Você está na página 1de 18

UNIVERSIDADE ROVUMA

INSTITUTO SUPERIOR DE TRANSPORTE, TURISMO E COMUNICAÇÃO


CURSO DE LICENCIATURA EM GESTÃO DE EMPRESAS

AS FUNÇÕES DO MODELO IS-LM E A DEMANDA E OFERTA AGREGADA

Atanásio Muidingue Alamba Júnior


Edson Domingos Thonge
Rainha Raúl Adriano
Reinaldo Mzé Abdala Chicanda
Tela da Rainha Mário Thovela

Nacala-Porto

2021
2

UNIVERSIDADE ROVUMA
INSTITUTO SUPERIOR DE TRANSPORTE, TURISMO E COMUNICAÇÃO
CURSO DE LICENCIATURA EM GESTÃO DE EMPRESAS

AS FUNÇÕES DO MODELO IS-LM E A DEMANDA E OFERTA AGREGADA

Atanásio Muidingue Alamba Júnior


Edson Domingos Thonge
Rainha Raúl Adriano

Reinaldo Mzé Abdala Chicanda

Tela da Rainha Mário Thovela

O presente trabalho da cadeira de


Macroeconomia é de caracter avaliativo, a ser
entregue ao docente da mesma, de Licenciatura
em Gestão de Empresas.

O Docente:
Dr. Abudo Sadate Ucade

Nacala-Porto

2021
3III

Índice

1. Introdução.......................................................................................................................4
Objectivos:..............................................................................................................................4
1.2. Gerais:..........................................................................................................................4
1.3. Metodologia.................................................................................................................4
1.4. Estrutura do Trabalho..................................................................................................4
2. As Funções do Modelo IS-LM e a Demanda e Oferta Agregada...................................5
2.1. O que é modelo IS-LM e como opera na economia?..................................................5
2.1.1. Como Funciona o Modelo IS-LM na economia?....................................................5
2.2. Curvas do Modelo IS-LM...........................................................................................6
2.2.1. Curva IS...................................................................................................................6
2.2.2. Curvas do LM..........................................................................................................6
2.2.3. Equilíbrio Simultâneo do modelo IS/LM:...............................................................7
2.3. Curvas de Procura e Oferta Agregada.........................................................................7
2.3.1. A curva de Procura Agregada..................................................................................7
2.3.2. A curva de Oferta Agregada....................................................................................8
2.3.3. Interação entre curvas da procura e de oferta..........................................................9
2.4. A Função Consumo...................................................................................................10
2.5. Função Investimento.................................................................................................11
2.6. Função de Procura da Moeda (AS)...........................................................................11
2.7. Função de Oferta da Moeda......................................................................................12
2.8. As Políticas Macroeconómicas..................................................................................12
2.8.1. O Papel do Governo (política fiscal).....................................................................12
2.8.1.1. Gastos do Governo.............................................................................................12
2.8.2. O Papel do Banco Central (Política Monetária)....................................................13
2.8.2.1. Conceito e tipo de moeda...................................................................................13
2.8.2.2. Demanda e moeda..............................................................................................13
2.9. O Modelo AS/AD......................................................................................................14
2.9.1. Derivação da Procura Agregada (AD)...................................................................14
2.9.2. O Mercado do Trabalho e a derivação da Oferta Agregada..................................14
2.9.3. O Equilíbrio Geral No Modelo As/Ad...................................................................16
3. Conclusão......................................................................................................................17
4. Bibliografia...................................................................................................................18
4

1. Introdução

As decisões que todos os dias todos nós tomamos têm um propósito, que é o de satisfazer
necessidades ou contribuir para o bem-estar próprio u daqueles que nos estão próximos. A
tomada de decisão, por outro lado, exige recolher e processar informação, a qual pode ter
origem em múltiplas fontes. Este conhecimento resulta da informação que a contabilização de
medidas económicas agregadas permite gerar, a contabilização é regra geral, efectuada a
nível nacional ou supranacional pelas autoridades estatísticas competentes para o efeito e
disseminada essencialmente através dos meios de combinação social.

