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Caderno
António Neto, Carlota Costa e Pedro Gonzaga
FEP 2010/2011
Nota Prévia: O material aqui apresentado destina-se única e exclusivamente para fins
académicos. Tratando-se de um trabalho amador, não está livre de erros ou de qualquer outro
tipo de falhas, pelas quais os seus autores não se responsabilizam.
Finanças Empresariais
Índice
Capítulo 1: Informação Financeira ............................................................................................. 3
Introdução ............................................................................................................................ 3
Perspectivas de Elaboração e Grupos que Procuram Informação.......................................... 4
Determinação do Valor da Informação ................................................................................. 6
Oferta da Informação ........................................................................................................... 8
Capítulo II - Análise Financeira ................................................................................................. 11
Análise da Informação Financeira da Empresa...................................................................... 11
Análise dos Fluxos Financeiros ............................................................................................ 21
Elaboração do Diagnóstico Económico-Financeiro ............................................................... 24
Capítulo III: Gestão de Carteiras ..............................................................................................28
Funções dos Mercados Financeiros .....................................................................................28
Modelo de Mercado ........................................................................................................... 36
Teoria da Gestão de Carteiras ............................................................................................. 38
CAPM – Capital Asset Princing Model .................................................................................. 42
Arbitrage Pricing Theory (APT) ........................................................................................... 46
Capítulo IV – Estrutura Financeira da Empresa ....................................................................... 49
Modelos de Trade-off ......................................................................................................... 50
Pecking order theory de Myers (1977)..............................................................................62
Estrutura de capitais e sinalização ...................................................................................62
Capítulo V – Política de Dividendos ................................................................................... 64
Modelo de Gordon-Shapiro ............................................................................................. 66
Capítulo VI - Avaliação de empresas .................................................................................. 68
Modelo do Free Cash Flow ............................................................................................... 72
Óptica dinâmica/Modelos EVA e MVA ........................................................................... 74
António Neto, Carlota Costa e Pedro Gonzaga – Finanças Empresariais – FEP 2010/11 Página 2
Finanças Empresariais
Introdução
Passos da metodologia:
1. Identificação das fontes de exposição ao risco
a. Exemplo: devedores, preços das matérias-primas, volatilidade da taxa
de câmbio, estrutura de custos da empresa.
2. Quantificação dos riscos: criação de rácios que nos permitam medir o risco
3. Avaliação do impacto dos riscos na estratégia adoptada e na própria empresa
4. Selecção dos produtos, dos mercados e das estratégias de cobertura mais
adequados para os gerir.
Exemplo: Uma empresa industrial exportadora está sujeita ao risco de taxa de câmbio,
podendo recorrer ao Mercado Over the Counter para cobrir o risco através de um swap
de taxas de câmbio.
1ª Parte do Programa
Análise dos riscos e da função desempenhada pela informação financeira na tomada
de decisões racionais.
2ª Parte do Programa
Análise das fontes de financiamento (próprias ou alheias), da política de dividendos e
dos modelos de avaliação das empresas.
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Finanças Empresariais
Informação Financeira
Os relatórios financeiros têm a finalidade de fornecer informação aos accionistas e
credores para a tomada de decisões racionais de investimento, desinvestimento ou
concessão de crédito. A divulgação da informação permite à empresa financiar-se pela
emissão de acções e obrigações.
A assimetria de informação entre os participantes no mercado traduz-se em
elevados custos de transacção que aumentam a taxa de rentabilidade exigida e
diminuem o preço actual dos títulos.
A informação financeira permite avaliar o risco de crédito concedido,
fundamentar as decisões de investimento e avaliar o desempenho da empresa.
Investidores
Decisões de investimento:
Escolha do projecto ou grupo de projectos que maximizam a sua
utilidade esperada;
Avaliação do projecto baseada no risco do projecto e nas antecipações
dos investidores sobre os resultados futuros.
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Obrigacionistas
Tipo de obrigações:
Clássicas – Valores mobiliários representativos de dívida de médio e
longo prazo que conferem ao seu titular o direito de receber juros
periódicos (cupão) e o reembolso do capital na maturidade;
Convertíveis – Contêm uma opção de conversão em acções da própria
entidade emitente;
Trocáveis – Contêm uma opção de conversão em acções de uma
entidade que não a emitente;
Obrigações com warrants – Conferem ao titular o direito a subscrever
acções, por um preço e condições previstas no momento de emissão;
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Abordagem Descritiva
Na abordagem descritiva (seguida, por exemplo, pela American Accounting
Association), o estudo do valor da informação consiste em indicar as qualidades dos
relatórios financeiros:
Relevância – se permite ao utilizador fazer previsões mais precisas em relação
ao futuro ou se lhe permite compreender em que medida os acontecimentos
económicos afectaram os negócios;
Credibilidade – a informação credível deve ser factual, verdadeira, e não
enviesada;
Verificabilidade – Numa data futura, deve ser possível verificar se a informação
passada se verificou;
Neutralidade – Se for descrita de uma forma neutra;
Exactidão – deve ser possível de quantificar:
Comparabilidade – deve ser medida e relatada de modo semelhante, de modo
a permitir comparar o desempenho de diferentes empresas e avaliar o
desempenho da mesma empresa ao longo do tempo.
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Finanças Empresariais
. .= ( / )− ( / )− ( )
Utilidade esperada após a recepção Utilidade esperada com base Custo da mensagem
e interpretação da mensagem nas antecipações iniciais
1
A análise económica é a análise relevante para a disciplina
2
Mercados Perfeitos – não existem custos de transacção nem impostos
3
Mercados Completos – os títulos são divisíveis e existe um preço para todos
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Oferta da Informação
Entrevista e questionário
Os estudos concluem que os dirigentes tomam as suas decisões analisando:
Economia de impostos;
Complexidade administrativa;
Impacto sobre o preço das acções;
Procedimentos habituais no ramo de actividade
Desvantagens
Sinceridade do gerente que responde;
Amostra de empresas estudada é reduzida e pouco representativa da
população;
As respostas são dadas por um único dirigente…
Abordagem iterativa
As decisões de um dirigente sobre a alteração das técnicas financeiras influenciam e
são influenciadas pelas decisões de exploração, investimento e financiamento. Esta
abordagem situa-se a nível descritivo, não estabelecendo ligação estatística entre os
factores e as técnicas financeiras. Os estudos que desenvolvem a abordagem iterativa
apontam os seguintes factores que condicionam as opções dos dirigentes na escolha
das técnicas financeira:
Disposições legais existentes
Coerência com os princípios contabilísticos normalmente aceites
Consequências para a empresa (impostos devido à alteração dos resultados,
no custo de financiamento)
4
Variável Dependente – NT (nº de técnicas que diminuem o resultado); Variáveis independentes
– Vendas (dimensão); imobilizado/vendas (intensidade capitalistica); vendas das 8 maiores
empresas//vendas do sector (concentração); NT = α + B1Vendas + B2(Imobilizado/vendas) +
B3(vendas 8 maiores empresas/vendas sector) + …. Para isso, deveríamos estimar a regressão e
analisar os coeficientes quanto ao sinal e nível de significância.
