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Doa

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Comparação entre as varias funções do estado


Distinção entre a função politica VS administrativa

Distinguem-se em 3 aspetos quanto ao

Fim- função politica tem por fim definir o interesse geral da coletividade ,ad realiza os
interesses políticos das pessoas

Objeto- politica tem que traçar os ramos do destino coletiva, ad satisfação das necessidades
coletivas

Natureza- função politica inovadora tem a função primaria, ad execução ao pratica em


concreto dos interesses públicos

Função administração VS função legislativa

Função legislativa é uma atividade permanente, primaria , com regra especial criação da lei nos
termos da constituição, criação de regras essenciais para a manutenção da sociedade VS
função administração é completamente subordinada pois a lei sobreponde é então secundaria

Função administração VS jurisdicional

administração consiste em gerir os bens públicos VS jurisdicional consiste em aplicar o direito


aos casos concretos , no âmbito ad procura se seguir os interesses públicos

administração cinge-se a prosseguir o interesse publico VS jurisdicional aplica o direito a caso

Sistemas de administração

Em termos puros são 2 administração britânia e continental

administração britânica, administração judiciaria ,

Continental, administração executivo,

Organização administrativa

O modelo britânico há uma forte descentralização , esta repartido por varias entidades para
alem do estado e que são autónomas face aos estado, enquanto que no modelo continental há
uma ausência típica de descentralização , o estado em o papel determinante na organização
pulica, havendo poucas entidades.

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Nível do direito regula a dm entre o governo e os particulares

Continental há verdadeiro direito administração VS britânico não há direito administração e


este direitos administração são redimidos pela comomm law

Modelo executivo há tribunais administrativos ou seja a tribunais especificamente criados para


os litígios administrativos , no judiciário britânico são os tribunais comuns que resolvem a
administração entre os administração e os particulares não a tribunais administração

Força jurídica das decisões da administração

Continental tem força executiva própria , modelo britânico as decisões da administração não
tem força executiva tem que pedir ao tribunal comum

O modelo português tem origem no modelo executivo, organização aproxima-se do britânico a


nível das descentralização há órgãos autónomos do estado , temos tribunais administração
que tem uma orgânica judiciaria paralela ao tribunal comum , força executiva própria depende
da circunstancias do caso concreto, a única aproximação ao britânica é haver um certo nível de
descentralização

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Teoria geral da organização administrativa


Noção de organização administrativa é a estrutura subjetiva da administração publica em cada
estado e em cada momento histórico em cada realidade estadual há uma organização
administrativa . o sistema de pessoas coletivas órgãos , serviços , agentes do estado e das
demais pessoas coletivas. É um conjunto das pessoas coletivas.

Nem sempre se falou em organização administrativa nos mesmo termos ,a noção de


organização administração corresponde a noção de administração publica em sentido
subjetivo , foco orgânico.

Quando falamos em administração publica em sentido objetivo , já não relativamente a


pessoas , falamos em sentido orgânico , usamos minúsculas , estamos a falar da atividade
administrativa. Sentido objetivo é a atividade.

Organização administrativa existe para responder a necessidades de natureza coletiva , por ex.
o problema atual de saúde, neste caso servem para garantir a nossa segurança. Esse tipo de
necessidades podem ser face ao estrangeiro, de cultura. As necessidades de justiça são
prosseguidas pela função jurisdicional, as necessidades de cultura são prosseguidas pela
administração publica

Distinguir administrativa publica vs privada

- objeto, administração publica destina-se a satisfazer necessidades coletivas , de todos ,


administração privada necessidades de grupos de seguimentos da sociedade

-fim, administração publica prossegue os interesses publico, o interesse coletivo,


administração privada prossegue interesse de pessoas singulares interesses particulares

-meios, instrumentos que são usados , administração publica pode recorrer as suas
autoridades pode aplicar os seus poderes, pode impor -nos impostos através da sua

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autoridade , a nível privado os meios usados é um contrato, o acordo , no entanto há exceções
como nos casos em que administração publica pode agir como se fosse um ente privado.

Organização administrativa , organização em sentido subjetivo , isto significa pessoas, a


existência de pessoas , ou seja pessoas coletivas publicas . as pessoas coletivas é uma figura
ficcionada pelo direito .

pessoas coletivas publica são aquelas que são criadas por iniciativa publica em ordem a
segurara a exclusiva prossecução de interesses públicos sendo por isso dotadas em sentido
próprio de poderes e deveres públicos. Os aspetos comuns as pessoas coletivas publicas são :

- as pessoas coletivas publicas, nascem sempre de um ato do poder publico, seja este nacional,
regional ou local , isto pode ser criada através da constituição , através de escritura publica . A
iniciativa privada não pode criar pessoas coletivas publicas ,estas são criadas através de atos
jurídico publico

- existem apenas para prosseguir interesses públicos , ara prosseguir interesses privados
chamamos de corrupção . quando se fala de interesse publico é o interesse da generalidade
dos portugueses . há pessoas coletivas privadas que prosseguem interesses publicas , fazem a
concessão ou seja prosseguem parcialmente interesses publico mas ao mesmo tempo tem um
interesse privada , exemplo as auto estradas pois são empresas privadas que fazem a estrada
com o interesse de ganhar mas estão a faze-lo para interesse publico.

Administração publica tem certo tipo de deveres que administração publica tem que eu não
tenho quanto administração privada, administração publica tem o dever de concurso publico ,
apor exemplo.

O poder público as pessoas coletivas publicas tem poderes que nos não temos ( expropriar)
mas tem deveres muito maiores que nos como por exemplo um dano causado por pessoas
coletiva publica é muito mais grave

-administração publica tem estes poderes de natureza publica mas tem poderes de natureza
privada , tem poderes privados porque em alguns casos tem que descer ao nível das pessoas
singulares para fazer certo tipo de contratos. Tem capacidade jurídica publica e poder civil

- pessoas coletivas publicas tem autonomia financeira , podem praticar ato autonomamente
mas não livremente ex. criação de empresas publicas para agir com autonomia para fazer
escolhas e ao mesmo tempo dá-se um determinado património para ter autonomia para gerir.

Em matéria de responsabilidade de pessoas coletivas publicas é diferente da privada , estas


questões são tratadas em tribunais diferentes , a nível publico tribunal administrativa a nível
privado tribunais cíveis.

As pessoas coletivas publicas estão sujeitas a tutela , a tutela é uma forma de controlo , o
estado nunca perde o controlo sobre essas pessoas mas o estado tem sempre que autorizar
certas coisas , dai a tutela, essas pessoas coletivas são cridas dando lhe espaço e autonomia
mas não de forma livre.

- fiscalização pelo tribunal de contas , as pessoas coletivas para praticarem determinados atos
tem de ser autorizados pelo tribunal de contas , nos não é assim não existe um tribunal que

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nos fiscaliza a nível financeiro. Por sua vez as pessoas coletivas publicas precisam de
autorização previa por vezes do tribunal de contas.

As pessoas coletivas publicas não podem auto extinguir-se , se tenho uma sociedade privada
eu posso extingui-la cessando a autoridade , uma empresa publica criada pelo estado não
pode autodissolver-se , só o estado tem esse poder, principio de simetria com a criação. A sua
extinção é feita pelo ente que a criou.

Tipos diferentes de pessoas coletivas publicas

Diferentes patamares : nível do estado , regiões autónomas, e autarquias locais mas estamos a
falar de certos tipos de pessoas coletivas publicas que se chamam pessoas coletivas publicas
territoriais, tem um território onde tem a sua base.

- empresas publicas não tem território , então são pessoas coletivas de tipo societário ou de
tipo institucional

- pessoas coletivas associativas, associações publicas como a ordem dos advogados, pessoas
coletivas fundacionais.

Atribuições das pessoas coletivas publicas

Atribuições são os fins as finalidades ou os interesses que a lei incumbe para essas pessoas
coletivas cumprirem , elas são criadas para realizarem determinados objetivos isto são as
atribuições das pessoas coletivas. Atribuições e competências é diferente , competências tem
os órgãos das pessoas coletivas , atribuição e uma finalidade , competência é um meio para
atingir essa finalidade.

 Órgãos das pessoas coletivas publicas

As pessoas coletivas são realidades que o direito entendeu criar. Uma pessoa coletiva tem que
ter um instrumento para poder funcionar esse instrumento são os órgãos. Se há pessoas
coletivas é necessário uma figura orgânica, é necessário órgãos.

Órgãos são centros institucionalizados de poderes e de deveres que formam e exprimem a


vontade funcional da pessoa coletiva. (definição) com isto os órgãos tem poderes e deveres ,
tem competência , poderes para agir para praticar atos. Institucionalizados significa que tem
estes poderes permanentes. Os órgãos tomam a deliberação mas é necessário exprimi-la
tendo que a comunicar para o exterior. A nível da vontade funcional isto significa que não é a
vontade da pessoal , tomam as decisões pela função que a pessoa coletiva esta a agir.

Na organização publica portuguesa há varias categorias , ou classificação de órgãos :

- Os órgãos podem ser permanentes ou temporários , isto significa que pode durar apenas
algum tempo pode extinguir-se o órgão ou duração indefinida como o governo por ex.

- Órgãos centrais e órgãos locais , órgãos centrais tem competência para todo o território ,
órgãos locais tem uma competência circunstaria ex. os governos regionais da madeira e dos
açores.

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- órgãos primários e secundários, primarias tem competência própria essa competência resulta
diretamente da lei , secundários tem competência delegada

- Órgãos representativos e não representativos,

- órgãos singulares ou coletivas, singulares são os que são compostos por uma única pessoa ,
colegiais órgãos que funcionam em colégio varias pessoas

- Órgãos simples e complexos, um órgão singular é sempre um órgão simples , os órgãos


colegiais todos os membros tem as mesmas competências , nos órgãos complexos são
complexos porque para alem de colegiais as pessoas tem poderes diferentes entre si.

- órgãos ativos e consultivos, ativos tomam decisões , os consultivos limitam-se a aconselhar

-órgãos decisórios e executivos, a administração publica funciona de forma hierárquica ,


decisórios são os órgãos que estão no plano superior da hierarquia o governo , mas as
deliberações tem que ser executadas.

Terminologias dos órgãos colegiais

A composição é o elenco a lista abstrata dos membros que vão fazer parte daquele órgão. Em
matéria de órgãos colegiais constituição é o ato através do qual os órgãos reúnem pela
primeira vez. A marcação de reunião é mais simples que convocação de reunião , na marcação
fixa-se apenas o dia e a hora, na convocação tem que se indicar o local e sobre tudo a ordem
de trabalhos , ao que se destina a reunião. Na convocação tem que ser fixada para as pessoas
saberem do que vão tratar.

Secção e uma reunião – secção é o período durante o qual podem reunir-se órgãos que tem
funcionamento intermitente , isto é , funcionam apenas durante um segmento maior do ano,
quando esses órgãos se reúnem diz-se que estão em secção, por exemplo um órgão que se
encontra apenas 3 vezes por ano. Da uma das secções pode ser uma reunião.

Membros do órgãos ou titulares – são aqueles que pessoas físicas que compõe esse órgão ,
vogais , são aqueles que não ocupam nenhuma função especial dentro do órgão.

Quórum – é um numero mínimo de membros, pessoas que tem que estar juntas para que
órgão posso funcionar e deliberar. O órgão é a maioria dos membros , ou seja se houver 7
membros tem que estar presentes 4.

Modos de votação- pode se publica ou secreta , conhecida das outras pessoas

Votação e maioria- existe diferença entre maioria relativa isto e há mais votos a favor que mais
votos contra não considerando as abstenções , maioria absoluta é necessário mais votos a
favor do que a soma dos votos contra e abstenções , na maioria absoluta é necessário contar
as abstenções na relativa não se considera abstenção. Maioria qualificada é superior a maioria
absoluta. Voto de qualidade e desempate , na de qualidade o presidente do órgão participa na
votação em caso de empate ele desempate, no voto de desempate o presidente não voto e só
intervém se houver empate.

Ata é o documento onde se escrevem os principais atos da reunião, é um documento no qual


se relata no que ocorreu nas reuniões.

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Diferença entre dissolução e demissão- falamos em dissolução quando falamos de órgãos
eleitos , demissão quando em causa estão órgãos que foram sorteados e não eleitos falamos
em demissão.

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Relações entre a administração publica e o direito


A administração pública quer na sua administração quer na sua atividade esta sempre limitada
pelo direito, sendo esta uma atividade jurídica.

Existem 2 perspetivas diferentes entre a administração publica com o direito: relações entre a
administração publica e o direito privado , porque ela também pode aparecer a utilizar o
direito privado embora tipicamente faça o uso do direito publico , e as relações entre a
administração e o próprio direito publico

- relações entre administração publica e direito privado, face ao carater da administração


publica esta utiliza o direito publico no entanto nada a impede de utilizar o direito privado e e
termos de distinção divide-se a utilização do direito privado por parte da administração publica
em 3 campos: - negócios auxiliares ( são negócios essenciais a própria sobrevivência dos
serviços da administração publica, como se trata de matérias essenciais a administração
publica e tem despesas baixas a administração publica em igualdade com qualquer particular e
sem necessidade de qualquer prerrogativa do direito publico); - intervenções reguladores no
mercado ( situações em que administração publica aparece em concorrer com particulares no
mercado, encontrando se a dm publica com os particulares em pé de igualdade ) ; - exercício
de funções publicas ( a utilização do direito privado e muito mais simples célere e eficiente e
pode usar-se pelo direito publico. Por vezes há fuga com o direito privado, administração
publica vai fazer tudo para utilizar o direito privado para fugir ao direito publico. O direito
privado esta sempre no controle do direito publico ).

-Relações entre a administração publica e o direito publico , a administração publica utiliza o


direito publico neste âmbito temos 2 situações possíveis face a densificação legal que controla
a atuação da administração assim sendo : - vinculação administrativa ; - discricionariedade
administrativa que são polos opostos , a grande diferença no âmbito da vinculação a
administração publica não fica com qualquer margem de liberdade de atuação isto porque a
densificação legal do caso concreto não permite a administração a tal liberdade de atuação.
Imaginemos se uma norma diz se x em que x e a previsão normativa , então a administração
deve y y é a conduta da administração. A discricionariedade consiste numa margem de
liberdade de atuação da administração publica que é conferida por lei e que é orientada por
essa mesma lei. Aqui retiramos que a administração tem uma margem de liberdade que é da
sua inteira responsabilidade , tendo que escolher a melhor opção possível , retiramos também
que a única fonte da discricionariedade é a lei.

Como é que a lei consegue conceder discricionariedade aos agentes administrativos?

- indeterminações estruturais , a discricionariedade administrativa poe resultar desde logo


pela forma de como se estruturam as normas jurídicas, as indeterminações estruturais podem
resultar desde logo a forma como se estruturam as normas jurídicas. As indeterminações
estruturais podem ser de 2 formas : - normas facultativas (ex. norma que diz se x( evento vida

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real )a administração publica pode y é a( conduta da administração)) a administração pode ou
não atuar , assim a administração pode escolher a atuação ; - normas obrigatórias de escolha
alternativa ( ex. se x a administração deve y, w ou z , assim ocorrendo o evento da vida real a
administração terá de aturar mas a lei prevê um leque de administrações possíveis ).

- indeterminações conceituais, conceitos indeterminados que são conceitos utilizadas nas


normas jurídicas normalmente no lado da hipótese e que tem um conteúdo elástico ou seja
são suscetíveis de varias interpretações , conceito de noite que é suscetível de varias
interpretações assim é um conceito elástico . estes conceitos podem revestir 2 espécies :

- conceitos classificatórios , não atribuem discricionariedade ao agente administrativo. Estes


apesar de em abstrato serem conceitos de limites elásticos e portanto suscetíveis de varias
interpretações , certo é que uma vez integrados na norma jurídica perdem toda a elasticidade
( conceito noite só que se esse mesmo conceito aparecer numa norma jurídica tem apenas um
conceito perdendo a elasticidade ) estes conceitos dividem -se em conceitos descritivos
empíricos (o seu conteúdo preenchesse facilmente através do recurso a conhecimentos
científicos ou ate a simples experiencia de vida ) e conceitos técnicos e técnico jurídicos
( conceitos cujo preenchimento se faz através do recurso a conhecimentos jurídicos ou do foro
jurídico )e por fim conceitos que remetem para circunstâncias de tempo e lugar ;

-conceitos imprecisos tipo , atribuem discricionariedade ao agente administrativo , isto


porque, estes para alem de serem em abstrato suscetíveis de varias interpretações mesmo
quando são contextualizadas na norma não perdem a sua elasticidade, o que significa que não
basta um mero raciocínio de interpretação para se chegar a conclusão do seu preenchimento
ou não preenchimento . assim para alem de um raciocínio interpretativo é necessário que o
agente administrativo faça um raciocínio subsuntido ou seja é necessário que o agente faça a
subsunção da realidade ao conceito impreciso para ver se no caso concreto fica ou não
preenchido o conceito. Em caso de inundação grave proteção civil deve proceder a evacuação
imediata das populações afetadas , aqui temos conceitos imprecisos , a inundação é um
conceito descritivo empírico que por um mero raciocínio interpretativo nos permite verificar se
há ou não inundação, a questão é a inundação grave pois o agente administrativo tem que
avaliar a gravidade ou não da inundação e tem margem da liberdade da decisão por parte da
administração. Tudo depende da subsunção que o agente administrativo faz.

- prerrogativas de avaliação , são momentos iminentemente discricionários em


procedimentos administrativos que são da responsabilidade da avaliação da administração, ex.
entrevista de concursos públicos para adquirir funcionários. A administração tem liberdade de
escolha

- juízos de prognose , determinadas situações em que a administração publica pode adotar


determinadas condutas em função da previsibilidade da evolução de uma determinada
situação.

