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Há muito que surgem teorias referentes ao aparecimento da auditoria, que sustentam de que
esta, teria surgido por volta do ano 4000 a.c, quando eram efectuadas auditorias na Babilônia,
na China e no Egipto, sobretudo relacionadas com a cobrança de impostos e com o controlo
dos armazéns dos faraós. No entanto, de acordo com COSTA (2010), a auditoria como é
modernamente conhecida, teve o seu início na Grã-Bretanha, em meados do séc. XIX,
resultante da Revolução industrial e, quando à luz destes acontecimentos foram publicadas
normas de relato financeiro e de auditoria. Anos depois, em 1854, foi criada The Society of
Accountants in Edinburgh, que em 1951 tornou-se na actual The Institute of Chartered
Accountants of Scotland, designado como primeiro organismo profissional de contabilistas e
auditores a nível mundial.
Até o período antes da Revolução industrial, a auditoria não se fazia sentir ainda no sector
privado, pois as sociedades caracterizavam-se maioritariamente pela existência de pequenos
negócios locais, administrados e explorados pelos próprios proprietários, deixando à parte a
necessidade de elaboração dos trabalhos de auditoria. Durante este mesmo período, a
preocupação estava centrada apenas na utilização apropriada dos fundos públicos por parte
dos oficiais públicos, limitando a auditoria ao alcance de um único objectivo Detecção de
fraudes na utilização dos fundos públicos.
Após 1884, a detecção de fraudes passa de único para objectivo primário da auditoria. Aos
auditores, lhes era exigido apenas uma investigação minuciosa de fraudes, caso
identificassem circunstâncias suspeitas para existência de tal facto.
A partir do final do séc. XIX, com o incremento das empresas industriais e comerciais, as
quais passaram a sentir necessidade de implementar bons procedimentos contabilísticos e
medidas eficientes de controlo interno, os auditores deixaram de efectuar apenas trabalhos
relativos ao que anteriormente representavam tarefa primordial na execução dos seus
trabalhos e começaram a praticar a contabilidade e auditoria como hoje são conhecidas e
entendidas.
Nos EUA e, sobretudo na América Latina, o progressivo avanço das grandes empresas
multinacionais conduziu a expansão da auditoria para estas regiões, pois aqui, os auditores
somente podiam expressar suas opiniões sobre as demonstrações financeiras consolidadas
desde que as demonstrações das respectivas empresas subsidiárias fossem auditadas.
A partir do final da década de 70, passaram a ser publicadas várias directivas relacionadas às
contas individuais e consolidadas das sociedades em geral, instituições financeiras, empresas
de seguros.
No período entre os finais do séc. XX e início do séc. XXI, a comissão começou a elaborar
diversos documentos relacionados com a auditoria, dos quais destacam-se:
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A independência dos auditores na União Europeia: um conjunto de princípios
fundamentais (Recomendação de 2002); e
O papel dos administradores não executivos ou membros do conselho de supervisão
das sociedades cotadas e dos comités do conselho de supervisão (Recomendação de
2005.
A palavra Auditoria tem a sua origem no verbo latino audire, que significa ouvir, que
conduziu à criação da palavra auditor, do latim auditore, como sendo aquele que ouve
(ouvinte), isto é, ainda nos primórdios do aparecimento da auditoria, os auditores tiravam
conclusões e elaboravam pareceres com base nas informações que lhes eram transmitidas
verbalmente.
Em seu sentido mais amplo, a Auditoria é o processo de confrontação entre uma situação
encontrada (condição) e um determinado critério (situação ideal), ou seja, a comparação
entre o facto efectivamente ocorrido e o que devia ocorrer.
De acordo com a ISA 200, o objectivo principal de uma auditoria é de aumentar o grau de
confiança dos utilizadores interessados nas demonstrações financeiras e, neste caso ao
desenvolver trabalhos de auditoria, o auditor tem como objectivos:
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Obter uma segurança razoável se as demonstrações financeiras como um todo estão
isentas de distorções materiais, seja devido a fraude ou a erro, permitindo-lhe neste
caso, expressar uma opinião sobre se as demonstrações financeiras estão preparadas
em todos aspectos materiais, de acordo com uma estrutura conceptual de relato
financeiro aplicável;
Relatar sobre as demonstrações financeiras e comunicar conforme exigido pela ISA,
de acordo com suas constatações.
