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CENTRO UNIVERSITÁRIO DE ITAJUBÁ – FEPI

Karine Marques Elias (marqueskarine@outlook.com)


Marianne Marques (mm_marques97@hotmail.com)

Maximização da Receita Líquida de uma Instituição


Financeira

ITAJUBÁ
2023

1
Maximização da Receita Líquida de uma Instituição
Financeira

Trabalho apresentado à Disciplina de


Pesquisa Operacional, do Centro
Universitário de Itajubá – FEPI como
requisito parcial para obtenção de nota
bimestral.

Professor: Msc. Danilo Lopes

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ITAJUBÁ

Sumário
1. INTRODUÇÃO...................................................................................................................4
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA............................................................................................4
2.1 INSTITUIÇÃO FINANCEIRA................................................................................4
2.2 PESQUISA OPERACIONAL...................................................................................5
2.3 PROCESSO DE MODELAGEM.............................................................................5
2.3.1 VARIÁVEIS DO PROBLEMA.............................................................................5
2.3.2 PARÂMETROS DO PROBLEMA.......................................................................5
2.3.3 RESTRIÇÕES........................................................................................................5
2.3.4 FUNÇÃO OBJETIVO...........................................................................................5
2.4 PROGRAMAÇÃO LINEAR....................................................................................5
2.5 SOFTWARE EXCEL E SOLVER...........................................................................6
3 METODÓLOGIA................................................................................................................6
3.1 Descrição do problema...............................................................................................6
3.2 Dados da Instituição Financeira...............................................................................6
3.3 Variáveis......................................................................................................................7
3.4 Função Objetivo.........................................................................................................8
3.5 Restrições....................................................................................................................8
4 RESULTADOS...................................................................................................................9
5. ANÁLISE..........................................................................................................................10
6. CONCLUSÃO...................................................................................................................11
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..............................................................................12

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Resumo: Este estudo visa demonstrar através das ferramentas e metodologias científicas de
Pesquisa Operacional, a maximização da Receita Líquida de uma Instituição Financeira,
com o foco diretamente na causa raiz para que houvesse o aumento da Receita. Para este
caso foram utilizadas operações de créditos, ou seja, empréstimos para medir a mesma.
Juntamente com a modelagem matemática da Programação Linear, foi possível chegar
alguns cenários e alterações nas Taxas e Porcentagens. Foram coletados dados diretamente
da Instituição para que fosse alcançado o real ou bem aproximado, resultado da Instituição.
Todos os dados foram utilizados no programa Microsoft Excel, através da ferramenta Solver.
Os resultados dos cenários demonstraram que o se houver a diminuição da Porcentagem de
Inadimplência, o lucro da Receita aumentara em mais de 25%, para os seis meses.

Palavras-chave: Receita Líquida; Programação Linear; Instituição Financeira; Pesquisa


Operacional.

1. INTRODUÇÃO
Nos últimos anos, ocorreram importantes alterações normativas no Brasil relacionadas ao
cooperativismo de crédito. A que devemos destaque é a edição da Resolução CMN 3.106/03,
que permitiu a criação de cooperativas de crédito de livre admissão, e a transformação das
cooperativas de crédito existentes nesta nova modalidade. As cooperativas de crédito estão
entre as instituições financeiras menos estudadas no Brasil e, de modo geral, é grande o
desconhecimento sobre o tema. Neste contexto, este artigo procurou estudar a importância do
desempenho do setor com foco na inadimplência de suas carteiras de crédito.
Neste contexto, este trabalho procurou estudar a inadimplência das carteiras de crédito da
Instituição Financeira que se transformou para a modalidade de livre admissão. Inicialmente,
procurou-se contextualizar o problema de pesquisa a partir de um referencial teórico que
focasse o sistema financeiro e o cooperativismo de crédito. O desempenho de cooperativas de
crédito é, então, discutido. Os temas abordados nesse trabalho, foram nas pesquisas realizadas
em cima das modalidades de crédito pessoal, consignado privado e consignados de INSS e
créditos rurais.
O objetivo envolveu a taxa de retorno, comparada a inadimplência de cada produto por meio
da utilização da programação linear para maximizar a margem de rendimentos da empresa.

