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ELEIÇÕES E ÓRGÃOS DA
OAB
ÍNDICE
1. FINALIDADES DA OAB......................................................................................................4
Funções e Competências.................................................................................................................................................4
Natureza Jurídica..................................................................................................................................................................4
O Estatuto expressamente institui que a OAB é serviço público, sem liame funcional ou
hierárquico com órgãos da Administração Pública, de forma que sua independência só
encontra limite na subordinação à lei. Nesta esteira, cabível a dissociação entre o serviço
público desempenhado pela Ordem e o serviço estatal, pois, como bem preleciona Paulo
Lôbo:
Serviço público não significa necessariamente serviço estatal, este assim entendido como atividade típica
exercida pela Administração Pública. Serviço público é gênero do qual o serviço estatal é espécie.
Natureza Jurídica
Todavia, a natureza jurídica da OAB não se confunde com a de uma entidade estatal. Em
suma, é pessoa jurídica sui generis, por prestar serviço público de forma institucional, sem,
no entanto, inserir-se na Administração Pública, direta ou indireta.
As receitas da OAB, embora oriundas de contribuições obrigatórias, não são tributos, porque não constituem
receita pública, nem ingressam no orçamento público, nem se sujeitam a contabilidade pública.
Verifica-se, portanto, que a OAB, sob a visão do STF é uma entidade independente, cuja
função é institucional de natureza constitucional. Em virtude de tal classificação, a OAB
não se equipara às demais entidades profissionais: não se submete à regra de realização de
concurso público (seu pessoal é contratado pelo regime celetista); as contribuições pagas
pelos inscritos não têm natureza tributária, sendo objeto de processo de execução comum
quando inadimplidas e não fiscal; não se sujeita ao controle contábil, financeiro, orçamentário
e patrimonial desempenhado pelo Tribunal de Contas.
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2. Estrutura da OAB
Órgãos da OAB
Agora vamos analisar a estrutura da OAB, entendendo quais são os órgãos que a compõem
e qual a função de cada um deles. Num primeiro momento, é importante saber que a OAB é
composta pelos seguintes órgãos:
• Conselho Federal
• Conselhos Seccionais
• Caixas de Assistência dos Advogados (CAA)
• Subseções
Características
Cada um destes órgãos é composto por membros inscritos nos quadros da OAB que são
escolhidos por eleição e possuem, a depender da função, voz e voto.
É importante dizer que, dentre todos esses órgãos, as subseções são as únicas que não
possuem personalidade jurídica. Isso porque as subseções se configuram como uma extensão
do conselho seccional, uma ampliação da atuação do conselho.
Dessa forma, as subseções estão inseridas no conselho seccional e não assumem direitos e
obrigações em nome próprio, mas sim em nome do conselho.
Abrangência
O Conselho Federal se localiza em Brasília e possui abrangência nacional, ou seja, apresenta-
se como o órgão máximo da OAB.
Por sua vez, as subseções podem abranger um município, parte de um município ou até
mesmo vários municípios.
Criação
Tanto o Conselho Federal como os Conselhos Seccionais estão previstos em Lei. Eles foram
criados pelo Estatuto da Advocacia da OAB, que dispõe sobre eles do art. 51 ao 59.
Entretanto, as Caixas de Assistência dos Advogados (CAA) só podem ser criadas pelos
Conselhos Seccionais, nas regiões que tiverem ao menos 1.500 advogados inscritos nos
quadros da OAB.
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As subseções também são criadas pelos Conselhos Seccionais, com a diferença de que são
necessários ao menos 15 advogados inscritos nos quadros da OAB.
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3. Conselho Federal
Introdução
O Conselho Federal é o órgão máximo na estrutura da Ordem dos Advogados do Brasil, o
Conselho Federal, formado por representantes de suas 27 Seccionais, é responsável por
defender os interesses da advocacia nacional e dar efetividade às suas finalidades legalmente
estabelecidas.