A riqueza que a economia produz ao longo de um ano influencia o nível de recitas que o
estado recolhe via impostos e consequentemente, as suas políticas de provisão de bens
públicos e redistribuição de rendimento; a taxa de desemprego fornece indicações
importantes sobre a probabilidade d sucesso de encontrar emprego por parte daqueles que
agora entram no mercado de trabalho; variações na taxa de juro vão seguramente alterar os
planos da empresa no que toca ás suas decisões de investimento.

Objectivos:

1.2. Gerais:

A importância de conhecer a realidade macroeconómica, ou seja, de conhecer os valores


globais ou agregados dos mais relevantes indicadores da actividade económica e também
como estes indicadores podem estar ligados entre se ou envolvidos numa qualquer relação
causa efeito.

1.3. Metodologia

Para a execução do trabalho em causa recorreu-se a pesquisas bibliográficas e bibliotecas


virtuais. Tendo em conta os objetivos preconizados, o trabalho é desenvolvido apoiando-se
em resultados de investigação sobre a matéria, para enriquecer os conhecimentos sobre o
tema do trabalho.

1.4. Estrutura do Trabalho

O trabalho esta estruturado da seguinte forma: Capa, contra-capa, índice, Introdução,


desenvolvimento, conclusão e Referências bibliográficas.
5

2. As Funções do Modelo IS-LM e a Demanda e Oferta Agregada

O modelo IS/LM baseia-se na interpretação feita por John Hicks da Teoria Geral do Emprego,
do Juro do Dinheiro de John Maynard Keynes, publicada em 1963. Trata do equilíbrio
simultâneo nos mercados de produtos de produto e monetário, ou seja, averigua do equilíbrio
nos mercados que constituem o lado da procura de um modelo macroeconómico.

2.1. O que é modelo IS-LM e como opera na economia?

O IS-LM é um modelo que visa alcáçar o equilíbrio macroeconómico entre o mercado de


bens e serviços em relação ao mercado monetário.

O Modelo IS/LM, modelo Keynesiano Generalizado (MKL), ou ainda Modelo Hicks-


Hansen, é utilizado para analises macroeconómicas. Sua representação se da em espaço
cartesiano, que ilustra os pares ordenados de taxa de juro nominal e renda.

A estrutura é uma evolução do modelo (MKS), que foi proposto por John M. Keynes. O
modelo também pode ser entendido como formalização matemática para descrever A Teoria
Geral do Empego, do Juro e da Moeda, também de Keynes.

Os principais passos para sua modelização acontecem na Conferencia de Economia, em 1936.


Na época, em Oxiford, Roy Harrod, John Hicks e James Meade, apresentam as suas
propostas de modelização.

Todas as variações são utilizadas para ilustrar uma casualidade especifica ou melhor retratar a
economia. Alem disso, esses sistemas permitem calcular estimativas, que podem sofrer com
problemas de causalidade reserva e/ou de tendências desintegradas.

Por meio desses modelos macroeconómicos é possível analisar a existência de ciclos


económicos. Assim, pode ser vista a alternância da actividade económica em relação ao
crescimento e recessão.

2.1.1. Como funciona o Modelo IS-LM na economia?

O modelo IS/LM procura significar a maneira de ver o equilíbrio económico. Por isso não
considera outras variáveis como a inflação, por Exemplo: o que acaba sendo uma limitação.
Na verdade, ele é especialmente usado para medir eficácia das políticas fiscais e monetárias.
Sem contar que sua fórmula pode identificar a interacção, que é sua única função. O modelo
6

também indica o prenuncio de tendências macroeconómicas, como possíveis recessões e os


períodos de crescimento.

2.2. Curvas do Modelo IS-LM

O modelo IS-LM foi desenvolvido com base nos multiplicadores do modelo Keynesiano.
Esse modelo considera as proporções marginais, advindas das despesas económicas.

2.2.1. Curva IS
Representa o mercado de bens e serviços. A nomenclatura significa Investment Saving, ou
seja, investimento igual a poupança, que é responsável por determinar o equilíbrio deste
mercado. É dada por:

I+G=S+T-TR.

Em um gráfico, a curva IS se representa negativamente inclinada. Isso que dizer que quanto
maior a taxa de juro (i) da economia, menor será o produto ou renda obtida (Y), ou vice-
versa.

