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FISIOLOGIA

HUMANA
NECROPSIA

ATS
 Fisiologia Humana
40 h/a Teórica
10 h/a Prática
Inicio: 20/01/24
Término: 24/02/24
Professor: Silva Thé
NECROPSIA
CALENDÁRIO

DIA 20/01 – Sistema Muscular/Sistema Circulatório – Exercícios


DIA 27/01 – Sistema Tegumentar/Sistema Reprodutor – Exercícios
DIA 03/02 – Sistema Digestivo/ Nervoso – Exercícios
Dia 10/02 – Sistema Endócrino/Sistema Linfático – Exercícios
Dia 17/02 – Sistema Respiratório/Sistema Renal – Exercícios
Dia 24/02 – Prova Pratica
Fisiologia Humana é a área dedicada ao estudo do
funcionamento do organismo humano. Incluindo, assim,
os processo físicos e químicos necessários para a
manutenção da vida. Ao final do nosso curso curso de
Fisiologia Humana teremos a noção para a
compreensão desse ramo tão fascinante da biologia!
A fisiologia demanda o conhecimento de várias áreas
como a anatomia, bioquímica, biologia celular,
morfologia e ecologia. Dessa maneira, ela é
necessária para a compreensão integral dos
processos que ocorrem para a manutenção da vida.
Assim, para facilitar o estudo, podemos dividir o corpo
humano em diversos níveis de organização. Esses níveis,
por fim, compreendem uma hierarquia, indo desde a
unidade mais simples até a mais complexa.

Do mesmo modo, o funcionamento em conjunto dessas


partes garante o funcionamento adequado do corpo
humano. Portanto, a ordem a seguir representa um
esquema básico dessa organização:

Átomos → Moléculas → Organelas → Células → Tecidos →


Órgãos → Sistemas → Organismos
Para entendermos o organismo humano
podemos dividi-lo em diferentes níveis, que
juntos, proporcionam o seu adequado
funcionamento. O nível de organização do corpo
humano é feito da seguinte maneira:
Molécula:são estruturas responsáveis pelas reações
químicas.

Célula:menor unidade morfológica e funcional dos seres


vivos. Dependendo da região de origem, localização e
função, cada célula receberá um novo. Exemplo: células
do fígado são chamadas de hepatócitos, células do tecido
cartilaginoso são chamadas de condrócitos.

Tecido:células e substâncias intercelulares que interagem


para realizar suas funções. Os seres humanos possuem 4
tipos de tecidos: epitelial, conjuntivo, muscular e nervoso.
Órgão:conjunto de tecidos que interagem para a
execução das suas funções. Os seres humanos possuem
vários órgãos, como coração, rim, pulmão, cérebro, entre
outros.

Sistema:conjunto de órgãos que irão se relacionar entre


si. Os principais sistemas do corpo humano são:
circulatório, digestório, endócrino, esquelético, excretor,
muscular, nervoso, reprodutor e tegumentar.

Organismo:junção de todos os sistemas do organismo


humano.
Sistemas
Circulatório: tem a função de transportar oxigênio e
nutrientes para todas as partes do corpo.

Digestório: é responsável pela digestão dos alimentos,


transformando-os em pequenas moléculas que serão
absorvidas pelas células e o que não for utilizado é
eliminado no final do tubo digestório.

Esquelético: é o sistema de sustentação do corpo.

Muscular: responsável pela estabilidade e sustentação


corporal, auxilia na produção dos movimentos e na
manutenção da temperatura corporal.

Nervoso: regula as atividades corporais por meio dos


impulsos nervosos.
Imunológico: produz células de defesa que garantem a
proteção do corpo contra patógenos.

Respiratório: realiza as trocas gasosas, absorvendo


oxigênio e eliminando gás carbônico.

Endócrino: secreta hormônios que auxiliam na regulação do


organismo

Urinário: excreta substâncias tóxicas e realiza o equilíbrio


hídrico e controle dos íons.
Reprodutor (ou genital): permite a perpetuação da espécie
através da reprodução.

