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Instituto Tecnico Profissional & Aduaneiro de Moçambique-CSA

Curso: TMG-VI

Cadeira: Gestão e Administração II

Tema: Administração, Controle e Dispensa de Medicamentos

Nampula, Fevereiro de 2024


Formandos:

 Regina Carla Cosme João Sumila


 Florência Fernanado António
 Lurdes Alexandre Trinta

Curso: TMG-VI

Tema: Administração, Controle e Dispensa de Medicamentos

Trabalho de Carácter Avaliativo da


Cadeira de Gestão e Administração
II, leccionado pelo docente:
Dr: Angelo Lemos Miguel Serrote

Nampula, Fevereiro de 2024


Índice

1. Introdução......................................................................................................................................4
1.1. Objectivos..................................................................................................................................4
1.1.1. Gerais..........................................................................................................................................4
1.1.2. Específicos...................................................................................................................................4
2. Gestão e Administração Financeira...............................................................................................5
3. Princípios de sistema de contabilidade..........................................................................................6
4. Normas de sistema de contabilidade..............................................................................................8
5. Preenchimento de formulário de requisição...................................................................................8
6. Organização os arquivos de comprovacao de gasto (recibos) conforme as normas do sistema
nacional de saúde (SNS)......................................................................................................................10
7. Preenchimento correctamente os livros de contabilidade.............................................................11
8. Elaboração de proposta de orçamento..........................................................................................12
9. Confrontação dos gastos com um orçamento aprovado (analise de fluxo de fundo)....................13
10. Reconciliação bancária............................................................................................................14
10.1. Importância da Reconciliação Bancária...............................................................................16
10.2. Periodicidade da Reconciliação Bancária............................................................................16
11. Importância e a periodicidade dos relatórios financeiros.........................................................16
11.1. Importância dos Relatórios Financeiros...............................................................................17
11.2. Periodicidade dos Relatórios Financeiros............................................................................17
12. Conclusão................................................................................................................................18
13. Referências bibliográficas........................................................................................................19
1. Introdução

O presente estudo trata acerca do assunto Gestão e Administração Financeira, dizer que para
compreender e entender o sentido e o significado de finanças, que corresponde ao conjunto
de recursos disponíveis circulantes em espécie que serão usados em transações e negócios
com transferência e circulação de dinheiro. Sendo que há necessidade de se analisar a fim de
se ter exposto a real situação económica dos fundos da empresa, com relação aos seus bens e
direitos garantidos.

Analisando-se, verifica-se que as finanças fazem parte do cotidiano, no controle dos recursos
para compras e aquisições, tal como no gerenciamento e própria existência da empresa, nas
suas respectivas áreas, seja no marketing, produção, contabilidade e, principalmente no
planejamento de nível estratégico, gerencial e operacional em que se toma dados e
informações financeiras para a tomada de decisão na condução da empresa. Um sistema de
contabilidade é fundamentado em uma série de princípios e normas que orientam a forma
como as transações financeiras são registradas, relatadas e interpretadas. Esses princípios e
normas são essenciais para garantir a precisão, transparência e consistência das informações
contábeis.

1.1. Objectivos

1.1.1. Gerais

 Estudo de Gestão e Administração Financeira

1.1.2. Específicos

 Descrever os princípios e normas de um sistema de contabilidade;


 Descrever o preenchimento de formulário de requisição de pagamento;
 Explicar a organização de arquivos de comprovação de gastos conforme as normas de
SNS;
 Descrever a elaboração de uma proposta de orçamento;
 Descrever a reconciliação bancária;
 Explicar a importância de reconciliação bancária;
 Explicar a importância e periocidade de um relatório financeiro.

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2. Gestão e Administração Financeira

Para Lemes Junior (2002, p. 243), a gestão e administração financeira são aspectos
fundamentais para o sucesso de qualquer organização, seja ela uma empresa, uma instituição
sem fins lucrativos ou mesmo uma unidade governamental.

Esses processos envolvem o planejamento, controle e tomada de decisões relacionadas aos


recursos financeiros de uma entidade.

