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Web Quest de Fisiologia

Homeostase – A nossa grande questão


Caderno de exercícios
Aqui você encontrará algumas questões relativas ao mecanismo de “Feed-
back” ou Retroalimentação que tem relação direta com a Homeostase.
Lembre-se que será mais fácil responder essas questões após a leitura dos
textos que lhe foram apresentados na WebQuest, assim como aqueles disponíveis
na seção “downloads”.
Leia atentamente aos enunciados e utilize folhas em branco como caderno-
resposta. Após a conclusão dos exercícios, entregue o caderno de resposta ao
seu professor para posterior correção e avaliação.

“Feedback” ou Retro-alimentação

1- Como você definiria o termo Feedback?

2- Sabendo que o mecanismo de feedback pode ser classificado em positivo ou negativo,


descreva pelo menos um mecanismo fisiológico onde um controle por feedback
positivo e um por feedback negativo é crucial para a manutenção da homeostase.
Explique os acontecimentos relacionados.
+No feedback positivo, a resposta amplifica a mudança da variável.
Isto tem um efeito destabilizador, pelo que não contribui para a
homeostase. O feedback positivo é menos comum nos sistemas
naturais do que o feedback negativo, mas tem as suas aplicações.
Por exemplo, nos nervos, um potencial eléctrico limite despoleta a
geração dum potencial de acção muito mais elevado. (Ver também
ponto de equilíbrio.) Outros eventos de feedback positivo são a
coagulação do sangue e vários eventos na gestação.

paratireóides
São pequenas glândulas, geralmente em número de quatro, localizadas
na região posterior da tireóide. Secretam o paratormônio, que estimula a
remoção de cálcio da matriz óssea (o qual passa para o plasma
sangüíneo), a absorção de cálcio dos alimentos pelo intestino e a
reabsorção de cálcio pelos túbulos renais, aumentando a concentração
de cálcio no sangue. Neste contexto, o cálcio é importante na contração
muscular, na coagulação sangüínea e na excitabilidade das células
nervosas.

As glândulas endócrinas e o cálcio

− O feedback negativo é a reacção pela qual o sistema responde


de modo a reverter a direcção da mudança. Dado tender a manter
estáveis as variáveis, permite a manutenção da homeostase. Por
exemplo, quando a concentração corporal de dióxido de carbono
aumenta, os pulmões são estimulados a aumentar a sua actividade e
expelir mais dióxido de carbono. A termorregulação é outro exemplo
de feedback negativo. Quando a temperatura corporal sobre, ou
desce, receptores na pele e no hipotálamo sentem a alteração,
despoletando uma ordem no cérebro que dá início a uma reacção no
sentido de gerar ou libertar calor, conforme seja o caso.
No homem (ser endotérmico e homeotérmico), a temperatura é
regulada, em circunstâncias normais, para cerca de 37 °C.
Quando se verifica um aumento de temperatura no exterior, o corpo
humano, através de mecanismos homeostáticos de termorregulação,
diminui a temperatura corporal por processos como a vasodilatação
(os capilares aproximam-se da superfície cutânea, havendo uma
transferência de energia para o exterior) e a produção de suor, que
evapora, diminuindo a temperatura ao nível da pele. Dá-se, assim,
um feedback/retroacção negativa (resposta interna que contraria a
oscilação externa).
Quando a temperatura externa diminui (factor perturbador que induz
um estímulo que é conduzido por vias aferentes ao centro
coordenador/integrador - complexo hipotálamo-hipófise), o centro
coordenador envia, então, uma mensagem nervosa por vias
eferentes (nervos motores) de modo a ocorrer vasoconstrição e
contracção muscular (induz maior taxa de processos catabólicos,
como a respiração aeróbia, que aumentam o calor metabólico).
A termorregulação dá-se através de mensagens nervosas (ao contrário da osmorregulação
que requer comunicação hormonal).
O processo apresentado relativo ao ser humano ocorre igualmente em várias espécies
(principalmente mamíferos e aves, como foi referido).
Localiza-se no pescoço, estando apoiada sobre as cartilagens da laringe
e da traquéia. Seus dois hormônios, triiodotironina (T3) e tiroxina
(T4), aumentam a velocidade dos processos de oxidação e de
liberação de energia nas células do corpo, elevando a taxa
metabólica e a geração de calor. Estimulam ainda a produção de RNA
e a síntese de proteínas, estando relacionados ao crescimento,
maturação e desenvolvimento. A calcitonina, outro hormônio
secretado pela tireóide, participa do controle da concentração
sangüínea de cálcio, inibindo a remoção do cálcio dos ossos e a saída
dele para o plasma sangüíneo, estimulando sua incorporação pelos
ossos.