Um objectivo possível será, por exemplo, tentar analisar se as maiores empresas tendem a utilizar
técnicas que diminuem ou aumentam o resultado.
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Finanças Empresariais
5
Fama:
• Mercado eficiente sob a forma forte no sentido Fama: os preços reflectem instantânea e
totalmente toda a informação pública e privada disponíveis. Os trabalhos efectuados não
permitem concluir que os mercados sejam assim, pois há possibilidade de obter lucros
através da informação privada.
• Mercado eficiente sob a forma semi-forte no sentido de Fama: os preços reflectem
instantaneamente toda a informação pública disponível. Estudos efectuados permitem
concluir que os mercados bolsistas são eficientes segundo a forma semi-forte – quando é
publicada informação nova, tem reflexo sob os preços de uma forma quase instantânea.
• Mercado eficiente sob a forma fraca no sentido de Fama: os preços históricos não
permitem explicar os preços futuros. Existem estudos que tentam provar que o mercado
não é eficiente sob a forma fraca.
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Finanças Empresariais
Risco6
As empresas estão expostas aos riscos puros, riscos de negócio e riscos financeiros.
Risco do negócio
Resulta da empresa não conseguir repercutir no preço de venda um aumento dos
preços dos inputs, de variações inesperadas do preço de venda dos produtos ou
mesmo da alavancagem operacional.
6
Para este ponto iremos acompanhar o caso prático 3 do livro. No entanto, este está adaptado
para ser analisado segundo o SNC.
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Finanças Empresariais
∆ ∆ ( − )
( − )− ( − ) ! − "! $
= = = = =
∆ ∆ ( − )− ! − "! − "#
são negativos, o que representa uma situação muito negativa para a empresa.
Interpretação de GAO = 2: Uma variação de 1% nas quantidades produzidas e
vendidas provoca uma variação de 2% nos Resultados Operacionais.
O Grau de Alavancagem Operacional é tanto maior quanto maior for o peso dos
custos fixos da empresa.
Risco Financeiro
O risco financeiro está associado à volatilidade dos valores mobiliários, das taxas de
câmbio e das taxas de juro.
∆ - ∆ ( − )(1 − .) ∆ ( − )
( − )− − × (1 − .) ( − )− −
+, = - = = =
∆ ∆ ( − ) ∆ ( − )
( − )− ( − )−
( − )− − −
= = =
( − )− − − − − ,
7
Situação normal – GAO >1
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Finanças Empresariais
∆ - ∆ ∆ -
+, = - =0 1 ∗ 3 - 4 = +, ∗ +,
∆ ∆ ∆
− − =0 ↔ ( − )− =0 ↔ = =
− $ 6
′= × = × = − = = =
− ( − ) − $
×
O risco a que as empresas estão sujeitas é tanto menor quanto maior for a margem de
segurança entre as vendas e o ponto crítico que, em termos relativos, é dada por:
− ′
89 = ∗ 100%
Assim, a análise de uma empresa do ponto de vista do risco deve ter em conta a
Margem de segurança (a empresa deve trabalhar acima do ponto crítico) e os Graus de
Alavancagem Operacional e Financeira (cujos valores devem ser próximos de 1).
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Finanças Empresariais
Notas Importantes:
Produção = Vendas e Serviços Prestados + Subsídios à exploração + Variação de
Inventários + Trabalhos para a própria entidade
Se nada for dito em contrário considera-se:
o Custos Variáveis = CMVMC + 75%*FSE
o Custos Fixos = 25%*FSE + GP + …
Liquidez
Risco de Liquidez
Os indicadores de liquidez permitem avaliar a capacidade da empresa para honrar os
seus compromissos de curto prazo, tais como o pagamento das matérias-primas, dos
salários ou de outros serviços como a energia utilizada.
Liquidez Geral
;<=>?@ A@BBCD=C
EFGG>?@ A@BBCD=C
Corresponde ao quociente
Quando assume um valor superior a 1 considera-se que a empresa possui uma
boa situação financeira de curto prazo, pelo que será capaz de honrar os seus
compromissos;
A principal crítica feita a este indicador é o facto de não se ter em consideração
as diferenças de maturidade do numerador e do denominador. Assim, a
Liquidez Geral deve ser complementada com uma análise do prazo de
realização do activo corrente e do prazo de exigibilidade das dívidas correntes.
Outros indicadores:
, QRST $UVWáSWY
HIJKILMN OMLKNILP =
ZU[[RST T\\WVQW
`R[ TVRaRYRbUbW[
HIJKILMN ]^MLIP_P =
ZU[[RST T\\WVQW
Rentabilidade
W[gYQUbT[ -íigRbT[
OMc_PdIeILPLM LPf !McLPf =
WVbU[ W jW\SRçT[ Z\W[QUbT[
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Finanças Empresariais
W[gYQUbT[ -íigRbT[
OMc_PdIeILPLM LPf lmnLKçãn =
Z\TbgçãT
,+
OMc_PdIeILPLM Ln Pp_Iqn8 =
, QRST
W[gYQUbT[ -íigRbT[
OMc_PdIeILPLM #IcPcpMImP =
U RQUR[ Z\ó \RT[
(Z= − Z=tu + `= )
=
=
Z=tu
8
Numa situação de teste, este e o próximo conceito deverão ser sempre explicitados.
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Análise Dupont
A análise Dupont consiste em desdobrar a rentabilidade financeira em diversos
indicadores.
Notas:
Devido às economias fiscais, empresas com rácio de endividamento
(alavancagem) superior proporcionam ROE superior.
A Rotação do activo é um rácio de rentabilidade que permite aferir a gestão
eficaz do activo, permitindo a comparação entre duas empresas que prossigam
idêntica actividade; quanto maior for a rotação do activo, mais eficaz é a gestão
dos activos.
o A rotação do activo pode ser elevada por causas positivas (tais como
vendas superiores às das concorrentes devido a uma gestão mais
eficaz), mas também por causas menos nobres (activo reduzido, que
significa falta de investimento…)
2. Área Financeira
y;z
y;z{|
a. Efeito dos gastos de financiamento: (quanto maiores forem os
gastos financeiros, maior o impacto negativo sobre a rentabilidade
financeira)
;<=>?@G
€>=6Fçã@ •í‚6>ƒF
b. Alavancagem: (quanto maior for a alavancagem, maior
será o impacto positivo sobre a rentabilidade financeira)
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Finanças Empresariais
3. Área Fiscal
y•
y;z
a. Efeito dos impostos:
,+ x` , , QRST[ -
= ∗ ∗ ∗ ∗ =
x` , QRST[ ,+ jRQ. -íigRbU ,
,+ x` , , QRST[ - -
= ∗ ∗ ∗ ∗ =
x` , QRST[ ,+ jRQ. -íigRbU , jRQgUçãT -íigRbU
Nota: no caso das empresas industriais, deve ser utilizada a produção em alternativa às
vendas.