Importa aqui saber o conteúdo pratico da discricionariedade administrativa assim sendo é o


seguinte tem haver com a delimitação dos poderes de cognição do tribunal , se a decisão
administrativa é discricionária , ou seja, se resulta do exercício de um poder discricionário
então o tribunal tendo chamar a pronunciar-se sobre tal decisão não vai emitir qualquer juízo
sobre os momentos discricionários contidos na decisão . havendo discricionariedade o tribunal

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não pode substituir-se ao agente administrativo para com base num eventual raciocínio
próprio vir a anular a decisão. Na verdade nestas circunstancias o tribunal vai apenas avaliar a
legalidade escrita da decisão boa a solução que o agente administrativo adotou no caso
concreto.

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Estrutural / essencial

Se pegamos numa lei e encontramos uma lacuna e não estiver no código do procedimento
administrativo está no regimento administrativo

Art20 ; 21 e seguintes , órgãos colegiais.8

Reuniões ordinárias e extraordinárias, art.º 23 , reuniões que devem ser feitas


necessariamente (reuniões ordinárias); extraordinárias porque pode haver necessidade de se
fazer reuniões para aquelas que não estão agendadas um assunto excecional, tem lugar
mediante convocação do presidente salvo disposição especial. O presidente pode ser obrigado
se pelo menos um terço das vogais o convocar, no entanto normalmente é o presidente .

Ordem do dia art25 , art26 deliberação ( decisão de um órgão colegial) , só podem ser tomadas
,deliberações da ordem do dia , no entanto n2 art26 refere que se 2 terços quiserem retratar
uma matéria que não esta prevista pode ser tratada

art.º 29 - Quórum, os órgãos colegiais só podem em regra deliberar quando esteja a maioria
dos membros com direito a voto, tem no então que estar presente a maioria do numero legal.
Por vezes não estão em numero suficiente para deliberara então não há Quórum, caso não se
verifique cloro na reunião anterior , e convocada uma nova reunião e basta um terço para a
situação ser falada , se forem 3 pessoas no cloro um terço tem que ter 2 pessoas

Art30- órgãos deliberativos e os que não liberam, esta regra aplica-se aos órgãos consultivos,
por vezes a lei diz que não e possível a abstenção

Formas de deliberação pode ser secreta ou publica , art31 n2

Maioria art.º 32 , as deliberações são tomadas por maioria absoluta, ou seja mais votos a favor
do que votos contra e as abstenções , aqui não é necessários membros efetivos mas sim são
membros que estão presentes por sua vez o numero legal . Maioria qualificada maioria com
mais de metade dos membros , maioria relativa basta haver mais votos a favor.

Voto de desempate e qualidade art33 , em principio funciona o voto de qualidade, voto do


presidente que desempata a questão , no entanto outra lei pode prever voto de desempate o
presidente não participa nas deliberações. Se o empate se mantem sucessivamente, procede-
se a maioria nominal art.º 34 , ata contem o resumo de tudo que nela tenha ocorrido

Órgãos

As pessoas coletivas tem atribuições, são as finalidades , no entanto os órgãos não tem
atribuições mas sim competências, as competências são os maios através dos quais os órgãos
vão prosseguir as finalidades da pessoa coletiva. Art36. A regra principal sobre a competência,

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a competência é definida pela lei, tem que estar prevista, nos não podemos pegar numa lei e
dizer que não há lei então não pode proibir , não , em direito publico é necessário que a lei
estabeleça na lei, tem que estar previsto se não estiver o ato praticado é ilegal. Não é possível
que um órgão renuncie a competência e não pode ser alienada, a exceção é a delegação de
competências, isto é , e um órgão competente mas a lei permite-lhe delegar o poder para
outro órgão.

Tipos de competências

- diferença entre competências expressas e implícitas, a competência pode estar presente de


uma forma camuflada por outro lado podem estar logo plicitas na lei

- competências livres e condicionadas, livres quando o órgão pode agir com a máxima
competência, as condicionadas não há escolha agindo de forma mecânica , no entanto estão
sempre condicionadas pelo principio da juridicidade

-competência meramente revogatórias e dispositivas , é possível dispor e decidir , meramente


revogatórias , quando um órgão tem poder de revogar pode também dispor no então há casos
em que o órgão só pode revogar.

- competências primarias e secundárias , primarias podem dispor originariamente sobre uma


determinada matéria , pratica de um terminado ato , secundário competências sobre um ato já
existente

-Competência própria ou delegada , própria e quando a lei diz que um órgão tem capacidade
para delegar ,delegada se a lei prevê que há um órgão que tem competência para delegar mas
esse órgão pode autorizar a faze-lo e só por isso e que tem esse poder de delegar

-Competência independente e dependente , são competências dependentes quase todas


quando há hierarquia administrativa

Art37 , alteração administrativa, a competência fixa-se no momento em que há um


procedimento administrativo,

Art41 se um órgão administrativo recebe uma petição e não são competentes tem que
reenviar oficiosamente do órgão que recebeu para o órgão que tem competência para isso

Delegação, transferir quem esta mais baixo na hierarquia administrativa para tratar assuntos
mais banais. Art44 e seguintes delegação de competências, é o ato através do qual um órgão
da administração normalmente competente pra decidir sobre determinado assuntos permite
de acordo com a lei que outro órgão pratique atos administrativos sobre a mesma matéria ,
isto é possível quando há um órgão e um agente , o órgão que delega o outro é um órgão
delegante , o órgão em quem é delegada essa competência é o órgão delegado.

Há vários requisitos: - tem que existir uma lei , um ato que preveja expressamente a
possibilidade de delegar , ou a faculdade de delegação , a lei prevê a possibilidade enquanto
possibilidade chama-se lei habilitadora , mas o órgão quer efetivamente delegar ele vai
praticar um ato , onde refere que vai delegar no órgão x , a delegação só e viável se houver
uma lei que a permite

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Delegação genérica ou especifica, genérica permite a pratica de uma pluralidade de atos, o
órgão que e delegado pode praticar vários atos, especifica quando se delega para a pratica de
um determinado ato , tem que se determinar o ato em concreto.

é um conceito qualitativo , a delegação nunca pode ser total é sempre parcial pode e incluir
mais ou menos matérias, o superior não pode dar todos os poderes , há ma parte da
competência que tem que ficar no órgão superior.

art.º 44 existência de uma lei que permita a delegação , n3 é possível a delegação através de
um único ato, atos de administração ordinária(atos que são praticados antes de uma
deliberação ser tomada, atos de execução dessa deliberação.

art.º 45 poderes indelegáveis , a delegação nunca pode ser total , não pode haver globalidade
de poderes do delegante para o delegado, o delegante não pode prescindir do poder
disciplinar; subdelegação- municípios a camara pode delegar determinados poder no
presidente e presidente pode subdelegar aos serviços ,art.º 46 , isto torna-se uma cadeira
hierárquica.

art.º 47 o órgão delegante ou subdelegante deve detalhar os poderes que lhe são delegados ,
não há delegações em branco , tem que dizer os atos que podem ser realizados tem que haver
o dever de especificação

art.º 49 nas delegações pode-se dizer que ficam delegados poderes nos termos com esta
orientação , o órgão delegante pode emitir diretivas ou instruções para a pratica dos atos que
lhe foram delegados

art.º 49 n2 a delegação pode ser revogada ; o delegante pode dizer que há atos que quer ele
tratar chamando a si a pratica de atos , avocação.

art.º 50 extinguir delegação, o ato pode ser revogado a qualquer momento, pode também
extinguir-se por caducidade no caso de ser especifica caduca pois foi concedida apenas para
um ato.

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Figuras Afins que tem semelhanças mas que não podem ser confundidas com a delegação de
poderes. As principais figuras próximas ,com a delegação de poderes em sentido técnico :

-transferência legal , ela é diferente porque tem uma natureza obrigatória e originaria, a
delegação tem que ter 2 requisitos uma lei habilitadora que permite a delegação e um ato
para essa delegação , na transferência legal não temos essa forma , como é originária não há
um ato subseconsequente , é originaria e definitiva porque a não ser que seja revogada por

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alguma lei essa delegação esta feita , enquanto que na delegação de poderes o ato é
temporário e quando e para vários atos aquele que delegou pode revogar a delegação.

- delegação tacita , é diferente pelo facto da lei dizer que ficam delegadas competências salvo
se houver uma manifestação em sentido contrario por parte de um desses órgãos , a diferença
não existe o segundo ato , o ato de delegação , pois é a própria lei a fazê-lo . a delegação tacita
é diferente da transferência legal porque a delegação tacita pode a delegação deixar de existir
desde que haja uma manifestação.

-concessão , a principal diferença é que enquanto a delegação de poderes opera entre sujeitos
públicos na concessão um dos sujeitos não apenas é sujeito privado mas é um sujeito privado
com fins lucrativos. Isto acontece porque nem sempre o estado pode prosseguir certas
atividades por razoes financeiras , assim o estado faz um contrato de concessão em que
sujeitos privados fazem um trabalho que podia ser feita pelo estado , ex. autoestradas .

-Subsequente , figura da delegação de serviços , é uma transferência de competências mas


neste caso é uma pessoa privada mas sem fins lucrativos

- representação ,a diferença é que quando há delegação , o delegado vai agir em nome próprio
, ou seja os atos praticados são da respetiva competência do próprio

- suplência , não há 2 órgãos há apenas 1 , dá-se sempre que por qualquer razão o titular do
cargo , titular dessa único órgão não pode exercer funções , por ex. um membro do governo
esta doente , há suplência

- substituição, alguém não cumpre os seus deveres a lei permite que alguém pratique esses
mesmos atos , esta figura é excecional

- delegação de assinatura , na delegação de competência alguém recebe a competência para


praticar atos , tomar decisões , na delegação de assinatura a lei permite apenas que
determinados funcionários assinem documentos , ele não toma decisões nenhumas apenas
assina , o superior hierárquico delega alguém para assinar.

Serviços públicos

São organizações existentes no interior da pessoa coletiva publica visando a prossecução das
respetivas atribuições.

Relação entre os órgãos e serviços ? os serviços servem para 2 tipos de funções , por um lado
num momento antecedente as decisões dos órgãos preparam essas deliberações , o trabalho
de recolher informação é dos serviços , quando são feitas as deliberações estas foram
convenientemente preparadas estas são missões dos serviços públicos , outra das missões é a
execução dessas decisões , o governo toma uma deliberação e quem executa a deliberação é
os serviços. Os serviços são organizações instrumentais ou seja servem os órgãos no momento
anterior habilitando o órgão a tomar uma decisão e executam decisões .

Os serviços não tem personalidade jurídica , são meramente instrumentais em relação aos
órgãos e em relação a pessoa coletiva.

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Quando a lei é criada e é criada uma pessoa coletiva fixa-se atribuições , que tem objetivos ,
principio da especialidade , quando se cria uma pessoa coletiva são fixadas finalidades . uma
vez que são pessoas coletivas é necessário órgãos por sua vez os órgãos precisam de
competências para decidir e deliberar , mas para deliberarem bem e serem convenientemente
asseguradas é necessário serviços.

Falamos de missões art.º 11 da lei da administração direta do estado , missão é a expressão


sucintas das funções fundamentais de cada serviço e objetivos essenciais a garantir .

Como são criados os serviços públicos ?

Recorre-se ao art.º 24 da lei da administração , a criação , extinção , fusão dos serviços do


estado são feitos através de decreto regulamentar . um decreto regulamentar é um tipo de
regulamento mas que só poe ser utilizado por um órgão administrativo ( governo), nos
sabemos que o governo é o órgão supremo , sendo esse órgão o governo ele tem
competências administrativas.

Os serviços tem uma natureza continua, continuada , os serviços não podem ter ferias , mesmo
em circunstancias excecionais esses serviços continuam a funcionar . Os utentes são sujeitos a
regras judiciais , os utentes somos nos a população , estão sujeitos a uma relação judiciais de
poderes estas regras são especificas mas são regras de poderes diversos.

Quando falamos em serviços , classificamos os serviços pelos modos de organização dos


serviços publico a existência de 2 critérios , critério territorial , distinguem-se entre serviços
centrais que funcionam a nível nacional , serviços periféricos que tem competências
subnacionais como as freguesias .; no entanto existe o critério vertical isto é a administração
esta organizada em diversos graus desde o topo ate a base , nestes serviços encontramos
permanentemente superiores hierárquicos e subalternes. Como a organização administrativa
esta organizada em pirâmide há certos serviços que são simultaneamente superiores
hierárquicos e subalternos porque se estiverem a meio da pirâmide , o governo é o exemplo
do órgão superior da organização administrativa.

Matéria da hierarquia

A organização administrativa esta escalonada por patamares e tem uma determinada base que
são dependes . a ideia de hierarquia é essencial assim tem como definição um modelo de
organização administrativa vertical constituída por 2 ou mais órgãos e agentes ligados por um
vinculo jurídico , vincule esse que confere ao superior hierárquico o poder de direção e impõe
ao subalterne o correspondente dever de obediência.

Organização administrativa é uma organização hierárquica , é tipicamente hierárquica que tem


patamares , no entanto há casos em que não existe hierarquia como por exemplo em
determinados serviços da organização publica , que estão organizados por trabalho de equipa ,
essas equipas não funcionam com superiores hierárquicos.

Quando olhamos para o governo temos que ver que existe uma hierarquia politica
maioritariamente do que uma hierarquia administrativa.

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Hierarquia interna e externa , quando falamos em hierarquia interna é um modelo de
organização vertical mas interna porque interna dos próprios serviços públicos , quando se fala
de hierarquia interna a única coisa que se fala aqui é dentro dos próprios serviços públicos , é
um modelo exclusivamente interno , divisão de trabalho dentro do mesmo serviço, tudo isto
se passa no âmbito do mesmo serviço. Quando falamos em hierarquia externa falamos do
âmbito da pessoa coletiva , portanto a hierarquização é entre órgãos não entre serviços.

Conteúdo da hierarquia , sempre que há hierarquia vai significar que um dos órgãos tem um
poder de direção e outro dos órgãos tem um poder de obediência , isto na hierarquia externa ,
na hierarquia interna um dos serviços vai ter uma posição superior e outro vai ter uma posição
de subalternidade .

Quando há hierarquia há necessariamente um poder de obediência

Poder de direção é uma faculdade ou poder que um superior tem de dar instruções ou ordens
vinculativas ou obrigatórias em matéria e serviço ao subalterne , é uma faculdade que o
superior hierárquico tem que são sempre vinculativas que tem como destinatário um
subalterne

Instruções são atos de natureza geral e abstrata quando se dão instrução são normativas tem
natureza normativa tem como função ordenar dirigir. As ordens são comandos mas com
natureza concreta e individual , a ordem tem um destinatário específica em caso concreto . o
que tem em comum é que podem ser orais ou escritas.

Para alem do poder de direção nos vamos encontrar em relação a outras pessoas coletivas o
poder de tutela , quando há superintendência esta tem que estar expressa na lei
administrativa , quando há tutela também tem que estar expressa na lei administrativa , mas
com o poder de direção raramente é encontrado na lei ou seja se existe hierarquia não e
preciso que a lei nos diga , mas mesmo não estando expresso e referido esse poder existe , é
um poder implícito pois resulta da ideia da hierarquia .

O poder de direção administrativa não e o único poder da hierarquia , poder de supervisão , o


poder de inspeção e o poder disciplinar . O poder de supervisão é um poder de controlo dos
atos da administração , as principais subpoderes são o poder de revogação , no outro o poder
de suspensão. O chefe tem o poder de fiscalizar, pode imitir ordens para verificar se essas
ordens são cumpridas poder de inspeção. O poder disciplinar e quando o superior hierárquico
tem o poder de controlo que no mínimo implica uma sanção.

O principal dever do subalterne é cumprir e obedecer as ordens e instruções imitidas pelo


superior hierárquico , por vezes há exceções. o dever de obediência sempre que o
comprimento do ato implique . a pratica de crimes faz cessar o poder de obediência.

Art161 , cessa a obediência se um ato é nulo, se o ato é nulo este não pode produzir efeitos a
nível de obediência , cessando-se o dever de obediência . Mas imaginemos que o subalterne
entende que esse ato pode criar danos graves , se o subalterne entende isso ,a única forma
que tem para se desresponsabilizar não deve cumprir essa ordem , não deve cumprir se a
pratica de um ato não tem cobertura legal.

13
Quando falamos em deveres , dever de zelo , dever de sigilo, dever de respeito , quando há
uma hierarquia espera-se que os subalternes tenham o dever de zelo, de sigilo de não contar o
que é feito em termo de serviço , os deveres assentam em qualquer estrutura hierárquica.

15-4 T

Organização administrativa Portuguesa vigente

Princípios legais em matéria de ordem legislativa portuguesa

A nível dos princípios encontramos na constituição 266 e seguintes no código do procedimento


administrativo art.º 3

A nível da matéria orgânica do governo

Administração direta

Existem sobreposições entre a matéria da constituição e do código do procedimento


administrativo. Os princípios art266,267 constituição são comuns a organização administrativa.

Principio da legalidade art.º 266 da constituição, art.º 3 do código do procedimento,

Principio do interesse publico, a razão de ser da administração publica é o interesse publico , a


administração prossegue o interesse geral, da comunidade , de todos art.º 266 constituição,
art.º 4 procedimento administrativo

Principio da boa administração , art.º 5 , traduz-se na ideia de eficácia da economicidade , da


solenidade ser rápido tanto quanto possível, art.º 267 constituição da burocratização.

Princípio da a proximidade dos serviços , ter proximidade dos serviços para a população não
ter que se deslocar muitos km para poder usufruir de certos serviços, art.º 5 n2 do
procedimento.

