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Índice

1. Introdução ........................................................................................................................... 2

1.1. Objectivos .................................................................................................................... 2

1.1.1. Geral ..................................................................................................................... 2

1.1.2. Objectivos Específicos ......................................................................................... 2

2. Sistema Financeiro ............................................................................................................. 3

2.1. Conceito ...................................................................................................................... 3

2.2. Sistema Financeiro Moçambicano .............................................................................. 3

2.2.1. Desenvolvimento do Sector Financeiro de 1990 a 2003 ..................................... 4

2.2.2. Desenvolvimento do Sector Financeiro de 2003 a 2012 ..................................... 4

2.3. Importância do sistema financeiro .............................................................................. 5

3. Mercado De Capitais .......................................................................................................... 5

3.1. Conceito ...................................................................................................................... 5

3.2. Bolsa de Valores.......................................................................................................... 6

3.2.1. Produtos Disponíveis ........................................................................................... 6

3.2.2. Vantagens e Benefícios da Utilização de Bolsas de Valores ............................... 7

3.2.3. Requisitos Necessários para Subscrição na Bolsa de Valores ............................. 8

4. Conclusão ........................................................................................................................... 9

5. Bibliografia ....................................................................................................................... 10
1. Introdução
O presente trabalho da cadeira de Gestão Financeira I, aborda sobre o Sistema Financeiro
Moçambicano, passou por grandes transformações ao longo da história do país. Factores como o
abandono da economia socialista para a economia de mercados, em 1987, e as crises bancários
no período de 2000 – 2001, trouxeram a necessidade de uma adaptação rápida de modo a evitar
o colapso do sistema financeiro.

Então, o funcionamento das economias modernas requer sempre maiores investimentos e por
isso as empresas precisam maiores necessidades de capitais que as poupanças das famílias
fornecem através dos mercados financeiros.

1.1.Objectivos
1.1.1. Geral
 Abordar sobre o Sistema Financeiro Moçambicano

1.1.2. Objectivos Específicos


 Definir Sistema Financeiro;
 Descrever o Sistema financeiro Moçambicano nos últimos anos;
 Identificar a Importância do Sistema Financeiro;
 Definir Mercado de Capital;
 Definir Bolsa de Valores;

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2. Sistema Financeiro
2.1.Conceito

O sistema financeiro é o conjunto de instituições (entidades financeiras e governamentais),


meios (ativos financeiros) e mercados que permitem que as poupanças (dinheiro ocioso) de
alguns agentes económicos vão para as mãos dos requerentes de crédito. Canalizar a poupança
e o investimento de forma a garantir que seja alocado da forma mais eficiente possível. E, como
consequência, há crescimento econômico.

Portanto, o sistema financeiro serve para mediar entre aqueles que têm dinheiro em excesso e
querem emprestá-lo e aqueles que precisam de financiamento. Em outras palavras, o que o
sistema financeiro gera são créditos. Um ator muito importante dentro do sistema financeiro
são os bancos, que atuam como intermediários entre quem tem dinheiro em excesso e quem
precisa dele. Além disso, facilitam as condições para ambas as partes. Eles ajustam o dinheiro
que recebem e emprestam no tempo e na quantidade, dependendo das necessidades do agente
econômico com excesso de dinheiro e do requerente do dinheiro. O empréstimo direto pelo
provedor de poupança e pelo tomador do empréstimo seria impossível, porque suas
necessidades de dinheiro provavelmente não seriam as mesmas em termos de quantidade e
tempo.

2.2.Sistema Financeiro Moçambicano


Evidentemente, tendo em conta que os Sistemas Financeiros mudam constantemente, de modo
a responder a procura do público, ao desenvolvimento de novas tecnologias e as mudanças nas
leis e regulamentações. A competição nos mercados financeiros força os sistemas financeiros
a responder as necessidades do público desenvolvendo melhores e mais conveniente serviços
financeiros.

