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INSTITUTO SUPERIOR DE GESTÃO, COMÉRCIO E FINANҪAS

(ISGECOF)
Faculdade de Administração e Gestão
Delegação de Mocuba

CURSO DE DIREITO 3O ANO, SEMESTRE II

CADEIRA: Empreendedorismo

TRABALHO INDIVIDUAL

TEMA: Gestão de Megas e Grandes Empresas

Nomes: Bethy Nazaré Alberto João


Docente: Dr. Donato

Mocuba, Outubro 2022


INSTITUTO SUPERIOR DE GESTÃO, COMÉRCIO E FINANҪAS

(ISGECOF)

CURSO DE DIREITO 3O ANO, SEMESTRE II

TRABALHO INDIVIDUAL

O trabalho da cadeira de
Empreendedorismo com o tema: Gestão
de Megas e Grandes Empresas é de
caracter avaliativo

Mocuba, Outubro 2022


Índice
INTRODUÇÃO........................................................................................................................................1
DEFINIÇÕES...........................................................................................................................................2
OBJECTIVOS; GERAL E ESPECIFICO.........................................................................................................3
CARACTERIZAÇÃO DAS PRINCIPAIS MEGA EMPRESAS EM MOÇAMBIQUE...........................................3
SUSTENTABILIDADE DO CRESCIMENTO E INVESTIMENTO....................................................................4
LIGAÇÕES...............................................................................................................................................6
GESTÃO DE MEGAS E GRANDES EMPRESAS..........................................................................................8
ANÁLISE DA GESTÃO DAS MGE’S...........................................................................................................8
O QUE É GESTÃO EMPRESARIAL............................................................................................................9
Soluções De Consultoria.....................................................................................................................10
Qual A Importância Da Gestão Empresarial?......................................................................................10
COMO APLICAR A GESTÃO EMPRESARIAL...........................................................................................11
PLANEJAMENTO..................................................................................................................................12
Indicadores De Desempenho...............................................................................................................12
Tecnologia...........................................................................................................................................12
Qualificação Profissional.....................................................................................................................13
GESTÃO EMPRESARIAL PARA PME’S....................................................................................................13
GESTÃO EMPRESARIAL PARA GRANDES EMPRESAS............................................................................14
TIPOS DE GESTÃO EMPRESARIAL.........................................................................................................15
FERRAMENTAS PARA GESTÃO EMPRESARIAL......................................................................................16
MATRIZ................................................................................................................................................16
BENEFÍCIOS DA GESTÃO EMPRESARIAL...............................................................................................16
CONSULTORIA EM GESTÃO EMPRESARIAL..........................................................................................17
Bibliografia..........................................................................................................................................18
INTRODUÇÃO

A Gestão de Megas e Grandes Empresas (GMGE`s) constituem atualmente em Moçambique


um agente importante na estratégia de promoção de emprego, na inovação, na criação de
rendimentos e no crescimento e desenvolvimento económico e social. A promoção de
incentivos à criação e ao crescimento de actividade das MGE`s são consideradas um dos
actores integrantes na redução da pobreza e a exclusão social, e numa melhoria do nível do
bem-estar dos residentes em Mocambique, porque crê-
se que a sua dinamização incentiva as camadas pobres da sociedade acriarem os seus próprios
negócios e a providenciarem os seus rendimentos.
O sucesso da gestão MGEs está intimamente ligada a uma política de gestão adequada, que
começa com a elaboração de estratégias, e análise entre oportunidade e desafios, para poder
atingir os objectivos traçados. Hoje mais do que nunca as empresas devem ter uma gestão de
excelência, para poderem acompanhar e integrar na economia moderna no mundo
globalizado. O papel estratégico que as MGE`s, desempenha na economia Moçambicana
atualmente, é fundamental. Por isso é necessária uma gestão eficaz e eficiente, para poder
minimizar os riscos no ambiente de negócio, aumentar a sua produtividade e
consequentemente, ser mais competitivo no mercado.

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DEFINIÇÕES.

As definições de Mega e Grandes Empresas MGEs variam muitas vezes de país para
país e baseiam-se geralmente no número de trabalhadores, no volume anual de negócios ou
no valor do ativo das empresas. Geralmente, as megas empresas são definidas como empresas
que possuem até numero elevado de trabalhadores; as grandes empresas como aquelas que
têm um elevado número de trabalhadores e as médias empresas abrangem as empresas que
contam com 1000 a 2500 trabalhadores. Salvo indicação em contrário, a definição de MGE
usada neste trabalho, refere-se a qualquer empresa com menos de 2500 trabalhadores.
Incluem-se todos os tipos de empresas, independentemente da sua natureza jurídica (como
empresas familiares, sociedades unipessoais ou cooperativas) ou do facto de serem empresas
formais ou informais. Para facilitar a leitura.