Estrutura ou Endividamento
ZU[[RST
„Md_ _n MJKI_… mP_In =
U RQUR[ Z\ó \RT[
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Finanças Empresariais
A fundamentação deste rácio tem por base a regra que os capitais utilizados no
financiamento dos activos devem ter uma maturidade igual ou superior à sua vida
económica. O seu valor mede a taxa de cobertura por capitais permanentes das
aplicações em activo não corrente, pelo que deve ser igual ou superior a 1.
Indicadores de Actividade
YRWVQW[
.$ = ‡ ˆ × 365
WVbU[ W jW\SRçT[ Z\W[QUbT[
Tempo médio de pagamento – tempo médio que é concedido à empresa para pagar
aos seus fornecedores.
T\VW WbT\W[
.$Z = ‡ ˆ × 365
T \U[ + j
VSWVQá\RT[
.$` = × 365
$ $
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Finanças Empresariais
Outros indicadores
Grau médio de rotação dos inventários (matéria primas)
Grau médio de rotação dos inventários (produtos em curso de fabrico e
acabados)
Grau médio de rotação dos inventários (mercadorias)
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Finanças Empresariais
Indicadores Bolsistas
„IqILMcL …IMeL =
•>?>ƒCDƒ@G š@B ;<çã@
EBCç@ ƒC <FƒF ;<çã@
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Consideremos, como exemplo, que existem apenas três rubricas nas demonstrações
de origens e aplicações de fundos: capitais próprios, activo e passivo.
Origens Aplicações
Aumento dos capitais próprios Redução dos capitais próprios
Redução do activo Aumento do activo
Aumento do passivo Redução do passivo
Conceitos importantes:
Fluxo operacional de tesouraria – fluxos financeiros provenientes da actividade
de exploração da empresa; corresponde ao cash-flow de exploração corrigido
pelas variações nas necessidades em fundo de maneio.
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Finanças Empresariais
Para analisar a evolução dos negócios, deve-se estudar o crescimento anual das vendas
e prestações de serviços em termos reais (isto é, comparando a taxa de crescimento
com a taxa de inflação) para verificar se a empresa está em recessão, estagnação,
crescimento ou expansão.
No caso prático 3, a empresa teve um crescimento das vendas, o que explica o
aumento do CMVMC e das FSE. Os gastos com pessoal aumentaram também, mas
numa ordem de grandeza menor que o crescimento da produção.
As vendas tiveram uma queda em N-3 e recuperam nos anos seguintes. A análise da
produção aponta para uma tendência de crescimento da actividade da empresa.
Quanto à estrutura dos custos podemos verificar que os CMVM, FSE e Impostos, como
seria de esperar, acompanham o crescimento das vendas e produção enquanto os
gastos com pessoal tiveram um crescimento mais moderado.
Estes estudos fazem prever uma evolução favorável dos resultados da empresa.
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Finanças Empresariais
Analisar a rentabilidade das vendas, produção, EP, ROE para verificar como a empresa
remunera os capitais investidos.
Indicadores de rentabilidade
RL/RAN
Modelo CAPM9
( )= | +¢ ( £) − |)
¢ ( £ ) − | ) - prémio de risco
Rm = rentabilidade esperada do mercado
Estudar os riscos do negócio e financeiros, através do ponto crítico das vendas, GAO,
GAF, GAC. O afastamento das vendas em relação ao ponto crítico permite definir uma
margem de segurança.
9
Nota introdutória. O Modelo irá ser desenvolvido mais tarde.
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(Falta texto)
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Finanças Empresariais
O mapa de dos fluxos de tesouraria mostra que o fluxo de tesouraria líquido se tem
mantido praticamente estável, apesar da diminuição dos fluxos intermédios provocada
pelo aumento das existências e crédito de curto prazo. A compensação resulta do
aumento do financiamento de curto prazo.
Anexo 8 – origens
Conclusão:
A análise das vendas e da estrutura dos custos aponta para uma tendência de
crescimento da actividade da empresa. A empresa apresenta uma boa situação
económico-financeira com bom nível de remuneração dos capitais e só o risco
operacional se apresenta algo elevado, boa estrutura financeira a M/L prazo e voa
liquidez no curto prazo. A maior percentagem da riqueza criada destina-se a gastos
com pessoal, auto financiamento e pagamento de impostos. A empresa aposta num
futuro competitivo como se pode ver pelo nível de investimento. Atendendo aos
valores elevados do ERP e a autonomia financeira, a empresa teria vantagens em
aumentar a alavancagem (reduzir os financiamento de curto prazo e aumentar os dos
médios/longo prazo)
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Finanças Empresariais
Outros Exemplos:
• Mercado de produtos derivados a prazo firme (o comprador e o vendedor
assumem compromissos irrevogáveis) – mercados de futuros
• Mercados de produtos derivados a prazo condicionados (as operações a prazo
condicionadas podem não se concretizar por interesse do titular do contrato) –
mercado de opções.
Gestão de Carteiras
Rentabilidade Risco
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Finanças Empresariais
Rentabilidades históricas
Rentabilidade Simples
−
=
Rentabilidade do Mercado10 = =tu
=
=tu
Z¤= + `¤=
= YV ¥ ¦
¤=
Z¤=tu
Rentabilidade do título j no período t
= YV § ¨
Rentabilidade do Mercado11 =
=
=tu
Notas:
A rentabilidade simples e a rentabilidade logaritmica são semelhantes para
pequenas variações.
A rentabilidade logaritmica é simétrica, isto é, uma aplicação de 100 euros que
ganha 50% no primeiro ano e perde 50% no segundo ano resulta em 100€ no
final.
10
Exemplo de índices: S&P 500
11
Exemplo de índices: S&P 500
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Finanças Empresariais
Recorrendo a dados históricos, a rentabilidade esperada é dada pelo valor médio das
rentabilidades observadas:
1
D
\°̄ = ±
V ¤=
=²u
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³¤
=
¤
(\¤ )
\š= = ± ¤= ∗ ·¤=
¤²u
1
¸ D
Caso o peso dos títulos não seja constante nos diferentes períodos, só podemos
utilizar a segunda fórmula.
Variância da Carteira
1
¸ ¸ D
Nota: ³ « * RA = wA
12
Admite-se que essa ponderação não varia ao longo dos períodos.