Na última década o desempenho económico de Moçambique tem sido forte. A estabilidade


macroeconómica, reformas estruturais sustentáveis, participação de fluxo substancial de ajuda
externa, e o aumento do fluxo da IDE, particularmente o aumento do número de megaprojetos
de IDE nas indústrias extrativas, gerou uma taxa média de crescimento anual do PIB real de
7,5 por cento ao longo dos últimos dez (10) anos. Este bom desempenho é, em grande parte,
resultado da estratégia macroeconómica prudente perseguido pelo Governo. A política fiscal
tem- -se concentrado no apoio aos sectores prioritários, manter a sustentabilidade da dívida, e
limitar o endividamento interno para permitir que uma percentagem considerável de recursos

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internos sejam canalizados ao sector privado. A política monetária tem sido orientada para a
estabilidade de preços através da meta da reserva monetária num contexto de um regime de
taxa de câmbio flexível. Melhorias na gestão monetária reduziram elevadas e voláteis taxas de
juros reais, enquanto as operações cambiais procuraram de forma semelhante conter a
volatilidade da taxa de câmbio.

2.2.1. Desenvolvimento do Sector Financeiro de 1990 a 2003

No período em análise, o sistema financeiro moçambicano, que estava com menos de 2 bilhões
de dólares norte-americanos em activos totais, transitou de um sistema totalmente controlado
pelo estado para um sistema de mercado baseado e dominado por bancos privados que
representavam cerca de 95 por cento do total de activos do sistema financeiro. Com excepção
de um banco pequeno, recém-fundado na altura, os intermediários financeiros eram
maioritariamente detidos por instituições estrangeiras, principalmente de Portugal e da África
do Sul. O sistema bancário estava fortemente concentrado em 6 bancos com 96% do total dos
depósitos, dos quais o banco dominante detinha 45%. O sistema financeiro era também
caracterizado por uma crescente dolarização: em 1997, 44% dos depósitos e 30% dos
empréstimos eram denominados em moeda estrangeira, e no final de 2002 os índices de
dolarização tinha aumentado para 51% dos depósitos e 70% dos empréstimos.

2.2.2. Desenvolvimento do Sector Financeiro de 2003 a 2012

Para superar as limitações ao crédito bancário e estimular um crescimento rápido e sustentável


da intermediação financeira, importantes reformas macroeconómicas e do sector financeiro
foram levadas a cabo pelo Governo entre 2005 e 2012. O Governo, em colaboração com os
doadores e a sociedade civil, desenvolveu e implementou um programa abrangente de reforma
do sector financeiro apoiado pelo Projecto de Assistência Técnica ao Sector Financeiro-
FSTAP. Entre as reformas levadas a cabo no sector financeiro destacam-se: A aprovação, em
2004, de uma nova lei das instituições de crédito e sociedades financeiras, na qual são
reforçados a independência e os poderes da autoridade supervisora; O estabelecimento, em
2005, de três secções para a resolução de litígios comerciais nos Tribunais Provinciais de
Maputo, Beira e Nampula; A realização de um diagnóstico da situação económico-financeira
dos principais bancos (2005); A implementação, em 2007, das NIRF para os bancos; a
aprovação, em 2007, da nova lei de insolvência bancária e a aprovação, em 2007, de uma nova
lei que cria o Gabinete de Informação Financeira de Moçambique (GIFiM).

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2.3.Importância do sistema financeiro

Por isso, o sistema financeiro é muito importante dentro da economia, pois gera mais renda
para quem empresta e também incentiva a criação de empresas, algo fundamental para a
economia.
Existem diferentes instrumentos para realizar esta relação: produtos bancários como contas,
depósitos, etc.; produtos de investimento, como ações, fundos mútuos, títulos, etc.; planos de
pensão e produtos de seguro, como seguro de vida.

Existem pessoas mais interessadas em finanças e recorrem aos mercados para resolver suas
necessidades financeiras. No entanto, muitas outras pessoas veem os bancos como a solução
econômica para suas necessidades.

