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Ficha de avaliação sumativa n.

º 5 A
Nome: N.º: Turma: Data:

Domínio 11 Do Segundo após-guerra aos anos 80


Subdomínio 11.1. A Guerra Fria

Grupo I
A Guerra Fria

1. Faz corresponder os elementos da coluna A com os elementos da coluna B.


Coluna A Coluna B
1) NATO • • a) Órgão de controlo e coordenação dos partidos políticos comunistas
2) Comecon • • b) Organização que tinha como objetivo defender militarmente os
países do Ocidente
3) Kominform •
• c) Aliança militar do bloco comunista
4) Plano Marshall •
• d) Ajuda de carácter económico para auxiliar os países do Ocidente a
5) Pacto de Varsóvia •
recuperar as suas economias
• e) Organização que tinha como missão ajudar economicamente os
países do bloco soviético

2. Observa as fontes que se seguem.

A Embora o aspeto mais óbvio da Guerra Fria fosse o confronto militar e a cada vez mais frenética corrida
ao armamento nuclear no Ocidente, não foi esse o seu maior impacto. […] As potências nucleares
envolveram-se em três grandes guerras (mas não uma contra a outra).
Eric Hobsbawm, A Era dos Extremos

Limite do avanço da
CHINA Coreia do Norte
(agosto/setembro
de 1950)
Limite do avanço
chinês (01/1951)
COREIA Linha de tréguas e
DO NORTE zona desmilitarizada
(1953)

P‘yong-Yang
38° Kä-Song 38°

Seul
MAR DO
COREIA JAPÃO/
MAR DO
AMARELO SUL MAR
O R I E N TA L

Pusan
0 100 km

B Tensão na Coreia C O muro de Berlim


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2.1. Identifica as duas superpotências que se evidenciam no contexto da Guerra Fria.

2.2. Refere duas características que as distingam (uma política e outra económica).

2.3. Indica duas das “três grandes guerras” que ocorreram durante este período A .

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A Ficha de avaliação sumativa n.° 5

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3. Lê o texto e observa a imagem.

D O MUD constituiu o primeiro movimento geral de oposição


democrática ao regime salazarista. Num curto espaço de tempo
criaram-se por todo o lado inúmeras comissões […] que reuniam
comunistas, republicanos, monárquicos, socialistas, católicos e um
grupo considerável de homens e mulheres sem partido. […]
César Oliveira, Portugal Contemporâneo. E A unidade do
Império Português

3.1. Refere, a partir da fonte D , duas medidas tomadas pelo Estado Novo com vista à democratização do
regime no após-2.ª Guerra Mundial.

3.2. Insere a Guerra Colonial portuguesa no contexto dos movimentos de independência do após-
-2.ª Guerra Mundial E .

4. Assinala com um V as respostas verdadeiras e com um F as falsas. Corrige as falsas.

a) Os EUA atravessaram, durante as décadas de 1950 e 1960, um período de crise económica.


b) À influência americana na alimentação, cultura e moda dá-se o nome de american way of life.
c) O Japão cresceu significativamente nas décadas que se seguiram à 2.ª Guerra Mundial.
d) Após a 2.ª Guerra Mundial o setor terciário conheceu um grande crescimento.

5. Lê e observa as fontes.

F Enquanto as forças armadas sustentam o combate na Guiné, em Angola e


Moçambique […] e nas assembleias internacionais a diplomacia portuguesa
faz frente a tantas incompreensões, não nos é lícito afrouxar a vigilância na
retaguarda. […] há que continuar a pedir sacrifícios a todos, inclusive
nalgumas liberdades que se desejavam restauradas. […] Disse há pouco da
minha preocupação imediata em assegurar a continuidade. […]. A fidelidade
à doutrina brilhantemente ensinada pelo doutor Salazar não deve confundir-se
com o apego obstinado à fórmula ou soluções que ele algum dia haja adotado.
Marcello Caetano, Discurso de posse como Presidente do
Conselho de Ministros, 27 de setembro de 1968

G Jornal República de
25 de abril de 1974

5.1. Desenvolve o tema:


Da Primavera Marcelista à democratização do regime.
A tua resposta deve integrar dois aspetos de cada um dos seguintes tópicos:
• A liberalização fracassada (o período marcelista);
• A revolução do 25 de Abril;
• As primeiras medidas de democratização.
Na elaboração da tua resposta deves integrar elementos das fontes F e G .

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Critérios de correção – Ficha de avaliação sumativa n.° 5 A