2.2.2. Curvas do LM
A curva por sua vez, representa o equilíbrio do mercado com o mercado de títulos. Esse
ponto relaciona-se com a procura da moeda conforme o produto (Y) alcançado.

A nomenclatura significa liquidity Money supply. Sendo assim, representa a procura por
liquidez em moeda que se satisfaz com a oferta de moeda. Isso significa que quanto maior o
produto, maior é a procura por moeda. É dada por:

I=K/h*Y - 1M°/hP°
7

2.2.3. Equilíbrio Simultâneo do modelo IS/LM:

A curava “IS” identifica o equilíbrio geral no mercado de bens e serviços. Um dos pontos do
modelo, reúne a taxa de juros e também a respectiva demanda agregada em torno do
funcionamento do mercado de bens e serviços.

Já a curava do “LM” representa o equilíbrio entre o mercado monetário. A curava utiliza-se


das moedas e dos títulos para definir a dinâmica de equilíbrio do mercado monetário.

Em um gráfico, o modelo também considera:

 Ponto ou renda (Y)


 Taxa de juro da economia (i)

O conjunto dos dois mercados e o encontro das duas curvas é um fenómeno conhecido como
“cruz keynesiana”.

Os pontos fora do equilíbrio do modelo indicam os possíveis desequilíbrios e podem


acontecer no mercado de bens e serviços, no mercado monetário ou em ambos.

2.3. Curvas de Procura e Oferta Agregada

2.3.1. A curva de Procura Agregada

Os modelos de produto monetário constituem o lado da procura agregada da economia.


acabamos de ver que as curvas IS e LM sumariam os respectivos equilíbrios. A partir do
8

diagrama IS/LM é possível deduzir a curva de procura agregada da economia, que é


definida como sendo a curva que representa os pares de valores do índice de preços e do
rendimento (P,Y), que fazem com que os mercados de produto estejam simultaneamente em
equilíbrio.

Dedução gráfica da curva da procura agregada.

Ao longo da curva da procura agregada os mercados de produtos e monetário estão


simultaneamente equilibrados, então a forma reduzida do modelo, danos a expressão para a
curva da procura agregada.

2.3.2. A curva de Oferta Agregada

A curva de oferta agregada (AS), representa os pares dos valores (P,Y) do índice de preços P
e do nível de rendimento Y, tais que a esses preços P, os produtores estão disponíveis a
produzir quantidade Y de produto.

Tradicionalmente, a curva de oferta agregada é deduzida a partir do mercado de trabalho e de


uma função de produção neoclássica. A curva de procura de trabalho tem então uma
inclinação negativa, devido à hipótese dos rendimentos decrescentes incorporada na função
de produção, implicando que quando a taxa de salário real aumenta, a procura de trabalho
diminui.

Se a oferta de trabalho depender da taxa de salário real esperada, os salários e os preços


forem perfeitamente flexíveis, e as expectativas do nível geral de preço forem iguais ao nível
de preço observando, então o equilíbrio do mercado de trabalho é estabelecido sempre ao
nível de pleno emprego. A produção correspondente, calculada através da função de
9

produção será igual ao produto de pleno emprego, e manter-se-á a esse nível, qualquer que
seja o nível de preços. A curva de oferta agregada será vertical.

Curvas da oferta agregada

2.3.3. Interação entre curvas da procura e de oferta

Uma deslocação da curva de procura agregada para a direita, devido a um aumento dos gastos
do Estado, tem efeitos completamente diferentes sobre os preços e a produção constante a
hipótese sobre a inclinação da curva de oferta agregada que estamos a considerara.
Observando simultaneamente o que se passa em termos de equilíbrio nos mercados de
produto e monetário (IS/LM)

Efeitos de uma deslocação para a direita da curva de procura agregada (aumento de G), em diferentes hipóteses
sobre a inclinação da curva de oferta agregada.

A expressão é dada:
10

2.4. A Função Consumo

A análise do comportamento macroeconómico do consumo tem ganho em sofisticação e em


capacidade explicativa. Alguns dos principais desenvolvimentos:

I. Expectativas Racionais

O efeito das políticas económicas, depende, em geral, das expectativas que as pessoas têm
relativamente ao futuro, incluindo as expectativas acerca das próprias políticas. De acordo
com a hipótese das expectativas racionais, os agentes formam as suas expectativas utilizando
toda a informação e todo o conhecimento existente acerca da conjuntura económica, da
estrutura da economia, e das intenções dos outros agentes económicos, incluindo os decisores
políticos.

