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Demonstração dos fluxos de caixa

Apresentação
Você sabia que através da demonstração de fluxo de caixa é possível projetar situações futuras que
não foram previstas?

O fluxo de caixa representa uma ferramenta que realiza o controle da movimentação financeira da
entidade, ou seja, as entradas e saídas de recursos na atividade pública. Também realizam controle
de outros fluxos que não se enquadram como investimento ou financiamento.

Nesta Unidade de Aprendizagem, você vai estudar o conceito da demonstração do fluxo de caixa,
além de reconhecer os métodos utilizados para a sua elaboração e realizar análises com base no
demonstrativo.

Bons estudos.

Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados:

• Identificar o objetivo da demonstração do fluxo de caixa.


• Reconhecer os métodos de elaboração que podem ser usados para a demonstração.
• Analisar a composição e o modelo em que a demonstração deve ser apresentada.
Desafio
Você trabalha na prefeitura de Indianópolis desenvolvendo funções na área contábil. Algumas
transações foram realizadas por uma colega de setor quando você esteve ausente, mas não foram
concluídas, e algumas informações foram deixadas para trás.Você precisa realizar registros no
sistema, mas, para isso, deve selecionar as transações que comportam o fluxo de caixa das
atividades operacionais da demonstração do fluxo de caixa, pois sua gestora solicitou esse
demonstrativo.

Apresente o valor correspondente ao montante do fluxo de caixa operacional e informe como você
chegou neste resultado.
Infográfico
A demonstração do fluxo de caixa passou a ser exigida através da Lei nº 11.638/2007, art. 1º,
modificando a Lei nº 6.404/76, art. 176. O IPC 08 direciona os critérios de elaboração da
demonstração do fluxo de caixa. Confira o infográfico!
Conteúdo do livro
Os dados constantes no fluxo de caixa são de grande importância, pois permitem que os usuários
utilizem a demonstração como base na avaliação da capacidade que a entidade tem para gerar caixa
e equivalentes de caixa, da mesma maneira que tem necessidade de liquidez. Com isso, a
demonstração do fluxo de caixa oportuniza criar situações futuras relativas ao fluxo de caixa e
realizar análises relativas às alterações. Para saber mais sobre o conteúdo abordado, faça a leitura
do capítulo Demonstração dos fluxos de caixa da obra Contabilidade pública avançada, base teórica
desta Unidade de Aprendizagem.
CONTABILIDADE
PÚBLICA
AVANÇADA

Aline Alves
Demonstração dos
Fluxos de Caixa
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:

n Identificar o objetivo da Demonstração do fluxo de caixa.


n Reconhecer os métodos de elaboração que podem ser usados para
a demonstração.
n Analisar a composição e o modelo em que a Demonstração deve
ser apresentada.

Introdução
Você sabia que através da Demonstração de Fluxo de Caixa é possível
projetar situações futuras que não foram previstas? O fluxo de caixa
representa uma ferramenta que realiza o controle da movimentação
financeira da entidade, ou seja, as entradas e saídas de recursos na ati-
vidade pública. Também realizam controle de outros fluxos que não se
enquadram como investimento ou financiamento.
Neste texto, você vai estudar sobre o conceito da Demonstração do
Fluxo de Caixa, reconhecer os métodos utilizados para a sua elaboração
e realizar análises com base no demonstrativo.

Conceito
A Demonstração do Fluxo de Caixa (DFC) foi introduzida no grupo das
demonstrações contábeis obrigatórias por meio da lei nº 11.638/2007, artigo
1º (BRASIL, 2007). Essa lei modificou o artigo 176, inciso IV e parágrafo 6º,
e também o artigo 188, inciso I, da lei nº 6.404/76.
A demonstração visa a resumir, de forma organizada e transparente,
a demonstração utilizada anteriormente, denominada Demonstração das
Origens e Aplicações de Recursos (DOAR). A DFC possui natureza geren-
Demonstração dos Fluxos de Caixa 103

cial e permite que você tenha uma visão futura dos recursos que circulam
na entidade.