De todas as pessoas, são sem dúvidas as últimas, ou seja, os utilizadores, as que devem ser
privilegiadas uma vez que esperam que as demonstrações financeiras, como parte que são das
informações financeiras em termos gerais, sejam preparadas com o fim de proporcionar
informação que seja útil no processo de tomada de decisões, como:
a) Investidores: têm interesse com os riscos inerentes aos seus investimentos, e com as
taxas de rendimento que estes lhes possam proporcionar; cabendo a eles tomar
decisões que lhes permitam determinar se devem comprar, deter ou vender esses
investimentos. Por outro lado, os accionistas, que estão interessados em saber se a
empresa possui capacidades para pagar seus dividendos;
b) Trabalhadores: interessados na estabilidade e rendibilidade do seu patronato e na
capacidade da empresa em proporcionar-lhes remunerações, pensões de reforma e
oportunidades de emprego;
c) Financiadores: procuram determinar se os seus empréstimos e respectivos juros
serão pagos até a data dos seus vencimentos;
d) Fornecedores e outros credores comerciais: interessa-lhes determinar se as suas
dívidas serão pagas conforme acordado entre ambas partes;
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e) Clientes: interessa-lhes a informação acerca da continuidade da empresa,
especialmente quando têm com esta envolvimentos de longo prazo ou adiantamentos
significativos;
f) Governo e os seus departamentos: interessados na distribuição de recursos e nas
actividades das empresas, estabilidade do sector de actividade em que as empresas
actuam, determinação de políticas de tributação e outros fins estatísticos; el
g) Público: contribuições a economias locais (tendências e desenvolvimento prospectivo
das empresas, extensão das suas actividades), oportunidades de emprego e
responsabilidade social das mesmas.
Obtém provas sobre a adequada apresentação das demonstrações financeiras à luz das
normas contabilísticas;
É independente em relação ao órgão de gestão e aos terceiros;
Tem conhecimento sobre os riscos subjacentes à actividade da empresa.
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Compreensibilidade - a informação financeira proporcionada pelas DF's deve ser
rapidamente compreensível pelos utilizadores, de modo a que estes tenham não só
conhecimentos relacionados aos aspectos gerais da empresa (económicos e
contabilísticos), como também quaisquer outro tipo de informação que possa auxiliar
os utilizadores a efectuar um estudo mais complexo das DF's;
Relevância - a relevância da informação financeira é afectada pela sua natureza e
materialidade, sendo em alguns casos por si só a natureza da informação suficiente
para determinar a sua relevância. Neste caso, uma informação é relevante quando
influencia nas decisões económicas dos utilizadores, permitindo-lhes avaliar
acontecimentos passados, presentes ou futuros ou ainda confirmar ou corrigir
avaliações passadas;
Fiabilidade - a informação financeira apresentada deve ser fidedigna e neutra (livre
de preconceitos)
Comparabilidade
No entanto, a valorimetria deve ser levada a efeito, de forma consistente em toda a empresa e
no seu decurso de tempo. E, para tal, impõe-se que os utilizadores sejam informados das
políticas contabilísticas utilizadas na preparação das DF's, de quaisquer alterações nessas
políticas, das razões e efeitos dessas mesmas alterações.
