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INDICE

1. INTRODUÇÃO.......................................................................................................................1
1.1 – CONTEXTO................................................................................................................2
1.2 - PROBLEMA................................................................................................................3
1.3 - OBJETIVOS....................................................................................................................3
1.3.1 – Objectivo Geral............................................................................................................3
1.3.3 Objectivos Específicos....................................................................................................3
1.4-JUSTIFICATIVA..............................................................................................................4
1.5 DELIMITAÇÃO................................................................................................................5
2.-Difinição de Conceitos.........................................................................................................6
3-OBJECTIVO DE DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA...................................9
4. DEMONSTRAÇÕES DOS FLUXOS DE CAIXA.............................................................10
4.1- Atividades Operacionais.................................................................................................10
4.1.2- Atividades de Investimento..........................................................................................11
6. IMPORTÂNCIAS DA DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA.............................14
1. INTRODUÇÃO

Actividades da empresa que podem ser agrupadas de acordo com a sua natureza e que
podem ser divididas em: operações, investimentos e financiamentos. Todas as
atividades envolvem recursos e, portanto, são conduzidas para a obtenção do lucro.
Para exercer sua função básica, o administrador financeiro deve ter: senso analítico,
capacidade de planejamento e de controle e, principalmente, capacidade de tomar
decisões sobre investimentos e financiamentos mais viáveis para a empresa. O conceito
de equivalência de capitais confunde-se com o conceito de matemática financeira. Por
meio da equivalência de capitais, podemos comparar capitais para diversas datas de
vencimento. Assim sendo, sempre que quisermos comparar diferentes capitais, teremos
que compará-los a uma data, isto é, ou a valor presente e/ou a valor futuro, à mesma
taxa e em condições idênticas.

Risco e retorno são a base sobre a qual são tomadas decisões racionais e inteligentes
sobre os investimentos. De modo geral, “risco” é uma medida da volatilidade ou
incerteza dos retornos, e “retornos” são as receitas esperadas ou fluxos de caixa
antecipados de qualquer investimento. O propósito deste capítulo é levar você a
compreender a transformação do dinheiro no tempo e nos resultados obtidos; e
mensurar os investimentos efetuados pela organização em cenários econômicos

Para isso, torna-se necessário ter visão dos cenários futuros da economia nacional e
mundial. Mais especificamente, o conteúdo deste tema será tratado em função da
distribuição de probabilidade e suas possibilidades de ocorrências favoráveis em relação
às ocorrências possíveis do retorno esperado. Actividades da empresa que podem ser
agrupadas de acordo com a sua natureza e que podem ser divididas em: operações,
investimentos e financiamentos. Todas as atividades envolvem recursos e, portanto, são
conduzidas para a obtenção do lucro. Para exercer sua função básica, o administrador
financeiro deve ter: senso analítico, capacidade de planejamento e de controle e,
principalmente, capacidade de tomar decisões sobre investimentos e financiamentos
mais viáveis para a empresa.

Para isso, torna-se necessário ter visão dos cenários futuros da economia nacional e
mundial. Mais especificamente, o conteúdo deste tema será tratado em função da
distribuição de probabilidade e suas possibilidades de ocorrências favoráveis em relação
às ocorrências possíveis do retorno esperado.
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1.1– CONTEXTO
Segundo Caiado (2000), a Demonstração dos Fluxos de Caixa tem como objectivo
principal a apresentação de informação sobre os recebimentos e os pagamentos de uma
empresa, ocorridos durante um determinado período. Por conseguinte segundo o mesmo
autor, esta Demonstração pode auxiliar os investidores, os credores e outros a aceder a
informações relativas a:
 Capacidade de gerar fluxos de caixa positivos no futuro;
 Capacidade da empresa em solver os compromissos e pagar dividendos;
 Necessidade de recurso ao financiamento externo;
 Relação entre o resultado patenteado nos documentos de prestação de contas e
os fluxos líquidos de caixa originados pelas actividades operacionais, de
investimento e de financiamento;
 Explicação das variações ocorridas na situação financeira entre o início e o final
de um período contabilístico.

