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Introdução ......................................................................................................................... 4
1. Objectivos.................................................................................................................. 4
Conclusão ....................................................................................................................... 13
Doutrina .......................................................................................................................... 14
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Introdução
1. Objectivos
2. Sistema Financeiro
2.1. Conceito
Para Cardim et all (2007), o sistema financeiro é constituído por instituições e mercados
voltados para a viabilização de transacções com promessas de pagamento a ser realizado
no futuro, feitas por agentes, que se tornam assim devedores; e aceitas por outros
agentes, como direitos a serem exercidos na mesma data, tornando-se com isto credor
dos primeiros1.
Segundo Giurco (2011), o sistema financeiro é composto pela banca, pela bolsa e pelos
seguros e o seu objectivo é a adequada alocação dos recursos com a criação de capital
financeiro e na sua canalização para os investimentos social e economicamente
produtivos, ainda que não se explicitem os meios para o alcançar.
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Cardim et alli (2007). Economia Monetária e Financeira. Rio de Janeiro: Campos.
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Conforme no disposto dos autores acima citados, O sistema financeiro tem como
funções principais a intermediação de agentes superavitários e deficitários, a prestação
de serviços financeiros e servir como mecanismo de pagamentos. Por meio da alocação
de fundos, o sistema financeiro cumpre o papel primordial de alocar os recursos
monetários para as empresas, famílias e governos e reduzir a quantidade de capital
ocioso e a promoção do lucro, promovendo deste modo o desenvolvimento social e
económico das sociedades.
De forma geral no sistema financeiro moçambicano encontramos dois sistemas que são
sistema monista clássica, a qua pode se designar de sistema anglo-saxónico e Sistema
Dualista (Two-tier Board) que também designa-se de Modelo Alemão.
Segundo Carvalho (2022, pág. 81) o modelo de nível único (unitary board), é composto
por administradores executivos e não executivos. O Conselho de Administração é
responsável por todas as actividades da empresa, e todos os administradores trabalham
com as mesmas atribuições. Os accionistas elegem os administradores para o Conselho
de Administração na assembleia geral da empresa. Este modelo tende a ver os
administradores independentes, cuja experiência e conhecimento, como apoio de
pareceres e lobby. Em primeiro lugar, o poder do Conselho de Administradores está no
seu dever de nomear, avaliar, e, se necessário, de demitir o Presidente da Comissão
Executiva. Mas a responsabilidade geral pela empresa reside no poderoso PCE. E este
facto tem sido muito questionado sob qual é o “verdadeiro trabalho da corporate
governance” sob o modelo unitário (monista).
No âmbito desse sistema, Carvalho (2022), avança que a em relação ao sistema alemã
quanto ao governo das corporações, das grandes empresas e das empresas públicas,
apresenta dois níveis: o (conselho de supervisão, e a comissão executiva. O Conselho
Administrativo é composto por administradores não executivos e a comissão executiva
por administradores executivos. Na prática, os membros da comissão executiva
participam nas reuniões do Conselho Administrativo, mas não têm voto. Os
administradores executivos apresentaram as suas estratégias, planos de gestão e
orçamentos ao conselho administrativo para este analisar e emitir recomendações. Se
necessário, o conselho administrativo remete as questões para os executivos para
consideração de ajuste, reservando o direito de rever e avaliar subsequentemente o
desempenho de gestão. O conselho administrativo tem a capacidade de nomear e de
demitir os administradores executivos.
Portanto, no âmbito desses dois sistemas, pode-se acreditar que, o sistema financeiro
moçambicano é dualista, isto é, abrange os dois sistemas, quer alemã e anglo-saxónico
Enfim, o Sistema Financeiro pode ser definido como sendo o conjunto de instituições da
economia que auxiliam o encontro dos agentes que possuem poupanças, agentes
superavitários, com os que necessitam de recursos, cujo principal objectivo é permitir o
movimento de fundos emprestáveis entre eles.
Em breve historial, entende-se que o sistema financeiro teve sua origem em Maio de
1975, após a criação do Banco de Moçambique que substituía o Banco Nacional
Ultramarino nas funções de banco emissor e comercial. Portanto, o banco de
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Moçambique exercia também as funções de banco central num sistema bancário que era
constituído por outras instituições nomeadamente as filiais do Banco de Crédito
Comercial e Industrial e do Banco Comercial de Angola, com sede em Luanda, as filiais
do Banco do Fomento Nacional e do Banco Pinto e Sotto Mayor, nacionalizados em
Portugal, o Banco Standard Totta de Moçambique, a Casa Bancária da Beira, a Caixa
Económica do Montepio de Moçambique e o Instituto de Crédito de Moçambique,
Instituição estatal.
Portanto, desde a independência em 1975 até 1992, o sistema financeiro tinha vestígios
de monobanco. Na época, o Banco de Moçambique assumia papéis de Banco central e
comercial em simultâneo, controlando a maior parcela do mercado bancário. Ele cobria
100% das operações bancárias com o exterior, dominava 80 % do mercado creditício
desde 1975 até 1988, e era detentor de 90 % de depósitos das empresas, revelando ter
prevalecido um sistema de banco universal com elevado grau de concentração bancária.
Nesse período, o Banco de Moçambique dividia o mercado com mais dois Bancos,
nomeadamente o Banco Popular de Desenvolvimento (BPD) e o Banco Standard Totta
de Moçambique (BSTM) que exercia funções de um Banco comercial (Maleiane, 1997,
p. 2). No geral, o funcionamento do sistema, neste período, foi marcado por muitos
aspectos negativos para a economia de Moçambique, nomeadamente a permissão de
actos de sabotagem como a descapitalização do país, acompanhada pela fuga de
quadros, e ainda a dificuldade de enquadramento dos bancos estrangeiros nos objectivos
preconizados pelo Governo.
Moçambique, assim como grande parte do continente africano esteve, até o ano de
1975, sob o regime colonialista. A 25 de Junho de 1975 conquista a independência,
transformando-se numa república popular, como um regime de partido único, até
Novembro de 1990, data da entrada em vigor da constituição que instaurou o regime
democrático multipartidário e um sistema de economia de Mercado.
Assim como bastante concentrado, a maior instituição possui 40% dos activos totais da
banca e os 90% dos activos e passivos da banca é possuído por apenas seis instituições
nomeadamente: ABC, BA, BCI Fomento, Millennium BIM, BIM e Standard Bank.
Bancos comerciais;
Agencias Cooperativas;
Casas de Câmbio;
Entidades habilitadas ao exercício de Funções de crédito;
Operadores de microcrédito;
Representação de instituição de crédito ou com sede no estrangeiro;
Sociedades de Administrativa de Compras em Grupo;
Sociedades de Gestão de Capitais de risco;
Sociedades de Investimento;
Sociedades de Locação Financeira.
Conclusão
Referências Bibliográficas
Doutrina
http://www.iese.ac.mz/lib/publication/livros/des2011/IESE_Des2011_8.ExpSer.
http://pt.scribd.com/doc/56709340/Sistema-Financeiro-em-Mocambique.
http://www.bancomoc.mz/Apresent.aspx?id=A&ling=pt.