-
K1 - Relê Schrack R U 11O006 - ou equivalen- lho, preto)
te R6 - 220k x 1/8W - resistor (vermelho, ver-
Cà - capacitor cerâmico ou de poliéster segun- melho, amarelo)
do a frequência (ver texto)
C1 - 47 nF - capacitor cerâmico ou de poliéster Diversos: placa de circuito impresso, suporte pa-
C2 - 2,2 JiF x 16 V - capacitor eletrolítico ra o integrado (optativo), fios de ligação,fonte
C3,·C4 - 100 nF - capacitores cerâmicos simétrica de 4,5 - 4,5V ou 6 pilhas pequenas,
R1 - 100k x 1/8W - resistor (marrom, preto, caixa para montagem, etc.

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+ Cr$ 500,00 de postagem, assim que receber o Nome
mesmo. Nome do responsável
Nome em caso de ser menor

Nome do responsável Ender. ~ Cep _


(em caso de menor) Bairro .__ Cidade Est.
N9 CEP _
End.
Ferro de soldar em: O 110 volts ou O 220 volts
Cidade Est.
SOLICITAÇÃO DE COMPRA
Desejo receber pelo Reembolso Postal as seguintes revistas Saber Eletrônica, ao preço da última
edição em banca mais despesas postais:
OBSERVAÇÃO: Pedido mlnimo de 3 revistas.

N·Ouant N·
N

Qu·ant.
Quant.
Quant
Quant.
esgoto-
Quant.N·
54 68
110
109
116
108
106
VIII
N··VI
112
105
119
118
98
90
69
62
76
97
89
88.
95
67
60
74
80
66
94
59
9973
113
70
84
91
100
114
57
85
58
121
86
65
71
tf4
92
72
83
104
·103
81
117
61
102
87
120
77
63
101
78
79
93
107
VII
IV
V
111
82
115
IX
75 II
48

Solicito enviar-me pelo Reembolso Postal a(s) seguinte(s) mercadoria(s): 122


OBSERVAÇÃO: Pedido mlnlmo de Cr$ 1.700,00
Quant 421,00
57400 ProdutoCr$ + O~~f:s
377,00
415,00
500,00
408,00
396,00
825.00
408,00
4)13,00
535,00
405,00
462,00
397,00
410,00
415,00
386,00
496,00
401,00
534,00
3~5.00
582.00
422,00 8.320,00
14000,00
4.770,00
3.550,00
.5.500,00
4.930,00
4.970,00
4.750,00
4.440,00
2300,00
3.650,00
5.300,00
16000,00
6.100,00
2.530,00
5.500,00
2.200,00
3.460,00
4.020,00
1.700,00
36.000,OC
6.180,00
7.000,00 Quant. 378,00
409,00
387,00
373,00
389,00
Despesas
5.440,00
398,00
381;00
440,00
395,00
471.00
434,00
437,00
379,00
376,00
500,00
401,00
388,00
393,00
415,00
373,00
467;00
409.00
399,00
404,00
382~00 Produto - Kit +
Cr$ 2.040,00
14.000,00
1.900,00
1.530,00
2:710,00
4.840,00
4.020,00
7.670,00
7.350,00
3.900,00
2.860,00
2.200,00
4.
4.320,00
5.420,00
1250,00
1270,00
1290,00
3.720,00
7.950,00
88Q,00
5.900,00
3.460,00
3.280,00
1.800,00
2700.00
Postais
Auto-Ught - Dimmer Aut de Mesa (Kit)
E))
ontado)
ntado) Slim
Tok reneMusic
Loteri
Fonte
Amplit. Power
Cara-ou-Coroa
ATENCÃO-PRECOS
Sirene
Oerador
Sirena
Si
Voltlmetro
Dado
Auto-UGht
Mini
Auto-Light
Conjunto
Fonte·
Injetor -Sinais
aEqualizador
-Amplificador
Americana
Brasileira
Francesa
Esportiva
Kit
de
Estéreo
E.teblllzede
Amplificlldor
Pesquisador
Micro
Injetar
Auto-light de
Mono Kit
--48W- n+
- Sinais
Estéreo
de
Dimmer
Estabilizada
de CJ-1
-Sinais
Dimmer KIt
Rádio-Frequência
KIt24W --Ativo
15-2 Kit
---12W
Kit
-Kit
Klt
1AKit
1Kit
-IC-20
AAut
Kit
Kit
Aut VÁLIDOS
Super
Super
-PS-2Kit
de
de Mesa + 10W
GRF-1
120
120
- Parede
10
Parede (Montado)
-{Kitl AT~: 31-12-82
(Montl
(Montado)
Montada