Agregam que a DFC tem como objetivo propiciar informações relevantes para seus
usuários sobre os recebimentos e pagamentos em dinheiro de uma entidade, ocorridos
em um determinado período, facilitando assim, a análise da capacidade que a entidade
tem de gerar caixa e equivalente de caixa.
A demonstração dos Fluxos de Caixa, quando usada em conjunto com as demais
demonstrações contábeis, proporciona informações para seus usuários, pois avalia as
mudanças ocorridas nos ativos líquidos da entidade e sua estrutura financeira. Sendo
assim as informações são úteis, pois avalia a capacidade de a entidade gerar caixa e
equivalente de caixa.
A demonstração também pode ser utilizada para fins de comparabilidade de
desempenhos operacionais de diferentes entidades. Na elaboração dos fluxos de caixa
oriundos das atividades operacionais, poderá utilizar dois métodos de divulgação, que
são os métodos direto e indireto.
Sendo assim, a DFC pode ser considerada como uma eficiente ferramenta na análise
financeira da entidade, pois através dela os seus usuários irão avaliar a capacidade que a
entidade possui na geração de caixa e equivalentes de caixa, e auxilia com isso, nas
futuras tomadas de decisões de forma mais correta e coerente, que gerem benefícios
econômicos futuros para entidade.
Com a adoção do fluxo de caixa, tudo o que se faz dentro da entidade poderá ser
projetado, pois a entidade terá uma visão de como suas finanças vão se comportar, e
possibilita o conhecimento das necessidades de recursos e a forma de captação de
recursos.

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1.2- PROBLEMA
Ao levar em consideração a afirmação acima, foi levantada a seguinte pergunta: Quanto
cada atividade discriminada na Demonstração dos Fluxos de Caixa, contribui para
formação do caixa líquido nas empresas.

1.3 - OBJETIVOS
1.3.1 – Objectivo Geral

 Identificar os princípios da gestão financeira;


 Distinguir os principais conceitos relativos à gestão e finanças;
 Apontar o papel do administrador financeiro;
 Reconhecer a importância das decisões sobre finanças corporativas para a empresa e
sua inter-relação com o ambiente externo;
 Identificar as principais demonstrações financeiras. Objetivos:

1.3.3 Objectivos Específicos

a) Definir Fluxo de Caixa;

b) Conceituar os métodos de divulgação da Demonstração dos Fluxos de Caixa;

c) Apresentar o modelo de estruturação da Demonstração dos Fluxos de Caixa;

d) Verificar a representatividade de cada fonte de captação de recursos (operacionais,

de investimento e de financiamento) em cada empresa que publicou a DFC no

período estudado;

e) Eanalisar de forma comparativa como essas fontes evoluíram em relação ao caixa

líquido durante o período estudado.

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1.4-JUSTIFICATIVA

O princípio da história da Contabilidade, pode-se afirmar que surgiu com a


Contabilidade dos fluxos de tesouraria, pois originalmente toda a actividade
contabilística assentava nos movimentos de tesouraria. Novas necessidades de
informação conduziram a Contabilidade para outras bases conceptuais, nomeadamente
para a necessidade de registos de natureza patrimonial e de exploração.

A Demonstração do Fluxo de caixa é uma fonte de informação para usuários que


buscam respostas sobre o andamento da gestão financeira da entidade. Com isso, a DFC
vem se tornando uma ferramenta indispensável junto com as demais demonstrações
contábeis, sendo utilizada como auxílio na análise da situação financeira da entidade.
Sendo assim, a DFC tem como objetivo principal a evidenciação da situação financeira
da entidade (CPC 03 (R2), 2010).

Os fluxos de caixa referentes às atividades operacionais são considerados a principal


fonte de recursos da entidade. É facultada a escolha do método de divulgação da
Demonstração dos Fluxos de caixa.