As Características Económicas de Megas empresas são actividades de investimento e


produção com características especiais. Primeiro, a sua dimensão, definida pelos montantes
de investimento (acima de US$ 500 milhões) e impacto na produção e comércio, é enorme.
Por exemplo, se pegarmos em três mega empresas apenas (a fundição de alumínio de
Beluluane, Mozal; a mina de areias pesadas de Moma; e a empresa do gás natural da Sazol,
em Inhambane), podemos verificar que: o custo de investimento inicial de cada um destas
empresas é superior a US$ 1 bilião; a soma do investimento realizado por estas três empresas
é aproximadamente igual a 60% do PIB de Moçambique; o investimento nestas três empresas
é superior a 55% do investimento privado total realizado nos últimos 10 anos; a produção
conjunta destas empresas aproxima-se de 70% da produção industrial bruta de Moçambique.
O valor da produção bruta da Mozal (cerca de US$ 2 biliões em 2006) era maior que o
Orçamento do Estado de Moçambique; as exportações totais destes empresas aproximam-se
de três quartos das exportações nacionais de bens.

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OBJECTIVOS; GERAL E ESPECIFICO

Geral é de:
 Oferecer subsídio para uma análise das MGEs numa perspectiva de crescimento de
competitividade e de desenvolvimento da economia;

 Oferecer subsídio para uma análise das MGE’s numa perspectiva de crescimento de
competitividade e de desenvolvimento da economia.

Específicos é de:
 Verificar o enquadramento das Megas e grandes Empresas em Moçambique;
 
 Analisar o ambiente de negócio das Megas e Grandes Empresas em Moçambique
tendo em conta as oportunidades;

CARACTERIZAÇÃO DAS PRINCIPAIS MEGA EMPRESAS EM


MOÇAMBIQUE

Das 10 maiores megas empresas em Moçambique, 7 estão directamente relacionados com o


complexo mineral-energético (MEC) sul-africano, e os restantes 3 estão relacionados
indiretamente com o MEC. Estas últimas 3 empresas são de infra-estruturas vitais para o
MEC, mas também para outras actividades económicas. No caso do parque industrial de
Beloluane (BIP), o projecto âncora é a Mozal. As 7 empresas do MEC representam
investimentos de 8,431 milhões de US$, isto é, mais do que 2 vezes o tamanho actual da
economia de Moçambique. Das 7 empresas MEC, três 3 (3,531 milhões de US$) estão em
Maputo; os restantes quatro estão na Beira (1,800 milhões de US$); Moma (200 milhões de
US$); Chibuto (1,400 milhões US$); e Inhambane, Gaza e Maputo (1,500 milhões de US$).
Maputo absorve quase metade do investimento em mega projectos MEC, e o Sul absorve
76%. Os 7 projectos MEC representam cerca de 75% de todo o investimento aprovado em
Moçambique entre 1990 e 2001. Se tomarmos em conta que os projecto MEC são mais
prováveis de ser implementados que os restantes, por causa do poderio do capital por detrás

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deles, então é bem provável que estes projectos representem cerca de 90% do investimento de
facto realizado e a realizar dentro dos próximos 2-3 anos. Os gráficos em anexo, sobre a
distribuição sectorial e regional das intenções de investimento aprovadas entre 1990 e 1999,
são indicativos de alguns dos grandes problemas apresentados acerca dos mega projectos:
grau de concentração e de estreiteza da especialização. Estas características dificilmente
abrirão oportunidades para a criação de uma base abrangente de 2 desenvolvimento, se
estratégias específicas não forem adoptadas para que tal aconteça (mais sobre isto mais
adiante).

SUSTENTABILIDADE DO CRESCIMENTO E INVESTIMENTO

Primeiro, na economia Moçambicana, crescimento e estabilidade frequentemente entram em


