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UNIVERSIDADE ABERTA ISCED

Faculdade de Ciências de Saúde

Curso de Licenciatura em Nutrição

DIETA E ANTROPOLOGIA: PESQUISA ETNOGRÁFICA EM CASA

Mulevala, Setembro de 2023


UNIVERSIDADE ABERTA ISCED

Faculdade de Ciências de Saúde

Curso de Licenciatura em Nutrição

DIETA E ANTROPOLOGIA: PESQUISA ETNOGRÁFICA EM CASA

Trabalho de Campo a ser submetido na


Coordenação do Curso de Licenciatura em
Nutrição da UnISCED.

Mulevala, Setembro de 2023


Índice
1. Introdução...........................................................................................................................1

2. Objetivo Geral:...................................................................................................................2

2.1. Objetivos Específicos:.................................................................................................2

3. Metodologia........................................................................................................................2

4. Dieta e Antropologia...........................................................................................................2

4.1. Tipos de Dieta..............................................................................................................2

4.1.1. No Pequeno-almoço.............................................................................................2

4.1.2. No Almoço...........................................................................................................3

4.1.3. No Jantar..............................................................................................................3

4.2. Custo da Dieta Semanal...............................................................................................3

4.3. Hábitos e Ideologias Alimentares................................................................................3

5. Conclusão............................................................................................................................4

6. Referências bibliográficas...................................................................................................5
1. Introdução
A alimentação é muito mais do que uma mera necessidade fisiológica; ela é influenciada por
uma complexa rede de fatores que incluem preceitos religiosos, tabus, hábitos alimentares e
elementos socioculturais. Desde a infância, os indivíduos são imersos em práticas alimentares
que não apenas garantem sua subsistência, mas também moldam sua identidade e conexão
com a sociedade. A importância de uma alimentação adequada transcende os limites da saúde
e da doença, tornando-se um reflexo das normas e valores de um grupo cultural.

No campo da nutrição, os profissionais de saúde desempenham um papel crucial na


orientação das escolhas alimentares das pessoas. A prescrição dietética envolve uma série de
etapas, desde a anamnese alimentar, passando pela avaliação do estado nutricional, até a
determinação da conduta alimentar e a posterior reabilitação nutricional. Esses processos
buscam adaptar a alimentação às necessidades individuais, considerando não apenas aspectos
físicos, mas também culturais e sociais.

A relação entre antropologia e alimentação é intrínseca, pois a maneira como nos


alimentamos é profundamente enraizada em nossas tradições, crenças e valores culturais. A
comida não é apenas um meio de nutrição; ela é também um veículo para transmitir
significados, histórias e identidades. A alimentação reflete os tempos em que vivemos,
incorporando as possibilidades e os paradigmas de uma sociedade. Além disso, o turismo
contemporâneo valoriza cada vez mais a experiência culinária como parte integrante de suas
motivações, seja buscando pratos tradicionais ou explorando novos sabores em diferentes
culturas.

Este estudo visa explorar a dieta e seus contextos sociais, lançando luz sobre como nossos
hábitos alimentares são moldados pela cultura, economia e tradições do passado e do presente.
Ao analisar a relação intrincada entre antropologia e alimentação, podemos compreender
melhor como a comida não é apenas um ato de nutrir o corpo, mas também de nutrir nossa
identidade cultural e social.

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2. Objetivo Geral:
Compreender a dieta semanal, analisando-a em cada refeição registrada, e investigar os
contextos sociais que a cercam, com ênfase na influência desses contextos sobre as escolhas
alimentares.

3. Dieta e Antropologia
O ato de alimentar-se vai além do simples ato de comer e está relacionado a outras dimensões
sociais e à identidade. Muitas pessoas enfrentam dificuldades para se alimentar
adequadamente e compartilham o sentimento de má nutrição e, consequentemente, de maior
vulnerabilidade a doenças. O conhecimento das diretrizes médicas sobre higiene e
alimentação adequada à saúde tende a agravar esse sentimento de vulnerabilidade,
aumentando a sensação de impotência e desalento.

3.1. Tipos de Dieta


3.1.1. No Pequeno-almoço
Na minha família, o pequeno-almoço é considerado a refeição mais importante do dia. É
imperativo que seja uma refeição completa e equilibrada, incluindo proteínas, carboidratos,
fibras e gorduras saudáveis. No entanto, devido à correria das manhãs, muitas vezes essa
refeição é negligenciada. É importante acordar um pouco mais cedo para garantir uma
alimentação adequada e evitar consumir alimentos açucarados em excesso.

3.1.2. No Almoço
No almoço, costumamos consumir Chima (um prato tradicional) com diversos tipos de peixe
e legumes, acompanhados por uma sobremesa de frutas, como laranja e banana.

3.1.3. No Jantar
No jantar, o prato de arroz com feijão é uma escolha comum, mas às vezes pode haver
resistência a essa refeição.

3.2. Custo da Dieta Semanal


O custo médio semanal para manter essa dieta completa é de aproximadamente 3000 meticais,
o que pode ser um desafio devido ao aumento do custo de vida.

3.3. Hábitos e Ideologias Alimentares


Os hábitos alimentares estão profundamente enraizados na cultura e na sociedade. O
conhecimento antropológico nos ajuda a entender como a alimentação é mais do que apenas
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nutrição; ela também envolve significados culturais, simbolismo e práticas sociais. As
escolhas alimentares podem ser influenciadas por fatores econômicos, religiosos e culturais
do passado e do presente.

Portanto, a antropologia desempenha um papel importante em compreender como a dieta é


moldada pela cultura e como a comida vai além da nutrição, refletindo valores e tradições
sociais.

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4. Conclusão
Ao término deste trabalho no campo da Antropologia Alimentar, podemos afirmar que a
construção de uma dieta alimentar em diferentes refeições revela-se uma tarefa complexa e
multifacetada. Diversos fatores intervêm na escolha dos alimentos, e entre os determinantes
mais significativos encontram-se a cultura, a religião e os fatores sociais.

Ficou claro ao longo deste estudo que as religiões desempenham um papel fundamental na
alimentação, ligando os seres humanos às divindades e estabelecendo conexões sociais entre
indivíduos. As comidas sagradas, em particular, desempenham um papel importante na
construção desses elos, não apenas nos rituais religiosos, mas também na sociedade em geral.
Elas contribuem para a caracterização de pratos regionais e para a preservação da identidade
cultural.

Além disso, o ressurgimento do interesse pela gastronomia e a abertura da Antropologia para


novos objetos de estudo, desde o final do século passado, têm direcionado a atenção da
disciplina para as cozinhas como elementos emblemáticos das identidades grupais e regionais.
Isso reflete a importância de compreender as complexas relações entre comida, cultura e
sociedade.

Portanto, concluímos que a alimentação é um fenômeno intrinsecamente humano, moldado


por uma miríade de influências culturais, religiosas e sociais. A Antropologia Alimentar
desempenha um papel essencial em desvendar essas conexões e em promover uma
compreensão mais profunda das práticas alimentares e suas implicações na construção da
identidade e na dinâmica social.

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5. Referências bibliográficas
 Autor (2023).
 Loyola, M. A. (1984). Médicos e Curandeiros: conflito social e saúde. Rio de Janeiro:
Difel.
 Rodrigues, A. G. (1978). Alimentação e Saúde: um estudo da ideologia da
alimentação.
 Woortman, K. (1978). Hábitos e ideologia alimentares em grupos de baixa
renda.
 Relatório final de pesquisa. Brasília: Universidade de Brasília.

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