Para Gitman, (2004), a administração financeira é uma ferramenta ou técnica utilizada para
controlar da forma mais eficaz possível, no que diz respeito à concessão de credito para
clientes, planejamento, analise de investimentos e, de meios viáveis para a obtenção de
recursos para financiar operações e atividades da empresa, visando sempre o
desenvolvimento, evitando gastos desnecessários, desperdícios, observando os melhores
“caminhos” para a condução financeira duma instituição.

Os elementos-chave da gestão e administração financeira:

2.1. Planejamento Financeiro


 Orçamento: Estabelecer metas financeiras e alocar recursos para diferentes áreas ou
projetos.
 Previsão Financeira: Projetar receitas, despesas e fluxo de caixa futuro.
 Análise de Viabilidade: Avaliar a viabilidade financeira de novos projetos ou
investimentos.
2.2. Contabilidade e Controle Financeiro
 Registros Financeiros: Manter registros precisos de transações financeiras.
 Relatórios Financeiros: Preparar relatórios financeiros regulares, como balanços,
demonstrações de resultados e fluxos de caixa.
 Auditoria: Realizar auditorias internas ou externas para garantir conformidade e
precisão nos registros.
2.3. Gestão de Fluxo de Caixa
 Monitoramento: Acompanhar entradas e saídas de dinheiro para garantir liquidez
adequada.
 Gestão de Crédito: Gerenciar prazos de pagamento e cobranças para otimizar o fluxo
de caixa.

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2.4. Gestão de Riscos Financeiros
 Identificação de Riscos: Avaliar e identificar potenciais riscos financeiros, como
flutuações cambiais, taxas de juros e volatilidade do mercado.
 Mitigação de Riscos: Desenvolver estratégias para mitigar ou reduzir os impactos de
riscos financeiros.
2.5. Investimentos e Financiamento
 Análise de Investimentos: Avaliar oportunidades de investimento para maximizar o
retorno sobre o investimento.
 Financiamento: Avaliar opções de financiamento, como empréstimos bancários,
emissão de títulos ou capital próprio.
2.6. Tomada de Decisões Financeiras:
 Análise de Custo-Benefício: Avaliar os custos e benefícios de diferentes opções
antes de tomar decisões financeiras.
 Priorização de Investimentos: Decidir onde alocar recursos financeiros com base
nas metas estratégicas da organização.
2.7. Cumprimento de Normas e Regulamentações:
 Conformidade Legal: Garantir que todas as atividades financeiras estejam em
conformidade com as leis e regulamentos relevantes.
 Ética Financeira: Adotar práticas financeiras éticas e transparentes.
2.8. Estratégias de Crescimento e Sustentabilidade:
 Desenvolvimento Estratégico: Desenvolver estratégias financeiras para impulsionar
o crescimento e a sustentabilidade a longo prazo da organização.
 Responsabilidade Social Corporativa: Integrar considerações financeiras com
preocupações sociais e ambientais.
2.9. Tecnologia e Inovação:
 Sistemas Financeiros: Utilizar sistemas e tecnologias financeiras para automatizar
processos e melhorar a eficiência.
 Análise de Dados: Utilizar análise de dados para informar as decisões financeiras e
identificar oportunidades de melhoria.

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3. Princípios de sistema de contabilidade

Segundo Ross, Westerfield e Jordan (2008), os princípios de um sistema de contabilidade são


os fundamentos que orientam a forma como as transações financeiras são registradas,
processadas e relatadas. Esses princípios fornecem as bases para a contabilidade e garantem
que as informações financeiras sejam precisas, confiáveis e relevantes para os usuários
internos e externos. Os princípios fundamentais de um sistema de contabilidade:

3.1. Princípio da Entidade: Reconhece a entidade contábil como uma unidade separada e
distinta das pessoas que a controlam. Isso significa que os registros contábeis devem ser
mantidos para a entidade em si e não para seus proprietários.
3.2. Princípio da Continuidade (ou Continuidade Operacional): Assume que a
entidade continuará operando no futuro previsível. Isso influencia as decisões de
contabilização, pois os ativos são registrados com base em seu custo histórico,
presumindo que serão usados na operação contínua da empresa.
3.3. Princípio do Custo Histórico: Os activos são registrados pelo valor pelo qual foram
adquiridos, ou seja, seu custo original de aquisição. Esse princípio proporciona
objetividade aos registros contábeis, evitando a especulação sobre o valor dos ativos.
3.4. Princípio da Competência (ou Realização): As receitas são reconhecidas quando
ganhas e realizáveis, independentemente de terem sido recebidas em dinheiro ou não. As
despesas são reconhecidas quando incorridas, independentemente de terem sido pagas ou
não.
3.5. Princípio da Consistência: Os métodos contábeis devem ser aplicados
consistentemente de um período para outro, garantindo a comparabilidade dos relatórios
financeiros ao longo do tempo. Isso significa que uma empresa deve usar os mesmos
métodos de contabilização para transações similares em períodos diferentes.
3.6. Princípio da Materialidade: Exige que os registros contábeis concentrem-se apenas
nas informações relevantes e significativas para os usuários das demonstrações
financeiras. Transações ou eventos irrelevantes podem ser ignorados se sua inclusão não
alterar substancialmente a interpretação das informações financeiras.
3.7. Princípio da Conservação (ou Prudência): Requer que os contadores sejam
conservadores em suas estimativas e escolhas contábeis. Isso significa que devem assumir
que as perdas potenciais são reconhecidas imediatamente, enquanto os ganhos potenciais
só são reconhecidos quando realizados.

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3.8. Princípio da Uniformidade (ou Uniformização): Estabelece que as práticas
contábeis adotadas por uma entidade devem ser consistentes ao longo do tempo e
aplicadas uniformemente em todas as áreas da contabilidade.

4. Normas de sistema de contabilidade

As normas contábeis são diretrizes e regulamentos estabelecidos por órgãos reguladores e


organizações contábeis para garantir a consistência, transparência e conformidade nas
práticas contábeis. Essas normas orientam a preparação, apresentação e divulgação das
informações financeiras de uma entidade, (Zanduca, 2010).

As principais normas de sistema de contabilidade:

4.1. Normas Internacionais de Relato Financeiro (IFRS): Desenvolvidas pelo


International Accounting Standards Board (IASB), as IFRS são um conjunto de normas
contábeis internacionais adotadas em muitos países ao redor do mundo. Elas visam
garantir a consistência e comparabilidade das informações financeiras em escala global.
4.2. Princípios Contábeis Geralmente Aceitos (GAAP): Nos Estados Unidos, as normas
contábeis são regidas pelos GAAP, que são um conjunto de princípios, normas e
procedimentos contábeis estabelecidos pelo Financial Accounting Standards Board
(FASB).
4.3. Normas de Auditoria: Além das normas contábeis, existem normas de auditoria que
regulam a conduta dos auditores na realização de auditorias de demonstrações financeiras.
Por exemplo, as Normas de Auditoria Geralmente Aceitas (GAAS) nos EUA e as Normas
Internacionais de Auditoria (ISA) emitidas pelo International Auditing and Assurance
Standards Board (IAASB).
4.4. Legislação Fiscal e Regulamentações Governamentais: Regras e regulamentos
estabelecidos por agências governamentais que afetam a contabilidade e a divulgação de
informações financeiras. Isso inclui leis fiscais, como o código tributário, e
regulamentações específicas para setores regulamentados.
4.5. Ética Profissional: As normas éticas e de conduta profissional também são uma parte
importante do sistema de contabilidade. Elas estabelecem os princípios e valores que os
contadores devem seguir em sua prática profissional, promovendo a integridade,
objetividade e responsabilidade.