Tegumentar: é formado pela pele que atua como uma barreira


protetora, além de ter um papel sensorial e auxiliar no controle
da temperatura.
Linfático: garantindo o retorno do fluido contido nos tecidos
circundantes para o sangue. Esse fluido, quando entra no
sistema linfático, é chamado de linfa e possui uma circulação
unidirecional, indo sempre em direção ao coração.
Quando compreendemos a fisiologia humana,
entendemos o funcionamento correto do organismo e,
com isso, torna-se mais fácil entender alterações nesse
funcionamento e criar métodos que façam com que o
corpo retorne ao equilíbrio. Este equilíbrio é conhecido
como Homeostasia que é estado de equilíbrio de um
organismo. Ou seja, a homeostasia permite um estado de
relativa independência do organismo em relação às
oscilações do ambiente externo. Dessa forma, cada
sistema do corpo humano contribui de alguma forma
para manter a harmonia ente os sistemas.
"O nosso organismo é uma máquina perfeita que necessita que
cada variável esteja completamente ajustada para que o seu
funcionamento ocorra de maneira correta. Se a temperatura está
muito elevada, por exemplo, podem ocorrer alterações no estado
mental, o comprometimento de órgãos e, até mesmo, a morte do
indivíduo.

A homeostase, termo criado por Walter Cannon, pode ser


definida como a habilidade de manter o meio interno em um
equilíbrio quase constante, independentemente das alterações
que ocorram no ambiente externo. O meio interno, por sua vez, é
definido como os fluidos que circulam pelas nossas células, o
chamado líquido intersticial.
Para manter a homeostasia, nosso meio interno deve manter
certos valores sem alterações. Isso é conseguido graças a
diversos processos fisiológicos que ocorrem de maneira
coordenada e que garantem o equilíbrio. Os processos de
respiração, digestão e excreção garantem, por exemplo, que o
meio interno tenha oxigênio e nutrientes necessários à célula e
que substâncias tóxicas que possam causar danos ao corpo
sejam retiradas do organismo.

Quando o meio interno não está em equilíbrio, seja por


mudanças externas, seja por disfunções internas, ocorre uma
perturbação da homeostase, o que pode resultar em doença.
Caso a homeostase não seja restabelecida, pode ocorrer a
morte do indivíduo. Entre as variáveis que devem permanecer
em equilíbrio para que haja a homeostase, podemos destacar a
temperatura corpórea, o pH dos líquidos corporais, a pressão
arterial e a frequência cardíaca."
A HOMEOSTASIA é um princípio fundamental da fisiologia e
significa equilíbrio das funções. Todo o processo de
funcionamento do organismo é previsto por eventos sequenciais
em caráter de normalidade. Exemplo: Ao ingerirmos grande
quantidade de líquido, organismo intensifica o processo de
micções.
O controle da homeostase é realizado pelos mecanismos
de feedback ou retroalimentação, que mantêm como princípio o
equilíbrio das funções através de fenômenos agonistas e
antagonistas. Um exemplo bastante didático é o controle dos níveis
glicêmicos no organismo humano. O aumento da taxa de glicose
no sangue induz processos de controle que diminuem essa
concentração glicêmica. Esses mecanismos são, portanto,
antagônicos.
Portanto, quando determinados fenômenos promovem uma
determinada mudança no corpo humano, o mecanismo de feedback
pode reagir de duas formas: feedback positivo e feedback negativo.
O feedback negativo exerce uma relação antagônica entre os
fenômenos, portanto, atua para reverter a mudança ocorrida. Vamos
analisar um exemplo:
quando a temperatura corporal diminui em virtude do frio, os
receptores da pele mandam mensagens ao encéfalo informando
sobre a diminuição da temperatura.
O encéfalo, por sua vez, manda uma resposta aos músculos para se
contraírem produzindo tremores, ocasionando assim, a produção
de calor. Quando a temperatura corporal voltar ao estado normal, o
encéfalo transmitirá informações aos músculos para cessarem as
contrações. Portanto, em dias de baixa temperatura nosso corpo
tende a sofrer tremores.
Todavia, existe uma situação completamente contrária
apresentada pelo feedback positivo, esta resposta atua no intuito
de amplificar uma determinada mudança corporal, sendo um
processo menos comum que o feedback negativo.
Um exemplo de feedback positivo ocorre com as contrações
uterinas no momento do parto. A glândula hipófise secreta o
hormônio ocitocina, o qual estimula as contrações do útero.
Durante o parto, receptores presentes na musculatura do útero
enviam informações ao cérebro para estimular a hipófise a
produzir e liberar mais ocitocina e, dessa forma, aumentar as
contrações uterinas.