13
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Finanças Empresariais
1
D
TS \¤ , \¹ = ± − \°̄ ( − \°¹ )
V−1 ¤= ¹=
=²u
Exemplo:
Estados da Economia
Títulos 1 2 3
1 r11 r12 r13
2 r21 r22 r23
3 r31 r32 r33
Probabilidade Π1 Π2 Π3
(π1+π2+π3=1)
¾
± ½G = 1
G²u
Fórmula geral:
¾
\¤ = ± \¤G ½G
G²u
Onde:
W é o número de estados da natureza/economia
Rjs é a rentabilidade do título j no estado de natureza s
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Variância da rentabilidade:
³¤« = ± \¤G − \¤ «
× ½G
G²u
³¤ = Á± \¤G − \¤ « × ½G
G²u
¸ ¾
\š = ± \¤ ·¤ = ± \šG ½G
¤²u G²u
¸ ¸ ¾
Nota: o risco pode ser medido tanto pela variância como pelo desvio padrão, pois
ambos são uma medida da volatilidade da carteira.
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Efeito Diversificação
Existe uma série de factores que afectam todos os títulos em geral e que contribuem
para a sua volatilidade – factores de mercado (variações nas taxas de juro, choques de
procura ou da oferta, guerras…). No entanto, já uma notícia sobre o conselho de
administração ou a destruição de stocks de uma empresa vai afectar apenas essa
empresa – factores específicos.
A criação de uma carteira diversificada permite, assim, diluir o risco específico dos seus
títulos, mas não o risco de mercado.
Se os títulos 1 e 2 tiverem uma correlação positiva perfeita (pAB =1), o desvio padrão da
carteira é igual à média ponderada dos desvios padrão individuais:
³š = ·; ³; + ·º ³º
No caso geral ¼AB <1, podemos concluir que o desvio padrão da carteira é sempre
Este efeito, acentuado no caso de ¼AB < 0, é generalizável para mais do que dois títulos.
menor que a média ponderada dos desvios padrão dos títulos que a constituem.
Geralmente é possível construir uma carteira sem risco a partir de dois activos com
risco negativamente correlacionados de forma perfeita:
·; ³º
·; ³; − ·º ³º = 0 ↔ =
·º ³;
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Finanças Empresariais
E(r)
A
B
Modelo de Mercado
É um modelo empírico baseado no pressuposto de que existe uma relação linear entre
a rentabilidade de um título e a rentabilidade do mercado.
\¤= = ¤ + ¢¤ \ = + W¤=
O alfa e o beta são parâmetros do modelo que podem ser obtidos através da sua
estimação.
O beta do título é uma medida o risco sistemático, de mercado ou não diversificável.
TS( ¤ , ) ³¤
Ǥ = = ¼¤ ×
³« ³
ejt é um termo residual com distribuição normal, média nula e não correlacionado com
a rentabilidade do mercado, com o termo residual de outros títulos ou com o termo
residual do mesmo título ao longo do tempo.
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Finanças Empresariais
¤ = ¤ + ¢¤ + W¤
U\ ¤ = U\ ¤ + ¢¤ + W¤
Para avaliar uma carteira de activos, apenas o risco sistemático é relevante, pois
qualquer investidor pode eliminar o risco específico ao formar uma carteira bem
diversificada. Para medir o risco sistemático, utilizamos o beta obtido, por exemplo,
através do modelo de mercado.
Quando o número de títulos de uma carteira se aproxima de 40, o risco total tende
para o risco sistemático.
, ¤= = W¤= = ¤= −( ¤ + ¢¤ =)
AR – abnormal return
t – data a que é feito o anúncio dos dividendos
¤ + ¢¤
Rjt – rentabilidade observada
= – rentabilidade esperada
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Esta abordagem considera que a rentabilidade média ou normal dum título para um
rentabilidade anormal.
1
D
¸Ê
,, ¸É ¸Ê = ±, =
=²¸É
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Rentabilidade A
Esperada
MV
Fronteira Eficiente
Conjunto das
Oportunidades
de investimento
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Fronteira eficiente:
Partindo do conjunto das oportunidades de investimento, a fronteira eficiente é
formada pelo conjunto das carteiras para as quais não é possível aumentar a
rentabilidade esperada para um dado nível de risco ou diminuir o risco para uma dada
rentabilidade esperada.
A fronteira eficiente é representada por uma curva que limita superiormente o
conjunto das oportunidades de investimento.
Curvas de indiferença
Para um dado investidor, uma curva de indiferença representa o conjunto de carteiras
com diferentes combinações de rentabilidade esperada e risco que asseguram um
determinado nível de utilidade.
Propriedades das curvas de indiferença:
Não se intersectam entre si;
São positivamente inclinadas;
São convexas em relação à origem, uma vez que à medida que o nível de risco
aumenta maior é o aumento da rentabilidade exigida pelo investidor para
manter a sua utilidade constante;
São tanto mais inclinadas quanto maior for a aversão ao risco.
A carteira óptima composta apenas por activos com risco é dada pelo ponto de
tangencia de uma das curvas de indiferença à fronteira eficiente.
A carteira óptima varia consoante o investidor, uma vez que o mapa de curvas de
indiferença depende das preferências individuais, como uma maior ou menor aversão
ao risco.
António Neto, Carlota Costa e Pedro Gonzaga – Finanças Empresariais – FEP 2010/11 Página 40
Finanças Empresariais
( E) = Ë; ( ;) + Ë| |
RF
Ë; ³;
Endividamento
Exemplo:
Aplicação de 1€:
• €0,50 no activo sem risco (F)
• €0,50 no activo com risco (A)
Endividamento de 1€ que é totalmente aplicado no activo com risco A
³E = 1,5³;
( ;) −
( E) = + × ³E
|
|
³;
Combinando-se uma carteira de activos com risco com o activo sem risco é possível
obter um novo conjunto de oportunidades de investimento que proporcionam maior
utilidade ao investidor. A carteira de activos com risco escolhida é aquela cuja recta
que parte de Rf é tangente à fronteira eficiente – Carteira de Mercado (M).
Rf
António Neto, Carlota Costa e Pedro Gonzaga – Finanças Empresariais – FEP 2010/11 Página 41
Finanças Empresariais
CML
E(RP) C
RF
σP
O Modelo de equilíbrio dos activos financeiros estuda a relação entre o risco e a taxa
de rentabilidade exigida de um activo inserido numa carteira diversificada.
Pressupostos do modelo:
O objectivo dos investidores é maximizar a riqueza final
As decisões dos investidores baseiam-se no binómio rentabilidade esperada,
risco.
As antecipações dos investidores em relação à rentabilidade e ao risco são
homogéneas.
Os investidores têm idêntico horizonte temporal
Os investidores têm acesso à mesma informação
As carteiras são formadas por activos com risco e por activos sem risco
Todos podem conceder e obter empréstimos à taxa de juro sem risco
Não há imperfeições de mercado (impostos, custos de transacção)
A quantidade total dos activos é fixa e todos são transaccionáveis e divisíveis.