Composição
Composto por 81 conselheiros – cada delegação é formada por três conselheiros federais
democraticamente eleitos nos pleitos estaduais -, pelo Presidente Nacional da OAB – eleito
indiretamente pelos membros das delegações estaduais, em que cada conselheiro federal
tem direito a um voto -, e por seus ex-presidentes, o Conselho Federal da OAB é sediado na
Capital da República.
Cabe destacar que os ex-presidentes da OAB que exerceram mandato até a vigência do
atual estatuto, tem direito a voz e voto plenamente. Aos que posteriormente foram eleitos,
denominados membros honorários vitalícios, subsiste apenas o direito à voz.
Órgãos de deliberação
Os órgãos de deliberação do Conselho Federal, que, além do Presidente Nacional da OAB
e da Diretoria do Conselho Federal, é formado pelo Conselho Pleno, pelo Órgão Especial do
Conselho Pleno e por três Câmaras, as quais competem, em resumo:
Por sua vez, compete ao Órgão Especial do Conselho Pleno decidir, em última instância, os
recursos contra decisões do Presidente do Conselho Federal e da sua Diretoria, do Presidente
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do próprio Órgão Especial, e das Câmaras julgadas por maioria de votos, ou que violem a
constituição ou a legislação pertinente à OAB.
Compete ao Órgão Especial, também, deliberar sobre conflitos e divergências entre órgãos da
OAB e sobre determinação às Seccionais para instauração de processos disciplinares.
As votações nos órgãos internos do Conselho Federal são efetivadas por intermédio das
delegações – cada delegação possui o direito a um voto. Havendo divergência, será computada
a vontade da maioria. Vale ressaltar que, nas matérias de interesse da sua Seccional, é vedada
a participação da delegação respectiva.
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4. Conselho Federal - Competências
Rol de Competências
O rol de competências elencado pelo artigo 54 do Estatuto da Advocacia e da OAB não é
taxativo, mas, sim, exemplificativo. Nem todas as competências ali traçadas são exclusivas,
pois algumas delas podem ser objeto de delegação aos Conselhos Seccionais e, em alguns
casos, às Subseções.
• Editar e alterar o Regulamento Geral, o Código de Ética e Disciplina e os Provimentos quando ne-
cessário;
• Promover a defesa dos interesses da classe dos advogados, velando pelos valores inerentes à
advocacia;
• Auxiliar no aperfeiçoamento e opinar sobre a criação de cursos jurídicos;
• Garantir o correto funcionamento dos Conselhos Seccionais, aprovando suas contas e revendo,
em grau de recurso, as decisões por eles proferidas
A análise das competências do Conselho Federal leva à conclusão de que sua função essencial é funcionar
como instância recursal final, harmonizar as atividades da entidade, e coordenar de forma de forma geral o
trabalho dos demais órgãos, sobretudo fixando as diretrizes e políticas das entidades, vinculando todos os
demais órgãos.
REPRESENTAÇÃO DE CLASSE
A representação da classe dos advogados perante eventos internacionais é de competência
exclusiva do Conseao Conselho Federal da OAB ajuizar ação direta de inconstitucionalidade
de normas legais e atos normativos, ação civil pública, mandado de segurança coletivo,
mandado de injunção e demais ações cuja legitimação lhe seja outorgada por lei.
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REGULAMENTO DO EAOAB
Por conta de delegação legal, compete ao Conselho Federal da OAB, também, editar
complementos e regulamentação ao Estatuto da Advocacia e da OAB, por meio do art. 78
do Regulamento Geral, Código de Ética e Disciplina e Provimentos. O mais recente exemplo
do exercício desta competência se deu com a edição do Novo Código de Ética e Disciplina,
Resolução 002/2015 do Conselho Federal.
O inciso VI do artigo em comento dispõe que o Conselho Federal da OAB poderá adotar
medidas para assegurar o regular funcionamento dos Conselhos Seccionais. Para que isso
aconteça, é necessário a prévia aprovação por dois terços das delegações, garantido o amplo
direito de defesa do Conselho Seccional respectivo, nomeando-se diretoria provisória para o
prazo que se fixar.
O CFOAB deverá participar dos concursos públicos a nível federal e interestadual, de forma
que, nos demais, deverá atuar o Conselho Seccional competente. De acordo com a orientação
do CFOAB, na etapa oral dos certames, caberá ao representante da OAB garantir que as
sustentações dos candidatos sejam gravadas, respeitada a faculdade de recurso.
Composição da diretoria
Os membros da Diretoria do Conselho Federal, que é composta por Presidente, Vice-
Presidente, Secretário-Geral, Secretário-Adjunto e Tesoureiro, são eleitos pelo próprio
Conselho Federal, no dia 31 de janeiro do ano seguinte ao da sua eleição, de acordo com o
procedimento disciplinado no art. 67 do EAOAB. Com exceção do Presidente, todos os demais
Diretores devem ser membros do Conselho Federal (art. 67, parágrafo único, EAOAB).
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Os diretores eleitos tomam posse no dia seguinte ao da eleição. Normalmente, nas deliberações
do Conselho Federal “o voto é tomado por delegação” (art. 53, § 2º, EAOAB), mas na “eleição
para a escolha da Diretoria do Conselho Federal, cada membro da delegação terá direito a 1
(um) voto” (art. 53, § 3º, EAOAB).
A Diretoria, coletivamente, tem funções executivas (das decisões dos órgãos deliberativos
do Conselho Federal) e deliberativas, que estão arroladas no art. 99 do RGEAOAB, dentre
elas a de “resolver os casos omissos no Estatuto e no Regulamento Geral, ad referendum do
Conselho Pleno” (inciso IX). Os seus membros têm as atribuições previstas nos artigos 100 a
104 do Regulamento Geral do EAOAB.
Nas deliberações do Conselho Federal, o Presidente tem somente voto de qualidade, estando
legitimado a embargar as decisões não unânimes. Os demais Diretores votam como membros
de suas respectivas delegações.
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5. Conselho Seccional
Composição
Os Conselhos Seccionais são os órgãos que representam a OAB em âmbito estadual. Eles
são dotados de personalidade jurídica própria e possuem jurisdição sobre a área territorial dos
Estados-membros ou do Distrito Federal correspondente.
Serão membros honorários vitalícios os ex-presidentes da mesma Secções, uma vez que
estes somente terão direito à voz, nas sessões deliberativas. Esse direito à voz também é
dado ao Presidente do Instituto dos Advogados local.
Art. 106. Os Conselhos Seccionais são compostos de conselheiros eleitos, incluindo os membros da Diretoria,
proporcionalmente ao número de advogados com inscrição concedida, observados os seguintes critérios:
II – a partir de 3.000 (três mil) inscritos, mais um membro por grupo completo de 3.000 (três mil)
Portanto, à título de curiosidade, um conselho seccional com 21 mil advogados inscritos, terá
36 conselheiros.
A fixação do número de conselheiros é feita pelo próprio Conselho Seccional por meio de
resolução.
Comissões
As comissões são grupos que deliberam e estudam assuntos específicos, como Direitos
Humanos, tecnologia, Direito da Mulher, Direito Concorrencial, etc.
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O Estatuto ainda coloca uma regra acerca das comissões. Nos Conselhos Seccionais e nas
Subseções com conselho, três comissões são obrigatórias:
1. Comissão de Direitos Humanos
2. Comissão de Orçamentos e Contas
3. Comissão de Estágio e Exame de Ordem
Primeiramente, para a instalação da sessão, é necessário que pelo menos metade dos
membros estejam presentes. Além disso, a deliberação em si possui como regra geral a
maioria simples, mas existem exceções.
Para a votação dos temas a seguir, é necessário o quórum qualificado de 2/3 dos membros
presentes:
Conflitos de Competência
O conflito de competência surge quando há dúvida sobre quem deve decidir determinado
assunto.
O conflito entre subseções é resolvido pelo conselho seccional - é ele quem define finalmente
a competência.
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6. Conselho Seccional - Competências e TED
Competências
Há várias competências atribuídas ao Conselho Seccional pelo EAOAB (em especial, pelo
art. 58) e pelos outros diplomas normativos. Entre as principais competências do Conselho
Seccional, podemos destacar algumas mais importantes.
A Seccional também assume a função de Conselho Fiscal, pois é ele o órgão que fiscaliza e
aprova as contas de sua diretoria, das diretorias das Subseções e da Caixa. Para tanto, dispõe
de uma comissão permanente eleita pelo Conselho Seccional dentre seus membros, inclusive
podendo utilizar-se de auditoria independente para auxiliá-lo na execução do mister.
Por conseguinte, é de sua alçada fixar a tabela de honorários, a que se submetem todos os
seus inscritos, sendo essa válida para todo o território estadual da Seccional em questão. A
tabela estabelece os parâmetros mínimos, mas pode indicar os limites máximos em várias
situações de maior risco de abuso.
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O Exame de Ordem é unificado em todo o território nacional, cabendo regulamentação pelo
Conselho Federal da OAB. Dessa maneira, os Conselhos Seccionais possuem atribuição de
realização, nunca de regulamentação.
Por fim, mas não menos importante, é de competência do Conselho Seccional definir a
composição e o funcionamento do seu Tribunal de Ética e Disciplina, além de escolher os
membros que o comporão.
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7. Subseções e Caixa de Assistência dos Advogados
Nas aulas anteriores, demos início ao estudo da OAB e seus diferentes órgãos internos.
Agora, estudaremos os dois últimos órgãos principais da Ordem, as Subseções e as Caixas
de Assistência dos Advogados.
Das Subseções
Desprovidas de personalidade jurídica própria, as Subseções têm sua criação prevista em lei
e constituem uma extensão do Conselho Seccional no exercício de suas atribuições.
O Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil, no uso das atribuições conferidas
no inciso V do art. 54 do EAOAB, criou o Cadastro Nacional de Subseções da Ordem dos
Advogados do Brasil, de modo a identificar as Subseções por número de advogados e
serviços prestados, tudo para efeito de classificação, organização, destinação das receitas,
balizamento dos limites de sua competência e a respectiva área de abrangência.
Assim, os atos do Conselho da Seccional poderão ser cassados ou modificados por decisão
do Conselho Pleno da Seccional, quando contrários às regras do Estatuto da Advocacia e
da OAB, do seu Regulamento Geral, Provimentos, Regimento Interno e do Código de Ética e
Disciplina.
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DA COMPETÊNCIA DA SUBSEÇÃO
A Diretoria da Subseção possui a mesma composição e atribuições da Diretoria do Conselho
Seccional e, havendo mais de cem advogados poderá formar seu Conselho, cujo número
será definido pelo Conselho Seccional, conforme previsão do Regimento Interno.
O Conselho da Subseção poderá também sediar a Assembleia Geral dos Advogados, quando
a matéria da convocação foi afeta à Seccional, devendo, no entanto, ser presidida pelo
Presidente da Seccional.
Art. 123. A assistência aos inscritos na OAB é definida no estatuto da Caixa e está condicionada à:
Parágrafo único. O estatuto da Caixa pode prever a dispensa dos requisitos de que cuidam os incisos I e II, em
casos especiais.
A Caixa de Assistência é criada pelo Conselho Seccional quando este dispuser de mais de
1.500 inscritos em seu território (realidade em todas as Seccionais do Brasil), independente
de aprovação do Conselho Federal. Adquire personalidade jurídica com a aprovação e registro
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de seu Estatuto pela Seccional, dispensando, tal qual a sociedade de advogados, o registro
civil de pessoas jurídicas.
O vínculo mantido com o Conselho Seccional diz respeito, ainda: à eleição de sua diretoria de
forma conjunta com a chapa do Conselho; ao repasse da metade líquida das anuidades para
a manutenção da Caixa e à submissão nas matérias de intervenção, cassação, apreciação de
contas e revisão processual, em sede recursal administrativa, das decisões proferidas pela
Caixa.
Não obstante o vínculo que entre si, é certo que inexiste hierarquia entre o Conselho Seccional
e a Caixa de Assistência dos Advogados, decorrência lógica da dissociação constitutiva e
funcional de ambos, autônomos entre si e dotados de personalidades jurídicas próprias e
diversas.
A Caixa pode, ainda, obter receitas próprias, por meio da prestação de serviços, inclusive
o de seguridade aos advogados. Seu orçamento é aprovado por ela própria, na forma de
seu estatuto, cabendo ao Conselho Seccional fiscalizá-lo (dispensando-se a existência de
Conselho Fiscal), mas não o alterar, excetuada a hipótese de violação grave à legislação
atinente.
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8. Eleições na OAB
Introdução
A OAB é composta tanto por integrantes contratados quanto por membros eleitos para
mandatos determinados. Nesta aula, estudaremos em detalhes como funciona o processo
de eleição e os mandatos eletivos
Vale lembrar, conforme já vimos nas aulas anteriores, que somente os cargos das diretorias
dos órgãos da OAB podem ser eletivos. Conforme já vimos, os órgãos em que podem ser
preenchidos por meio de eleições são: o Conselho Federal, os Conselhos Seccionais, as
Subseções e as Caixas de Assistência dos Advogados.
Portanto, são os membros de tais órgãos a serem eleitos. Quanto ao inciso I, referente ao
Conselho Federal, órgão supremo da OAB, este tem rito próprio a ser analisado mais adiante,
com artigo específico. Quanto aos demais, sua eleição se dará mediante cédula única, ou
seja, por chapa completa constante do documento do sufrágio, incluindo-se ali, também, os
candidatos a Conselheiro Federal, não referidos neste dispositivo. Fala-se em ‘Cédula”, porém
em tempos modernos e com a tecnologia disponível tem o Conselho Federal conseguido junto
a Justiça Eleitoral o empréstimo das “Urnas Eletrônicas”, as mesmas das eleições comuns.
No que se refere à participação, é claro que todo advogado e advogada que esteja em
situação regular perante a OAB, será conclamado a participar das eleições que, diga-se, têm
caráter obrigatório de comparecimento. Por situação regular, entende-se o advogado (a) em
dia com o adimplemento da anuidade; que não tenha sofrido sanção disciplinar ainda em
cumprimento, isto é, que não esteja suspenso do exercício da profissão por algum dos incisos
(XVII a XXV), que assim preveem, do artigo 34 ou que esteja licenciado, nos termos do artigo
12.
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Art. 134. O voto é obrigatório para todos os advogados inscritos da OAB, sob pena de multa equivalente a 20%
(vinte por cento) do valor da anuidade, salvo ausência justificada por escrito, a ser apreciada pela Diretoria do
Conselho Seccional.
Por sua vez, o parágrafo 2º do art. 63 trata do candidato a qualquer dos cargos eletivos na
OAB. Primeiro ressalta que deve o candidato comprovar a já aludida “situação regular”
perante a Instituição. Da mesma forma deverá comprovar que não está no exercício
de cargo exonerável ad nutum, ou seja, de que poderá ser demitido a qualquer tempo,
ainda que compatível com a advocacia. Também deverá ser comprovado que o advogado
candidato não tenha sido condenado em procedimento disciplinar, a não ser que esteja
reabilitado mediante o respectivo processo. E, finalmente, só poderá aspirar a cargo eletivo
o advogado que contar com três anos completos de inscrição na OAB para cargos de
conselheiro seccional e das subseções ou cinco anos para os demais cargos.
Das chapas
O art. 64 estipula a proporcionalidade para eleição das chapas concorrentes, que é o critério
da maioria simples. Além disso, as chapas pretendentes deverão ser completas, vale dizer,
deverão ser apresentadas a registro perante a Comissão Eleitoral, nomeada para cada pleito
e contando com cinco membros, os (as) candidatos (as), indicando-se o cargo a que cada
qual se candidata.
Dos mandatos
Na OAB, o exercício do mandato em qualquer de seus órgãos é de três anos, tendo seu início
no dia 1º de janeiro do ano subsequente ao da eleição, excetuando- se o Conselho Federal
que, como já dito, tem rito próprio, como se verá mais adiante. Deste modo e por isso mesmo,
os Conselheiros Federais eleitos em suas respectivas seccionais somente iniciam seus
mandatos em 1º de fevereiro do ano subsequente à eleição e elegerão a Diretoria do Conselho
Federal.
O terceiro motivo elencado tem caráter moralizador e sancionatório, tendo por escopo que a
eleição do Titular (e se refere só a este) de cada órgão da OAB assume o compromisso de bem
desempenhar o cargo para o qual foi eleito por todos os advogados (as) e, assim sendo, se não
justificada sua falta consecutiva por três vezes em sessão ordinária, tal ensejará a extinção
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do mandato, pois como representante da classe, que o elegeu, deve bem e honradamente
representá-la. E mais: não poderá o faltante ser reconduzido no mesmo período de mandato.
Por fim, o parágrafo único do art. 66 preconiza que em caso de extinção precoce do mandato
e em não havendo suplente eleito, caberá ao Conselho Seccional a escolha, por eleição no
seu âmbito, do substituto.
No entanto, para que isso seja possível, prevê o inciso II, que tal pretensão a registro do (a)
candidato (a) Presidência do Conselho Federal deverá, obrigatoriamente, com manifestação
expressa de apoio à candidatura de, pelo menos, 6 (seis) Conselhos Seccionais Estaduais.
Já o inciso III preconiza o prazo final para registro, agora da chapa completa para a Diretoria
do Conselho Federal que é de um mês antes da realização da eleição no âmbito federal
da Instituição. Quer dizer, mesmo com a apresentação anterior do nome pretendente à
Presidência, no prazo fatal de um mês deverá vir a registro a chapa completa para a Diretoria
do Conselho Federal, ou seja, Presidente, Vice-Presidente, Secretário-Geral, Secretário-
Geral Adjunto e Tesoureiro. Em não ocorrendo será cancelada a candidatura porventura já
apresentada.
A Diretoria do Conselho Federal será eleita no dia 31 de janeiro do ano subsequente às eleições
realizadas nas Seccionais, cujo colégio eleitoral (formado pelos Conselheiros Federais eleitos
nas últimas eleições), será presidido pelo Conselheiro Federal mais antigo e por voto secreto
e para o mesmo período de três anos, sendo que a posse se dará já no dia seguinte, ou seja,
dia 1º de fevereiro, confirmando o que preconiza o caput do artigo em comento e o parágrafo
único do art. 65.
Por fim, o parágrafo único ao art. 67 que expressamente estabelece que os integrantes da
chapa concorrente à diretoria do Conselho Federal deverão, obrigatoriamente, ser conselheiros
federais, obrigatoriedade esta que não se estende ao candidato Presidência do Conselho
Federal.
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9. Conferência Nacional da Advocacia e Medalha Rui
Barbosa
Conferência Nacional da Advocacia
É o órgão máximo consultivo do Conselho Federal, que funciona como uma conferência
ou seminário trienal que objetiva estudar e debater problemas que envolvam as finalidades
da OAB e à própria atividade de advocacia. Tal conferência é realizada no segundo ano de
mandato.
Por outro lado, são considerados membros convidados as pessoas a quem a Comissão
Organizadora conceder esta qualidade. Os membros convidados não têm o direito de voto.
Os estudantes de direito são apenas ouvintes na conferência.
Este prêmio é entregue no máximo uma vez no prazo do mandato do conselho (3 anos) em
sessão solene.
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Ética Profissional -
Eleições e Órgãos da
OAB
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