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SISTEMA FINANCEIRO

Sistema financeiro é o conjunto que integra as políticas macroeconómicas, as intituições, os


intrumentos de política, a legislação financeira e a capacidade judicial existente para impôr o
cumprimento dos contratos.

O siatema financeiro assegura a canalização de poupanças para o investimento.

FUNÇÕES DO SISTEMA FINANCEIRO

A função principal do sistema financeiro é servir de intermediário entre os diferentes agentes


económicos, aforradores e investidores.

O sistema financeiro também tem a função de criar condições para que todos os aforradores
encontrem formas de investimento que os satisfaçam, sejam quais forem os volumes que
pretendem aplicar, os prazos por que querem investir ou os riscos que estão dispostos a correr.

COMPONENTES DO SISTEMA FINANCEIRO

As componentes do sistema financeiro são:

a) Mercados financeiros: é um local fi´sico ou meramente lógico onde, com regras


previamente definidas e mecanismos institucionais, é assegurada a canalização das
poupanças disponíveis dos aforradores (oferta de fundos) para os investidores (procura de
fundos), e simultaneamente, é viabilizada a transformação dessa oferta.
b) Intermediários financeiros: são os que tornam possível a transferência de fundos, mesmo
quando os aforradores estão em praças diferentes e distantes. Estes reduzem
substancialmente os custos de transação e os problemas de assimetria da informação
oferecendo serviços de liquidez aos aforradores pois, eles estão melhor esquipados que os
indivíduos.
os Bancos Comerciais são o principal tipo de intermediário financeiro.

SISTEMA FINANCEIRO EM MOÇAMBIQUE

No período após a independência o governo moçambicano adoptou um modelo socialista assente


numa economia planificada. A estrutura do sistema financeiro durante este período se enquadra
na lógica do funcionamento de uma economia centralizada e isto reduziu o sistema financeiro
moçambicano em três bancos, nomeadamente:
1. Banco de Moçambique (BM)
2. Banco Popular de Desenvolvimento (BPD)
3. Banco Standard Totta de Moçambique (BSTM)

O Banco de Moçambique ers responsávl pela fixação d taxa de juro, taxa de câmbio e política
creditícia do governo.
O Banco de Moçambique era a única instituição de financiamento, mas essa instituição não tinha
incentivo para desenvolver uma política regulamentar e de supervisão da actividade finaceira
porque o maior alvo dessa supervisão seria o próprio Banco de Moçambique.

Os principais constragimentos no funcionamento do sistema financeiro nessa altura foram:


1. O Banco de Moçambique era o que garantia o funcionamento do plano e supervisor das
actividades dos Bancos Comerciais;
2. A autonomia institucional do Banco de Moçambique foi reduzida;
3. O mecanismo de preços fixos fez com que a taxa de juro deixasse de representar o preço
do dinheiro;
4. Os cheques das empresas estatais, com base nos défices programados não eram pagos
pelo Estado e o cheque ficou desacreditado, com prejuízos directos sobre os meios de
pagamentos alternativos à emissão e circulação de moeda; e
5. As calamidaes naturais acompanhadas de fixação administrativa de preços contribuíram
para agravar as distorções entre a procura e ofertas agregadas.

LIBERALIZAÇÃO DO SISTEMA FINANCEIRO MOÇAMBICANO

A redifinição do paradigma económico do país exigiu que se adequasse o sistema financeiro a


um contexto da economia de mercado.
Neste contexto,a reforma desencadeada desde 1987, tem sido levado a cabo em quatro vestores
principais (segundo o Relatório Anual BM, 1996):
1. Reforma Jurídico-Legal: onde se criam leis que armonizam o funcionamento das
instituições financeiras fornecendo assim um quadro legal que se adequa a uma economia
de mercado.
2. Reforma Jurídico-Institucional: que tem como objentivo abertura do sector financeiro
nacional à iniciativa privada, de capitais nacionais e estrangeiros e a adequação do sector
público financeiro.
3. Reforma de Instrumentos de Política Monetária : tem como objectivo assegurar a gestão e
uso pleno dos instrumentos de política monetária, à disposição do Banco Central.
4. Promoção do Crédito: tem como objectivo possibilitar acesso a actividade creditícia por
parte de agentes económicos tradicionalmente não vinculados de forma directa à
intermediação financeira feita pelas instituições clássicas de crédito, envolvendo as
comunidades locaise, assegurando gradualmente a transformação das instituições
informais e smi-formais de crédito e poupanças em instituições formais.
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REFORMAS DOS INSTRUMENTOS DE POLÍTICA MONETÁRIA

Diversas reformas foram introduzidas tendo como plano de fundo a transição em curso para um
controlo monetário baseado em instrumentos indirectos. Dentre elas destacam-se as seguintes:
CDI- Banco de Moçambique; Relatório Anual do Banco de Moçambique; Dezembro de 1998:47.
A reforma dos instrumentos de política monetária visava assegurar que as instituições financeiras
possuíssem a todo tempoo, níveis adequados de liquidez e salvabilidade, a fim de garantir a
estabilidade do sistema bancário e consequentemente da economia.

