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Índice
Lista de siglas e abreviaturas ..................................................................................................... iv
1. Introdução ...............................................................................................................................5
2. Direitos sexuais e reprodutivos, gravidez indesejada no contexto Moçambicano......................6
2.1. Conceitos .............................................................................................................................6
2.1.1. Sexo ..................................................................................................................................6
2.1.2. Saúde sexual ......................................................................................................................6
2.1.3. Sexualidade .......................................................................................................................6
2.2. A Reprodução humana .........................................................................................................7
2.2.1. O sistema reprodutor masculino .........................................................................................7
2.2.2. O sistema reprodutor feminino...........................................................................................8
2.3. Direitos humanos .................................................................................................................9
2.3.1. Direitos sexuais e reprodutivos ..........................................................................................9
2.4. Gravidez ............................................................................................................................. 10
2.4.1. Gravidez indesejada......................................................................................................... 11
2.4.2. A interrupção da gravidez ................................................................................................ 11
3. Conclusão ............................................................................................................................. 13
4. Referência bibliográfica ........................................................................................................ 14
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Lista de siglas e abreviaturas
CED – Centro de Educação a Distância;
CIPD – Conferência internacional sobre população e desenvolvimento;
IPPF – Federação internacional de planeamento familiar;
OMS – Organização Mundial da Saúde; e
UCM – Universidade Católica de Moçambique.
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1. Introdução
O presente trabalho de pesquisa e de carácter avaliativo intitula-se “Direitos sexuais e
reprodutivos, gravidez indesejada no contexto Moçambicano”, o mesmo enquadra-se na cadeira
de Habilidades de vida, saúde sexual, reprodutiva, género e HIV/SIDA e tem como objectivo
geral de analisar os direitos sexuais e reprodutivos. De modo a concretizar o objectivo geral
previamente definido pelo pesquisador, estabeleceu-se os seguintes objectivos específicos os
quais considera alcançados, nomeadamente: apresentar os conceitos fundamentais atinentes aos
direitos sexuais e reprodutivos; discutir os direitos sexuais e reprodutivos; e avaliar os diversos
cenários das gravidezes indesejadas. Em termos metodológicos, quanto aos objectivos é uma
pesquisa exploratória, quanto aos procedimentos técnicos é uma pesquisa bibliográfica e quanto
abordagem é uma pesquisa qualitativa. No que concerne a estrutura, o presente trabalho de
pesquisa apresenta os seguintes elementos: pré-textuais, textuais e os elementos pós-textuais.
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2. Direitos sexuais e reprodutivos, gravidez indesejada no contexto Moçambicano
2.1. Conceitos
2.1.1. Sexo
Segundo Berg, Pe. Elton & Laissone at all. (2020, p.70),
Sexo refere-se às características biológicas que definem os seres humanos como
femininos ou masculinos. Entre as características biológicas diferenciamos factores
cromossómicos (XX ou XY), factores gonadais (ovários ou testículos) ou hormonais e
características genitais externos. Embora esses conjuntos de características biológicas não
sejam mutuamente exclusivos, como existem indivíduos que possuem os dois, eles
tendem a diferenciar os humanos como machos e fêmeas.
Contudo, tendo por base o conceito acima apresentada, pode-se aferir que em uso geral em
muitas línguas, o termo sexo é frequentemente usado para significar actividade sexual, mas para
fins técnicos no contexto de discussões sobre sexualidade e saúde sexual, a definição acima vai
além disso significando o género dos seres Humanos.
Neste sentido, a saúde sexual requer uma abordagem positiva e respeitosa da sexualidade e das
relações sexuais, bem como a possibilidade de ter experiências sexuais agradáveis e seguras, sem
coerção, discriminação e violência. Para que a saúde sexual seja alcançada e mantida, os direitos
sexuais de todas as pessoas devem ser respeitados, protegidos e cumpridos.