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5. Preenchimento de formulário de requisição

O preenchimento de um formulário de requisição de pagamento pode variar dependendo da


organização, instituição ou empresa, mas geralmente inclui informações básicas sobre a
transação financeira que está sendo solicitada. Os passos comuns para preencher esse tipo de
formulário, Guerreiro (2006, p.17):

5.1. Informações do Requisitante:


 Nome do requisitante ou departamento.
 Cargo ou posição do requisitante.
 Detalhes de contacto (telefone, e-mail).
5.2. Informações do Fornecedor ou Credor:
 Nome completo ou razão social do fornecedor.
 Endereço do fornecedor.
 Detalhes de contato do fornecedor (telefone, e-mail).
5.3. Descrição da Transação:
 Breve descrição do motivo do pagamento.
 Número da factura ou documento de referência, se aplicável.
5.4. Detalhes Financeiros:
 Valor total a ser pago.
 Moeda em que o pagamento será efectuado.
 Data de vencimento do pagamento, se houver.
5.5. Detalhes da Conta:
 Número da conta bancária do fornecedor, se necessário.
 Informações adicionais de contabilidade, como centros de custo ou contas específicas.
5.6. Assinatura e Aprovação:
 Assinatura do requisitante ou autoridade competente responsável pela aprovação do
pagamento.
 Data da assinatura.
5.7. Documentos de Apoio:
 Anexar documentos de suporte, como faturas, contratos ou recibos, conforme
necessário.
5.8. Revisão e Verificação:

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 Revisar todas as informações fornecidas para garantir precisão e conformidade com as
políticas da organização.
 Verificar se todos os campos obrigatórios foram preenchidos.
5.9. Submissão:
 Enviar o formulário preenchido para o departamento financeiro ou pessoa responsável
pelo processamento de pagamentos.

5.10. Observações Adicionais:


 Alguns formulários podem incluir campos adicionais específicos da organização,
como números de referência interna, códigos de projeto, entre outros.
 Certifique-se de seguir as políticas e procedimentos internos da organização ao
preencher o formulário de requisição de pagamento.
 Sempre mantenha uma cópia do formulário preenchido para referência futura.

6. Organização os arquivos de comprovacao de gasto (recibos) conforme as normas do


sistema nacional de saúde (SNS)

Para organizar os arquivos de comprovação de gastos (recibos) de acordo com as normas do


Sistema Nacional de Saúde (SNS), é importante seguir algumas diretrizes específicas para
garantir a conformidade e facilitar o acesso aos documentos quando necessário. As
orientações sobre como organizar esses arquivos:

a) Classificação por Tipo de Despesa: Separe os recibos de acordo com o tipo de


despesa, como consultas médicas, exames laboratoriais, medicamentos, equipamentos
médicos, entre outros. Isso facilitará a identificação e o acesso aos documentos
relevantes quando necessário.
b) Organização por Data e Número de Fatura: Organize os recibos em ordem
cronológica, começando pelos mais recentes. Além disso, associe cada recibo ao
número de fatura correspondente, quando aplicável, para facilitar a reconciliação e a
verificação de pagamentos.
c) Identificação do Paciente ou Beneficiário: Se os recibos estiverem relacionados a
despesas médicas de pacientes específicos, certifique-se de identificar claramente o
nome do paciente em cada recibo. Isso é especialmente importante para garantir a
precisão e a conformidade com os registros médicos.

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d) Registro de Informações Relevantes: Anote informações relevantes em cada recibo,
como o nome do fornecedor ou prestador de serviços, descrição detalhada dos
serviços ou produtos adquiridos, valor total da transação e data da compra.
e) Arquivo Físico Adequado: Armazene os recibos em pastas ou envelopes etiquetados
com o tipo de despesa e o período de tempo abrangido pelos documentos. Mantenha
os arquivos em local seguro e de fácil acesso para consulta quando necessário.
f) Digitalização e Armazenamento Eletrônico: Considere digitalizar os recibos e
armazená-los eletronicamente em um sistema de gerenciamento de documentos.
Certifique-se de manter backups regulares e medidas de segurança adequadas para
proteger os dados.
g) Conformidade com as Regulamentações do SNS: Certifique-se de que a
organização e o armazenamento dos recibos estejam em conformidade com as
regulamentações específicas do Sistema Nacional de Saúde. Isso pode incluir
requisitos específicos de documentação e retenção de registros.
h) Revisão e Auditoria Regular: Realize revisões periódicas dos arquivos de
comprovação de gastos para garantir a precisão e a conformidade com as normas do
SNS. Além disso, esteja preparado para auditorias regulares para garantir a
transparência e a conformidade com as regulamentações.