2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
2.1 INSTITUIÇÃO FINANCEIRA
Instituição financeira é uma organização cuja finalidade é otimizar a alocação de capitais
financeiros próprios e/ou de terceiros. Estas mesmas instituições estão presentes no dia-a-dia
de toda população e apresentam um papel essencial para controlar as despesas públicas e
aumentar a receita. Elas são responsáveis pela captação de recursos e concessão de crédito na
sociedade, e atuam como intermédio da compra e venda de bens. No Brasil foi criado o
Sistema Financeiro Nacional (SFN), para que houvesse um desenvolvimento de forma
equilibrada para que fosse realizada a fiscalização, regulamentação e execução de operações
referentes à circulação da moeda e do crédito dentro da economia. Este sistema foi estruturado
em dois grandes segmentos. De um lado, estão as instituições financeiras, assim entendidas
como o conjunto constituído por bancos comerciais, caixas econômicas, cooperativas de
crédito e bancos múltiplos. De outro, estão agrupadas as instituições atuantes nas demais áreas
do mercado financeiro: bancos de desenvolvimento, bancos de investimento e sociedades de
crédito, dentre outras (BCB, 2018a).

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As instituições financeiras prestam um serviço como intermediárias no mercado de capitais e
dívidas. Eles são responsáveis por transferir fundos de investidores para empresas que
precisam desses fundos. A presença de instituições financeiras facilita o fluxo de dinheiro
pela economia. Para isso, as contas de poupança são agrupadas para mitigar o risco trazido
pelos titulares de contas individuais, a fim de fornecer fundos para empréstimos. Esse é o
principal meio para as instituições depositárias desenvolverem receita.
2.2 PESQUISA OPERACIONAL
A pesquisa operacional foi utilizada pela primeira vez durante a Segunda Guerra Mundial,
quando equipes de pesquisadores procuraram desenvolver métodos para resolver
determinados problemas de operações militares. A partir do sucesso desse uso, o mundo
acadêmico e o empresarial começaram a utilizar essas técnicas nos problemas de gestão
(ANDRADE, 2008). A pesquisa operacional é um método analítico de solução de problemas
e tomada de decisão que é útil no gerenciamento de organizações. Na pesquisa de
operacional, os problemas são divididos em componentes básicos e depois resolvidos em
etapas definidas por análise matemática. Como o próprio nome indica, a pesquisa operacional
engloba pesquisa sobre operações. Portanto, a pesquisa operacional pode ser aplicada a
problemas que compreendem a condução e coordenação das operações de uma organização.
Uma característica que favorece esta ampla aplicabilidade da pesquisa operacional é a
utilização de modelos, que facilita o processo de análise de decisão. Essa abordagem permite
a possibilidade de uma tomada de decisão ser mais bem avaliada e testada antes de ser
efetivamente implementada (ANDRADE, 2008).
2.3 PROCESSO DE MODELAGEM
Considera-se a pesquisa Operacional como uma ferramenta matemática aplicada no processo
de tomada de decisão. Para isso, fazemos uso de Modelos Matemáticos estruturados em fases.
Modelo é uma representação simplificada do comportamento da realidade expressa na forma
de equações matemáticas que serve para simular a realidade (COLIN, 2011, p.5).
O processo de modelagem deve considerar as seguintes condições:
2.3.1 VARIÁVEIS DO PROBLEMA
São fatores controláveis e quantificáveis. Representam as variáveis de decisão. Estas variáveis
são aqueles valores que representam o cerne do problema, e que podemos escolher (decidir)
livremente.
As variáveis de decisão representam as opções que um administrador tem para atingir um
objetivo.
2.3.2 PARÂMETROS DO PROBLEMA
São os valores fixos do problema. Os valores financeiros dos dados ou custos fixos da
produção são alguns exemplos.
2.3.3 RESTRIÇÕES
São aspectos que limitam a combinação de valores e variáveis de soluções possíveis. São
regras que dizem o que podemos (ou não) fazer e/ou quais são as limitações dos recursos ou
das atividades que estão associados ao modelo (COLIN, 2011, p.6).
2.3.4 FUNÇÃO OBJETIVO
É uma função que busca maximizar ou minimizar, dependendo do objetivo do problema. Ela
é essencial na definição da qualidade da solução em função das incógnitas encontradas.

