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Direito Administrativo: Ramo juridico de direito publico, com ramificações ao privado. Rege
a organização do estado administrativo. A função administrativa é a função de
execução, ou seja, fazer cumprir as leis. O órgão superior da organização
administrativa é o governo.
O estado não conseguiria competir com empresas privadas, sendo por isso necessario criar
empresas publicas. Para as empresas publicas funcionarem é necessario que as mesmas
estejam bem formuladas.
Modelo Tradicional: Existiu durante seculos e foi usado durante muito tempo, tendo
encerrado o seu ciclo em França com a revolução francesa (subordinação do estado aos
cidadãos e ao direito). A revolução francesa prossupõe um estado de direito.
Para que serve o direito administrativo: Existem necessidades de pessoas coletivas que só
podem ser supridas com o uso do mesmo.
As três fases do estado foram: Estado liberal (não entra na economia), o Estado social
(entrevem em x áreas da economia) e o estado pós social.
Empresas publicas: órgãos coletivos que são criados para perseguirem os objetivos do
estado, tendo autonomia financeira e administrativa.
Administração independente: Pessoas coletivas estão mais longe do estado, podendo nem
receber ordens do mesmo.
O estado tem 4 planos, sendo eles: o plano constitucional, o plano político, o plano legislativo
e o plano administrativo.
Regime das pessoas coletivas: Pessoas coletivas (atribuições), Órgãos (competências que
resultam em poderes) e Serviços (missões).
O direito dos trabalhadores não se aplica em toda a gente, os trabalhadores privados têm o
direito do trabalho, já os trabalhadores públicos têm o direito administrativo.
Nas entidades comerciais privadas não existem as tutelas do estado, já no caso das entidades
publicas existem tutelas do estado. O estado conserva em si o poder de controlo, logo, mesmo
com autonomia existem formas de monitorizar as empresas. As pessoas coletivas estão
sempre dependentes. Existe ainda uma fiscalização de natureza jurisdicional feita pelo tribunal
de contas.
Caso exista a necessidade de fusão ou de extinção da empresa publica, apenas quem criou
pode alterar, fundir e cessar institutos públicos. Resumindo, o modo como é criado é o mesmo
de como é modificado ou extinto.
Órgãos: Centros institucionalizados de poderes e de deveres que formam e exprimem a
vontade funcional da pessoa coletiva. Formam-se juntamente com a pessoa coletiva e têm
uma natureza continuada, isto é, os titulares até podem mudar, o órgão em princípio não. As
pessoas coletivas têm natureza permanente, enquanto funcionarem os órgãos estão lá.
Centrais e Locais: Os centrais têm competência em todo o território, já os locais têm uma
competência circunscrita.
A sessão é o período durante o qual o órgão (intermitente) pode reunir, já a reunião é menos
abrangente e são os encontros que ocorrem durante esse período.
Os membros são todos os titulares do órgão com pelouro, já as vogais são membros sem uma
função diferenciada (pelouro).
O Quórum é o número mínimo de titulares exigido para o órgão poder funcionar e deliberar.
Estudamos quatro tipos de maiorias, sendo elas: a maioria relativa, a maioria absoluta, a
maioria qualificada e a unanimidade. A maioria relativa é o mais votado, a maioria absoluta é
uma maioria de votos a favor, ou seja, mais votos a favor que contra a somar com as
abstenções. A maioria qualificada é uma maioria superior a maioria absoluta, por exemplo 2/3.
A unanimidade é votarem todos no mesmo sentido, isto é, não existirem votos contra.
Existem ainda dois tipos de votos diferentes, sendo eles: o voto de qualidade e o voto de
desempate. O voto de qualidade consiste em o presidente participar na votação de forma
normal, e caso a votação resulte num empate, o voto do presidente valer por dois. O voto de
desempate é o presidente somente participar na votação em caso de empate.
Existe uma diferença entre deliberação e decisão. A deliberação é usada para órgãos colegiais,
já a decisão é usada para órgãos singulares.
Uma ata é o documento onde se relata os principais pontos fulcrais de determinada reunião.
Deve sempre conter os pontos principais e a deliberação final, descrevendo apenas o essencial
do que foi abordado na reunião. A ata é aprovada na reunião seguinte.
Existe também uma diferença entre dissolução e demissão. Falamos de dissolução quando é
antecipado o fim de um mandato, isto é, caso o órgão tenha sido eleito. Já a demissão é usada
caso um órgão tenha sido nomeado e não eleito.
As competências podem ser limitadas em quatro pontos, sendo eles: o território, a matéria, a
hierarquia e o tempo. A competência pode ser delimitada para o território, sendo assim
nacional ou local. Pode ser delimitada em relação a matéria, sendo assim competente ou não
para determinadas funções. Pode ainda ter limites em razão de hierarquia, sendo uma
competência distribuída em pirâmide geralmente, onde todos os órgãos podem até ter
competências, mas onde os órgãos superiores têm mais competências em relação aos
subalternos. Pode ainda ser delimitada pelo tempo, sendo importante verificar se o órgão no
momento atual é competente, designadamente através da delegação.