7. Preenchimento correctamente os livros de contabilidade

Para preencher corretamente os livros de contabilidade, é necessário seguir um conjunto de


procedimentos e práticas contábeis que garantam a precisão, a conformidade e a
transparência nas informações financeiras da empresa.

As directrizes para o preenchimento adequado dos livros contábeis:

 Organização dos Livros Contábeis: Mantenha os livros contábeis organizados e em


ordem cronológica para facilitar a localização e a análise das transações financeiras.
 Identificação da instituição ou Empresa: No início dos livros contábeis, inclua as
informações da empresa, como nome, endereço, número de registro fiscal e outras
informações pertinentes.
 Registro de Transações: Registre todas as transações financeiras da empresa de
maneira clara e precisa. Isso inclui vendas, compras, despesas, receitas, pagamentos,
recebimentos, entre outros.

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 Utilização de Lançamentos Contábeis: Utilize lançamentos contábeis adequados
para registrar cada transação. Cada lançamento deve incluir a data da transação, uma
descrição detalhada, a conta afetada (débito ou crédito) e o valor monetário.
 Classificação de Contas: Classifique as contas contábeis de acordo com as normas
contábeis e as necessidades específicas da empresa. Isso pode incluir contas de ativos,
passivos, patrimônio líquido, receitas e despesas.
 Balancete de Verificação: Periodicamente, faça um balancete de verificação para
garantir que o total dos débitos seja igual ao total dos créditos. Isso ajuda a identificar
possíveis erros ou inconsistências nos registros contábeis.
 Registro de Inventário: Mantenha um registro preciso do inventário da empresa, se
aplicável. Isso inclui o registro de todas as mercadorias ou produtos em estoque, seus
valores e quaisquer ajustes de inventário realizados.
 Conciliação Bancária: Realize a conciliação bancária regularmente para garantir que
o saldo contábil da empresa corresponda ao saldo bancário. Isso envolve comparar os
registros contábeis com os extratos bancários e identificar e corrigir quaisquer
diferenças.
 Documentação de Suporte: Mantenha documentação de suporte adequada para todas
as transações registradas nos livros contábeis, como faturas, recibos, contratos,
extratos bancários, entre outros.
 Revisão e Auditoria: Realize revisões e auditorias regulares dos livros contábeis para
garantir a precisão, a integridade e a conformidade com as práticas contábeis e as
regulamentações aplicáveis.

8. Elaboração de proposta de orçamento

Para Guerreiro (2006, p. 70), a elaboração de uma proposta de orçamento é uma parte
importante do processo de planejamento financeiro para uma empresa ou projeto específico.

Os passos para elaborar uma proposta de orçamento eficaz:

 Identificação do Projeto ou Departamento: Comece identificando o projeto ou


departamento para o qual você está elaborando a proposta de orçamento. Forneça uma
breve descrição do projeto, seus objetivos e sua importância para a organização.
 Análise das Necessidades e Requisitos: Faça uma análise detalhada das necessidades
e requisitos financeiros do projeto. Considere todos os custos associados, incluindo