choque frontal. Isto é particularmente verdade quando crescimento é apenas entendido como
expansão da estrutura económica existente, dentro dos padrões e dinâmicas dominantes de
investimento e acumulação, sem uma estratégia de transformação. Em termos técnicos e
agregados, podemos dizer que a economia de Moçambique tem uma capacidade absorção
pequena; isto quer dizer que nas condições dadas a economia não pode crescer depressa nem
investir muito por um período suficientemente longo, sem gerar uma crise que obrigue a
contracção. O caso específico para análise é o da balança de pagamentos (BoP). Os gráficos
em anexo sobre a BoP e a sua relação com o investimento são ilustrativos disto. A balança
comercial entra em crise com a rápida expansão do investimento por causa da dependência do
investimento em relação a importações e do seu fraco impacto no aumento das exportações.
A balança de capitais fica superavitária com o investimento financiado por fluxos regulares
de capitais externos, mas também tende a entrar em crise após um período de boom. As
balanças de capitais e comercial são inversamente relacionadas, o que confirma os pontos
anteriores. O período em que a estrutura da balança de capitais não explica o défice da
balança comercial é marcado por fluxos de ajuda externa, os quais não são registados na
balança de capitais. A questão agora é: será que mega projectos resolvem este problema?
Será que a expansão da base de pequenas e médias empresas resolve este problema? Claro
que a resposta a estas questões depende do que é que acontece na prática e como é que o
investimento ajuda a transformar, ou a consolidar, as dinâmicas e estruturas existentes. No

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caso dos mega projectos, há quatro aspectos a considerar. Por um lado, o seu contributo para
exportações é enorme, e para ganhos líquidos em comércio externo é substancial. Por outro
lado, estes mega projectos são de produtos primários, poucos e tão concentrados que a
economia Moçambicana continuará a ser muito vulnerável a pequenas flutuações no
mercado mundial para os produtos primários exportados. Além disto, os mega projectos não
substituem importações e, num certo sentido, aumentam a dependência do investimento
relativamente a importações. Pode argumentar-se que o que importa é o contributo líquido em
ganhos comerciais. No entanto, a plena realização do potencial de desenvolvimento, assim
como a cautela contra as flutuações dos mercados mundiais, chamam a atenção para a
importância de um processo eficiente e selectivo de substituição de importações. Finalmente,
dado o pacote de incentivos em aplicação, os mega projectos podem repatriar, se o quiserem,
todos os seus lucros. Se isto acontecer, o impacto na balança de capitais e estabilidade da
moeda pode ser altamente negativo. Para além de que este impacto pode neutralizar os
ganhos líquidos comerciais, também pode desfazer a imagem de que Moçambique oferece
condições de estabilidade para investimento. Portanto, mega projectos na sua forma corrente
não fornecem uma solução completamente satisfatória para este problema. Será que pequenos
e médios projectos fornecem tal solução? A resposta a tal questão obviamente depende da
articulação desses projectos. A base estrutural do actual conflito entre acumulação e
sustentabilidade reside na natureza das empresas, investimentos e capacidades produtivas que
a economia tem, e de que esses pequenos e médios projectos fazem parte. Muitos empresários
hoje fazem lobbies para liberalizar a importação do que precisam para produzir, de modo a
ficarem mais competitivos. Outros tentam que se proteja o mercado interno contra
importações do que produzem para poderem ter acesso ao mercado. Qual é a solução? É
necessário pensar em articulação estratégica, em vez de só se pensar que uma ou outra coisa é
a única boa ou má, ou que ambas podem indiscriminadamente ser implementadas em
conjunto. Além disso, há sinais de que pequenas e médias empresas (muito poucas) que se
conseguiram associar com capital estrangeiro e participar, como fornecedores, em mega
projectos têm conseguido não só sobreviver mas até desenvolver-se em todos os sentidos:
expansão, alguma modernização e especialização, formação de parcerias, substituição de
importações, exportação, etc. Portanto, pequenos e médios projectos, em si, também não
fornecem uma resposta efectiva ao problema da sustentabilidade do crescimento, e a sua
dinâmica parece beneficiar mais de articulação com outros projectos, mesmo de muito maior
escala, do que beneficiam com isolamento.

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LIGAÇÕES
Segundo, o estabelecimento de ligações dentro da economia é a forma mais dinâmica e
efectiva com que o investimento directo estrangeiro (IDE), e os mega projectos em particular,
podem contribuir para o crescimento e transformação da economia como um todo. Estas
ligações podem ter várias formas: fiscais; geração de moeda externa; incremento da poupança
disponível; input-output na forma de sub-contractos, parcerias, etc.; incentivo ao surgimento
de novas actividades e indústrias; criação de novas capacidades tecnológicas, introdução de
standards, treino da força de trabalho e disseminação de melhores práticas de gestão e
organização da produção; lançamento de uma imagem de que é possível e rentável investir
em Moçambique, etc. Estas ligações nem são automáticas (quer dizer, a mera presença de um
ou mais mega projectos não transforma uma oportunidade de negócio em ligação); nem são
apenas da responsabilidade dos mega projectos. Para que as ligações se concretizem é
necessário que as oportunidades sejam combinadas com o interesse, vontade e capacidade
dos agentes económicos que podem entrar nestas ligações. Estes agentes económicos e
oportunidades também têm que ser enquadrados por políticas públicas favoráveis à redução
do risco e da incerteza (por exemplo, coordenação do investimento); que encoragem
desenvolvimento tecnológico (por exemplo, introdução de standards e de incentivos
relacionados com formação e aquisição de nova tecnologia); que encoragem o uso do
excedente da firma para investimento (por exemplo, dando um tratamento fiscal diferenciado
ao lucro re-investido em relação aos dividendos distribuídos); que incentivem o investimento
produtivo em vez da especulação financeira, e que incentivem as firmas a atingir certos
indicadores de desempenho, como sejam a exportação, a substituição efectiva de
importações, etc. Como é evidente, quanto maior for a diferença entre o mega projecto e a
base económica e capacidades tecnológicas existentes, menor será a capacidade que a
economia tem para absorver o mega projecto e desenvolver ligações com ele. No caso de
Moçambique, mega projectos têm desenvolvido muito poucas ligações com a economia.
Força de trabalho formada no período de construção passa a constituir uma bolsa de
qualificações que outros projectos de construção podem usar, mas este processo não está