MERCADO MONETÁRIO INTERBANCÁRIO (MMI)

O MMI surge como segmento do mercado monetário, no qual as instituições financeiras


autorizadas podem realizar a permuta de fundos representados pelos saldos das suas contas de
depósitos a ordem no BM ou valores mobiliários desmaterializados inscritos em contas- títulos
neste mesmo banco, visando equilibrar os excedentes e necessidades de moeda primária entre as
mesmas.
O MMI promove e melhora a disciplina na gestão de teouraria do Estado, garantindo o
financiamento dos défices temporários através da emissãp de Bilhetes de Tesouro.

BOLSAS DE VALORES

Bolsa de valores são instituições auxiliares de crédito que têm por objectivo a realização de
operações sobre valores mobiliários tais como: Acções, obrigações e títulos de participação.

IMPACTO DAS REFORMAS

Houve um incremento das intituições financeiras em Moçambique como corolário das reformas
em curso. Com a entrada de novas instituições financeiras aumenta a competitividade e nota-se
uma agressividade comercial das instituições envolvidas neste mercado oferecendo novos
produtos para além dos certificados de depósito, cheques e moedas.

TENDÊNCIAS EVOLUTIVAS DO SISTEMA FINANCEIRO

As principais tendências observadas nos sistemas financeiros são:


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 Desintermediação;
 Concorrência;
 Titularização;
 Liberalização;
 Internacionalização;
 Inovação;
 Desregulamentação; e
 Universalização.

A liberalização e desregulamentação do sistema financeiro permitem ao Banco de Moçambique,


exercer as suas funções que lhe são próprias dentro de uma economia de mercado como são o
uso de instrumentos cada vez mais eficientes e feicazes no controlo da política monetária e
cambial.
O preço da taxa de juro e das divisas são determinadaos pelas leis de mercado permitindo uma
abertura ao surgimento e envolvimento crescente de novas instituições financeiras que
direcionam o “trend” de desenvolvimento deste sector cada vez mais competitivo e agressivo.
Assim, surgem novos operadores no mercado com novos produtos e com uma nova postura de
mercado.
O alargamento dos serviços oferecidos por estas instituições tendem a reduzir o custo e o tempo
das transações comerciais. Os actuais instrumentos de transação (sistema on –line) permitem
movimentar grandes somas monetárias em tempo recorde.
Como forma de caminhar ainda dentro desta tendência de desenvolvimento do Sistema
Financeiro moderno é necessário que se crie um conjunto de regras que procurem garantir que só
entrem na actividade bancária empresas e respectivos accionistas, gestores e outros dirigentes
que preservem as boas condições de concorrência e de segurança necessária ao bom
funcionamento do sistema. É necessário também que haja uma formação de capital humano cada
vez mas especializada nesta àrea e que ainda que os agentes económicos tenham rendimento e
cultura de diversificação do seu portifólio.

FINANÇAS PÚBLICAS

As finanças públicas têm três funcões:


 Função Afectacção dos Recursos: é a capacidade que o Estado tem para preceder à
afectação de recursos (monetarios) através dos seus programas de despesas.
 Função Redistribuitiva: é a prerrogativa conferida ao Estado de transterir os custos das
despesas decorrentes do exercício das suas funções para cada um dos membros da
sociedade.

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 Função Estabilizadora: influencia decisivamente a actividade económica no sentido de
contrariar as tendencias conjunturais e no sentido de as agravar.

O Estado é titular de um património constituido por um conjunto de bens económicos


traduzíveis em termos monetários (activo patrimonial) e, respectivas responsabilidades
também avaliáveis monetariaamente (passivo patrimonial).

As receitas públicas são, a forma por onde as entidades públicas obtêm rendimento para
fazerem face as suas despesas. Existem dois tipos de receitas públicas, receitas
patrimoniais e receitas tributárias.

As despesas públicas são a forma de aplição das receitas do sector público, tendo em
vista a realizção de determinados fins, como a despesa pública e assim uma afectação dos
recursos.

O Sistema de Administração Financeira do Estado (SISTAFE) é uma lei que estabelece e


harmoniza regras e procedimentos de programação, gestão, execução e controlo dos
recursos públicos, de modo a permitir o seu uso eficaz e eficiente, bem como produzir a
informação de forma atempada no que diz respeito a administração financeira de órgaos e
instituições do Estado.

Os objestivos do SISTAFE são:


 Estabelecer e harmonizar regras e procedimentos de programação, gestão, execução e
controlo dos recursos públicos;
 Desenvolver subsistemas que proporcionem informação oportuna e fiável sobre o
comportamento orçamental e patrimonial dos órgãos e instituições do Estado;
 Estabelecer, implementar e manter um sistema contabilístico de controlo da execução
orçamental e patrimonial que se adeque às necessidades de registo, organização,
informação e avaliação do desempenho das acções desenvolvidas no domínio da
actividade financeira dos órgãos e instituições do Estado;
 Estebelecer, implementar e manter o sistema de controlo interno eficiente e eficaz;
 Estabelecer, implementar e manter um sistema de procedimentos adequados a uma
correctta, eficaz e eficiente condução económica das actividades resultantes dos
progrmas, projectos outras operações no âmbito da planificação programática delineada
e dos objectivos pretendidos.

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