II. Bens de Consumo Duradouro

Mais do que manter uma despesa estável em bens de consumo, o que os agentes pretendem é
manter um estilo e um nível de vida estáveis. Nesse sentido, têm vantagem em adquirir bens
de consumo duradouro nos períodos em que o rendimento corrente é superior.

III. Restrições de Liquidez

Frequentemente, as pessoas têm dificuldades em obter um empréstimo, mesmo que o seu


rendimento futuro (esperado) seja suficiente para o pagar, com juros. A existência de
restrições de liquidez, sob a forma de taxas de juro elevadas ou limites ao montante do
empréstimo, não foi contemplada quando analisámos as hipóteses do rendimento permanente
e do ciclo de vida.

IV. Incerteza e Heranças


A maior parte das pessoas não consome toda a sua riqueza, deixando a restante aos seus
descendentes. O horizonte temporal para as decisões de consumo e poupança pode ir,
assim, para além do tempo de vida, por motivos associados a heranças e ao bem-estar dos
descendentes e próximos da pessoa.

função consumo:
11

2.5. Função Investimento

As possibilidades de produção futuras de uma economia dependem dos investimentos


passados e presentes. Numa economia de mercado, as decisões de investimento são tomadas
pelas empresas, que pretendem maximizar os seus lucros. Observa-se que cerca de 25% do
produto de uma economia moderna corresponde a bens e serviços de investimento.

Em suma, o investimento depende negativamente da taxa de juro, positivamente das


variações do produto, e positivamente da confiança dos agentes relativamente à evolução
futura da economia.

2.6. Função de Procura da Moeda (AS)

A moeda é um activo que é aceite como meio de pagamento. Cumpre ainda duas outras
funções: é uma unidade de medida do valor e é um meio de reserva de valor.

A liquidez de um activo mede a sua capacidade de ser usado como meio de pagamento, isto
é, de ser aceite em troca de outros bens de uma forma rápida e com uma perda de valor
mínima. A moeda é o activo líquido por excelência. Por outro lado, como forma de preservar
riqueza ao longo do tempo (meio de reserva), a moeda tem a desvantagem (relativamente a
outros activos financeiros) de ter uma rentabilidade muito baixa, ou mesmo negativa.

O problema dos agentes é decidir como dividir a sua riqueza entre os dois activos disponíveis
na economia: a moeda, cuja taxa de juro nominal é nula; e um activo financeiro não líquido,
que proporciona uma taxa de juro nominal i.

Os agentes devem decidir que quantidade de moeda pretendem deter, ou, de forma
equivalente, quantas vezes, T, deverão converter o activo não líquido em moeda. Em cada
12

conversão, os agentes obtêm uma quantidade de moeda igual a P·Y / T. Em média, terão na
sua posse uma quantidade de moeda dada por:

Termos normais Termos reais

2.7. Função de Oferta da Moeda

A característica fundamental da moeda é a liquidez. Os activos financeiros podem ser mais


ou menos líquidos, não existindo, no entanto, uma fronteira clara entre moeda e activos não
líquidos.

A definição mais restritiva de moeda é a de circulação monetária (C), o valor nominal das
notas e moedas metálicas em circulação, isto é, detidas pelo público.

O Multiplicador Monetário (M/H) é a relação entre a massa monetária (M) e a base


monetária (H). A procura de circulação monetária faz diminuir o multiplicador monetário. Se
os agentes detivessem apenas depósitos bancários, o multiplicador monetário seria 1/e.

2.8. As Políticas Macroeconómicas

Para atingir os objectivos de política económica, o governo dispõe de um conjunto de


investimentos nos quais serão apresentados a seguir:

2.8.1. O Papel do Governo (política fiscal)

Refere-se as acções do governo tanto do lado dos gastos púbicos (quanto, onde, e como o
governo gasta) como do lado da arrecadação tributaria (quanto o governo arrecada) a
composição de gastos e arrecadação leva ao conceito de deficit publico.

