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Trabalho Bioquímica Aplicada

Aluna: Ana Luiza Cardoso Queiroz


Nutrição - 3° Período

Homeostasia Energética e Controle Hormonal

• Sinalização Endócrina:
Quando células precisam transmitir sinais por longas distâncias, os sinais são
produzidos por células especializadas e liberados na corrente sanguínea, que
transporta estes sinais para as células alvo em partes distantes do corpo.
Sinais que são produzidos e viajam através de circulação para atingir alvos
distantes, são conhecidos como hormônios, que determinam quando a célula deve
agir.
Em humanos, glândulas endócrinas que liberam hormônios incluem a tireóide, o
hipotálamo, e a pituitária, assim como as gônadas (testículos e ovários) e o
pâncreas. Cada glândula endócrina libera um ou mais tipos de hormônios.

• Sinalização Parácrina:
Nessa sinalização, a molécula sinalizadora é liberada e atua em células que estão
próximas a ela. Nesse processo, a molécula encontra a célula-alvo por processo de
difusão.Células que estão perto uma da outra se comunicam por meio da liberação
de mensageiros químicos (ligantes que podem difundir-se através do espaço entre
as células).
A sinalização parácrina permite que células coordenem localmente atividades com
suas células vizinhas. Embora elas sejam usadas em muitos tecidos e contextos
diferentes, sinais parácrinos são especialmente importantes durante o
desenvolvimento, quando permitem que um grupo de células comunique a um grupo
de células vizinhas, qual identidade devem assumir.

• Sinalização Autócrina:
Na sinalização autócrina, um sinal celular por si só, liberando um ligante que se liga
a receptores em sua própria superfície (ou, dependendo do tipo de sinal, em
receptores dentro da célula). Isto pode parecer uma coisa estranha para a célula
fazer, mas a sinalização autócrina tem papel importante em muitos processos.
Essa sinalização, é importante durante o desenvolvimento, ajudando as células a
assumir e reforçar suas identidades corretas.

• Sinalização Justácrina:
Nessa sinalização, acontece através do contato entre as células comunicantes é
necessário para que haja troca efetiva da informação a ser transmitida.
Nessa forma de comunicação intercelular o hormônio sintetizado pela célula que
transmitirá a informação fica, em geral, preso à membrana plasmática. Dessa forma,
para que haja transmissão de sinal é preciso que a célula receptora esteja próxima
o suficiente ao ponto de entrar em contato com a transmissora. Esse detalhe é o
que a diferencia da sinalização parácrina que envolve a liberação, pela célula
transmissora, de um hormônio para agir nas células próximas, não apenas naquelas
em que a célula transmissora entra em contato.

Principais hormônios do corpo humano e suas ações

• Hormônio do crescimento (GH):


É produzido pela hipófise sendo essencial para o crescimento dos seres humanos.
Ele atua no organismo na medida em que promove o desenvolvimento da massa
muscular e do alongamento dos ossos.
Sua ação está ligada à produção de IGF-1, que é produzido pelo fígado. A partir da
junção desses do GH ao IGF-1 é que ocorre o crescimento e desenvolvimento dos
tecidos.
É um hormônio secretado pela adeno-hipófise e sua ação ocorre principalmente no
fígado. Esse órgão libera substâncias semelhantes à insulina para estimular o
crescimento de tecidos, como ossos e cartilagens.
A ação desse hormônio contribui para o aumento da estatura dos jovens durante a
puberdade. A sua ausência, ou mesmo baixa secreção (hipossecreção), retarda o
crescimento, chegando até mesmo a impedir o desenvolvimento do esqueleto dos
indivíduos.

• Antidiurético (ADH):
Hormônio antidiurético ou vasopressina é produzido pelo hipotálamo e secretado
pela neuro-hipófise. Ele promove a reabsorção de água nos rins.
Esse hormônio é um polipeptídeo que apresenta nove aminoácidos e atua,
principalmente, nos rins, nos quais proporciona uma maior reabsorção de água.
Apresenta também papel vasoconstritor, estando envolvido com a regulação da
pressão arterial em resposta a hemorragias. Devido a sua ação vasoconstritora, ele
também é denominado vasopressina. Resistência à ação do hormônio ou uma
redução na sua síntese podem levar ao desenvolvimento do diabetes insipidus.
Ele é sintetizado pelas células neurossecretoras do hipotálamo, entretanto, apesar
de ser produzido nesse local, segue para a neuro-hipófise, na qual será
armazenado e, posteriormente, liberado.
O hormônio antidiurético atua nos rins promovendo a reabsorção de água. Esse
hormônio é importante, pois evita a perda exagerada de água e garante a
osmolaridade normal do sangue. Células osmorreceptoras no hipotálamo
monitoram a osmolaridade do sangue e desencadeiam a liberação de ADH a partir
da neuro-hipófise.
A osmolaridade do sangue aumenta quando nos alimentamos de alimentos muito
salgados ou perdemos água pelo suor, por exemplo. O ADH então é liberado e atua
nos túbulos distais e ductos coletores, promovendo maior permeabilidade dessas
estruturas e permitindo que maior quantidade de água seja reabsorvida.
Desse modo, o ADH garante aumento da concentração da urina, redução no seu
volume, e diminui a osmolaridade do sangue por promover a reabsorção de água.

• Tiroxina (T4):
O hormônio T4 é a sigla para tiroxina, também chamada de tetraiodotironina.
Trata-se de um hormônio que é produzido pela tireóide e que atua na regulação de
diferentes processos do corpo humano, como a regulação da pressão arterial e de
outros aspectos do metabolismo do paciente.
É um hormônio produzido pela glândula tireoide e regulado pelo hipotálamo e
hipófise, que sinalizam a sua liberação. É o hormônio responsável pelo
metabolismo, humor e temperatura corporal, entre outras coisas.
De acordo com a ciência, os hormônios tireoidianos são elementos cruciais para o
desenvolvimento e a homeostase do organismo. Sem a liberação da tireotropina,
pelo hipotálamo, a glândula pituitária não é acionada para produzir o hormônio
estimulador da tireóide (TSH) que, consequentemente, auxilia a glândula tireoide na
liberação de T3 e T4. Sem TSH, o sistema entraria em colapso, iniciando o
processo de falha.

• Adrenalina:
A adrenalina, ou epinefrina, é um hormônio produzido e liberado pela medula da
glândula adrenal quando o sistema nervoso simpático é estimulado. A adrenalina
participa de diferentes ações no organismo, garantindo, por exemplo, o aumento da
glicose plasmática em momentos de estresse.
Sua secreção ocorre rapidamente, e uma ação completa pode ser observada em
poucos minutos. A adrenalina apresenta grande aplicação na medicina, sendo
usada, por exemplo, em casos de reanimação cardíaca, anafilaxia e asma
brônquica.

• Glucagon:
O glucagon é um polipeptídeo, secretado pelas células alfa (α) das ilhotas de
Langerhans, composto por 29 aminoácidos, tendo como função principal aumentar a
concentração de glicose no sangue, contrapondo-se aos efeitos da insulina.
A ação do glucagon é estimular a produção de glicose pelo fígado, e a da insulina é
bloquear essa produção, além de aumentar a captação da glicose pelos tecidos
periféricos insulino-sensíveis. Com isso, eles promovem o ajuste, minuto a minuto,
da homeostasia da glicose.
Os níveis normais de glicose no sangue são de até 99mg/dl pré-prandial (período
que antecede a alimentação), e até 140 mg/dl pós-prandial (1 ou 2 horas após a
alimentação) . Níveis alterados desses valores podem sugerir crises hiperglicêmicas
ou hipoglicêmicas.
Assim, a hiperglicemia caracteriza-se pelo excesso de glicose no sangue, podendo
ocorrer em duas fases: hiperglicemia de jejum, que é o nível de glicose acima das
taxas consideradas normais após jejum de 8 horas; e hiperglicemia pós-prandial,
que é o nível de glicose acima dos considerados normais nesse período de 1 ou 2
horas após a alimentação.
A hipoglicemia, por sua vez, ocorre quando há uma queda excessiva nos níveis de
glicose, frequentemente abaixo de 70 mg/dl, com aparecimento rápido de sintomas,
sendo alguns deles fome, fadiga, tontura, palidez, pele fria e úmida, visão turva e
confusão mental. Se não for tratada, pode levar ao coma.
Quanto ao estado normal de jejum, pequenos aumentos na taxa de glicemia levam
à supressão da produção de glucagon e ao aumento da produção de insulina,
enquanto as hipoglicemias levam a um aumento na produção de glucagon e à
redução da produção de insulina. Já no estado pré-prandial, as percentagens de
consumo de glicose são representadas da seguinte maneira: pelo sistema nervoso
central (50 %), pelo músculo (25 %) e pelos tecidos esplâncnicos (25 %).
No corpo de alguém que não tem diabetes, quando a pessoa fica muito tempo sem
se alimentar ou pratica exercícios, a taxa de açúcar no sangue cai, podendo levar à
hipoglicemia. Neste momento o Glucagon entra em ação:
1. Ele age no fígado, quebrando o glicogênio (estoque de glicose do fígado) em
moléculas de glicose, e essa glicose é levada para o sangue para normalizar a taxa
de açúcar no sangue;
2. Ativar a conversão de aminoácidos em glicose (gliconeogênese);
3. Quebrar a gordura armazenada (triglicéridos) em ácidos graxos para uso
como combustível pelas células.
Em pessoas com diabetes, os níveis elevados de glicemia em circulação podem
inibir a liberação de glucagon para corrigir a hipoglicemia. Sendo assim, em casos
de hipoglicemia grave, em que a pessoa não consiga ingerir alimentos (sólidos ou
líquidos), tenha convulsões, desmaios e coma, é indicado o uso do Glucagon
injetável.