15
Modelo Teórico
António Neto, Carlota Costa e Pedro Gonzaga – Finanças Empresariais – FEP 2010/11 Página 42
Finanças Empresariais
Tendo em conta que risco específico de um título pode ser eliminado através da sua
diversificação numa carteira, na avaliação dos activos apenas é relevante o risco
sistemático.
Assim, no Modelo CAPM a Rentabilidade esperada de um título j corresponde à soma
com um prémio de risco (que corresponde ao produto do preço do risco Ì pelo nível
de um termo constante (parcela de rentabilidade não relacionada com o nível de risco)
Í = U¤ + Ì ∗ ¢¤
Í = U¤ + Ì ∗ ¢¤ .
No referencial rentabilidade esperada / Beta, os activos devem estar sobre a recta
Exemplo:
Se um activo se encontra acima da recta está subvalorizado: os investidores
detectam uma oportunidade de arbitragem e compram o activo, provocando
uma pressão para o aumento do preço e levando a que a rentabilidade
esperada do activo diminua até que este convirja para a recta.
| = U¤ + Ì × ¢¤ ↔ | = U¤ + Ì × 0 ↔ ¤ = |
Logo:
Por outro lado, a carteira de mercado com rentabilidade esperada E(Rm) tem
( £ ) = U¤ + Ì × ¢¤ ↔ ( £ ) = | + Ì × 1 ↔ Ì = ( ) − |
um beta igual à unidade.
Í = | +Î ( £) − |Ï ∗ ¢¤
António Neto, Carlota Costa e Pedro Gonzaga – Finanças Empresariais – FEP 2010/11 Página 43
Finanças Empresariais
A SML pode ainda ser escrita com rentabilidades exigidas, caso em que a sua
¤ = | +Î − | Ï ∗ ¢¤
expressão passa a ser dada por:
O beta duma carteira é dado pela média ponderada dos betas dos títulos que a
E = | + £ − | × ¢E
constituem.
± ˤ ¤ = | + £ − | × ¢E
± ˤ | +( £ − |) × ¢¤ = | + £ − | × ¢E
| +( £ − | ) ± ˤ ¢¤ = | + £ − | × ¢E
| +( £ − | ) ± ˤ ¢¤ = | + £ − | × ¢E
( £ − | ) ± ˤ ¢¤ = £ − | × ¢E
¢š = ± ˤ ¢¤ ↔ ¢š = ·u ¢u + ·« ¢« + ⋯
Nota
Enquanto na Teoria da Gestão de Carteiras a CML relaciona a rentabilidade de uma
carteira eficiente com o seu risco absoluto (medido pelo desvio padrão), no Modelo
CAPM a SML relaciona a rentabilidade esperada de um título inserido numa carteira
diversificada com o seu nível de risco de mercado, medido pelo beta.
¤ = 5% + (9% − 5%) × ¢u
Rm = 9%
António Neto, Carlota Costa e Pedro Gonzaga – Finanças Empresariais – FEP 2010/11 Página 44
Finanças Empresariais
¤ = 7% + (11% − 7%) × ¢¤
Rj SML’
SML
βj
¤ = 5% + (9% − 5%) × ¢¤
6% = £ − 5% ↔ £ = 11%
passarem a ser mais avessos ao risco:
¤ = 5% + (11% − 5%) × ¢¤
Rj SML’
SML
βj
António Neto, Carlota Costa e Pedro Gonzaga – Finanças Empresariais – FEP 2010/11 Página 45
Finanças Empresariais
Í = | + Ò°u − |
ÓÓÓ« −
¢¤u + (Ò | )¢¤«
( ¤ , Ò¹ )
estimado da mesma forma que no Modelo CAPM:
¢¤¹ =
, (Ò¹ )
A expressão ° ÓÓÓ
Í = | + Òu − | ¢¤u + (Ò« − | )¢¤« pode ser representada por
um plano em que no eixo vertical se encontra a rentabilidade esperada do activo e nos
eixos horizontais as sensibilidades do activo aos diferentes factores.
Em equilíbrio, todos os activos estão neste plano. Caso contrário, o activo estará
subvalorizado ou sobrevalorizado e o aproveitamento das oportunidades de
arbitragem provoca pressão sobre o preço que leva o activo a convergir para o plano.
Rentabilidade Esperada
β1 β2
António Neto, Carlota Costa e Pedro Gonzaga – Finanças Empresariais – FEP 2010/11 Página 46
Finanças Empresariais
O Modelo APT é mais robusto que o CAPM, pois não emite pressupostos acerca da
rentabilidade dos activos, não exige aversão ao risco, a rentabilidade é função de
vários factores, não exige que a carteira de mercado seja eficiente e é
multidimensional no risco.
∑D¤²u ˤ ¢¤¹ = 0 para cada factor k. Esta condição elimina o risco sistemático.
Após o trabalho de Ross, outros estudos têm procurado explicar a rentabilidade dos
títulos baseando-se em múltiplas variáveis:
Taxa de rentabilidade de longo prazo;
Taxa de rentabilidade de curto prazo;
Dimensão da empresa medida pela capitalização bolsista;
Book to market equity (BE/ME) dado pela relação entre o valor contabilístico
dos capitais próprios e o valor de mercado dos capitais próprios;
Rácio (Resultados/Preço)
Modelo Trifactorial
¤ − | = ¢¤ × Î ( )− |Ï + [¤ × (j$Ç) + ℎ¤ × (ç$-)
António Neto, Carlota Costa e Pedro Gonzaga – Finanças Empresariais – FEP 2010/11 Página 47
Finanças Empresariais
Exemplo: tomemos por exemplo um mercado accionista com mil acções. A ordenação
das acções é feita pela capitalização bolsista, de forma decrescente. Divide-se em cinco
grupos, sendo que no topo ficam as cem maiores empresas, e no final as cem mais
pequenas. Vamos, então, ao longo do tempo, calcular a rentabilidades dos grupos.
António Neto, Carlota Costa e Pedro Gonzaga – Finanças Empresariais – FEP 2010/11 Página 48
Finanças Empresariais
Notas prévias
Conforme já foi referido no capítulo II, quando o Earning Power é superior à taxa de
juro a que a empresa se consegue financiar, um aumento do endividamento conduz a
um aumento da rentabilidade dos capitais próprios.
Sales S
- Cost of Goods Sold COGS
= Gross Profit GP
- General Administration and Selling Expense GAS
= Earning Before Interests and Taxes EBIT
- Interest I
= Earning Before Raxes EBT
- Taxes Taxes
= Earning After Taxes EAT
A rentabilidade financeira (Return on Equity) pode ser escrita como uma função do
= •( Z, R, -, .)
Earning Power, da taxa de juro média a que a empresa se financia, da alavancagem e
da taxa de imposto sobre o rendimento:
,. Ç . − R(, − ) (1 − .)
