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ANHANGUERA EDUCACIONAL

CAMPUS SANTO ANDRÉ – ALBERTO BENEDETTI


Bacharelado em Medicina Veterinária

Andrea Santos Silva de Jesus, RA: 373617815748


Ednaldo Rodrigues da Silva, RA: 30040455831
Everton Gomes, RA: 358.888.728-81
Gislei Pimentel Diogo, RA: 121660115748
Letícia da Silva Pereira, RA: 531.525.608-18
Paulo Henrique Alves Ramos, RA: 369554215748
Solange Caetano de Jesus, RA: 092.919.068.83
Vanessa Barba Rodrigues, RA: 414.411.268-30

SISTEMA ENDÓCRINO
Ciências Morfológicas Aplicadas ao Sistema Nervoso

Santo André
2022
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO AO SISTEMA ENDÓCRINO .............................................. 4

1.1 O que é o Sistema Endócrino ................................................................... 4

1.2 Glândulas do Sistema Endócrino ............................................................. 4

2. GLÂNDULAS ADRENAIS........................................................................... 7

2.1 Introdução .................................................................................................. 7

2.2 Histologia ................................................................................................... 8

2.3 Topografia .................................................................................................. 8

2.4 Fisiologia .................................................................................................... 8

2.5 Anexos ........................................................................................................ 9

3. ILHOTAS DE LANGERHANS ................................................................... 11

4. HIPOFISE .................................................................................................. 13

4.1 Estrutura e Localização........................................................................... 13

4.2 Sistema porta-hipofisário........................................................................ 14

4.3 Trato hipotálamo hipofisário .................................................................. 17

4.4 Hipófise anterior (adeno-hipófise).......................................................... 17

4.5 Hormônios da adeno-hipófise ................................................................ 17

4.6 Hipófise posterior (neuro-hipófise) ........................................................ 18

4.7 Hormônios da neuro-hipófise ................................................................. 19

4.8 Histologia ................................................................................................. 20

5. TIREOIDE .................................................................................................. 21

5.1 Introdução ................................................................................................ 21

5.2 Fisiologia da Glândula............................................................................. 21

5.3 Alterações no funcionamento da tireoide ............................................. 22

5.4 Diagnóstico das disfunções tireoideanas ............................................. 24


5.5 Sintomatologia clínica ............................................................................. 24

5.6 Sintomas hipotireoidismo ....................................................................... 25

5.7 Tratamento clínico e monitoramento ..................................................... 26

6. PARATIREOIDE ........................................................................................ 28

6.1 Introdução ................................................................................................ 28

6.2 Topografia ................................................................................................ 28

6.3 Fisiologia e Histologia ............................................................................. 29

6.4 Ação .......................................................................................................... 29

6.5 Imagens .................................................................................................... 30

6.6 Imagens Histologicas .............................................................................. 32

7. GLÂNDULAS SEXUAIS............................................................................ 33

7.1 Função do Sistema Reprodutor ............................................................. 33

7.2 Sistema Reprodutor Masculino .............................................................. 34

7.3 Órgãos do Sistema Reprodutor Masculino ........................................... 34

7.4 Sistema Reprodutor Feminino ................................................................ 35

7.5 Órgãos do Sistema Reprodutor Feminino ............................................. 36

7.6 Hormônio Tireotrófico ............................................................................. 38

7.7 Hormônio adrenocorticotrófico (ACTH)................................................. 38

8. TIMO .......................................................................................................... 39

8.1 Função ...................................................................................................... 39

8.2 Anatomia e Histologia ............................................................................. 40

8.3 Partes do timo .......................................................................................... 40


4

1. INTRODUÇÃO AO SISTEMA ENDÓCRINO


1.1 O que é o Sistema Endócrino

O sistema endócrino é um sistema complexo e constituído pelas glândulas


endócrinas do nosso corpo, as glândulas endócrinas são as estruturas que
sintetizam substâncias e lançam na corrente sanguínea, essas substâncias são
denominadas de hormônios que junto ao sistema nervoso são responsáveis por
coordenar todas as funções do nosso corpo, tais como o metabolismo, secreção
de leite, crescimento e quantidade de cálcio no sangue. O hipotálamo é um grupo
de células nervosas localizadas na base do encéfalo ele faz a integração entre
esses dois sistemas.

É importante salientar, no entanto, que células endócrinas podem ser


encontradas em órgãos que compõem outros sistemas, como é o caso das
células produtoras de hormônios encontradas no estômago.

1.2 Glândulas do Sistema Endócrino


As glândulas endócrinas estão localizadas em diferentes partes do corpo:
Glândulas Adrenais (Suprarrenais)
5

Ilhotas de Langerhans (Ilhotas Pancreáticas)


6

Hipófise

Tireoide

Paratireoide
7

Glândulas Sexuais

Timo

2. GLÂNDULAS ADRENAIS
2.1 Introdução
As glândulas adrenais ou suprarrenais se localizam logo acima dos rins. Essas
pequenas glândulas chegam a pesar não mais que 10g na fase adulta, mas são
responsáveis pela produção de uma série de hormônios ou neurotransmissores.
Apresentam uma cápsula e estão divididas em duas zonas distintas: o córtex e
a medula. O córtex adrenal é subdividido em 3 zonas, cada uma com
características anatômicas específicas. A zona glomerulosa, mais externa,
secreta um hormônio mineralocorticoide conhecido como aldosterona. A zona
fasciculada vem logo a seguir e produz o glicocorticoide cortisol e, por fim, a zona
8

reticular que produz os hormônios sexuais ou esteroides androgênicos. São


parcialmente controladas pelo cérebro. O hipotálamo, uma pequena área do
cérebro envolvida na regulação hormonal, produz o hormônio liberador de
corticotrofina (CRH) e a vasopressina (também conhecida como hormônio
antidiurético). A vasopressina e o CRH induzem a hipófise a secretar
corticotrofina (também chamada de hormônio adrenocorticotrófico ou ACTH),
que estimula as glândulas adrenais a produzir corticosteroides. O sistema
renina-angiotensina-aldosterona, regulado principalmente pelos rins, faz com
que as glândulas adrenais produzam uma quantidade maior ou menor de
aldosterona.

