Estruturação e Elaboração do

Plano de Negócios

Félix J. Rossato Neto

Definições de Plano de Negócio

O plano de negócio pode ser entendido como

a ferramenta para qualificação do
empreendedor.

Um plano de negócio é o plano de voo do

empreendedor, uma espécie de roteiro
seguro para o sucesso do empreendimento.
Um plano de negócio é um documento em
forma de texto, no qual é apresentada uma
proposta de negócio para um mercado.

Plano de negócio é, antes de tudo, o

processo de validação de uma ideia que o
empreendedor realiza através do
planejamento detalhado da empresa.
Ao preparar o Plano de Negócios, pode se
te elementos para decidir se deve ou não
abriu a empresa que imaginou, lançar um
novo produto que concebeu, proceder
uma expansão, etc.
A rigor, qualquer atividade empresarial,
por mais , simples que seja, deveria se
fundamentar em um Plano de Negócios.
Um Plano de Negócio é uma ferramenta
de planejamento que serve para orientar o
empreendedor que pretende iniciar um
novo negócio ou expandir um já existente.
OBJETIVOS DO PLANO DE NEGÓCIOS

 DESENVOLVER ARGUMENTOS CONSISTENTES

que fundamentem análises para recomendação do PN

 DISPOR DE INFORMAÇÕES ISENTAS

apoiando-se em fatos constatáveis

 UTILIZAR INSTRUMENTOS DE ANÁLISE CONFIÁVEIS

atentando para a interdependência e integração das
atividades de um negócio no momento da avaliação:
ações comerciais interferem em atividades logísticas, de
produção e administrativas e vice versa.
PROJETO CONCEITUAL

1 - SUMÁRIO
2 - COMPREENSÃO DO CONTEXTO
Análise de Mercado
3 - CONCEPÇÃO DO NEGÓCIO
Plano de Marketing e Estratégia
4 - DIMENSIONAMENTO DAS OPERAÇÕES
Plano operacional
5 - ANÁLISE DA VIABILIDADE
Plano Financeiro

Cronograma
 1-SUMÁRIO DESCRITIVO

Resumido e estruturado com os conteúdos

básicos para a identificação do percurso a ser
percorrido entre Introdução e conclusão:

a)compreensão do contexto,
b)concepção do negócio,
c)dimensionamento das operações e
d)análise de viabilidade
 2 - COMPREENSÃO DO CONTEXTO
Contempla os seguintes aspectos:

i. Análise da demanda
ii. Análise da oferta
iii. Análise da concorrência ampliada
iv. Análise da atratividade da indústria
v. Sistema de valor
vi. Condicionantes do macro ambiente
vii. Quadro referencial para definição do
negócio (QRDN)
i) Análise da demanda

Quais as necessidades deste público alvo?

Quais as razões da demanda?
OBJETIVO
Dimensionar o consumo potencial do mercado e
Representatividade dos fornecedores
Características da compra:
O que compram?
Quanto compram?
Quando compram?
De quem compram?
Como compram?
Decisões preliminares à compra:
Como é feita a escolha do produto a ser utilizado?
Quais os critérios para a aceitação do fornecedor?
Qual o grau de satisfação com os produtos e fornecedores?
Quais os pontos fortes e fracos dos fornecedores?

ii) Análise da oferta

Como a demanda existente é atendida?
Quais os produtos oferecidos?
Quais as formas de apresentação do produto?
Quais as condições de venda?
Quais os canais de distribuição utilizados?

OBJETIVO: compreender o mercado pelo ponto de vista de

quem o abastece
iii) Análise da concorrência ampliada
Identificar as empresas que competem pelos
mesmos insumos básicos necessários à
manutenção da produção da organização
em estudo
Dimensionar o volume que essas industrias
consomem
Projetar sua tendência de demanda
OBJETIVO: dimensionar potenciais riscos de
falta de insumos chave para o processo de
produção
 iv) Análise da atratividade da indústria

Buscar indicadores sobre o interesse que ela

desperta na coletividade empresarial
Verificar barreiras de entrada e saída
(dívidas/equipamentos)
Existência de produtos substitutos
Necessidade de forte poder de negociação
Existência de rivalidade entre concorrentes
v) Sistema de valor
Identificar as cadeias de valor participantes
dos pólos industriais complementares
Analisar as margens de lucro de cada indústria
próxima à cadeia de valor escolhida:
NATUREZA-cultivo, colheita, extração
INSUMOS e MATÉRIAS PRIMAS
TRANSPORTE e ARMAZENAGEM
FABRICANTES
DISTRIBUIÇÃO
vi) Condicionantes do macro-ambiente
Variáveis exógenas, fora do controle da
empresa,mas a afetam, aspectos que
precisam ser observados quando forem.
Analisados, como:
Meio ambiente: poluição, ecossistema,
legislação ambiental, consciência
ecológica, licenças necessárias
Político-legal: comunidade local, associações
de classe, mídia, legislação sobre
localização, incentivos e benefícios
Sócio cultural: estilo de vida, trabalho,
educação e lazer
Econômico: nível de atividade econômica,
tendências inflacionárias, taxa de juros,
setores da economia, deslocamento de
atividades
Demográfico: tamanho da população,
distribuição geográfica, complexo étnico,
nível de renda
Tecnológico: pesquisa e desenvolvimento,
novos insumos, novos processos.
3) CONCEPÇÃO DO NEGÓCIO