2.4 PROGRAMAÇÃO LINEAR


A Programação Linear nada mais é que uma Programação Matemática em que as Funções
Objetivo e todas as restrições são lineares.
Está programação linear consiste em otimizar uma função linear sujeita a restrições lineares
por meio de variáveis reais. Neste modelo, um problema é expresso por meio de variáveis

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numéricas combinadas em restrições lineares e governadas por uma função objetiva linear e
por limites nas variáveis.
2.5 SOFTWARE EXCEL E SOLVER
O uso de softwares para resolução de problemas de programação linear é frequente. Segundo
Rodrigues e Santos (2013), o Solver é uma ferramenta que dispõe de grandes recursos dentro
do Excel e que permite fazer vários tipos de simulações em uma planilha apresentando maior
facilidade de manuseio e melhor disposição dos relatórios gerados pela operação. Ele é um
suplemento do Excel que você pode usar para teste de hipóteses, simulações, sendo utilizada
especialmente para análise de sensibilidade com mais de uma variável e com restrições de
parâmetros.
O Solver é uma ferramenta que auxilia na resolução de problemas de pequeno e médio porte,
visando chegar a um resultado otimizado. Ou seja, ele pode ser usado para determinar o valor
máximo ou mínimo de uma célula, com base em alguns parâmetros.

3 METODÓLOGIA
No presente projeto, com o objetivo de aplicar os conhecimentos adquiridos nas aulas de
Pesquisa Operacional, foi analisada a Maximização da Receita de uma Instituição Financeira
através de um problema, os Dados da Instituição Financeira, as variáveis, a Função Objetivo,
as Restrições e as Restrições Adicionais.

3.1 Descrição do problema


Com o objetivo de realizar uma busca pela melhor dentre várias situações, utilizando um
critério pré-estabelecido buscando uma solução. O estudo foi realizado em uma instituição de
pequeno porte, localizada em uma cidade do interior do estado de Minas Gerais, que realiza
serviços da área financeira. As operações realizadas pela cooperativa dividem-se em várias
operações, como Empréstimos Pessoais, Empréstimos Rurais, Empréstimo Consignado INSS
e Empréstimo Consignado Privado, além de outros que são adquiridos pela necessidade da
população, porém não serão inseridos neste trabalho. O objetivo do trabalho é demostrar o
crescimento da receita desta instituição financeira em 40% para um semestre, para que assim
a instituição tenha um faturamento pré-estabelecido. Para isto, foi utilizado a metodologia de
pesquisa operacional, com a finalidade de alavancar o seu ganho em receita, e assim obter
soluções para a maximização da receita da instituição financeira.

3.2 Dados da Instituição Financeira


A seguir foram apresentados os dados da Instituição Financeira advindo dos seis primeiros
meses do ano, a fim de solucionar o modelo matemático. Na Tabela 1 está contido a Receita
Total de cada empréstimo, ou seja, a somatória de todos os serviços prestados separados por
cada empréstimo durante o primeiro semestre.
Na Tabela 1 estão algumas Taxas e Porcentagens bem importantes para qualquer Instituição.
Nestes dados temos a Taxa de Retorno, que se dá através do retorno para a Instituição
Financeira, ou seja, ele mede a valorização de uma determinada operação, para este caso os
empréstimos. Está Taxa é demonstrada em porcentagem, de maneira direta, do resultado de
um empréstimo em um intervalo de tempo específico, para este caso seis meses.
Vale destacar, também, que o cálculo desse importante métrico financeiro pode ser utilizado
para qualquer operação financeira.
A próxima coluna é o Percentual de Inadimplência, o indicador que funciona para medir a
porcentagem de atraso de pagamentos dos clientes.

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A Porcentagem de Inadimplência é um indicador de bastante importância para qualquer
Instituição Financeira, afinal, se ele estiver elevado, significa que os clientes não estão
fazendo os pagamentos devidos. Logo, a gestão precisa elaborar estratégias para evitar
esquecimentos de clientes, verificar a situação econômica geral e identificar eventuais
problemas financeiros.
E por último temos a Majoração, significa basicamente acréscimo ou aumento. Para esta
Instituição é o acréscimo de 40% da Receita Líquida gerado pelos quatro empréstimo, ou seja,
produtos.

