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INSTITUTO SUPERIOR DE CIÊNCIAS E EDUCAÇÃO À DISTÂNCIA

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS DE SAÚDE


LICENCIATURA EM NUTRIÇÃO

CADEIA:
ANTROPOLOGIA ALIMENTAR

TEMA
DIETA E ANTROPOLOGIA:

CABELITA FRANCISCO

NAMPULA, MARÇO DE 2022


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INTRODUÇÃO
Antropologia é uma ciência situada na articulação das diferentes ciências humanas e naturais,
que estuda os seres humanos e os grupos humanos sob todos os seus aspectos físicos e
culturais. A palavra antropologia advém de duas palavras gregas, anthrôpos, que significa
"homem", e logos, que significa ciência, discussão ou tratado. Ela é entendida como o estudo
do homem. O objecto da antropologia é o estudo do outro, das culturas chamadas na época de
primitivas. A antropologia sempre busca um retorno reflexivo; com a finalidade de entender
como as culturas representam e percebem o mundo ela busca acima de tudo, entender a
relação entre nós (nossa cultura) e os outros (outras culturas), uma vez que, a percepção que
temos de nós mesmos é mudada quando nos percebemos em relação aos outros; quando ao
observar que os outros podem fazer as mesmas coisas, mas de forma diferente, nos indagamos
sobre as nossas próprias maneiras. Olhemos por exemplo para os diferentes costumes
existentes em diversas culturas relacionadas a alimentação e a forma de preparação dos
alimentos, como acontece no sul de Moçambique onde a momórdica balsamina (vulgarmente
conhecida como cacana) é uma planta rastejante de sabor amargo tida como um alimento
saboroso e nutritivo mas no centro e norte de Moçambique a realidade é completamente
diferente, onde a mesma planta (cacana) é considera um medicamento para cura de varias
enfermidades e não é considerado "natural" consumir a cacana como um alimento. Assim,
podemos começar a pensar numa definição de antropologia como o estudo do outro em
relação a nós. Essa relação nos permite pensar em uma das dimensões fundamentais da
antropologia que é a dimensão comparativa. A antropologia busca a comparação das culturas,
não com objectivo de mostrar que uma é melhor que a outra, mas para poder perceber as
diferenças e semelhanças existentes entre elas. É na relação de contraste, de comparação, que
percebemos a alteridade. Assim poderíamos dizer que a antropologia busca produzir um
conhecimento sobre nós, através da comparação com o outro, ela estuda as diferenças e essas
diferenças só são acessíveis através da relação entre “Nós e os Outros”.

No processo de construção, afirmação e reconstrução das identidades culturais, determinados


elementos como a comida e a forma de preparar a comida, se transformar em marcadores
identitários, apropriados e utilizados pelo grupo como símbolos de uma identidade regional.

No que concerne a metodologia, tendo em conta a natureza do tema e do trabalho, quanto aos
objectivos é uma pesquisa explicativa, quanto aos procedimentos técnicos é uma pesquisa
etnográfico/de campo e quanto a abordagem é uma pesquisa qualitativa.

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1. DIETA E ANTROPOLOGIA:

Uma dieta completa e saudável deve ser composta por todos os grupos alimentares: proteínas,
carboidratos, vegetais tipo A (verduras) e vegetais tipo B (legumes). Quanto mais equilibrada
e variada, melhor para o paciente adquirir o hábito de consumir alimentos ricos em vitaminas
e nutrientes essenciais para a saúde.

A dieta, alimentar, trata de uma mudança nos hábitos alimentares, que ensina um modo de
se alimentar correctamente e de acordo com as necessidades do corpo. Dietas
alimentares levam em conta múltiplos factores e visam uma alimentação mais balanceada
para a pessoa. Uma dieta é o conjunto das substâncias alimentares que constitui o
comportamento nutricional dos seres vivos. O conceito provém do grego díaita, que significa
“modo de vida”. A dieta é portanto um hábito e representa uma forma de viver.

Com a globalização das trocas económicas e o repertório da disponibilidade alimentar


industrializados, os produtos locais tornaram-se objectos de novo interesse, pois representam
a culinária regional ou as peculiaridades de um lugar, de um grupo, de uma família, de uma
época, e são disseminados como elementos fundamentais da cultura local.

Analisa-se a produção antropológica referente às práticas, hábitos e concepções de consumo


de alimentos.