2.2 Histologia
As adrenais são duas glândulas achatadas com forma de meia-lua, cada uma
situada sobre o polo superior de cada rim e, por isso, também são chamadas de
suprarrenais. Ao menor aumento observa-se de fora para dentro as seguintes
estruturas: cápsula, camada cortical ou córtex da adrenal e a camada medular.

2.3 Topografia
As glândulas adrenais são formadas por duas partes. Medula: A parte interna
secreta hormônios, como adrenalina (epinefrina), que ajudam a controlar a
pressão arterial, a frequência cardíaca, a produção de suor e outras atividades
que também são reguladas pelo sistema nervoso simpático. Córtex: A parte
externa secreta vários hormônios, como corticosteroides (hormônios
semelhantes à cortisona, como cortisol) e os mineralocorticoides (sobretudo a
aldosterona, que controla a pressão arterial e os níveis de sal [cloreto de sódio]
e de potássio no organismo). O córtex adrenal também produz uma pequena
quantidade de hormônios esteroides sexuais masculinos (testosterona e
hormônios similares).

2.4 Fisiologia
Estes órgãos estreitos têm uma grande influência no metabolismo de todo o
organismo. Os hormônios adrenais atuam em vários órgãos e participam de todo
o metabolismo, muitas vezes em associação com outros hormônios. O
9

mecanismo de secreção obedece algumas vezes a uma retroalimentação


negativa, monitorada pelo cérebro.
2.5 Anexos
10
11

3. ILHOTAS DE LANGERHANS
As Ilhotas de Langerhans, também conhecidas como ilhotas pancreáticas são
glândulas endócrinas localizadas no que seu nome já diz, o pâncreas. O
pâncreas é uma glândula mista, cuja extensão se dá na parte dorsal da cavidade
abdominal, com intima ligação ao duodeno.

A parte exócrina do pâncreas é responsável pela secreção de enzimas


digestivas, que resultam em três em sua totalidade: uma para redução de
proteínas, uma para gorduras e outra para carboidratos. Além de bicarbonato. E
todos são transportadas para o duodeno (que se localiza estrategicamente logo
abaixo do estômago) por um ou mais ductos, diretamente ao encontro do quimo
para realizar suas devidas funções digestórias e protetivas.
Já a parte endócrina, é responsável pela produção de insulina, glucagon e
somatostatina, três hormônios. No microscópio, suas células se diferenciam das
demais células exócrinas por terem coloração menos intensa. Possuem também
12

a característica de serem mais abundantes na região da cauda de seu órgão


correspondente. Em humanos adultos, há pelo menos 1 milhão de ilhotas, o que
constitui 2% da totalidade celular do órgão.

As células das Ilhotas de Langerhans tem formato poligonal, dispostas em


cordões, dos quais envolvem uma ampla rede de capilares sanguíneos com
células endoteliais fenestradas. As células destas ilhotas são divididas em
acidófilas e basófilas, a depender da sua afinidade por coloração, sendo as
principais: as células alfa, beta, delta e PP.
13

Em HE as células alfas(A) se coram em rosa, sendo acidófilas e as células


beta(B) em azul basófilas. Sendo a primeira responsável pela produção de
glucagon e a segunda, de insulina. Já a célula delta, produz somatostatina.
A insulina secretada pelas células beta (70-80% das células das ilhotas
pancreáticas) é um hormônio responsável pela diminuição do açúcar, sendo pelo
menos 70% hipoglicemiante, tem altas taxas circulantes após as refeições.
Células beta geralmente se encontram na medula das ilhotas.
Já o glucagon secretado pelas células alfa (15-20% das células das ilhotas
pancreáticas) é um hormônio hiperglicemiante, que aumenta em pelo menos
20% as taxas de glicose no sangue, é produzido em períodos longos de jejum.
As células alfa geralmente se localizam nas periferias das ilhotas, juntamente
com células delta e PP.
As células delta (5-10% das células), produzem somatostatina, hormônio
responsável por suprimir secreção de insulina, glucagon e hormônio do
crescimento.
As células PP produzem polipeptídio pancreático, cuja função não é ainda
completamente conhecida, mas acredita-se que esteja relacionado com apetite
e que faz aumentar produção de suco gástrico.
4. HIPOFISE
4.1 Estrutura e Localização
A glândula hipófise está localizada na fossa hipofisária (sela turca) do osso
esfenoide. Superiormente, a hipófise é coberta por dura-máter, que forma o
diafragma da sela turca. Anterior e inferiormente ela está relacionada aos seios
esfenoidais, anterosuperiormente ao quiasma óptico e lateralmente aos seios
cavernosos.
A hipófise está conectada ao hipotálamo pelo infundíbulo, uma estrutura que se
estende inferiormente a partir do túber cinéreo do hipotálamo. O infundíbulo não
só conecta o hipotálamo e a hipófise fisicamente, mas também permite a
passagem dos hormônios hipotalâmicos até a hipófise, ao atravessarem o
sistema porta-hipofisário e o trato hipotálamo-hipofisário.
A hipófise possui duas partes principais, a adeno-hipófise (porção anterior) e a
neuro-hipófise (porção posterior). Essas partes possuem origens embriológicas
diferentes e, portanto, aparências histológicas e funções diferentes.
14