A Instrução de Procedimentos Contábeis (IPC), especificamente a IPC 08, tem por


finalidade direcionar os profissionais contábeis para o desenvolvimento da Demons-
tração dos Fluxos de Caixa. Isso ocorre mediante escolhas realizadas das novas práticas
contábeis executadas ao setor público. O objetivo é obedecer aos princípios de conta-
bilidade, sob a expectativa do setor público, mediante a Resolução CFC nº 1.111/2007
e o Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público.

Os dados transmitidos mediante a Demonstração do Fluxo de Caixa são


considerados relevantes aos usuários que fazem uso dessas informações para
avaliar a capacidade de geração de caixa das entidades. Também são importan-
tes para se avaliar a necessidade que a entidade possui de utilização do fluxo
de caixa. Esse vínculo é fundamental se você considerar a tomada de decisão
econômica. Isso ocorre porque ele tem como requisito uma avaliação concreta
relativa à capacidade que a entidade possui para gerar caixa, ao período de
ocorrência e ao nível de veracidade da geração.
A finalidade da demonstração também consiste em apresentar as operações
efetuadas por meio do caixa. Elas envolvem recebimentos e pagamentos e
incluem os equivalentes de caixa relativos a um período específico. Por meio
da verificação dos dados apresentados, o usuário compreenderá a capacidade
real referente à geração de dinheiro no curto prazo pela entidade. Ele também
reconhecerá suas necessidades.
Observe os benefícios proporcionados pela Demonstração do Fluxo de
Caixa:

n Favorece uma avaliação intensa relativa às alterações que ocorreram


no caixa, possibilitando também a verificação do seu modelo estrutural
financeiro de curto prazo.
n Verifica a capacidade de produção de dinheiro em caixa.
n Eleva a expectativa de equiparar os relatórios referentes ao que foi
realizado com os de outras entidades.
n Oportuniza que os dados antigos relativos ao fluxo de caixa sejam
usados como indicadores relevantes relativos a períodos definidos.
104 Contabilidade pública avançada

n Verifica as possíveis situações de investimentos que possam ser


realizados.
n Realiza o controle de decisões relevantes que possuem efeito monetário,
já que o dinheiro obrigatoriamente passará pelo caixa.
n Verifica a posição atual e futura do caixa da entidade, evitando assim
possíveis ocorrências de insuficiência de saldo e o não cumprimento
das suas obrigações.

Critérios de elaboração da Demonstração de


Fluxo de Caixa
A Demonstração dos Fluxos de Caixa precisa ser realizada pelo método direto
ou indireto. O direto é o mais indicado. A demonstração ainda deve apresentar
as transações ocorridas no caixa e seus equivalentes, por meio dos fluxos:

n das operações;
n dos investimentos;
n dos financiamentos.

Conforme a IPC 08 (BRASIL, 2014), analise algumas instruções relevantes


na elaboração da Demonstração do Fluxo de Caixa:

14. A Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC) apresenta as entradas


e saídas de caixa classificadas em fluxos operacional, de investimento e
de financiamento.
15. A DFC é elaborada utilizando-se contas da classe 6 (Controles da
Execução do Planejamento e Orçamento), com filtros pelas naturezas
orçamentárias de receitas e de despesas, bem como funções e subfunções.
Também faz uso, quando necessário, de outras contas e filtros necessários
para marcar a movimentação extraorçamentária que eventualmente
transitar pela conta Caixa e Equivalentes de Caixa.
16. A DFC é elaborada pelo método direto e evidencia as movimen-
tações ocorridas na conta Caixa e Equivalentes de Caixa, segregados nos
fluxos das operações, dos investimentos e dos financiamentos.