Dessa forma, a entidade deve analisar qual o método de divulgação mais adequado,
tendo em vista que a DFC é essencial para seus usuários, na análise da capacidade que a
entidade possui para geração de caixa e equivalentes de caixa, bem como suas
necessidades de liquidez.

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1.5 DELIMITAÇÃO
Este estudo delimita-se a analisar a divulgação da Demonstração dos Fluxos de Caixa,
das empresas.

1.6- FUNDAMENTAÇÕES HISTORICA


A aceleração do ritmo de mudança do ambiente em que as organizações empresariais
operam registada a partir das últimas décadas do século XX teve importantes
repercussões no sistema de informação empresarial, particularmente nos sistemas de
informação contabilística. Deste processo resultou o alargamento do âmbito e dos
objetivos associados à Contabilidade.

No início do século XX, o progresso económico e o consequente desenvolvimento do


tecido empresarial e dos mercados financeiros fazem surgir a distinção entre o
proprietário e o gestor.

Em 1961, foi apresentado um estudo de pesquisa contabilística intitulado de «Análise


dos fluxos de caixa e o mapa de origens e aplicações de fundos», pelo American
Institute of Certified Accountants, e que posteriormente deu origem à Opinião nº 3 com
o título «O Mapa de Origens e Aplicações de Fundos», desta vez da autoria do
Accounting Principles Board.

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2 .FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
2.1.1-Difinição de Conceitos

2.1.2- Gasto/Custo: Sacrifício intencional de recursos, direto ou indiretamente,


relacionado com a atividade da empresa, suscetível de quantificação monetária e, regra
geral, associados à 1 A palavra “resultado” aparece aqui essencialmente como um
“saldo”, uma “diferença”, e não no sentido de excedente económico como
tradicionalmente é utilizada na contabilidade.
“ Amélia Ferreira da Silva Manual de Contabilidade
Analítica Anabela Martins Silva Volume I -
Apontamentos 14 expetativa da obtenção de um
determinado rendimento (exemplo: consumo de
matéria-prima, gastos com o pessoal, depreciações)”.
2.1.3-Perda: Decréscimo espontâneo ou involuntário do valor de um bem ou direito,
normalmente fruto de um processo de alienação, deterioração, ou simples
desaparecimento do bem ou direito, alheio à atividade normal da empresa (exemplo:
diferenças de câmbio desfavoráveis; deterioração de Inventários; incêndio). As perdas
têm um carácter extraordinário.
2.1.4-Despesa: Obrigação de pagamento (exemplo: fatura de compra de matéria-prima,
processamento de salários, indemnizações, multas, imposto sobre o rendimento).
2.1.5-Pagamento: Entrega efetiva de meios financeiros (implica um recibo ou
documento equivalente). - Rendimento: Benefício obtido por uma contraprestação
intencional da empresa no âmbito da sua atividade e suscetível de quantificação
monetária. (exemplo: valor dos bens produzidos e/ou vendidos, prestação dum serviço,
renda de um imóvel, subsídio à exploração).
2.1.6-Ganho: Acréscimo espontâneo ou involuntário do valor de um bem ou direito,
normalmente fruto de um processo de alienação, valorização ou simples atribuição da
propriedade de um bem ou direito, alheio à atividade normal da empresa (exemplo:
diferenças de câmbio favoráveis, prémios). Os ganhos têm um carácter extraordinário.
2.1.7-Receita: Direito de um recebimento (exemplo: fatura de venda, subsídios).
2.1.8-Recebimento: Entrada efetiva de meios financeiros (implica um recibo ou
documento equivalente).
2.1.9- Fluxos de caixa

Para que seja possível ao administrador financeiro planejar e gerir os recursos


empresariais reconhecendo necessidades presentes e futuras ele emprega em sua
atividade a ferramenta denominada fluxo de caixa, também conhecida como cash flow
(termo em inglês).