4.2 Sistema porta-hipofisário


O sistema porta-hipofisário é um sistema vascular formado por delicados vasos
sanguíneos que conectam a adeno-hipófise ao hipotálamo. Os capilares e
vênulas do sistema porta são fenestrados, o que permite uma troca de moléculas
entre os vasos sanguíneos e as células da adeno-hipófise. As células epiteliais
da adeno-hipófise são organizadas em cordões distribuídos entre os sinusoides
vasculares, onde a troca hormonal entre o tecido neural e o sangue ocorre.
15
16

Visão geral do sistema porta-hipofisário


O sistema porta-hipofisário se origina das artérias hipofisárias superior e inferior,
que são ramos da artéria carótida interna. A primeira irriga a maior parte da
hipófise anterior, enquanto a última irriga a hipófise posterior.
As artérias hipofisárias superiores formam um plexo primário dentro do
infundíbulo e da eminência mediana. Esse plexo é formado por vários capilares
fenestrados que se unem e formam as veias porta-hipofisárias, que vão até a
adeno-hipófise. As veias porta se dividem e formam outro plexo na
adenohipófise: o plexo secundário. Esse sistema vascular é muito importante,
pois é uma conexão direta entre o local de liberação dos hormônios
hipotalâmicos (eminência mediana) e as células da adeno-hipófise.
Em resumo, o sistema porta-hipofisário é formado por um plexo capilar primário
e um plexo capilar secundário (leitos) na hipófise e pelas veias portas entre eles.
17

4.3 Trato hipotálamo hipofisário


O trato hipotálamo-hipofisário é um feixe de axônios que conecta os núcleos
hipotalâmicos à neuro-hipófise. Sua função é transportar os dois hormônios
hipotalâmicos (ocitocina e hormônio antidiurético) até a neuro-hipófise, onde eles
serão armazenados até serem liberados quando houver necessidade.

4.4 Hipófise anterior (adeno-hipófise)


A hipófise anterior (adeno-hipófise) é formada por três partes distintas:
• Porção anterior (parte distal ou glandular) é a parte com a maior atividade
secretora. Ela é formada por folículos que variam em tamanho, mas
essencialmente contêm três tipos de células. Essas células são classificadas de
acordo com sua coloração histológica e incluem células cromófilas (acidófilas e
basófilas) e cromófobas.

4.5 Hormônios da adeno-hipófise


• Somatotróficos. Hormônio: somatotropina (hormônio do crescimento, GH)
Função: estimula o crescimento das placas epifisárias dos ossos longos através
de fatores de crescimento semelhantes à insulina (IGFs) produzidos no fígado.
• Lactotróficos (mamotrófos): Hormônio: prolactina. Função: secreção do
leite das glândulas mamárias
• Tireotróficos: Hormônio: tireotrofina. Função: estimula a síntese, o
armazenamento e a secreção dos hormônios tireoidianos.
Corticotróficos: Hormônios: adrenocorticotrófico (ACTH), lipotrofina (LPH).
Função: estimula a secreção dos hormônios do córtex ACTH, regula o
metabolismo dos lipídeos (LPH).
• Gonadotrófos: Hormônios: hormônio folículo estimulante (FSH), hormônio
luteinizante. Função: promove o desenvolvimento do folículo ovariano, a
secreção de progesterona em mulheres e a secreção do andrógeno das células
intersticiais em homens (LH)
O hipotálamo é o principal regulador da função da adeno-hipófise. É uma das
poucas áreas do cérebro que não está isolada da corrente sanguínea pela
barreira hematoencefálica e, portanto, ele pode monitorar e responder às
mudanças na temperatura corporal, na demanda de energia ou no equilíbrio
eletrolítico. Essas alterações são detectadas especificamente pelos núcleos do
18

hipotálamo, incluindo os núcleos arqueado, paraventricular e ventromedial e as


regiões pré-óptica medial e paraventricular.
O hipotálamo regula a atividade da adeno-hipófise ao liberar seus hormônios
estimuladores ou inibitórios, que incluem:
• Hormônio liberador de corticotropina (CRH)
• Hormônio liberador do hormônio de crescimento (GHRH)
• Hormônio liberador de gonadotropina (GnRH)
• Hormônio liberador de tireotropina (TRH)
• Dopamina (DA)
• Somatostatina (SS) também conhecido como hormônio inibidor do hormônio de
crescimento

Esses hormônios são secretados na corrente sanguínea e enviados até a


adenohipófise através do sistema porta-hipofisário para estimular ou inibir a
atividade secretória de suas células. Todos os hormônios hipotalâmicos
“liberadores” possuem um efeito estimulante, enquanto todos os hormônios
“inibidores” possuem efeitos inibitórios. A atividade secretora do hipotálamo e da
hipófise é regulada por mecanismo de feedback (retroalimentação) negativo.
Existem duas alças de feedback negativo que afetam o eixo hipotálamo-
hipofisário:
• Feedback de alça longa: quando os níveis sanguíneos dos hormônios das
glândulas periféricas chegam ao valor de homeostase/fisiológico, esses
hormônios sinalizam para a hipófise e o hipotálamo que está na hora de parar
de secretar hormônios liberadores ou estimuladores até que os seus valores se
reduzam novamente.
• Feedback de alça curta: o aumento sérico dos hormônios hipofisários inibe a
síntese e/ou a liberação de hormônios hipotalâmicos relacionados.