tado) Amplificador Estéreo IC-20 - 10 -f- 10 W (Kit}

Nome

possfvel
Bairro

Cidade

Data Assinatura

NÃO É NECESSÁRIO SELAR ESTE CARTÃO!


/
//
r ------------------..;.
------------------------ ",,,
/ \
1. dobre
.---------------
- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -
I
~-l ~I)""

CARTA RESPOSTA 18
AUTOR. N9 584 I
I
DATA: 15/07/81 I
DR/SÃO PAULO I

CARTA RESPOSTA COMERCIAL


NÃO ~ NECESSÁRIO SELAR ESTE CARTÃO

o selo será pago por

liúI publ~idacle
promO(cXJ 1

I I
I I
I I
01098 - São Paulo
1-------
I dobre

I
--~------ --- - --- --- - - - - - - - -- - -- ------1 I

I
I I
I I
I I
I I
I
I
I
I
I
I
I
I
I
I
I
I
I
I
I
I

QlI

~I --------------------------------------------~
uL . côle
SECÃO do LEITOR
Nesta seção publicamos projetos ou sugestões enviados por
nossos leitores e respondemos à perguntas que julgamos serem
de interesse geral, assim como esclarecimentos sobre dúvidas que
surjam em nossos projetos. A escolha dos projetos a serem publi-
cados, assim como das cartas que são respondidas nesta seção,
fica a critério de nosso departamento técnico, estando a revista
desobrigada de fazer a publicação de qualquer carta ou projeto
que julgue não atender a finalidade da mesma.

Sem muita conversa desta vez! Temos A chave seletora permite escolher qual é
tantos projetos de leitores para aproveitar a escala que está sendo usada, e os bornes
que não podemos ficar tratando de outros de cores diferentes para as pontas de prova
assuntos. Assim, vamos direto a estes pro- são necessários para que a polaridade na
jetos esperando que todos tenham pleno medição seja obedecida.
êxito na sua realização prática. A figura 2 nos dá o modo como deve ser
alterada a escala do instrumento usado e a
VOL TfMETRO DE tabela para os valores de resistência nos
CORRENTE CONTfNUA dois casosde instrumentos sugeridos.

Nosso primeiro projeto é especialmente


dirigido aos principiantes da eletrônica que 60
, I
90
/
30
~1 2 3
ainda não tem um instrumento de prova em O

sua bancada. Ele foi desenvolvido pelo lei-


D.C.
tor ERICO DE OLIVEIRA GONÇALVES VOLTS
de Vitória-ES baseado no Curso de Eletrô-
nica da Revista 110. SUGES TÃO DE ESCALA