Os princípios homeostásicos regem a fisiologia e envolvem todas


as estruturas do nosso corpo. Entretanto, a menor unidade
funcional do organismo são as células
SISTEMA MUSCULAR
RESUMO

O sistema muscular é composto pelos diversos músculos do corpo


humano.

Os músculos são tecidos, cujas células ou fibras musculares


possuem a função de permitir a contração e produção de
movimentos.

As fibras musculares, por sua vez, são controladas pelo sistema


nervoso, que se encarregam de receber a informação e respondê-la
realizando a ação solicitada
Funções do Sistema Muscular

O Sistema Muscular apresenta algumas funções que são


fundamentais para o corpo humano. Veja a seguir quais são essas
funções:

 Estabilidade corporal;

 Produção de movimentos;

 Aquecimento do corpo (manutenção da temperatura corporal);

 Preenchimento do corpo (sustentação);

 Auxílio nos fluxos sanguíneos.


Grupos Musculares

O corpo humano é formado por aproximadamente 600 músculos,


que trabalham em conjunto com ossos, articulações e tendões para
permitir que façamos diversos movimentos.

Eles são agrupados da seguinte forma: músculos da cabeça e do


pescoço, músculos do tórax e abdômen, músculos dos membros
superiores e músculos dos membros inferiores.
O SISTEMA MUSCULAR é constituído de grande diversidade
de músculos distribuídos ao longo do corpo, apresentando
tamanhos, formas e funções diversas. Os músculos configuram-
se como tecidos constituídos de fibras e células. As fibras
musculares desempenham diversas funções como: sustentação,
locomoção, controle de temperatura e rigidez estrutural ao corpo.
A dinâmica de movimento envolve os movimentos motores
voluntários e visíveis, mas também movimentos involuntários
internos que ocorrem nos órgãos viscerais.
Portanto, os processos de locomoção, respiração, controle
térmico e a sustentação corpórea citados anteriormente
dependem em caráter direto da fisiologia da contração
muscular. Tais processos possuem mecanismos distintos e
isso é determinado pela diferença anatomo-fisiológica dos
músculos.
APROFUNDAMENTO

Nosso corpo é formado por diversas


células, cada qual com sua função
específica. As células musculares se
especializaram em realizar encurtamento
da distância entre as suas extremidades
fixadas, por contração, proporcionando o
que conhecemos por movimento. Essas
células estão organizadas em feixes que
formam os músculos. Sendo estes os
elementos ativos tanto da postura como
do movimento, realizando funções
estáticas e dinâmicas, respectivamente.
Temos três tipos de músculos com
características próprias:
Estriado esquelético:
está fixado ao esqueleto em pelo menos
uma de suas extremidades, sendo de ação
voluntária (pois o impulso nervoso resulta
de um ato de vontade). Tem relação
funcional com o sistema nervoso somático.
Possui estriações transversais ao longo das
fibras musculares em virtude da
superposição de áreas mais densas das
miofibrilas (actina e miosina)
Estriado cardíaco:
como o próprio nome sugere está presente
apenas no coração e possui ação involuntária,
sua contração é contínua. Tem relação
funcional com o sistema nervoso visceral.
Suas estriações formam os discos intercalados
(ponto de união das ramificações das células
Musculares cardíacas)
Liso:
diferentemente dos anteriores, estes, não possuem
estriações, por
isso o nome. Possui um único núcleo
central, além da presença dos mio-filamentos
(actina e miosina) que estão dispostos em uma
trama tridimensional e não organizados como
acontece nos estriados. Encontramos em
diversas vísceras e nos vasos sanguíneos do corpo
humano
RIGOR MORTIS
O Rigor mortis ou rigidez cadavérica é um sinal reconhecível de
morte que é
causado por uma mudança bioquímica nos músculos, causando um
endurecimento dos músculos do cadáver e impossibilidade de mexê-
los ou manipulá-los. Formam-se pontes permanente de Actina e
Miosina culminando na rigidez dos músculos, este fenômeno decorre
indisponibilidade de ATP (energia) para realizar a interrupção da
contração, após este processo inicia-se o estado de putrefação.