Principio da descentralização, art.º 267 constituição e art.º 5 do procedimento , em Portugal


pela descentralização territorial como as autarquias locais

Principio da desconcentração , a desconcentração verifica-se dentro da mesma pessoa


coletiva, art.º 267 n2 constituição e art.º 5 do procedimento

Quando falamos em organização administrativa estudamos o estado , pois este é a principal


pessoa coletiva publica de direito administrativo. O estado é determinante este é a base da
organização administrativa. Podemos falar do estado em 3 sentidos internacional,
constitucional e administrativo

14
Para haver estado é necessário território um espaço terrestre e marítimo um território aéreo
tem que haver uma delimitação, tem que existir poder politico e naturalmente existir uma
comunidade , quando falamos em direito administrativo falamos no conjunto de
administrados , em direito constitucional façamos em cidadãos, existem sempre estas
características . a nível internacional existe apenas um estado, a nível interno já existem vários
tipos como descentralizados , centralizados, democráticos .

O estado administrativo é uma pessoa coletiva ,é uma organização administrativa subordinada


secundária que sob a direção do governo prossegue a função administrativa.

O estado é diferente das outras pessoas coletivas publicas porque – tem uma natureza global ,
quanto uma autarquia local tem o espaço delimitado o estado ocupa todo o território
português , tudo no território português é estado ;- no caso do estado a própria constituição
fixa as próprias atribuições (objetivos) da pessoa coletiva enquanto que nos outros casos
muitas vezes essas atribuições resultam da lei como as autarquias locais , competências
administrativas estão presentes na constituição art.º 200, 201 n2 , a nível do estado existe uma
especificação das competências.

Estudar o estado é estudar o governo , a constituição carateriza o órgão governo como o órgão
superior da administração publica, o órgão governo tem funções politicas art.º 197
constituição que engloba funções legislativas e tem também competências administrativas
art.º 199. O governo esta regulado na constituição , mas essa regulação é uma parte , mas
grande parte esta previsto na lei orgânica do governo , que é um decreto de lei que só o
governo tem competência para praticar essa ato .

Lei orgânica , diz quais são as prioridades de cada governo , cada governo tem uma lei
orgânica. Aqui encontramos todas as suas prioridades e encontramos também a importância
da colaboração , poderes de administração de superintendência poderes de tutela , esta lei diz
que por efeito de tutela, administração e superintendência , cada efeito é atribuído a vários
ministérios. Organização do governo capitulo I o governo é constituído pelo primeiro ministro
art.º 3 tem uma lista que se refere aos secretários de estado , este art.º explica em que
ministério existem secretários de estado, a que ministério pertencem os secretários de estado,
art.º 4 fala sobre o 1 ministro e o concelho de ministros ; quem pode estar presente e intervir
no concelho de ministros , outros titulares de governo podem estar presentes mas não tem
poder de voto , há também pessoas que estar la a assistir mas não pode participar , alguns
secretários de estado podem estar e falar mas não podem votar. Quem substituiu o primeiro
ministro art.º 4 n5 ,é o ministro que não se encontra ausente ,caso se encontre art.º 2.

A nível da substituição dos ministros pelos secretários de esta art.º 4 n6.

A constituição não prevê a existência de reuniões dos secretários de estado, mas é uma pratica
os últimos governos, onde existe reuniões dos secretários de estado . os conselhos de ministro
estão presentes os ministros , na reuniões dos secretários de estado são reuniões exclusivas
pelos secretários presididas pelo ministros, este órgão existe nos termos desta lei

Competência destes órgãos : art.º 201

200- competência do concelho de ministros

15
201- competência do 1 ministro

Lei orgânica do governo art.º 7 e seguintes , encontramos a competência do 1 ministro tem


como antecedente o art.º 201 n1 CRP, e o art.º 9 tem como antecedente o art.º 201 n2 CRP

O art.º 7 diz nos que o primeiro ministro possui competência própria que lhe é conferida pela
constituição art.º 201 n1 , esta referencia possui competência própria que é conferida pela
própria lei, neste caso lei orgânica art.º 7.

Competência própria que decorre da norma

Primeiro ministro exerce vários poderes relativos aos serviços , organismos compreendidos na
presidência do conselho de ministros .

Art 7 n3 , o 1 ministro pode delegar em qualquer membro do governo a competência , não


pode delegar todo o seu poder ,ele pode delegar e a competência ser subdelegada, ele não
pode delegar outras competências para alem desta

N4 presença de uma delegação em sentido técnico, não exige ato de delegação , aqui não há
necessidade de uma lei subsequente para a pratica desse ato .

Competências dos ministros art.º 9 :

- tem competência própria ao contrario dos secretários de estado , art.º 201 n2 , os ministros
tem a competência própria que a lei e a constituição lhe atribui

- tem competências próprias mas podem receber outras competências por delegação do
primeiro ministro como um órgão colegial como o concelho de ministros

Competências do secretários de estado : art.º 11

- não dispõe de competência própria ,

- exercem em cada caso as competências que neles seja delegada pelo 1 ministro ou pelo
ministro respetivo, o secretario de estado tem que pertencer a esse ministério art.º 3 da lei
orgânica , pois caso não pertença a delegação é invalida

Lei orgânica do governo

capitulo 3

Presidência da concelho de ministros , art.º 13 , é o departamento central do governo e como


se fosse um ministério que tem como missão prestar auxilio ao concelho de ministro, ao 1
ministro. É um órgão de apoio ao ministros .

Quem é que o compõem ? – não são todos os ministros , a presidência é composta apenas pela
ministra da presidência do concelho de ministros que alias é ele que preside as reuniões dos

16
secretários de estado e depois por varias secretários de estado. apenas alguns membros do
governo .

Art.º 13 n4 , esta relação é uma relação com o próprio 1 ministro

Art.º 14 , a partir deste art.º e ao longo de muitos art.º encontramos as competências de cada
ministro , pela ordem que esta definida pelo governo . esta ordem começa com o ministro da
economia . estes artigos mostram também o poder de direção, a hierarquia , o ministro é
sempre o superior hierárquico.

Art.º 15 tem a mesma estrutura que a do art.º 14 , n 2 art.º 15 . a superintendência são


poderes mais limitados que são exercícios não dentro do estado mas no exterior fora do
estado .

A estrutura destes art.º é sempre a mesma , agora a lista tem uma ordenação , art.º 27 vemos
a importância que tem a ministra da saúde . art.º 27 a ministra da saúde tem por competência
formular, conduzir e avaliar a saúde e em especial a direção do serviço nacional de saúde. A
ministra tem o poder de direção sobre o ministério da saúde , da direção geral da saúde, quem
dirige a diretora geral da saúde é a ministra , ou seja a diretora geral da saúde é subalterne a
ministra da saúde . Assim a ministra , pode dar ordens e instruções a sua subdelegada .

O ultimo ministro esta no art.º 32

Funcionamento do governo art.º 38 , o concelho reúne ordinariamente durante todas as


semanas ,art.º 38 reuniões extraordinárias , art.º39 quem organiza a agenda é o secretario de
estado da presidência mas quem , reunião dos secretários de estado art.º 41, art.º 46
procedimento legislativo .

Órgão assembleia que funcionam com transparência , com publicidade o governo não o
governo é uma forma secreta, nos só sabemos o que o governo quer que saibamos , art.º 46
mostra que há muita coisa que nos não sabemos quase tudo é sigiloso.

Art.º 81 instituto da delegação de poderes do concelho de ministros, isto é uma norma


transitória, houve uma sequencia .

Lei da organização da administração direta do estado

Lei nº 4 2004 , o que é a administração direta do estado, é a administração que é desenvolvida


pelo próprio estado , aqui deixamos de fora os municípios as autarquias , aqui só falamos do
estado , quando falamos em administração indireta falamos em autarquias ou municípios onde
há uma relação entre pessoas coletivas

Art.º 2 entregam a administração direta os serviços que estão sujeitos ao poder de direção do
membro do governo .

17
A administração direta esta organizada em órgãos depois serviços , o 1 órgão do estado é o
órgão governo. Alem de ser um órgão colegial é um órgão complexo porque dentro do
governo há vários órgãos , dentro do órgão governo há órgãos mas o primeiro ministro é um
órgão .

Estado dentro do estado governo, dentro do governo vários órgãos , cada ministro é o superior
hierárquico de cada ministério art.º 4 .

Serviços da administração direta do estado

Art.º 11 , definição de missão

Serviços centrais são aqueles que cuja competência é extensiva a todos o território .

Art.º 24 , diz-nos que a criação , a reestruturação a fusão , a extinção mas tudo isto é feito
através de uma forma especifica , através do decreto regulamentar , isto é uma figura
administrativa é um ato geral e abstrato da função administrativa , só o governo é que faz
decretos regulamentares . as autarquias locais não podem fazer decretos regulamentares .

estrutura hierarquizada é constituída por unidades orgânicas pelo ato nuclear art.º 21 n2 ,
composta pela direção de serviços , a estrutura flexível é composta pelas divisões art.º 21 n5 .

estrutura matricial art.º 22 ,estrutura matricial significa que não são hierarquizadas , é adotada
sempre que as áreas operativas do serviço possam desenvolver-se por projetos visando
assegurar a constituição de equipas multidisciplinares com base na mobilidade funcional , a
regra é a hierarquia a estrutura matricial não é geral mas sim excecional

22-4

Administração indireta
Vamos ver outras pessoas coletivas diferentes do estado. Claro que fazem parte da
administração, claro que neste caso prosseguem ainda os interesses do estado e , por isso, se
fala em administração indireta do estado, os objetivos prosseguidos são ainda os objetivos do
estado, mas neste caso esse mesmo estado entende que é mais adequado faze-lo não de uma
forma direta, não através dos seus próprios serviços, mas criando outras pessoas coletivas,
neste caso institutos públicos (I.P) ou então empresas publicas.

Temos aqui pessoas coletivas diferentes, portanto, não temos aqui meros serviços, serviços
não são pessoas coletivas , serviços integram-se numa pessoa coletiva. O que vamos ter em
alguns casos são serviços personalizados o que é muito diferente. Resumindo: quando falamos
em institutos públicos e empresas publicas falamos em pessoas coletivas publicas diferentes
do estado. Tanto que são diferentes que há formas de articulação, há formas de
relacionamento com o estado.

O que diferencia estas figuras na articulação com o estado por confronto com aquilo que
vimos em termos de hierarquia? Se estamos a falar da pessoa coletiva estado aquilo que

18
existe tipicamente é um hierarquia e se existe hierarquia existe um superior hierárquico e um
subalterne, se existe um superior hierárquico este tem poderes de direção e se existe um
subalterne ele tem um dever de obediência.

Quando transitamos do estado para outras figura, do estado para outras pessoas deixa de ser
correto falar em poder de direção, então o que existe aqui? como é que o estado pode intervir
em relação a essas pessoas que criou? Pode intervir através da chamada superintendência ou
através de um mecanismo de tutela. Portanto, quando tentamos caracterizar a relação que
existe entre o estado e estas pessoas coletivas (I.P e empresas publicas) dizemos que neste
caso existe superintendência e tutela mas não existe poderes de direção porque não existe
uma hierarquia, estas pessoas coletivas não são hierarquicamente subalternes do estado. Se o
estado quiser esse tipo de relacionamento não cria pessoas coletivas, quando cria essas
pessoas coletivas a razão é muito simples é entender que para prosseguir essas funções é
preferível que essas pessoas tenham alguma autonomia, não independentes mas autónomas.
Autonomia significa que há um espaço de gestão mas um espaço de gestão que continua a ser
controlado pelo estado. Há dois aspetos em que o estado tem necessariamente de aprovar os
atos nomeadamente: plano de atividades e o orçamento (criar receitas, onde vão gastar o
dinheiro etc.). apesar de a proposta de orçamento e plano seja dessas pessoas coletivas eles
tem de ser aprovados pelo estado, ou seja, só entram em vigor apos a aprovação por parte do
estado.

Legislação dos institutos públicos é mais curta e simples a legislação das empresas publicas é
mais extensa e completa.

LEI- QUADRO DOS INSTITUTOS PUBLICOS ( página 171)

Artigo 4º: nº 1 (passar) portanto, são pessoas autónomas e naturalmente tem os seus próprios
órgãos e o seu próprio património. (passar n2) portanto, eles tem usualmente, em 99 porcento
dos casos tem autonomia administrativa (podem praticas atos de natureza administrativa) e
tem também autónima financeira o que significa que tem um determinado montante para
gerir. (passar nº3) exceção, em circunstâncias normais há autonomia administrativa e
financeira, portanto, tem um determinado montante, património atribuído pelo estado, estes
capitais são exclusivamente estaduais. Quando falamos em I.P e perguntam “ de onde vem
esses valores?” veem exclusivamente do estado ao contrário das empresas publicas que uma
parte vem do estado e outra parte pode ser privada

Artigo 2º: n1 (passar nº1), passar nº2, quer dizer que existem institutos públicos no plano
nacional e no plano das regiões autónomas mas não existem no plano local como é o caso das
empresas publicas

Artigo 3: menção rápida, nº1: ou seja se os serviços não tiverem personalidade jurídica fazem
parte da administração direta do estado, se forem personalizados, se tiverem personalidade
jurídica estamos na presença de institutos públicos

Artigo 7º: nº1, quando se pergunta “então e o orçamento, então o plano, então e a atividade,
quem é que vai autorizar? Quem vai aprovar?” o ministério da tutela. Há certo tipo de atos

19
quando falamos em tutela (podemos usar a expressão controlo, ou seja, é um forma de
controlar o funcionamento deste instituto publico) há uma ministro encarregado desta missão.
Com a atual lei orgânica do governo as vezes não há um ministro da tutela mas 3 ou 4, mas
tipicamente há um determinado ministro que tem a ver com essa matéria (imaginemos que é
um empresa publica em matéria de transportes naturalmente é o ministro do transportes que
vai ser o ministro da tutela). No caos dos dois diplomas que vamos ver hoje há um aspeto
importante: isto foi feito durante o tempo de troika o que significa que houve cortes de
natureza financeira em todos os tipos o que provocou o aparecimento da figura do ministro
das finanças como nunca antes tinha aparecido anteriormente neste institutos públicos e por
isso aparece referencia a tutela e depois aparece o ministro das finanças. Houve um
necessidade de controlo

Nº2 do artigo 7: quando há mais do que um ministro o critério é o presente no artigo 7

Finalidades: ao contrario do estado que tem uma finalidade global, tem uma finalidade
genérica, ou seja, prossegue o interesse publico de uma forma global, estas figuras que os IP
quer as Ep estão limitados por um principio chamado principio da especialidade do fim, ou
seja, se forem criados por exemplo em matéria de saúde as finalidade que prosseguem so
podem ser no âmbito da saúde; eles são criados para uma matéria relativa aos transportes só
podem ser no âmbito dos transportes.

Como são criados/ extintos? Criação artigo 9, nº2, tudo isto tem de constar do ato de criação
do instituto ( deve ser visto em conjunto que o artigo 16!

Extinção: artigo 16, podem ser criados por lei, por decreto lei e podem ser extintos igualmente
por decreto lei.

Quando podem ou dever ser extintos? Artigo 16 nº2, devem ser extintos quando tenha
decorrido o prazo pelo qual tenham sido criados. Podem ter sido criados por uma razão
especifica: vamos imaginar que se criou um IP especial para combater o covid no dia em que a
pandemia desaparecer ou estiver devidamente controlado o IP é extinto (passar nº2

Qual é a forma? Ato de natureza legislativa, ato político

Artigo 14: princípio da especialidade, “capacidade” igual a medida, a medida dos direitos, a
medida das obrigações do instituto abrange a pática de todos os atos…. necessárias à
prossecuçao do seu objeto

Título III- órgãos

Estes órgãos são muito diferentes dos órgãos das empresas publicas, tem designações
diferente e funções distintas

Nota: se num caso pratico nos aparece um órgão chamado “conselho diretivo” ou fiscal único
sabemos que estamos a falar de IP. Se estamos a usar expressões diferente provavelmente são
empresas publicas Ex: conselho fiscal. Portanto, os institutos públicos tem órgãos com
designações especificas neste caso: conselho diretivo (artigo 17) nº1 o conselho diretivo é o

20
órgão de direção de administração, de gestão do IP. Nº2 não tem verdadeiramente um
conselho fiscal, o conselho fiscal é um órgão colegial integrado por vários membros tem um
único fiscal que procede a fiscalização da atividade em mateia de gestão e de finanças.

O que faz um conselho diretivo e como é escolhido? Artigo 18º nos institutos públicos não há
poder de direção do estado em relação aos institutos mas dentro do instituto há pode de
direção, o conselho diretivo vai ser o órgão de direção em relação aos respetivos serviços. Há
direção mas não há é direção do estado para o instituto (nesse caso só há tutela e
superintendência). Esta direção é diferente, é direção que vai do conselho diretivo do instituto
para os respetivos serviços, aqui há hierarquia, internamente há hierarquia, não há é
hierarquia entre o estado e o instituto. “em conformidade com a lei e com as orientações
governamentais”- aqui estão as limitações e por isso é que não há independência, há
autonomia porque recebem orientações governamentais e não ordens.