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articulado. Empresas nacionais ou baseadas em Moçambique fornecem apenas à volta de 5%-
10% das necessidades dos mega projectos em sub-contratação. Os mega projectos
praticamente não pagam impostos e têm liberdade de total repatriamento de lucros. Os mega
investimentos estão concentrados em sectores e regiões e não 7 favorecem a criação de uma
ampla base de desenvolvimento. Os mega projectos são relativamente pequenos
empregadores. Mega investimento não podem ser usados, directamente, como estratégia de
promoção de emprego ou de alargamento da base de desenvolvimento. Em ambos os casos
mega investimentos são ineficientes. Concentração do mega investimento é determinada por
factores estáticos (existência de infra-estruturas tecnológicas, económicas e produtivas, de
força de trabalho qualificada, de meios de acesso a mercados, etc.), e por factores dinâmicos
(nomeadamente as estratégias corporativas, que serão discutidas mais adiante). No que
respeita às outras ligações, o fraco contributo dos mega projectos é determinado por dois
factores: situação actual das indústrias em Moçambique e as políticas e estratégias do
governo. Relatórios do Centro de Promoção de Investimento (CPI) de 1999 e 19981 indicam
que de 370 empresas nacionais estudadas com vista a identificar o seu potencial de ligação
com a Mozal, 99% tinham problemas sérios com qualidade e standards e com a formação e
enquadramento eficiente da força de trabalho; 95% não tinham o portfolio e experiência
requeridos; 92% operavam com equipamento velho e gasto e tecnologia ultrapassada; 90%
enfrentavam deficiências sérias no que respeita a gestão, estruturas financeiras e
competências tecnológicas e organizativas; e 85% tinham deficiências sérias no que respeita a
marketing e atitudes de negócio. Um estudo do Banco Mundial, feito em 1999, indica que
dois terços das empresas estudadas não tinham acesso a finanças, maioritariamente porque os
juros são altos.2 Outros estudos demonstram a fraqueza das relações inter- e intraindustriais
entre todas as empresas em Moçambique, sejam elas pequenas, médias ou grandes, o que
contribui para a elevada dependência da produção em relação a importações.3 Portanto, as
empresas existentes, tal como estão, não fornecem uma base ampla para desenvolvimento e
articulação fácil com mega projectos, nem para o desenvolvimento da economia. No que
respeita a políticas e estratégias do governo, importa salientar três aspectos: não existem
políticas para enfrentar os problemas das empresas 1 CPI. 1999. “Linkage division, report on
6 month pilot programme”; e CPI. 1998. “Proposal to develop a linkage programme in
Mozambique”. 2 Biggs, T., J. Nasir and R. Fisman. 1999. “Structure and performance of
manufacturing in Mozambique” Regional Program of Enterprise Development (RPED).
World Bank: Washington DC. 3 Castel-Branco, C.N. 2002. “An investigation into the

7
political economy of industrial policy: the Mozambican case”. Unpublished PhD Thesis. Dep.
of Economics of the School of Oriental and African Studies. Univ. of London: London.

GESTÃO DE MEGAS E GRANDES EMPRESAS


DEFINIÇÃO DE EMPRESA.

Entende-se por Empresa qualquer entidade que, independentemente da sua forma jurídica,
exerce uma actividade económica. São nomeadamente, consideradas como tal, as entidades
que exercem uma actividade artesanal industrial ou outras actividades a títulos individuais ou
familiares, e ainda as sociedades de pessoas ou associações que exerçam regularmente uma
actividade económica. Definição das MGEs varia de acordo com a metodologia adoptada por
cada país, mais especificamente, pelo tamanho de cada mercado. O ambiente que caracteriza
tais organizações é melhor descrito de acordo com a forma de propriedade, grau de
informalidade, poder de mercado e nível de sofisticação tecnológica, que não está sempre
correlacionado com o tamanho da firma. O conceito das MGE`s tem sido muito discutido e
não existe um consenso entre os autores.