Os campos dispostos na demonstração – tratados em “outros ingressos”


e “outros desembolsos” que envolvem o fluxo operacional, o fluxo de inves-
timento e o fluxo de financiamento – consideram possíveis situações não
Demonstração dos Fluxos de Caixa 105

previstas. Esses acontecimentos normalmente se referem a valores que não


circulam no orçamento, porém influenciam o saldo de caixa e os equivalentes
de caixa.
Os equivalentes de caixa objetivam o cumprimento de obrigações de caixa
de curto prazo, não compreendendo investimentos ou outros. Nesse caso, os
investimentos só seriam considerados como equivalentes de caixa se possu-
íssem vencimento em curto prazo, considerando o período de até 90 dias, no
máximo, a partir da data de aquisição.

Entre as atividades de financiamento, são compreendidos os recursos correspondentes


à captação e amortização relativos a empréstimos e financiamentos.

De acordo com a CPC 03 (BANCO CENTRAL DO BRASIL, 2016), são


atividades de financiamentos:

(a) caixa recebido pela emissão de ações ou outros instrumentos


patrimoniais;
(b) pagamentos de caixa a investidores para adquirir ou resgatar
ações da entidade;
(c) caixa recebido proveniente da emissão de debêntures, empréstimos,
títulos e valores, hipotecas e outros empréstimos de curto e longo prazos;
(d) amortização de empréstimos e financiamentos, incluindo de-
bêntures emitidas, hipotecas, mútuos e outros empréstimos de curto
e longo prazos; e
(e) pagamentos de caixa por arrendatário, para redução do passivo
relativo a arrendamento mercantil financeiro.

Os fluxos de caixa decorrentes de atividades operacionais, de investimen-


tos e de financiamentos precisam ser apresentados pelas entidades do modo
mais pertinente aos seus negócios. A organização por atividade possibilita
dados que permitem aos usuários verificar os efeitos das atividades sobre a
situação financeira da entidade e o total relativo ao caixa e equivalentes de
caixa. É permitido o uso dos dados para verificação do vínculo existente
entre as atividades.
106 Contabilidade pública avançada

Para obter os fluxos de caixa, você precisa remover as contas intraorça-


mentárias com o intuito de proporcionar a consolidação das contas no ente,
mediante o que foi apresentado nas normas de preenchimento.

Para obter os fluxos de caixa, você precisa remover as contas intraorçamentárias com
o intuito de proporcionar a consolidação.

Análise do fluxo de caixa


A informação da demonstração do fluxo de caixa deve ser confrontada com
a das demais demonstrações. O objetivo disso é adicionar e aprimorar a base
de dados necessária para a tomada de decisão.
A Demonstração do Fluxo de Caixa possui na sua estrutura:

n Quadro principal
n Quadro de receitas derivadas e originárias
n Quadro de transferências recebidas e concedidas
n Quadro de desembolsos de pessoal e demais despesas por função
n Quadro de juros e encargos da dívida

A partir das informações prestadas na demonstração do fluxo de caixa,


você pode realizar uma análise, conforme os quadros apresentados.
Quadro principal:
Fluxo de caixa das atividades operacionais:

■ Ingresso das operações: refere-se às receitas que estão relacionadas


às atividades operacionais da entidade, contudo são demonstradas
com seus valores já deduzidos e com as transferências já recebidas.
■ Desembolso das operações: refere-se às despesas ocorridas vin-
culadas às atividades operacionais. Nele, são apresentados gastos
de pessoal, juros e encargos referentes à dívida e também às trans-
ferências realizadas.

Fluxo de caixa das atividades de investimento:


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■ Ingressos de investimento: estão relacionados às receitas relativas à


alienação de ativos não circulantes e da amortização de empréstimos
com financiamentos cedidos.
■ Desembolso de investimento: informa sobre as despesas relativas
à compra de ativos não circulantes e também sobre a autorização de
empréstimos e financiamentos.