= = =
Ç . − R(, − ) , Ç. ,
= × (1 − .) × =§ − R ‡1 − ˆ¨ × (1 − .) × =
, , ,
= § Z − R ‡1 − ˆ¨ × (1 − .) × - = Z × - − R(- − 1) × (1 − .) =
,
= Z × - − R × - + R × (1 − .) = ( Z − R) × - + R (1 − .)
António Neto, Carlota Costa e Pedro Gonzaga – Finanças Empresariais – FEP 2010/11 Página 49
Finanças Empresariais
Nesta nota introdutória verificamos que, quando o Earning Power é superior à taxa
média de financiamento, é possível aumentar a rentabilidade financeira aumentando o
nível de endividamento da empresa, isto é, alterando a sua estrutura de financeira. Ao
longo dos capítulos seguintes iremos analisar as diferentes teorias explicativas da
estrutura de capitais e da sua relação com o valor da empresa.
Foram desenvolvidas várias teorias que podem ser divididas em:
Modelos de Trade-off
Pecking Order Theory
Estrutura de capitais como um sinal
Modelos de Trade-off
Pressupostos:
Não existem impostos;
Não existem custos de transacção;
Não existem custos de falência nem de agência → o custo de endividamento da
empresa é constante;
Os indivíduos podem contrair ou conceder empréstimos à taxa de juro sem
risco;
As empresas emitem dois tipos de títulos, obrigações e acções;
Uma emissão de obrigações é sempre aplicada na compra de acções próprias
(aumento do financiamento por capitais alheios), e uma emissão de acções é
António Neto, Carlota Costa e Pedro Gonzaga – Finanças Empresariais – FEP 2010/11 Página 50
Finanças Empresariais
D D D D D …
0 1 2 3 4 5
` ` ` `
= + + + + (… )
D
1+ C (1 + C )« (1 + C )¿ (1 + C )é
jD = U + U × i + U × i « + U × i ¿ + ⋯ + U × i Dtu
i × jD = U × i + U × i « + U × i ¿ + ⋯ + U × i D
i × jD − jD = U × i D − U ↔ jD (i − 1) = U(i D − 1)
U(i D − 1)
jD =
i−1
u
Logo, sendo a razão igual a u›y
ë
` ` ` ` `
= + + + + (… ) + =
D
1+ C (1 + C )« (1 + C )¿ (1 + C )é (1 + C )D
1 1 1
` −1 ` −1 −1
(1 + C )D (1 + C )D (1 + C )D
= × = × =`× =
1+ 1 1+ 1− C −1 − C
1+ C−1
C C
1+ C
1 1
=`× −
C (1 + C)
D
C
António Neto, Carlota Costa e Pedro Gonzaga – Finanças Empresariais – FEP 2010/11 Página 51
Finanças Empresariais
1 1 `
lim =`ׇ − ˆ=
D →›î
D
C +∞ C
O Free Cash Flow é o conjunto de cash flows gerados e disponíveis para uma empresa
se esta não tiver dívidas e, consequentemente, se não suportar encargos financeiros. O
free cash flow corresponde, então, ao cash flow de uma empresa não alavancada e
pode ser dado pela fórmula seguinte:
ð = (Z − − − ` Z)(1 − .) + ` Z − x
RAI
Resultado Líquido
Uma vez que os cash flows são perpétuos e constantes, DEP = INV.
ð = (Z − − − ` Z)(1 − .) + ` Z − x
ð = Ç .(1 − .)
Ç .(1 − .)
= =
ð
ð
€ð €ð
CFU é o cash flow da empresa não alavancada e KSU é o custo dos capitais próprios da
empresa não alavancada.
António Neto, Carlota Costa e Pedro Gonzaga – Finanças Empresariais – FEP 2010/11 Página 52
Finanças Empresariais
=j+`
O valor de uma empresa não alavancada é igual ao valor dos capitais próprios (dado
que não existe qualquer endividamento): VU = SU
Empresa Alavancada
No caso de uma empresa alavancada, o cash flow disponível para os accionistas e
obrigacionistas passa a ser dado pelo cash flow global, que corresponde a:
• = (Z − − − ` Z − )(1 − .) + ` Z − x + =
• = Ç .(1 − .) + .×
• > ð
= +( − •) ‡ ˆ (1 − .)
€• €ð €ð
j̀
• KSL = custo dos capitais próprios de uma KSL Custo dos C.P.
empresa alavancada;
• KSU = custo dos capitais próprios de uma
empresa não alavancada;
• KD = custo de mercado do endividamento;
• S = valor de mercado dos CP (share); KSU
• D = valor de mercado de endividamento
(debt); D
António Neto, Carlota Costa e Pedro Gonzaga – Finanças Empresariais – FEP 2010/11 Página 53
Finanças Empresariais
Contudo, a taxa de actualização utilizada passa agora a ser o custo médio ponderado
dos capitais.
Custo Médio Ponderado dos Capitais (WACC – Weighted Average Cost of Capital):
j `
Ë, = € × + • × × (1 − .)
=
Ë,
Ç .− ∗`
j=
•
ۥ
Ç.
• = ð = = jð = <=> Ç . = €ð
€ð
` j
Ë, = • (1 − .) ‡ ˆ + €• ‡ ˆ
`
jga[QRQgRVbT €• : Ë, = €ð − €ð ∗.‡ ˆ
António Neto, Carlota Costa e Pedro Gonzaga – Finanças Empresariais – FEP 2010/11 Página 54
Finanças Empresariais
Custo do Capital
Ksl
Ksu
Kd (1-T)
Ç .(1 − .) + . × Ç.
= =
•
Ë, €ð
Ç .(1 − .) Ç.
ð = jð = = → • = ð
€ð €ð
Proposição 2: o custo dos Capitais Próprios é dado por Ksu + (Ksu-Kd) * (D/S)
€• |. =0= +( − •) ∗‡ ˆ
€ð €ð
j̀
• =( Ç .− • ∗ `) + • ∗` = Ç .
Accionistas Obrigacionistas
O custo médio ponderado dos capitais não é afectado pelo nível de endividamento –
WACC =KSU. O valor da empresa alavancada é igual ao da empresa não alavancada –
numa economia à MM sem impostos a estrutura financeira da empresa é irrelevante.
Numa economia à MM sem impostos nem o valor da empresa bem custo médio
ponderado dos capitais são afectados pela estrutura de capitais da empresa. E o custo
António Neto, Carlota Costa e Pedro Gonzaga – Finanças Empresariais – FEP 2010/11 Página 55
Finanças Empresariais
1ª Proposição
Ksl
Vu Ksu WACC=Ksu
Kd
ð = Ç .− • ∗ ` (1 − .) + • ∗ ` = Ç .(1 − .) + • ∗`∗.
Ç .(1 − .) .∗ ∗`
= + = +.∗`
•
• ð
€ð •
.∗
Valor de mercado do
• endividamento da empresa = D
António Neto, Carlota Costa e Pedro Gonzaga – Finanças Empresariais – FEP 2010/11 Página 56
Finanças Empresariais
Ç .(1 − .)
