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Ciências e Saúde
Curso: ESMI-11
Curso: ESMI-10
1.1. Objectivos............................................................................................................................
1.1.1. Geral..................................................................................................................................
2.1.1. Os Makondes.....................................................................................................................
2.1.2. Os Yaos.............................................................................................................................
2.1.3. Os Makhuwas....................................................................................................................
2.1.4. Maraves.............................................................................................................................
2.1.5. Shonas...............................................................................................................................
2.1.7. Os Tsongas........................................................................................................................
3. Conclusão..............................................................................................................................
4. Referencias bibliográficas.....................................................................................................
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1. Introdução
No que concerne a esse trabalho, iremos abordar os Aspectos Sócio Culturais focando
três principais vertentes que são: Aspectos socioculturais do utente, família e comunidade e
sua relação com atuação da saúde materno infantil, Demostrar Panorama sócio cultural do
povo moçambicano, etnias das diversas regiões do país e por fim Conhecer Importância do
reconhecimento, sensibilidade e respeito dos valores sócio-culturais dos utentes para uma
atenção humanizada em saúde da mulher e criança. Esses são os aspectos a serem abordados
no decorrer deste trabalho e os demais aspectos a serem focados ao longo do desenvolvimento
do mesmo.
1.1. Objectivos
1.1.1. Geral
Analise dos aspectos sócio culturais, panorama e importância do reconhecimento,
respeito dos utentes seja na saúde materna infantil nas diversas regiões do país.
2.1.1. Os Makondes
Apresentam como traços culturais particulares a escultura em madeira, o uso de
máscaras nas cerimónias relacionadas com os ritos de iniciação e a execução da dança
tradicional conhecida por "mapico"
2.1.2. Os Yaos
Os Yao, também conhecidos por Ajaua, ocupam a região junto ao lago Niassa e o
norte da província com o mesmo nome, os Ajaua islamizaram-se mais cedo que os outros
povos do interior. Entretanto, uma islamização significativa viria a acontecer depois de 1890,
em resposta à pressões trazidas nela ocupação colonial.
2.1.3. Os Makhuwas
Por vezes considerados como duas entidades diferentes, constituem a etnia de
Moçambique dispersa por um vasto território que no passado se estendia, do rio Zambeze ao
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rio Messalo, a Sul e Norte, respectivamente, do Oceano Índico, a Este, até à actual fronteira
com o Malawi, a Oeste;
Na actualidade, com o centro em Nampula, os Makhuwa-Lomwe espalham-se para
partes das províncias de Cabo Delgado, Niassa e Zambézia. Importantes agrupamentos
Makhuwa encontram-se também no Madagáscar, no sul da Tanzânia e no Malawi, também a
sul. Os Makhuwa reclamam, segundo a tradição, uma origem mítica comum, como comuns
são também a sua organização sócio-familiar e a língua que falam.
2.1.4. Maraves
A norte do rio Zambeze, na província de Tete e na parte ocidental da província do
Niassa, encontram-se os Marave. Os de Moçambique tomam a designação de Nyanja,
enquanto os de Malawi são chamados Chewa. Para além do Malawi, importantes sectores do
povo Nyanja se localizam na Tanzânia, Zâmbia e Zimbabwe. Os Marave são associados ao
império do mesmo nome que se desenvolveu nas regiões onde hoje é Zambézia e Nampula,
por volta dos séculos XVI e XVIII e que, tal como os Ajaua, se envolveu no comércio de
marfim e de escravos. Possuem uma organização matrilinear e tradições culturais particulares.
Junto ao rio Zambeze concentram-se inúmeras etnias com características específicas e
exteriores aos grupos étnicos referidos, como são os casos dos Chuwabo, Sena e Nhnungwe,
designados habitualmente como "Povos do Baixo Zambeze".
2.1.5. Shonas
Os Shona ocupam os territórios entre os rios Save e Zambeze, subdividindo-se em três
grupos distintos: Ndau, Manyka e Tewe. De uma forma geral, surgem espalhados pelas
províncias de Manica, Tete e Sofala e, ainda, por algumas províncias do Zimbabwe. Esta
etnia está associada às ruínas do grande Zimbabwe, entre outros amuralhados de pedra da
região.
Shonas ou xonas são um grupo de povos de línguas bantu que habitam o zimbábue, a
norte do rio Lundi, e no sul de Moçambique. Foram notáveis por suas peças de ferro,
cerâmica e música, dentre os quais podem ser destacados os zezuru, karanga, manyika, tonga-
korekore e ndau. Com numeração cerca de nove milhões de pessoas, que falam uma série de
dialetos relacionados cuja forma normalizada é também conhecida como Shona (Bantu). Um
pequeno grupo de imigrantes falando Shona dos anos 1800 também vivem na Zâmbia, no vale
do rio Zambeze, na área de Chieftainess Chiawa. O Shona era tradicionalmente agrícola
cultivando feijão, amendoim, milho, abóboras, e batata doce.
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2.1.7. Os Tsongas
Os Tsongas subdividem-se em três grupos particulares: os Ronga (do extremo Sul até
ao rio Limpopo), os Changane (junto ao rio Limpopo) e os Tswa (a norte do rio Limpopo e
até ao rio Save). Possuem uma organização patrilinear. Os Tsonga constituem o grupo que,
durante os três últimos quartéis do século XIX estiveram sob influência directa do império
nguni de Gaza.