4.6 Hipófise posterior (neuro-hipófise)


A porção posterior hipófise é uma estrutura neuroendócrina especializada. Ao
contrário da hipófise anterior, ela não contém células secretoras, mas contém
vários axônios amielínicos que se originam dos neurônios hipotalâmicos
secretores, especificamente dos neurônios magnocelulares dos núcleos
19

paraventricular e supra-óptico. O único componente celular da hipófise posterior


são as células gliais chamadas de pituicitos.
A neuro-hipófise é dividida em várias partes:
• O infundíbulo é formado por vários axônios amielínicos que constituem os tratos
hipotálamo-hipofisários. Esses tratos conectam a hipófise ao hipotálamo e
servem para transportar os neuro-hormônios dos núcleos hipotalâmicos até a
neuro-hipófise. O infundíbulo é contínuo com a eminência mediana, área onde a
liberação de hormônios do hipotálamo é feita para controlar a adeno-hipófise.
• O lobo neural (pars nervosa, lobo posterior) é uma coleção de
aproximadamente 100.000 axônios amielínicos e suas extremidades. Esses
axônios terminais contêm corpos neurossecretores (corpos de Herring) que são
preenchidos por grânulos que contêm os hormônios hipotalâmicos que serão
liberados pela neuro-hipófise. Cada grânulo contém ou hormônio antidiurético
(ADH) ou ocitocina. Dentro dos grânulos a ocitocina e o ADH são ligados a
proteínas chamadas de neurofisina I e II, respectivamente. O lobo neural também
possui pituicitos de suporte que revestem os axônios.

4.7 Hormônios da neuro-hipófise


A porção posterior da hipófise não contém tecido glandular, o que significa que
ela não é ativa na produção de hormônios. Sua principal função é armazenar e
liberar dois hormônios secretados pelo hipotálamo: ADH e ocitocina.
• A ocitocina é um neuropeptídeo produzido pelas células neurosecretoras dos
núcleos supra-óptico e paraventricular. Ela participa principalmente nos
processos relacionados à reprodução e ao parto (contrações uterinas e
lactação), bem como no comportamento humano (interação social).
• Hormônio antidiurético (ADH) ou arginina-vasopressina é produzido
principalmente nas regiões supra-óptica e paraventricular do hipotálamo. Ele é
essencial para o controle do equilíbrio eletrolítico, pressão sanguínea e função
renal.
Esses hormônios hipotalâmicos viajam pelos axônios do hipotálamo diretamente
até a hipófise posterior. Células gigantes (pituicitos) revestem completamente
esses axônios. Juntos, os axônios formam o trato hipotálamo-hipofisário que fica
próximo aos sinusoides vasculares da hipófise posterior. As extremidades dos
20

axônios estão próximas aos vasos sanguíneos para facilitar a secreção dos
hormônios na corrente sanguínea.

4.8 Histologia

Limite da neuro-hipófise com a adeno-hipófise


Na imagem superior, em aumento pequeno, se observa uma porção da pars
distalis (já vista anteriormente), uma porção da pars nervosa da neuro-hipófise e
entre essas duas situa-se a pars intermedia da adeno-hipófise. A pars intermedia
é, pelo menos parcialmente, uma glândula endócrina folicular. A imagem inferior,
em aumento médio, é de uma pequena porção da pars nervosa da neurohipófise.
É formada por fibras nervosas provenientes do hipotálamo, pituícitos (células da
neuroglia) e por capilares sanguíneos. Não há neurônios na pars nervosa. A
maioria dos núcleos observados na figura pertence a pituícitos.
21

5. TIREOIDE
5.1 Introdução
A palavra vem do grego que é uma junção THYREÓS (escudo) e OIDES (forma
de), a origem deste nome vem do fato da glândula ter uma forma semelhante à
de um escudo.
Existe uma confusão quanto a forma correta de escrever o nome da glândula, a
confusão ocorre entre TIREOÍDE e TIROÍDE, entretanto as duas nomenclaturas
estão corretas e são aceitas.
A glândula da Tireoide foi descoberta em 1956 por Thomas Wlaton que realizava
uma pesquisa sobre glândulas, inicialmente acreditava-se que a função da
tireoide era somente estética, servindo simplesmente para modelar o pescoço.
Somente no século XIX, foi possível confirmar a sua importância com a
descoberta da TIROXINA.
A Tireoíde é uma glândula bilateral presentes em todos os vertebrados. Sua
função envolve concentração da indo e a síntese, armazenamento e
concentração do hormônio tireóideo.
5.2 Fisiologia da Glândula
A tireoide é uma glândula composta por dois lobos; o direito e o esquerdo
conectada a uma estrutura denominada istmo. (Figura 1)
A tireoide fica atrás do pescoço, logo abaixo da região conhecida como “Pomo
de Adão”.
É uma glândula que produz hormônios essenciais para o bom funcionamento do
organismo em todas as fases de desenvolvimento e crescimento, o metabolismo
corpóreo, a função de diversos órgãos e a fertilidade em seres humanos.
Na espécie canina a tireoide é composta por dois lobos localizados na superfície
lateral da traqueia. (Figura 2).
O lobo direito encontra-se um pouco acima do esquerdo, muito próximo da
superfície caudal da laringe sem a presença do istmo para a conexão dos lobos.
O tecido glandular é formado por um arranjo circular de células chamado folículo,
responsável pela síntese de hormônios tireoidianos conhecidos como T3 e T4.
A tireoide utiliza o iodo ingerido na dieta juntamente com os aminoácidos
chamados tirosinas para a produção de hormônios tireoidianos.
A tireoide produz principalmente o T4. O T3 vai se ligar a receptores no núcleo
das células dos tecidos, estimulando o funcionamento delas.
22

O hormônio tireoidiano funciona como “Combustível “para diversos órgãos,


estimulando várias funções.
CORAÇÃO - Controla c contração e batimentos cardíacos.
INSTESTINO - Controlando o movimento peristáltico.
PELE – Regulando o crescimento do pelo