Fluxo de caixa das atividades de financiamento:

■ Ingressos de financiamentos: referem-se aos empréstimos adquiri-


dos, aos financiamentos e a outras transações de crédito, considerando
a renegociação da dívida. Nesse grupo é inserido o capital social
relacionado a empresas dependentes.
■ Desembolso de financiamento: contempla as despesas relativas à
amortização e à renegociação da dívida.
■ Caixa e equivalentes de caixa: contemplam o numerário em
espécie, inclusive depósitos bancários disponíveis, aplicações
financeiras que possuem curto prazo e elevada liquidez, sendo
estas de fácil conversão para caixa e subordinadas a um irrele-
vante risco de alteração de valor. Consideram ainda a receita
orçamentária que foi recebida e que está retida para recolhimento
em poder bancário.

Quadro das receitas derivadas e originárias:

n Receitas derivadas: contemplam as receitas que foram auferidas me-


diante o poder público por meio do domínio estatal. As receitas são
originadas de imposição constitucional ou legal e são recebidas porque
foram impostas. Nesse caso, se enquadram as receitas tributárias e as
referentes a contribuições especiais.
n Receitas originárias: referem-se às receitas que foram recebidas por
meio da exploração de ações econômicas por intermédio da Adminis-
tração Pública. São oriundas de rendas relacionadas ao patrimônio
mobiliário e imobiliário do Estado. Você deve considerar as receitas
referentes a aluguel, as que são relativas a valores públicos, por meio da
prestação de serviços comerciais e também pela venda de mercadorias
industriais ou ainda agropecuárias.

Quadro das transferências recebidas e concedidas:


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n Transferências intergovernamentais: referem-se à transferência de


valores entre entes que contemplam a mesma federação.
n Transferências intragovernamentais: referem-se à transferência de
valores no âmbito de um mesmo ente da Federação.

A Demonstração do Fluxo de Caixa apresentará notas explicativas para elementos


quando estes forem considerados importantes.

Deverão ser comunicados os saldos relevantes referentes ao caixa e aos


equivalentes de caixa retidos pelo ente, considerando que eles não tenham
disponibilidade imediata. As condições referentes à não disposição dos re-
cursos contemplam, por exemplo, limitações que são consideradas legais ou
controle cambial.
As movimentações que envolverem investimento e financiamento que não
tenham envolvimento mediante a utilização do caixa ou equivalentes de caixa,
a partir de compras financiadas referentes a bens e arrendamento financeiro,
não precisam ser integradas na Demonstração do Fluxo de Caixa. As possí-
veis operações precisam ser publicadas por meio das notas explicativas que
acompanham a demonstração, de maneira que apresentem dados importantes
relativos a essas movimentações.
Se a retenção for considerada quitada no instante da liquidação, você
deverá realizar um ajuste com relação ao saldo da conta caixa e equivalentes
de caixa. O objetivo disso é apresentar um saldo vinculado que deve ser
deduzido. Contudo, se a retenção for dada como paga somente no momento
da baixa do compromisso, não serão realizados ajustes.

Você precisará demonstrar possíveis ajustes referentes às retenções por meio de notas
explicativas. A coluna denominada “nota”, constante no quadro da Demonstração dos
Fluxos de Caixa, poderá ser usada com o objetivo de assinalar a numeração contínua
das notas explicativas.
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Você deve saber que algumas transações poderão refletir no desenvolvimento da


Demonstração do Fluxo de Caixa. Um exemplo disso são as retenções. Dependendo
de como forem contabilizadas as retenções, os saldos e os equivalentes de caixa
poderão sofrer impactos.