2.2. Importância do reconhecimento, sensibilidade e respeito dos valores socio-culturais
dos utentes para uma atenção humanizada em saúde da mulher e criança
É necessário e fundamental que o profissional compreenda as implicações
socioculturais no processo saúde e doença e amplie o foco de ação para além da dimensão
biológica. A não compreensão de tais implicações pode impactar negativamente na
participação efetiva do usuário no cuidado. A esse respeito destaca-se o fato de as práticas de
educação em saúde predominantes na Estratégia Saúde da Família corresponderem,
predominantemente, ao modelo tradicional e hegemônico, privilegiando o enfoque da doença
e de suas formas de prevenção, objetivando mudanças de atitudes e comportamentos. Tal
conduta tende a propiciar o afastamento do profissional e do usuário, uma vez que adota
informações verticalizadas e desconsidera determinantes psicossociais e culturais que
orientam os comportamentos sobre saúde e doença nas comunidades.
Para sanar as lacunas presentes nesse tipo de abordagem é imprescindível a
capacitação dos trabalhadores para que reconheçam os valores culturais das comunidades
articulando a cultura popular e o conhecimento técnico-científico.
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Aceita-se eticamente que se possa exercer uma ação persuasiva ou propositiva, mas
não é válido que ocorram atitudes coercitivas ou manipuladoras de fatos ou de dados.
Persuasão, entendida como a tentativa de induzir alguém através de apelos à razão para que
livremente aceite crenças, atitudes, valores, intenções ou ações advogadas pela pessoa que
persuade. Já a manipulação é a tentativa de fazer com que a pessoa realize o que o
manipulador pretende; desconhecendo o que ele intenta, fazendo com que a pessoa perca o
controle de seus atos.
Cabe ressaltar ainda alguns princípios éticos a serem observados com atenção nas
atividades do Programa: a privacidade e a confidencialidade das informações. A privacidade é
um princípio derivado da autonomia, e engloba a intimidade, a vida privada, a honra das
pessoas, significando que são os próprios indivíduos que têm direito de decidir que suas
informações pessoais sejam mantidas sob seu exclusivo controle, como têm direito de
comunicar a quem, quando, onde e em que condições as informações pessoais devam ser
reveladas.
Do direito á privacidade do usuário deriva o dever da manutenção do segredo por
todos elementos da equipe, lembrando que é sigiloso não somente as informações relevadas
confidencialmente, mas são todas aquelas que a equipe de saúde descobre no exercício da sua
atividade, mesmo havendo desconhecimento do usuário.
Assim, o dever de manter o segredo das informações constitui-se em obrigação ética
dos profissionais, dos técnicos, dos auxiliares, do corpo técnico-administrativo e dos agentes
comunitários.
Estão no âmbito do segredo, tudo aquilo que se tem acesso e se compreende através das
informações advindas dos contatos profissionais com os usuários, na anamnese clínica, na
entrevista de enfermagem, no exame fisico, na realização de exames laboratoriais ou
radiológicos, assim como as informações procedentes das visitas domiciliares.
Partilhar das decisões é um caminho para implementar o princípio ético da autonomia
dos indivíduos e da coletividade. A participação deve ser o eixo político das políticas sociais,
e não pode ser vista como dádiva dos administradores ou governantes temporários, mas sim
também observada pela noção da ética da responsabilidade. Se, nos últimos tempos, em
vários países, a conquista legal afirma o direito do cidadão à saúde e o dever do Estado em
garantir esse direito, o princípio da responsabilidade também cria para o cidadão uma
obrigação de natureza ética de participar na tomada de decisões de natureza pública.
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3. Conclusão
Os aspectos socioculturais influenciam na saúde da população fundamentado na
criação de trabalho no campo da saúde pública, muitos aspectos estão envolvidos no processo
de saúde e doença.
Com vista ao panorama sociocultural do pais, podemos afirmar que o povo
moçambicano é um e único povo se diferenciando da maneira e comportamento, isto é cada
cultura é uma cultura e todos tem uma história para a predominância da tal cultura.
Há e é necessário ter em conta os aspectos socioculturais do utente em foque com a
saúde materno infantil, uma vez que o utente pode ser de diferentes regiões com práticas
culturais muito distintas, há uma necessidade de respeitar tais práticas que também se designa
como valores culturais do mesmo.
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4. Referencias bibliográficas
FORTES, R A. C. A ética do controle social na saúde e os conselhos de saúde. Bioética, v. 5,
n. l , p. 71-6, 1997.
FORTES, P. A. C. Ética, cidadania e a busca da qualidade na Administração dos serviços de
saúde. Saúde em debate, 1996. p. 49-50: 48-52.
UNICEF. A infância brasileira nos anos 90. Brasília:UNICEF, 1998. p.46.
FERREIRA, Antonio Rita. Agrupamento e Caracterização Etnica dos Indígenas de
Moçambique. Disponível em: http://www.malhangacom/flipbook/estudos.documentos/
IVALA. Adelino Zacarias. O ensino de História e as relações entre os poderes autóctone e
moderno em Moçambique, 1975-2000. Doutorado em Educação/Currículo. Pontificia
Universidade Católica de São Paulo. São Paulo. 2002