2.1.3. Sexualidade
A sexualidade é:
Um aspecto central de sermos humanos ao longo da vida abrange o sexo, identidades e
papéis de género, orientação sexual, erotismo, prazer, intimidade e reprodução. A
sexualidade é experimentada e expressa em pensamentos, fantasias, desejos, crenças,
atitudes, valores, comportamentos, práticas, papéis e relacionamentos. Embora a
sexualidade possa incluir todas essas dimensões, nem todas são sempre experimentadas
ou expressas.
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É influenciada pela interacção de factores biológicos, psicológicos, sociais, económicos,
políticos, culturais, legais, históricos, religiosos e espirituais;
É fundamental, para o desenvolvimento do potencial humano de cada pessoa. A
integridade e dignidade, ao nível da sexualidade, requer o respeito e protecção dos
direitos sexuais de todas as pessoas, o direito de controlo sobre o próprio corpo, e a
liberdade de decisão a ser sexualmente activo, negociar o sexo, praticar o sexo seguro, e
prevenir a gravidez não desejada;
O desenvolvimento da sexualidade acontece, durante toda a vida, no ser humano,
conhecendo as etapas fisiológicas: infância, adolescência, idade adulta e terceira idade. A
sexualidade é produto de características genéticas, interacções ambientais, influências
socioculturais e religiosas (Berg, Pe. Elton & Laissone at all., 2020).
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Pénis é utilizado para a deposição, na vagina da mulher, do sémen, que contém os
espermatozóides;
As trompas de Falópio ligam o útero aos ovários, e estão posicionadas de tal forma, que o óvulo,
quando expelido do ovário, no momento da ovulação, consegue chegar a elas com facilidade: o
útero está ligado ao ovário através das trompas de Falópio; trompas de Falópio lugar onde ocorre
a fecundação; útero onde ocorre o desenvolvimento do feto; a dilatação do colo do útero permite
a expulsão do feto através da vagina; a vagina comunica-se com o útero através da cérvix; a
anatomia da vagina permite receber o pénis, recebe o sémen do homem e serve de canal do parto
para a saída do bebé; vagina é local por onde o pénis é inserido na hora do coito (Carrara, 2010).
O autor acima citado, refere ainda que os órgãos externos do aparelho reprodutor feminino
formam a chamada vulva, e é constituída pelos lábios menores, que protegem a entrada da
vagina e da uretra, pelos lábios maiores que circundam os menores e pelo clítoris, cuja glande
está localizada acima dos lábios menores. O clítoris é formado por tecido eréctil que se estende
por toda a vulva e que recebe sangue no momento da excitação sexual.
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2.3. Direitos humanos
A Declaração Universal dos Direitos Humanos é um documento marco na história dos direitos
humanos. Elaborada por representantes de diferentes origens jurídicas e culturais de todas as
regiões do mundo, a Declaração foi proclamada pela Assembleia Geral das Nações Unidas em
Paris, em 10 de Dezembro de 1948, por meio da Resolução 217 A (III) da Assembleia Geral
como uma norma comum a ser alcançada por todos os povos e nações. Ela estabelece, pela
primeira vez, a protecção universal dos direitos humanos (Berg, 2020).
Em Abril 2019, uma declaração política foi adoptada que reafirma o apoio ao Programa de
Acção da Conferência Internacional sobre População e Desenvolvimento (CIPD, Cairo, 1994),
que estabeleceu que a saúde reprodutiva, os direitos individuais e o empoderamento das
mulheres são cruciais para atingir o desenvolvimento sustentável. A declaração foi aprovada no
aniversário de 25 anos da CIPD, o que representa um marco histórico em direitos humanos,
saúde reprodutiva e autonomia. A iniciativa reafirma o apoio mundial a este acordo, e exorta os
dirigentes e organizações do mundo todo a acelerar esforços de forma a atingir seus objectivos.