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pessoal, equipamentos, materiais, serviços, marketing, despesas gerais e
administrativas, entre outros.
 Estimativa de Receitas: Se aplicável, projete as receitas esperadas que o projeto
pode gerar. Isso pode incluir vendas de produtos ou serviços, financiamento de
doadores, subsídios, patrocínios, entre outras fontes de receita.
 Lista de Despesas: Liste todas as despesas previstas para o projeto, agrupadas por
categorias relevantes. Isso pode incluir custos de pessoal, custos de produção, custos
administrativos, custos de marketing e publicidade, custos operacionais, entre outros.
 Detalhamento das Despesas: Forneça uma descrição detalhada de cada despesa,
incluindo o motivo do gasto, a quantidade necessária, o preço unitário estimado e o
total esperado para cada item.
 Orçamento Total: Calcule o total de todas as receitas e despesas projetadas para o
projeto. Certifique-se de que o orçamento total esteja equilibrado, ou seja, que as
receitas sejam iguais ou superiores às despesas.
 Justificativa e Racionalização: Inclua uma justificativa para cada despesa prevista
no orçamento. Explique por que cada item é necessário para o sucesso do projeto e
como ele contribuirá para alcançar os objetivos estabelecidos.
 Alternativas e Opções: Se houver várias opções ou abordagens possíveis para o
projeto, apresente-as na proposta de orçamento. Compare os custos e benefícios de
cada opção e justifique a escolha da opção proposta.
 Revisão e Aprovação: Revise a proposta de orçamento cuidadosamente para garantir
que esteja completa, precisa e bem fundamentada. Após a revisão, submeta a proposta
para revisão e aprovação pelas partes interessadas relevantes.
 Ajustes e Actualizações: Esteja aberto a feedback e sugestões de melhoria da
proposta de orçamento. Faça ajustes conforme necessário com base no feedback
recebido e em mudanças nas circunstâncias ou requisitos do projeto.
 Comunicação e Implementação: Comunique o orçamento aprovado a todas as partes
interessadas relevantes e implemente os procedimentos necessários para acompanhar
e gerenciar o orçamento ao longo do período do projecto.

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9. Confrontação dos gastos com um orçamento aprovado (analise de fluxo de fundo)

Para Piaveta (2005), confrontar os gastos com um orçamento aprovado envolve uma análise
do fluxo de fundos para garantir que as despesas estejam alinhadas com o plano financeiro
estabelecido. Passos para um processo básico para realizar essa análise:

 Colecta de Dados: Reúna todos os registros financeiros relevantes, incluindo o


orçamento aprovado e os dados reais de gastos durante o período em análise.
 Comparação de Despesas: Compare as despesas reais incorridas durante o período
com as despesas previstas no orçamento aprovado. Isso pode ser feito agrupando as
despesas por categoria e comparando os valores totais.
 Identificação de Discrepâncias: Identifique qualquer discrepância significativa entre
as despesas reais e as previstas no orçamento. Isso pode incluir gastos excessivos em
determinadas áreas, subestimação de custos, ou variações imprevistas nos preços dos
produtos ou serviços.
 Análise das Causas: Analise as causas das discrepâncias identificadas. Isso pode
envolver revisão das condições de mercado, mudanças nos requisitos do projeto,
imprevistos operacionais, variações nos custos de materiais ou mão de obra, entre
outros fatores.
 Avaliação de Impacto: Avalie o impacto das discrepâncias nas finanças gerais do
projeto ou da empresa. Determine se as variações de gastos têm um efeito
significativo no desempenho financeiro e se podem afetar negativamente o
cumprimento dos objetivos estabelecidos.
 Ajustes e Correcções: Com base na análise realizada, faça os ajustes necessários no
orçamento para refletir com mais precisão as realidades financeiras. Isso pode
envolver revisão das estimativas de despesas futuras, implementação de medidas de
controle de custos, ou realocação de recursos para áreas prioritárias.
 Comunicação de Resultados: Comunique os resultados da análise de fluxo de
fundos às partes interessadas relevantes. Explique as razões por trás das variações nos
gastos e as medidas corretivas que serão implementadas para garantir a estabilidade
financeira e o sucesso futuro do projecto ou da instituição.
 Monitoramento Contínuo: Estabeleça um sistema de monitoramento contínuo para
acompanhar os gastos e garantir que o orçamento seja seguido de perto. Faça ajustes
conforme necessário ao longo do tempo para garantir que as finanças permaneçam
sob controle.
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10. Reconciliação bancária