Proposição I:
• = ð + . ∗ `; ð = jð =
€ð
Nota:
Ç .(1 − .)
• = +.∗ = ð + .•
€ð ƒ
• = j• + `
O valor de mercado de uma empresa alavancada é igual ao valor de uma empresa sem
alavancagem mais os ganhos de alavancagem.
O custo médio ponderado do capital duma empresa alavancada diminui quando o
endividamento aumenta:
Vimos que:
` j
Ë, = • (1 − .) ∗ + €• ∗
Proposição II:
O custo dos capitais próprios duma empresa alavancada é dado por:
[Y = [g + ( − •) ‡ ˆ (1 − .)
€ð
j̀
Custos de
V VL KSL
Capital
D D/V
António Neto, Carlota Costa e Pedro Gonzaga – Finanças Empresariais – FEP 2010/11 Página 57
Finanças Empresariais
Modelo de Hamada
O modelo de Hamada combina o CAPM com o modelo de MM com impostos, para
obter o custo dos capitais próprios de uma empresa alavancada.
No CAPM a rentabilidade exigida dos valores mobiliários de rendimento variável é
decomposta em duas componentes: a rentabilidade de um activo sem risco e prémio
de risco.
¹ = | + − | ∗ ¢¹
= +( − | )¢6 +( − | )¢6
∗ (1 − .<) ‡ ˆ
Gƒ |
j̀
= \WVQUaRYRbUbW bT U QRST [W \R[ T
+ \é RT bW \R[ T bT VW•ó RT + \é RT bW \R[ T •RVUV WR\T =
+Î − | Ï¢6 §1 + (1 − .< ) ¨
|
j̀
BL
Ç•
¢ð =
1 + (1 − .< ) ∗
j̀
António Neto, Carlota Costa e Pedro Gonzaga – Finanças Empresariais – FEP 2010/11 Página 58
Finanças Empresariais
(1 − .< )(1 − .G )
Ç .(1 − .< ) ∗ (1 − .G ) + (1 − .• ) ¥1 − ¦
1 − .ƒ
(1 − .< )(1 − .G )
+ ` ¥1 − ¦
ð
1 − .ƒ
T*
António Neto, Carlota Costa e Pedro Gonzaga – Finanças Empresariais – FEP 2010/11 Página 59
Finanças Empresariais
Insolventes Saudáveis
Nota:
Há estudos que podem ser feitos através de uma análise univariada – estuda os rácios
associados à rentabilidade da empresam, entre outros (desempenho económico). No
entanto, há outras análises como a multivariada que considera a distribuição
estatística de um conjunto de variáveis (como o Altman).
• = ð +.∗`− øƒ − Fù
António Neto, Carlota Costa e Pedro Gonzaga – Finanças Empresariais – FEP 2010/11 Página 60
Finanças Empresariais
Valor actual do
V VU + T*D
incumprimento
financeiro + valor
VU
actual de agência
KSL
KSU WACC
KD(1-TC)
Segundo Ross (1993) o cash flow gerado pela empresa é afecto aos:
Accionistas
Obrigacionistas
Governo (taxas e impostos)
Advogados (custos de falência)
António Neto, Carlota Costa e Pedro Gonzaga – Finanças Empresariais – FEP 2010/11 Página 61
Finanças Empresariais
António Neto, Carlota Costa e Pedro Gonzaga – Finanças Empresariais – FEP 2010/11 Página 62
Finanças Empresariais
Ross (1977)
Uma alteração do nível de endividamento é interpretada pelo mercado como uma
revisão do fluxo de liquidez futuro.
Uma empresa adopta um nível de endividamento elevado se antecipa um fluxo de
liquidez futuro elevado.
Só existem boas empresas (A) e más empresas (B)
Utiliza um sistema de compensação para o gerente, tal que, se o gerente duma
empresa do tipo A maximiza o valor esperado da sua remuneração vai decidir-se por
um nível de endividamento que não é suportável pelas empresas de pior qualidade.
Sistema de compensação dos dirigentes:
u [W ( u ≥ `) û
$ = (1 + \) ∗ ö¬ ∗ + öu ∗
¬
( u − -)[W ( u < `)
Sendo:
R m- taxa de juro sem risco do período
Y0,Y1 – coeficientes de ponderação
V0,V1 – valor da empresa no início e fim do período
Black e Scholes
António Neto, Carlota Costa e Pedro Gonzaga – Finanças Empresariais – FEP 2010/11 Página 63
Finanças Empresariais
O montante dos dividendos é, regra geral, inferior aos resultados líquidos em anos de
expansão económica e superior a estes em anos de recessão económica.
A política de estabilização dos dividendos pode ser justificada pelo receio que uma
diminuição dos dividendos possa conduzir a que os accionistas façam uma revisão em
baixa do cash flow futuro esperado.
António Neto, Carlota Costa e Pedro Gonzaga – Finanças Empresariais – FEP 2010/11 Página 64
Finanças Empresariais
Situação fiscal dos accionistas: por razões fiscais, os accionistas podem preferir ser
remunerados sob a forma de mais-valias.
Pagamento em dinheiro.
Pagamento em acções ordinárias ou preferenciais sem direito a voto. As acções
são atribuídas na proporção do capital detido e a operação não altera a riqueza
dos accionistas: a participação relativa no capital mantém-se. O valor nominal
da acção não sofre alteração.
Distribuição de dividendos com fraccionamento do número de acções. Neste
caso o valor nominal de cada acção é alterado pelo factor de fraccionamento. O
dividendo por acção é calculado tendo em conta o factor de fraccionamento. A
riqueza do investidor também não sofre alteração. O fraccionamento
corresponde ao desejo de tornar o preço de cada acção mais acessível
Recompra de acções: quando uma empresa lança uma oferta pública de
recompra de acções, o prémio de recompra assinala que as acções estão
subavaliadas.
António Neto, Carlota Costa e Pedro Gonzaga – Finanças Empresariais – FEP 2010/11 Página 65
Finanças Empresariais
Defendem que o valor da empresa depende da sua capacidade para gerar resultados
operacionais e não do modo como estes são afectos aos accionistas e à empresa.
Concluem que é irrelevante a remuneração dos accionistas sob a forma de dividendos
ou de ganhos de capitais.
Concluem que a política de dividendos não produz efeitos sobre o valor das acções
nem sobre o custo do capital.
• Impacto positivo dos dividendos sobre o valor das empresas (Gordon e Lintner)
Modelo de Gordon-Shapiro
Nota Introdutória:
`u `u (1 + •) `u
Z¬ = + + … . <=> Z¬ =
1+ G (1 + G )^2 G−•
`u
= + • = bRSRbWVb ýRWYb UR[ •
G
Z¬
António Neto, Carlota Costa e Pedro Gonzaga – Finanças Empresariais – FEP 2010/11 Página 66
Finanças Empresariais
• Sinalização e dividendos
Nota:
Direito de subscrição: Num aumento de capital por subscrição, os detentores das
acções antigas possuem uma preferência na subscrição das acções novas. Essa
preferência é substanciada na existência de direitos de subscrição, que tal como o
nome indica dão ao seu detentor o direito de subscrever acções no novo aumento de
capital ao preço de exercício definido. Estes direitos podem, regra geral, ser
transaccionados em mercado.16
Temos tantos direitos de subscrição quantas acções tivermos
16
Fonte: Think fn.
António Neto, Carlota Costa e Pedro Gonzaga – Finanças Empresariais – FEP 2010/11 Página 67
Finanças Empresariais
Avaliação de empresas:
• Óptica estática ou patrimonial
• Óptica dinâmica ou reditualista
• Óptica dualista ou mista
• Óptica dos indicadores bolsistas
Óptica dinâmica
Esta óptica tem subjacente a ideia que o valor da empresa depende da sua capacidade
para gerar cash flows futuros.
Habitualmente, este fluxo é constituído pelos dividendos ou pelos FCF (Free Cash
Flows)
Para obter os fluxos financeiros parte-se da demonstração de resultados e faz-se uma
projecção para os períodos seguintes.
`= ZD
D
= þ± +
¬
(1 + € ) = (1 + € )D
=²u
`u `« `D ZD
= Z¬ = + + ⋯+ +
¬
1+ € (1 + G ) « (1 + G ) D (1 + G )D
`D›u `D›«
ZD = + +
1 + € (1 + G )«
António Neto, Carlota Costa e Pedro Gonzaga – Finanças Empresariais – FEP 2010/11 Página 68
Finanças Empresariais
Corresponde ao valor de um activo para um investidor que planeia vendê-lo pelo preço
Pn, ao fim de n períodos, tendo recebido os dividendos em cada período.
Quando n tende para infinito,
`=
î
= þ±
¬
(1 + € )=
=²u
`
`¬ = `u = ⋯ → Z¬ =
€
` `
Z¬ = + +⋯
1+ G (1 + G )«
` ` `
jD = + +⋯+
1+ G (1 + G ) « (1 + G )D
(….)
`
`−
(1 + G )D
jD =
G
`
lim jD =
D→î G
António Neto, Carlota Costa e Pedro Gonzaga – Finanças Empresariais – FEP 2010/11 Página 69
Finanças Empresariais
`u `¬ (1 + •)
Z¬ = =
G−• G−•
`u `u (1 + •) `u (1 + •)Dtu
jD = + + ⋯ +
1+ G (1 + G )« (1 + G )D
(…)
`¬ (1 + •)
G−•
`u
= + • = bRSRbWVb ýRWYb + •
G
Z¬
Equação de Fisher:
$ × (1 + \D )
$ × (1 + \) =
1+R
(1 + \D ) = (1 + \)(1 + R) → \D ≈ \ + R
`= = `@ (1 + \)= × (1 + Ru ) × (1 + R« ) × …
(1 + Gu ) × (1 + G« ) × … = (1 + “)= × (1 + Ru ) × (1 + R« ) ×
António Neto, Carlota Costa e Pedro Gonzaga – Finanças Empresariais – FEP 2010/11 Página 70
Finanças Empresariais
Substituindo em:
î
`=
Z¬ = þ±
(1 + € )=
=²u
Vem:
î
`¬ (1 + \)=
Z¬ = þ±
(1 + “)=
=²u
E a soma desta série é:
`¬ (1 + \)
Z¬ =
“−\
F
`= `F›u 1
Z¬ = þ± + ×
(1 + € ) = ( G − •) (1 + G )F
=²u
• É
Note-se que( tù)
representa o preço esperado da acção no ano “a”.
Para calcular o preço no ano zero este preço esperado deve ser multiplicado pelo
u
factor de actualização (u› )
.
António Neto, Carlota Costa e Pedro Gonzaga – Finanças Empresariais – FEP 2010/11 Página 71
Finanças Empresariais
1 = 1 1 F 1
→ W →
(1 + G )= >²u (1 + G> ) (1 + G )F >²u (1 + G> )
(…)
- Determinação do free cash flow: óptica das origens e óptica das aplicações.
António Neto, Carlota Costa e Pedro Gonzaga – Finanças Empresariais – FEP 2010/11 Página 72
Finanças Empresariais
` j
F = Ë, = × ƒ × (1 − Q) + × €
Aplicando o modelo dos fluxos anormais, semelhantes ao caso dos dividendos, com
“a” períodos de crescimento anormal vem:
F
= F›u 1
= þ± + ×
(1 + F)
= ( F − i) (1 + F )F
=²u
em que “q” representa a taxa de crescimento esperado dos FCF, no período normal.
António Neto, Carlota Costa e Pedro Gonzaga – Finanças Empresariais – FEP 2010/11 Página 73
Finanças Empresariais
Modelo com aplicação semelhante ao FCF. No EVA (Economic Value Added) calcula-se
o fluxo financeiro partindo dos RL e adicionando várias rubricas (despesas financeiras,
dividendos preferenciais, despesas de pesquisa e desenvolvimento). Neste modelo não
se adicionam as amortizações. O MVA (market Value Added) corresponde ao valor
actual do EVA esperado.
O EVA pode ser determinado a partir dos resultados líquidos mais os encragos
financeiros após impostos menos a remuneração do capital.
António Neto, Carlota Costa e Pedro Gonzaga – Finanças Empresariais – FEP 2010/11 Página 74
Finanças Empresariais
3. Qual a relação que existe entre a aplicação deste modelo e o modelo de free
cash flow?
,=
D D
(1 + F)
= +± =
=
±
(1 + )=
=²u =²u
F
V = S+G
WigUçãT 6.27
17
Não precisamos de saber as fórmulas
António Neto, Carlota Costa e Pedro Gonzaga – Finanças Empresariais – FEP 2010/11 Página 75
Finanças Empresariais
PER
Vantagens: fornecer um padrão para comparar os preços das acções; ser mais
fácil de aplicar a empresas que não distribuem dividendos mas que têm
resultados positivos; ser mais simples de estimar as variáveis utilizadas que as
figuram nos modelos de actualização de dividendos
Desvantagens: sem fundamentação teórica; baseiam-se numa relação estável
entre o valor da empresa e os resultados; dependem da utilização de
diferentes técnicas contabilísticas; podem ser influenciadas por resultados
extraordinários
Exemplo:
Nº de acções = 100.000
18
Valor de mercado dos capotais próprios da empresa
António Neto, Carlota Costa e Pedro Gonzaga – Finanças Empresariais – FEP 2010/11 Página 76
Finanças Empresariais
j~ = Z × -~
António Neto, Carlota Costa e Pedro Gonzaga – Finanças Empresariais – FEP 2010/11 Página 77