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EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
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INSTITUTO SUPERIOR DE CIÊNCIAS E
EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
Departamento de Ciências de
Educação Curso de Licenciatura
em Contabilidade e Auditoria
Tutor:
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Índice
1. Introdução.................................................................................................................. 4
4. Conclusão ................................................................................................................ 10
5. Referências .............................................................................................................. 11
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1. Introdução
O presente documento, desenvolvido por mim, visa complementar
algumas informações abordando a temática refente ao Banco Central e
aos Instrumentos de Política Monetária a fim de tornar sua
compreensão mais ampla e estender o alcance do conhecimento
produzido no trabalho em questão, para a comunidade interna e
externa, incluindo o público leigo, contribuindo para o fortalecimento
acerto do conteúdo em questão.
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2. Banco Central
Banco central é a instituição de um país à qual se tenha confiado o
dever de regular o volume de dinheiro e de crédito da economia . Essa
atribuição dos bancos centrais geralmente está associada ao objetivo
de assegurar a estabilidade do poder de compra da moeda nacional.
Além disso, a maior parte dos bancos centrais também tem como
missão promover a eficiência e o desenvolvimento do sistema
financeiro de um país.
Monopólio de emissão;
Banqueiro do governo;
Banco dos bancos;
Supervisor do sistema financeiro;
Executor da política monetária; e
Executor da política cambial e depositário das reservas
internacionais.
● Open Market;
● Redesconto;
● Depósito compulsório;
Dito isso, uma menção a cada um deles e faz necessária para seus
respectivos entendimentos.
Open Market
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Em uma tradução direta para o português, o Open Market é algo relativo a “mercado
aberto”, e baseia-se na compra e venda de títulos públicos federais.
Neste sentido, o Banco Central pode comprar ou vender esses títulos da maneira que
achar mais conveniente, de acordo com sua necessidade.
Redesconto
Geralmente, o redesconto é utilizado em casos mais graves e, por conta disso, apresenta
um caráter mais “punitivo”, onde as taxas de juros geralmente são mais elevadas que a
média.
Depósito Compulsório
Dessa maneira, quanto maior é esse tipo de depósito, menor a quantidade de dinheiro
que os bancos terão disponível para financiar a economia como um todo.
Com isso, é de se esperar que, por meio do Banco Central e de suas políticas monetárias
coerentes, que a economia se movimente sob padrões cíclicos. Entretanto, sob a certeza
de que com atitudes e decisões tomadas de maneira serena e prudente, os seus padrões
variem e tendam a se movimentar diante de conjunturas que proporcionem um bom
desempenho do mercado no longo prazo.
Isto posto, fica claro que, para todo investidor, se atentar aos instrumentos de política
monetária utilizados pelas entidades competentes pode representar um sucesso no que
diz respeito à aplicação de capital no mercado financeiro com foco em um horizonte
considerável de tempo.
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A dívida pública aumentou meteoricamente na última década, com impactos
significativos na escassez e encarecimento do capital para a diversificação do
investimento e da base produtiva, e na promoção de um sector financeiro com
tendências especulativas. O endividamento público, combinado com as tendências
extractivas da economia, enfraqueceu, ou impediu o desenvolvimento da capacidade do
Estado de prover serviços públicos baratos, acessíveis e de qualidade para a promoção
das capacidades produtivas alargadas e diversificadas, orientadas para a reprodução de
uma economia multifacetada, que consiga alimentar-se e alimentar os cidadãos,
substituir importações efectivamente e diversificar a base de exportação.
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Assim, qualquer abordagem para desenvolver capacidades empresariais e produtivas
tem de considerar a relação dinâmica entre as condições macroeconómicas, produtivas e
comerciais, incluindo a política macroeconómica. Nesse sentido, deve começar-se por
olhar para o impacto dos padrões actuais do crescimento, comércio e investimentos nas
condições macroeconómicas, e como as políticas macroeconómicas afectam as
dinâmicas macroeconómicas, produtivas e comerciais. O nexo macroeconomia-
produção/investimento-comércio em Moçambique apresenta três características
principais. Primeira, a base produtiva da economia é fortemente dependente da
importação, de tal modo que as importações de bens de investimento são altas e
proporcionalmente sensíveis ao investimento. Segunda, a base de exportação é
altamente afunilada e concentrada, estabelecida em torno de produtos primários e, até
2001, não era elástica em relação ao investimento. Assim, o investimento e expansão
económica sempre estiveram associados com défices crónicos e crescentes da balança
comercial. Isto é, cada vez que a economia se expande, o défice da balança comercial
aumenta ao ponto de crise. Terceira, o investimento é altamente dependente dos fluxos
de capital estrangeiro. Assim, quando o investimento e a economia expandem o saldo de
capital torna-se altamente positivo. No curto prazo, o saldo da balança de capital pode
compensar parte do défices comercial gerado pela expansão económica. No longo
prazo, se os fluxos de capitais estrangeiros não forem contínuos, o repatriamento de
capital e pagamento de juros (e outros serviços de investimento) contribuirão para
agravar o equilíbrio global do défices de pagamento. Isto é, o défices comercial é
crónico, enquanto que o saldo da balança de capital é de curto a médio prazo. Assim, o
efeito duradouro do crescimento rápido é o equilíbrio dos desequilíbrios de pagamento
(Castel-Branco 2002a, 2002b, 2003).
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4. Conclusão
Os bancos centrais adequaram suas acções e objectivos à situação econômica vivida
pelos países ao longo do século, o que fez com que prevalecesse a visão ortodoxa em
determinados momentos, e a heterodoxa em outros. O banco central mostrou-se
depender muito da sociedade, e como esta enxerga os desafios que se colocam à sua
frente.
Do ponto de vista mais geral, este artigo levanta reflexões sobre até que ponto as
estratégias globais de governação económica se relacionam com dinâmicas de
desenvolvimento da capacidade empresarial e produtiva em Moçambique, com foco
específico no mais recente plano do governo para a redução da pobreza.
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5. Referências
Castel-Branco, C.N., Goldin, N., 2003. Impacts of the Mozal Aluminium
Smelter on the Mozambican Economy (Final Report submited to Mozal).
Maputo.
GdM, 2011. Plano de Acção para Redução da Pobreza (PARP) 2011-2014.
Governo de Moçambique, Maputo.
Woodhouse, P., 2012. Agricultura, Pobreza e a Receita do PARP, in: Brito, L.
de, Castel Branco, C.N., Chichava, S., Francisco, A. (Eds.), Desafios Para
Moçambique 2012. IESE. Maputo.
BASTIAN, E. F. “Os Objetivos da Política Monetária em Perspectiva Histórica: um
estudo a partir das experiências da Alemanha, Estados Unidos e da Inglaterra (1914-
2000)”. In: XIV Encontro Regional da Ampuh-Rio, Rio de Janeiro, 2010, pp.1-11.
BATISTA JÚNIOR, P. N. (2003). Palestra proferida no Seminário realizado pela
Comissão de Economia, Indústria, Comércio e Turismo da Câmara dos Deputados em
10 de junho de 2003. In: BANCO CENTRAL (2004): Autonomia x Independência.
Brasília: Câmara dos Deputados, Coordenação de Publicações, 2004. (Ação
Parlamentar, 284), pp. 40-45. Disponível em
http://www.marceloguimaraesfilho.com.br/2010/images/legislacao/bacen.pdf. Acesso
em: 17 out. 2011.
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