A geração líquida de caixa e equivalente de caixa pode apresentar os valores


referentes aos saldos iniciais e finais relativos ao caixa e aos equivalentes de
caixa, conforme você pode observar a seguir:

FLUXO DE CAIXA DAS ATIVIDADES OPERACIONAIS


+ FLUXO DE CAIXA DAS ATIVIDADES DE INVESTIMENTO
+ FLUXO DE CAIXA DAS ATIVIDADES DE FINANCIAMENTO

GERAÇÃO LÍQUIDA DE CAIXA E EQUIVALENTES DE CAIXA

Na utilização do método direto, o gestor precisa classificar o recebimento


e o pagamento brutos das atividades operacionais conforme sua natureza
contábil. Ele deve discriminá-los, por exemplo, em recebimentos de clientes
ou pagamento de fornecedores. O método direto evidencia a movimenta-
ção de entradas e saídas que ocorreram no caixa e equivalentes de caixa.
Possibilita ainda que as informações de caixa possam estar disponíveis
diariamente.
Analise a Figura 1, referente à estrutura da Demonstração do Fluxo de
Caixa pelo método direto.
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Figura 1. Estrutura da Demonstração do Fluxo de Caixa pelo método direto.


Fonte: Comitê de Pronunciamentos Contábeis ([2004?]).

O método indireto tem como base os lucros ou prejuízos do exercício


(DRE). Dessa forma, não trata diretamente das informações da demonstração
do fluxo de caixa, por isso é denominado indireto. Você deve converter as
informações, tornando o processo mais lento e podendo evidenciar resultados
desfavoráveis se ele for realizado em período estendido. Por meio do método
indireto, se corre o risco de apresentar uma série de distorções caso haja
alterações na legislação.
Demonstração dos Fluxos de Caixa 111

Analise a Figura 2, que demonstra o modelo da Demonstração do Fluxo


de Caixa para o método indireto.

Figura 2. Estrutura da Demonstração do Fluxo de Caixa para o método indireto.


Fonte: Comitê de Pronunciamentos Contábeis ([2004?]).
112 Contabilidade pública avançada

BANCO CENTRAL DO BRASIL. Plano Contábil das Instituições do Sistema Financeiro


Nacional - COSIF: Pronunciamento técnico CPC 03 - demonstração dos fluxos de
caixa. Brasília, DF, 2016. Disponível em: <http://www4.bcb.gov.br/NXT/denorcosif/
DOWNLOAD/an-03.PDF>. Acesso em: 03 dez. 2016.
BRASIL. Lei nº 11.638, de 28 de dezembro de 2007. Brasília, DF, 2007. Disponível em: <http://
www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2007/lei/l11638.htm>. Acesso em: 11
dez. 2016.
BRASIL. Ministério da Fazenda. Secretaria do Tesouro Nacional. Instruções de procedi-
mentos contábeis: IPC 08 - metodologia para elaboração da demonstração dos fluxos
de caixa. Brasília, DF, 2014. Disponível em: <http://www.tesouro.fazenda.gov.br/docu-
ments/10180/391196/CPU_IPC08_DFC.pdf/0d347255-c9a8-40ee-8f4d-ef9142a277e5>.
Acesso em: 29 nov. 2016.
COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS. Pronunciamento técnico CPC 03 (R2):
demonstração dos fluxos de caixa: correlação às normas internacionais de contabi-
lidade - IAS 7 (IASB – BV2010). Brasília, DF, [2004?]. Disponível em: <http://static.cpc.
mediagroup.com.br/Documentos/183_CPC_03_R2_rev%2004.pdf>. Acesso em: 11
dez. 2016.

