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Índice
1 Introdução............................................................................................................................ 4
2 Objectivos............................................................................................................................ 5
3 Metodologia ........................................................................................................................ 5
5 Conclusão .......................................................................................................................... 20
1 Introdução
“Conhecer o balanço, a demonstração dos resultados, a demonstração dos fluxos de
caixa e correspondentes anexos, pode, em muitas situações, constituir apenas uma vaga
referência para o conhecimento dos riscos e rendibilidades associados a empresas, ou grupo de
empresas, que operam em mercados muito diversificados ou que realizam negócios em
diferentes fases do ciclo de vida ou que apresentam diferenças significativas de uns para outros
e que, por isso, podem condicionar futuros fluxos de caixa”. (Borges, et al, 2007, p.865)
É com base nesse pequeno enunciado, que se baseará nosso objecto de estudo “o
segmento”. A informação financeira, pode ser disseminada por meio de segmentos. Nesse
trabalho, abordaremos primeiramente o conceito de segmento, para podermos estar a par do
significado deste conceito na divulgação da informação financeira.
Também é de extrema importância que definamos os tipos que segmentos que existem
na divulgação da informação financeira. Não obstante, falaremos também do relato por
segmento em duas vertentes: na perspectiva normativa, e o relato por segmento na perspectiva
de gestão.
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2 Objectivos
2.1 Geral
Falar da informação financeira por segmento na perspectiva de gestão e normativa.
2.2 Específicos
Definir o conceito de segmento;
Definir os tipos de segmentos que existem;
Definir o relato por segmento na perspectiva normativa; e
Definir o relato por segmento na perspectiva de gestão.
3 Metodologia
Quanto a abordagem do tema, a presente pesquisa é qualitativa. Depois de uma série de
leituras sobre o assunto pesquisado, foram colectadas informações pertinentes a elaboração do
artigo e de maneira minuciosa, foi relatada o que os diferentes autores escrevem sobre o tema
aqui pesquisado. Ainda na esfera da metodologia do trabalho, importa referenciar que quanto
aos procedimentos técnicos a pesquisa é bibliográfica, pois no presente estudo, a pesquisa foi
elaborada a partir de material já publicado, fonte secundária, constituído fundamentalmente, de
livros.
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Para ultrapassar estas limitações, tem vindo a ser divulgada a necessidade das empresas, ou
grupos de empresas, divulgarem a sua informação financeira por segmentos.
“Por segmento entende-se um subconjunto de uma empresa (ou entidade) que interessa
acompanhar em termos económicos e financeiros, dado proporcionar diferentes rendibilidades
(resultados) ou estar sujeito a riscos diferentes”. (Borges, et al, 2007, p.865)
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Expressão Inglesa que significa “saber-fazer” – Wiktionary – CC BY-SA 3.0 license
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“O que se torna de facto relevante a escolha do segmento ou segmentos que irão ser
relatados em termos económicos e financeiros são, para além das habituais razões estratégicas,
o tipo de negócio da empresa, as regiões onde realiza os seus negócios, a sensibilidade e
interesse dos gestores e a necessidade e interesse de informação pelos utilizadores”. (Borges, et
al, 2007, p.867)
Considera-se também recomendável a sua adopção por todas as entidades com as características
indicadas nesta directriz.
a) Se o rédito dessas vendas e das operações com outros segmentos representar pelo menos
10% do rédito total, interno e externo, de todos os segmentos; ou
b) Se o resultado do segmento, quer lucro quer prejuízo, representar pelo menos 10% do
resultado agregado de todos os segmentos lucrativos ou do resultado agregado de todos
os segmentos que apresentam prejuízos, dos dois o maior em valor absoluto; ou
c) Se os seus activos representam pelo menos 10% dos activos totais de todos os
segmentos.
imputada numa base razoável, que de natureza externa quer interna (operações internas).
Os gastos segmentais não incluem:
i. Juros, incluindo os incorridos em adiantamentos ou empréstimos de outros
segmentos, a não ser de natureza financeira;
ii. Prejuízos em vendas de investimentos ou prejuízos na extinção de dividas a
terceiros;
iii. Impostos sobre o rendimento, gastos gerais administrativos, etc.
Resultado segmental – respeita à diferença entre os réditos 2e os gastos do segmento.
Activos segmentais – são os activos operacionais que sejam usados por um segmento
nas suas actividades operacionais e que lhe sejam directamente atribuíveis, ou possam
ser-lhe imputados numa base sustentável.
4.2.1 Aplicação 01
A empresa comercial, S.A iniciou actividade a 2 de janeiro de 2000, dedicando-se à
comercialização de diversas marcas de tintas, diluentes, colas e outros produtos similares. A
empresa opera em três mercados regionais (regiões A, B e C). Cada uma das regiões encontra-
se sob a responsabilidade de um Director de região, por forma a ser possível determinar os
respectivos desempenhos.
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O presidente da empresa, que tinha planeado, para o ano de 2002, um resultado antes de
impostos francamente positivo, viu-se confrontado com os resultados negativos apurados pela
empresa. Decidiu, então, solicitar ao seu departamento de contabilidade uma conta de
resultados por cada um dos seus três mercados regionais. O seu objectivo é tentar perceber qual
ou quais das regiões ficaram aquém das expectativas.
(1) Dizem respeito aos custos de estrutura comercial central, que incluem remunerações,
deslocações e estadas, despesas de representação, comunicação e publicidade dos produtos
(excepto a nível local que é feita na zona), estudos de mercado, etc, que foram considerados
comuns às três regiões.