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Trabalhadores Aumentos salariais, prémios, segurança no trabalho
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Período temporal o relatório da auditoria é emitido em regra, três meses após a
data das demonstrações financeiras. Esta limitação temporal pode afectar a quantidade
de prova que seja necessária recolher para testar as operações que possam ter ocorrido
após a data das demonstrações financeiras e que possam influenciá-las;
Estimativas contabilísticas as estimativas são uma parte inerente ao processo
contabilístico e ninguém, nem mesmo os auditores, consegue prever o resultado
dessas estimativas. As estimativas abrangem os critérios de incobrabilidade de
créditos, a valorização de inventários, os testes de imparidade, a definição da vida útil
dos activos tangíveis, entre outros;
Critérios contabilísticos alternativos as normas de contabilidade permitem a
adopção de diferentes critérios e entendimentos contabilísticos. Assim, os utilizadores
da informação financeira devem ter conhecimento dos critérios adoptados e do modo
como estes influenciam as demonstrações financeiras;
Determinação da materialidade a determinação da materialidade, quer em termos
quantitativos quer em termos qualitativos, requer um elevado grau de julgamento por
parte do auditor;
Relatório de auditoria a padronização do relatório de auditoria pode não reflectir
toda a complexidade que envolve o processo de auditoria e a formação da opinião do
auditor;
Risco de auditoria o risco que o auditor corre de emitir uma opinião inapropriada
sobre as demonstrações financeiras.
1.3. TIPOS DE AUDITORIA
1.3.1. Quanto ao órgão executor
Auditoria interna e a Auditoria externa
Quando uma pessoa e/ou entidade tem a intenção de utilizar-se de trabalhos de auditoria,
normalmente debate-se com a dúvida em escolher qual constitui melhor alternativa para
execução dos trabalhos de auditoria, cabendo a esta decidir se pretenderá ter uma auditoria
interna ou contratar auditores externos.
a) Auditoria externa
Normalmente os trabalhos executados por auditores externos, que são pessoas alheias à
empresa e não fazem parte da folha de pagamento, têm por objectivo principal a emissão de
parecer sobre as demonstrações financeiras (balanço patrimonial, demonstração do resultado
do exercício, demonstração das mutações do património líquido, demonstração das origens e
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aplicações de recursos e notas explicativas), opinando se estas estão de acordo com as
práticas contábeis. Essa actividade é executada mediante contrato de prestação de serviço, e
os testes de auditoria se espalham por onde haja necessidade de levantar questões que
auxiliem na conclusão dos trabalhos.
b) Auditoria interna
A auditoria interna foi concebida em virtude de a auditoria externa ter por objectivo
unicamente a emissão de uma parecer acerca da fidedignidade das demonstrações financeiras
da empresa. A tarefa de análise detalhada de políticas e procedimento interno coube à
auditoria interna. A auditoria interna é portanto, uma actividade de avaliação independente,
dentro de uma organização, para revisar as operações contábeis, financeiras e outras, dentro
da finalidade de prestar serviço à administração. É um controle administrativo cuja função é
medir e avaliar a eficiência dos outros controles.
A função moderna da auditoria interna é fazer aquilo que a direcção da empresa gostaria de
fazer, se tivesse tempo para tanto e soubesse fazê-la.
Segundo o Audibra, a auditoria interna é uma actividade de avaliação independente e de
assessoramento da administração voltada para o exame e avaliação da adequação, eficiência
dos sistemas de controle, bem como da qualidade do desempenho das áreas em relação às
atribuições e aos planos, metas, objectivos e políticas definidos para as mesmas.
A auditoria deve se assegurar de que os auditores internos possuam competência técnica e
grau de instrução compatíveis com as tarefas que executarão, é de responsabilidade do
gerente de auditoria estabelecer padrões e critérios de recrutamento e selecção, levando-se em
conta: conhecimento, experiência, capacitação prévia do candidato, perfil comportamental e,
sempre que possível, deve ser examinada a vida pregressa do candidato.
A auditoria interna deve elaborar um plano anual de treinamento, baseado nas avaliações
periódicas, no plano de carreiras e no rodízio de trabalho dentro do órgão. Independente do
plano de treinamento preparado pela área de auditoria, os auditores devem ter uma atitude de
contínuo aperfeiçoamento e ampliação de seus conhecimentos. Os atuais objectivos da
auditoria interna, na sua essência, estão direccionados para:
Examinar a integridade e fidedignidade das informações financeiras e operacionais e
comunicar essas informações;
Examinar sistemas estabelecidos, visando certificar a observância das políticas,
planos e leis que possam impactar as operações e verificar se a organização caminha
em conformidade com as directrizes traçadas;
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Examinar os meios usados para protecção de activos da companhia e, quando
necessário, verificar sua existência física;
Certificar-se de que os recursos da companhia são utilizados de forma eficiente e
económica;
Examinar operações e programas, certificar-se de que os resultados são compatíveis
com os planos, e se essas operações, planos e programas foram executados em
consonância com o que foi planeado;
Comunicar o resultado do trabalho de auditoria e se certificar que foram tomadas as
providências necessárias a respeito de suas descobertas.