3. Mercado De Capitais
3.1.Conceito
O Mercado de Capitais é uma divisão do sistema financeiro, responsável por fazer a
intermediação entre aqueles que precisam captar recursos de longo prazo para a implantação
de seus projetos, como a expansão de uma empresa, com os investidores, que dispõe desses
recursos e desejam investi-los. No Mercado de Capitais, a relação existente entre as partes
envolvidas é diferente.

Ela ocorre por meio da negociação de ativos ou de títulos de dívidas, conhecidas como
debêntures.

O Mercado de Capitais é o responsável por conferir liquidez aos títulos emitidos pelas
empresas, possibilitando a negociação entre vendedores e compradores e, assim, permitindo
assim a capitalização das instituições. Dessa maneira, o Mercado de Capitais direciona o
recurso financeiro de longo prazo disponíveis para os mais variados segmentos da atividade
econômica.

Podemos dividir o Mercado de Capitais em dois segmentos:

 Mercado Primário

 Mercado Secundário.

O Mercado Primário é onde ocorre a oferta inicial de capital das empresas.

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É nesse momento que as empresas se capitalizam, garantindo recursos para seus investimentos.
Os bancos também se utilizam desse mecanismo para obter recursos para as suas operações,
ou seja, para garantir dinheiro para emprestá-lo às pessoas físicas e jurídicas.

Já o Mercado Secundário consiste nas negociações dos valores mobiliários entre os


investidores. Ou seja, nessa situação, o dinheiro resultante da venda de uma ação não vai mais
para a empresa, mas sim para o vendedor da ação.

3.2.Bolsa de Valores
A Bolsa de Valores é uma pessoa colectiva de direito público, com a natureza de instituto
público, dotada de autonomia administrativa, financeira e patrimonial. Cabe a Bolsa de Valores
a criação e manutenção de local e sistemas dotados de meios necessários ao funcionamento de
um mercado livre e aberto para a realização de compra e venda de valores mobiliários. A Bolsa
assegura também os serviços de registo, compensação, liquidação e divulgação de informação
suficiente e oportuna sobre as operações realizadas.

3.2.1. Produtos Disponíveis


O mercado de capitais dispõe de um conjunto de instrumentos financeiros, com diferentes graus
de risco, liquidez e rentabilidade, emitidos por entidades públicas e privadas, e negociáveis em
Bolsa. Estes instrumentos são títulos ou valores mobiliários, representados de forma física ou
materializada (as acções em papel) ou escriturais/desmaterializados (registos electrónicos).
Podem ainda ser títulos ao portador (sem identificação do seu titular) ou nominativos (com
identificação do titular).
Acções
Acções são títulos representativos de uma parcela do capital social de uma empresa. As acções
podem apresentar-se de duas formas: física (um certificado) ou escritural (registo em contas
título).As acções permitem que as empresas se financiem através da venda das mesmas ou da
emissão de novas. Ao comprar uma acção, a pessoa torna-se acionista da empresa que emitiu
esse título, na proporção das acções detidas.

Obrigações
Uma emissão de Obrigações (também designada por emissão obrigacionista) é um empréstimo
de médio/longo prazo (mais de 1 ano), onde a empresa vai obter os recursos financeiros que
precisa junto dos investidores, através do mercado de capitais, pela contrapartida de uma taxa
de juro e pela devolução do valor investido até ao final do período do empréstimo.

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As Obrigações quando Emitidas pelo Estado chamam-se Obrigações do Tesouro.
As Obrigações quando Emitidas pelas Empresas chamam-se Obrigações Corporativas.

Papel Comercial
Uma emissão de Papel Comercial é um empréstimo de curto prazo (até 1 ano), onde a empresa
vai obter os recursos financeiros que precisa junto dos investidores, através do mercado de
capitais, pela contrapartida de uma taxa de juro e pela devolução do valor investido até ao final
do período do empréstimo.