Leituras recomendadas
ANGÉLICO, João. Contabilidade pública. 8. ed. São Paulo: Atlas, 1995.
BAZZI, Samir. Contabilidade intermediária. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2016.
BRASIL. Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976. Brasília, DF, 1976. Disponível em: <ht-
tps://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L6404consol.htm>. Acesso em: 11 dez. 2016.
BRASIL. Manual de orientação para encerramento do exercício e elaboração das demons-
trações contábeis. Brasília, DF, 2009. Disponível em: <http://webcache.googleusercon-
tent.com/search?q=cache:fT1QphQpylAJ:www.tce.sc.gov.br/files/file/din/esfinge/
manual_demonstrativos_e_encerramento.doc+&cd=3&hl=pt-BR&ct=clnk&gl=br>.
Acesso em: 25 nov. 2016.
BRASIL. Ministério da Fazenda. Secretaria do Tesouro Nacional. Manual da contabili-
dade aplicada ao setor público. 6. ed. Brasília, DF, 2015. Disponível em: <http://www.
tesouro.fazenda.gov.br/documents/10180/456785/CPU_MCASP+6%C2%AA%20
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em: 28 nov. 2016.
BRASIL. Ministério da Fazenda. Secretaria do Tesouro Nacional. Manual da conta-
bilidade aplicada ao setor público: parte V - demonstrações contábeis aplicadas ao
setor público. 3. ed. Brasília, DF, 2010. Disponível em: <https://www3.tesouro.gov.br/
legislacao/download/contabilidade/ParteV_DCASP.pdf>. Acesso em: 20 nov. 2016.
Demonstração dos Fluxos de Caixa 113

CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE. Resolução CFC nº 1.111/2007. Brasília, DF, 2007.


Disponível em: <http://www.normaslegais.com.br/legislacao/resolucaocfc1111_2007.
htm>. Acesso em: 11 dez. 2016.
KOHAMA, Heilio. Contabilidade pública: teoria e prática. 10. ed. São Paulo: Atlas, 2006.
LIMA, Diana Vaz de; CASTRO, Róbison G. de. Contabilidade pública: integrando união,
estados e municípios (Siafi e Siafem). 3. ed. São Paulo: Atlas, 2007.
PISCITELLI, Roberto B.; TIMBÓ, Maria Zulene F. Contabilidade pública: uma abordagem
da administração financeira pública. 11. ed. São Paulo: Atlas, 2010.
RIO DE JANEIRO. Conselho Regional de Contabilidade. Demonstrações contábeis apli-
cadas ao setor público. Rio de Janeiro: CRCRJ, 2015. Disponível em: <http://webserver.
crcrj.org.br/APOSTILAS/A1000P0422.pdf>. Acesso em: 27 nov. 2016.
SILVA, Lino Martins da. Contabilidade governamental: um enfoque administrativo da
nova contabilidade pública. 9. ed. São Paulo: Atlas, 2011.
SLOMSKI, Valmor. Manual da contabilidade pública: um enfoque na contabilidade
municipal, de acordo com a lei de responsabilidade fiscal. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2003.
Dica do professor
O vídeo a seguir apresenta o processo da demonstração do fluxo de caixa, observando os métodos
usados para a sua elaboração. Assista!

Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
Exercícios

1) Analise as opções e aponte a que traz informações corretas sobre os benefícios obtidos com
a demonstração do fluxo de caixa.

A) Está entre os benefícios o favorecimento relativo à avaliação intensa das modificações que
aconteceram no caixa, permitindo a análise da estrutura financeira de longo prazo.

B) A possibilidade de verificar a capacidade de geração de caixa é considerada um dos


benefícios.

C) Verificar as situações de amortização que podem ser realizadas é um dos privilégios


apresentados pela demonstração do fluxo de caixa.

D) O monitoramento das decisões que não são consideradas relevantes e que não ocasionam
reflexos monetários pode ser desprezado, já que os valores deverão passar pelo caixa.

E) A redução da expectativa de comparação dos relatórios do que foi realizado, com outras
entidades, é considerada um benefício dentre os apresentados.

2) Marque a alternativa correta a respeito da demonstração do fluxo de caixa.

A) A demonstração busca ampliar os dados de forma ordenada e clara, em comparação com a


demonstração usada anteriormente, denominada de DOAR, a qual veio substituir.

B) A demonstração do fluxo de caixa das entidades do setor público foi aprovada pela Norma
Brasileira de Contabilidade, NBC TSP 12 e passou a ser exigida, sendo incluída nas
demonstrações contábeis obrigatórias.

C) A DDC tem por finalidade orientar os profissionais da área contábil sobre o processo de
elaboração da demonstração do fluxo de caixa.