Tabela 1

Para esta modelagem da Pesquisa Operacional, foi escolhido o Empréstimo de Consignado


INSS, que é a modalidade em que a pessoa autoriza que as parcelas sejam descontadas
diretamente em folha de aposentadoria, ou seja, a sua porcentagem de Inadimplência é bem
pequena comparada com as outras três. O Empréstimo Rural, onde estes produtores utilizam
os recursos concebidos pelas instituições financeiras nessa linha de crédito, e tem a garantia
no processo. Ou seja, sua porcentagem é mediana. E os outros dois empréstimos que tem as
taxas de Inadimplência elevados, porem geram lucros bem altos para a Instituição.
Empréstimo Consignado Privado que seria quando um trabalhador do setor privada solicita
um crédito consignado, a empresa que o emprega precisa manter acordo com a instituição
financeira que oferece o crédito. Assim, o desconto de pagamento poderá ser vinculado ao
salário após a assinatura do contrato. E o outro seria o Empréstimo Pessoal que é o
empréstimo voltado para qualquer pessoa. Ela é mais comum entre autônomos e trabalhadores
de rede privada (CLT). Nesse caso o uso do dinheiro é livre e as parcelas podem ter taxa de
juros pré ou pós-fixadas.
Na Tabela 1 também está inserida a Receita Líquida de cada Empréstimo, que é calculado
através do cálculo:

Receita Líquida = Receita Total * Taxa de Retorno – Porcentagem de Inadimplência

Ou seja, é o total de dinheiro que a Instituição Financeira recebe pela sua operação depois de
deduzir os custos relacionados à venda do produto e/ou serviço.
E por último na Tabela 1 está contido a Majoração de 40%, que representa o aumento da
Receita Líquida em 40%, que é o objetivo da Metodologia deste trabalho.
A Instituição Financeira vai obter uma Receita Líquida ao final de seis meses de R$
3.376.215,35. E caso houver a majoração em 40%, a Instituição terá um aumento em até R$
1.350.486,15.

3.3 Variáveis
Para complementar e guiar para que haja uma solução da Pesquisa Operacional desta
Instituição Financeira, obtivemos quatro variáveis de decisão que descrevem completamente
as decisões a serem feitas:
X1 = Quantidade de Receita do INSS
X2 = Quantidade de Receita do Rural
X3 = Quantidade de Receita do Privado

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X4 = Quantidade de Receita do Pessoal

3.4 Função Objetivo


Para que se obtenha a maximização da Receita Líquida Total da Instituição Financeira,
obtivemos o cálculo através da Função Objetivo:

Max Z = [Taxa de Retorno * (Porcentagem de Adimplência* Variáveis de Decisão)] –


[Porcentagem de Inadimplência* Variáveis de Decisão)]

Max Z = [0,220*(0,98x1) + 0,520*(0,9x2) + 0,720*(0,7x3) + 1,0*(0,6x4)] – [0,02x1 + 0,1x2


+ 0,3x3 + 0,4x4]
Simplificando

Max Z = 0,1956x1 + 0,368x2 + 0,204x3 + 0,2x4

3.5 Restrições
As restrições que limitam as combinações de valores e variáveis de soluções possíveis estão
estipuladas abaixo:
a) A somatória das variáveis tem que ser maior ou igual a R$ 3.376.215,37

X1 + X2 + X3 + X4 >= R$ 3.376.215,37

b) A somatória das variáveis tem que ser menor ou igual a R$4.726.701,52

X1 + X2 + X3 + X4 <= R$4.726.701,52

c) A variável X1 tem que ser maior ou igual que a majoração de 40% da Receita Líquida
do INSS

X1 >= 40% * R$ 265.816,17 => X1 >= R$ 106.326,47

d) A variável X2 tem que ser maior ou igual que a majoração de 40% da Receita Líquida
do Rural

X2 >= 40% * R$ 2.117.439,90 => X2 >= R$ 846.975,96

e) A variável X3 tem que ser maior ou igual que a majoração de 40% da Receita Líquida
do Privado

X3 >= 40% * R$ 264.959,60 => X3 >= R$ 105.983,84

f) A variável X4 tem que ser maior ou igual que a majoração de 40% da Receita Líquida
do Pessoal

X4 >= 40% * R$ 669.759,40 => X4 >= R$ 267.903,76

3.6 Restrições Adicionais

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As restrições X1, X2, X3 e X4, tem que ser maior ou igual a 0.

4 RESULTADOS
Abaixo na Tabela 2, estão contidas as soluções provenientes do Solver. Obtivemos a Função
Objetiva de R$ 1.072.630,51, ou seja, o resultado que desejamos obter para resolver o
problema.
Na Tabela 3 estão apresentados o Relatório de Sensibilidade contendo as Células Variáveis.

