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Direito Administrativo
Objeto:
• Atividade administrativa dos Poderes:
Executivo} Típica
Legislativo
Judiciário
Conceito:
• Ramo do Direito Público dedicado ao conjunto de princípios e normas que regem a
Administração Pública.
Estado
Pessoa jurídica de público (ente personalizado público) constituído por 3 elementos:
Povo
Território
Poder Soberano
Poderes do Estado
O poder do Estado se manifesta por meio de seus órgãos e agentes no exercício de 3 funções
de poder:
Administrativas
Legislativas
Judiciais
Governo: condução política dos negócios do Estado. Exemplo: definição das políticas
públicas de saúde, educação, economia, relações exteriores etc (feição política).
Administração Pública: função administrativa exercida por meio de órgãos e agentes
públicos (feição técnica).
Serviços públicos
Atividades de atendimento às necessidades coletivas (saúde pública, segurança pública,
transporte coletivo, assistência social etc)
Prestados pelo Estado diretamente (por meio dos órgão e entidades públicas) ou
indiretamente (por meio de concessões, permissões etc)
Fomento
Atividade estatal de incentivo à iniciativa privada.
Exemplos: benefícios fiscais, crédito público (BNDES) etc.
Intervenção
Atuação direta da Administração Pública na economia por meio das empresas estatais
(empresas públicas e sociedades de economia mista).
Fiscalização e regulamentação da atividade econômica privada. Ex: BACEN, agências
reguladoras etc.
Espécies de desconcentração
• em razão da matéria (Ministério da Saúde, da Justiça...)
• em razão do grau ou da hierarquia (ministério, secretarias, superintendências...)
• pelo critério territorial (Superintendência da Polícia Federal em SP, no RJ...)
Órgãos Públicos
• “centros de competência instituídos para o desempenho de funções estatais, através de seus
agentes, cuja atuação é imputada à pessoa jurídica a que pertencem” (Hely Lopes
Meirelles).
Conceito
Competência
• É requisito vinculado.
• É a delimitação das atribuições ao agente que pratica o ato.
• Regras: a) decorre sempre de lei;
b) pode ser objeto de delegação ou avocação, desde que não seja de competência exclusiva
definida em lei.
Finalidade
• É requisito vinculado.
• É o resultado que a administração pública pretende atingir com a prática do ato, que é
igual para todo ato administrativo, ou seja, é o interesse público.
Forma
• É requisito vinculado.
• É o elemento exteriorizador do ato administrativo.
• A forma a ser adotada é a prevista na lei.
Motivo ou Causa
• Pressuposto de fato e de direito cuja ocorrência autoriza ou determina a prática do ato.
• Pode ser vinculado ou discricionário.
Motivo x Motivação
• MOTIVO: é elemento de validade do ato administrativo e, sem ele, haverá nulidade.
• MOTIVAÇÃO: é a exposição (por escrito) do motivo, isto é a demonstração de que este
realmente existe.
- doutrina e a jurisprudência atuais: necessidade de motivação em todos os atos
administrativos.
Exceção: alguns atos discricionários
(ex: exoneração ad nutum)
O administrador fica vinculado aos motivos declinados para a prática do ato, sujeitando-se à
demonstração de sua ocorrência, mesmo que não estivesse obrigado a fazê-lo.
Objeto ou Conteúdo
• É o efeito jurídico imediato que o ato produz.
• Deve ser previsto em lei e moralmente aceito.
Uma tipicidade da minha sogra é que ela é uma pessoa que age com muita imperatividade,
só querendo man-dar. É ela mesma que faz as sua maldades, com total auto-executoriedade.
E o pior é que tudo o que ele faz para me prejudicar tem presunção de legitimidade, pois, a
princípio, minha mulher sempre confia nela, só acre-ditando em mim se eu provar o
contrário.
Tipicidade
• Todo ato administrativo deve corresponder a figuras previamente definidas pela lei como
aptas a produzir resultado; ou seja, para cada finalidade, há um ato a ser praticado.
• Só existe nos atos unilaterais, não existindo nos contratos.
Imperatividade
• Atos administrativos se impõem a terceiros, mesmo sem a concordância destes.
• Só existe nos atos administrativos que impõem obrigações, nos atos normativos, nos atos
punitivos e nos atos de polícia.
Auto-executoridade
• Administração pública pode executar o ato administrativo sem necessidade de intervenção
do Poder Judiciário.
• Só é possível quando expressamente prevista em lei ou quando se tratar de medida urgente
e extremamente necessária.
Presunção de legitimidade e veracidade
• Presume-se, até prova em contrário, que o ato administrativo foi realizado de acordo com a
lei (legitimidade) e que os fatos alegados pela administração para a prática do ato, também,
sejam verdadeiros (veracidade).
• Permite a imediata execução do ato.
Quanto ao alcance
• Internos: produzem efeitos apenas na administração pública, atingindo seus órgãos e
agentes
• externos: seus efeitos alcançam o administrado e só vigoram após serem publicados
Quanto ao objeto
• atos de império: praticados pela administração pública valendo-se de sua supremacia
• atos de gestão: praticados pela administração pública em condições de igualdade com o
administrado
• atos de expediente: destinam-se, apenas, a impulsionar os processos administrativos
Quanto ao regramento
Moralidade
• Boa-fé, lealdade, moral, ética.
• Ato administrativo, além de ser legal, tem que ser moral.
• Fundamento da vedação ao nepotismo – Súmula vinculante nº 13 (STF).
Publicidade
• Fundamento no artigo 5º, XXXIII, da CF.
• Regra: publicidade (todos os atos da Administração devem ser publicados).
• Exceção: casos em que o sigilo é imprescindível à segurança da sociedade e do Estado.
Princípios Implícitos:
Autotutela
• Dever da administração rever seus próprios atos quanto à legalidade e ao mérito.
• “A administração pode anular seus próprios atos quando eivados de vícios que os tornem
ilegais, porque deles não se originam direitos; ou revogá-los, por motivo de conveniência e
oportunidade, respeitados os direitos adqui-ridos, e ressalvada, em todos os casos, a
apreciação judicial” (Súmula 473 do STF).
Tutela ou controle
• A Administração Direta (órgãos públicos) controla e fiscaliza as atividades das entidades
da Administração Indireta (autarquias, fundações, sociedades de economia mista e empresas
públicas).
• Mas, não há relação de subordinação (hierarquia). Só há tutela.
Presunção de legitimidade
• Presume-se que a atividade administrativa está de acordo com a lei e fundamentada em
fatos verídicos.
• Presunção é relativa (admite prova em contrário).
• Ato administrativo produzirá efeito até que seja retirado da ordem jurídica (anulado ou
revogado).
• Autoriza a realização imediata do ato.
Segurança jurídica
• A lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada” (CF, art.
5º, XXXVI).
• Decadência em 5 anos do direito de anular um ato administrativo, quando seu efeitos
forem benéficos ao des-tinatário e não houver má-fé (Lei 9.784/99, art. 54).
• Direito líquido e certo à nomeação do candidato aprovado dentro do número de vagas.
Motivação
• Regra: atos administrativos devem ser motivados.
• Fundamentos de fato e de direito.
Exceções: previstas na CF e na legislação. Ex: livre nomeação e exoneração do ocupante de
cargos em comissão (CF, art. 37, I - exoneração ad nutum)
Princípio da razoabilidade
STF: decorrência do princípio expresso do devido processo legal.
• Meios devem adequados aos fins do ato administrativo.
• Limitação ao poder discricionário da Administração.
STF: decorrência do princípio expresso do devido processo legal.
• Meios devem adequados aos fins do ato administrativo.
• Limitação ao poder discricionário da administração.
• Flexibilização da interpretação de outros princípios.
Princípio da Especialidade
• ligado à descentralização administrativa
• Estado cria outras pessoas jurídicas para desempenhar funções administrativas e prestação
de serviços públicos
• objetivo de especializar a atividade
Conceito
Hely Lopes Meirelles, serviço público é “todo aquele prestado pela Administração ou por
seus delegados, sob normas e controles estatais, para satisfazer necessidades essenciais ou
secundárias da coletividade ou simples conveniências do Estado”.
Exemplos: a saúde pública, o ensino público, o transporte coletivo
Critérios doutrinários
• material: em razão do tipo de atividade
• subjetivo: qualquer serviço prestado diretamente pelo Estado
• formal: é aquele previsto em lei. Brasil
Classificação
• Próprios
• Impróprios
• Administrativos
• Industriais
"uti universi" ou gerais
“uti singuli” ou individuais
Regulamentação e Controle
Princípios
• Permanência ou continuidade do serviço público
• Generalidade ou igualdade dos usuários
• Eficiência ou adaptabilidade
• Modicidade
• Cortesia
Direitos do usuário
• Código de Defesa do Consumidor (Lei 8078/90): art.22.
• A Lei 8987/95