1.1. Tipo de dieta no pequeno-almoço, almoço e jantar.

O tipo de dieta da pesquisadora que tem usado durante a semana é a dieta geral, indicada para
as pessoas que não necessitam de modificações dietoterápicas específicas. Seu objectivo é o
de fornecer uma quantidade suficiente de proteínas, calorias e outros nutrientes. Na nossa
alimentação podemos encontrar vários tipos de dieta:
1.2. Hábitos alimentar semanal da pesquisadora.
Para a pesquisadora, nos seus hábitos alimentares durante a semana tem usada a seguinte dieta
alimenta: no pequeno-almoço: Mandioca cozida, pão de ovo com batatas fritas, chá de leite ou
pão com salada de repolho ou alface. No almoço: arroz , chima de farnha de celeste ou de
mandioca vulgo Karakata acompanhado de feijão, carne ou legumes ou peixe
tokosado/guisado. No jantar: arroz e carne ou verduras, chima de farinha de celeste ou sopa
acompanhado com uma bebida de mesa. Todas as refeições são acompanhadas de água que
perfazer no mínimo 2 litros/dia. Os contextos sociais económicos de uso alimentar da

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pesquisadora, tem nada haver com a própria cultura e o meio ambiente. Portanto, quanto ao
tempo gasto para fazer as compras, depende da disponibilidade dos produtos nos locais de
venda, isto porque tem nada a ver com aqueles alimentos não conserváveis, na preparação
também depende do tipo de alimento e quanto ao consumo não tem horas estipuladas de
duração.
Nos propósitos sociais os hábitos alimentares da pesquisadora, servem para a dieta geral. Num
cômputo geral, para cobrir um período de 30 dias, a pesquisadora tem gasto no mínimo
10.850,00MT, para a pesquisadora, a escolher alimentar, não tem nada haver com o passado,
mas sim tem nada haver com a situação financeira/económica e custo de vida actual, assim
como com os hábitos culturais.
Feitos os estudos durante uma semana, a pesquisadora conluiu que a antropologia e cultura,
afectam positivamente na sua dieta alimentar, isto porque, a cultura é informação herdada
através da aprendizagem social, portanto diferente da natural (herdada geneticamente), e com
uma especificidade baseada no cérebro que é a linguagem. A linguagem permite aos humanos
articular, transmitir e acumular informação aprendida como nenhuma outra espécie pode
fazer.
Desde o surgimento da Antropologia como disciplina, muitas linhas de pensamento ou
teóricas foram projectadas a volta de vários tópicos e a alimentação foi um dos que também
teve destaque. Neste momento a nutrição dos povos foi considerado objecto de análise assim
como outros aspectos culturais das sociedades estudadas. As primeiras abordagens centraram-
se na análise evolutiva e etnocêntrica, centrando-se no estudo de rituais e tradições, que eram
essenciais para a compreensão do complexo social. A antropologia, a esse respeito, tem
oscilado entre estudar os seres humanos segundo seus aspectos biológicos e explicar as
características culturais independentes das relações com o meio ambiente.
Neste contexto, a Antropologia da Alimentação analisa o seu objecto de forma
interdisciplinar, uma vez que as interacções acontecem socialmente, ecologicamente e
biologicamente, desde que os grupos humanos se constituam por seu modo de vida e por
técnicas relacionadas ao meio ambiente. Por isso, a diferença entre comer, considerada uma
actividade social, e nutrir, considerada uma actividade “biológica” é perceptível, onde o
alimento é crucial para a sobrevivência humana. Portanto, a alimentação e o sistema de
nutrição dos povos são moldados pela cultura e são um resultado da estrutura social em um
determinado contexto.

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Conclusão
Para a pesquisadora, nos seus hábitos alimentares durante a semana tem usada a seguinte dieta
alimenta: no pequeno-almoço: Mandioca cozida, pão de ovo com batatas fritas, chá de leite ou
pão com salada de repolho ou alface. No almoço: arroz , chima de farinha de celeste ou de
mandioca vulgo Karakata acompanhado de feijão, carne ou legumes ou peixe
tokosado/guisado. No jantar: arroz e carne ou verduras, chima de farinha de celeste ou sopa
acompanhado com uma bebida de mesa. Todas as refeições são acompanhadas de água que
perfazer no mínimo 2 litros/dia. Os contextos sociais económicos de uso alimentar da
pesquisadora, tem nada haver com a própria cultura e o meio ambiente.
A dieta, alimentar, trata de uma mudança nos hábitos alimentares, que ensina um modo de
se alimentar correctamente e de acordo com as necessidades do corpo.
A antropologia sempre busca um retorno reflexivo; com a finalidade de entender como as
culturas representam e percebem o mundo ela busca acima de tudo, entender a relação entre
nós (nossa cultura) e os outros (outras culturas), uma vez que, a percepção que temos de nós
mesmos é mudada quando nos percebemos em relação aos outros; quando ao observar que os
outros podem fazer as mesmas coisas, mas de forma diferente, nos indagamos sobre as nossas
próprias maneiras.

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