OSSOS, MUSCULOS, TECIDO ADIPOSO E NA TEMPERATURA CORPORAL


como também no SISTEMA NERVOSO e na integridade das funções
COGNITIVAS.
5.3 Alterações no funcionamento da tireoide
Os principais motivos para as doenças da glândula tireoide podemos descrever
como alterações funcionais e ou anatômicas.
Podemos dizer que a presença de nódulos pode ocorrer ocasionando as
alterações na tireoide, a presença de nódulos (bócio uninodular ou multinodular)
ou crescimento uniforme da glândula (bócio difuso).
O bócio é popularmente chamado de “Papo” nos seres humanos, significando
aparentemente o aumento da tireoide.
O bócio difuso pode ocorrer pela deficiência de iodo, também chamado de bócio
endêmico, este último mencionado é raro no Brasil pois temos a inclusão do iodo
no sal de cozinha e na alimentação industrializada, inclusive na ração canina.
As doenças que frequentemente atacam as glândulas, fazem com que
geralmente por produção de anticorpos a própria glândula vá promovendo
alterações na estrutura e na função glandular. (diminuindo ou aumentando de
tamanho.
Ocorre o HIPOTIREOÍDISMO como também o HIPERTIREOIDISMO ambas
trazem consequências negativas e danosas ao organismo. Estas disfunções
geralmente são herdadas geneticamente.
O HIPOTIREOIDISMO é a alteração mais frequente na tireoide nos seres
humanos e cães.
Mulheres ........... 10 % .... Menopausa 12 a 15%
Homens ............ 3%
Cães ............ 0,2 a 0,6% da população
23

O HIPERTIREODISMO é mais frequente em gatos representando 10%


principalmente gatos idosos, (Acima de 10 anos) (Figura 3)

Raças mais comuns de cães e gatos pré-dispostos ao HIPOTIREOIDISMO


(figura 4)

Cães:
Afghan hound
Airedale terrier
Boxer
Chow chow
Golden Retreiver
Labrador
Schanuzer
Pomerânios
Dachshund
Maltês
Ilhasa apso
Shih – tzu
Irish setter
Irish wolfhound
Cocker spaniel
English bulldog
24

Doberman
Pinscher
Poodle
SRD

Nos felinos parece haver menor predisposição para os siameses e burmeses.


5.4 Diagnóstico das disfunções tireoideanas
Para se fazer um diagnóstico em cães e gatos não é de forma palpável no exame
físico, a palpação somente é possível em pacientes com hipertireoidismo uma
vez que é visível o aumento das alterações estruturais (nódulo único ou difuso
pela glândula.
Se faz necessário o exame laboratorial com as determinações sanguíneas do
hormônio estimulador da tireoide (TSH, T4 total e T4 livre por diálise são
utilizados juntamente com a análise clínica
A dosagem de anticorpos sanguíneos contra a tireoide e seus hormônios e a
realização de imagens como ultrassonografia cervical, tomografia ou
ressonância magnética (avaliação da morfologia da glândula) são ferramentas
de auxílio ao diagnóstico.
O TSH é o hormônio estimulador da tireoide que é produzido pela hipófise que
controla o funcionamento da tireoide.
Na ocasião do HIPOTIREOIDISMO o TSH se eleva para estimular a glândula,
isto ocorre quando a célula está hiperfuncionante, o TSH fica suprimido.
Espera-se encontrar valores di9minuidos de T4 total e T4 Livre no
Hipotireoídismo e valores aumentados no hipertireoidismo.
Deve-se ficar atento a qualquer alteração correlacionando aos sintomas
apresentados pelo paciente, nunca interpretar resultados de forma isolada.
Existem vários medicamentos e comorbidades que podem ser confundidas com
a avaliação, por exemplo; endocrinopatias, tumores, doenças degenerativas,
anti-inflamatórios, diuréticos, anestésicos, protetores gástricos e outros,
caracterizando um quadro que mimetiza o hipotireoidismo.
5.5 Sintomatologia clínica
A tireoide estimula diversos órgãos e funções do corpo humano, estimulando o
gasto energético e o metabolismo.
25

No caso de a tireoide estar funcionando menos ocorrendo o


HIPOTIREOIDISMO, os pacientes vão apresentar um gasto energético reduzido,
enquanto no hipertireoidismo ocorre justamente o contrário, ocorre um aumento
do metabolismo e do gasto energético que não consegue compensar o aumento
do apetite.
Geralmente os sintomas clínicos são opostos.
5.6 Sintomas hipotireoidismo
Ganho de peso
Sonolência e preguiça excessiva
Queda de pelo e seborreia
Intolerância ao frio
Edema de face (plano nasal)
Frequência cardíaca
Face trágica (face de tristeza)
Intolerância ao exercício
Perda de peso
Hiperatividade e irritabilidade
Vômitos e diarreia
Apetite
Sede e urina
Frequência cardíaca e respiratória
Desidratação
Inquietude e vocalização

No caso da demora no diagnóstico e no tratamento dos pacientes podem


ocorrer complicações tais como:
Anemia
Alterações do colesterol
Urina
Creatinina
Aumento de pressão arterial
Insuficiência cardíaca congestiva
Arritmias
26

5.7 Tratamento clínico e monitoramento


O tratamento do hipotireoidismo é simples feitos com reposição hormonal, a
levotiroxina sódica, administrada diariamente pela manhã, via oral e em jejum
conforme avaliação e a conduta médica.
No Hipertireoidismo há uma opção terapêutica a droga antitireoidiana, o iodo
radioativo (131) ou cirurgia.
O paciente é tratado com a finalidade de diminuir a produção do hormônio
tireoidiano pela glândula por um período variável, sempre com a avaliação
médica.