No entanto, a auditoria interna tem como finalidade a revisão do controle interno, por parte
do trabalho do auditor, é a de determinar sua qualidade, adequação e desempenho, a forma
como é monitorado pela alta administração e sua economicidade em relação aos custos dos
controles e actividades controladas e, finalmente, formar uma base para determinar a
extensão de seus próprios testes, natureza e oportunidades de sua realização.
Os auditores internos devem examinar os meios usados para proteger o activo contra diversos
tipos de danos, como os que decorrem de roubo, incêndio, actividade ilícita e exposição dos
bens às intempéries. Ao verificarem a existência do activo devem empregar procedimentos
adequados para esse fim.
A importância da auditoria interna reside na articulação de movimentos que sua implantação
redunda, ou seja, em seus efeitos e impactos, não é sua função exclusiva apontar falhas e
informar ao alto escalão, essa visão simplista dos serviços de auditoria é o maior óbice
impeditivo à conquista da eficácia. Sinalizar falhas é importante na medida em que alerta
para a necessidade de mudança, entretanto, a análise das mesmas falhas e o encaminhamento
de soluções são os factores que realmente dão utilidade à acção de buscar a informação.
O Auditor interno é um profissional que pretende responder às expectativas da administração
sobre os maiores riscos da empresa, observando, aconselhando e esclarecendo os
responsáveis envolvidos, persuadindo-os a implantar as acções correctivas necessárias. Além
disso, é uma função de apoio à gestão baseada num processo sistemático, utilizando técnicas
de auditoria apropriadas.
A auditoria interna é uma actividade profissional e seu propósito é fazer julgamento, portanto
ela necessita do maior grau de imparcialidade, integridade e objectividade, os quais se
atrofiam na ausência de independência prática. Devido às limitações inerentes à auditoria,
existe risco inevitável de que distorções relevantes, resultantes de fraude e, em menor grau,
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de erro, possam deixar de ser detectadas. Embora a existência de sistema contábil e de
controle interno eficaz reduza a probabilidade de distorção, sempre irá existir algum risco dos
controles internos não funcionarem como o planeado. Além disso, qualquer sistema contábil
pode ser ineficaz contra fraude que envolva conluio entre empregados ou que sejam
cometidas pela administração.
Principais diferenças entre Auditoria interna e Auditoria externa
Existe a relação directa de subordinação hierárquica, Não há relação de subordinação, pois as actividades são
considerando que as actividades são executadas por executadas por pessoas sem vínculo de emprego com a
colaboradores da própria empresa. empresa.
Em razão da actividade ser realizada por colaborador da Devido à escassez de tempo para a realização dos exames,
empresa, normalmente existe maior abrangência nos normalmente é executada com bases amostrais, que
exames que são executados, considerando que a pessoa está assegurem o mínimo de risco para o auditor emitir a sua
o tempo todo na empresa auditada. opinião.
Tem como principais objectivos avaliar os processos Tem como principais objectivos a revisão das práticas
internos, adequação das práticas às expectativas da alta administrativas, com reflexos nas demonstrações
administração, melhoria contínua e avaliação da eficácia financeiras, pois a adequação dessas práticas atende a
organizacional. terceiros, interessados na empresa, especialmente os
investidores.
Existe a preocupação directa com a ocorrência de erros e Os erros e as fraudes são preocupações que devem
fraudes, em todos os processos, pois a responsabilidade contemplar o planeamento das actividades, principalmente
primária pela detecção destes é da alta administração. relacionando-os aos seus reflexos nas demonstrações
financeiras.