Grupo I colónias, mas sim Províncias Ultramarinas, parte inte-


grante do território nacional [FE]. Com efeito, perante a
1. recusa em negociar a descolonização, Salazar envolveu o
1.1. 1 – B; 2 – E; 3 – A; 4 – D; 5- C; país numa guerra (a guerra colonial) que só terminaria
com o fim do regime ditatorial, em 1974.
2.
4. F; V; V; V.
2.1. As duas potências eram os EUA e a URSS.
a) Os EUA atravessaram, durante as décadas de 1950 e
2.2. Sob o ponto de vista político, os EUA eram uma democra- 1960, um período de prosperidade económica.
cia liberal e a URSS era um regime comunista. Sob o
5.
ponto de vista económico, os EUA eram um regime capi-
talista e a URSS tinha uma economia coletivizada, con- 5.1. A resposta deve apresentar: referência aos tópicos solicita-
trolada pelo Estado. dos; organização coerente dos conteúdos; utilização ade-
quada e sistemática da terminologia específica da disciplina
2.3. Com o final da 2.ª Guerra Mundial duas superpotências
e integração pertinente da informação contida nas fontes.
começaram a competir pela hegemonia mundial. Cada
uma destas nações pretendia expandir a sua área de in- [A liberalização fracassada (o período marcelista)]
fluência através do triunfo da sua ideologia política – os Em 1968, Salazar sofre uma queda que o deixa incapaci-
EUA pelo capitalismo liberal e a URSS pelo socialismo. tado para governar, sendo substituído por Marcello Cae-
Entrou-se na era do mundo bipolar. Embora não tenha tano. A ação política de Marcello Caetano pautou-se por
havido qualquer conflito direto entre as duas nações, as uma “evolução na continuidade”, isto é, uma liberaliza-
hostilidades acentuaram-se surgindo assim alguns con- ção do regime sem quebrar, no entanto, com o conserva-
flitos localizados. A ameaça nuclear estabelecia um dorismo do passado. Como explica Marcello, a “minha
equilíbrio pelo terror que obrigava as duas potências a preocupação imediata [é] assegurar a continuidade. […]
manterem o alerta total. Paralelamente, o aparecimento Mas continuar implica uma ideia de movimento, de se-
de conflitos localizados manteve as hostilidades sem quência e de adaptação” [FF] Iniciou-se, portanto, a cha-
que, porém, houvesse confronto direto. O Bloqueio de mada “Primavera Marcelista”. Destacam-se como prin-
Berlim (1948) foi o primeiro foco de rivalidade entre os cipais medidas: a diminuição da censura que passa a
blocos (Estaline declarou o bloqueio terrestre da cidade chamar-se Exame Prévio; o regresso de alguns partidos
forçando o estabelecimento de uma ponte aérea para o políticos; as modificações na PIDE, que passa a chamar-
abastecimento da cidade). Em 1950, o despoletar da -se DGS (Direção Geral de Segurança) e na União Nacio-
Guerra da Coreia – onde os EUA apoiavam o sul e a URSS nal, que passa a chamar-se Ação Nacional Popular;
apoiava o norte – foi o primeiro conflito onde se temeu a abertura da economia aos capitais estrangeiros,
um confronto nuclear. A construção do Muro de Berlim o desenvolvimento da indústria, crescimento da econo-
em 1961, bem como a crise dos mísseis de Cuba (com a mia; a reforma do ensino (escolaridade obrigatória até ao
instalação, por parte da URSS, de rampas de lançamento 6.º ano). Contudo, Marcello Caetano não conseguiu solu-
de mísseis em Cuba como sinal de apoio a Fidel Castro, cionar a questão da Guerra Colonial e o crescente isola-
impulsionador da revolução comunista nesse país) foram mento face ao estrangeiro [FF].
outros dos focos de tensão durante este período inicial. [A revolução do 25 de Abril]
3. Perante a crescente instabilidade política, social e eco-
3.1. Com o fim da 2.ª Guerra Mundial e a vitória dos regimes de- nómica, na madrugada de 25 de abril de 1974, um golpe
mocráticos, esperava-se o fim da ditadura em Portugal. No militar liderado pelo MFA (Movimento das Forças Arma-
entanto, Salazar tomou medidas para mostrar que se adap- das)[FG], constituído na sua maioria por capitães, majo-
tava aos tempos democráticos: condenou o regime nazi, res e altas hierarquias militares, pôs fim ao regime dita-
anunciou a realização de novas eleições para a Assembleia torial que vigorava desde 1926. Entretanto, foi nomeada
Nacional (18 Novembro 1945) e fez rever a Constituição de uma Junta de Salvação Nacional presidida pelo General
1933 no sentido de autorizar mais que uma lista de candida- Spínola que governou o país até à formação de um go-
tos. Para concorrer à eleições foi criado o MUD (Movimento verno provisório.
de Unidade Democrática), que foi, como refere a fonte [FD]“o [As primeiras medidas de democratização]
primeiro movimento geral de oposição democrática ao re-
A 26 de abril o General Spínola dá a conhecer, na televi-
gime salazarista”. O movimento fez várias sessões públicas
são, o programa do MFA para a democratização do país:
de propaganda e o MUD pediu o adiamento das eleições para
são restituídas todas as liberdades e garantias; é defi-
poderem esclarecer a opinião pública. Salazar não acedeu e
nida uma política ultramarina que conduzisse à paz; são
o MUD retirou-se do ato eleitoral, fazendo com que a União
extintas a PIDE/DGS, a Mocidade e Legião Portuguesas e
Nacional obtivesse todos os lugares da Assembleia Nacional,
é declarado o fim da censura; é autorizado o regresso
perpetuando assim o regime autoritário em Portugal.
dos exilados, procede-se à libertação dos presos políti-
3.2. O final da 2.ª Guerra Mundial provocou uma alteração po- cos e à legalização dos partidos políticos e sindicatos. O
lítica face à forma como o Ocidente olhava para as coló- governo provisório seria chefiado por Adelino da Palma
nias. O princípio da autodeterminação dos povos, defen- Carlos e incluía figuras como Mário Soares, Álvaro
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dido pela ONU, abriu espaço a uma série de movimentos Cunhal e Sá Carneiro, representantes das várias forças
de libertação nacional que surgiram nos continentes afri- políticas. Porém, o período político conturbado que se
cano e asiático, durante este período. Contudo, Portugal viveu após o 25 de abril só foi solucionado a 25 de novem-
manteve-se irredutível relativamente ao controlo sobre as bro com o afastamento do poder das forças do MFA.
suas colónias. Salazar alegava que Portugal não possuía

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