ANÁLISE DA GESTÃO DAS MGE’S


A política de gestão da empresa requer sempre passos e decisões acertadas, uma vez que è
influenciada permanentemente pelos fenómenos internos e externos de empresa e até muitas
vezes pelo dinamismo dos corpos dirigentes. Anteriormente a mudança não se operava com  
muita rapidez, por exemplo algo acontecia nos Estados Unidos, muitos anos depois passa a
ser aplicado num país de III mundo ou num outro continente. Entretanto, atualmente devido
ao fenómeno da globalização, tudo acontece no tempo real, visto que todas as comunidades
são afectadas pelo que se passa no mundo. Por isso, BULHÕES
(1999, p. 236), afirmou que “a globalização não é uma opção. É uma imposição de progresso
tecnológico nas áreas da comunicação e do
transporte”.

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 Pois, não é por acaso, que o mundo é considerado por muitos estudiosos, como o espaço
único e antes como aldeia global. Por exemplo, a situação da subida constante do preço do
petróleo no mundo afecta grandemente
o preço dos combustíveis em Moçambique, o que provoca a inflação e alteração geral a nível
Gestão empresarial é um assunto que interessa a negócios de todos os portes.

Ainda que estejamos falando de uma empresa individual, onde o dono faz tudo sozinho, é
imprescindível saber como conduzir ações voltadas ao crescimento sustentável do negócio.

Aliás, especialmente em pequenas e médias empresas, onde por vezes há mais tarefas do que
mãos disponíveis para realizá-las, a atenção deve ser redobrada.

Mas se você está ou almeja ocupar um cargo em um grande player do mercado, não pode
dispensar esse conhecimento.

Qualquer erro pode abreviar o sonho empreendedor e levar uma boa ideia de negócio ao
naufrágio.

É por isso que construímos este artigo com tudo sobre gestão empresarial.

Ao longo da leitura, você terá contato com conceitos, informações e dicas relevantes para
qualificá-lo para esse desafio.

Além de conhecer a definição de gestão empresarial, vamos destacar a sua importância,


benefícios, ferramentas e muito mais.

Você também vai descobrir como se tornar um gestor bem preparado e quando recorrer a
uma consultoria empresarial.

Confira os tópicos deste artigo:

O QUE É GESTÃO EMPRESARIAL


Gestão empresarial é uma estratégia de condução de negócios a melhores resultados,
partindo de ações que envolvem a organização de processos, o controle das finanças, a
administração dos recursos humanos e materiais e tudo aquilo que é essencial para a sua
manutenção.

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Perceba que estamos falando de um conceito amplo, já que é voltado a todas as áreas da
empresa.

E não poderia ser diferente, já que toda empresa é como uma máquina complexa, que
depende do funcionamento adequado de todos os seus setores para otimizar o desempenho e
alcançar resultados cada vez melhores.

Ser o dono do negócio não significa ser um gestor de empresa.


Para tanto, é imprescindível dominar conceitos e adotar as melhores práticas e ferramentas
voltadas à sobrevivência, crescimento e expansão dos negócios.

Não se trata de um luxo, mas de uma necessidade.

Ainda que a empresa na qual o gestor atue seja a única em seu mercado, o que é bastante
raro, ela só terá futuro se à frente dela estiver um profissional austero, competente e
comprometido.

Do contrário, ela irá patinar perante à concorrência e às instabilidades do mercado, tendo a


sua longevidade engolida pelos próprios erros.
No próximo tópico, ao falarmos sobre a importância da gestão empresarial, tudo isso vai ficar
mais claro para você.

Soluções De Consultoria

Os projetos de consultoria da FIA visam auxiliar organizações públicas e empresas da


iniciativa privada em várias áreas de atuação

Conheça as áreas de atuação

Qual A Importância Da Gestão Empresarial?

A gestão empresarial, como vimos, é um conceito abrangente.


Ela se relaciona com a definição de metas, organização de processos, planejamento
estratégico, análises de  custos, compras, vendas, pagamentos e recebimentos, contratações e
demissões, enfim, tudo o que envolve o ambiente de uma empresa.
Cada uma dessas áreas depende de boas práticas específicas de gestão, seja para cuidar
melhor  das finanças do negócio ou de seus colaboradores, por exemplo.

