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UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MOÇAMBIQUE

FACULDADE DE ECONOMIA DE GESTÃO

LICENCIATURA EM GESTÃO DE EMPRESAS

ECONOMIA DA EMPRESA E A TEORIA ECONÓMICA

Nomes dos Estudantes

ANACLETO MARCELINO

BRUNO KAKAMA

CLESIO LOPES

DAISY NHAMITE

ÉMERSON MELO

LEANDRO RODRIGUES

LUANA MUNOZ

MANUEL WAN PONE

Beira, Setembro de 2023


UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MOÇAMBIQUE

FACULDADE DE ECONOMIA DE GESTÃO

LICENCIATURA EM GESTÃO DE EMPRESAS

ECONOMIA DA EMPRESA E A TEORIA ECONÓMICA

Nomes dos Estudantes

ANACLETO MARCELINO

CLESIO LOPES

DAISY NHAMITE

BRUNO KAKAMA

ÉMERSON MELO

LEANDRO RODRIGUES

LUANA MUNOZ

MANUEL WAN PONE

Docente:

Msc: Luís Natal

Beira, Setembro de 2023


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Índice
CAPITULO I: INTRODUÇÃO..................................................................................................4
CAPITULO II: REVISÃO LITERÁRIAS.................................................................................5
2.1. Economia da empresa e a teoria económica........................................................................5
2.1.1. Economia de Empresa:.....................................................................................................5
2.1.2. Teoria Económica:............................................................................................................5
2.2. Empresas e seus objectivos..................................................................................................6
2.3. Maximização de lucros e maximização de riqueza..............................................................7
2.3.1.Maximização de Lucro......................................................................................................7
2.3.1.1. Vantagens:......................................................................................................................8
2.3.1.2. Críticas:..........................................................................................................................8
2.3.2. Maximização de Riqueza..................................................................................................8
2.3.2.1. Vantagens:......................................................................................................................9
2.3.2.2. Críticas:........................................................................................................................10
2.3.3. Principais diferenças entre maximização de lucros e maximização de riqueza..............10
CAPITULO III: CONCLUSÃO...............................................................................................11
Referências bibliográficas.........................................................................................................12
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CAPITULO I: INTRODUÇÃO
A economia de empresa e a teoria económica são áreas cruciais no entendimento do
funcionamento das empresas e da economia como um todo. Dentro desse contexto, as
empresas têm objectivos que vão além da simples busca pelo lucro, incluindo considerações
sobre responsabilidade social, inovação e satisfação do cliente. Além disso, dois objectivos
financeiros notáveis que as empresas podem adoptar são a maximização dos lucros e a
maximização das riquezas dos accionistas.

Objectivo

Objectivos gerais

Abordar sobre a economia de empresa e a teoria economia

Objectivos específicos

a) Identificar os objectivos das empresas


b) Descrever os objectivos das empresas
c) Diferenciar a Maximização de lucros e maximização de riqueza
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CAPITULO II: REVISÃO LITERÁRIAS


2.1. Economia da empresa e a teoria económica
A economia de empresa e a teoria económica são duas áreas inter-relacionadas, mas
distintas, no campo da economia.

2.1.1. Economia de Empresa:


Segundo Alves Filho (2001), a economia de empresa, também conhecida como
economia das empresas ou economia empresarial, concentra-se na análise das decisões e
operações das empresas em um ambiente de mercado. Ela se preocupa em entender como as
empresas funcionam, tomam decisões de produção, precificação, alocação de recursos e como
buscam maximizar seus objectivos, como lucro e crescimento. Alguns dos principais tópicos
abordados na economia de empresa incluem a teoria da firma, estratégia empresarial, gestão
de recursos humanos, marketing, finanças corporativas e organização industrial.

2.1.2. Teoria Económica:


De acordo com Mankiw (2019), a teoria económica é um campo mais amplo que busca
entender o funcionamento geral da economia como um todo. Ela se divide em dois ramos
principais:

 Microeconomia: A microeconomia se concentra no estudo do comportamento


económico de agentes individuais, como consumidores, empresas e governos. Ela
explora como esses agentes tomam decisões em relação a alocação de recursos
escassos, precificação, oferta e demanda, concorrência e monopólio, entre outros
tópicos. A microeconomia é fundamental para a compreensão das interacções de
mercado e das decisões de empresas e consumidores.

 Macroeconomia: A macroeconomia, por outro lado, se preocupa com a economia


como um todo. Ela investiga tópicos como inflação, desemprego, crescimento
económico, políticas fiscais e monetárias, e como factores macroeconómicos afectam
a economia de um país ou região.

No entanto, ambas a economia de empresa e a teoria económica são áreas essenciais no


estudo da economia, e muitas vezes estão interligadas. A economia de empresa fornece uma
aplicação prática dos princípios microeconómicos à gestão empresarial, enquanto a teoria
económica oferece uma visão mais ampla dos fenómenos económicos em uma economia em
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escala macro ou micro. Ambas desempenham um papel fundamental no entendimento do


funcionamento do mundo económico.

2.2. Empresas e seus objectivos


As empresas têm diversos objectivos que guiam suas operações e estratégias. Conforme
Ferreira, (2015), esses objectivos podem variar dependendo da natureza da empresa, do sector
em que atuam, das circunstâncias económicas e das metas específicas de seus proprietários ou
gestores. Aqui estão alguns dos objectivos mais comuns que as empresas buscam alcançar:

a) Lucro: Este é um dos objectivos mais fundamentais das empresas. Elas buscam gerar
lucro ao vender produtos ou serviços por um preço maior do que os custos de produção,
incluindo custos operacionais e de investimento. O lucro é essencial para a
sustentabilidade e o crescimento do negócio.
b) Crescimento: Muitas empresas buscam expandir suas operações e aumentar sua presença
no mercado. Isso pode envolver o aumento das receitas, a abertura de novas unidades ou
filiais, a entrada em novos mercados geográficos ou o lançamento de novos produtos.
c) Satisfação do Cliente: Manter e conquistar a satisfação dos clientes é crucial para o
sucesso a longo prazo. Empresas que priorizam esse objectivo tendem a construir
relacionamentos duradouros e a manter uma base de clientes fiel.
d) Inovação: A busca pela inovação é importante para a diferenciação e a competitividade.
Empresas inovadoras procuram desenvolver produtos ou serviços melhores, mais
eficientes ou mais avançados tecnologicamente.
e) Responsabilidade Social e Sustentabilidade: Muitas empresas se comprometem com a
responsabilidade social corporativa, contribuindo para as comunidades em que operam e
adoptando práticas sustentáveis para minimizar seu impacto ambiental.
f) Eficiência Operacional: Reduzir custos, optimizar processos e aumentar a eficiência são
objectivos comuns para melhorar a rentabilidade e a competitividade.
g) Retorno para os Accionistas: Empresas de capital aberto têm o objectivo de
proporcionar um retorno financeiro aos accionistas por meio de dividendos e valorização
das acções.
h) Cultura Organizacional: Estabelecer uma cultura organizacional sólida e positiva pode
ser um objectivo importante para atrair e reter talentos, bem como promover a coesão
interna e a eficácia operacional.
i) Diversificação de Riscos: Algumas empresas buscam diversificar seus negócios para
reduzir o risco, investindo em diferentes sectores ou mercados.
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j) Conformidade Regulatória: Cumprir as leis e regulamentações governamentais é


fundamental para evitar problemas legais e reputacionais.
k) Criação de Valor a Longo Prazo: Algumas empresas adoptam uma abordagem de
criação de valor a longo prazo, concentrando-se em estratégias que aumentem o valor da
empresa ao longo do tempo, em vez de buscar ganhos de curto prazo.

No entanto, é importante notar que esses objectivos não são mutuamente exclusivos e
podem se sobrepor em muitos casos. A combinação de objectivos varia de empresa para
empresa e depende de diversos factores, incluindo a missão da empresa, o ambiente de
mercado e as preferências dos proprietários ou gestores. Além disso, as prioridades de uma
empresa podem evoluir ao longo do tempo em resposta a mudanças no ambiente empresarial
e económico.

2.3. Maximização de lucros e maximização de riqueza


2.3.1.Maximização de Lucro

Segundo Blanchard & Illing (2016), a maximização dos lucros se refere à busca por
alcançar o maior lucro possível em um determinado período de tempo, geralmente trimestral
ou anual, ou seja, é a capacidade da firma em produzir saída máxima com a entrada limitada,
ou usa entrada mínima para produzir saída declarada. É denominado como o principal
objectivo da empresa.

Tem sido tradicionalmente recomendado que o motivo aparente de qualquer


organização empresarial seja obter lucro, é essencial para o sucesso, sobrevivência e
crescimento da empresa. O lucro é um objectivo de longo prazo, mas tem uma perspectiva de
curto prazo, ou seja, um exercício financeiro.

Segundo Maximiano (2017), o objectivo principal da maximização dos lucros é gerar


um excedente entre as receitas geradas pelas vendas de produtos ou serviços e os custos
associados à produção e operação da empresa. Esse excedente, conhecido como lucro, é a
recompensa para os proprietários ou accionistas da empresa.

O lucro pode ser calculado deduzindo o custo total da receita total. Através da
maximização do lucro, uma empresa pode ser capaz de determinar os níveis de entrada-saída,
o que dá a maior quantidade de lucro. Portanto, o director financeiro de uma organização deve
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tomar sua decisão no sentido de maximizar o lucro, embora não seja o único objectivo da
empresa. (Blanchard & Illing, 2016).

A maximização dos lucros geralmente se concentra em um horizonte temporal de


curto prazo. As empresas buscam maximizar os lucros no período imediato, como trimestres
ou anos fiscais. O desempenho da empresa é frequentemente avaliado por meio de
indicadores financeiros, como o lucro líquido. As decisões operacionais e estratégicas são
tomadas com base na busca por resultados financeiros positivos e na minimização de custos.

2.3.1.1. Vantagens:

 Foco claro na rentabilidade: A maximização dos lucros fornece um objectivo claro e


mensurável para a empresa.
 Facilita a avaliação de desempenho: É relativamente fácil avaliar o desempenho
financeiro da empresa com base nos lucros.

2.3.1.2. Críticas:

 Práticas de curto prazo: A busca incessante pelo lucro a curto prazo pode levar a
decisões que sacrificam a sustentabilidade e a estratégia de longo prazo.
 Qualidade comprometida: Em alguns casos, as empresas podem cortar custos de forma
excessiva, prejudicando a qualidade de seus produtos ou serviços.
 Responsabilidade social negligenciada: A maximização dos lucros muitas vezes não
considera adequadamente questões éticas e sociais

2.3.2. Maximização de Riqueza

A maximização das riquezas, também conhecida como maximização da riqueza dos


accionistas, é um objectivo financeiro que difere da maximização dos lucros. Nesse contexto,
a empresa busca aumentar o valor total da empresa a longo prazo, beneficiando seus
accionistas.

Para Rocha (2017) a maximização da riqueza é a capacidade de uma empresa de


aumentar o valor de mercado de suas acções ordinárias ao longo do tempo. O valor de
mercado da empresa é baseado em muitos factores, como a boa vontade, vendas, serviços,
qualidade dos produtos, etc.
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Segundo Maximiano (2017), a Maximização das Riquezas tem como objectivo principal a
criação sustentável de valor para os accionistas ao longo do tempo. Isso é alcançado não
apenas por meio dos lucros atuais, mas também pelo aumento do preço das acções e pela
valorização dos activos da empresa.

No entanto, o objectivo versátil da empresa e altamente recomendado critério para


avaliar o desempenho de uma organização empresarial. Isso ajudará a empresa a aumentar sua
participação no mercado, obter liderança, manter a satisfação do consumidor e muitos outros
benefícios também estão presentes.

De acordo com Samuelson & Nordhaus (2019). a maximização de riqueza tem sido
universalmente aceito que o objectivo fundamental da empresa é aumentar a riqueza de seus
accionistas, como são os proprietários do empreendimento, e eles compram as acções da
empresa com a expectativa de que ela retornará após um período. Isso indica que as decisões
financeiras da empresa devem ser tomadas de maneira a aumentar o património líquido do
lucro da empresa. O valor é baseado em dois factores:

a) Taxa de lucro por acção


b) Taxa de capitalização

O horizonte temporal desse objectivo é de médio a longo prazo. Ele se concentra na


construção de valor ao longo do tempo e não está limitado a resultados de curto prazo. O
desempenho é avaliado pelo aumento do valor de mercado da empresa e pelo retorno sobre o
investimento para os accionistas. Isso envolve o aumento do preço das acções e a distribuição
de dividendos.

2.3.2.1. Vantagens:

 Abordagem de longo prazo: A Maximização das Riquezas incentiva as empresas a


tomar decisões que promovam a sustentabilidade e a criação de valor a longo prazo.
 Consideração de todos os stakeholders: Essa abordagem tende a levar em conta os
interesses de todos os stakeholders, não apenas os accionistas, promovendo a
responsabilidade social corporativa.
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2.3.2.2. Críticas:

 Priorização dos accionistas: Críticos argumentam que essa abordagem pode priorizar
os interesses dos accionistas em detrimento de outros stakeholders, como funcionários
e comunidades.
 Complexidade de avaliação: Medir o desempenho com base no valor de mercado da
empresa e no retorno para os accionistas pode ser mais complexo do que simplesmente
olhar para o lucro.

2.3.3. Principais diferenças entre maximização de lucros e maximização de riqueza

Segundo Vasconcellos & Garcia (2015), as diferenças fundamentais entre maximização


do lucro e maximização da riqueza são explicadas nos pontos abaixo:

1. O processo pelo qual a empresa é capaz de aumentar a capacidade de ganho conhecida


como Maximização de Lucro. Por outro lado, a capacidade da empresa em aumentar o
valor de seu estoque no mercado é conhecida como maximização da riqueza.
2. A maximização do lucro é um objectivo de curto prazo da empresa, enquanto o
objectivo de longo prazo é maximização da riqueza.
3. Maximização de lucro ignora risco e incerteza. Ao contrário da maximização da
riqueza, que considera ambos.
4. A maximização de lucro evita o valor do dinheiro no tempo, mas a maximização da
riqueza reconhece isso.
5. Lucro A maximização é necessária para a sobrevivência e crescimento do
empreendimento. Por outro lado, a Maximização da Riqueza acelera a taxa de
crescimento da empresa e visa alcançar a máxima participação de mercado da
economia.
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CAPITULO III: CONCLUSÃO


` Em um mundo empresarial complexo e em constante evolução, a escolha entre a
maximização dos lucros e a maximização das riquezas dos accionistas não é uma decisão
trivial. Ambos os objectivos têm suas vantagens e desvantagens. A maximização dos lucros
pode proporcionar um foco claro na rentabilidade imediata, mas também pode incentivar
práticas de curto prazo e ignorar considerações éticas e sociais. Por outro lado, a maximização
das riquezas dos accionistas promove uma abordagem de longo prazo, considera
responsabilidade social e inclui uma visão mais ampla de valor empresarial, mas pode ser
criticada por priorizar os accionistas em detrimento de outros stakeholders.

A complexidade da gestão empresarial requer um equilíbrio entre esses objectivos e


uma compreensão abrangente dos impactos que cada um deles pode ter nas empresas, nos
mercados e na sociedade como um todo. A economia de empresa e a teoria económica
continuam a evoluir para incorporar essas nuances, reflectindo a interconexão e a
interdependência entre as empresas e a economia global. Portanto, ao enfrentar essas decisões,
as empresas devem considerar cuidadosamente seu contexto, missão e valores, reconhecendo
que o sucesso a longo prazo muitas vezes requer um equilíbrio entre a busca pelo lucro e a
criação sustentável de valor para todas as partes interessadas.
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Referências bibliográficas
Alves Filho, A. (2001). Pessoas na organização: fatores de produção ou fonte de poder
estratégico. Revista de Ciências da Administração, 3(1), Florianópolis: Imprensa Universitária

Blanchard, O. J., & Illing, G. (2016). "Macroeconomia." Pearson.

Bruni, L. A., Finkler, M. C. O., & Lopes, H. V. (2015). "Economia Brasileira


Contemporânea." Atlas.

Ferreira, J. E. (2015). "Economia Empresarial." Editora Atlas.

Mankiw, N. G. (2019). "Princípios de Economia." Grupo Gen.

Maximiano, A. C. A. (2017). "Teoria Geral da Administração." Editora Atlas.

Pindyck, R. S., & Rubinfeld, D. L. (2017). "Microeconomia." Grupo Gen.

Rocha, F. J. (2017). "Administração Financeira e Orçamentária." Editora Saraiva.

Samuelson, P. A., & Nordhaus, W. D. (2019). "Economia." Grupo Gen.

Vasconcellos, M. A. S., & Garcia, M. A. (2015). "Economia Micro e Macro." Editora Saraiva.

Vasconcellos, M. A. S., & Garcia, M. A. (2019). "Fundamentos de Economia." Editora


Saraiva.

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