2.4. Gravidez
Para entender como acontece a gravidez, é preciso entender o ciclo menstrual da mulher, que
dura aproximadamente 28 dias. Para calcularmos os dias do ciclo menstrual, contamos, desde o
primeiro dia em que há saída de sangue (menstruação), até ao último dia antes da menstruação
seguinte. Após a menstruação, um óvulo começa a crescer no ovário. No décimo quarto dia do
ciclo, o óvulo expulso do ovário começa a mover-se, em direcção ao útero.1
A mulher engravida, se este óvulo for fecundado por um espermatozóide. Isto pode acontecer,
quando o coito ocorre, alguns dias antes de o óvulo ser libertado, ou mesmo no dia em que o
óvulo é libertado. Quando um óvulo é fecundado, passa a chamar-se “ovo ou zigoto”. Instala-se
na parede do útero (no endométrio), onde vai desenvolver-se, e passa a chamar-se embrião. Após
um mês de vida intra-uterina, o embrião mede cerca de um centímetro e meio, e tem cabeça,
intestino e cérebro. No fim do 2º mês, passa a chamar-se feto medindo 5 centímetros e já tem
mãos, pés, olhos e boca já formados. Quando completa 3 meses, o feto começa a mexer-se e a
abrir e fechar os olhos. O feto fica protegido no útero enquanto cresce até ao dia em que vai
nascer (Berg, Pe. Elton & Laissone at all., 2020).
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2.4.1. Gravidez indesejada
Um novo estudo realizado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), diz que 25 em 36 países
descobriram que dois terços das mulheres sexualmente activas que desejavam atrasar ou limitar a
gravidez deixaram de usar contraceptivos por medo de efeitos colaterais, problemas de saúde e
subestimação da probabilidade de concepção. Isso levou a que uma em cada quatro gestações
não fosse intencional. Embora gestações não planificadas (ou não intencionais) não sejam
necessariamente indesejadas, elas podem levar a uma ampla gama de riscos à saúde da mãe e do
filho, como desnutrição, doença, abuso e negligência e até a morte. Gestações indesejadas podem
levar a ciclos de alta fertilidade, bem como a menor potencial educacional e de emprego e
pobreza - desafios que podem durar gerações (Berg, Pe. Elton & Laissone at all., 2020).
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O aborto inseguro, em Moçambique, é uma das principais causas da morte materna. Em 2010, a
mortalidade materna, no país, foi de 490 mortes por 100.000 nascimentos vivos 26. Não é
conhecida exactamente a magnitude do aborto inseguro. No período de 1990 a 2000, 8 a 11% das
mortes maternas ocorridas foram devidas a complicações do aborto inseguro. O aborto inseguro
é um problema de saúde pública, não só devido à morte materna, mas também devido às suas
complicações imediatas e de longo prazo. As complicações imediatas mais comuns são:
laceração do colo do útero, hemorragia, infecção grave, perfuração uterina e peritonite. As
complicações a médio e longo prazo incluem a dor pélvica crónica, a gravidez fora do útero, e a
infertilidade. São também de destacar as consequências sociais, tais como a destruição da família
e a estigmatização da mulher (Berg, Pe. Elton & Laissone at all., 2020).
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3. Conclusão
Depois de toda abordagem em torno do tema em apenso, o pesquisador aferiu que todo cidadão
te direito a sexualidade e a reprodução. O pesquisador aferiu ainda que a reprodução humana é o
mecanismo que assegura a perpetuação da espécie. Para o ser humano conseguir reproduzir-se, é
necessário que o corpo esteja preparado e capaz de gerar filhos. O sistema reprodutor garante a
reprodução. Nesse sistema, encontramos estruturas que produzem os gâmetas, chamadas os
órgãos sexuais primários (os ovários nas mulheres; os testículos nos homens) e o resto do
sistema reprodutor, composto de órgãos internos e externos, chamados os órgãos sexuais
secundários. Os últimos são especializados em garantir a relação sexual, gerar prazer em fazê-la,
e, no caso do sistema reprodutor feminino, garantir o desenvolvimento do seu bebé.
Consequentemente, o sistema reprodutor da mulher e do homem são diferentes.
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4. Referência bibliográfica
Ávila, M. (2003). Direitos Sexuais e Reprodutivos: Desafios Para as Políticas de Saúde. Cad.
Saúde Pública. Rio de Janeiro, Brasil.
Carrara, S. (2010). Políticas e direitos sexuais no Brasil contemporâneo. Revista Bagoas. São
Paulo, Brasil.
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