Para o autor Pivetta (2005) a reconciliação bancária é um processo fundamental para garantir
a precisão das informações financeiras de uma empresa, comparando os registros contábeis
da empresa com as transações registradas pelo banco. Aqui está um guia passo a passo sobre
como realizar uma reconciliação bancária:

 Obtenção de Extratos Bancários: Obtenha os extratos bancários mais recentes da


conta ou contas bancárias da empresa. Esses extratos geralmente são disponibilizados
mensalmente pelo banco e listam todas as transações realizadas na conta durante um
determinado período.
 Comparação com Registros Contábeis: Compare cada transação listada nos extratos
bancários com os registros contábeis da empresa. Isso inclui cheques emitidos,
depósitos recebidos, taxas bancárias, transferências, débitos automáticos, entre outros.
 Identificação de Diferenças: Identifique e registre quaisquer diferenças entre os
registros contábeis da empresa e as transações listadas nos extratos bancários. As
diferenças podem ser causadas por cheques não descontados, depósitos não
registrados, erros de entrada de dados, taxas bancárias não reconhecidas, entre outros.
 Ajustes nos Registros Contábeis: Faça os ajustes necessários nos registros contábeis
da empresa para refletir as transações corretamente. Isso pode incluir adicionar
transações faltantes, remover transações duplicadas ou corrigir erros de lançamento.
 Conciliação dos Saldos: Compare os saldos contábeis da empresa com os saldos
indicados nos extratos bancários. Certifique-se de que os saldos concordam após a
aplicação de todos os ajustes necessários.
 Preparação de Conciliação Bancária: Prepare uma conciliação bancária que mostre
os saldos iniciais e finais da conta bancária, as transações adicionadas aos registros
contábeis da empresa, as transações ajustadas e as razões para quaisquer diferenças
restantes.
 Revisão e Aprovação: Revise a conciliação bancária e os ajustes realizados para
garantir sua precisão e integridade. Obtenha a aprovação adequada de um supervisor
financeiro ou outro membro autorizado da equipe.
 Documentação e Arquivamento: Documente todas as etapas do processo de
reconciliação bancária e arquive os registros contábeis atualizados, a conciliação
bancária finalizada e quaisquer documentos de suporte relevantes.

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 Acompanhamento de Diferenças Não Resolvidas: Se houver diferenças não
resolvidas após a reconciliação inicial, investigue-as mais a fundo e tome as medidas
necessárias para corrigir quaisquer erros ou discrepâncias.
 Monitoramento Contínuo: Estabeleça um processo de reconciliação bancária regular
e contínuo para garantir que as informações financeiras da empresa permaneçam
precisas e actualizadas ao longo do tempo.

10.1. Importância da Reconciliação Bancária

a) Precisão Financeira: Permite garantir que os registros contábeis da empresa estejam


alinhados com as transações registradas pelo banco, garantindo assim a precisão das
informações financeiras.
b) Detecção de Erros e Fraudes: Ajuda a identificar discrepâncias, erros de lançamento
e até mesmo fraudes financeiras, proporcionando uma oportunidade de correção e
prevenção de problemas futuros.
c) Controle Financeiro: Proporciona um controle eficaz sobre os fundos da empresa,
garantindo que todas as transações estejam devidamente documentadas e autorizadas.
d) Tomada de Decisão: Fornece informações financeiras precisas e atualizadas que são
essenciais para a tomada de decisões estratégicas e operacionais.
e) Conformidade Legal e Fiscal: Ajuda a garantir que a empresa cumpra com suas
obrigações legais e fiscais, fornecendo registros financeiros precisos para relatórios e
auditorias.

10.2. Periodicidade da Reconciliação Bancária

A frequência com que a reconciliação bancária deve ser realizada pode variar de acordo com
as necessidades e complexidades financeiras de cada empresa, mas geralmente é
recomendável realizar esse processo regularmente:

 Mensalmente: É uma prática comum reconciliar as contas bancárias no final de cada


mês. Isso permite identificar rapidamente quaisquer discrepâncias ou problemas e
garantir que as informações financeiras estejam atualizadas para relatórios e decisões.
 Semana ou Quinzena: Em algumas instituições ou situações financeiras mais
complexas, pode ser necessário reconciliar as contas bancárias com mais frequência,
como a cada semana ou quinzena. Isso pode ajudar a detectar problemas mais cedo e
manter um controle mais próximo sobre as finanças da empresa.

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11. Importância e a periodicidade dos relatórios financeiros

Para KOTLER, ARMSTRONG (2000, p. 29), os relatórios financeiros desempenham um


papel crucial na gestão financeira de uma empresa, fornecendo informações valiosas sobre
sua saúde financeira, desempenho e posição no mercado.

A importância e a periodicidade dos relatórios financeiros:

11.1. Importância dos Relatórios Financeiros

a) Tomada de Decisão: Os relatórios financeiros fornecem dados importantes para a


tomada de decisões estratégicas e operacionais, ajudando os gestores a entenderem a
situação financeira da empresa e a identificar áreas que requerem atenção.
b) Transparência e Prestação de Contas: Os relatórios financeiros garantem
transparência nas operações financeiras das instituições e demonstram a
responsabilidade dos gestores perante os acionistas, investidores, credores e outros
stakeholders.
c) Avaliação de Desempenho: Permitem avaliar o desempenho financeiro da empresa
ao longo do tempo, comparando resultados atuais com períodos anteriores, metas
estabelecidas e benchmarks do setor.
d) Atração de Investimentos: Investidores e credores frequentemente exigem relatórios
financeiros atualizados e precisos para avaliar a viabilidade e o potencial de retorno
de um investimento na empresa.
e) Conformidade Legal e Fiscal: Os relatórios financeiros são essenciais para cumprir
com as obrigações legais e fiscais da empresa, fornecendo informações necessárias
para preparar declarações fiscais e relatórios regulatórios.

11.2. Periodicidade dos Relatórios Financeiros

 Mensal: Muitas empresas preparam relatórios financeiros mensais para acompanhar o


desempenho financeiro atualizado, identificar tendências e variações ao longo do
tempo e tomar decisões operacionais com base em dados recentes.
 Trimestral: Relatórios financeiros trimestrais são comuns em empresas de capital
aberto e são apresentados aos investidores e reguladores a cada três meses. Eles
fornecem uma visão mais ampla do desempenho financeiro da empresa e incluem
análises detalhadas.

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 Anual: Relatórios financeiros anuais, como o balanço patrimonial e a demonstração
de resultados, são essenciais para avaliar o desempenho financeiro anual da empresa e
fornecer uma visão geral do estado financeiro.
 Eventual ou Especial: Além dos relatórios regulares, as empresas podem precisar
preparar relatórios financeiros especiais para atender a requisitos específicos, como
relatórios para fins de auditoria, relatórios para instituições financeiras ou relatórios
para atender a exigências contratuais.

12. Conclusão

A gestão e administração financeira desempenham um papel crucial no sucesso e na


sustentabilidade de qualquer instituição. Ao implementar práticas sólidas de gestão
financeira, as instituições podem garantir a utilização eficaz e eficiente dos recursos
financeiros disponíveis, maximizando o valor para os acionistas, investidores e outras partes
interessadas.

Uma gestão financeira eficaz envolve a avaliação cuidadosa da situação financeira atual, o
estabelecimento de metas claras e mensuráveis, o desenvolvimento de um plano financeiro
abrangente, o controle de custos e despesas, a gestão eficiente do fluxo de caixa, a avaliação
cuidadosa de investimentos e financiamentos, e o monitoramento contínuo do desempenho
financeiro da instituição.

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13. Referências bibliográficas

Brochura sobre execução dos fundos públicos, DAF, MISAU, 1996

CATELLI, Armando. Sistema de Contabilidade de Custo Estândar. Disponível em Acesso


em 18 de janeiro de 2012

Coppi, R, Souza, U, e Basso C., Disponível em Acesso em 02 de fevereiro de 2012

Duarte, João Davi Oliveira. Organização e Gestão de Eventos: Métodos e técnicas na sua
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