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O fluxo de caixa (cash flow) é um instrumento que relaciona os ingressos (entradas) e
saídas (desembolsos) de recursos monetários no âmbito de uma empresa em
determinado intervalo de tempo (NETO; SILVA, 1997, p.35). Segundo Assef (2003) o
fluxo de caixa é composto por dois grandes grupos que congregam vários itens que
podem ser monitorados por este:

Contas a receber (entradas) – concentra todos os direitos que a empresa possui - a


exemplo: vendas de mercadorias diversas, prestação de serviços realizados, vendas do
ativo permanente (veículos, móveis, imóveis, equipamentos, máquinas, etc.);

 Contas a pagar (saídas) – Abriga todas as obrigações assumidas pela


empresa, oriunda da aquisição de mercadorias, serviços, industrialização,
impostos, além dos custos variáveis, despesas e empréstimos. No meio
empresarial existem diversas variações de fluxo de caixa, as principais
são, segundo Santos (2001):
 Fluxo de caixa projetado – refere-se a projeção de futuro que a empresa
possui acerca das entradas (recebimentos) e saídas (pagamentos)
previstas;
 Fluxo de caixa realizado – refere-se ao realmente ocorrido na empresa.
Sendo o que efetivamente foi pago e recebido.

Estes dois tipos de fluxo de caixa apesar de possuir grande semelhança não são iguais e
diferencia-se por características muito peculiares, que permitem ao administrador
financeiro avaliar distorções na política financeira adotada pela empresa.

A compreensão do fluxo de caixa é bem simples e permite verificar como a empresa


desenvolve sua política de captação e aplicação de recursos;

 O acompanhamento entre o fluxo de caixa projetado e o realizado,


permite identificar as variações ocorridas e as causas dessas variações;

O controle do fluxo de caixa é vital para a saúde financeira da empresa. Cabem aos
administradores financeiros o domínio da ferramenta e sua utilização constante. É
importante ressaltar que o controle do fluxo de caixa não é de uso restrito para empresas.

Traz a definição de fluxos de caixa como todas as entradas e saídas de caixa, bem como
todos os equivalentes de caixa, ou seja, representa toda movimentação de dinheiro da
entidade.

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“O fluxo de caixa é um relatório que sempre trabalha com informações
atuais. Desta forma pode-se dizer que é um relatório dinâmico que
evidencia de maneira transparente e verdadeira a situação financeira da
entidade (SILVA; NEIVA, 2010)”.

2.1.10-Caixa: compreende o dinheiro em caixa e em depósitos à ordem. Equivalentes de caixa:


são investimentos financeiros em curto prazo, altamente líquidos que sejam prontamente
convertíveis para quantias conhecidas de dinheiro e que estejam sujeitos a um risco
insignificante de alterações de valor.

Fig1-Caixa

2.1.11-Fluxos de caixa: são influxos (recebimentos, entradas) e exfluxos (pagamentos, saídas)


de caixa e seus equivalentes.

Fig2-Fluxo de Caixa

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3-OBJECTIVO DE DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA

O objetivo primário da Demonstração dos Fluxos de Caixa é de prover informações


relevantes sobre a movimentação de disponibilidades de uma entidade em um
determinado período, que auxilia os usuários das demonstrações contábeis na análise da
capacidade da entidade de gerar caixa e equivalentes de caixa, bem como suas
necessidades de utilização desses fluxos de caixa (MARTINS et al., 2013).

Fig5-Demonstração Financeira

O fluxo de caixa pode ser considerado como um retrato fiel da situação financeira da
entidade, podendo atualizá-lo diariamente, e proporcionar ao gestor uma transparência
permanente das entradas e saídas de recursos financeiros da entidade, pois o fluxo de
caixa apresenta tanto o passado como o futuro, permitindo a melhor projeção e evolução
de suas disponibilidades (SILVA; NEIVA, 2010).

“ Enfoca-se ainda que o fluxo de caixa reflita e prevê o que ocorrerá com as
finanças da empresa em um determinado período, sendo que estas
informações auxiliarão o gestor no planejamento e controle das finanças da
empresa (OLIVEIRA; PEREZ JR.; SILVA, 2015). A Demonstração dos
Fluxos de caixa deve apresentar os fluxos de caixa do período, classificados
por atividades operacionais, de investimento e de financiamento (CPC 03
(R2), 2010) ”.

