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CURSO DE DIREITO – DISCIPLINA: ESTÁGIO SUPERVISIONADO II - CIVIL

PROF.: JEFFERSON FREITAS VAZ

10.02.21

PEÇA PROCESSUAL:

JULIA dirigia seu automóvel pela Avenida Paulista, em São Paulo, quando uma
viatura da Polícia Militar, sem a sirene ou as luzes de advertência ligadas, em alta
velocidade, abalroou o seu veículo, atirando-o contra um poste. O veículo de JULIA
ficou completamente destruído, sem a menor possibilidade de conserto. JULIA, que não
tinha seguro, ficou ferida no acidente e acabou sendo hospitalizada e submetida a duas
cirurgias corretivas no joelho.

Por tal razão, gastou R$ 20.000,00 (vinte mil reais) de serviços médicos e não
pôde atuar em seu estágio, por 1 (um) ano, sendo que percebia R$ 500,00 (quinhentos
reais) mensais.

QUESTÃO: Sabendo-se que JULIA é domiciliada em Santos; que o seu veículo era
novo, adquirido há poucos dias; e que a viatura da Polícia Militar era então dirigida pelo
soldado Gilberto, lotado no Batalhão sediado em Campinas, acione a providência
judicial cabível, objetivando a mais completa reparação do dano causado a JULIA.
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA VARA DA
FAZENDA PÚBLICA DA COMARCA DE SANTOS – SP

JÚLIA xxx xxx, nacionalidade, estado civil,


estagiária, inscrita no CPF/MF sob o Nº xxx.xxx.xxx-xx e
RG/CIC sob Nº xxx.xxx, endereço eletrônico, residente e
domiciliado na xxx, CEP, Santos/SP, por sua advogada
Patrícia Machado de Oliveira, OAB 123.456/RO, com endereço
profissional situado na rua Elias Cardoso Balau, Nº 1131,
Bairro Jardim Aurélio Bernardes, CEP 76907400, Ji-
Paraná/RO, endereço eletrônico: patriciamchd26@gmail.com,
onde recebe intimações e notificações de estilo, vem a
presença de Vossa Excelência, com fulcro nos artigos 186 e
927 do Código Civil c/c art. 37, §6º da Constituição
Federal da República Federativa do Brasil propor
AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS SOFRIDOS EM RAZÃO DE
ACIDENTE DE TRÂNSITO,
em face de,
FAZENDA PÚBLICA DO ESTADO DE SÃO PAULO, pessoa
jurídica de direito público interno, endereço eletrônico,
com sede na capital do Estado, pelas razões de fato e de
direito a seguir expostas.

1. DOS FATOS

A autora, como de rotina, dirigia a caminho de seu


estágio um automóvel novo pela Avenida Paulista, em São
Paulo, quando uma viatura da Polícia Militar, sem a sirene
ou as luzes de advertência ligadas, em alta velocidade,
abalroou o seu veículo, atirando-o contra um poste,
deixando o veículo completamente destruído e sem a menor
possibilidade de conserto. Sem seguro e com ferimentos a
autora foi hospitalizada e submetida a duas cirurgias
corretivas no joelho, gastando, por tal razão a quantia de
R£ 20.000,00 (vinte mil reais) de serviços médicos onde
devido as circunstâncias não pôde atuar em seu estágio, por
1 (um) ano, sendo que percebia R$ 500,00 (quinhentos reais)
mensais.

2. DO DIREITO (tópico genérico, necessário ter um


subtópico)

2.1. DA RESPONSABILIDADE OBJETIVA DO ESTADO OU DEVER DE


INDENIZAR (Ness Subtópico, encaixa-se no texto abaixo, ou
seja, retrata o que foi dito devendo fundamentar baseado na
lei)

(Introdução com os fatos)


Diante dos fatos narrados é perceptível a
responsabilidade objetiva do Estado face ao ocorrido, uma
vez que o agente público ora mencionado tenha agido com
total imprudência e negligência colocando em perigo a vida
de todos como de fato constatado pelo acidente ocasionado,
gerando além de danos materiais, danos físicos e até
psicológicos a autora.
(Fundamentando com artigos, súmulas, doutrinas,
jurisprudências)
Inicialmente, vale ressaltar que o Código Civil em seu
art. 927 assegura que: “Aquele que, por ato ilícito (arts.
186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a repará-
lo.”
Bem como, extrai-se do art. 37, §6º da CF: “As pessoas
jurídicas de direito público e as de direito privado
prestadoras de serviços públicos responderão pelos danos
que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros,
assegurado o direito de regresso contra o responsável nos
casos de dolo ou culpa.”
(Finalização do tópico com o pedido)
Destarte com todos esses danos sofridos pela autora,
requer que seja reconhecida a responsabilidade objetiva do
Estado.