O sistema de controle interno é permanentemente avaliado, O sistema de controle interno é base para a definição do
possibilitando assim a revisão e aperfeiçoamento das escopo da auditoria, possibilitando a avaliação da
rotinas da empresa. necessidade de um maior ou menor aprofundamento.
Possibilita maior acompanhamento posterior à auditoria, O acompanhamento posterior à auditoria somente é possível
evidenciando se as áreas/processos foram corrigidos. quando da realização de nova auditoria, revisando os pontos
falhos que foram detectados anteriormente.
O produto final da auditoria interna é um relatório O produto final da auditoria é a emissão de um parecer
detalhado com as observações e sugestões de melhorias sobre as demonstrações financeiras, acompanhado de um
com maior grau de detalhamento. relatório com as observações e sugestões de melhorias,
todavia normalmente com menor grau de detalhamento
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1.3.2. Classificação das auditorias quanto aos seus objectivos
De acordo com estudos realizados por Arruda, Araújo e Humberto (2007), as auditorias
podem ser classificadas quanto aos seus objectivos em:
O foco principal desse tipo de auditoria é apresentar constantes sugestões de melhoria nos
processos auditados.
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f) Auditoria de Compliance – objectiva verificar o cumprimento das normas e
procedimentos implantados pela empresa, leis, regulamentos, resoluções dos órgãos
reguladores de determinadas actividades, etc.
g) Auditoria tributária tem como objectivo a analise das eficiência e eficácia dos
procedimentos utilizados para o apuramento, controlo e pagamento das obrigações
tributarias que incidem sobre as actividades económicas das empresas e, o respectivo
planeamento tributário.
h) Auditoria ambiental tem como objectivo avaliar os processos operacionais e
produtivos da empresa, visando a identificação ao meio ambiente, quantificação de
contingências, e preparação da empresa par a receber certificação de qualidade de
meio ambiente.
i) Auditoria de sistemas de informação tem como objectivo o exame e avaliação dos
sistemas de informática e dos controles existentes no ambiente das TIs, visando
aperfeiçoar a utilização de recursos de processamento de dados, minimizar os riscos
envolvidos nos processos e garantir a geração de informações e dados confiáveis em
tempo e ao menor custo possível.
a) Auditorias especiais (também designada por auditoria de Investigação) têm
como finalidade atender um objectivo específico, como por exemplo, acessoria na
avaliação de empresas (processos de compra de participação societária, Fusão,
Incorporação, Cisão, etc), em casos de contingências e passivos ligados a áreas
trabalhistas, tributárias, ambientais e judiciais nas empresas envolvidas, assim como a
comparação de certos dados e situações especiais; Como exemplo pode se citar as
auditorias de caixa, dos investimentos de devedores, etc. Neste tipo de auditoria
comprovam-se, em todos os seus dados com detalhes o aspecto a que elas mesmas se
referem.
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Pela sua amplitude requer muito tempo para realiza-la e o seu custo é muito elevado. O seu
emprego é, actualmente, limitado a casos de absoluta necessidade, principalmente de
descobrir irregularidades ou fraudes, ou quando a entidade carece dar uma adequada
comprovação interna.
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Em primeiro lugar é necessário conhecer a finalidade que se pretende atingir e qual é o
propósito da auditoria que se vai efectuar.
- Se se pretende conhecer determinados aspectos específicos de uma empresa deve se
escolher uma auditoria especial;
Se a finalidade é conhecer a verdadeira situação económica e financeira da entidade, o
resultado das suas operações, etc, deve-se escolher entre uma auditoria máxima ou auditoria
por provas sendo a eficiência do sistema de comprovação interna da entidade o factor que
deverá ter-se em conta e, no seu caso o alcance das provas a realizar.
Questionário:
1- Sabendo que numa determinada empresa, o controle interno é muito deficiente e que
se verificam vários casos de irregularidades. Que tipo de auditoria externa
recomendaria efectuar em relação com:
a) A frequência b) O alcance
2- Uma entidade deseja preparar uma informação sobre a sua organização interna. Que
tipo de auditoria recomendaria? Explique a sua resposta.
3- Justifique cada um dos factores a considerar na determinação do tipo de auditoria a
realizar.
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