Os intervenientes principais na Bolsa de Valores são:

i. As Entidades Emitentes (Empresas e Estado,) pelo lado da oferta;

ii. Os Investidores, pelo lado da procura;

iii. Os Intermediários Financeiros (Bancos Comerciais, Bancos de Custódia de Títulos,


Operadores de Bolsa), do lado da intermediação; e

iv. A Entidade de Tutela e de Supervisão, do lado da regulamentação

3.2.2. Vantagens e Benefícios da Utilização de Bolsas de Valores

São várias as vantagens que as empresas têm ao obter financiamento por via da bolsa, mas
existem algumas que são significativas para as empresas, nomeadamente:

 Financiamento sem Juros, por via de uma oferta pública ou privada de venda, as
empresas podem vender parte dos seus títulos, e em contrapartida captarem poupanças
dos investidores e financiarem seus projectores de investimento; e
 Possibilidade de negociação do montante que a empresa deseja e da taxa de juro que a
empresa está disposta a remunerar ao investidor pelo montante, por via de emissão de
títulos de dívida (obrigações ou papel comercial).

Para além disso existem vários outros benefícios de investir em títulos cotados na Bolsa de
Valores de Moçambique, dentre eles merece realce:
 Diversificar a forma de aplicar o valor da nossa poupança;
 Maior lucratividade (lucro) do investimento;
 Maior segurança das operações;
 Maior Transparência nas transações;
 Maior facilidade de compra e venda;

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 Maior universo de clientes;
 Negociação num mercado regulamentado;
 Isenção de Imposto de selo na transação de títulos cotados na Bolsa;
 Benefício fiscal [os dividendos das acções cotadas são tributados à taxa de 10% em vez
de 20% (acções não cotadas), representando uma poupança fiscal de 50% na tributação
de IRPS/IRPC]; Facilita a transmissão em caso de herança e sucessões; e
 Possibilidade de expatriamento de capitais.

3.2.3. Requisitos Necessários para Subscrição na Bolsa de Valores


As condições mais importantes para uma empresa ser admitida à cotação são quatro:

1. A empresa deve ser uma Sociedade Anónima, para ter o capital social representado
por acções;
2. As acções da sociedade devem ser livremente transmissíveis;
3. A sociedade tem de ter contas auditadas, e;
4. Parte das acções que representam o capital social das empresas devem estar
dispersas pelo público.

Uma vez que as empresas tenham as condições básicas para cotarem-se na Bolsa de Valores,
as empresas têm de assegurar que as suas acções estão registadas na Central de Valores
Mobiliários, assim como os seus accionistas, e solicitarem à Bolsa de Valores o pedido de
Admissão à Cotação, cujo processo documental faz parte um dos mais importantes documentos
para a tomada de decisão dos investidores, o Prospecto de Admissão à Cotação.

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4. Conclusão
Dada a realização do trabalho em causa durante o desenvolvimento do mesmo conclui-se o
sistema financeiro de qualquer pais, lugar ou região mostra-se relevante pois suporta a
circulação pois ele serve para mediar entre aqueles que têm dinheiro em excesso e querem
emprestá-lo e aqueles que precisam de financiamento. Em outras palavras, o que o sistema
financeiro gera são créditos. Nos anos o desempenho económico de Moçambique tem sido
forte mostrando desta forma que a evolução em Moçambique foi e é muito importante dentro
da economia, pois tem gerado muita renda.

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5. Bibliografia
 Estratégia Para o desenvolvimento do Sector Financeiro 2013 – 2022;
 Manual de Licenciatura do curso de Licenciatura em contabilidade e Auditoria
Marcados Financeiros e de Capitais;
 Sistema financeiro - O que é, definição e conceito - 2021 Economy-Wiki.com
(economy-pedia.com);
 Mercado de Capitais: O que é e como funciona? - FIA;
 Financiamento - Bolsa de Valores de Moçambique (bvm.co.mz)

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