2.2 DO DANO MATERIAL

(Introdução com os fatos)


É sabido que a autora possuía um veículo novo avaliado
em R$ 70.000,00 (setenta mil reais) que ficou totalmente
destruído, sem nenhuma possibilidade de conserto, bem como,
teve problemas em seu joelho sendo submetida a duas
cirurgias corretivas, gastando, por essa razão a quantia de
R$ 20.000,00 (vinte mil reais) de serviços médicos, ficando
impossibilitada, devido as circunstâncias, de atuar em seu
estágio, por 1 (um) ano, sendo que percebia R$ 500,00
(quinhentos reais) mensais, somando um prejuízo de R$
6.000,00 (seis mil reais) ao longo de 1 (um) ano.
(Fundamentando com artigos, súmulas, doutrinas,
jurisprudências)
Conforme o art. 949 do CC “No caso de lesão ou outra
ofensa à saúde, o ofensor indenizará o ofendido das
despesas de tratamento e dos lucros cessantes até ao fim da
convalescença, além de algum outro prejuízo que o ofendido
prove haver sofrido.”
(Finalização do tópico com o pedido)
Neste sentido, em virtude dos danos materiais sofridos
pela autora, requer seja o réu condenado a pagar a quantia
de R$96.000,00(noventa e seis mil reais) a título de dano
material, a saber:
a. veículo no valor de R$70.000,00 (Setenta mil reais);
b. gastos hospitalares no valor de R$20.000,00 (Vinte mil
reais);
c. prejuízo de 1 (um) ano, sendo que percebia R$ 500,00
(quinhentos reais) mensais, totalizando ao final R$6.000,00
(Seis mil reais);

2.3 DO DANO MORAL


(Introdução com os fatos)
Fato é que tal acontecimento gerou na autora sequelas
físicas e psicológicas impossibilitando-a de exercer seu
estágio, local de aprendizado e troca de experiências
únicas, bem como a limitação de sua locomoção privando-a de
suas atividades habituais causando na mesma o sentimento de
profunda tristeza, onde precisou passar por acompanhamento
terapêutico.
(Fundamentando minhas palavras e em seguida com artigos,
súmulas, doutrinas, jurisprudências)
Com fulcro no “Art. 186. Aquele que, por ação ou
omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar
direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente
moral, comete ato ilícito.”
Ainda na mesma linha o “Art. 927. Aquele que, por ato
ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica
obrigado a repará-lo.”
Art 5º X, V DA CF (professor citou)
(Finalização do tópico com o pedido)
Não resta dúvida quanto ao prejuízo sofrido pela
autora, diante de tais relatos e conforme jurisprudência e
doutrina, cabe a indenização por danos morais em
decorrência de todos os danos sofridos pela autora, com
isso entende-se que tal indenização deve trazer em sua
aplicação além do caráter compensatório o caráter
pedagógico, desestimulando atitudes ofensivas a
coletividade e que coloquem em risco a vida e o bem estar
comum da população.

2.3.1. DO QUANTUM (Apontando e fundamentando baseado em


parâmetros: condição econômica das partes, princípios da
proporcionalidade e da razoabilidade, caráter pedagógico)

Neste sentido, em virtude dos danos morais sofridos


pela autora, requer seja o réu condenado a pagar a quantia
de R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais) devido ao grande
abalo psicológico sofrido, especificados abaixo:
a.
b.
c.
d.

3. DOS PEDIDOS (segue uma ordem que deve especificar


citando artigos e quando for necessário valores)

Ante o exposto, pede e requer a Vossa Excelência:


a) que seja o réu citado para que venha apresentar defesa
(art. 75, II), sob pena de revelia para, querendo
apresentar contestação no prazo legal conforme art. 335 do
NCPC;
b) que seja julgado procedentes os pedidos abaixo descritos
conforme o art. 487 do NCPC:
- o reconhecimento da responsabilidade objetiva do Estado;
- condenação do réu a pagar do moral: danos morais no
valor de R$96.000,00 (noventa e seis mil reais);
- a condenação do réu a pagar do material: veículo avaliado
em R$ 70.000,00 (setenta mil reais); custas do tratamento
hospitalar em R$ 20.000,00 (vinte mil reais); lucros
cessantes referente ao período de 1 (um) ano estágio em R$
6.000,00 (seis mil reais);
c) gratuidade da justiça de acordo com o art. 98 do NCPC;
d) a condenação do réu ao pagamento das custas processuais
e honorários advocatícios e sucumbenciais (arts. 82 e 85 do
NCPC);
f) pretende provar o alegado por todos os meios de prova em
direito admitido, depoimento pessoal, prova documental,
pericial, testemunhal e outras conforme art. 319, VI do
NCPC;
g) a designação da audiência prévia de conciliação conforme
estabelece o art. 319, VII do NCPC;
Dá-se a causa o valor de R$ 146.000,00 (cento e
quarenta e seis mil reais) em conformidade com o art. 292,
V do NCPC

Nestes termos, pede deferimento.


Santos – SP, 16 De Fevereiro de 2021.
Dra. Patrícia Machado de Oliveira
OAB 123.456/RO

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