Tabela 2

Tabela 3

De acordo com a Tabela 3, pode-se analisar que no primeiro quadro Células Variáveis, os
coeficientes da função objetivo. A seguir à repetição do valor das quatro variáveis na solução
ótima apresentam-se os custos marginais das variáveis, contidas na coluna Custo Reduzido.
No caso deste trabalho a solução ótima é um combinado das variáveis, ou seja, valores
diferentes de zero para as variáveis, o Custo Reduzido não se aplica, sendo assim negativos ou
nulos.

Tabela 4

De acordo com a Tabela 4, para a Última receita do semestre, Receita com aumento de 40% e
Receita INSS com aumento de 40% são valores muito grandes, que tende a infinito. Ou seja,
na restrição em questão, pode-se aumentar o quanto quiser no valor da majoração que o valor
final da solução ótima não se alteraria, pois trata-se de uma restrição que está inativa. No caso
da Receita INSS com aumento de 40%, por exemplo, é uma restrição “maior ou igual” com
valor de R$ 106.326,47. Na solução ótima atual, esse valor não foi alcançado. O valor atual é

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de R$ 3.505.837,96. Ou seja, mudar esses R$106.326,47 para um número muito grande não
alteraria a solução. Continuaria a ser R$ 3.505.837,96 da resposta original, mantendo-se todo
o problema constante. Porém veja o “Permitido Aumentar” de valor R$ 3.399.511,49. Isso
significa que se a majoração for R$ 3.505.837,96 (aumentando-se R$ 3.399.511,49 dos
R$106.326,47) a solução vai mudar. Essa restrição passará a se tornar ativa.
Para o caso da Última receita do semestre e Receita com aumento de 40%, também usaria o
mesmo raciocínio. Mas no caso da Última receita do semestre o mesmo iria aumentar-se R$
1.350.486,15 dos R$ 3.376.215,37. E para Receita com aumento de 40% reduziria se R$
1.350.486,15 dos R$ 4.726.701,52.
5. ANÁLISE
Cooperativa de crédito é uma instituição financeira formada pela associação de pessoas para
prestar serviços financeiros exclusivamente aos seus associados. Os cooperados são ao
mesmo tempo donos e usuários da cooperativa, participando de sua gestão e usufruindo de
seus produtos e serviços. Nas cooperativas de crédito, os associados encontram os principais
serviços disponíveis nos bancos, como conta-corrente, aplicações financeiras, cartão de
crédito, empréstimos e financiamentos.
As Instituições Financeiras podem realizar operações, como a captação de recursos e a
concessão de empréstimos. Como é o caso deste trabalho, que foca exclusivamente nos
Empréstimos.
Ou seja, as Instituições Financeiras ganham dinheiro com o spread bancário, fazendo
empréstimos. E essas Instituições retiram os lucros das Taxas, ou seja, participação da Receita
Líquida. No caso desta cooperativa, a Taxa de Retorno e a Porcentagem de Inadimplência,
que é o indicador mais importante para esta Instituição. Porque ela representa a carteira de
crédito que está em atraso. A interpretação do indicador é direta: “quanto menor, melhor”.
Analisando o contexto dos dados estipulados para o semestre, foi estipulado que houvesse um
aumento de 40% do valor da receita líquida atual, que é de R$ 3.376.215,37, caso seja
atingido essa meta, a instituição financeira terá um retorno vantajoso, que seria de
1.056.681,99 a.m. Ao final ela teria uma Receita Líquida com o aumento de 40% de R$
4.726.701,52. Portanto, mesmo que a inadimplência que é o fator de retorno para a
Instituição, continuar a mesma, ele terá um lucro satisfatório que cobrirá seus gastos e elevará
seus ganhos.
Porém foi feita um Segundo Cenário, com o foco na diminuição da Porcentagem de
Inadimplência. Como podemos analisar na Tabela 5.

Tabela 5

Ao invés de estipular uma meta de vendas maior, para este Cenário 2 o foco seria a tratativa dos
casos de inadimplência, ou seja, montando campanhas que estimularia a diminuição da inadimplência .
Haveria um estudo junto ao setor de cobrança, trazendo vantagem ao cliente e uma meto ao
setor para que haja a diminuição da Porcentagem de Inadimplência por produto.
Como foi mostrado na Tabela 5 o único dado modificado foi a Porcentagem de
Inadimplência, para o caso do INSS houve uma diminuição de 1%, pois como ele é
descontado diretamente na folha de aposentadora a porcentagem de Inadimplência é bem