• Insulina:
A insulina é um hormônio anabólico que tem função bastante significativa no
organismo de todos os seres humanos. A insulina exerce um papel central na
regulação da homeostase da glicose, ou seja, no controle do nível de glicose no
sangue. Além disso, ela reduz a produção de glicose pelo fígado e aumenta a
captação desse hormônio nos tecidos adiposo e muscular.
É por isso que sempre ouvimos falar que a insulina é tão importante em
tratamentos de diabetes, um problema de saúde pública que afeta e prejudica a
qualidade de vida de muitas pessoas. O que acontece é que a insulina, ao controlar
o nível de glicose no sangue, também consegue auxiliar na regulação do
metabolismo, atuando como uma opção frente à deficiência parcial ou total da
absorção da insulina pelo pâncreas, comum nessa doença.
A insulina é um hormônio produzido pelo pâncreas, que é responsável por
transportar a glicose do sangue para o interior das células, para que seja usada
como fonte de energia. A insulina é produzida principalmente após as refeições,
quando a quantidade de açúcar no sangue aumenta. Quando a produção de
insulina é insuficiente ou ausente, como no diabetes, o açúcar não consegue ser
levado para o interior das células e, por isso, acaba se acumulando no sangue e no
resto do organismo, provocando complicações como retinopatia, insuficiência renal,
ferimentos que não cicatrizam e até favorecendo o AVC, por exemplo.
A insulina serve para:
• Diminuir a quantidade de açúcar circulante no sangue proveniente da
digestão dos alimentos, permitindo que a glicose entre nas células do organismo
para ser usada como fonte de energia;
• Promover o armazenamento da glicose no fígado, na forma de glicogênio
hepático, e no tecido adiposo na forma de triglicerídeos, já que ajuda a captar a
glicose em excesso que está na circulação;
• Regular o metabolismo dos carboidratos, gorduras e proteínas.
Tipos de insulina
A insulina pode ser sintetizada, para "imitar" a ação da insulina naturalmente
produzida no corpo, quando sua produção é insuficiente ou diminuída. Assim,
dependendo do tempo que leva para iniciar seu efeito e a duração da sua ação, a
insulina sintética é classificada em diferentes tipos, sendo os principais:
• Insulina de ação rápida: esse tipo de insulina inicia seu efeito cerca de 10 a
15 minutos após sua aplicação subcutânea, sendo normalmente indicada para
corrigir os picos de hiperglicemia, ou controlar os níveis de glicose no sangue após
a alimentação;
• Insulina de ação intermediária: tem um início de ação de cerca de 1 a 2 horas
após a aplicação subcutânea, atingindo um pico entre 4 a 6 horas e tendo um efeito
que pode durar até 12 horas, sendo geralmente indicada para controlar os níveis de
glicose entre as refeições ou durante a noite, por exemplo;
• Insulina de ação lenta ou prolongada: esse tipo de insulina inicia seu efeito
cerca de 1 hora e meia a 2 horas após sua aplicação, sendo liberada lentamente,
tendo um efeito estabilizador da glicose no sangue, que pode durar de 20 a 40
horas, sendo normalmente indicada para usar à noite, entre as refeições ou durante
jejuns.

