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QUAL O CONTEXTO HISTÓRICO DO SURGIMENTO DO FRANKHURT?

A Escola de Frankhurt surgiu definitivamente na década de 1950, vinculada ao


Instituto Para Pesquisa Social da Universidade de Frankhurt, na Alemanha, após anos de
perseguição pelo sistema Nazista. Nesse sentido, é importante discorrer sobre o contexto da
pré-efetivação da Escola até ser conhecida como a Escola de Frankhurt. Dessa forma, suas
origens vêm das grandes transformações históricas do início do século XX, tais como a
primeira Guerra Mundial, a Crise de 1929 e a Segunda Guerra Mundial. Nessa perspectiva, os
filósofos associados à Escola, em geral, elaboravam críticas às teorias iluministas e
positivistas, uma vez que elas não se aplicavam com coerência às mudanças que o mundo
passava naquele período. Além disso, boa parte desses pensadores eram judeus e sofreram
opressão e violência durante o domínio Nazista. Sendo assim, necessária uma nova vertente
filosófica para análise da realidade que se criava ao longo das décadas da primeira metade do
século XX. De forma cronológica, 1922 ocorreu a Primeira Semana de Trabalho Marxista,
organizado por Felix Weil, na qual foi proposta a Instituição de Pesquisa Social. Essa
Instituição foi incorporada à Universidade de Frankhurt, e por isso ficou homônima à escola
alemã. Na década de 30, após perseguição do Governo Nazista, a Escola foi fechada e,
portanto, criou-se um escritório em Genebra para abrigar o Instituto. Após anos, apenas em
1950, longe das influências e perseguição nazistas, que o Instituto passou a se chamar de
Escola de Frankhurt.

CONSIDERAÇÕES FINAIS
Dessa forma, a Escola de Frankhurt apresenta-se com grande relevância no século
XXI, uma vez que suas críticas e propostas influenciam ainda no pensamento hodierno, seja
por fazer uma releitura do Marxismo, seja por trazer novos parâmetros na análise da
conjuntura social, como a Industria Cultural. Nesse sentido, a análise sobre a Indústria
Cultural permite a reflexão a respeito de como a arte, em grande parte, tornou-se um meio de
obtenção de lucro e as consequências dessa mudança de perceber a massificação de produtos
culturas.
Assim, o estudo da Escola de Frankhurt e de seus principais membros, é
imprescindível no desenvolvimento do senso crítico e enfrentamento de entraves que,
infelizmente, não foram totalmente superados no passado e, por consequência, persistem no
mundo hodierno, tanto pela volta de pensamentos nazistas no Brasil e no mundo, quanto pelo
consumo exacerbado de obras culturais visando apenas o lucro. Dessa forma, as teorias

1
elaboradas no século passado, permanecem atuais e fulcrais no entendimento do mundo
contemporâneo, por exemplo a Teoria do Esclarecimento.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
DELLOVA, Pietro Nardella; CARDILLI, Lilian. As raízes da escola de Frankfurt: uma
reflexão sobre os aspectos da teoria crítica. Revista de Ciências Sociais e Jurídicas, v. 3, n.
1, p. 63-77, 2021.
NOBRE, Marcos. A teoria crítica. Editora Schwarcz-Companhia das Letras, 2004.
Referências bibliográficas
RÜDIGER, Francisco. A escola de Frankfurt e a trajetória da crítica à indústria
cultural. Estudos de Sociologia, v. 3, n. 4, 1998.

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