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A HIPÓFISE é uma glândula localizada logo abaixo do hipotálamo, que sempre irá secretar os
HORMÔNIOS TRÓFICOS, que contém a terminação "-trofina" no nome, o que significa que
esses hormônios irão estimular a produção de hormônios pelas suas respectivas glândulas. Por
exemplo, o TSH é o hormônio estimulador da tireóide, ou hormônio tireoestimulante. Esse
hormônio estimula a glândula tireóide a produzir hormônios tireoidianos, estimula também a
sua proliferação, pois tem ação trófica sobre a tireóide. É assim que os hormônios hipofisários agem
para regular a produção hormonal.
Os hormônios produzidos por essas glândulas irão então inibir, por feedback negativo, a secreção
dos HORMÔNIOS TRÓFICOS e também dos HORMÔNIOS LIBERADORES. Assim, quanto
mais hormônio uma glândula produz, menos hormônios tróficos e liberadores para essa
glândula serão secretados. Dessa maneira, os níveis hormonais se mantêm estáveis na corrente
sanguínea, mantendo a homeostasia.
O hipotálamo produz CRH, que irá atuar na hipófise. A hipófise libera ACTH (hormônio
corticoTRÓFICO), que por sua vez irá atuar no córtex da adrenal. O córtex da adrenal então produz
e secreta cortisol, que irá regular o metabolismo energético no corpo. Conforme as concentrações de
cortisol no sangue aumentam, ele irá INIBIR a secreção de CRH e de ACTH. Tendo menos CRH e
ACTH, o córtex da adrenal secreta menos cortisol. Com menos cortisol circulando, a inibição que
estava acontecendo no hipotálamo e hipófise deixa de existir, e mais CRH e ACTH são produzidos e
liberados, levando a um aumento da concentração de cortisol. E assim os níveis hormonais seguem
flutuando durante o dia!
São muitos nomes diferentes para aprender, porém todos podem ser entendidos em conjunto:
HORMÔNIOS LIBERADORES são aqueles terminados em -RH, produzidos pelo hipotálamo; e
HORMÔNIOS TRÓFICOS são aqueles terminados em -trófico, produzidos pela hipófise. Vamos
ver os eixos completos:
CRH (HORMÔNIO LIBERADOR de corticotrofinas) - ACTH (hormônio adrenocorticotrófico) -
córtex da adrenal - cortisol
TRH (HORMÔNIO LIBERADOR de tireotrofinas) - TSH (hormônio tireotrófico) - tireóide - T3/T4
GnRH (HORMÔNIO LIBERADOR de gonadotrofinas) - FSH e LH (hormônios gonadotróficos) -
gônadas (testículos e ovários) - testosterona, estradiol e progesterona
GHRH (HORMÔNIO LIBERADOR de hormônio do crescimento (GH)) - (hormônio do
crescimento, também chamado de hormônio somatotrófico) - fígado - fatores de crescimento.
INTERAÇÕES HORMONAIS
Um dos aspectos mais complicados na endocrinologia é a maneira pela qual os hormônios interagem
nas suas células-alvo. Seria simples se cada reflexo endócrino fosse uma entidade separada e se cada
célula estivesse sob influência de apenas um hormônio. Entretanto, muitas vezes as células e os
tecidos são controlados por vários hormônios que podem estar presentes ao mesmo tempo. Além
disso, múltiplos hormônios que atuam em uma mesma célula podem interagir de um modo que não
pode ser previsível apenas conhecendo os efeitos individuais dos hormônios. Nesta seção,
examinamos três tipos de interação hormonal: sinergismo, permissividade e antagonismo.
Você poderia supor que seus efeitos sejam aditivos. Em outras palavras, se uma determinada
quantidade de adrenalina aumenta a glicose no sangue em 5 mg/100 mL de sangue, e o glucagon
eleva a glicose em 10 mg/100 mL, você poderia esperar que ambos os hormônios atuando ao mesmo
tempo aumentariam a glicose no sangue em 15 mg/100 mL (5 + 10).
Contudo, frequentemente dois (ou mais) hormônios interagem em seus alvos para que a sua
combinação gere um resultado que seja maior que o aditivo
(1+ 2 >3). Esse tipo de interação é chamado de sinergismo.
Em nosso exemplo, adrenalina/ glucagon, uma reação
sinérgica seria:
Os mecanismos celulares que determinam os efeitos sinérgicos nem sempre são claros, mas quando
o SINERGISMO envolve hormônios peptídicos, muitas vezes está relacionado à sobreposição dos
efeitos dos sistemas de segundos mensageiros na célula-alvo. O sinergismo não está limitado aos
hormônios. Ele pode ocorrer com quaisquer duas (ou mais) substâncias químicas no corpo. Os
farmacologistas têm desenvolvido medicamentos com componentes sinérgicos. Por exemplo, a
eficácia do antibiótico penicilina é aumentada pela presença de ácido clavulânico no mesmo
comprimido.
NA PERMISSIVIDADE, um hormônio não consegue exercer por completo seus efeitos a menos
que um segundo hormônio esteja presente, mesmo que este não tenha ação aparente (2 + 0 > 2).
Por exemplo, a maturação do sistema genital é controlada pelo hormônio liberador de gonadotrofinas
do hipotálamo, pelas gonadotrofinas da adenohipófise e pelos hormônios esteroides das gônadas.
Entretanto, se o hormônio da tireoide não estiver presente em quantidades suficientes, a maturação
do sistema genital é atrasada. Como o hormônio da tireoide por si só não consegue estimular a
maturação do sistema genital, considera-se que este hormônio tem um efeito permissivo na
maturação sexual. Os resultados dessa interação podem ser resumidos da seguinte maneira: