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INSTITUTO SUPERIOR DE CIÊNCIAS E EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

Departamento de Ciências sociais e Humanas Curso de Licenciatura em Direito

Cadeira de Direito Económico

TÍTULO: EVOLUÇÃO DAS CONSTITUIÇÕES ECONÓMICAS NO


ORDENAMENTO JURÍDICO MOÇAMBICANA

Discente:

Dandoga Chivaca

Julho de 2020
TÍTULO: EVOLUÇÃO DAS CONSTITUIÇÕES ECONÓMICAS NO
ORDENAMENTO JURÍDICO MOÇAMBICANO

Discente:

Dandoga Chivaca

Trabalho de caracter de revisão de


literaturas, a pedido a corpo do docente
referente a cadeira de Direito Económico
considerado para fins avaliativos.

Julho de 2020
Indice:

I. INTRODUÇÃO_________________________________________________________iii

1.1. Contextualização_____________________________________________________iii

1.2. Objectivo___________________________________________________________iii

1.2.1. Gerais__________________________________________________________iii

1.2.2. Específicos______________________________________________________iii

II. REVISÃO DAS LITERATURAS____________________________________________4

2.1. Economia Moçambicana________________________________________________4

2.1.1. A reconstrução da economia_________________________________________4

2.1.2. Força de trabalho por ocupação_______________________________________4

2.1.3. Principais parceiros de exportação_____________________________________4

2.1.4. Importação_________________________________________________________5

2.1.4. Agricultura_______________________________________________________5

2.2. Evolução constitucional________________________________________________5

2.2.1. Constituição de 1975_______________________________________________5

2.2.2. Constituição de 1990_______________________________________________6

2.2.3. Constituição de 2004_______________________________________________7

III. CONCLUSÃO________________________________________________________10

IV. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS______________________________________11


I. INTRODUÇÃO

1.INTRODUÇÃO

O presente trabalho do módulo de Ecológia e Gestão Ambiental, tem como foco trazer
abordagem sobre a Gestão Ambiental nas Empresas. Gestão ambiental é a parte da função
gerencial que trata, determina e implementa a política de meio ambiente estabelecida para a
empresa. Ou por outras, é a tentativa de avaliar valores e limites das perturbações e alterações
que, uma vez excedidos, resultam em recuperação demorada do meio ambiente, e de manter
os ecossistemas em condições de absorver transformações ou impactos, de modo a maximizar
a recuperação dos recursos do ecossistema natural para o homem, assegurando sua
produtividade prolongada a longo prazo". Desta maneira, implementar um sistema de gestão
ambiental em uma organização implica em alterações em políticas, estratégias, reavaliação de
processos produtivos e principalmente, no modo de agir.

A mudança de comportamento não se refere somente à introdução da filosofia de proteção ao


meio ambiente nas atividades organizacionais, na verdade, implica em uma revisão de valores
também das pessoas que trabalham na organização. E assim alcançar uma administração
realmente ecológica.1.2 OBJECTIVOS:

1.2.1 Objectivo Geral

Descrever Sobre a Gestão Ambiental nas Empresas1.2.2 Objectivos EspécificosFalar da


importância da gestão ambiental para as empresas:

Identificar os Benefícios da Gestão Ambiental;

Descrever as necessidades da Gestão Ambiental.

2.GESTÃO AMBIENTAL NAS EMPRESAS

2.1 Gestão Ambiental

A Gestão Ambiental é a relação do ser humano com o meio ambiente, e tem como objetivo
principal diminuir os impactos negativos causados por atividades econômicas. O profissional,
conhecido como gestor ambiental, deve se preocupar com o uso dos recursos naturais, e
encontrar maneiras para reduzir os impactos ambientais produzidos pela exploração do
homem.

A gestão ambiental abrange três grandes áreas: econômica, social e ambiental. A atuação do
gestor ambiental está relacionada, principalmente, às atividades econômicas que podem gerar
algum impacto na sociedade e no meio ambiente.

O gestor ambiental pode ser considerado um administrador do meio ambiente, pois é esse
profissional que decide questões relacionadas ao impacto das atividades produtivas no meio
ambiente e também à exploração dos recursos naturais, como já explicamos.

2.2 Importancia da Gestão Ambiental

A crescente conscientização ambiental da sociedade aumentou a pressão sobre a comunidade


empresarial de que os padrões de produção e consumo correntes são insustentáveis. Assim, as
empresas entenderam que, para continuarem funcionando, terão que integrar, cada vez mais,
componentes ambientais a suas estratégias comerciais e seu planejamento estratégico.
Atualmente, as empresas que oferecem mais informações sobre o seu desempenho ambiental
melhoram as relações com acionistas, fornecedores e consumidores, e isso representa uma
vantagem de mercado. Normalmente, a implementação de um sistema de gestão ambiental é
um processo voluntário. O grande motivo para a implantação desse sistema é que o meio
ambiente representa ao mesmo tempo riscos e oportunidades, para que uma empresa seja
bem-sucedida ela deve controlar os riscos e desenvolver as oportunidades.

Ao optar pela implantação de um SGA, as companhias não recebem apenas benefícios


financeiros, como economia de matéria-prima, menores gastos com resíduos, aumento na
eficiência na produção e vantagens de mercado, mas sim, estão também diminuindo os riscos
de não gerenciar adequadamente seus aspectos ambientais, como acidentes, multas por
descumprimento da legislação ambiental, incapacidade de obter crédito bancário e outros
investimentos de capitais, e perda de mercados por incapacidade competitiva.

2.3 Benefícios da adoção de um Sistema de Gestão Ambiental (SGA):Conformidade legal,


evita: Penalidades; Indenizações civis e processo criminal; Menor tolerância das autoridades;
Paralisação das atividades; Mudança de local.Melhoria da imagem da companhia (reputação),
pois:Os consumidores preferem produtos ecologicamente corretos, e o mercado reconhece e
valoriza organizações ambientalmente corretas cada vez mais;Instituições financeiras e
seguradoras avaliam o desempenho ambiental das empresas;Transparência e empresas
“limpas” são bem vistas;Melhoria da competitividade (vantagem de mercado),
pois:Compromisso ambiental é prática básica no comércio internacional;Consumidores mais
influentes começam a exigir critérios ambientais;Padrões internacionais mais rigorosos para
acesso a mercados;

Com a globalização da economia mundial e a criação de grandes blocos internacionais, como


a União Européia, o cuidado com o meio ambiente passa a ser um fator estratégico.

Redução de custos, devido à:Minimização dos desperdícios de matéria-prima e


insumos;Eliminação de risco de passivo ambiental e despesas dele decorrentes;Conformidade
junto à matriz e/ou clientes;Prevenir problemas X Corrigir problemas (minimiza despesas
com remediação e multas);Melhoria contínua (estar sempre um passo adiante dos
concorrentes).

Como comentamos, o novo perfil do mercado e do consumidor, aliado às legislações vigentes,


fazem com que a gestão ambiental seja uma área que não pode ser deixada de lado por
organizações de todos os portes.O Sistema de Gestão Ambiental determina como as
organizações deverão realizar a gestão de meio ambiente, os indicadores que precisarão ser
monitorados, a forma como os processos afetarão o meio ambiente, entre outros.

2.4 Normas que gerência a Gestão Ambiental

A série de normas ISO 14000 estabelecem requisitos para as organizações que desejam obter
um SGA e que buscam uma certificação, e com isso reduzirem os danos que suas atividades
causam no meio ambiente. A ISO 14001 é uma norma internacional e responsável por
regulamentar o SGA. Ela estabelece requisitos de implementação e operação. Engana-se
quem pensa que um SGA só é aplicável em grandes organizações, pelo contrário, qualquer
empresa pode implantar o seu sistema de Gestão Ambiental e obter uma certificação. O SGA
promove revisões do processo produtivo e sua relação com o meio ambiente, social e
econômico, identificando as atividades poluidoras, desperdício de matéria-prima e energia e
organiza uma sistemática de monitoramento do Sistema.

A implantação do SGA é o primeiro passo das empresas em busca do desenvolvimento


sustentável, convergindo seus interesses técnicos, econômicos e comerciais à redução dos
impactos ambientais causados por suas atividades. Alcançando, assim, seu principal objetivo
que é promover o equilíbrio entre a proteção ambiental e as necessidades socioeconômicas.
Qualquer empresa pode implantar um sistema de Gestão Ambiental. O primeiro passo é
mapear as atividades que a empresa realiza e identificar quais são os impactos gerados por
cada uma delas no meio ambiente. Depois de identifica-los, são definidas as propostas de
controle e de soluções tecnológicas como uma maneira de minimizar os impactos, baseando-
se nas exigências legais de cada ramo.

Depois do estabelecimento destas propostas será composta a Política Ambiental da empresa,


que visa disseminar e divulgar os próximos passos deste processo aos clientes internos e
externos. Após isso, a empresa deve definir os objetivos e as metas ambientais que estão de
acordo coma política adotada, assim como estabelecer quais ações precisam ser tomadas a fim
de que tais objetivos e metas sejam alcançadas. Os resultados possíveis que podem ser obtidos
pela empresa vão além da sustentabilidade. Ao se comprometerem com as políticas de
respeito ao meio ambiente, as empresas: Utilizam os recursos naturais de forma racional,
evitando desperdício e reutilizando matéria-prima, diminuindo o consumo de água e energia.
Adotam sistemas de reciclagem que diminuem o descarte inadequado de resíduos; incentivam
a elaboração e a reavaliação de produtos e serviços que tenham menores impactos no meio
ambiente. Investem no incentivo dos colaboradores quanto à sustentabilidade.

2.5 Implementação do SGA

A implementação garante as condições para o cumprimento dos objetivos elaborados durante


o planejamento e implementa as ferramentas e estruturas necessárias para a execução das
ações. Essas estruturas são:Estrutura Organizacional e Responsabilidade;Treinamento,
Conscientização e Competência;Comunicação;Documentação do Sistema de Gestão
Ambiental;Controle de Documentos;Controle Operacional;Preparação e atendimento a
emergências.

2.6 Monitoramento e VerificaçãoEsta é a etapa de análise, de maneira qualitativa e


quantitativa, e monitoramento da empresa para verificar se está em conformidade com o
programa de gestão ambiental previamente definido. Identificando aspectos não desejáveis
para reduzir seus impactos negativos. E este monitoramento e verificação são orientados por
quatro etapas do processo de gestão ambiental:Monitoramento e medição;Não-conformidade
e ações Corretivas e preventivas;Registros e auditoria do SGA.

2.7 Revisão Gerencial A Revisão Gerencial promove a melhoria contínua das ações
ambientais da empresa, através da revisão e melhoramento da política ambiental. Nessa etapa,
é possível identificar a necessidade de prováveis alterações na política ambiental, nos
objetivos e metas, ou em outros pontos do sistema. Promovendo a revisão do processo de
gestão e de melhoria da organização.

2.8 Necessidades da Gestão Ambiental.

Por danos e efeitos ambientais possíveis de ocorrerem durante o ciclo de vida do produto
estão compreendidos todos os impactos sobre o meio ambiente, inclusive, a saúde humana,
decorrentes da obtenção e transporte de matérias-primas, da transformação, ou seja, a
produção propriamente dita, da distribuição e comercialização, do uso dos produtos, da
assistência técnica e destinação final dos bens. Devemos salientar que a empresa é a única
responsável pela adoção de um SGA e, por conseguinte, de uma política ambiental. Só após
sua adoção, o cumprimento e a conformidade devem ser seguidos integralmente, pois eles
adquirem configuração de “sagrados”. Portanto, ninguém é obrigado a adotar um SGA e/ou
Política Ambiental; depois de adotados, cumpra-se o estabelecido sob pena da organização
cair em um tremendo descrédito no que se refere às questões ambientais.

Diante da perplexidade mundial frente aos efeitos ambientais resultantes da atuação do


homem sobre a natureza, percebe-se finalmente que o crescimento econômico da maneira
como tem sido conduzido só pode levar a um resultado: caos. A análise das práticas de
controle de qualidade mostra que não basta somente qualidade de produto e de processo,
precisa-se de qualidade ambiental. E esta só pode ser alcançada com o comprometimento não
só do governo e dos indivíduos, mas também do meio empresarial. Entre as tecnologias
disponíveis, as normas e regulamentos para sistemas de gestão ambiental são um esforço no
sentido de as organizações assumirem suas responsabilidades frente ao futuro do planeta. A
compreensão do processo de gestão ambiental faz a grande diferença quando da constatação
dos resultados empresariais. Tomados juntos o crescimento econômico, a deterioração
ambiental, o aumento das tendências em direção à transparência dos processos industriais e o
crescimento dos custos de desobediência às regulamentações ambientais, implica-se uma
necessidade de minimizar o impacto ambiental das atividades organizacionais e,
simultaneamente, manter ou aumentar os níveis de produtividade em um mercado competitivo
global. Assim, o grande desafio das organizações é conciliar o crescimento econômico com a
preservação dos recursos naturais.

No sentido de mudar o paradigma do crescimento econômico ilimitado e para atender às


pressões por uma maior qualidade ambiental, a gestão ambiental propõe um sistema onde há a
possibilidade de desenvolvimento de uma produção ecologicamente correta, de construção de
uma cultura baseada em valores ambientais e, além disso, de que tudo isso seja adaptado à
realidade de cada organização. Na visão do gerenciamento ecológico, as preocupações sociais
e ambientais não devem competir. Se as questões sociais, trabalhistas ou culturais parecerem
conflitar com a pauta ambiental, a empresa pode estar no caminho errado. A gestão ambiental
inclui não só a preocupação com o meio ambiente enquanto recursos naturais, mas também
uma relação de respeito com a sociedade. Sociedade esta que, cada vez mais, se mostra mais
consciente quanto à questão ambiental. A pressão da sociedade também é um dos fatores que
leva as empresas à mudança de comportamento. Cresce então a responsabilidade social das
organizações neste contexto de mudança de valores na sociedade. Mudanças essas que
incluem a responsabilidade de ajudar a sociedade a resolver alguns de seus problemas sociais,
muitos dos quais as próprias organizações ajudaram a criar.

Menciona Donaire (1995) o contrato social entre empresa e sociedade, ou seja, a sociedade dá
à organização a liberdade de existir e trabalhar por um objetivo legítimo. O pagamento dessa
liberdade é a contribuição da empresa com a sociedade. Os termos deste contrato estão
permanentemente sendo reavaliados de acordo com as modificações que ocorrem no sistema
de valores da sociedade. E entre as mudanças mais evidentes atualmente, no que se refere à
questão ambiental, é a percepção de que crescimento econômico não está necessariamente
relacionado ao progresso social. Muitas vezes, está associado à deterioração física do
ambiente, condições insalubres de trabalho, exposição a substâncias tóxicas, discriminação de
certos grupos sociais e outros problemas sociais. As pressões sociais que impõe à alta
administração a obrigatoriedade de direcionar suas ações de modo a ter um comportamento
ecologicamente correto, contam com a contribuição de diversos agentes de mudança. Os
agentes são o governo, a sociedade, as empresas e as organizações internacionais e nacionais
de administração ambiental, os quais exercem pressões em direção à mudança.

As empresas estão sob uma crescente pressão para mudar. De acordo com Kinlaw
(1997), as pressões sobre as empresas para que respondam às questões ambientais
incluem:

1. Observância da lei. A quantidade e o rigor cada vez maiores das leis e regulamentos.

2. Multas e custos punitivos. As multas por não-cumprimento da lei e custos incorridos com
respostas a acidentes estão crescendo em freqüência e número.

3. Organizações ativistas ambientais. Tem havido uma proliferação desses grupos em níveis
internacionais, nacional, estadual e local.
4. Cidadania despertada. Os cidadãos estão ficando informados e estão buscando uma série de
canais pelos quais possam expressar seus desejos ao mundo empresarial.

5. Sociedades e associações. Associações de classe, de comércio e várias coalizões estão


dando início a programas que possam influenciar um comportamento empresarial voltado ao
meio ambiente.

6. Códigos internacionais de desempenho ambiental, e a "Carta do Meio Empresarial pelo


Desenvolvimento Sustentável"

7. Investidores. O desempenho ambiental das empresas e o potencial risco financeiro do


desempenho fraco (multas, custos de despoluição e custas de processos) ajudarão a determinar
o quão atraente serão suas ações para os investidores.

8. Consumidores. Os consumidores estão em busca de produtos e serviços que preservem o


meio ambiente e se tornando informados o bastante para questionar as campanhas maciças de
propaganda ambiental.

9. Mercados globais. A concorrência internacional existe hoje no contexto de uma enorme


gama de leis ambientais que não mais permitirão que empresas de países desenvolvidos
exportem sua poluição para países em desenvolvimento.

10. Política global e organizações internacionais. Uma variedade de organizações e fóruns


internacionais exercem uma pressão direta sobre as nações, o que afeta o mundo empresarial.

11. Concorrência. A pressão que se coloca na interseção de todas as outras provém da


concorrência e daquelas empresas que estão adotando o desempenho sustentável, reduzindo
seus resíduos e custos e descobrindo novos segmentos de mercado.

Importante observar que nenhuma pressão existe independente de outras, e todas elas têm um
impacto na capacidade de competir. A ampliação do conceito da qualidade a ponto de incluir
a qualidade ambiental, a mudança de paradigma representada pela gestão ambiental e as
pressões para mudança levaram ao questionamento do atual paradigma de crescimento
econômico. Surge então o conceito de desenvolvimento sustentável, conforme discutido a
seguir. A gestão ambiental tem sido tradicionalmente vista como um dispendioso
impedimento à produtividade. De acordo com Porter (1995), a visão que prevalece ainda é:
ecologia versus economia, ou seja, de um lado estão os benefícios sociais que se originam de
rigorosos padrões ambientais, e de outro lado, os custos que, neste enfoque, conduzem a altos
preços e baixa competitividade. No entanto, Porter reconhece que os padrões ambientais
podem desencadear inovações que venham a diminuir o custo total de um produto ou mesmo
aumentar o seu valor. Tais inovações permitem às empresas utilizar suas entradas de forma
mais produtiva, compensando os custos de diminuição dos impactos ambientais e acabando
com o impasse entre economia e proteção ambiental. O campo de atuação é bastante amplo, e
o profissional da Gestão Ambiental pode atuar em propriedades rurais, empresas de
agricultura familiar, ONGs, órgãos públicos, instituições de ensino, empresas privadas,
indústrias, institutos e centros de pesquisa.

Sua função é desenvolver e implementar programas de reciclagem e educação ambiental,


analisar o impacto das atividades humanas sobre o solo, a água e o ar, e orientar a exploração
dos recursos por técnicas menos danosas ao ambiente. O gestor ambiental pode trabalhar com
consultoria, assossorando órgãos públicos e empresas para criar projetos de preservação do
meio ambiente; atuar com a educação ambiental, elaborando programas para conscientizar a
população e também as empresas da importância de cuidar do meio ambiente; com
planejamento, criando relatórios de impacto ambiental e definindo planos para o uso
sustentável dos recursos naturais, e também implantando projetos em indústrias; e ainda na
recuperação, executando projetos para recuperar áreas já degradadas.

2.9 Consequências da falta de gestão ambientalA falta de gestão ambiental pode ser muito
perigosa para a empresa e para a sociedade ao redor. Suas consequências podem ser desde
multas e perda de credibilidade junto à comunidade, até o sacrifício completo da operação da
empresa. Um exemplo disso é o caso da mineradora Samarco, que por não observar a gestão
ambiental e o risco ambiental na execução de suas obras, acabou provocando o maior desastre
ambiental da história do país, gerando bilhões de dólares em prejuízos e fechando a operação
da mineradora. A gestão ambiental não é mais parte auxiliar dos processos das empresas, mas
está intimamente ligada à sua estratégia de gestão. Muitas empresas utilizam o sistema de
gestão ambiental como uma parte auxiliar de sua operação, a fim de impedir que a empresa
destrua o meio ambiente. Algumas organizações estão fazendo da gestão ambiental a sua
marca no mercado e se apoiam nesse método para ganhar um número cada vez maior de
consumidores. Como exemplo, podemos citar a empresa Natura. Ela adotou como estratégia
de marketing a adoção de matérias primas extraídas de forma sustentável.

Quanto custa a implementação de um sistema de gestão ambiental?


A empresa que optar pela implementação de um sistema de gestão ambiental deverá ter dois
custos básicos. Um se refere ao desembolso com consultoria para adequar os processos da
empresa às exigências da norma. E o outro desembolso será relativo à auditoria externa
realizada pelo organismo certificado contratado pela empresa. Os custos com consultoria
dependem da complexidade dos processos da empresa. Logo, uma organização que possua
vários processos, com muitas implicações, deverá consumir muito mais horas de consultoria
que uma microempresa com poucos colaboradores.

3.CONCLUSÃO

O Sistema de Gestão Ambiental permite que sua empresa desenvolva uma política ambiental
agindo de forma a melhorar o seu desempenho.

Gerando diversos benefícios a sua organização, tanto econômicos como estratégicos.

Além disso, esse sistema contribui para diminuição de custos, como a redução do consumo de
água, energia elétrica e outros insumos importantes para manutenção de suas atividades
econômicas.

Também a posicionar a sua empresa no mercado de forma competitiva e estratégica


oferecendo ao consumidor uma alternativa de empresa preocupada com as questões
ambientais e os impactos que o seu negócio gera na natureza.

Por isso, é importante que sua empresa esteja comprometida em todos os níveis operacionais,
especialmente a alta gestão, para que a implementação do SGA possa ser um sucesso e
permita sua organização se desenvolver de forma consciente e saudável para a sociedade.

A necessidade da gestão ambiental para a iniciativa privada

O termo gestão ambiental é bastante abrangente. Ele é frequentemente usado para designar
ações ambientais em determinados espaços geográficos, como gestão ambiental de parques e
reservas florestais. A gestão ambiental empresarial está essencialmente voltada para
organizações, ou seja, companhias, corporações, firmas, empresas e instituições. Pode ser
definida como um conjunto de políticas, programas e práticas administrativas e operacionais
que levam em conta a saúde e a segurança das pessoas e a proteção do meio ambiente por
meio da eliminação ou minimização de impactos e danos ambientais decorrentes do
planejamento, implantação, operação, ampliação, realocação ou desativação de
empreendimentos ou atividades, incluindo-se todas as fases do ciclo de vida de um produto.

* Previnir prejuízos ao meio ambiente

* A importância de conhecer os custos ambientais

* Gerenciamento da qualidade ambiental e auditoria interna

À medida que aumentam as preocupações com a manutenção e a melhoria da qualidade do


meio ambiente, bem como com a proteção da saúde humana, organizações de todos os
tamanhos vêm crescentemente voltando suas atenções para os potenciais impactos de suas
atividades, produtos e serviços. O desempenho ambiental de uma organização vem tendo
importância cada vez maior para as partes interessadas, internas e externas. Alcançar um
desempenho ambiental consistente requer comprometimento organizacional e uma abordagem
sistemática ao aprimoramento contínuo.

O objetivo maior da gestão ambiental deve ser a busca permanente de melhoria da qualidade
ambiental dos serviços, produtos e ambiente de trabalho de qualquer organização pública ou
privada. A busca permanente da qualidade ambiental é, portanto, um processo de
aprimoramento constante do sistema de gestão ambiental global de acordo com a política
ambiental estabelecida pela organização. A gestão ambiental empresarial está na ordem do dia
da sociedade mundial, principalmente nos países industrializados e também nos países
considerados em desenvolvimento.

A demanda por produtos cultivados ou fabricados de forma ambientalmente compatível


cresce mundialmente, em especial nos países industrializados. Os consumidores tendem a
dispensar produtos e serviços que agridem o meio ambiente. Cada vez mais compradores,
principalmente importadores, estão exigindo a certificação ambiental, nos moldes da ISO
14000, ou mesmo certificados ambientais específicos como, por exemplo, para produtos
têxteis, madeiras, cereais, frutas, etc. Por danos e efeitos ambientais possíveis de ocorrerem
durante o ciclo de vida do produto compreendem-se todos os impactos sobre o meio
ambiente, inclusive a saúde humana, decorrentes da obtenção e transporte de matérias-primas,
da transformação, ou seja, a produção propriamente dita, da distribuição e comercialização,
do uso dos produtos, da assistência técnica e destinação final dos bens.

A empresa é a única responsável pela adoção de um SGA e, por conseguinte, de uma política
ambiental. Só após sua adoção, cumprimento e conformidade devem ser seguidos
integralmente, pois eles adquirem configuração de “sagrados”. Portanto, ninguém é obrigado
a adotar um SGA e/ou política ambiental; depois de adotados, cumpra-se o estabelecido sob
pena da organização cair num tremendo descrédito no que se refere às questões ambientais

O desempenho do profissional gestor ambiental nas empresas e organizações, além de trazer


benefícios ambientais, pode gerar economia. O lixo produzido diariamente em uma empresa é
um bom exemplo. Ao invés de jogá-lo na coleta de lixo comum, pode-se começar um
processo de reaproveitamento do papel para impressão de documentos nas duas páginas de
folha, ou então utilizar como rascunhos e depois reciclar. Essa pequena alteração já irá gerar
economia, pois a empresa terá menores gastos nas compras de materiais, além de gerar menos
lixo

Referências Bibliográficas

CALLENBACH, Ernest, et al. Gerenciamento ecológico. São Paulo : Cultrix/Amana, 1993.

D’AVIGNON, Alexandre L. de Almeida. "Sistemas de gestão ambiental e normalização


ambiental". Segmento da apostila utilizada no curso sobre "Auditorias Ambientais" da
Universidade Livre do Meio Ambiente. Curitiba, 1996.

DONAIRE, Denis. Gestão ambiental na empresa. São Paulo : Atlas, 1995.

KINLAW, Dennis C. Empresa competitiva e ecológica. São Paulo : Makron Books, 1997.

MAIMON, Dalia. Passaporte Verde: gerência ambiental e competitividade. Rio de Janeiro :


Qualitymark, 1996.
I.1. Contextualização
“A economia de Moçambique está ainda muito longe do seu potencial. O Produto interno
bruto de Moçambique estava estimado em US$ 14,965 milhões, em 2015. Moçambique
apresenta dos PIB per capita mais baixos da África Austral. Calcula-se que de uma população
activa de 8,4 milhões de pessoas, apenas 11,1% trabalham no sector formal” [ CITATION
Eco09 \l 1033 ].

Obtida pela fonte Economia, (2009), a Agricultura ocupa 81% cerca de 45% do território
moçambicano tem potencial para agricultura, porém 80% dela é de subsistência. Há extração
de madeira das florestas nativas., indústria 6%, comércio e serviços 13% (1997). Desemprego
estava em 17% (2007). Principais indústrias alumínio, produtos petrolíferos, produtos
químicos (fertilizantes, sabão, tintas), têxteis, cimento, vidro, amianto, tabaco, alimentos,
bebidas. As exportações arrecadaram cerca de 3 516 milhões (2012). Produtos exportados
alumínio, camarão, castanha de caju, algodão, açúcar cítricos, madeira, eletricidade.

“A primeira Constituição de Moçambique entrou em vigor em simultâneo com a proclamação


da independência nacional em 25 de Junho de 1975. Nesta altura, a competência para
proceder a revisão constitucional fora atribuída ao Comité Central da Frelimo até a criação da
Assembleia com poderes constituintes, que ocorreu em 1978. Considerando a importância da
constituição como a “lei-mãe” do Estado moçambicano, e daí a necessidade do seu
conhecimento pelos cidadãos, de seguida é feita uma breve menção sobre a evolução
constitucional de Moçambique” (EVOLUÇÃO CONSTITUCIONAL NA REPÚBLICA DE
MOÇAMBIQUE, n.d.).

I.2. Objectivo
I.2.1. Gerais
 Percorrer sobre os aspectos relacionados a evolução das constituições económicas no
ordenamento jurídico moçambicana.

I.2.2. Específicos
 Buscar intender a sua importância no contexto actual;
 Realçar as principais fases desta evolução.
II. REVISÃO DAS LITERATURAS

II.1. Economia Moçambicana


A economia de Moçambique está ainda muito longe do seu potencial. O Produto interno bruto
de Moçambique estava estimado em US$ 14,965 milhões, em 2015. Moçambique apresenta
dos PIB per capita mais baixos da África Austral. Calcula-se que de uma população activa de
8,4 milhões de pessoas, apenas 11,1% trabalham no sector formal[ CITATION Eco09 \l
1033 ].

II.1.1. A reconstrução da economia


(após o fim da guerra civil em 1992, e das cheias de 2000) é descultada pela existência de
minas terrestres não desativadas.
PIB per capital: 1 200 (2012)
PIB por setor agricultura: 31,8%, indústria 24,6%, comércio e serviços
43,6% (2012)
Inflação (IPC): 3,5% (2012)
População abaixo da linha de pobreza: 52% (2009)
Coeficiente de Gini: 0,456 (2008)
Força de trabalho total: 10 100 000 (2012)

II.1.2. Força de trabalho por ocupação


Agricultura 81%, indústria 6%, comércio e serviços 13% (1997)
Desemprego 17% (2007)
Principais indústrias alumínio, produtos petrolíferos, produtos químicos (fertilizantes, sabão,
tintas), têxteis, cimento, vidro, amianto, tabaco, alimentos, bebidas
Exterior Exportações 3 516 milhões (2012)
Produtos exportados alumínio, camarão, castanha de caju, algodão, açúcar cítricos, madeira,
eletricidade

II.1.3. Principais parceiros de exportação


África do Sul 28,9%, Bélgica 15,1%, Itália 11,8%, Espanha 8,5%, República Popular da
China 6,6% (2011).
Importações 5 373 milhões (2012)
Produtos importados máquinas e equipamentos, veículos, combustíveis, produtos químicos,
produtos de metal, produtos alimentícios, têxteis
Principais parceiros de África do Sul 35,4%, República Popular da China [ CITATION Eco09
\l 1033 ].

2.1.4. Importação
10,2%, Índia 8,4%, Estados Unidos 6,6%, Austrália 6,1%, Portugal 4,4% (2011)
Dívida externa bruta 4,88 bilhões (2012) Finanças públicas Receitas 4 370 milhões (2012)
Despesas 5 324 milhões (2012) Fonte principal: The World Factbook] Salvo indicação
contrária, os valores estão em US$ [ CITATION Eco09 \l 1033 ].

II.1.4. Agricultura
Cerca de 45% do território moçambicano tem potencial para agricultura, porém 80% dela é de
subsistência. Há extração de madeira das florestas nativas.

II.2. Evolução constitucional


“A primeira Constituição de Moçambique entrou em vigor em simultâneo com a proclamação
da independência nacional em 25 de Junho de 1975. Nesta altura, a competência para
proceder a revisão constitucional fora atribuída ao Comité Central da Frelimo até a criação da
Assembleia com poderes constituintes, que ocorreu em 1978. Considerando a importância da
constituição como a “lei-mãe” do Estado moçambicano, e daí a necessidade do seu
conhecimento pelos cidadãos, de seguida é feita uma breve menção sobre a evolução
constitucional de Moçambique”[ CITATION EVO20 \l 1033 ].

II.2.1. Constituição de 1975


“Tendo como um dos objectivos fundamentais “a eliminação das estruturas de opressão e
exploração coloniais... e a luta contínua contra o colonialismo e o imperialismo”, foi instalado
na República Popular de Moçambique (RPM) o regime político socialista e uma economia
marcadamente intervencionista, onde o Estado procurava evitar a acumulação do poderio
económico e garantir uma melhor redistribuição da riqueza.

O sistema político era caracterizado pela existência de um partido único e a FRELIMO


assumia o papel de dirigente. Eram abundantes as fórmulas ideológicas - proclamatórias e de
apelo das massas, compressão acentuada das liberdades públicas em moldes autoritários,
recusa de separação de poderes a nível da organização política e o primado formal da
Assembleia Popular Nacional”[ CITATION EVO20 \l 1033 ].
Ainda com a mesma citação anterior, a Constituição sofreu seis alterações pontuais,
designadamente: em 1976, em 1977, em 1978, em 1982, em 1984 e em 1986. Destas, merece
algum realce a alteração de 1978 que incidiu maioritariamente sobre os órgãos do Estado (sua
organização, competências, entre outros), retirou o poder de modificar a Constituição do
Comité Central da Frelimo e retirou a competência legislativa do Conselho de Ministro (uma
vez criada a Assembleia popular que teria estas competências) e a de 1986 que fora motivada
pela institucionalização das funções do Presidente da Assembleia Popular e de Primeiro-
Ministro, criados pela 5ª Sessão do Comité Central do Partido Frelimo.

II.2.2. Constituição de 1990


A revisão constitucional ocorrida em 1990 trouxe alterações muito profundas em praticamente
todos os campos da vida do País. Estas mudanças que já começavam a manifestar-se na
sociedade, principalmente na área económica, a partir de 1984, encontram a sua concretização
formal com a nova Constituição aprovada. Resumidamente, podemos citar alguns aspectos
mais marcantes, como sejam:

 Introdução de um sistema multipartidário na arena política, deixando o partido


Frelimo de ter um papel dirigente e passando a assumir um papel histórico na
conquista da independência;
 Inserção de regras básicas da democracia representativa e da democracia participativa
e o reconhecimento do papel dos partidos políticos;
 Na área económica, o Estado abandona a sua anterior função basicamente
intervencionista e gestora, para dar lugar a uma função mais reguladora e controladora
(previsão de mecanismos da economia de mercado e pluralismo de sectores de
propriedade);
 Os direitos e garantias individuais são reforçados, aumentando o seu âmbito e
mecanismos de responsabilização;
 Várias mudanças ocorreram nos órgãos do Estado, passam a estar melhor definidas as
funções e competências de cada órgão, a forma como são eleitos ou nomeados;
 Preocupação com a garantia da constitucionalidade e da legalidade e consequente
criação do Conselho Constitucional; entre outras [ CITATION EVO20 \l 1033 ].

A CRM de 1990 sofreu três alterações pontuais, designadamente: duas em 1992 e uma em
1996. Destas merece especial realce a alteração de 1996 que surge da necessidade de se
introduzir princípios e disposições sobre o Poder Local no texto da Constituição, verificando-
se desse modo a descentralização do poder através da criação de órgãos locais com
competências e poderes de decisão próprios, entre outras (superação do princípio da unidade
do poder).

II.2.3. Constituição de 2004


Esta é a última revisão constitucional ocorrida em Moçambique. Fora aprovada no dia 16 de
Novembro de 2004. Não se verifica com esta nova Constituição uma ruptura com o regime da
CRM de 1990, mas sim, disposições que procuram reforçar e solidificar o regime de Estado
de Direito e democrático trazido em 1990, através de melhores especificações e
aprofundamentos em disposições já existentes e também pela criação de novas figuras,
princípios e direitos e elevação de alguns institutos e princípios já existentes na legislação
ordinária à categoria constitucional. Um aspecto muito importante de distinção desta
constituição das anteriores é o “consenso” na sua aprovação, uma vez que ela surge da
discussão não só dos cidadãos, como também da Assembleia da República representada por
diferentes partidos políticos (o que não se verificou nas anteriores).

A nova CRM começa por inovar positivamente logo no aspecto formal, dando nova ordem de
sequência aos assuntos tratados e tratando em cada artigo um assunto concreto e antecedido
de um título que facilita a sua localização (o que não acontecia nas Constituições anteriores).
Apresenta o seu texto dividido em 12 títulos, totalizando 306 artigos (a CRM de 1990 tinha 7
títulos e 212 artigos no total). Quanto ao aspecto substancial, verificamos o reforço das
directrizes já fixadas para o Estado moçambicano, como acima se mencionou. De forma
meramente exemplificava, pode-se citar alguns pontos que ajudam a entender tal afirmação,
como sejam:

 Logo no capítulo I do título primeiro referente aos princípios fundamentais, podemos


destacar para além da maior ênfase dado a descrição do Estado moçambicano como de
justiça social, democrático, entre outros aspectos de um Estado de Direito, a referência
constitucional sobre o reconhecimento do pluralismo jurídico, o incentivo no uso das
línguas veiculares da nossa sociedade, entre outros;
 No âmbito da nacionalidade, destaca-se o facto de o homem estrangeiro poder adquirir
nacionalidade moçambicana pelo casamento (antes só permitido para a mulher
estrangeira);
 Os direitos e deveres fundamentais dos cidadãos para além de serem reforçados,
ganham maior abrangência. Pode-se citar exemplo de alguns direitos/deveres antes
sem tratamento constitucional: direitos dos portadores de deficiência, os deveres para
com o semelhante e para com a comunidade, os direitos da criança, as restrições no
uso da informática, o direito de acção popular, o direito dos consumidores;
 Para além do pluralismo jurídico, a importância da autoridade tradicional na sociedade
moçambicana passa a ter reconhecimento constitucional. Pode-se ainda mencionar a
terceira idade, os portadores de deficiência, o ambiente e a qualidade de vida como
novos temas tratados pela constituição;
 O capítulo VI do título IV que se dedica ao tratamento do sistema financeiro e fiscal
em Moçambique comporta um tema que antes não tinha tratamento constitucional;
 É criado um novo órgão político, o Conselho de Estado e um novo órgão de
representação democrática, as Assembleias Provinciais. As garantias dos cidadãos
relativamente a actuação da Administração Pública são reforçadas com a criação do
Provedor da Justiça. Surge igualmente o Conselho Superior da Magistratura Judicial
Administrativa [ CITATION EVO20 \l 1033 ].

A Administração Pública e os princípios que norteiam a sua actuação também passam a gozar
de tratamento constitucional, assim como a Polícia de Moçambique e o Ministério Público;

O tratamento dado às disposições relativas aos tribunais no título IX da CRM é mais


pormenorizado. Merece destaque o tratamento mais aprofundado que é dispensado às
disposições relativas ao Tribunal Administrativo (na CRM de 1990 ocupava apenas 2 artigos);

No título XV é tratado com cuidado as garantias constitucionais em caso de estado de sítio e


estado de emergência. A revisão constitucional encontra agora limites tanto matérias quanto
temporais, procurando-se com as primeiras salvaguardar as linhas bases que definem o Estado
moçambicano, como por exemplo: a forma republicana do Estado, o sistema eleitoral e o tipo
de sufrágio eleitoral, o pluralismo político, os direitos, liberdades e garantias fundamentais. A
restrição temporal é de 5 anos após a última revisão (salvo deliberação extraordinária de ¾ da
Assembleia da República), procurando-se com isto os aspectos positivos trazidos com a
estabilidade e solidificação dos princípios e instituições criadas.

Outras alterações são trazidas com a nova CRM que apenas com uma exposição mais
detalhada poderíamos deixar registadas. No entanto, não sendo este o intuito do presente
artigo, deixou-se ficar algumas linhas que nos permite uma visão geral sobre a evolução
constitucional em Moçambique, testemunhando desse modo o crescimento político, social e
económico da nossa sociedade.
III. CONCLUSÃO

Perfeito, para encerrar esta temática é imperioso realçar que as principais fases desta evolução
constituem em três (3), 1975 e 199, na qual temos como referências essenciais
respectivamente, “um dos objectivos fundamentais a eliminação das estruturas de opressão e
exploração coloniais e a luta contínua contra o colonialismo e o imperialismo” e, manifestar-
se na sociedade principalmente na área económica várias mudanças porque encontram a sua
concretização formal com a nova Constituição aprovada.

Em-boa-hora a de 2004 fazer parte da historia evolutivo, não o considera-se principal porque
não houve uma restituição nova, não se verifica com esta nova Constituição uma ruptura com
o regime da CRM de 1990, mas sim, disposições que procuram reforçar e solidificar o regime
de Estado de Direito e democrático trazido em 1990.

Contudo fez-se perceber que a importância da evolução das constituições económicas no


ordenamento jurídico moçambicana no contexto actual tange nas diversas partes de um todo,
a mudança evolutiva melhora o quadro constitucional fechando as brechas, desta forma se
adequando ao novo cenário que a actualidade vivida exige.
IV. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Economia. (1 de Maio de 2009). O País, 2.

EVOLUÇÃO CONSTITUCIONAL NA REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE. (s.d.). Obtido em


26 de Julho de 2020, de Sal e Caldeira:
http://www.salcaldeira.com/index.php/pt/publicacoes/artigoss/doc_download/353-
evolucao-constitucional-na-republica-de-
mocambique&ved=2ahUKEwik_vb3oOrqAhWHZxUIHf_2AH0QFjAAegQIAhAB&
usg=AOvVaw0khAyipoeWCoJ4QDad6EO9

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