D) As informações transmitidas mediante a demonstração do fluxo de caixa são consideradas


importantes, mas somente para as esferas estatais.

E) A finalidade da demonstração também considera a apresentação do planejamento das


transações que não foram efetivadas pelo caixa, mas já haviam sido computadas na previsão
orçamentária.
3) Considerando os métodos utilizados para a elaboração da demonstração do fluxo de caixa,
analise as alternativas e selecione a correta.

A) O processo de elaboração da demonstração do fluxo de caixa deve ser realizado através dos
métodos direto, indireto ou regular.

B) A demonstração apresenta exclusivamente as entradas de caixa que são classificadas em


fluxos operacional, de investimento e de financiamento.

C) Outros ingressos e outros desembolsos representam campos da demonstração que não


envolvem o fluxo operacional.

D) Os equivalentes de caixa objetivam o pagamento das obrigações de caixa de curto prazo, não
compreendendo investimentos ou outros.

E) A demonstração do fluxo de caixa deve apresentar os fluxos de caixa relativos a um


determinado período, classificados conforme atividades operacionais, de investimento e de
renegociação.

4) Sobre a análise do fluxo de caixa, é correto fazer a seguinte afirmação:

A) A estrutura da demonstração do fluxo de caixa é composta por quadros informativos, sendo


um denominado "Quadro de transferências derivadas e originárias".

B) O quadro principal da demonstração apresenta o fluxo de caixa das atividades operacionais.

C) O ingresso das operações corresponde às despesas relativas às atividades operacionais.

D) No desembolso das operações estão apresentados os gastos com depreciação do período.

E) Outro quadro apresentado na estrutura da demonstração é conhecido como "Quadro de


juros e receitas correspondentes de dívidas de terceiros".

5) Observe as alternativas e aponte a correta sobre a análise do fluxo de caixa.

A) O fluxo das atividades de investimento comporta os ingressos de investimentos e o


recebimento de investimento.

B) Com relação ao ingresso de investimento, é afirmativo que estão vinculadas as receitas


relacionadas à alienação de passivo circulante.
C) O ingresso de financiamentos compreende os empréstimos que foram cedidos, os
financiamentos e outras transações de crédito.

D) As transferências intragovernamentais correspondem às transferências de valores entre entes


que compreendem a mesma Federação.

E) Algumas transações poderão influenciar na elaboração da demonstração do fluxo de caixa,


como as retenções.
Na prática
Fernanda é servidora da entidade púbica de energia elétrica de Sapiranga e trabalha diretamente no
setor administrativo do órgão. Ainda lhe faltam alguns conhecimentos, mesmo estando na entidade
há um ano. Sua gestora está saindo de férias e ela deverá realizar algumas atividades, como
elaborar a demonstração do fluxo de caixa da entidade.

Fernanda pesquisou como haviam sido elaboradas as últimas demonstrações referentes a


exercícios anteriores, para verificar como deveria fazer e quais informações precisaria. Ela percebeu
que, para o fluxo, eram usadas informações pertinentes ao que era solicitado para o fluxo de caixa
específico.

Para o fluxo de caixa das atividades de investimento, ela deveria apresentar os dados decorrentes
de relatórios emitidos direto do sistema contábil, o qual deveria ter as informações solicitadas para
inserir no campo correto da demonstração. As informações para esse fluxo de caixa eram:

Para inserir os valores nos campos do demonstrativo, Fernanda verificou que na aquisição e
compra, os valores são inseridos com sinal negativo porque se referem a gastos realizados pela
entidade. Já nos recebimentos relacionados a vendas, juros ou dividendos, os valores são positivos,
pois a entidade está recebendo valores. O cálculo resultante para o fluxo de caixa é realizado em
confronto das somas relativas aos recebimentos com as diminuições das compras realizadas.
Saiba +
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do professor:

Demonstração dos fluxos de caixa

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Demonstração dos fluxos de caixa - CPC PME

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