Ao poder de superintendência corresponde antes de mais um poder de orientar que é


diferente de dirigir (direção)

Artigo 19:

Nº1 é um órgão colegial reduzido

Nº4 o membro do governo da tutela ou os membros do governo que desempenham as


funções de tutela é que selecionam estes membros do conselho diretivo embora na sequência
de um procedimento concursal (para evitar a imparcialidade da escolha) que supostamente é
controlado por um órgão

Artigo 20: nº1

Nº4, alínea g

Em que situações é que o mandato de um membro do conselho diretivo pode cessar


antecipadamente (alínea g mais importante, pode cessar pela não comprovação depois da
respetiva nomeação da capacidade adequada…. Ou seja, o governo pode invocar
incumprimento “fixamos orientações e objetivos e nem as orientações foram seguidas nem os
objetivos atingidos”

O que faz este conselho diretivo? Que tipo de competências tem? Que poderes tem?
Artigo 21:

Nº1: competência no âmbito da orientação e gestão do instituto, exclusivamente


administrativa

Nº2: domínio da gestão financeira

Já sabemos que estamos na presença de uma pessoa coletiva e que tipicamente tem
autonomia administrativa e no plano das finanças, portanto, naturalmente, sendo o conselho
diretivo o ordem principal desse instituto publico é natural que tenha estes dois tipos de
competências. alíneas importantes: A e B

21
O que faz o conselho diretivo? Dirige a atividade, vai dirigir, conduzir o instituto publico. Os
principais atos relativos ao instituto publico, as principais decisões não podem ser de outro
órgão se não o conselho diretivo. Vai dirigir o conselho, os serviços

b) elaborar os planos quer anuis quer plurianuais. O que vai o instituto fazer durante este ano?
Que tipo de atividades? Temos um plano, uma indicação da forma como o instituto vai tratar
desses assuntos. Há um plano de atividades anual que vai corresponder ao orçamento e há um
plano de atividade a medio prazo, um plano de atividades plurianuais. Em ambos os casos é o
conselho diretivo a quem compete elaborar

uma competência essencial: alínea a nº2 , elaborar o orçamento, de um lado despesa do outro
receitas, é um previsão. Aquilo que o conselho diretivo faz é elabora o que quer dizer que o
plano ainda não entrou em vigor, quer dizer que o orçamento ainda não produz efeitos porque
vai depender de aprovação.

Elabora significa que o trabalho do orçamento é feito por este órgão mas fica dependente de
aprovação do estado. A aprovação compete ao governo

Artigo 24: os membros do conselho diretivo são solidariamente responsáveis, o que significa
que são todos responsáveis pelos atos do conselho diretivo, em principio não podem dizer
“mas foi o presidente ou foi o vice presidente”, mas evidentemente há desvios que estão no
nº2 ai a ideia de responsabilidade cessa bem como nos membros ausentes que tenham
declarado por escrito o seu desacordo, ou seja, só não é responsável se tiver escrito uma
declaração nesse sentido

As atas servem para discernir, distinguir a responsabilidade de cada um

Nota: o facto de alguém não estar presente não quer dizer que não seja responsável, para não
o ser tem de manifestar a sua opinião em contrário atempadamente

Órgão de fiscalização em matéria financeira

Artigo 26: portanto não confundir as funções do conselho diretivo. Tudo o que tem a ver com
dinheiro, património, a responsabilidade é do órgão de fiscalização

Como é designado o respetivo titular? O fiscal único é designado por despacho dos membros
do governo responsáveis pela are das finanças e da tutela

O mandato tem a duração de 5 anos e é renovável uma única vez, sistema de governo destes
institutos públicos tem semelhanças em matéria de mandato, a escolha é feita por um
membro do governo

3º órgão: órgão facultativo chamado conselho consultivo (artigo 29, passar) é um órgão
complementar, não toma decisões, pode existir ou não) as funções estão no artigo 31

Artigo 41 e 42

22
Superintendência: poder que esta presente ao longo de todo o tempo, isto é, enquanto os atos
de tutela são atos normalmente circunscritos no tempo, aprovasse um determinado ato, tem
de se aprovar, autorizar etc. o poder de superintendência esta permanentemente presente.

O que é a superintendência? (passar o artigo 42) quem tem a tutela tem também a
superintendencia; “dirigir orientações” o poder de superintendência é um poder de orientar e
por isso distingue-se do poder de direção. (lei o resto do artigo) o que quer dizer? O estado fixa
objetivos, estabelece objetivos mas é evidente que não vai ser o estado a tentar prossegui-los
vão ser estas pessoas coletivas publicas (os IP). O estado poderá dizer “tem um património, os
objetivos estão fixados, a partir dai vamos ver o que conseguem fazer” todavia, o poder de
superintendência permite ir mais longe, permite que o estado emita orientações, ou seja, as
orientações são meras sugestões, não passam disso, mas a partir dai há autonomia. Mas pode
ir mais longe para alem das orientações, pode emitir diretivas que são vinculativas, então é a
mesma coisa que as ordens, as instruções, as direções? É diferente porque na diretiva embora
seja vinculativa só é fixado o objetivo a atingir não se diz como vai ser prosseguido, estabelece
a finalidade mas não define o meio para o atingir. A ordem é vinculativa em todos os aspetos,
é vinculativa quanto ais meios e quanto aos resultados (direção). Aqui estamos a falar do
estado para o instituto, o estado não vai dirigir o instituto, vai quanto muito emitir diretivas (é
um possibilidade, não é obrigatório). No poder de direção é diferente, eles tem de emitir
ordens, tem de, faz parte do poder de direção. Na superintendência há obviamente uma
direção, mas uma direção muito atenuada, enquanto que no caso da direção propriamente
dita é uma direção rígida, +é uma direção de superior hierárquico e subalterne, são ordens,
são instruções diretas deixando muito pouco espaço de escolha de decisão ao subalterne. Aqui
mantem-se a ligação até porque o capital é do estado, os institutos públicos em termos
financeiros são estado e por isso evidentemente o estado não vai deixá-los numa situação de
independência, há somente autonomia o que significa que há um espaço de decisão por parte
do IP mas há limitações, os limites da superintendência.

Tutela: artigo 41

Passar nº1; “no quadro dessa tutela”, passar nº2

O que depende de aprovação? O plano de atividades, o orçamento (o conselho diretivo


prepara, elabora), o relatório de atividades e as contas. Estes atos carecem de aprovação, não
é o conselho diretivo que os aprova, este somente os elabora.

O que acontece se estes atos não forem aprovados? Nº7 do artigo. Quer dizer que esse
orçamento é valido mas não pode produzir efeitos e por isso é ineficaz (não é nulo, nem
inexistente nem invalido)

Este são os atos que dependem de aprovação , mas há outros que dependem de autorização,
autorização esta de natureza previa (antes de serem feitos). Neste caso é elaborado o
orçamente e depois fica dependente de autorização, noutros casos antes de se iniciar
qualquer elaboração de ato é necessário um autorização previa do membro do governo da
tutela.

Assim a tutela em termos jurídicos traduz-se no poder por parte do estado de


aprovar ou de autorizar

23
Designação: artigo 51

Nem todas as normas que regulam os institutos públicos não estão aqui porque cada instituto
tem regra internas que complementam esta lei do IP temos de ver este lei quadro mas
também temos de ver a lei orgânica desse instituto

Ver artigo 6. Nº2 alínea a, as regras sobre os órgãos que não estiverem aqui estão no C.

REGIME JURIDICO DO SETOR PUBLICO EMPRESARIAL

Artigo 1: nº1, para nos conhecermos uma empresa publica não basta esta lei vamos precisar
da correspondente lei orgânica dessa empresa publica, diploma que regula aquela empresa
publica em especial

“ setor publico empresarial e empresas publicas”

Artigo 2, nº1 quer dizer que podemos ter empresas publicas no plano do estado mas também
podemos ter empresas publicas no plano autárquico, também existem empresas publicas
municipais. Portanto, quando se fala em setor empresarial pode ser setor empresarial do
estado ou setor empresarial local. Quando se fala em setor empresarial estamos sobretudo a
falar de empresas pulicas, mas o setor empresarial vai para alem das empresas publicas, inclui
também as chamadas empresas participadas (ver n2)

Setor publico empresarial e empresas publicas não é o mesmo porque setor publico
empresarial engloba as empresas publicas e as participadas, da mesma forma não devemos
falar em setor empresarial do estado porque uma parte do setor empresarial não é do estado
mas das autarquias locais.

Vamos encontrar aqui uma referência aos setores empresariais não estaduais (artigo 4). O que
fica de fora? As freguesias, não podem existir empresas publicas nas freguesias.

Definição de empresas publicas (artigo 5): “ são empresas publicas as organizações


empresariais constituídas sob forma de sociedade de responsabilidade limitada nos termos da
lei comercial” mas isto não é direito administrativo? Não é direito publico? É, mas as empresas
publicas são as realidades que estão mais próximas do direito privado. Tudo isto é estado, tudo
isto é público mas as empresas publicas, embora obviamente tenham uma natureza púbica a
verdade é que soa aquelas que estão mais próximas do direito privado, estão mais próximas
do direito privado desde o momento em que nascem porque são constituídas nos termos da
lei comercial como se fossem um a sociedade privada, como se fossem uma sociedade que nos
fossemos construir amanha, portanto, a forma é uma forma comercial, a forma é a forma do
direito privado.

Se pergunta: a empresa publica foi constituída através de um decreto lei? Não, as únicas que
são constituídas através de decreto lei são as chamadas as EPES ( entidades publicas
empresariais). Empresas publicas me sentido técnico rigoroso são constituídas desta forma.

“nas quais o estado ou outras…..influencia dominantes” este conceito é muito importante, é


importante porque permite distinguir as empresas publicas das participadas. As empresas
publicas são aquelas em que o estado tem uma influência dominante, pode não ter o capital

24
todo mas tem um influencia dominante porque por hipótese tem a maioria do capital ou dos
gestores, e se não tiver a maior parte do capital e dos gestores? Parece um empresa publica
mas não é, é uma empresa participada porque falta-lhe a influencia dominante. As empresas
publicas podem ser empresas que tem uma parte do capital do estado ou de uma autarquia
local e outra parte do capital é privado (Ex: TAP, 49%

( aconteceu um problema com a gravação cerca de 2min)

Apesar disso considera-se ainda empresas publicas entidades com natureza empresarial
(capítulo IV)

Artigo 56 e seguintes: entidade publicas empresariais

Artigo 57, nº1 por um lado o artigo 5 nº2 diz que se consideram ainda empresas publicas as
entidades com a natureza empresarial reguladas no capitulo IV, mas embora se considerem
ainda empresas publicas elas tem um regime totalmente diferente do artigo 5 a começar na
criação, as entidades publicas empresariais são criadas por decreto lei, não são criadas nos
termos da legislação comercial. Depois a designação, a designação é EPE. Também o capital,
artigo 59, as empresas publicas podem ter capital privado e capital publico, dinheiro público e
dinheiro privado, se forem EPE os capital é exclusivamente publico, portanto, temos o que
podemos designar por empresas publicas típicas (artigo 5) e depois há um pequeno grupo de
empresas que a lei também chama de empresas publicas mas tem uma natureza atípica, de
certa maneira correspondem as empresas publicas tal qual elas existiam a 20/30 anos quando
foram criadas, ou seja, são empresas publicas criadas por decreto lei, criadas pelo próprio
estado e que tem capitais apenas públicos.

Empresas publicas e empresas meramente participativas-.

Artigo 7 (página 198), passar nº1) “desde que…” requisito para ser um empresa meramente
participadas, “participações publicas” capital publico, dinheiro publico. Portanto, quer no caso
das empresas publicas, quer no caso das empresas participadas há capital publico e há capital
privado, a diferença é que no caso das empresas publicas aa influencia dominante (o peso
essencial) é do estado, a decisão essencial continua a ser a decisão do estado, e no caso das
empresas participadas, embora o estado tenha la uma participação, embora tenha capital
nessas realidades empresariais não controla/domina essas empresas, elas são essencialmente
privadas de acordo com os interesses dos acionistas privados

O que é isto da influência dominante? Quando é que há e quando é que não há? Artigo 9
(passar artigo)

a) Se a parte publica do capital é superior a parte privada estamos na presença de uma


empresa publica, não estamos na presença de uma empresa meramente privada
b) Se a maior parte dos votos são do capital publico, podem ate não ter a maioria do
capital mas tema maioria dos votos ( quando é criada esta figura fica explicito quem
tem a maioria dos votos nas decisões, isto pode ou não ter correspondência com o
capital, nos pensamos se tem 60% do capital tem 60% dos votos não é sempre assim
depende do estatuto de cada empresa, pode não haver maioria do capital as haver
maioria dos direito de voto
c) Ou seja, não tem a maioria do capital, não tem a maioria dos votos mas no conselho
de administração tem uma maioria, os membros do conselho de administração são na
maior parte escolhidos pelo sujeito publico, o chamado acionista

25
d) “golden shares” o estado ou outro sujeito publico pode intervir de uma forma que não
é permitida aos acionistas privados, ou seja, pode por exemplo vetar determinadas
decisões, pode opor se a determinadas decisões, pode exigir que determinadas
deliberações da Assembleia seja aprovadas pelo ente publico, pode ter aqui que diz
“disponham…. “

Nota: hoje não podemos dizer que as empresas publicas são aquelas que tem capitais públicos

Artigo 13:

Nº1, a) empresas publicas típicas, artigo 5, SRL

b) entidades publicas empresariais nos termos do artigo 56, EPE

alínea a e b diferenciação entre as sociedades que são constituídas nos termos da lei
comercial, as verdadeira empresa publicas, as empresas publicas típicas e depois as empresas
publicas atípicas atípicas designadas por entidades publicas empresariais.

As empresas publicas são as pessoas coletivas publicas mais próximas do direito privado, são
aquelas em que o direito privado entra mais no direito publico, ver artigo 14

Nº1: ou seja, basicamente o direito que as rege é o direito privado, são criadas através do
direito privado, são restruturadas/ fundidas através do direito privado , são extintas também
através do direito privado, o regime dos trabalhadores é direito privado, os tribunais
competentes também são tipicamente judiciais e não administrativo. Portanto, estamos
basicamente no âmbito do direito privado mas temos de distinguir: quando falamos das
empresas publicas típicas, estamos muito menos quando falamos das EPE (Nº2)

Há desvios em relação ao direito privado mas nas situações normais as empresas são
essencialmente regidas pelo direito privado, não pelo direito administrativo mas comercial,
não pelo direito administrativo mas civil, não pelo direito administrativo mas pelo direito
privado do trabalho. Porque que isto acontece? Porque em certos casos o estado percebe que
se tiver de concorrer enquanto estado ou ate mesmo tive que concorrer enquanto instituto
publico com sociedades comerciais privadas perde imediatamente na concorrência porque os
princípios de estado duma sociedade privada são muito mais ágeis, flexíveis, celebres do que
aqueles que caracterizam o estado (Ex: tenho de contratar um trabalhador, o estado tem de
abrir um concurso publico enquanto que numa empresa privada contrata se quem quer),
portanto, se o estado que em certos domínios concorrer com empresas privadas só tem uma
solução: empresas publicas que tem um regime basicamente de direito privado, se não não
consegue concorrer, se estiver dependente de todo aquele mecanismo pesado do estado não
consegue concorrer, esta é a razão pela qual as empresas publicas tem este estatuto de direito
privado. Não acontece em termos salariais, vamos imaginar que em determinada área
queremos contratar excecionalmente qualificadas para uma empresa publica, se tivermos o
regime de contratação da função publica se calhar não conseguimos contrata-los pois não
oferecemos os valores que essas pessoas eventualmente podem ganhar numa empresa
privado e por isso muitas vezes os menos bons acabariam todos nas empresas publicas.

26
Artigo 15: nº1, ou seja, enquanto empresas elas não podem ter um regime privilegiado como
acontecia inicialmente com as empresas publicas originarias porque podiam em qualquer
momento receber ajudas do estado e por isso estavam numa situação de concorrência desleal
com as empresas meramente privadas que operavam no mesmo setor, portanto, em termos
de direito da concorrência quer de direito da concorrência nacional quer da união europeia
tem evidentemente de de estar nas mesmas condições “neutralidade competitiva, não tem
vantagens pelo facto de uma parte do capital ser publico.

Artigo 7: direito privado de trabalho

Artigo 22

Artigo 23: as empresas publicas são equiparadas a entidades administrativas mas apenas para
este casos, ou seja, tribunais administrativos neste casos específicos e para os outros casos
tribunais não administrativos

Artigo 24:o que estivemos a ver hoje? Administração indireta. O que a caracteriza?
Superintendência e tutela, ao contrário da administração direta que o que a caracteriza é o
poder de direção.. portanto, se estamos a falar de empresas publicas, se estamos no setor
empresarial do estado, se estamos na administração indireta temos a nossa espera a
superintendência e a tutela só que de uma forma diversa daquela que acontece com os
institutos públicos.

Artigo 24:

Nº1

Nº4 : temos aqui um poder mais alargado, a autonomia das empresas publicas é maior que a
autonomia dos institutos públicos, ou seja, elas são mais autónomas em relação ao estado e,
por isso, há mais espaço em termos de decisão o que tem os institutos públicos mas ainda
assim não são independentes do estado. O estado tem formas de intervir, claro que as formas
não poderiam ser as mesmas porque no caso dos institutos públicos estamos a falar só de
capitais publico nas empresas publicas falamos também de capitais privado e, desta forma, as
intervenção do estado não pode ser a mesma

Artigo 25:

Nº1: “no quadro definido pelas orientações” dentro desses espaço, orientações e depois um
espaço de autonomia,

Nº2 “titular de função acionionista” pode ser o estado, pode ser função acionista da autarquia.
Ou seja, neste caso fixam se objetivos, dão se orientações estratégicas, orientações de fundo,
orientações globais e depois naturalmente há uma autonomia na execução de tudo isso e há
apresentação de resultados, nº2, “respondem…”, a mesma ideia que temos para os institutos
públicos mas neste caso uma autonomia maior, agravada em referencia aos institutos
públicos, ainda assim nº5, encontramos aqui a exigências atinentes as autorizações previas,
encontramos aqui uma parte da tutela, mas a tutela não é só isto.

Qual é o sistema de governação destas empresas publicas? Artigo 30 e seguintes

27
Artigo 30, nº1, não há aqui conselho diretivo, as empresas publicas tem conselhos de
administração (artigo 31, nº1), integram 3 membros mas certas empresas publicas tem masi
membros.