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4. DEMONSTRAÇÕES DOS FLUXOS DE CAIXA

O principal objetivo da Demonstração dos fluxos de caixa é de propiciar informações


relevantes sobre os recebimentos e pagamentos de uma entidade durante um
determinado período, relatando aos seus usuários informações sobre a origem do caixa
gerado e forma em que ele foi consumido (SILVA; NEIVA, 2010).

Braga e Almeida (2008) explicam que os fluxos de caixa oriundos das atividades
operacionais, de investimento e de financiamento devem ser apresentados de forma
separada;
A Demonstração de Fluxo de Caixa (DFC) é mais um relatório financeiro que possui
grande valia dentro de qualquer empresa, independente do seu porte ou segmento de
mercado no qual está inserida.
 Atividades Operacionais;
 Atividades de Investimento;
 Atividades de Financiamento.

4.1- Atividades Operacionais


Os fluxos de caixa das atividades operacionais são as principais atividades geradoras de
receitas da entidade e inclui-se também, outras atividades diferentes dos investimentos e
financiamento (OLIVEIRA; PEREZ JR.; SILVA, 2015).

Fig6-Actividade Operacionais

Os fluxos operacionais são considerados como indicadores, uma chave da extensão pela
qual, as operações da entidade têm gerado fluxos de caixa suficiente para amortizar
empréstimos, pagar dividendos e juros sobre capital próprio e fazer novos empréstimos
sem recorrer das fontes externas de financiamento e ainda manter a capacidade
operacional da entidade. Normalmente os fluxos de caixa de atividades operacionais
estão relacionados com as transações que constam na Demonstração de Resultado
(DRE) apresenta os seguintes exemplos de fluxos de caixa que decorrem das atividades
operacionais:

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a) Entrada de caixa pela venda de mercadorias ou prestação de serviços;
b) Entrada de caixa decorrente de royalties, honorários, comissões e outras receitas;
c) Saída de caixa destinado a pagamento de fornecedores e serviços;
d) Saída de Caixa destinado a pagamentos de empregados ou por conta de
empregados;
e) Entrada ou saída de caixa por seguradora de prêmios e sinistros, anuidade e
outros benefícios da apólice;
f) Entradas ou saídas de caixa referentes a pagamento ou restituição de impostos
sobre a renda, exceto quando identificado com as atividades de financiamento ou
de investimentos;
g) Entrada ou Saída de caixa de contratos mantidos para negociação imediata ou
destinadas à venda futura.

4.1.2- Atividades de Investimento


Atividades de investimentos são aquelas referentes à aquisição e à venda de ativos em
longo prazo e outros investimentos, desde que não incluídos nos equivalentes de caixa
(OLIVEIRA; PEREZ JR.; SILVA, 2015).

“O fluxo de caixa da atividade de investimento está relacionado com o


aumento e diminuição dos ativos em longo prazo (não circulantes), que
a empresa utiliza para produzir bens ou serviços (MARTINS et al.,
2013)”.

Oliveira, Perez Jr. e Silva (2015) expõem que a divulgação de forma separada dos
fluxos de caixa das atividades de investimento é importante, pois tais fluxos de caixa
representam extensões em que os dispêndios de recursos sejam feitos pela entidade,
assim, gerar resultados e fluxos de caixa no futuro em decorrência de planos de
expansão. Apresenta os seguintes exemplos como fluxos de caixa advindos das
atividades de investimentos:

a) Saídas de caixa para aquisição de ativo imobilizado, intangíveis e outros ativos


em longo prazo; b) Entradas de caixa referentes à venda de ativo imobilizado,
intangíveis e outros ativos em longo prazo;

b) Entrada ou Saídas de caixa destinada à aquisição de instrumentos patrimoniais


ou instrumentos de dívida e outras entidades e participações societária em joint
ventures (exceto referentes a títulos considerados como equivalentes de caixa,
ou mantidos para negociação imediata ou futura);

c) Adiantamento ou empréstimos em caixa feito a terceiros (exceto aqueles feitos


por instituição financeira);