• Estrogênio:
O estrogênio é um hormônio essencial para o pleno funcionamento do organismo
feminino, principalmente para a sua função reprodutiva. Quando seus níveis estão
alterados, pode haver uma associação com a infertilidade.
O termo estrogênio se refere a um grupo de três hormônios que têm características
em comum, conhecidos também como hormônios sexuais femininos, embora
também sejam produzidos pelo organismo masculino (em menor quantidade).

• Progesterona:
A progesterona é um hormônio produzido pelas células do ovário que tem um papel
muito importante no processo gestacional, uma vez que ajuda na regulação do ciclo
menstrual e na preparação do endométrio para receber o óvulo fertilizado. Portanto,
é fundamental que o organismo feminino esteja com taxas adequadas deste
hormônio para que ocorra a gravidez e que ela evolua adequadamente.
Em geral, o ovário produz a progesterona a partir da segunda parte do ciclo
menstrual, após a ovulação. Após a ovulação, o folículo que rompeu-se liberando o
óvulo passa a chamar-se corpo lúteo e torna-se o responsável pela produção da
progesterona, entre outras substâncias. Não ocorrendo a gravidez, este corpo lúteo
regride levando a diminuição dos níveis de progesterona e consequentemente à
menstruação. Quando ocorre uma gravidez, os níveis deste hormônio são mantidos
elevados e são importantes para a manutenção do processo de implantação e
desenvolvimento da gestação.

• Prolactina:
A prolactina é um dos hormônios que atuam no organismo da mulher nas etapas do
ciclo menstrual. Ela tem importante função de preparar o corpo para a gestação,
pois mudanças hormonais podem dificultar a fertilização. Além de ter importante
papel associado à lactação, a prolactina tem também muitas funções no corpo da
mulher. Na gestação, por exemplo, ajuda na produção de leite materno e inibe a
liberação de outros hormônios, pois sinaliza ao corpo que há um processo de
amamentação.
Isso faz com que atue na contracepção e regule a menstruação depois do parto
também. Outra função da prolactina é a de contribuir na produção de células do
sangue e vasos sanguíneos. Vale lembrar que ela atua também no sistema
imunológico em casos de inflamação.

• Testosterona:
A testosterona é um hormônio predominantemente masculino mas também é
encontrado em mulheres. Ele serve para o desenvolvimento dos órgãos sexuais
masculinos e todas as demais características do homem, como aumento da massa
muscular, massa óssea, pêlos no corpo e libido.
A testosterona ajuda a produzir proteínas e é essencial para o comportamento
sexual normal e para as ereções.
Também afeta muitas atividades metabólicas, como produção de células do sangue
na medula óssea, formação do osso, metabolismo de lipídios, metabolismo de
carboidratos, função hepática e crescimento da próstata.
A testosterona desempenha um papel fundamental no desenvolvimento de tecidos
reprodutivos masculinos, como testículos e próstata, bem como a promoção de
características sexuais secundárias, como o aumento da massa muscular, aumento
e maturação dos ossos e o crescimento de pelos e cabelos corporais. Além disso, a
testosterona tem papel fundamental no desejo e libido sexual em homens e
mulheres.

• Paratormônio:
O paratormônio, mais conhecido como PTH, é um hormônio produzido pelas
glândulas paratireóides, localizadas junto à glândula tiroide na região anterior do
pescoço. O PTH é um dos principais hormônios que controlam os níveis sanguíneos
do cálcio e e fósforo no organismo.
A principal função do PTH é estimular a liberação de cálcio para o plasma, e, para
isso, age principalmente nos ossos, nos rins e indiretamente no intestino delgado.

Alterações hormonais no estado alimentado


Durante o estado alimentado a insulina está em níveis aumentados para conseguir
regular a glicose que está no sangue após a refeição.
O paciente em estado alimentado, na maioria das vezes, se não houver um estado
estressante, utilizará como fonte de energia proveniente de fonte alimentar, que
depois de digerida vira glicogênio muscular e aporte de proteína muscular.

Alterações hormonais em jejum de curta e longa duração


Durante o estado de jejum o glucagon está em nível aumentado, já o glucagon
controla os níveis de insulina que estão no sangue, fazendo com que diminua a
produção de insulina.
Já paciente em estado de jejum, utilizará como fonte de energia a lipólise, com
liberação de ácido graxo e glicerol e aumentando a insulina.
Já o jejum de longo prazo acontece a lipólise, com liberação de ácidos graxos e
glicerol e aumentando a insulina e produz cetose, produz corpos cetônicos.

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