Artigo 32: caracterização do órgão da administração

Nº1: integra quase sempre

Artigo 33: aqui não temos fiscal único, a regra é o conselho fiscal, portanto, o órgão de
fiscalização tem uma natureza tipicamente colegial, “ sem prejuízo do recurso ao modelo de
fiscal único” portanto, não ficam excluídas as situações de fiscal único, mas são a exceção, a
regra é a existência de um órgão colegial de fiscalização (conselho fiscal)

Como são transformadas, fundidas ou eventualmente extintas? Artigo 34 “cisão” divisão de


um empresa em várias; se for uma Ep (artigo 56) a fusão, cisão ou extinção é feita através de
decreto lei, pelo facto de essas figuras serem criadas através de decreto lei. Se pelo contrário
são criadas nos termos da legislação comercial, são criadas nos moldes do direito privado
depois quando se pretende transformá-las etc. o ramo do direito é também o direito comercial
e o diploma o respetivo código das sociedades comerciais. O mesmo acontece ainda para a
própria extinção, artigo 35, nº1. Se falamos de empresas publicas basicamente criação,
mudança, extinção, nos termos da lei comercial. Se estamos a falar das EPE tudo se passa num
plano diferente: capital publico, gestão exclusivamente publica, criação publica, fusão publica,
extinção publica tudo feito por decreto lei.

Função acionista: artigo 37, o que é? Nº1, significa que o sujeito publico tem uma
determinada função, um determinado poder dentro da EP, portanto, quando falamos da
função acionista, no caso das empresas publicas estaduais, estamos a falar na função acionista
que é desenvolvida/exercida pelo estado, se é exercida pelo estado só podemos estar a falar
em governo e quando falamos em governo estamos a falar dos ministros, nº2, ou seja, quem
vai desempenhar a função acionista? O ministro das finanças mas vai articular com outro
ministro, e se houver uma divergência entre eles? Prevalece a posição do ministro das
finanças (este diploma relativo aos IP surgiu no tempo da troika em que todos os cêntimos
eram contado e por isso houve um reforço das competências do ministro das finanças e isto é
uma manifestação, anteriormente era o ministro da tutela)

Em que se traduz essa função acionista? Artigo 38, nº1,

a) Superintendência
b) Superintendência
c) Se nos estamos a pensar numa realidade que é exclusivamente estadual é natural que
este poder tem uma reação de correspondência de proporcionalidade o capital que é
detido ou o que estutariamente esta previsto, neste caso é evidente que o estado não
pode escolher, designar a totalidade dos membros dos órgãos, designa um parte “ de
acordo… do titular de função acionista” se tem apenas 50% do capital escolhe apenas
50% dos membros dessa administração

Nº2, quer dizer que estamos mais uma vez no âmbito do código das sociedades comerciais,
estamos outra vez no âmbito do direito privado , portanto, temos um assembleia geral como

28
acontece nas sociedades privadas e antes claro que se vão tomar as deliberações embora um
dos acionistas ou o acionista principal seja o estado a verdade é que é um entre os acionistas,
portanto, o exercício da função acionista (artigo 38, nº2) processa-se por via da deliberação da
assembleia gera, embora naturalmente não no caso das entidades publicas empresariais
porque ai o problema não suscita pois todo o capital é estadual

Competências: artigo 39:

Nº1: o ministro das finanças pode delegar noutro ministro. Articulação significa que ele deve
agir conhecendo a posição desse membro, conversando com ele, tentando articular com ele
mas a decisão é dele, ele é o responsável exclusivo, em todas as empresas publicas

Nº2

Nº6: dgts (direção geral de tesouro e finanças) “propostas de plano de atividade e orçamento”
apenas propostas, vemos aqui a existência de administração meramente indireta do estado.
Portanto, tem autonomia tem, o conselho de administração tem um autonomia mais alargada,
tem; faz propostas de orçamento, faz, mas não os aprova, isso continua a ser competência do
estado

Nº9: o que que faz o conselho de administração? Propostas. Em que matérias? Orçamento e
plano de atividade. Quem aprova essas propostas? Aprovação pelos membros do governo
responsáveis pela área das finanças (ministro das finanças) e ministro responsável pelo setor
da atividade (agricultura, pesca, mar, transportes).

Existe sempre superintendia, poder de orientar, emitir diretivas, fazer recomendações, poder
de fixar objetivos e tutela: autorização e aprovação. Isto existe sempre na administração
indireta.

Depois vamos para as entidades publicas empresariais

29
6-5
Setor Empresarial:

Não inclui só empresas publicas, mas inclui também empresas participadas em que há capital
do estado mas não há influencia dominante, portanto, setor publico empresarial é mais amplo
que as empresas publicas

Dentro das empresas publicas:

 Empresas publicas em sentido restrito, rigoroso: empresas publicas que hoje têm o
estatuto de direito essencialmente privado, deste modo são constituídas nos termos
do código das sociedades comerciais. Assim, são fundidas, restruturadas e extintas
nos termos da lei comercial, passa-se tudo num plano muito próximo do das
sociedades privada. É esse o regime típico das empresas publicas portuguesas.

 Entidades públicas empresariais:

Entidades publicas empresariais:

Há um resto daquilo que outrora foi o regime das empresas publicas, criadas em 1976.
Nesta altura, as empresas publicas eram exclusivamente estaduais, o capital era todo do
estado, não havendo, portanto, capital privado. Assim, o modelo era muito diferente.
Restou deste modelo as chamadas entidades publicas empresariais, que estão tratadas na
lei das empresas publicas (artigo 56 e seguintes). Deste modelo restou:

CAPÍTULO IV
Entidades públicas empresariais
ARTIGO 56º
Noção
São entidades públicas empresariais as pessoas coletivas de direito público, com
natureza empresarial, criadas pelo Estado para a prossecução dos seus fins, as quais se

30
regem pelas disposições do presente capítulo e, subsidiariamente, pelas restantes
normas do presente decreto-lei

se temos num caso pratico que envolva uma entidade publica


empresarial a primeira coisa que temos de ver é este capítulo, mas ele
é muito curto e , por isso, posteriormente, caso sejam aspetos que não
se encontram tratados neste capítulo temos de ver o resto do diploma.
Ou seja, o regime direto é este, mas complementariamente o resto do
diploma também lhes é aplicável

 Como são criadas?


Se fossem as outras empresas publicas seriam criadas nos termos da lei comercial, mas
neste caso são criados através de decreto lei. As alterações que venham a ocorrer têm
também essa forma

ARTIGO 57º
Criação
1- As entidades publicas empresariais são criadas por decreto-lei, o qual aprova
também os respetivos estatutos
2- A denominação das entidades públicas empresariais deve integrar a expressão
“entidade pública empresarial” ou “E.P.E”
3- A criação de entidades publicas empresariais fica obrigatoriamente sujeita à
observância do disposto no artigo 10º, no que se refere à exigência de parecer
prévio

 Tem autonomia administrativa, financeira e patrimonial:

ARTIGO 58º
Autonomia e capacidade Jurídica
1- As entidades publicas empresariais são dotadas de autonomia administrativa,
financeira e patrimonial e não estão sujeitas às normas da contabilidade
pública Princípio das
2- A capacidade jurídica das entidades públicas empresariais abrange todos os especialidade
direitos e obrigações necessários ou convenientes à prossecução do seu objeto

 Tem um determinado capital estatutário, ou seja, capital do estado, neste caso o


capital é todo do estado:

Artigo 59º
Capital

31
1- As entidades públicas empresariais têm um capital, designado “capital
estatutário”, detido pelo Estado e destinado a responder às respetivas
necessidades permanentes.
2- O capital estatutário pode ser aumentado ou reduzido nos termos previstos nos
estatutos
3- A remuneração do capital estatutário é efetuada de acordo com o regime previsto
para a distribuição dos lucros no exercício da sociedades anónimas

 Como funciona em termos de órgãos? Quais são os órgãos das EPES?

ARTIGO 60º
Órgãos
1- A administração e fiscalização das entidades públicas empresariais devem
estruturar-se segundo modalidades e com as designações previstas para as
sociedades anonimas.
remissão para a própria legislação sobre empresas publicas, ou seja, no que
se refere aos órgãos vamos à procura dos órgãos das empresas publicas e já
sabemos quais são: conselho de administração, órgão de fiscalização

2- Os órgãos de administração e fiscalização têm competências genéricas previstas


na lei comercial, sem prejuízo do disposto no presente decreto-lei
3- Os estatutos podem prever a existência de outros órgãos, deliberativos ou
consultivos, definindo as respetivas competências
4- Os estatutos regulam, com observância das normas legais aplicáveis, a
competência e o modo de designação dos membros dos órgãos a que se referem
os números anteriores

 O setor empresarial é, antes de mais, o setor empresarial do estado mas não se esgota
no estado, ou seja, o setor empresarial publico pode ser também local, isto é, os
municípios também podem ter empresas publicas

CAPíTULO V
Setor empresarial local
ARTIGO 62º
Função acionista no setor empresarial local
1- Nas empresas locais e demais entidades submetidas ao regime jurídico da
atividade empresarial local e das participações locais, aprovado pela Lei nº
50/2012, de 31 de agosto, a função acionista é exercida pelos órgãos executivos

32
dos municípios, associações de municípios, independentemente da respetiva
tipologia, e áreas metropolitanas, consoante aplicável.
2- O controlo e a monitorização do exercício da função acionista, relativamente às
entidades referidas no número anterior, são prosseguidas de acordo com o
regime jurídico da tutela administrativa e processam-se nos termos previstos no
regime jurídico da atividade empresarial local e das participações locais e no
presente capítulo

Referencia breve ao seguinte artigo:

ARTIGO 68º
Unidade Técnica
1- É criada a Unidade Técnica de Acompanhamento e Monitorização de Setor
Publico Empresarial, entidade administrativa que depende do membro do
Governo responsável pela área das finanças e que possui autonomia
administrativa
2- A unidade técnica tem por missão prestar o apoio técnico adequado ao
membro do governo responsável pela área das Finanças, de modo a contribuir
para a qualidade da gestão aplicada no setor público empresarial, na ótica da
monitorização de boas práticas de governação E tendo em vista o equilíbrio
económico e financeiro do setor, sem prejuízo das competências legalmente
atribuídas a outras entidades.
3- Para efeitos dos números anteriores, e no que respeita ao exercício de funções
da unidade técnica relativamente às empresas locais, o membro do governo
responsável pela área das Finanças exerce os seus poderes de
acompanhamento e monitorização sobre unidade técnica em articulação com
o membro do governo responsável pelas autarquias locais.

4- A missão, as atribuições, a organização e o funcionamento da unidade técnica


são definidos por diploma próprio

é uma norma que resulta dos tempos da crise, da troika, está aqui porque
as empresas publicas em Portugal servem sobretudo para acumular
prejuízos, o que terminou com a intervenção da troika. Unidade mais ou
menos independente para fiscalizar as contas chamada “unidade técnica
de acompanhamento e monitorização do setor publico empresarial”

Relembrar: A expressão empresas publicas num sentido amplo abrange quer as realidades que
são criadas de acordo com as sociedades comerciais (modelo típico atualmente), quer ainda as
entidades publicas empresarias, que são ainda empresas publicas mas atualmente são muito
excecionais, são atípicas. De um lado temos capital publico e privado e do outro lado capitais
exclusivamente públicos.

Administração Autónoma- duas figuras: associações e autarquias

33
Relembrar: Na administração indireta existe por parte do estado superintendência (o estado
pode imitir diretivas, pode fazer recomendações etc., não é o mesmo que dar ordens mas
ainda assim é um poder de intervenção relevante). Existe também tutela de legalidade e de
mérito.

Tutela de legalidade/juridicidade: o estado continua a poder fiscalizar se essas


empresas/institutos públicos estão a agir ou não de acordo com a lei. Assim, tutela de
legalidade significa esse poder de fiscalizar de uma forma geral se as normas jurídicas a que
essas figuras estão obrigadas estão a ser cumpridas. No entanto, pode ir mais longe ,isto é,
pode interferir com escolhas meramente administrativas, não são escolhas que poem em
causa a legalidade.

Exemplo: quando há um determinado objetivo para prosseguir várias possibilidades, ou seja, o


conselho de administração quando toma decisões está a escolher entre soluções possíveis,
sendo todas legais, podem é ser mais eficazes ou menos eficazes, podem dar mais prejuízo ou
menos prejuízo, mais resultados ou piores resultados. Quando vemos isto nesta perspetiva já
não estamos a falar de tutela de legalidade mas tutela de mérito porque é o conteúdo desses
atos que esta em causa. Trata-se de escolhas, não havendo aqui qualquer tipo de ilegalidade.

Tutela de mérito: significa que o estado pode controlar este tipo de aspetos, pode fazê-los em
relação não só à legalidade, à constitucionalidade, mas também em relação às escolhas que
são feitas, mas isso é retrospetivamente administração indireta.

Outra realidade: Administração Autónoma frente ao estado

 Na administração autónoma não há superintendência, isto é, não há possibilidade de


emitir diretivas, diretrizes, recomendações, nem em relação às associações nem em
relação às autarquias
 Não há tutela de mérito, somente de juridicidade, ou seja, o estado em relação à
administração pública dotada de autonomia apenas pode fiscalizar se essa
administração está ou não a cumprir a lei.

REGIME JURÍDICO DAS ASSOCIAÇÕES PÚBLICAS PROFISSIONAIS


ARTIGO 2º
Associações públicas profissionais
Para efeitos da presente lei, consideram-se associações públicas profissionais as
entidades públicas estrutura associativa representativas do profissões que devam ser
sujeitas, cumulativamente, ao controlo do respetivo acesso e exercício, elaboração de
normas técnicas e de princípios e regras de ontológicos específicos e a um regime
disciplinar autónomo, por imperativo de tutela do interesse público prosseguido.

quase nenhuma atividade tem associações profissionais, existem algumas:


ordem dos advogados, ordem dos médicos, ordem dos enfermeiros. Na
generalidade as profissões não têm ordens profissionais. Este regime
acontece porque há certo tipo de profissões que pelas suas características,
por um lado a exigência de prossecução do interesse privado mas também
têm uma dimensão publica ( procura da justiça e segurança no caso da
advocacia)
34
 Na advocacia:
Conflitos: entre por um lado prosseguir o interesse pessoal enquanto advogado e por
outro lado prosseguir o interesse publico na qualidade de advogado e auxiliar da
justiça. Neste tipo de situações é necessário alguma autonomia, mas ao mesmo tempo
é necessário que o estado minimamente fiscalize e controle estas atividades, neste
casos há associações profissionais mas é excecional (artigo 3º).

ARTIGO 3º
Constituição
1- A Constituição de associações públicas profissionais é excecional, podendo apenas ter
lugar quando:
a) Visar a tutela de um interesse público de especial relevo que o Estado não posso
assegurar diretamente
b) for adequada, necessária e proporcional para tutelar os bens jurídicos a proteger
c) Respeitar a penas a profissões sujeitas aos requisitos previstos no artigo anterior

2- A Constituição de novas associações públicas profissionais é sempre precedida dos


seguintes procedimentos:
a) Apresentação de estudo, elaborado por entidade de independência e mérito
reconhecidos, sobre as exigências referidas no artigo anterior e o cumprimento dos
requisitos previstos no número anterior, bem como sobre o seu impacte na regulação
da profissão em causa
b) audição das associações representativas da profissão
c) submissão a consulta pública, por um período não inferior a 60 dias, de projetos de
diploma de criação e de estatutos da Associação pública profissional, acompanhado do
estudo referido na alínea a)

3- A cada profissão regulada corresponde apenas uma única associação pública


profissional, podendo esta representar mais do que uma profissão, desde que tenham
uma base comum de natureza técnica ou científica. !

(!)ARTIGO 45º

Tutela Administrativa

1- As associações públicas profissionais não estão sujeitas a superintendência


governamental nem a tutela de mérito, ressalvados, quanto a esta, os casos
especialmente previstos na lei
há tutela mas é tutela de juridicidade para sabermos se estão a
observadas as regras ou não, se está a ser cumprida a constituição,
regulamentos etc.

35
2- as associações públicas profissionais estão sujeitas a tutela de legalidade idêntica a
exercida pelo governo sobre a administração autónoma territorial
pessoas coletivas públicas
territoriais locais (municípios
e freguesias)

Há uma lei da tutela administrativa que aparentemente se


refere apenas às autarquias locais, nos termos deste nº2 com
as necessárias adaptações é também aplicável às associações
publicas profissionais. Portanto, se temos um problema de
tutela em relação às associações públicas vamos à procura da
lei da tutela administrativa, que secundariamente também é
aplicável aqui.

3- A lei de criação ou os estatutos de cada associação pública profissional estabelecem


qual o membro do governo que exerce os poderes da tutela sobre cada associação
pública profissional
No caso ordem dos advogados é
tipicamente o ministro da justiça

4- Ressalvado o disposto no número seguinte, a tutela administrativa sobre as


associações públicas profissionais é de natureza inspetiva

5- no âmbito da tutela de legalidade, os regulamentos que versem sobre os estágios


profissionais, as provas profissionais de acesso a profissão e as especialidades
profissionais só produzem efeitos após homologação da respetiva tutela, que se
considera dada se não houver decisão em contrário nos 90 dias seguinte ao da sua
receção
Em que se traduz a tutela de legalidade?

estes aspetos tem de ser homologados, ficam


dependentes da intervenção do ministro da tutela

6- para efeitos no número anterior, o membro do governo que exerce os poderes da


tutela sobre a Associação pública profissional deve solicitar os esclarecimentos e os
documentos necessários a decisão sobre a homologação dos regulamentos nos
7- A Associação pública profissional deve responder às solicitações do membro do
governo quiseres os poderes de tutela nos 10 dias seguintes não se suspendendo o
prazo previsto no número cinco, salvo se este prazo for ultrapassado
8- É aplicável às associações públicas profissionais, com as necessárias adaptações, o
disposto na Lei n• 27/96, de 1 de agosto, alterada pela Lei Orgânica n• 1/2011, de 30
de novembro

ARTIGO 46º

Controlo jurisdicional

36
1- as decisões das associações públicas profissionais praticadas no exercício de poderes
públicos estão sujeitas ao contencioso administrativo, nos termos das leis do processo
administrativo
se há um litígio entre dois sujeitos sendo um deles uma associação
profissional e outro sendo, por exemplo, um individuo é no quadro
dos tribunais administrativos que esse conflito deve ser dirimido.