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d) Entrada de caixa pela liquidação de adiantamentos ou amortização de
empréstimos concedidos a terceiros (exceto de instituição financeira);

e) Entradas ou Saídas de caixa referentes ao pagamento de contratos futuros, a


termo, de opção e swap, exceto quando mantidos para negociação imediata ou
venda futura, ou quando classificados como atividades de financiamento.

Fig7-Actividade de Investimento

4.1.3-Actividades de Financiamento: são as actividades que têm como consequência


alterações na dimensão e composição do capital próprio contribuído e nos empréstimos obtidos
pela entidade.

Fig-Actividade de Financiamento

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5. A CLASSIFICAÇÃO DOS CUSTOS E A CLASSIFICAÇÃO DOS
RESULTADOS
Sintetizando os conceitos abordados anteriormente e relacionando-os com os resultados
da empresa, temos:

Resultado Bruto = Proveitos – Custo


Industrial do Período

Resultado Líquido = Proveitos – Custo


Complexivo – Imposto s/ Rendimento

Resultado Puros = Proveitos – Custo


Económico/Técnico

Fig1-Pirâmide dos Resultados

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6. IMPORTÂNCIAS DA DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE
CAIXA

Os fluxos de caixa são úteis para proporcionarem aos usuários das demonstrações
contábeis uma forma de avaliar a capacidade de a entidade gerar caixa, equivalente de
caixa, e de averiguar a suas necessidades de utilização desses fluxos de caixa. Para as
decisões econômicas tomadas pelos seus usuários, é necessária a avalição da capacidade
que a entidade possui para gerar caixa e equivalentes de caixa e o grau de certeza de sua
geração (CPC 03 (R2), 2010).

A DFC indica a origem de todo o dinheiro que entrou no caixa em determinado período,
e também demonstra o resultado do seu fluxo financeiro permitindo ao administrador, a
melhora do planejamento financeiro da empresa, pois assim poderá evitar as 22 faltas ou
excessos de caixa, facilitando a melhor visualização das necessidades de caixa. As
informações geradas pelos fluxos de caixa são frequentemente utilizadas como
indicador do montante, que avalia a época de ocorrência e o grau de certeza dos fluxos
de caixa futuros. São úteis também, para analisar a exatidão das estimativas passadas
dos fluxos de caixa futuros, e examinar a relação entre a lucratividade, fluxos de caixa
líquidos e o impacto das mudanças de preço (CPC 03 (R2), 2010).

Fig9-Demonstração de Fluxo de Caixa

No momento recente, com Martins (2013) esclarecem que as informações


demonstradas na DFC, quando analisada em conjunto com as demais demonstrações
financeiras da entidade, permitem que investidores, credores e demais usuários avaliem:

a) A capacidade que a empresa possui para gerar futuros fluxos líquidos;


b) A capacidade que possui para honrar com seus compromissos, pagar dividendos
e retornar empréstimos obtidos;

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c) A liquidez, e a flexibilidade financeira da empresa;
d) A taxa de conversão do lucro em caixa;
e) O desempenho operacional de diferentes empresas, por excluir os efeitos de
distintos tratamentos contábeis para as mesmas transações e eventos;
f) O grau de precisão das estimativas passadas de fluxos de caixa futuros;
g) Os efeitos, sobre a situação financeira da empresa, referentes às transações de
investimento e financiamento, etc.

4.1.1-Atividades Empresariais

Hoji (2003) abordou, com clareza, as atividades das empresas que podem ser
agrupadas, de acordo com sua natureza, em: operações, investimentos e
financiamentos.

6.1.2- As atividades de operações.