(3) Os custos financeiros dizem respeito sobretudo a descontos de p.p concedidos e a juros de
empréstimos bancários.
(4) No inicio de 2002, a região A registava “stocks” no valor de 650.000 euros, a B no valor de
450.000 euros e a C no valor de 300.000 euros.
Pretende-se apurar os réditos, os gastos, os activos e os passivos segmentais, tal como definidos
no normativo contabilístico.
v. A quantia total dos gastos significativos que não impliquem desembolsos, excluindo as
amortizações já tratadas na alínea anterior;
vi. A natureza e quantia de quaisquer rubricas de réditos e gastos, cuja dimensão, natureza
ou incidência seja, relevante para explicar o desempenho do segmento no exercício, etc.
Por esse motivo, a segmentação é menos “normativa”, mas mais dependente do poder
de decisão dos responsáveis, ou seja, a criação dum segmento de análise só deverá ocorrer se o
gestor puder actuar sobre esse segmento. Ou seja, conhecer os resultados por cliente só terá
interesse se houver capacidade para actuar de forma diferenciada em cada cliente, e se for o
caso, abandonar os clientes com rendibilidades negativas.
Para obter informação económica e financeira por segmento torna-se necessário dispor
de um adequado sistema de informação contabilístico que permita proceder ao apuramento do
valor de cada conta por cada um dos segmentos que tenham sido definidos.
Os modelos mais tradicionais têm-se preocupado sobretudo com a afectação dos custos
(consumo de recursos) aos segmentos produto, enquanto a tendência mais actual é para análise
do valor gerado por outros segmentos mais orientados para o exterior da empresa, isto é, quanto
“rende” operar no mercado nórdico ou numa determinada área de negócios, ou em certos
clientes ou canais de distribuição ou realizar determinados projectos, etc.
Desta forma, não é suficiente a afectação apenas dos custos, mas também de outras
rubricas económicas e financeiras, como sejam os proveitos gerados e os activos e passivos
utilizados e que possam ser identificados com esses segmentos.
A análise de valor por segmento implica que todos factores económicos e financeiros
relacionados com determinado segmento escolhido pela empresa como, por exemplo, clientes,
linhas de produtos, centros de responsabilidade, projectos, mercados, canais de distribuição, lhe
devem ser atribuídos, independentemente da função em que ocorram. Inversamente, quando
não lhes digam respeito, não lhes devem ser atribuídos, sob pena de se distorcer o conhecimento
sobre o seu verdadeiro contributo para os resultados globais.
Rubricas Valor
A – Proveitos directos
Proveitos externos e internos, identificáveis por P
cada segmento (vendas, serviços, rendas, etc)
B – Custos directos
Custos dos recursos, efectivamente consumidos
ou utilizados por cada segmento, tais como
água, telefones, energia, papel, amortizações,
pessoal), podendo ser: Cv
Cv – Custos variáveis (dependem do nível de
actividade do segmento, ex: materiais) MCB = P − Cv
Margem de contribuição bruta Cf
Cf – Custos fixos (independem do nível de
actividade do segmento, ex: ordenados) MC = P− (Cv + Cf)
Margem de contribuição Cc
Cc – Custo do capital (t% × 𝐼𝐷) MCR = P− (Cv + Cf +Cc)
Margem de contribuição residual I
C – Imposto sobre o rendimento directo VAE = P− (Cv + Cf +Cc)
VAE – Valor acrescentado económico* −I
D – Investimento directo ID = ID1 + ID2
ID.1: Imobilizado liquido ID1
ID.2: Crédito médio concedido a clientes
Nível médio de existências ID2
(Crédito médio obtido de fornecedores)
* Conhecido por EVA – Economic Value Added, marca registada pela empresa norte
americana Stern and Stewart
financiamentos quer em capitais, quer em capitais alheios, ambos com um determinado custo,
tendo no primeiro caso um custo de oportunidade e no segundo uma taxa de juros. Daqui resulta
uma taxa média de custo médio de capitais (que representamos por t%) que aplicada ao
investimento afecto ao segmento nos permite apurar um custo financeiro directo.
4.3.1 Aplicação 02
Ainda relativamente à comercial, anteriormente referida, considere-se que na empresa
se pretendia apurar o valor gerado de cada uma das regiões, utilizando a metodologia EVA.
Sabe-se que o custo do capital na empresa é de 12%.
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4.3.1.1 Resolução
DEMONSTRAÇÃO ECONÓMICO-FINANCEIRA POR SEGMENTO
O valor do custo de capital atribuído à “sede” resulta do activo médio do exercício que lhe está
afecto. O seu valor foi apurado da seguinte forma:
5 Conclusão
Da análise de todos os aspectos pertinentes relacionados com a informação financeira
por segmento, concretamente o conceito de segmento, resultam as seguintes ilações gerais do
trabalho:
6 Referências Bibliográficas
1. Borges, A., Rodrigues, J.A., & Rodrigues, R., (2007), Elementos de Contabilidade Geral,
24ª ed, s/l.
2. Borges, A., Rodrigues, J.A., & Rodrigues, R., (2006), Elementos de Contabilidade Geral,
23ª ed, s/l.
3. Rodrigues, J.A., s/d, Práticas de Consolidação de contas, 3ª ed, s/l.
4. Borges, A., et al, s/d, Práticas de Contabilidade Financeira, 3ª ed, s/l
5. Pais, C., s/d, Impostos sobre lucros, s/e, s/l