2- tem legitimidade para impugnar a legalidade dos atos e regulamentos das associações
públicas profissionais:
a) Os interessados, nos termos das leis do processo administrativo
b) O Ministério Público
c) O membro do governo exerce os poderes de tutela sobre a respetiva Associação
pública profissional
d) O provedor de Justiça

Resumo: Já começamos a ficar longe do estado, no entanto o estado ainda pode interferir ( os
estatutos são criados através de lei). A ordem dos advogados não é um estado dentro do
estado português, é apenas uma parte da administração mas que já esta relativamente
distante, o que significa que a autonomia, quer a autonomia administrativa quer a autonomia
financeira, se vão tornando progressivamente maiores ate chegarmos às chamadas entidades
independentes (não são totalmente independentes mas aí a separação com o estado é
praticamente total)

Caminho que estamos a fazer- visão geral

ESTADO

Administração Indireta

começa a autonomização em relação ao estado, começa a


existir personalidade jurídica;

Vários graus dentro desta natureza indireta:

Institutos públicos (um pouco mais próximos do estado)

Empresas publicas (mais longe, dentro das empresas publicas


mais longe as empresas públicas em sentido estrito e menos
longe as entidades publicas empresariais)

Mais afastado do Estado:

Associações

37
Ainda mais afastado do Estado

Entidades Independentes
ARTIGO 4º

Natureza e regime Jurídico

1- as associações públicas profissionais são pessoas coletivas de direito público e estão


sujeitas a um regime de direito público no desempenho das suas atribuições
2- em tudo o que não estiver regulado na presente lei e na respetiva lei de criação, bem
como nos seus estatutos, são subsidiariamente aplicáveis às associações públicas
profissionais:
a) no que respeita às suas atribuições e ao exercício dos poderes públicos que lhes
sejam conferidos, o Código do procedimento administrativo, com as necessárias
adaptações, e os princípios gerais de direito administrativo

b) no que respeita a sua organização interna as normas e os princípios que regem as


associações de direito privado

Aqui há um duplo regime: em termos de organização interna, em


termos de semelhança, a proximidade é com as associações do direito
privado, mas no restante, atribuições e o exercício dos podere,
públicos, temos o CPA a regular esta matéria

Que finalidades prosseguem?

ARTIGO 5º

Atribuições

1- São atribuições das associações públicas profissionais, nos termos da lei:


a) A defesa dos interesses gerais dos destinatários dos serviços
No caso da advocacia os
destinatários são os clientes

b) A representação e a defesa dos interesses gerais da profissão

A ordem dos advogados, por hipótese, serve também para defender os


advogados face ao exterior, face a outrem. Assim, a ordem tem uma
dupla função: por um lado serve para defender as pessoas frente aos
advogados (muito frequente), por outro lado defesa dos interesses dos
advogados enquanto profissão

2- As associações públicas profissionais estão impedidas de exercer ou de participar em


atividades de natureza sindical ou que se relacionem com a regulação das relações
económicas ou profissionais dos seus membros

Qual a principal diferença entre sindicatos e associações publicas profissionais?


38
Os sindicatos têm natureza privada, são associações privadas para a defesa dos
interesses dos respetivos membros, enquanto que as associações publicas não são
associações exclusivas de defesa de interesses privados dos advogado, ou dos
medico ou dos enfermeiros etc. até porque tem natureza publica, sendo são
3- As associações publicas profissionais não podem, por qualquer meio, seja ato ou
regulamento, estabelecer restrições à liberdade de acesso e exercício da profissão
que não estejam previstas na lei, nem infringir as regras da concorrência na prestação
de serviços profissionais, nos termos dos direitos nacional e da União Europeia.

ARTIGO 6º
Princípio da especialidade
1- sem prejuízo da observância do princípio da legalidade no domínio da gestão pública,
e salvo disposição expressa em contrário, a capacidade jurídica das associações
públicas profissionais abrange a prática de todos os atos jurídicos, o gozo de todos os
direitos e a sujeição a todas as obrigações necessárias a prossecução dos respetivos
fins e atribuições
2- as associações públicas profissionais não podem prosseguir atividades nem usar os
seus poderes fora das suas atribuições nem dedicar os seus recursos a finalidades
diversas das que eles tenham sido legalmente cometidas

Princípio da especialidade: tirando o estado todas as outras entidades,


todas as outras pessoas coletivas, se regem por um princípio da
especialidade, deste modo, só podem os respetivos órgãos praticar atos
dentro do objeto para o qual foi criada essa pessoa coletiva

Como são criadas estas associações profissionais? Por lei:

ARTIGO 7º

Criação

1- as associações públicas profissionais são criadas por lei


2- O projeto de diploma de criação de cada associação pública profissional deve ser
acompanhado de uma nota justificativa da necessidade da sua constituição, nos
termos do artigo 3º, bem como as opções que ele foram tomadas
3- A lei de criação de cada associação pública profissional define os aspetos essenciais do
seu regime, nomeadamente:
a) denominação
b) profissões abrangidas
c) Fins e atribuições

O que devem regular os estatutos?

ARTIGO 8º

Estatutos

39
1- Os estatutos das associações públicas profissionais são aprovados por lei e deve
regular, nomeadamente, as seguintes matérias:
a) Âmbito de atuação, fins e atribuições
b) aquisição e perda da qualidade de membro
c) estágios profissionais outros, previstos em lei especial, que sejam justificadamente
necessários para o acesso exercício da profissão
d)-o)

(Não basta este artigo 8º depois é necessário ver o estatuto da ordem especifica)

Até onde vai a autonomia destas associações?

ARTIGO 9º (!)

Autonomia Administrativa

1- no exercício dos seus poderes públicos as associações públicas profissionais para ti


com os atos administrativos necessários ao desempenho das suas funções e aprovam
os regulamentos previstos na Lei e nos estatutos
2- ressalvados os casos previstos na lei, os atos e regulamentos das associações públicas
profissionais não estão sujeitos a aprovação governamental

se estivéssemos a falar de administração indireta esta norma não poderia


existir porque tudo aquilo que é essencial está dependente de autorização/
aprovação. Nas associações publicas profissionais não, nem os atos nem os
regulamentos estão sujeitos a aprovação/ autorização (há exceções). Não há
superintendência nem tutela de mérito , somente tutela de legalidade sendo
esta circunscrita

As ordens são as associações profissionais mais relevantes mas não são as únicas, existem
também as Camaras Profissionais. Há profissões que não tem ordem mas camara. Diferença:

ARTIGO 11º

Denominações

1- As associações publicas profissionais têm a denominação “ordem profissional” quando


correspondam a profissões cujo exercício é condicionado à obtenção prévia de uma
habilitação académica de licenciatura ou superior e denominação “câmara
profissional” no caso contrário

Quais são os órgãos?

40
ARTIGO 15º

Órgãos

1- As associações públicas profissionais dispõem de órgãos próprios e a sua organização


interna está sujeita ao princípio da separação de poderes

da mesma forma que já vimos em relação a outras


estruturas as competências não podem estar acumuladas
num único órgão tem de haver uma segmentação (nº2)

2- Constituem órgãos obrigatórios das associações públicas profissionais:


a) Uma assembleia representativa, com poderes deliberativos gerais, nomeadamente em
matéria (…) aprovação de regulamentos (…)
b) Um órgão executivo colegial (…) “aprovação de regulamentos” aqui não é mera
c) Um órgão de supervisão (…) proposta, não é mera elaboração prévia, aqui
d) Um órgão de fiscalização (…) é aprovação, são aprovados pelos próprios
3- B órgãos, neste caso pela assembleia. Não
4- B depende da aprovação do Estado
5- B
6- A denominação dos órgãos é livremente escolhida pelo estatuto de cada associação
pública profissional, ressalvada a designação “ bastonário” , que é privativa do
presidente das ordens
Só as ordens têm bastonários
9- em caso de eleição direta do presidente ou bastonário, deve ser observado o regime
previsto na Constituição para a eleição do presidente da República, com as necessárias
adaptações
significa que tem de ser eleito por maioria absoluta

ARTIGO 18º

Poder disciplinar

1- s associações públicas profissionais exercem, nos termos dos respetivos estatutos


e com o respeito, nomeadamente, pelos direitos da audiência e defesa, o poder
disciplinar sobre os seus membros, inscritos nos termos dos artigos 24º, 25º e 37º,
bem como sobre os profissionais em livre prestação de serviços, na medida em
que os princípios e regras de iam to lógicos lhes sejam aplicáveis, nos termos dos
nº 2 e 6 do artigo 36º
um dos aspetos importantes das ordens é o poder exercício
da competência disciplinar caso os respetivos membros
violem as regras do estatuto da ordem ou de outra
associação ou, porventura, que violem outras regras ( podem
ser regras legais, regras constitucionais, regras previstas em
tratados internacionais)

41
2- os estatutos de cada associação pública profissional enunciam os factos que
constituem infração disciplinar bem como as sanções disciplinares aplicáveis

é diferente o exercício da advocacia ou da medicina e, por


isso, os estatutos tem de prever violações diferentes. Praticar
um ato medico é diferente de praticar um ato jurídico.

3- As sanções disciplinares de suspensão e de expulsão da Associação pública


profissional são aplicáveis apenas às infrações graves e muito graves praticados no
exercício da profissão, não podendo ter origem no incumprimento pelo membro
do dever de pagar quotas ou de qualquer outro dever de natureza pecuniária
4- (…)
5- (…)

Quando é que deve ser aplicada a sanção disciplinar de expulsão?

6- A sanção disciplinar da expulsão é aplicável quando, tendo em conta a natureza da


profissão, infração disciplinar tenha posto em causa a vida, à integridade física das
pessoas ou seja gravemente lesiva da honra ou do património alheios ou de
valores equivalentes, sem prejuízo do direito a reabilitação nos termos dos
respetivos estatutos
7- B ou seja, o facto de ser expulso da ordem dos
8- 8 advogados não significa que não é possível voltar,
a reabilitação é possível.

Quem pode apresentar queixas?

9- em legitimidade para participar factos suscetíveis de constituir infração disciplinar


ao órgão com competência disciplinar, designadamente:
a) os órgãos de governo da Associação
b) O provedor dos destinatários dos serviços, quando exista
c) O Ministério Público
d) qualquer pessoa direta ou indiretamente afetada pelos factos participados

As associações publicas profissionais podem fazer referendos:

ARTIGO 21º

Referendo interno

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1- Os estatutos das associações públicas profissionais podem prever a submissão a
referendo, com carácter vinculativo ou consultivo, mediante deliberação da
Assembleia representativa, sobre questões de particular relevância para a associação
que caiba nas respetivas atribuições

CAPíTULO III
Acesso e exercício da profissão

ARTIGO 24º
Acesso e registo

ARTIGO 25º
Inscrição

ARTIGO 28º
Princípios e regras deontológicas e normas técnicas

ARTIGO 31º
Seguro e responsabilidade profissional

CAPíTULO IV
Livre prestação de serviços e liberdade de estabelecimento

ARTIGO 36º
Livre prestação de serviços

Autarquias Locais:

O que tem em comum com as associações profissionais? Facto de se situarem na


administração autónoma .

As autarquias locais têm uma realidade diversa das que demos anteriormente, essa realidade
diversa é a realidade territorial. Há vários tipos de pessoas coletivas:

 O estado : é pessoa coletiva dotada de um território, poder político soberano etc.)


 As regiões autónomas: pessoas coletivas territoriais mas já fazem parte da
administração independente, não são administração autónoma
 E dentro da administração autónoma e das autarquias locais temos:
 municípios
 freguesias

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 apesar de nunca terem sido criadas, a constituição prevê ainda ,desde o início,
a existência de um terceira figura chamada região administrativa

Região Autónoma ≠ Região administrativa

As regiões autónomas são regiões político-administrativas, ou seja, têm competências


legislativas, praticam um certo tipo de ato legislativo que designamos por decreto legislativo
regional, portanto, estão no âmbito da função política do estado.

As regiões administrativas nunca ultrapassaram o domínio administrativo, ou seja, terão no


máximo competência para elaborar regulamentos e nunca para elaborar atos administrativos.
Não podem chegar a função política, que se encontra reservada ao estado e as regiões
político-administrativas, isto é, as regiões autónomas.

Porquê que estas figuras não existem? Não existem porque não tem sido
especialmente atrativas para os português que deduzem se vão traduzir em
mais imposto, portanto os portugueses recusam através do referendo ( nos
termos do artigo 256 da constituição as regiões administrativas só podem ser
criadas através de uma decisão do poder publico mas depois com o acordo das
populações, com exigência de referendo.

Onde esta regulada esta matéria das autarquias?

Devemos começar pela constituição designadamente pelos artigos 235º e seguintes (são
apenas os traços elementares das autarquias locais)

Na essência esta regulada em 2 diplomas: um deles é a lei 169/99 (ponto 7) mas percebemos
que ¾ já estão revogados mas a maior parte esta noutro diploma subsequente, diploma que
supostamente veio substituir este, ponto 8 da coletânea. Qualquer uma destas lei começa
pelo fim, ou seja, contrário primeiro temos os princípios mais detalhados e depois os mais
gerais. Assim, primeiro encontramos as freguesias, depois os municípios e depois as regras
gerais que são comuns aos municípios e freguesias. Devemos começar pelo artigo 75

CONSTITUIÇÃO

ARTIGO 235º

Autarquias locais

O que é importante perceber?

As autarquias locais são pessoas coletivas de direito publico que prosseguem o interesse
simultaneamente do estado e das respetivas populações, no entanto dão prioridade às
respetivas populações

Há uma diferença: quando pensamos no estado concluímos que o estado prossegue os


interesses do estado (administração direta); quando olhamos para a administração indireta
questionamos que interesses são prosseguido aqui e concluímos que são ainda os interesses

44
do estado; na administração autónoma e sobretudo esta administração autónoma territorial
concluímos que são também os interesses do estado, mas as autarquias locais prosseguem
sobretudo os seus próprios interesses: os interesses dos municípios, das freguesias, os
interesses dos munícipes e dos fregueses respetivamente.

Outro aspeto relevante: na constituição de 1833 também existiam as autarquias e municípios


(os municípios são anteriores ao estado) e freguesias, contudo na constituição de 1833 os
respetivos titulares não eram eleitos, eram escolhidos pelo governo dando garantias ao
governo. Assim, nessa altura, os municípios etc. iam sempre de encontro ao que o governo
dizia/fazia. A constituição, atualmente, diz-nos que para haver verdadeira autarquia local os
titulares tem de ser eleitos.

Aula do dia 20/05

A constituição trata sumariamente das autarquias locais.

Principal problema com que nos debatemos em termos de legislação autárquica para alem da
extensão? O principal problema é a falta de racionalidade legislativa porque nos tínhamos um
legislação que se designava por “quadro de competências e regime jurídico do
funcionamento dos órgãos das autarquias locais (ponto 7 da coletânea) e era aqui que estava
tratada na essência a matéria das autarquias locais. Em 2015 houve necessidade de alterar
esta legislação mas deixou se pouco artigos desta lei em vigor e depois ao lado dela criar uma
legislação sobre a mesma matéria mas com outra designação “regime jurídico das autarquia,
entidades…”. Temos duas leis que deviam estar fundidas mas não estão.

Outro problema: a organização interna é também discutível, esta ao contrario

45
Artigo 75: diz nos “os membros …..” (nº1): um único mandato, não mais do que um, não
podem ser simultaneamente presidente da junte de freguesia e presidentes de camara, mas
em alguns casos há inerência que não significa que tenham um mandato novo, significa que
eles desempenham outras funções pelo facto de terem um determinado mandato (passa-se
principalmente em cede de assembleia universal)

Nº 2: é aqui que encontramos uma norma sobre a duração do mandatos; portanto se nos
perguntam “qual é a duração do mandato do presidente da camara? Qual é a duração do
mandato da camara? Da assembleia municipal? Da assembleia da freguesia? 4 anos, temos de
invocar este artigo

Artigo 76º: os mandatos são de exercício livre, é-se eleito mas a partir de um determinado
momento não se é obrigado a continuar, por qualquer razão, mais ponderosa ou menos
ponderosa, pode-se renunciar ao mandato. O fundamento dessa renuncia: artigo 76

Mas tambem pode não se ir tao longe: pode não haver necessidade renunciar, de fazer cessar
o respetivo mandato mas sim de suspender por doença por exemplo ou exercício dos direito
de maternidade ou paternidade..

Artigo 79

Estes preceitos são aplicáveis a quaisquer órgãos autárquicos

Artigo 99 alínea B: “ao governo” não é as autarquias , evidentemente há relações com o


governo pois é administração autónoma e não independente. (depois do artigo) este diploma
aplica-se também as regiões autónomas mas substitui-se governo por governo regional

Estas disposições são comuns

Trata primeiro de freguesia, autarquias mais reduzidas, com menos competências e com
naturalmente uma dimensão territorial e populacional mas circunscrita e depois os municípios.
Como é que o resto desta lei esta organizada?

1º trata das freguesias começando pela assembleia de freguesia e depois da junta e dentro da
junta do presidente da junta e depois procede da mesma forma para os municípios

Pequeno desvio: figura chamada plenário de cidadão eleitores: figura de democracia direta
para certos casos em que as freguesias são especialmente reduzidas então nesse caso invés de
termos assembleia de freguesia temos plenário de cidadãos eleitores (não existe nos
municípios)

Pagina 256

Artigo 4º

Assembleia de freguesia é eleita por sufrágio universal, direto e discreto. Os cidadãos


recenseados na área da freguesia, segundo o sistema de representação proporcional (não
existe apenas nas eleições para a assembleia da republica, o sistema proporcional atravessa o
sistema o modelo constitucional português, o modelo administrativo português, assim
também se refere aos órgãos autárquicos.