Rl
INSTRUMENTO
3M
R2
30M
R4
R5
15K
10M
150K
R3
50K
1M
5K SOOR
lOOK
R1

O-lOmA
0-50~A

figura 2
E importante observar que a precisão do
INSTRUMENTO
DE BOBINA aparelho depende da precisão dos resistores
MÓVEL
usados. Resistores de 1 ou 2% são os ideais,
mas na dificuldade em sua obtenção pode-
-se fazer experiências com resistores co-
+ muns ligados em série até se obter o valor
-@ que dê a precisão desejada.
VERMELHO PRETO
Lembramos os leitores que este instru-
figura 1
mento mede apenas tensões contínuas.
Conforme os leitores podem ver são usa-
dos 5 resistores que determinam o fundo de I TIMER DE ATÉ 10 MINUTOS I
cada escala de tensão e um instrumento de
bobina móvel. Para os que mexem com reprodução ou
O instrumento de bobina móvel pode ser revelação de fotografias ou simplesmente
um VU comum de 50/1A ou então um ins- gostam de cozinhar seu ôvo no "ponto cer-
trumento de melhor qualidade e maior ta- to" temos a sugestão do leitor ELIAS BOR-
manho como por exemplo um miliamperí- GES DE MEDEIROS - Goiana-PE.
metro de 0-10 mA .. Na figura 3 temos o circuito completo

Outubro/82 65
do timer de 10 minutos com os valores dos
componentes usados.
+6V
K
+

110V TENSAO
ZENER
22K 22K A

555
*lOOK P/220V

figura 4

Na figura 4 temos um provador de dio-


J
TEMP~ CHl
doszener muito simples.
O que temos é um redutor de tensão em
I
que um ramo é formado pelo resistor de
47k e o outro pelo próprio zener. Um dio-
figura 3
~SAíDAS
o do retificador comum intercalado permite
a obtenção de corrente contínua na prova.
Como podemos ver trata-se do integrado O medidor ligado em paralelo com o dio-
555 (como não podia deixar de ser!) usado do zener permite a leitura direta desta ten-
em sua finalidade básica, ou seja, como ti- são.
mero Veja que a corrente que circula pelo dio-
O tempo de retardo do circuito depende do zener em teste é determinada pelo valor
basicamente do potenciômetro P1 de 4M7 do resistor situando-se no máximo em
megohms e do capacito r de 100.uF. 2,3 mA para os de menores valores.
No potenciômetro podemos então ajus- Na rede de 220V o resistor deve ser de
tar o tempo segundo as nossasnecessidades 100k com uma dissipação de pelo menos
na faixa que vai de O à 10 minutos. 1W.
Duas chaves de pressão permitem a ope-
ração do aparelho. CH 1 dá a partida no ti- INDICADOR DE NfvEIS LOGICOS
mer enquanto que CH2 o rearma. + CHAVE ANTI-REPIQUE'
O relê usado é de 6V do tipo sensível,
sendo nossa sugestão o RU 101 006 ou en- O circuito em questão é enviado pelo lei-
tão o RU 110006 que apenas diferem em tor RONALDO PEREIRA DA SILVA do
relação ao formato. Rio de Janeiro-RJ. -(figura 5)
A alimentação do circuito é feita com Seu funcionamento é o seguinte: estando
uma tensão de 6V que pode ser provenien- o circuito alimentado com 5V (que pode
te de 4 pilhas comuns. ser retirado do próprio circuito TTL a ser
Para maior facilidade no uso do tempo- analisado), os dois leds permanecerão apa-
rizador deve ser feita uma escala de tempo gados, pois o inversor formado pela porta
no potenciômetro já que lembramos que o P1 estará com sua entrada em nível baixo,
componente principal que determina o in- através de R1, enviando um nível alto ao
tervalo máximo e que é o capacito r de led ligado em sua saída, polarizando-o
100.uF tem uma tolerância relativamente inversamente.
gré;lnde. A entrada do inversor P2 ligada através
do diodo D1 à entrada de P1 não reconhece
I PROVADOR DE DlODOS ZENER I
o nível baixo inicial desta, pois existe uma
queda de tensão de aproximadamente 0,7V·
Qual é a tensão de um diodo zener re- no diodo, que somada à queda em R1 man-
cém-retirado da caixa de sucata e sem mar- tém a entrada de P2 em nível alto, envian-
.cação alguma? Se o leitor não tem como do à saída um nível baixo e impedindo que
saber isso, veja a sugestão de GABRIEL o led acenda.
BOSQUE FI LHO de Garça-SP. Quando um nível baixo é enviado à pon-