3- Esquematize com desenhos e símbolos o mecanismo de feedback existente na regulação


da liberação de insulina.

4- Uma pessoa leiga, tentando se automedicar, iniciou um tratamento sem a orientação


médica com glicocorticóides. Após intenso uso do medicamento, a pessoa começou a
apresentar sinais de hipoadrenocorticismo. Posteriormente a doença teve o diagnóstico
comprovado. Explique tal acontecimento produzindo um texto lógico e utilizando os
termos: feedback – adrenal - corticóides – sangue.

A insuficiência adrenocortical secundária iatrogênica, ocorre com a administração


exógena de corticosteróides. Qualquer animal que esteja recebendo cronicamente
quantidades de corticosteróides suficientes para a diminuição da secreção do ACTH
pela pituitária, pode obter uma atrofia da glândula, ou seja, se o animal está em
tratamento com cortisona, a glândula adrenal diminui a sua secreção e quando ele
pára repentinamente com esse tratamento, a glândula já está atrofiada, tendo este
cão que ser tratado com doses de corticosteróides exógenas, antes produzidas pela
glândula.

Adrenais ou supra-renais
São duas glândulas localizadas sobre os rins, divididas em duas partes
independentes – medula e córtex - secretoras de hormônios diferentes,
comportando-se como duas glândulas. O córtex secreta três tipos de
hormônios: os glicocorticóides, os mineralocorticóides e os
androgênicos.
O ACTH e o cortisol possuem um mecanismo de inibição denominado feedback negativo,
no qual um aumento excessivo da concentração plasmática das moléculas hormonais
inibe a produção das mesmas. O ACTH inibe a atuação do hipotálamo, enquanto o
cortisol atua inibindo o hipotálamo e a hipófise.
A atividade das glândulas supra-renais é regulada por meio de estímulos externos, que
atuam especificamente sobre o hipotálamo. Estímulos dolorosos causados por qualquer
tipo de estresse físico ou lesão tecidual são transmitidos, inicialmente, para o tronco
cerebral, seguindo para a eminência mediana do hipotálamo. O estresse mental, por
outro lado, pode causar aumento igualmente rápido da atividade das glândulas. Tal
estímulo se dá por meio do sistema límbico, conjunto de células nervosas ligado
principalmente às emoções, à cognição, e ao aprendizado. Nesse caso, as amígdalas e o
hipocampo transmitem sinais para o hipotálamo medial posterior. Em ambos os casos, o
hipotálamo passa a secretar o hormônio/neurotransmissor CRH (corticotropin-
releasing-hormone), produzido nos núcleos paraventriculares e secretado no sistema
porta-hipofisário. Tal hormônio segue, então, para a região anterior da hipófise
(adenohipófise), estimulando a produção e a secreção de outro hormônio, o ACTH.
O aumento da concentração de ACTH na corrente sanguínea gera, nas glândulas adrenais,
uma série de processos que convergem para a maior produção de hormônios
adrenocorticais, em especial androgênios e glicocorticóides. O ACTH exerce pouco, ou
nenhum, efeito sobre a zona glomerulosa, ou seja, sobre a produção de
mineralocorticóides.
5- Qual a importância do eixo hipotálamo-hipófise para os principais mecanismos de
feedback?
O Hipotálamo (do idioma grego antigo ὑποθαλαμος, sob o tálamo) é uma região do
encéfalo dos mamíferos (tamanho aproximado ao de uma amêndoa) localizado sob o
tálamo, formando uma importante área na região central do diencéfalo, tendo como
função regular determinados processos metabólicos e outras atividades autônomas. O
hipotálamo liga o sistema nervoso ao sistema endócrino sintetizando a secreção de
neuro hormônios (também chamado de "liberador de hormônios") sendo necessário no
controle da secreção de hormônios da glândula pituitária — entre eles, liberação do
hormônio gonadotropina [1] (GnRH). Os neurônios que secretam GnRH são ligados ao
sistema límbico, que está envolvido principalmente no controle das emoções e atividade
sexual. O hipotálamo também controla a temperatura corporal, a fome, sede, e os ciclos
circadianos.
Apesar de relativamente pequeno, é uma região encefálica importante na homeostase
corporal, isto é, no ajustamento do organismo às variações externas. Por exemplo, é o
hipotálamo que controla a temperatura corporal, o apetite e o balanço de água no corpo,
além de ser o principal centro da expressão emocional e do comportamento sexual. O
hipotálamo faz também a integração entre os sistemas nervoso e endócrino, atuando na
ativação de diversas glândulas produtoras de hormônios. A hipófise e o hipotálamo são
estruturas intimamente relacionadas morfológica e funcionalmente que controlam todo o
funcionamento do organismo direta ou indiretamente atuando sobre diversas glândulas
como a tireóide, adrenais e gônadas. Quase toda a secreção hipofisária é controlada pelo
hipotálamo, que recebe informações oriundas da periferia (que vão desde a dor até
pensamentos depressivos) e dependendo das necessidades momentâneas inibirá ou
estimulará a secreção dos hormônios hipofisários, por meio de sinais hormonais ou neurais.
O hipotálamo também produz dois hormônios, a ocitocina e o hormônio antidiurético
(ADH) que são transportados para a neuro hipófise onde são armazenados.
Muitos destes órgãos são controlados por hormonas segregadas pela glândula pituitária,
cuja ação é por sua vez regulada pelo hipotálamo.