46
Composição. Como é composta essa tal assembleia de freguesia? Varia, varia em função do
que? Consoante o tamanho da freguesia, nas freguesia o numero é um e nas freguesias mais
pequenas o numero é outro (artigo 5º)

Outra figura, que por vezes esta relacionada com o numero de membros e o modo como são
eleitos , as vezes aparece uma figura chamada comissão administrativa. É um órgão de
natureza absolutamente excecional, porque? Porque não é um órgão eletivo. Para que serve?
Artigo 6º, as vezes é impossível fazer eleição porque há um boicote por exemplo, é nesses
momentos que surgem as comissões administrativas. Essas comissões que substituem os
órgãos da freguesia não podem exercer funções durante um tempo muito longo e por isso esta
definido que não podem exercer funções por mais de 6 meses (nº4 do artigo 6). Assim é um
órgão de natureza excecional, de natureza não eletiva que se destina a fazer face à
insusceptibilidade de eleger órgãos para uma determinada autarquia, neste caso para um
junta de freguesia.

Outros aspetos:

Relações destes dois órgãos autárquicos: evidentemente já sabemos que nas autarquias existe
aquilo que a constituição e a lei designa por órgão deliberativo e do outro lado órgãos
executivo, portanto, há uma separação de funções, de poderes, da mesma forma que no
direito constitucional temos uma separação de poderes com uma assembleia da republica e
um governo, aqui temos figuras próximas com algumas semelhanças temos portanto algo
parecido com a assembleia da republica (assembleia da freguesia) e algo semelhante ao órgão
governo, a junta de freguesia. Como também já sabemos do direito constitucional eles
relacionam-se, articulam-se de alguma forma, alguns aspetos dessas articulação: artigo 12º ,
nº1 “sem direito de voto” quando temos de fazer as contas para efeito de um deliberação
qualquer mesmo que la esteja o presidente, os vogais evidentemente não têm direito de voto,
nº3: há uma relação, eles estão apenas presentes, a assembleia da freguesia é órgão que
toma as deliberações essenciais, a junta de freguesia vai executa-las, vai pô-las em pratica, a
regra é essencialmente esta por isso faz sentido que a junta de freguesia saiba o que se passa
nas assembleias de freguesia de modo a por em pratica as deliberações que soa ai tomadas.
Mas ao mesmo tempo, noutro plano, a responder também pelos atos que pratica porque há
aqui uma relação de responsabilidade da freguesia em relação a assembleia e naturalmente
há a necessidade de apresentação de documentos, em cada sessão, relativos ao
funcionamento da junta ( como é que a junta esta a funcionar? Em termos administrativos,
financeiros).

Artigo 17º: algumas competências porque o resto das competências vamos encontrar na outra
lei. O que ficou do artigo 17º? Alínea a) ter cuidado: primeiro porque percebemos que os
vogais não são eleitos diretamente, são eleitos pela própria assembleia de freguesia, no
quadro da freguesia, não são eleitos pelos munícipes, são eleitos pela reunião da assembleia
de freguesia; segundo aspeto: são apenas os vogais, pergunta-se: “então e o presidente da
junta? Como é que é escolhido?” artigo 24º, nº1: quando nos votamos para um assembleia de
freguesia ao mesmo tempo estamos a eleger o presidente da junta, portanto, elegemos os
membros da assembleia mas também, automaticamente, estamos a eleger o presidente da
junta. Ter cuidado com a alínea b do artigo 17º: que presidente é este? É o presidente da

47
própria assembleia de freguesia, não estamos a falar do presidente da junta de freguesia,
falamos apenas do presidente do próprio órgão parlamentar, neste caso assembleia de
freguesia.

Alínea p do 17º: cuidado

Plenário dos cidadãos de eleitores, quando é chamado a funcionar? Artigo 21 nº1 e nº2, o
quórum é tipicamente metade do órgão, ou seja metade do numero dos titulares que o
constituem, aqui é diferente, basta 10%- isto só acontece em freguesias muito pequenas (70
pessoas)porque não vale a pena ter uma assembleia de freguesia ai temos um órgão direto,
temos um órgão de democracia direta, temos um órgão em que funciona e em que estão
presentes ou podem estar presentes todos os membros da comunidade, não precisamos aqui
de representantes, o poder é exercido diretamente por essas pessoas

Artigo 22º: “necessárias adaptações”- tem de haver adaptações porque o órgão tem
características diferentes mas as regras são basicamente as mesmas. Se tivermos num caso
pratico um plenário de cidadãos eleitores quando nos perguntamos quais são as regras temos
de ir a procura das regras relativas as freguesias e naturalmente dentro das freguesias às
regras atinentes às assembleias de freguesia porque são o direito subsidiário para este efeito.

Não é este o modelo típico e portanto vamos ver os órgãos típicos: temos a junta de freguesia
e a assembleia de freguesia. Como é que é composta? É composta por um presidente e por
vogais ( aqueles que não tem uma função especial, sendo que dois dos vogais exerceram as
funções de secretario e tesoureiro).

Artigo 24º, nº1: portanto fazem se eleições, elege-se a assembleia de freguesia e dai resulta
também a eleição do presidente e depois diz- se diferentemente que: nº2;

Quando falamos da camara municipal temos tendência para reproduzir o mesmo regime, mas
não é o mesmo regime, a camara municipal é eleita à parte, é eleita diretamente, o presidente
municipal é eleito diretamente, não podemos confundir a eleição da camara municipal com a
de freguesia. Maneira simples: em relação as freguesias há um boletim de voto para esse
efeito, em relação à camara municipal é necessários dois boletins de voto diferentes.

Este diploma parcialmente revogado também trata dos municípios:

Regra importante: artigo 42º: como é constituída a assembleia municipal? A assembleia


municipal em parte é eleita e uma parte dos seus membros são membros por inerência, o que
quer dizer? Nº1: a assembleia municipal por um lado tem membros eleitos (diretamente, por
sufrágio universal) mas uma parte da assembleia é composta pelos presidentes da junta de
freguesia, ou seja, já vimos como os presidentes da junta são escolhidos e pelo facto de o
serem, de serem presidentes da junta de freguesia são igualmente, são por inerência titulares
deste cargo, portanto, são também membros da assembleia municipal. Faz algum sentido
porque evidentemente os municípios não funcionam de uma forma isolada em relação as
freguesia, é evidente que tem de funcionar em articulação. Há aqui uma exigência que surge
no nº2: há aqui uma limitação, ou seja, não seria razoável que o numero de membros
existente por inerência fosse superior aqueles que tem uma natureza eletiva.

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Nota: dir-se-á os presidentes da junta de freguesia também são eleitos mas são eleitos
enquanto presidentes da junta de freguesia, mas não são eleitos enquanto membros da
assembleia municipal, aqui não há eleição, há inerência. Inerência é uma forma de eleição

Vimos a pouco: regras relativas às intervenções do executivo nas reuniões do órgão


liberativo, aqui passa-se exatamente a mesma coisa, também há um artigo para esse efeito:
artigo 48º, nº1: da mesma forma os vereadores ( outros membros da camara municipal que
não o presidente);

A parte: os membros da junta de freguesia são vogais e os membros da camara municipal são
vereadores,tNº3 do artigo 48º: é um regra semelhante àquela que vimos a prepósito das
freguesias na interelaçao entre a junta de freguesia e as assembleias de freguesia.

Competências: artigo 53º (esta quase todo revogado) ver este diploma!

Outros aspetos, relativos a camara municipal:

Como é constituída a camara municipal? Artigo 56º, a camara municipal é constituída por um
presidente e vereadores, dos quais designado por vice-presidente e é o órgão executivo…
diferença em relação a freguesia em termos de forma de designação dos respetivos membros
nº2: “eleição intercalar (eleição que ocorra durante aquele período dos 4 anos, seja necessário
eleger novamente), temos dois boletins diferentes, é simultânea mas não há decorrência, não
há consequencialidade de uma eleição na outra; vamos eleger de uma lado a assembleia
municipal e do outro lado a camara municipal, pode não haver sintonia total entre os
resultados da assembleia municipal e os resultados da camara municipal, no caso das
freguesia isto esta assegurado pois quando elegemos e assembleia de freguesia estamos a
eleger automaticamente o presidente da freguesia, aqui pode haver desfasamentos em
termos políticos de um lado a camarama municipal pode ser de esquerda e eventualmente a
assembleia municipal ter uma maioria mais a direita.

Quem é o presidente da camara municipal? Artigo 57º não é como na freguesia que é da lista
mais votada para a assembleia municipal , aqui é o candidato da lista mais votada para essa
camara municipal. Quantos são os vereadores dessa camara? Depende do tamanho da camara
(16 para lisboa, 12 para o porto etc.)

Diploma principal: lei 75/2013

Onde começa a parte geral, disposições comuns? Artigo 44º e seguintes, é aqui que vamos ter
os princípios gerais

Artigo 44º : é uma independência em relação ao estado ou eventualmente no casa das


autarquias que funcionam nas regiões autónomas em relação aos órgãos políticos regionais.

Artigo 45: quando se diz que os órgãos das autarquias só podem deliberar no quadro das
atribuições, destas atribuições e no âmbito do exercício das competências,

Artigo 47º: sublinhar extraordinárias, nº1: ou seja, nos casos em que há uma intervenção
popular na convocação naturalmente faz nos também sentir que haja uma participação desses
eleitores nas reuniões

Artigo 50º as reuniões tem uma ordem do dia, uma ordem do trabalho. Há exceções, todavia
as exceções, neste caso as exceções refletem-se nas reuniões ordinárias, ver nº2: portanto, só
se aplica as sessões ordinárias e são necessários 2/3, portanto uma situação qualquer que não

49
estava prevista na altura da convocação, ocorreu mais tarde, ocorreu entre o momento da
convocação e o momento da realização da reunião, eventualmente poderá haver necessidade
de alterar essa ordem, não se exige unanimidade mas exige-se uma maioria qualificada

Artigo 54º: qual é o quórum? Nº1, há aqui uma exceção: por meio do plenário dos cidadãos
eleitores que também é um órgão, há outro artigo que nos diz que bastam 10% para que a
assembleia, neste caso o plenário possa deliberar validamente.

Como é que é que são tomadas as deliberações? Maioria simples? Maioria absoluta?
Qualificada? Nº2: “voto de qualidade e não de desempate” “não contanto…” maioria simples,
maioria relativa, não contamos as abstenções para o apuramento da maioria, regra para os
órgãos das autarquias locais.

Como é feita a votação? Artigo 55º: nº1, exceção típica no direito administrativo: nº3: que
esteja em causa o comportamento, as suas qualidades pessoais, ou enquanto funcionário,
características pessoais etc. quando esta em causa a própria pessoa e não os atos exige-se
excritinuo secreto e em caso de duvida. Nota: se houver uma votação sobre as características
da pessoa, se esta votação não for secreta é invalida à luz deste artigo 55ºm nº3 , tipicamente
a votação é nominal, é aberta, é publica, mas pode ter de ser secreto. Nº4, não podemos ficar
no empate eternamente, o órgão tem de deliberar, não se conseguindo que a deliberação seja
tomada por sufrágio secreto tem se transformar, em ultimo esforço, em votação aberta,
publica.

Artigo 56º : a publicidade dos atos já estão no artigo 119º da constituição, não significa que o
artigo 119 não se aplique também ao direito administrativo, mas alem do artigo 119 temos um
artigo especifico relativo à publicidade das deliberações. Nº1: “órgãos”- todos os órgãos das
autarquias locais “decisões”- deliberação/decisão órgãos singulares/ órgãos colegiais, “eficácia
externa”- há há regulamentos que tem natureza interna neste caso falamos de um
regulamento a elaborar por uma assembleia municipal mas com eficácia externa; “lugares de
estilo”- locais típicos (entrada das camara municipais); nº2 há aqui varias formas uma vez que
as autarquias são pessoas coletivas mais pequenas que o estado evidentemente há aqui uma
segunda forma com maior proximidade de divulgação das deliberações

Artigo 57º, nº1

Artigo 58º voto vencido: quando se fazem deliberações é raro serem tomadas por
unanimidade mas sim por maioria, mas por vezes, para que fique inteiramente claro o sentido
dos votos ou a fundamentação dos votos querem que isso fique tao claro que seja feito por
escrito, nº1

Artigo 59º: atos nulos

Vamos voltar para o inicio: ver pessoas coletivas uma por uma

Como esta organizada esta parte? Tem algumas regras comuns as autarquias todas, depois
trata das freguesia e depois

50
Artigo 2º (pagina 280): expressão próprios: quer dizer que já estamos longe da administração
direta (interesses do estado) e da administração indireta, a promoção e salvaguarda dos
interesses próprios das respetivas populações mas naturalmente não desconsiderando o
interesse geral, o interesse nacional pois as autarquias são autónomas e não independentes

Artigo 3º

Pagina 282- freguesia. Temos a freguesia, dentro da freguesia o órgão da assembleia da


freguesia, depois o órgão junta da freguesia e o mesmo em relação ao municípios

Ter cuidado com artigo 7º e 23º porque tratam ambos das atribuições( finalidades/objetivos) e
depois o artigo 23º finalidades dos municípios. Temos de ter cuidado porque em alguns casos
as atribuições são sobrepostas, há atribuições das freguesias que são também atribuições dos
municípios. O que costuma-mos fazer: quando sai esta matéria num caso pratico nos vamos às
freguesia encontramos as atribuições e consideramos que o problema já esta resolvido mas
não esta porque há atribuições que são das freguesia e são dos municípios, mas também há
atribuições que são só das freguesia ou só dos municípios (ai não podemos passar a frente sem
mencionar isso). Quando temos um caso pratico sobre as autarquias locais temos de começar
por mencionar as atribuições (artigo 7º e 23º)!!! Nos temos de ter a certeza que a autarquia
também tem essa atribuições.

Artigo 2º

Artigo 7º “ constituem… populações” já sabíamos isto para as autarquias locais, se diz nas
autarquias locais também tinha de se dizer para as freguesias, “em articulação …” as freguesias
não vivem separadas dos municípios, há relações entre estes e tem de haver estas relações
porque muitas vezes há atribuições comuns. As freguesias é um mundo interligado com o
município.

Artigo 9º, competências principais: nº1 “SOB PROPOSTA”, alínea a), o orçamento e o plano”,
quem elabora vai ser o órgão executivo mas não é ele que depois aprova; de quem é a
competência para elaborar o orçamento do estado? É exclusivamente do governo

Alínea f) “regulamentos externos” há regulamentos de mais de um tipo, há regulamento


externos e internos, quando falamos em regulamentos para efeito de aprovação de proposta
pela junta e depois aprovação estamos a falar daqueles que tem efeitos externos/ para o
exterior, mas há também regulamentos relativos as funcionários da junta ou da camara,
portanto, são meramente internos. Os externos tem incidência na esfera jurídica dos próprios
munícipes ou dos próprios fregueses, não de natureza interna.

Alínea h, alínea i, alínea m: quando se criam serviços da freguesia

Nº2: alínea e): na outra lei vimos que o presidente da junta de freguesia tem de estar sempre
presente nas reuniões da assembleia, não tem só de estar presente tem de estar presente para
explicar, desenvolver, aprofundar a informação escrita que prestou

Alínea g): a nível nacional existem referendos (artigo 115º da CRP) quem aprova a realização
dos referendos locais? A assembleia de freguesia, depois vamos ver nas competências da junta
que não é necessariamente a assembleia da freguesia fazer esse trabalho prévio da aprovação;
alínea i: o que se passa com a assembleia da republica que tem competências legislativas mas

51
uma boa parte das competências da assembleia da republicas são competências de
fiscalização politica do governo, aqui passa-se o mesmo acompanhar e fiscalizar as
competências da camara, portanto, esta assembleia não se destina apena as funções que nos
vimos no nº1, é um órgão de fiscalização, de controlo de ação de atividade da junta de
freguesia. Nº3 (sai com frequência!) percebemos que há uma parte dos atos que são
elaborados pela junta de freguesia e depois são aprovados pela assembleia de freguesia,
percebemos isso, mas eles podem ser alterado por exemplo? Ou seja, recebemos um proposta
mas depois dizemos “este artigo 2º não gostamos tiramos, este artigo 7º no gostamos,
substituímos” é possível? Depende das questões, resposta nº3: ou seja, há certo tipo de
matéria e de atos que a assembleia de freguesia ou aceita ou recusa na totalidade, o que não
significa que a assembleia quando faz este tipo de sugestões ou de recomendações a junta de
freguesia não possa fazer alterações, mas é a junta que pode fazer alterações!!

Funcionamento destas assembleias de freguesia:

Artigo 11º

Artigo12º: convocatória destas sessões extraordinárias, aliena c): chamar atenção “ de um


numero de cidadãos eleitores…” nos, fregueses podemos também convocar ou solicitar a
convocação de assembleias de freguesia em sessão extraordinária ( se percebermos que
alguma coisa esta a correr mal e quisermos forçar a assembleia a dar-nos explicações)

Juntas de freguesia:

Artigo 16º: alínea a): diferença, no caso da junta de freguesia é elabora e submete , no caso da
assembleia é aprovar, termina o procedimento

Alínea b:

Temos vários momentos:

1º momento: elaborar a proposta

2º momento: aprovar a proposta

3º momento: executar o orçamento

Alíneas mais importantes:

h) pergunta-se: quem faz um regulamento das freguesias? Quem elabora é a junta de


freguesia e quem os aprova é a assembleia; os regulamentos internos são aprovados pela
própria junta

k) não significa aprova-los, é uma fase antecedente

l)

raramente vemos aqui a palavra aprovar, o órgão deliberativo é outra coisa

52
Aula do dia 27/05

Programa para hoje: continuação e conclusão das autarquias locais

Estivemos a ver as duas leis que são aplicadas a esta matérias que se encontra na sua maioria
revogada e a outra.