66 Revista Saber Eletrônica


ta de prova (CH2 em A), a entrada de P2 formado pelas portas P3 e P4 tem uma de
inicialmente em nível alto, passaa um nível suas saídas ligada juntamente com a entra-
baixo, levando a saída num nível alto e da do indicador de n1'veislógicos, à ponta
com isso fazendo o led acender (o led liga- de prova, mostrando através dos leds ao
do à saída de P1 permanecerá apagado por- operador o nível dos pulsos na saída. Os
que a entrada de P1, no estado inicial é em pulsos são conseguidos (livres de "ruídos")
baixo). comutando-se CH 1 para uma posição e re-
O inverso ocorre em B. O flip-flop R-S tomando-a ao estado inicial.

+5V

NC

CH2

NC

PONTA

Pl À P4=CI7400
5V

figura 5

figura 6

Na figura 6 temos a sugestão de placa de vando-sea utilização de um único circuito


circuito impresso dada pelo leitor, obser- integrado TTL do tipo 7400.

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Outubro/82 67
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onde o espaço é vital, ou no "cantinho" do hobista, o MINlgerador GST-2 é o IDEAL.

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3- 3.4MHz a 8MHz (fundamental)
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MODULAÇÃO: 400Hz, intema, com 40% de profundidade
ATENUAÇÃO: Duplo, o primeiro para atenuaçilo contínua e
o segundo com açâo desmultiplicadora de
250 vezes.
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UM PRODUTO COM A QUALIDADE INCTEST


Outra desvantagem, já conhecida dos leitores, é o fato de
não se poder fazer a troca de qualquer componente "interno"
de um integrado que tenha problemas. O integrado deve ser
substituído totalmente o que significa um dispêndio de dinheir'o
mais alto do que o que ocorreria num circuito que usasse com-
ponentes discretos.
Num amplificador de áudio, a principal causa da queima de Proteção
componentes é a ocorrência de curto-circuito nos terminais
de saída de som, ou seja, nos fios do alto falante. Assim, para
prever este tipo de problema que pode "queimar" o integrado
a maioria dos circuitos possui proteção interna contra este tipo
de acidente.
Mas, levando em conta as vantagens e desvantagens dos in- Aplicações
tegrados em áudio, vemos que suas aplicações práticas são bas-
tante difundidas. Podemos dizer que é vantajoso empregar cir-
cuitos integrados de amplificadores de áudio nos seguintes casos:
Rádios e gravadores onde se exige pequena potência no m í-
nimo de espaço a um custo reduzido.
Intercomunicadores onde o custo e as dimensões são impor-
tantes.
Sistemas de som econômico onde prefere-se o baixo custo
à alta potência mas mantendo uma excelente qualidade de
som.
Alarmes, brinquedos, jogos onde o circuito deve ser simples
e eficiente além de ter baixo custo .
. Nos próximos ítens de nosso curso falaremos de alguns cir-
cuitos amplificadores de áudio comuns, ànalisando suas possi-
bilidades e seu funcionamento.

Resumo do quadro 153

Os amplificadores de áudio evoluíram em todos os sentidos.


Passando dos tipos de grande tamanho e alto consumo de
energia que usavam válvulas, pelos transistores de menor ta-
manho, chegamos aos integrados.
A evolução é também na qualidade de som sendo possível
obter a mesma fidelidade dos antigos "ultra-lineares" com
integrados modernos.
Os integrados em áudio têm a limitação da potência.
Os integrados de pequena potência podem ter invólucros co-
muns mas os que precisam dissipar potências maiores devem
ser dotados de recursos especiais.
Os integrados de áudio de potência possuem aletas para mon-
tagem de dissipadores.
Na montagem de um integrado em dissipador deve haver a
máxima capacidade de transferência de calor.
Os circuitos integrados de áudio possuem configurações inter-
nas que não diferem muito dos equivalentes com compo-
nentes discretos.
A proximidade dos componentes integrados favorece a imu-
nidade a oscilações e captação de ruídos externos.
Podemos obter maior quantidade de componentes a custo
reduzido num amplificador de áudio.

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