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Mas em sua definição macro, podemos entender que a gestão empresarial não é apenas
importante, mas fundamental para conduzir as ações no rumo certo.

Gastar mais do que fatura, manter equipamentos obsoletos, deixar de incrementar esforços de
produtividade ou não implantar processos eficientes de cobrança são falhas de gestão que
não tardam a cobrar seu preço.
Veja, por exemplo, alguns números recentes da economia no Brasil.

A Pesquisa Demografia de Empresas, divulgada pelo do IBGE (Instituto Brasileiro de


Geografia e Estatística) no final do ano passado, revelou que o país registra mais empresas
fechando do que abrindo – e que esse é um movimento que se repete há dois anos.
Em 2015, foram abertos 708,6 mil negócios, enquanto outros 713,6 mil fecharam as portas.

Apesar do desempenho ruim, foi superior ao registrado um ano antes, quando o saldo teve
944 mil empresas fechadas e 726,3 mil abertas.

Especificamente no setor comercial, os dados de 2016 também não foram nada animadores,
segundo o IBGE.

Foram 46.322 estabelecimentos encerrando as suas atividades no ano, com redução de 265


mil postos de trabalho.
Mas o que todas essas estatísticas negativas têm a ver com a gestão empresarial?
Infelizmente, a relação é total.

Em suas análises de mercado, o Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas


Empresas) já destacou em diferentes momentos os principais motivos que levam
empreendedores a fecharem as portas.
E as deficiências na gestão empresarial estão sempre no topo do ranking negativo.

Conforme a entidade, mais de 25% dos negócios não chegam ao segundo ano de vida.


Ela aponta como erros comuns o desconhecimento sobre o mercado, incluindo a
concorrência, os fornecedores e o público-alvo, assim como falhas no controle financeiro.
Então, ao se perguntar sobre a importância da gestão empresarial, entenda que, sem ela,
seu projeto de negócio não dará certo.
Simples e prático assim.

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COMO APLICAR A GESTÃO EMPRESARIAL
Aplicar a gestão empresarial depende basicamente de planejamento, indicadores de
desempenho, tecnologia e qualificação profissional.
É com essas armas que o gestor se torna apto a fazer frente aos desafios, que são diários e
inúmeros, exigindo conhecimento e muito jogo de cintura para manter a engrenagem ativa e
funcionando bem.
A partir desses princípios fundamentais, todo o entorno se organiza melhor, como iremos
destacar agora.

PLANEJAMENTO
Toda empresa precisa de metas.
Significa definir aonde ela almeja chegar para que seja possível estabelecer os passos para
isso.

A necessidade aparece antes mesmo de abrir as portas, no chamado plano de negócio –


instrumento que estabelece o passo a passo para tirar a ideia do papel.
Tal compromisso se mantém durante toda a sua existência, muitas vezes exigindo a revisão
de processos e ajustes para corrigir possíveis desvios.
Até mesmo medidas difíceis, como fechamento de unidades ou demissões de colaboradores,
exigem planeamento para que sejam colocadas em prática.

O objetivo é claro: mitigar riscos, minimizar danos e conduzir o negócio aos melhores


resultados.

Indicadores De Desempenho

Há uma frase famosa no marketing, atribuída a Philip Kotler, que diz que “o que não é
medido não é gerenciado”.
Ter indicadores de desempenho é uma forma de o gestor avaliar o seu negócio e identificar
se ele caminha no rumo certo, em direção à concretização de seus objetivos.
É um instrumento de gestão complementar ao planeamento.

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Você pode utilizar indicadores de desempenho de processos, como eficiência, produtividade,
qualidade e lucratividade, assim como outros relacionados ao desempenho estratégico.
Nesse último caso, é válido recorrer a ferramentas administrativas, como Análise SWOT,
5W2H e Balanced Scorecard – mais à frente, falaremos mais sobre elas.

Tecnologia

A gestão empresarial não é uma tarefa simples, mas já foi bem mais complicada.

Em um passado não muito distante, muitos dos controles e tarefas eram realizados apenas
manualmente, tomando tempo e exigindo maior esforço do gestor.

A boa notícia é que a tecnologia evoluiu a ponto de automatizar muitas tarefas.


Hoje, é possível encontrar no mercado diferentes sistemas de gestão empresarial,
conhecidos como ERP – Enterprise Resource Planning ou Sistema Integrado de Gestão
Empresarial, para os mais variados portes de empresa.
São softwares que conectam as diferentes áreas de um negócio, compartilham informações
e oferecem relatórios para análises detalhadas.
Uma venda, por exemplo, pode gerar informação ao financeiro (para cobrança), ao
administrativo (para faturamento e emissão de nota fiscal), ao estoque (para saída de item) e
para o departamento de compras (para reposição).