Atualmente a principal modalidade de tratamento para os felinos é o tratamento


do iodo radioativo que vai provocar a morte celular e a redução do volume de
produção da glândula e consequentemente a menor produção de hormônios da
tireoide.
Esta modalidade de tratamento exige uma estrutura especializada para a sua
aplicação, demonstrando excelentes resultados e raros efeitos colaterais, como
o hipotireoidismo após a iodoterapia. Neste caso se ocorrer o paciente vai
precisar fazer reposição hormonal geralmente de forma transitória.
A terceira opção é a cirurgia reservado para o caso de casos mais severos,
irresponsivos ao iodo ou em caso de neoplasia da tireoide.
Em caso de câncer de tireoide os pacientes podem ser submetidos a
tireoidectómica parcial ou total (retirada glândula) e reposição hormonal, o
câncer de tireoide tem um prognóstico excelente se descoberto inicialmente
com os manejos adequados.

O controle das disfunções da tireoide é realizado por avaliações médicas


rotineiras juntamente com a realização de exames de sangue, provas da função
tireoidiana para ajustes de dose ou outras intervenções caso necessário.
27

5.8 Imagens
28

6. PARATIREOIDE
6.1 Introdução
As paratireoides são quatro glândulas endócrinas que se localizam no pescoço,
aparecendo como pequenos nódulos rosa pálidos posteriormente à glândula
tireoide. Sua função principal é a homeostasia do cálcio no corpo, ou seja,
controla os níveis de cálcio no sangue, através da produção do hormônio
paratireoideano ou paratormônio (PTH), hormônio responsável pela reabsorção
de cálcio dos ossos e diminuição do fósforo do plasma com consequente
fosfatúria, ativação da vitamina D no rim e, consequentemente, a absorção de
cálcio pelo intestino.
6.2 Topografia
Essas glândulas se apresentam sob a forma de quatro nódulos originários dos
terceiro e quarto arcos branquiais, dois no ápice dos lobos direito e esquerdo da
tireoide e os demais nos polos inferiores. São comuns as variações de
topografia, pois às vezes situam-se junto à laringe sem relação com a tireoide,
podendo ser encontradas até no mediastino, junto do timo. Cerca de 84% dos
indivíduos possuem as quatro glândulas, e estima-se que 3% têm menos de
quatro. Sua vascularização ocorre na artéria e veia tireóidea inferior.
Embriologicamente, podem ser reconhecidas no embrião entre 5-6 semanas,
derivando da terceira e quarta bolsa faríngea, a terceira bolsa dá origem as
29

partes inferiores e o timo, e a quarta bolsa sucessivamente origina as partes


superiores e células parafoliculares da tireoide (calcitonina).
6.3 Fisiologia e Histologia
A proporção fisiológica das glândulas paratireoides é = 2:1. Microscopicamente
são constituídas por células principais, células claras e células oxífilas. As células
principais são secretoras de Paratormônio (PTH), sendo arredondadas com
citoplasma homogêneo levemente acidófilo, quando a secreção é menor ou
estão em estado de “repouso”, acumulam-se grânulos citoplasmáticos de lipídios
e de glicogênio, assumindo caracteres das chamadas células claras, já as
células oxifílicas podem ser reconhecidas em diversos órgãos, mas,
principalmente em glândulas endócrinas, possuem função desconhecida, sendo
maiores com citoplasma acidófilo por conta de sua afinidade pela eosina, não
sendo descritas em aves, mas sendo presentes em bovinos, cavalos e humanos.
Todas as células dispõem-se em arranjo cordonal, entremeadas por lóbulos de
tecido gorduroso.
6.4 Ação
Os órgãos-alvo do PTH são os túbulos renais e o osso. No rim, o PTH causa
incremento da excreção de fósforo devido à diminuição de sua reabsorção nos
túbulos proximais. Simultaneamente, aumenta a reabsorção de cálcio nos
túbulos distais, estimulando a síntese de calcitriol. Nos ossos age nos
osteoclastos que, por ação enzimática, reabsorvem a matriz e solubilizam o
cálcio. Resumidamente, o mecanismo de regulação se dá através do cálcio
iônico em interação com a forma ativa da vitamina D.
30

6.5 Imagens
31
32

6.6 Imagens Histologicas


33

Acesso:<http://histologiatextoeatlasufpr.com.br/index.php/sistemas-
neuroendocrino-e-endocrino-fotos/>

7. GLÂNDULAS SEXUAIS
As Gônadas ou glândulas reprodutivas, são os ovários na mulher e os testículos
nos homens. Além de produzirem os jogos (óvulos e os espermatozoides),
as glândulas sexuais masculinas são responsáveis pela produção dos órgãos
como a progesterona pelos ovários e a testosterona pelos testículos.
7.1 Função do Sistema Reprodutor
O sistema reprodutor masculino e feminino atuam juntos para garantir a
multiplicação da nossa espécie. Tanto o sistema genital masculino quanto o
feminino são responsáveis pela produção dos gametas, ou seja, pela produção
das células que se unirão na fecundação e darão origem ao zigoto. Os gametas
são produzidos nas chamadas gônadas, sendo os testículos as gônadas
masculinas e os ovários as gônadas femininas. Os testículos produzem os
espermatozoides, enquanto os ovários produzem os ovócitos secundários,
chamados popularmente de óvulos
O espermatozoide é depositado dentro do corpo da fêmea no momento da
cópula, e a fecundação ocorre no interior do sistema reprodutor feminino, mais
frequentemente na tuba uterina. Após a fecundação, forma-se o zigoto, o qual
34

inicia uma série de divisões celulares enquanto é levado em direção ao útero. O


embrião implanta-se no endométrio do útero, e ali é iniciado o seu
desenvolvimento. A gestação humana dura cerca de 40 semanas.