Terminamos a aula anterior a meio dos municípios, paramos na camara municipal (artigo 32)
vamos ver também, para alem desta lei, o diploma da tutela, lei da tutela. A titulo
complementar faremos menção aos artigos mais importantes da lei eleitoral. E o mesmo com a
legislação referendaria.

Camara Municipal:

53
Artigo 33º:” competências materiais” (as competências de funcionamento são pouco
relevantes): não propriamente aprovar, já sabemos que os órgãos executivos não aprovam,
mas elaborar (alínea a: portanto, este órgão elabora e depois deixa a aprovação para o órgão
deliberativo (chama-se deliberativo porque essa deliberação final , não a iniciativa, mas a
deliberação final é desse órgão, neste caso assembleia municipal; alínea c: percebemos a
natureza deste órgão também pela expressão utilizada na alínea d: “executar” por isso é que
falamos em órgãos executivos e deliberativos, executar neste caso as opções do plano e
orçamento assim como aprovar as suas alterações. Portanto, temos aqui competências
especialmente importantes. (os aspetos relevantes são os artigos que o professor refere)

Responde as perguntas, o essencial: tem a ver com o funcionamento estrutural, ou seja, o


plano, o que vamos fazer? Que tipo de atividades vamos desenvolver, dentro das atividades
que podemos desenvolver quais é que escolhemos? Através de que financiamento? Através de
que receita? Como é que vamos gastar esse dinheiro? Este aspetos essenciais aparecem nas
alínea iniciais das competências.

Alínea K: já vimos que temos regulamentos internos relativos aos funcionários, relativos ao
funcionamento interno da própria camara, da própria autarquia e depois temos regulamentos
externos que são aqueles em que há uma interação com a comunidade, um interação com a
população, portanto, externos ao funcionamento da maquina administrativa. Quem +e que os
faz? A elaboração cabe à camara mas a deliberação respetiva vai incumbir a assembleia
municipal.

Contratos de delegação: aspeto importante em matéria de descentralização (alínea l)

(devemos sublinhar nas alienas a palavra chave)

Por vezes a mesma matéria é tratada pelo município e pela freguesia, acontece porque as
atribuições são parcialmente sobrepostas. Ao confrontarmos esse dois preceitos percebemos
que há uma competência privilegiada da camara em relação a freguesia. A matéria é a mesma
mas a intervenção é diferente, há uma relação de maior e de menor importância, sendo que a
camara fica sempre com os aspetos mais importantes. Mesmo que saia uma competência
legislativa conseguimos perceber as diferenças. Temos sempre de confirmar na parte dos
municípios se não há la uma norma também atributiva de competência.

Não é direito administrativo sem uma delegação de competências:

ARTIGO 34º

“ Delegação de competências no presidente da Camara Municipal”

1- A Câmara Municipal pode delegar as suas competências no respetivo presidente, com


exceção das previstas nas alíneas a), b), c), e), j), k), m), n), o), p), s), u), z), aa), hh), oo),
bb), aaa) e ccc) do nº1 do artigo anterior e na alínea a) do artigo 39º, com p
possibilidade de subdelegação em qualquer dos vereadores.

Importa realçar que a Câmara Municipal pode delegar competências no órgãos


singular presidente.

Nota: a CRP não o diz mas o presidente da camara é um órgão e a camara municipal
é também um órgãos complexo

Portanto as delegações de competências: podem delegar? Sim. Quem é que nos


54
termos deste artigo 34º pode delegar? A camara municipal (órgão colegial) no seu
presidente
Porquê que o presidente da Câmara é um órgãos? Nº3 : os atos ficam dependentes de
retificação mas a verdade é que naqueles momento podem ser praticados pelo presidente da
camar de forma legal. Se há uma situação urgente temos de passar sobre isso tudo. Em casos
de urgência e quando não seja possível convocar a camara, os atos que são da competências
do órgão colegial funcionando em colégio podem ser praticados individualmente pelo membro
da camara presidente.

ARTIGO 35º

“ Competências do presidente da Câmara Municipal”

1- Compete ao Presidente da Camara Municipal:


a) Representar o município em juízo e fora dele;
b) Executar as deliberações da camara municipal e coordenar a respetiva
atividade
Olhamos para o artigo 35º e percebemos o porque de o presidente da
Camara ser um órgãos: todas as competências que estão neste artigo são
apenas do presidente da camara e não da Camara Municipal. São apenas do
presidente, autónomas. Se o presidente da camara tem estas competências
todas face aos vereadores, se o seu quadro competencial é tao
extraordinariamente diverso do dos vereadores, evidentemente, que o
órgão não é apenas colegial, é complexo. Portanto, se é complexo é
composto por órgãos: temos a camara municipal e dentro da camara
municipal temos o órgão presidente da camara municipal.

O que que ele faz? Representa o Município, executa as deliberações da


camara municipal, entre outras. O que compete ao presidente e o que
compete a camara é diferente.

2-B
3-Em circunstâncias excecionais, e no caso de, por motivo de urgência, não ser possível
reunir extraordinariamente a Camara Municipal , o presidente pode praticar
quaisquer atos de competência desta, ficando os mesmos sujeitos a retificação na
primeira reunião realizada apos a sua pratica, sob pena de anulabilidade

os atos ficam dependentes de retificação mas a verdade é que


naqueles momento podem ser praticados pelo presidente da camar
de forma legal. Em casos de urgência, e quando não seja possível
convocar a camara, os atos que são da competência do órgão
colegial, funcionando em colégio, podem ser praticados
individualmente pelo membro da camara presidente.

55
ARTIGO 38º

“Delegação de competências nos dirigentes”

1- O presidente da camara municipal e os vereadores podem delegar ou subdelegar


no dirigente da unidade orgânica materialmente competente as competências
previstas nas alienas a), b), c), g), h) r v) do nº1 e d), f), h), i), m) e p) do nº2 do
artigo 35º.
Temos aqui uma delegação de órgãos autárquicos em dirigentes
(serviços). Estamos aqui a falar de uma delegação não de órgão para
órgão (mas da assembleia para o presidente por exemplo), estamos
aqui a falar de serviços.

ARTIGO 40º

“Periodicidade das reuniões”

 Quem pode convoca-las?

ARTIGO 41º

“ Convocação das reuniões extraordinárias”

1- As reuniões extraordinárias podem ser convocadas por iniciativa do presidente da


camara municipal ou apos requerimento de, pelo menos, um terço dos respetivos
membros.
Para efeitos de convocação/ convocatória menção ao
artigo 41º reuniões extraordinárias

ARTIGO 42º

“Apoio aos membros da camara municipal”

O artigo 45º, 46º, 47 etc. já foram vistos anteriormente

Outra temática: Descentralização Administrativa

ARTIGO 111º

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“Descentralização Administrativa”

Para efeitos da presente lei, a descentralização administrativa concretiza-se através da


transferência por via legislativa de competências de órgãos do Estado para órgãos das
autarquias locais e das entidades intermunicipais.

O que quer isto dizer? Não há aqui delegação de competências porque na


delegação de competências tem de haver uma lei habilitadora e depois tem
de haver um ato especifico de delegação. Aqui é “através de transferência
por via legislativa”, portanto, a aqui não temos delegação de poderes mas
temos descentralização administrativa, o que significa? Significa que há
poderes que eram do Estado e passam a ser poderes de autarquias locais, a
isto chama-se descentralização. Evidentemente há limites para esta
descentralização, mas, ainda assim, não podemos falar aqui em
regionalização (implica a criação de outras pessoas coletivas e de regiões
administrativas). É uma forma do governo ter menos responsabilidades.

Para que serve? Nos termos do artigo 112º visa a aproximação das decisões
aos cidadãos, promoção da coesão territorial, reforço da solidariedade inter-
regional, melhoria da qualidade dos serviços prestados as populações etc. Na
pratica é um pouco diferente.

9. REGIME JURIDICO DA TUTELA ADMINISTRATIVA

Porque que isto existe? Porque estamos a falar de região autónoma. Começamos a tratar da
administração autónoma por causa das associações mas continuamos nas autarquias. Se é
administração autónoma já sabemos: não há hierarquia e se não há hierarquia não há direção.
Se não há administração indireta não há superintendência e não há também tutela de mérito.
O que que fica? São quase independentes mas não o são, são, somente, autónomas porque
existe tutela. A tutela refere-se a um modo de controlo, um modo de fiscalização do estado em
relação a administração autónoma (seja ela associativa, ou neste caso territorial). Quando
falamos em tutela a tutela traduz o tipo de poder que o Estado tem em relação à
administração autónoma ( associativa e territorial). Se não existisse tutela as autarquias locais
seriam independentes e, consequentemente, teriam o mesmo regime da administração
independente e não é caso. Isto quer dizer que embora circunscrita essa fiscalização existe.

Aplica-se a quem esta lei a quem? Autarquias locais e entidades equiparadas (entidades
intermunicipais, as autarquias podem colaborar entre elas etc.) e é também aplicada a
algumas associações

Em que que consiste? Em que se traduz? Quais são os puderes que o estado tem? quais são as
faculdades que o estado tem em relação as autarquias?

Em que consiste a tutela administrativa?

57
ARTIGO 2º

“Objeto”

A tutela administrativa consiste na verificação do cumprimento das leis e regulamentos ( e da


constituição) por parte dos órgãos e dos serviços das autarquias locais e entidades equiparadas

Trata-se apenas de uma tutela de juridicidade, ou seja, uma tutela


que incide apenas sobre os aspetos intrinsecamente jurídicos. Não
podem obviamente fiscalizar se a administração local age
corretamente na gestão dos valores, dos bens que lhe são
atribuídos, ou se escolhe esta solução ou aquela, o Estado não pode
interferir nesse domínio e nem sequer pode fazer recomendações.
Não há superintendência, nem pode elaborar diretivas. A única coisa
que o Estado tem de fazer é verificar se estas autarquias ou
entidades equiparadas e efetivamente cumprem a lei, o
regulamento e em ultima instancia a constituição.

Falamos então em tutela inspetiva (em sentido amplo porque o que esta incluído nela não são
apenas as inspeções propriamente ditas, há aqui também outros atos). numa perspetiva mais
alargada podemos utilizar tutela inspetiva incluindo também os outros atos. Onde estão
previstos?

ARTIGO 3º

“ Conteúdo”

1- A tutela administrativa exerce-se através da realização de inspeçoes, inquériots e


sindicâncias.
2- No âmbito deste diploma:
a) A inspeçao consiste na verificação da conformidade dos atos e contratos dos orgaos e
serviços com a lei;
b) O inquérito consiste na verificação da legalidade dos atos e contratos concretos dos
órgãos e serviços resultante de fundada denuncia apresentada por quaisquer pessoas
singulares ou coletivas ou de inspaeção
c) A sindicância consiste numa indagação aos serviços quando existam serios indícios de
ilegalidades de atos de orgaos e serviços que, pelo seu volume e gravidade, não devam
ser averiguados no âmbito de inquerio

Qual é a diferença entre estas alineas? A diferença é que a inspeçao na


alinea a) tem uma natureza ordinária, tem uma natureza comum, ou
seja, esta inspeçao deve ser feita regularmente, não é, deste modo, 58
feita a prepósito de um acidente qualquer a preposito de uma denuncia
ou de uma facto qualquer excecional. A inspeçao consiste:
e faz parte dos deveres do Estado (é um atividade regular e
Quem tem estes poderes de tutela? O Governo

ARTIGO 5º

“Titularidade dos poderes de tutela”

A tutela administrativa compete ao Governo, sendo assegurada, de forma articulada, pelos


Ministros das Finanças e do Equipamento, do Planeamento e da Administraçao do Territorio,
no âmbito das respetivas competencias.

Para sabermos especificamente como a tutela é feita em cada caso


temos de articular este artigo 5º com a lei orgânica do governo. O
artigo 5º mantem-se sempre mas a lei orgânica do governo altera-se
consuante o Governo.

59
ARTIGO 6º

“Realzaçao de açoes inspetivas”

1- as inspeçoes são realizadas regularmente através dos serviços competentes, de


acordo com o plano anual superiormente aprovado
2- Os inqueritos e as sindicâncias são determinados pelo competente membro do
Governo, sempre que se verifiquem os pressupostos da sua realizaçao.
3- Os relatórios das açoes inspetivas são apresentados para despacho do competente
membro do Governo, que, se for caso disso, os remeterá para o representante do
Ministerio Publico legalmente competente.
4- Estando em causa situações suscetiveis de fundamentar a dissolução de órgãos
autárquicos ou de entidades equiparadas, ou a perda de mandato dos seus titulares, o
membro do governo deve terminar, previamente, a notificaçao dos visados para, no
prazo de 30 dias, apresentarem, por escrito, as alegações tidas por convenientes,
juntando os documentos que considerem relevantes.

Vamos imaginar que há sérios indícios etc etc,


naturalmente que o principio contraditório obriga a que
sejam ouvidos os titulares desses orgaos

5- Sem prejuízo do disposto no numero anterior, sempre que esteja em causa a


dissolução de um órgão executivo, deve tambem ser solicitados parecer o respetivo
orgao deliberativo, que o devera emitir por escrito no prazo de 30 dias.

Este nº5 diz-nos que seja ouvido o orgao deliberativo se estiver em


causa um problema relacionado com um orgao executivo

Quais são as sançoes que podem resultar desta tutela? Ou a perda do mandato (se estivermos
na presença de atos que são imputáveis a um único titular) ou então dissolução de orgaos (se
o que esta em causa envonvel a globalidade do orgao) :

Artigo 7º

“Sanções”

A pratica, por açao ou omissão, de ilegalidades no ambit da gestão das autarquias locais ou no
da gestão de entidades equiparadas pode determinar, nos termo9s previsto na presente lei, a
perda do respetivo mandato, se tiverem sido praticados individualmente por membros de
orgaos , ou a dissolução do orgao, se forem o resultado da açao ou omissão deste

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Em que situações especifica há perde de mandato?

Artigo 8º

“Perda de mandato”

1- Inorrem em perde de mandato os membros dos orgaos autárquicos ou da entidades


equiparadas que:
a) Sem motivo justificativo, não compareçam a 3 sessoes ou 6 reunies seguidas ou a 6
sessoes ou a 12 reunioes interpoladas;
b) Apos eleiçao, sejam colocados em situação que os torne ineligiveis ou
relativamente aos quais se tornem conhecidos elementos reveladores de uma
situação de inelegibilidade já existente, e ainda subsitente, mas não detetada
previamente à eleição;
c) Apos eleição se inscrevam em partido diverso daquele pelo qual foram
apresentados a sufrágio eleitoral;
d) Pratiquem ou sejam individualmente responsáveis pela pratica dos atos previstos
no artigo seguinte.
2- Incorrem, iglamente em preda de mandato os membros dos orgaos autárquicos que,
no exercício das suas funções , ou por causa delas, intervenham em procedimento
administrativo, ato ou contrato de direito publico ou privado relativamente ao qual se
verifique impedimento legal, visando a obtenção de vantagem patrimonial para si ou
para outrem.
3- Constitui ainda causa de perda de manato a verificação, em momento posterior ao da
eliçao, de pratica, por açao ou omissão , em mandato imediatamente anterior, dos
factos referidos na alínea d) do nº1 e no nº2 do presente artigo.

Quais são as causas da dissolução?

Artigo 9º

“Dissolução de orgaos”

Qualquer orgao autárquico ou de entidade quiparada pode ser dissolvido quando:

a) Sem causa legitima de inexecução, não dê cumprimento às decisões transitadas


em julgados dos tribunais;
b) Obste à realização de inspeçao, inquérito ou sindicância, à prestação de
informações ou esclarecimentos e ainda quando recuse facultar o exame aos
serviços e a consulta de documentos solicitados no âmbito do procedimento
tutelar administrativo;
c) Viole culposamente instrumentos de ordenamento do terriotorio ou de
planeamento urbanístico validos e eficazes;
d) Em matéria de licenciamento urbanistico exija, de forma culposa , taxas, mais-
valias, contrapartidas ou compensações não previstas na lei

Existem ainda alineas ate a h)

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ARTIGO 10º

“causas de não aplicação de sançao”

1- Não haverá lugar à perda de mandato ou à dissouluça de orgao autárquico ou de


entidades equiparadas quandos, nos termos gerais de direito , e sem prejízo dos
deveres a que os orgaos públicos e seus membros se encontram obrigados, se
verifiquem cuasas que justifiquem o facto ou que exclueam a culpa dos agentes .

Erro que é muito frequente: há aqui uma intervenção do Governo? Sim. É o Governo que
determina um sindicância? Sim.é o Governo que faz essas inspeçoes? Sim. Ter em atenção o
artigo 10 e 11º:

A decisao sobre a perda de um mandato, sobre decisão se há efitivamente fundamentos para a


perda de um mandato ou para a dissolução compete aos tribunais, não compete ao governo:

ARTIGO 11º

“Decisoes de perda de mandato e de dissolução”

1- As decisoes de perda do mandato e de dissoluçao de orgaos autárquicos ou de


entidades equiparadas são da competencias dos tribunais administrativos de circulo.

Portanto, competencia é judicicia, juridiscional, não é o Governo


que decide a perda de mandato, não é o Governo que decide se há
fundamento ou não para dissolver. ( é frequente aparecer nos
casos práticos!)

Efeitos das decisões:

Primeiro efeito: naturalmente que os membros não podem fazer parte da comissão
administrativa. O que é a comissão administrativa? Se os orgaos estao dissolvidos e se são
designadamente orgaos executivos ( se houver uma da AR é evidente que é uma coisa porque
a assembleia da republica não esta sempre a funcionar, a AR tem ferias; o Governo não, o
governo é um orgaos que tem uma atividade contínua, o 1º ministro pode ir de ferias mas o
governo continua a funcionar, o ministro de finanças a mesma coisa, ou seja, há uma açao
continua. Se temos um orgao deliberativo: o orgao deliberativo reúne algumas vezes por ano,
não esta sempre reunido

d)

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