Tudo de forma automática.

Isso sem falar no registro da receita no fluxo de caixa, que é uma das mais importantes
ferramentas de controle financeiro em qualquer empresa.

Qualificação Profissional

Por fim, mas não menos importante, uma boa gestão empresarial depende de ter à frente do
negócio profissionais qualificados.

Isso vale tanto para a montagem de um time talentoso, quanto para a definição de
supervisores e gerentes preparados para o desafio, sem esquecer da formação do próprio dono
do negócio, que por vezes atua solitariamente na empresa.
Cursos técnicos, de graduação e pós-graduação são um requisito obrigatório para quem está
diante dessa missão.

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Ainda que uma consultoria de gestão empresarial seja contratada e que um bom
contador seja figura presente no negócio, o seu gestor não pode abdicar do compromisso e
responsabilidade.
E, para isso, ele precisa estar preparado e garantir que as pessoas ao seu redor também
estejam.

GESTÃO EMPRESARIAL PARA PME’S


Há um entendimento comum que engana pequenos e médios empresários, os quais por vezes
acreditam que a gestão em negócios desse porte é descomplicada, demandando menos
preocupações.

Esse é um erro grave, pois onde o faturamento é menor, os riscos à continuidade das


operações se acentuam.
É importante lembrar que as estatísticas do IBGE, sobre as quais já falamos, priorizam
esse perfil de empresa, já que elas representam 99% do total de empreendimentos no
país.
Logo, a alta taxa de mortalidade precoce e as frequentes falhas de gestão se direcionam
especialmente a elas.
Ainda que a crise seja externa, os reflexos são percebidos intramuros, o que exige controles
rigorosos e a mão firme do gestor para não deixar o barco afundar.
Em PMEs, a principal recomendação, portanto, é não subestimar essa necessidade.
Não é o tamanho de negócio que a determina. No máximo, ele é um indicador de
complexidade.

É verdade que nem sempre é possível manter um especialista em cada área, mas o custo de
soluções em gestão empresarial não é impeditivo para negócios de menor faturamento.
Com criatividade e um viés voltado à inovação, o empreendedor consegue organizar melhor
os processos e reunir dados que o auxiliem na tomada de decisão mais
assertiva.

GESTÃO EMPRESARIAL PARA GRANDES EMPRESAS


Grandes empresas demandam uma gestão mais complexa, com um maior número de
envolvidos e de aspetos a considerar.
Em muitas oportunidades, o desafio é tomar decisões rápidas sem deixar de atender às
hierarquias internas.
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Há protocolos e regulamentos a cumprir, análises que dependem de dados de diferentes
origens, reuniões gerenciais e toda uma burocracia que pode impor atrasos fatais em alguns
casos.
Ao mesmo tempo em que a gestão compartilhada é um ponto positivo em grandes empresas,
ela também representa um obstáculo.

Imprimir celeridade aos processos, portanto, é um dos principais pontos de atenção, mas não
único.

Grandes empresas precisam prestar contas a atores diferentes, inclusive a acionistas e ao


mercado, no caso daquelas de capital aberto, que negociam ações na bolsa de valores.
Há toda uma preocupação com a sua imagem, que pode ser facilmente arranhada e, desse
modo, prejudicar os negócios e seus resultados.

Até mesmo o maior poder financeiro pode se transformar de oportunidade em problema.


Todo o tipo de investimento só pode sair do papel depois de uma pesquisa aprofundada.

Veja o lançamento de um novo produto ou solução, por exemplo.

Isso demanda esforços financeiros em pesquisa e desenvolvimento, design, prototipagem e


divulgação, entre outros.

Até mesmo o que parece simples em um negócio de menor porte, como a contratação de um
novo colaborador, pode exigir a participação de diferentes pessoas em uma grande
empresa.

TIPOS DE GESTÃO EMPRESARIAL


Quando se fala em tipos de gestão empresarial, três são os principais modelos apontados
pela literatura: Cadeia de Valor, Ciclo de Inovação e Ciclo de Deming.
Vamos conhecer um pouco mais sobre eles:

 Cadeia de Valor: O conceito, introduzido por Michael Porter em 1985, parte da


análise de todas as
atividades da empresa para determinar o seu valor junto ao público e frente à
concorrência. Objetiva elevar a sua rentabilidade, reduzir custos e tornar o negócio
mais competitivo no mercado.
 Ciclo de Inovação: é voltado a processos criativos e de inovação, o que passa pela
criação, implementação e capitalização dos projetos. Todos os esforços têm esse
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direcionamento e o objetivo, mais uma vez, elevar a competitividade da empresa.
O conceito foi tratado por Joseph Schumpeter um dos principais autores e
pensadores da gestão.
 Ciclo de Deming: o modelo criado por William Edwards Deming, prevê que
toda e qualquer ação seja
cíclica, passando por quatro fases – planejar, desenvolver, checar e agir, por isso
conhecido como ciclo PDCA. Foca na melhoria contínua, agilizando as ações e
tornando a gestão mais eficiente.