A política fiscal pode ser dividida em duas grandes partes: A Política Tributaria e a Política
de Gastos Públicos. Como se sabe, o governo efectua despesas na economia com pagamento
de funcionários, construção e manutenção de escolas, hospitais, pagamento de juros da divida
interna. Quando o governo aumenta esses gastos, diz-se que a política fiscal é expansionista;
13

caso contrário, tem-se uma política fiscal contracionista. A política fiscal será expansionista
dependendo do que o governo está pretendendo atingir com a política de gastos.

2.8.1.1. Gastos do Governo

Os gastos do governo podem ser divididos em dois grandes grupos: as despesas correntes e
as de investimento. Como o próprio nome, despesas correntes dizem respeito aos gastos
realizados com o objectivo de manter a máquina governamental funcionando, bem como às
despesas impostas pela legislação. A despesa corrente, por sua vez, pode ser dividida em
quatro outros grupos:

i. Consumo do Governo: corresponde ao pagamento dos funcionários públicos, e


outras despesas necessárias à manutenção do aparelho público.
ii. Transferências: refere-se as despesas que são efectuadas pelo sector púbico e
destinadas ao sector privado, sem a contra contraprestação de serviços ou
fornecimento de bens, como é o caso da Assistência e Previdência Social.
iii. Juros: incluem tanto pagamento de juros da divida interna como externa.
iv. Subsídios: correspondem aos gastos do governo com o objectivo de garantir ao
consumidor preços inferiores ao custo de produção.

2.8.2. O Papel do Banco Central (Política Monetária)


A política monetária refere-se à acção do governo no sentido de controlar as condições de
liquidez da economia. Com esse objectivo, o governo actua sobre a quantidade de moeda na
economia, sobre a capacidade de concessão de empréstimos por parte dos bancos e, por
consequência, sobre os níveis das taxas de juros. Na realidade, o mercado monetário é como
outro qualquer, onde existe demanda (por moeda), oferta (de moeda) e preço de equilíbrio,
que nada mais é do que a taxa de juros.

2.8.2.1. Conceito e tipo de moeda

i. Meio ou instrumento de troca, por ter aceitação generalizada e garantida por lei.
ii. Reserva de valor, dado que representa liquidez imediata para quem a possui.
iii. Unidade de conta, dado que possibilita que todos os bens e serviços sejam
expressos num mesmo denominador.

2.8.2.2. Demanda e moeda


A sociedade demanda por três razoes:
14

i. A demanda para transação, que se refere a necessidade que os agentes têm de


possuírem moeda para efectuar suas transações;
ii. A demanda para precaução, que se refere a procura da moeda por parte da
sociedade para fazer frente a eventuais compromissos não previstos;
iii. A demanda para especulação, que se verifica quando o agente económico fica
esperando uma oportunidade de aplicação interessante. Enquanto essa
oportunidade não se verifica, o agente fica “posicionado” em moeda.

2.9. O Modelo AS/AD

A passagem do modelo IS/LM para o modelo AS/AD implica o abandono de um dos


pressupostos mais fortes do modelo: o facto dos preços dos bens e serviços serem fixos. Ao
abdicarmos deste pressuposto estamos a proporcionar ao modelo um horizonte temporal de
análise bastante mais alargado, que irá desde o curto prazo, caracterizado por alguma rigidez
de preços e salários, até ao longo prazo, onde preços e salários são geralmente tidos como
perfeitamente flexíveis.

2.9.1. Derivação da Procura Agregada (AD)

A curva AD traduz a relação entre inflação e a variação da quantidade procurada, a qual pode
ser obtida recorrendo aos efeitos que alterações da inflação geram no modelo IS/LM.

Dedução da curva da procura agregada

Desta forma concluímos que, numa grande economia aberta, a curva AD tem uma inclinação
negativa pois um aumento da inflação, ao reduzir a oferta real de moeda e,
consequentemente, ao determinar um nível superior para a taxa de juro, tende a provocar uma
diminuição da procura agregada. Se em vez de considerarmos uma grande economia aberta,
15

considerarmos uma pequena economia aberta, seja num regime de câmbios fixos, seja num
regime de câmbios flexíveis, chegaremos à conclusão que a curva AD é sempre
negativamente inclinada.