O hipotálamo desempenha um importante papel no controle do sistema endócrino, porque


regula a secreção hormonal da hipófise, que influencia funções tão diversas como o
metabolismo, a reprodução, as respostas aos estímulos agressivos e a produção de urina.

O hipotálamo estimula a glândula hipófise a liberar os hormônios


Localizado no cérebro diretamente acima da hipófise, é conhecido por
exercer controle sobre ela por meios de conexões neurais e substâncias
semelhantes a hormônios chamados fatores desencadeadores (ou de
liberação), o meio pelo qual o sistema nervoso controla o
comportamento sexual via sistema endócrino.

Os hormônios gonadais são detectados pela pituitária e pelo hipotálamo,


inibindo a liberação de mais hormônio pituitário, por feed-back.

É responsável pelo comando da endocrinologia em geral, exercendo sua


ação direta sobre a hipófise e indireta sobre outras glândulas tais como
adrenal, gônadas, tireóide, mamárias, e ainda sobre vários tecidos
orgânicos (muscular, ósseo, vísceras) pois possui células sensíveis aos
níveis circulantes de esteróides, glicocorticóides, T3, T4, e outros
hormônios, sendo assim capaz de regular a secreção destes através de
um mecanismo de feed back negativo.

Tal sistema tem como finalidade conduzir certas substâncias do hipotálamo para a hipófise
no sentido de controlar esta última.
Essas substâncias, até então de natureza química desconhecida, foram
chamadas de Fatores de Liberação (R.F = Releasing Factor) e tinham
como finalidade estimular a hipófise anterior (adeno-hipofise). Hoje se
sabe que tais fatores são hormônios e podem ter caráter estimulante ou
inibidor. Por essa razão passaram a ser chamados de Hormônios de
Liberação ( RH = Releasing Hormone) ou de Inibição (IH = Inhibitting
Hormone), dependendo de sua ação sobre a secreção das células
hipofisárias.
Os hormônios controladores da hipófise são uma forma especial de
integrar os sistemas nervoso e endócrino, dando origem ao que se
denominou neuroendocrinologia.

No controle da parte glandular estão envolvidos os hormônios hipotalâmicos queagem


sobre glândulas “alvo” tais como tireóide, adrenais, testículo e ovário. Essas glândulas
recebem uma informação “de volta” sobre a necessidade (ou não) da liberação de novos
estímulos. Tal fenômeno se denomina “feedback” negativo de alça longa e tem como
finalidade manter a homeostasia, ou seja, informa ao hipotálamo sobre a necessidade de
mandar mais estímulo ou menos estímulo. Assim, como exemplo, podemos dizer que
quanto mais hormônio T 3 existir na circulação maior será a inibição do TRH no
hipotálamo e vice versa.

O ACTH estimula a produção de cortisol, corticosterona e hormônios sexuais


masculinos, sendo que estes últimos têm pouca importância em condições normais. No
estímulo das supra-renais não ocorrerá estímulo dos mineralocorticóides (aldosterona) pelo
ACTH e sim pela angiotensina II. A presença do ACTH é apenas “permissiva”, ou seja,
não estimula mas precisa estar presente.

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