FERRAMENTAS PARA GESTÃO EMPRESARIAL


Como já destacado ao longo deste artigo, administradores podem se valer de
diferentes ferramentas de gestão empresarial para qualificar processos e facilitar a sua
atuação.

Neste tópico, vamos trazer mais detalhes sobre as principais delas.

MATRIZ
Esse é um tipo de análise gráfica sobre o valor da empresa e das soluções que ela oferece.

Pode ser bastante útil para verificar qual a melhor estratégia a adotar para cada produto ou
serviço, assim como para o próprio negócio.

A Matriz BCG, criada por Bruce Henderson para a consultoria


empresarial americana Boston Consulting Group em 1970, classifica os itens conforme a
sua taxa de crescimento e participação de mercado, o que permite ao gestor adotar, a partir
daí, as medidas mais adequadas a cada um deles.

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BENEFÍCIOS DA GESTÃO EMPRESARIAL
Ao chegar até aqui, você certamente já identificou boas razões para se dedicar à gestão
empresarial ou selecionar profissionais competentes para isso.
Mas para que nenhuma dúvida reste, vamos relacionar agora os principais benefícios desse
processo no seu negócio.

 Tomada de decisões mais assertiva


 Visão integral e sistêmica sobre o negócio
 Conhecimento ampliado sobre o mercado
 Melhor uso do capital disponível
 Aumento da lucratividade
 Redução de custos
 Eleva a produtividade e a eficiência
 Qualifica os controles internos
 Ajuda a definir e a realizar metas
 Permite planejar a empresa no longo prazo
 Otimiza o tempo
 Amplia a organização
 Maior integração entre os departamentos
 Torna os processos mais seguros e menos suscetíveis a erros.

CONSULTORIA EM GESTÃO EMPRESARIAL


A consultoria em gestão empresarial oferece um atendimento especializado capaz
de ajudar o gestor a conduzir melhor suas ações e decisões à frente do negócio.

Esse é um serviço que pode ser utilizado tanto de forma genérica, sobre a empresa como um
todo, quanto para demandas específicas nas mais variada áreas, como finanças, recursos
humanos e marketing.

O diferencial está no conhecimento adquirido por experiências anteriores, nas quais


consultores já enfrentaram e venceram desafios idênticos ou no mínimo parecidos.

Além disso, esse olhar externo é livre de vícios, considerando que nem sempre é fácil
enxergar falhas ou a necessidade de promover mudanças no próprio negócio.

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Mas atenção: não se trata de terceirizar a gestão, pois o administrador precisa participar,
tanto com seu conhecimento e visão, quanto com a disposição em fornecer dados e
informações necessários.

Ao seguir essas dicas, é provável que você chegue até a FIA (Fundação Instituto de
Administração).

São 38 anos de experiência na prestação de serviços de consultoria e pesquisa e mais de


5.000 projetos realizados.

Além disso, a partir da Rede Evolue, a FIA promove a evolução de empresas ao oferecer
consultoria, software e educação executiva, seja de modo integrado ou em módulo

Bibliografia
 BULHÕES, Félix Em Busca da Qualidade, Da Central do Brasil aos Caminhos do
Desenvolvimento Sustentável, Record, Rio de Janeiro, 1999.
 CHIAVENATO, Idalberto - Recursos Humanos, Editora Atlas S.A, 8ªed.São Paulo,
2004.
 DIAS, Álvaro Lopes, Princípios de Marketing Internacional, Campeões Portugueses
noEstrangeiro, Editora Lidel, Lisboa 2005.
 Europa, Política Industrial na Europa
Alargada,(htt://Europa.eu.int/scadplus/leg/pt/lvb/n26026htm, consultado em
129/08/2014).
 KOTLER, Philip; KELLER, Kevin Lane - Administração de Marketing, Pearson
Prentice Hall,12ª ed. São Paulo, 2006.
 LINDON, Denis; LENDREVIE, Jacques - Mercator, Publicações Dom Quixote, 9ªed,
Lisboa,2000.
 Leebaert Derek, Como as Pequenas Empresas Contribuem para a Expanção
Económica dos EUA,

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(http://usinfo.state.gov/journals/ites/0106/ijep/leebaert.htm,consultado em
09/09/2014).

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