7.2 Sistema Reprodutor Masculino


O sistema reprodutor masculino garante a produção dos espermatozoides e a
transferência desses gametas para o corpo da fêmea. Ele é formado por órgãos
externos e internos. O pênis e o saco escrotal são os chamados órgãos
reprodutivos externos do homem, enquanto os testículos, os epidídimos, os
ductos deferentes, os ductos ejaculatórios, a uretra, as vesículas seminais, a
próstata e as glândulas bulbouretrais são órgãos reprodutivos internos.
7.3 Órgãos do Sistema Reprodutor Masculino
Testículos: são as gônadas masculinas e estão localizados dentro do saco
escrotal, também conhecido como escroto. Eles são formados por vários tubos
enrolados chamados de túbulos seminíferos, nos quais os espermatozoides
serão produzidos. Além de produzir os gametas, é nos testículos que ocorre a
produção da testosterona, hormônio relacionado, entre outras funções, com a
diferenciação sexual e a espermatogênese.
“Epidídimo: após saírem dos túbulos seminíferos, os espermatozoides seguem
para o epidídimo, formados por tubos espiralados. Nesse local os
espermatozoides adquirem maturidade e tornam-se móveis.
Ducto deferente: no momento da ejaculação, os espermatozoides seguem do
epidídimo para o ducto deferente. Esse ducto encontra o ducto da vesícula
seminal e passa a ser chamado de ducto ejaculatório, o qual se abre na uretra.
“Uretra: é o ducto que se abre para o meio externo. Ela percorre todo o pênis e
serve de local de passagem para o sêmen e para a urina, sendo, portanto, um
canal comum ao sistema urinário e reprodutor.
35

“Vesículas seminais: no corpo masculino observa-se a presença de duas


vesículas seminais, as quais formam secreções que compõem cerca de 60% do
volume do sêmen. Essa secreção apresenta várias substâncias, incluindo
frutose, que serve de fonte de energia para o espermatozoide.
“Próstata: secreta um fluido que também compõe o sêmen. Essa secreção
contém enzimas anti-coaguladora e nutrientes para o espermatozoide.
“Glândulas bulbouretrais: no corpo masculino observa-se a presença de duas
glândulas bulbouretrais. Elas são responsáveis por secretar um muco claro que
neutraliza a uretra, retirando resíduos de urina que possam ali estar presentes.
“Pênis: é o órgão responsável pela cópula. Ele é formado por tecido erétil que se
enche de sangue no momento da excitação sexual. Além do tecido erétil, no
pênis é possível observar a passagem da uretra, pela qual o sêmen passará
durante a ejaculação.

7.4 Sistema Reprodutor Feminino


O sistema reprodutor feminino servirá de local para a fecundação e para o
desenvolvimento do bebê, além de ser responsável pela produção dos gametas
femininos e hormônios. Assim como no masculino, o sistema reprodutor feminino
apresenta órgãos externos e internos. Os órgãos externos recebem a
denominação geral de vulva e incluem os lábios maiores, lábios menores, clitóris
36

e as aberturas da uretra e vagina. Já os órgãos internos incluem os ovários, as


tubas uterinas, o útero e a vagina.
7.5 Órgãos do Sistema Reprodutor Feminino
• "Ovários: no corpo feminino observa-se a presença de dois ovários, os quais
são responsáveis por produzir os gametas femininos. Nesses órgãos são
produzidos também os hormônios estrogênio e progesterona, relacionados com
a manutenção do ciclo menstrual, sendo o estrogênio relacionado também com
o desenvolvimento dos caracteres sexuais secundários.
• "Tubas uterinas: no corpo da mulher, observa-se a presença de duas tubas
uterinas, as quais apresentam uma extremidade que atravessa a parede do útero
e outra que se abre próximo do ovário e tem prolongamentos denominados de
fímbrias. A fecundação ocorre, geralmente, na região das tubas uterinas.
• Útero: é um órgão muscular, em forma de pera, no qual se desenvolve o bebê
durante a gravidez. A parede do órgão é espessa e possui três camadas. A
camada mais espessa é chamada de miométrio e é formada por grande
quantidade de fibras musculares lisas. As mais internas chamadas de
endométrio destacam-se por ser perdida durante a menstruação. O colo do
útero, também chamado de cérvice, abre-se na vagina.
• Vagina: é um canal elástico no qual o pênis é inserido durante a relação sexual
e o espermatozoide é depositado. Esse canal é também por onde o bebê passa
durante o parto normal.
Vulva: é a genitália externa feminina. Fazem parte da vulva os lábios maiores,
os lábios menores, a abertura vaginal, a abertura da uretra e o clitóris. Esse
último é formado por um tecido erétil e apresenta muitas terminações nervosas,
sendo um local de grande sensibilidade."
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Com o aumento do estrógeno, ocorre o aumento da liberação do hormônio LH,


o qual promove a ovulação e a formação do corpo lúteo que irá produzir
progesterona. FSH induz à formação dos folículos ovarianos (Graaf) e estes
produzem estrógeno.
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7.6 Hormônio Tireotrófico


