Dire it o Adm in ist ra t ivo

Alan Ma r t in s
O r g a n iza ç ã o a d m in is t r a t iv a :
a d m in is t r a ç ã o d ir e t a e ó r g ã o s p ú b lic o s
 Administração Pública Direta

• é o conjunto de órgãos públicos componentes da pessoa

política.

• “se constitui dos serviços integrados na estrutura administrativa

da Presidência da República e dos Ministérios” (art.4º, I, Dec.Lei
200/67)
órgão

• resulta da desconcentração órgão órgão

órgão órgão órgão órgão

Ministério ... Ministério ...

Órgãos ... Órgãos ...

• princípio da simetria: mesma estrutura para Estados, DF e
Municípios.

• engloba Legislativo e Judiciário (atividade administrativa atípica)

 Órgãos Públicos
• “centros de competência instituídos para o desempenho de
funções estatais, através de seus agentes, cuja atuação é
imputada à pessoa jurídica a que pertencem” (Hely Lopes
Meirelles).
Classificação dos órgãos públicos
• quanto à posição estatal ou hierarquia
• quanto à estrutura
• quanto à atuação funcional ou composição
• quanto à esfera de atuação
Quanto à posição estatal ou hierarquia
• Independentes: estão previstos na CF, representam as funções
estatais (legislativa, judiciária e administrativa) e estão no topo
da hierarquia do poder que representam. Exemplos:

Presidência da Congresso Governo do

Supremo Tribunal
República Nacional Estado
Federal
• Autônomos: estão na cúpula da administração, mas abaixo
dos independentes e a eles subordinados, com autonomia
técnica, administrativa (funções diretivas, de coordenação e
planejamento) e financeira (orçamento próprio). Exemplos:
• Superiores: possuem poder de direção, mas não têm
autonomia administrativa nem financeira. Exemplos:
• Subalternos: estão na base da estrutura administrativa, com
pequeno poder decisório e função de cumprir ordens e
diretrizes traçadas pelos órgãos a que se subordinam.
Exemplo:
Quanto à estrutura
• Simples: não se subdividem em outros
órgãos. Exemplo:

• Compostos: possuem vários centros Congresso

Nacional
de competência, subdividindo-se em
outros órgãos. Exemplo:
Quanto à esfera de atuação
• Centrais: atuam em todo o território da
pessoa política à qual pertençam.
Exemplo:

• Locais: atuam somente em parte do

território. Exemplo:
Quanto à atuação funcional ou composição
• Singulares ou unipessoais: a atuação do
órgão depende da vontade de um único
agente. Exemplo:
• Colegiados ou pluripessoais: a atuação do
órgão é decidida por vários agentes.
Exemplo:
Características dos órgãos públicos
• criação e extinção por lei.
• resultado da desconcentração administrativa.
• despersonalizados.
• não possuem patrimônio próprio.
• podem celebrar contratos de gestão com outros órgãos ou
pessoas jurídicas (redação literal da CF, art. 37, § 8º, criticada
pela Doutrina).
• não possuem capacidade processual, exceto alguns órgãos
que podem ser parte em processo para defesa de
prerrogativas (exs: casas legislativas, tribunais de contas)

• Súmula 521 – STJ: ”A Câmara de Vereadores não possui

personalidade jurídica, somente podendo demandar para
defender os seus direitos institucionais”.
Teoria do órgão ou da imputação volitiva

Estado imputação ao atuação do órgão

agente ÓRGÃO
 Validade dos atos
Imputação Teoria da
praticados por
volitiva aparência
funcionários de fato

enquanto não desde que não

invalidada a existam outros
investidura vícios nos atos
• E como ficam os valores recebidos quando invalidada a
investidura?

Investidura Anulação da
indevida investidura
Funcionário
de fato
$$$$$$ não obrigatoriedade de reposição aos
cofres públicos, pois reposição seria
enriquecimento indevido ao Estado
Q28. (CESPE – INSS) De acordo com a teoria da imputação,
atualmente adotada no ordenamento jurídico brasileiro, a
manifestação de vontade de pessoa jurídica dá-se por meio
dos órgãos públicos, ou seja, conforme essa teoria, quando o
agente do órgão manifesta sua vontade, a atuação é atribuída
ao Estado.
Q29. (CESPE) Órgão público é ente despersonalizado, razão por
que lhe é defeso, em qualquer hipótese, ser parte em processo
judicial, ainda que a sua atuação seja indispensável à defesa de
suas prerrogativas institucionais.
Q30. (CESPE) Embora os órgãos públicos sejam
despersonalizados, meras repartições internas de competência
no âmbito de pessoas jurídicas, a eles é reconhecida a
capacidade para celebrar convênios.