Existem em função do negócio da empresa e são executadas com a finalidade de


proporcionar um retorno adequado para os investimentos feitos pelos proprietários. As
atividades operacionais são refletidas em contas integrantes da demonstração de
resultados, que geram lucro ou prejuízo operacional. Por exemplo: compras de matéria-
prima, vendas, salários, aluguel.

6.1.3-As atividades de investimentos

São classificadas como as atividades que refletem os efeitos das decisões de aplicações
de recursos em caráter temporário ou permanente, para a efetiva operacionalização do
empreendimento. As atividades de investimentos correspondem às contas classificadas
no balanço patrimonial, em investimentos temporários e em ativo permanente. Por
exemplo: compra de máquinas, integralização de capital das empresas controladas,
aplicações financeiras de curto e longo prazo, etc.

6.1.4- As atividades de financiamentos

Refletem os efeitos das decisões tomadas sobre as formas de financiamento das


atividades de operações e de investimentos. As atividades classificadas nesse grupo
correspondem às contas do passivo financeiro e do patrimônio líquido. Por exemplo:
captação de empréstimos bancários, emissão de debêntures, integralização de capital da
empresa, etc.

6.1.5- Funções do gestor financeiro

Todas as atividades envolvem recursos e, portanto, são conduzidas para a obtenção do


lucro. As funções básicas do administrador financeiro de uma empresa são:

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 Análise, planejamento e controle financeiro: consiste em coordenar, monitorar e
avaliar todas as atividades da empresa, por meio de dados financeiros, bem com
determinar o volume de capital necessário para manter os negócios da empresa.

 Decisões de investimentos: dizem respeito à destinação dos recursos financeiros


para aplicação em ativos correntes (circulantes) e não correntes (realizado em
longo prazo e permanente), considerando-se a relação adequada de risco e de
retorno dos capitais investidos.

 Decisões de financiamento: são tomadas para captação de recursos financeiros


para o financiamento dos ativos correntes e não correntes, considerando-se a
combinação adequada dos financiamentos, a curto e em longo prazo, e a
estrutura de capital.

REFERÊNCIAS
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AZEVEDO, O. R. Comentários às Novas Regras Contábeis Brasileiras. 4. ed., São
Paulo: IOB, 2008;

BM&FBOVESPA. BRAGA, H. R.;

ALMEIDA, M. C. Mudança Contábil na Lei Societária;

BRAGA, H. R.; ALMEIDA, M. C. Mudança Contábil na Lei Societária: lei nº 11.638,


de 28-12-2007. São Paulo: Atlas, 2008.

CFC - Conselho Federal de Contabilidade. NBC TG 03 - Demonstração dos Fluxos de


Caixa, de 07 de outubro de 2010. Aprova a NBC TG 03 (NBC T 3.8) - Demonstração
dos Fluxos de Caixa.

FERRARI, E. L. Análise das Demonstrações Contábeis: inclui as seguintes posições


dos Pronunciamentos Técnicos do CPC (Comitê de Pronunciamentos Contábeis): CPC
00 (R1), CPC 03 (R2), CPC 09, CPC 16 (R1), CPC 21 (R1), CPC 26 (R1), CPC 30
(R1), CPC 41. Niterói RJ: Editora Impetus, 2014.

GIL, A. C. Como elaborar projetos de pesquisa. 5. Ed. São Paulo: Editora Alta S.A.,
2010.

HEERDT, M. L.; LEONEL, V. Metodologia científica e da pesquisa: livro didático. 5.


Ed. Palhoça: Unisul Virtual, 2007.

JUSTI, J.; VIEIRA, T. P. Manual para padronização de trabalhos de graduação e


pósgraduação lato sensu e stricto sensu. Rio Verde: Ed. Unirv, 2016.

MARTINS, E.; GELBCKE, E. R.; SANTOS, A.; IUDÍCIBUS, S. Manual de


Contabilidade Societária – aplicável a todas as sociedades de acordo com as normas
internacionais e do CPC. 2. Ed. São Paulo: Editora Atlas, 2013.

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