2.9.2. O Mercado do Trabalho e a derivação da Oferta Agregada

A forma mais simples de derivarmos a curva da oferta agregada (AS) será através da
conjugação da Lei de Okun com a evidência da Curva de Phillips.

A Lei de Okun diz-nos que tende a existir uma relação inversa entre as variações da procura
de bens e serviços, e consequentemente do produto, e as variações do desemprego, uma vez
que um aumento da procura gera uma necessidade de resposta por parte da oferta, o que
implica o aumento da utilização dos diferentes factores produtivos, incluindo o trabalho.
Logo, um aumento da procura de bens e serviços tende a gerar um aumento do emprego, ou
seja, uma diminuição do desemprego. Genericamente a Lei de Okun poderá representar-se da
seguinte forma:

Por sua vez, a Curva de Phillips é uma relação empírica, descoberta em finais da década de
50 do século XX, que tem por base uma correlação negativa entre as variações do
desemprego e as variações dos salários nominais. A partir dos estudos originais de A.W.
Phillips, evoluiu-se para uma relação entre variações do desemprego e inflação (p) do tipo:

A conjugação da Lei de Okun (1) com a Curva de Phillips (2) permite-nos afirmar que:

ou seja, existe uma relação positiva entre o output gap e a inflação. Um aumento na oferta de
bens e serviços, traduz-se, tudo o resto constante, num aumento do output gap que, através da
Lei de Okun, implica uma redução do desemprego relativamente ao seu nível natural
tendendo, se acreditarmos na Curva de Phillips, a elevar o valor da inflação. Eis a lógica
desta curva da oferta agregada, a qual é, como facilmente percebemos, positivamente
inclinada.
16

2.9.3. O Equilíbrio Geral No Modelo As/Ad

equilíbrio geral no modelo AS/AD deriva da intersecção das duas curvas do modelo, ou seja,
da igualdade entre a oferta agregada e a procura agregada. Dada a forma de derivação das
curvas do modelo, este equilíbrio tem subjacente um equilíbrio geral também no modelo
IS/LM. Tendo em atenção que derivámos duas curvas AS, também podemos definir dois
tipos de equilíbrio geral: de curto prazo, definido entre a AD e a AS, e de longo prazo,
definido pela AD e a AS.
17

3. Conclusão

Em virtude dos factos mencionado anteriormente, e a fim de responder aos objectivos


específicos do presente trabalho, conclui-se que A função consumo keynesiana postula uma
relação linear entre o consumo e o rendimento disponível. Verifica-se empiricamente que o
consumo depende também da riqueza dos agentes, o que é sustentado teoricamente pela
hipótese do ciclo de vida, e, de forma indirecta, pela hipótese do rendimento permanente.

Definindo riqueza como a soma do valor dos activos actuais com o valor esperado do fluxo
de rendimentos futuros, percebemos que as decisões relativas ao consumo e à poupança
dependem de forma crucial das expectativas das pessoas relativamente aos seus rendimentos
futuros, ou seja, do clima de confiança.

A taxa de juro tem um impacto negativo sobre o consumo, que se torna mais caro
relativamente ao consumo futuro, apesar de os agentes credores verem a sua riqueza
aumentar.
18

4. Bibliografia

Attield, C. L.F.; Demery. D.; Duck, N.W. (1958). Rational Expectations in Macroeconomics.
An introdution to Theory and evidence. Oxford, Brasil Blackwell.

Alisson Diniz Teixeira. Políticas Macroeconómicas. Slideshare 2016;

Evans, M.K. (1969). Macroeconomic Activit, Theory, forecasting and control. New York,
Harper & Row.

Harvey, A.C. (1981). Time Series Models. Deddington, Philip Allan.

Jorge Santos; Álvaro Pina; Jacinto Braga e Miguel St. Aubn. Macroeconomia. 3 a.ed. escolar
editora 2010;

O que é o modelo AS-LM e como opera na economia? https://editalconcursos


brasil.com.br/blog/economia_modelo-islm/

Vitor Manuel Carvalho. 1G202 – Macroeconomia I: O modelo AS/AD, Breve Descrição. Ano
lectivo 2008/09;

Wallis, K.F. (1979). Topics in applied econometrics, 2ed., Oxford, Brasil Blackwell.

Você também pode gostar