Processo de rigidez cadavérica refletido na permanente


contração muscular

Legenda: ângulos α, β, γ e δ demonstrando as diferenças na condição


anatômica de relaxamento muscular em função do fenômeno de rigor mortis.
SISTEMA CIRCULATÓRIO

"O coração humano, assim


como o de todos os mamíferos,
é um órgão musculoso formado
por quatro cavidades e que
apresenta como função
primordial garantir que o sangue
seja enviado para todas as
partes do nosso corpo. Esse
órgão, que apresenta o tamanho
médio de um punho fechado,
está localizado atrás do esterno
e entre os pulmões, no
mediastino médio. Ele garante o
bombeamento graças a
contrações rítmicas do músculo
cardíaco."
"Anatomia do coração"
"O coração, órgão do sistema cardiovascular, é uma câmara oca com quatro
cavidades: dois átrios e dois ventrículos. Possui o formato de um cone invertido com o
ápice voltado para baixo e apresenta o volume aproximado de uma mão fechada.
Normalmente pesa cerca de 300 g."
"O coração é formado por duas câmaras
superiores, os átrios, e duas câmaras
inferiores, os ventrículos. Os átrios estão
separados pelo septo interatrial, e os
ventrículos separam-se pelo septo
interventricular.
Os átrios apresentam como função principal
receber o sangue que vem de diversas partes
do corpo, funcionando, portanto, como
câmaras coletoras. Já os ventrículos são os
responsáveis por garantir o bombeamento do
sangue para outros locais, sendo, portanto,
"As paredes do coração são compostas por três túnicas:

Endocárdio: túnica formada por endotélio que repousa sobre uma


camada de tecido conjuntivo frouxo, a camada subendotelial. Essa
última camada é conectada ao miocárdio pela camada subendocardial,
a qual apresenta nervos, veias e ramos do sistema que conduz o
impulso nervoso.

Miocárdio: camada mais espessa do coração e responsável pela


capacidade de contração do órgão. Essa camada é formada por feixes
de fibras musculares cardíacas, as quais estão orientadas em várias
direções. O miocárdio envolve as câmeras do coração, sendo mais
espesso nos ventrículos – em especial, no ventrículo esquerdo – e
mais fino nas paredes dos átrios.

Pericárdio: saco invaginado que envolve o coração e formado pelo


pericárdio parietal e o pericárdio visceral. O pericárdio parietal é uma
camada externa, enquanto o pericárdio visceral é uma camada mais
interna. O pericárdio visceral forma o chamado epicárdio e reveste o
"Tendo em vista o papel de cada câmera do coração, fica fácil compreender por que
os ventrículos apresentam paredes mais desenvolvidas, e os átrios, paredes mais
delgadas. As paredes espessas proporcionam uma contração com muito mais vigor
do que as paredes delgadas, garantindo, assim, que o sangue seja enviado para
diversas partes do corpo.

O átrio direito é uma câmera que


recebe sangue de diversas partes do
corpo, exceto os pulmões. Nele
desembocam três veias: veia cava
superior, veia cava inferior e seio
coronário. O ventrículo direito
comunica-se com o átrio direito e dele
parte a artéria pulmonar, que leva
sangue aos pulmões.

O átrio esquerdo recebe sangue


vindo dos pulmões por meio de
quatro veias pulmonares. O ventrículo
esquerdo recebe o sangue do átrio
esquerdo e dele parte a artéria aorta,
que é responsável por levar sangue
"Entre os átrios e os ventrículos,
encontramos as válvulas
atrioventriculares. No coração,
também estão presentes as
válvulas semilunares pulmonar
e aórtica, localizadas
entre os ventrículos e a artéria
pulmonar e aorta, respectivamente.
Temos, portanto,
quatro válvulas no coração, as
quais impedem o refluxo do
sangue, proporcionando, desse
modo, uma movimentação do
sangue em uma única direção."
"O caminho do sangue no coração"
O sangue chega das diversas partes do corpo,
exceto do pulmão, pelo átrio direito. Nessa
cavidade desembocam as veias cavas superior
e inferior, que trazem o sangue do corpo, e
também o seio coronário, que é responsável
por drenar o sangue presente no próprio
coração.