Função:
• Controle secreção glândula tireoide (aumento células tireoidianas)
• Controla de forma quase total a tireoide.
• Crescimento das mamas
• Aumento da função secretora
7.7 Hormônio adrenocorticotrófico (ACTH)
Função:
Controle secreção hormônios suprarrenais (aumento células suprarrenais)
Controla atividade das suprarrenais
• Sexo feminino
- Desencadeia crescimento dos folículos nos ovários (desenvolvimento gametas)
- Secreção de estrogênio pelos ovários
• Sexo Masculino
- Desencadeia crescimento dos testículos (desenvolvimento gametas)
Função:
• Sexo feminino
- Desencadeia rompimento folículo (ovulação)
- Secreção de estrogênio e progesterona
• Sexo Masculino
- Desencadeia secreção de testosterona pelos testículos
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8. TIMO
O timo é uma glândula que participa da regulação da defesa imunológica do
organismo. É considerado um órgão linfoide primário.
O timo localiza-se no tórax, entre os pulmões e a frente do coração. Ele muda
de tamanho conforme as fases da vida. Do nascimento até a adolescência, o
timo atinge até 40 gramas. A partir daí, começa a diminuir de tamanho até a fase
idosa. Porém, mesmo com a sua diminuição, as funções não são perdidas. Sua
cor é variável, vermelha no feto, branco-acinzentada nos primeiros anos de vida,
se tornando amarelada mais tarde. O timo, plenamente desenvolvido, é de
formato piramidal, encapsulado e formado por dois lóbulos.

8.1 Função
A principal função do timo é a maturação dos linfócitos T. Os linfócitos imaturos
são produzidos na medula óssea e migram até o timo, onde amadurecem e
transformam-se em linfócitos T. Do timo, eles entram na corrente sanguínea e
chegam aos tecidos linfoides.
O timo só libera os linfócitos T após reconhecer que estes não irão reagir contra
proteínas ou antígenos naturais do organismo. Assim, ele realiza uma seleção
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dos linfócitos T a serem liberados na corrente sanguínea. Essa função do timo


garante o correto funcionamento do sistema imunológico. Quando existem
poucos linfócitos T no organismo aumentam as chances de se adquirir doenças.
O timo também é responsável pela produção do hormônio timosina, que estimula
a maturação dos linfócitos T.

8.2 Anatomia e Histologia

8.3 Partes do timo


O timo é dividido em dois lobos unidos e numerosos lóbulos de formas e
tamanhos diferentes. Os dois lobos costumam variar em tamanho e forma. É
comum o lobo direito ser menor do que o lobo esquerdo. O timo é revestido por
uma cápsula de tecido conjuntivo.
Cada lóbulo do timo possui duas partes:
Córtex: Região periférica e com grande número de linfócitos. É a área de intensa
produção dos linfócitos;
Medula: Região central com poucos linfócitos maduros.
As células que compõem o timo são em grande parte linfócitos, mas existem
também células reticulares e macrófagos. Os linfócitos que não são
selecionados pelo timo morrem e são destruídos pelos macrófagos.
Histologicamente, é possível observar os corpúsculos de Hassall, que são
aglomerados de células epiteliais organizadas em torno de um ponto central.
41

REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS
(1) Anatomia dos Animais Domésticos - Horst KONIG e Hans-Georg LIEBICH 6° edição
Histologia Básica - Junqueira e Carneiro 13° edição
Fisiologia Pancreática: Pâncreas Endócrino - Renan Montenegro Junior

(2) Hormônio da paratireoide (PTH) Universidade Federal do Rio Grande do Sul


Laboratório de Análises Clínicas Veterinária
Acesso: <https://www.ufrgs.br/lacvet/hormonio-da-paratireoide-pth/>

(3) Artigo de Revisão – Paratireoides: Estrutura, Funções e Patologia


Publicado em 2008, Departamento de Ciências Patológicas e Departamento de
Ortopedia e Traumatologia da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São
Paulo. Autores: José Donato de Prospero; Pedro Pericles Ribeiro Baptista; Maria
Fernanda Carriel Amary; Priscila Pizzo Crêm dos Santos

(4) Glândulas Paratireoides. Dr. Sérgio de Barros, Apresentação de PowerPoint


Acesso:<http://www.cirurgiacp.ufc.br/files/aulas_residentes/S%C3%A9rgio%20de%20
Barros/glandulas%20paratireoides%20-%20dr%20sergio%20de%20barros.pdf>

(5) Paratireoides. Monitor: Tarcísio Alves Teixeira; Professor: Guilherme Soares


Apresentação de PowerPoint, Fisiologia Veterinária UFF 2010
Acesso:<http://fisiovet.uff.br/wp-content/uploads/sites/397/delightful-
downloads/2018/07/Paratireoide-1.pdf>

(6) Universidade Federal de Alfenas (UNIFAL-MG), Histologia Interativa, 2022. Acesso


em: 30/10/2022, disponível em
<https://www.unifal-mg.edu.br/histologiainterativa/adrenal/#:~:text=As%20adrenais%
20s%C3%A3o%20duas%20gl%C3%A2ndulas,adrenal%20e%20a%20camada%20
medular>

(7) Universidade Of Oxford, Fellow, Green-Templeton College, Considerações gerais


sobre as glândulas adrenais, maio, 2022. Acesso em 30/10/2022, disponível em:
<https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/dist%C3%BArbios-hormonais-e-metab%C
3%B3licos/dist%C3%BArbios-da-gl%C3%A2ndula-adrenal/considera%C3%A7%C3
%B5es-gerais-sobre-as-gl%C3%A2ndulas-adrenais >
42

(8) Doutora Suzana Vieira, USP, Glândulas Adrenais ou Suprarrenais, janeiro, 2020.
Acesso em 30/10/2022, disponível em:
<https://drasuzanavieira.med.br/2020/01/23/adrenais-ou-suprarrenais/>

(9) Acesso:
<https://www.todamateria.com.br/timo/>
<http://www.oncoguia.org.br/conteudo/o-timo>

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