Apresentar a visão do que deverá constar no

relatório, definindo como a empresa deverá
atuar:

 Definição do negócio, dos grupos de clientes,

funções de cliente e tecnologia
 Propósitos do negócio antecipando aspectos
relativos à visão, missão, valores e objetivos
 Estratégia genérica que a empresa poderá
assumir
 Estratégia mercadológica de forma macro,
relacionando plano de marketing, mix de
mercado e canais de marketing
 Definição da cadeia de valores abordando
atividades que agregam valor a uma empresa.
Indicar aspectos a serem observados para o
estabelecimento das atividades primárias e de
apoio
 Estrutura legal do negócio antecipando
aspectos legais e societários que precisam ser
contemplados na definição do contrato social da
empresa
 Estrutura de capital com a composição das
fontes de financiamento para a viabilização do
negócio, além de taxas de juros, prazos de
carência, aportes de capital, política de
dividendos e outros fatores financeiros
4) DIMENSIONAMENTO DAS OPERAÇÕES

Até aqui no Sumário Descritivo estão indicadas de

forma macro
 O que se quer vender- produtos/serviços
 Quanto se pretende vender-volumes
 Para quem se quer vender- público alvo

ESTE ITEM DESTINA-SE À REDAÇÃO DO

SUMÁRIO RELATIVO A:
 Como fazer
 Com o que fazer
 Com quem fazer
Premissas que suportam a Concepção do Negócio

 Premissas organizacionais/estruturais
Apresentam superficialmente a definição dos
processos operacionais
Destacam pontos a serem observados ao longo
do processo de Compreensão do Contexto
Pensam modelos de gestão
Verificam processos operacionais alternativas
para o negócio
Aspectos críticos que merecem cuidados ante o
mercado, a concorrência, a logistica,
capacitação de mão de obra e tamanho do
negócio
Buscam noção sobre investimentos necessários
 Premissas operacionais
Apresentam aspectos relevantes que
compõem a base para projeção dos
resultados financeiros
Contemplam os principais fatores:
volumes e preços unitários de vendas,
impostos sobre vendas,
insumos necessários aos produtos,
gastos com pessoal,
manutenção de imobilizados, entre outros.
 5) ANÁLISE DE VIABILIDADE ECONÔMICO-
FINANCEIRA

DEVE ABRANGER OS SEGUINTES CONTEÚDOS

 Projeção de resultados operacionais

Resultados decorrentes das operações de vendas
confrontadas com os gastos pertinentes
Baseia-se no Relatório das Demonstrações de
Resultado voltado aos aspectos que podem
facilitar o entendimento do relatório,
antecipando detalhes,
facilitando o trabalho e
evitando gastos inúteis
 Análise de viabilidade econômica
Antecipar a relação de parâmetros como
custo de empréstimos e
alternativas de financiamento existentes,
taxas de atratividade e expectativas dos
investidores,
rentabilidade média da indústria e
prazos médios de retorno de investimentos
correlatos
CRONOGRAMA FÍSICO-FINANCEIRO
O que fazer, quando fazer, com quanto fazer, onde
fazer e quem será o responsável são informações
esperadas com este instrumento
O conteúdo obedece à seqüência proposta na
redação do sumário
Tempos, responsáveis e recursos estão ligados ao
conteúdo decorrente da metodologia
Grupos de despesas mais comuns em cronograma
são: comunicação, transporte, hospedagem,
alimentação, gráfica, serviços de terceiros e
outros.
COMENTÁRIO
A elaboração do Business Plan e a identificação dos
principais modelos de ciclo de vida das organizações
não garantem o sucesso de empreendimento.
Quando se procede ao estudo do ciclo de vida das
organizações, dificilmente se encontra um modelo ou
referencial-padrão que possa ser aplicado às
mesmas sem se correr o risco da especificidade de
cada caso.
Em virtude disso, é necessário a análise de vários
modelos.
Alguns casos, foram estudados e temos os seguintes
modelos: Modelo Funcional (Scott e Bruce), Modelo
Gerencial ( Mount, Zinger e Forsyth), Estágios de
Crescimentos (Adizes) e o modelo de Greiner.
(Larry Greiner).