Tipos de competências:
O facto de um órgão deixar de ser competente tem apenas consequências para o futuro, não
para os atos que já estão decorrentes. De acordo com o Art.º 40 do CPA, os órgãos devem ter
o autocontrolo da competência devendo antes de praticar determinado ato confirmar se ainda
são competentes para tal. Se olharmos para o Art.º 41 do CPA, quando um órgão é
incompetente deve devolver a petição ao órgão competente.
A delegação de poderes decorre do Art.º 44 nº1 do CPA, onde diz ser necessario existir um
órgão normalmente competente em determinada matéria para o fazer. É necessario sempre a
existência de uma lei habilitadora, isto é, uma lei que permita que através da administração de
poder outro órgão pode exercer as funções que lhe foram delegadas.
Uma pessoa coletiva pode delegar tanto pessoas coletivas como órgãos que
delegarão outros órgãos, ou manterão o poder em si.
A lei habilitadora apenas permite a lei, é sempre necessario a existência de um ato concreto na
sequência da mesma para a delegação ser valida.
Tipos de delegações:
Existem delegações amplas e delegações restritas. As amplas são a delegação de grande parte
das suas funções, já as restritas são de uma menor parcela das mesmas. Nunca se podem
delegar a totalidade das funções de acordo com o Art.º 45 do CPA.
Atos de administração ordinária são atos de menor importância, ou atos comuns, podem
ser considerados provisórios ou atos de menor importância na capacidade.
A subdelegação de poderes pode acontecer caso não esteja expresso pelo delegante de que
não pode.
A Tese da administração direta acredita que quem tem o poder pode orientar o delegado
numa certa direção. (Art.º 49 nº1 estabelece que o delegante tem o poder de dar ordens,
diretivas ou instruções ao delegado, sobre como este deve exercer os poderes que lhe foram
delegados. Isto ocorre porque o delegante é efetivamente o órgão responsável pela totalidade
da função.)
De acordo com o Art. 49.º n.º 2 do CPA o delegante pode avocar, anular, revogar ou
substituir os atos praticados pelo delegado. Quando o faz, o delegado deixa de poder
resolver esses casos, que passam de novo para a competência do delegante. Avocar seria a
possibilidade de chamar a si a prática de determinado ato. Anular seria a anulação de algum
ato realizado pelo delegado. A revogação seria a revogação da delegação e a substituição seria
a substituição do delegado.
Há certas figuras que, apesar de terem um âmbito semelhante, não podem ser confundidas
com a delegação de poderes. Entre elas destacam-se: a transferência legal de competências; a
concessão; a delegação de serviços públicos; substituição; delegação de assinatura; delegação
tácita; entre outras.
A Transferência legal é uma forma de desconcentração originária que se produz por força da
lei ao contrário da delegação de poderes, que resulta de um ato do delegante. Tem natureza
definitiva enquanto a lei vigorar.
A Substituição seria quando determinado titular de um órgão não cumpre um dever seu,
agindo por isso um substituto como o substituído, caso corra mal a culpa recai sobre o quem
não quis desempenhar a ação primeiramente.
A delegação de assinatura consiste na lei, por vezes, permitir que certos órgãos da
Administração incumbam um funcionário subalterno de assinar a correspondência expedida
em nome daqueles, com o objetivo de evitar o “excesso” de trabalho.
Serviços principais têm a ver com a atividade principal das pessoas coletivas, já os serviços
acessórios têm a ver com outras atividades que acabam por ter uma natureza secundaria.
Criar uma pessoa coletiva é diferente de criar um serviço, vindo a criação de um serviço
prossuposta no Art.º 24 da LOADE. O decreto regulamentar é imitido pelo governo.
A hierarquia é uma relação que se estabelece no âmbito das relações interorgânicas, que o
prof. Freitas do Amaral define como «o modelo de organização administrativa vertical,
constituído por dois ou mais órgãos e agentes com atribuições, ligados por um vínculo jurídico
que confere ao superior o poder de direção e impõe ao subalterno o dever de obediência.
Existência de um vínculo entre dois ou mais órgãos, isto é, superior e subalterno têm de estar
vinculados na relação hierárquica. É, também, necessário que tanto o superior como o
subalterno atuem para a prossecução de atribuições comuns.
No que toca aos deveres do subalterno, existe um que diz diretamente respeito à relação do
serviço, o dever de obediência e zelo. O dever de obediência consiste na obrigação de o
subalterno cumprir as ordens e instruções dos seus legítimos superiores hierárquicos. O
subalterno pode não cumprir o ato caso a ação que resulta do ato pedido resulte na prática de
um ilícito criminal, isto é, um crime.