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baixa. O segundo foi o Rural, o mesmo teve uma diminuição de 8% na sua porcentagem. O
Privado tem uma diminuição de 20% da sua porcentagem e por último o Pessoal que diminuiu
20%. Para os dois últimos empréstimos mesmo havendo a diminuição de 20%, ainda sim é
uma Porcentagem grande, que deveria ter maneiras de abaixar ainda mais esse valor.
Principalmente para o Pessoal que tem a maior Taxa de Retorno para a Instituição em vista
dos outros três empréstimos.
Para o segundo Cenário não houve o aumento da Receita líquida e consequentemente da
Majoração, pois a Porcentagem de Inadimplência ainda é baixa em comparação a Receita
Total. Ou seja, não há o ajuste deste valor.
Como houve o ajuste da Taxa de Retorno e da Porcentagem de Inadimplência, a função
objetivo também é mudada, abaixo está o cálculo da Função Objetivo para o Segundo
Cenário:

Max Z = [Taxa de Retorno * (Porcentagem de Adimplência* Variáveis de Decisão)] –


[Porcentagem de Inadimplência* Variáveis de Decisão)]

Max Z = [0,220 * (0,99X1) + 0,520 * (0,98X2) + 0,720 * (0,9X3) + 1,0 * (0,8X4)] – [0,01X1
+ 0,02X2 + 0,1X3 + 0,2X4]

Simplificando:

Max Z = 0,2078X1 + 0,4896X2 + 0,548X3 + 0,6X4

Através da Função Objetivo obtivemos outras soluções provenientes do Solver na Tabela 6


abaixo:

Tabela 6

Analisando os dados acima, podemos ver que se a instituição financeira, optar por trabalha a
inadimplência como real foco e causa raiz do problema . Ao final teremos um resultado de
R$1.362.013,96. Um aumento de R$ 289.383,45, ou seja, ao final de seis meses obtivemos um
aumento do lucro de 21,25%.

6. CONCLUSÃO
O presente trabalho visou analisar as problemáticas e encontrar possíveis mudanças na
inadimplência das carteiras de crédito das Instituições Financeiras que evoluíram para a
modalidade de livre admissão, criada pela Resolução CMN 3.106/03, levando-se em
consideração os sistemas cooperativistas de crédito e o tamanho das cooperativas de crédito.
Para que este trabalho fora criados e analisados dois cenários, o primeiro como cenário real da
Instituição com os dados reais. Que obteve o resultado do lucro da receita líquida de R$
1.072.630,51para o final de seis meses. Inicialmente, foram comparados quatro modelos para
diagnóstico e detalhamento do contexto pesquisado, nas quais foram possíveis obter
informações que subsidiaram a modelagem do problema e evidenciando uma melhoria

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significativa para a instituição. O resultado obteve um lucro satisfatório pois cobrirá seus gastos
e elevará seus ganhos. Porém não é um resultado máximo.
Para obter este resultado, foi utilizado a Pesquisa Operacional e sua eficácia que
considerassem a estrutura da instituição e na meta proposta. O sistema cooperativismo de
crédito, funciona de maneiras parecidas no qual cada cooperativa é filiada (sistema), o seu
respectivo tamanho (coop. média e coop. grande) e o tempo (tempo). A evidência encontrada
é que a aplicação de técnicas da PO devem ser um item recorrente na administração de
melhorias na cooperativa de crédito.
Como o resultado não foi com a total maximização da receita, então foi criado o segundo
cenário, onde foi alterado o fator de maior problemática da Instituição, a Porcentagem de
Inadimplência. Essas Porcentagens foram abaixadas, porém sempre visando a realidade da
Instituição. Por isso, não se diminuiu ainda mais a Porcentagem. Ao final do segundo cenário,
obtivemos o Lucro da receita Líquida de R$1.362.013,96. Ou seja, foi obtido um aumento de
21,25% deste lucro.
Portanto, foi concluído que para que houvesse um lucro maior, a Instituição Financeira
deveria focar em estímulos e propagando para diminuir a Porcentagem de Inadimplência. Pois
ela é o fator problemática desta Instituição.
O segundo cenário é o melhor para este artigo, levando em consideração apenas a
Porcentagem de Inadimplência. Só com a mudança desta Porcentagem obtivemos um lucro de
R$ 289.383,45.
Ou seja, foi atingida a intenção da pesquisa que se direcionou à maximização da margem de
receita tendo como variáveis a serem analisadas as modalidades de produtos de crédito,
levando em consideração a margem negativa de inadimplência.
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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