Do átrio o sangue flui para o ventrículo direito e


é levado para os pulmões pela artéria
pulmonar. Após sofrer hematose nos pulmões,
o sangue é levado por quatro veias pulmonares
até o átrio esquerdo, de onde flui para o
ventrículo esquerdo. Dessa última cavidade, o
sangue é impulsionado a sair pela artéria aorta,
que leva sangue para todas as partes do corpo,
com exceção do pulmão, por meio de inúmeras
ramificações.
Fisiologia cardiovascular
A principal função do sistema circulatório é transportar nutrientes, sais
minerais, gases e metabólitos através da circulação do sangue por todo o
corpo.
A circulação é realizada através do bombeamento de sangue executado pelo
coração, um órgão protagonista deste sistema. Após o bombeamento, inicia-se
a distribuição do sangue que ocorre através dos vasos sanguíneos como
artérias, arteríolas, veias, capilares e vênulas que compõem as vias de
circulação. O coração é um órgão complexo de funcionamento vital para todas
as atividades do organismo humano. Diante de mecanismos específicos o
tecido cardíaco promove contrações ritmadas, ao qual denominamos ritmo ou
frequência cardíaca.
CIRCULAÇÃO SISTÊMICA E CIRCULAÇÃO PULMONAR

O sistema circulatório é dividido em 2 processos a Circulação pulmonar ou


pequena circulação e a Circulação Sistêmica ou Grande circulação. A grande
circulação é responsável por transportar elementos essenciais como glicose,
oxigênio, hormônios para os tecidos e todas as células. Já a circulação pulmonar
tem como principal função realizar a HEMATOSE (trocas gasosas, captação de
O2 e saída de CO2).
A Circulação Sistêmica depende do bom funcionamento cardíaco, o coração é
uma bomba contrátil que propulsiona sangue arterial (rico em O2) para todas as
células e recebe sangue venoso (rico em CO2) através da rede venosa. O
mecanismo de funcionamento da circulação sistêmica inicia pela Sístole
(contração cardíaca) do Ventrículo esquerdo que bombeia sangue arterial para as
ARTÉRIAS, posteriormente ARTERÍOLAS e aos CAPILARES. Os capilares
são as estruturas que permitem dispensar às células o oxigênio e receber das
mesmas o gás carbônico, constituindo assim, o sangue venoso. Após a troca de
nutrientes e metabólitos agora o sangue venoso retorna pelas VÊNULAS, VEIAS
e chega ao coração através da Diástole Átrio Direito. É importante ressaltar que
em via de regra quando ocorre uma SISTOLE ATRIAL, obrigatoriamente ocorre
uma DIASTOLE VENTRICULAR, e vice-versa.
A circulação pulmonar é responsável pelas trocas
gasosas e depende da relação entre coração e pulmões.
O mecanismo da circulação pulmonar inicia pela
Sístole do Ventrículo Direito que bombeia sangue venoso
para os pulmões, logo em seguida ocorre a HEMATOSE
e o retorno do sangue agora arterial destina-se ao Átrio
Esquerdo que encontra-se em diástole. O sangue arterial
após passagem
do átrio esquerdo para o ventrículo esquerdo configura
como o fim da circulação pulmonar e estabelece o início
da grande circulação.
O CICLO CARDÍACO: POTENCIAL ELÉTRICO E
FREQUÊNCIA CARDÍACA
• O Ciclo cardíaco é caracterizado pelos eventos relacionados ao fluxo e pressão
sanguínea que ocorrem desde o início de um batimento cardíaco até o próximo
batimento. A frequência cardíaca e o potencial elétrico que determina os
batimentos cardíacos é em dois períodos: o de relaxamento, chamado diástole,
quando o coração se distende ao receber o sangue, e o de contração, denominado
sístole, quando ele ejeta o sangue. Portanto, o ciclo cardíaco é iniciado pela
produção espontânea de um potencial de ação no Nodo Sinoatrial (NSA),
originado pelas células marcapasso. Os impulsos elétrico produzidos são
difundidos inicialmente pelo miocárdio atrial e, posteriormente, estimulam os
ventrículos através do feixe atrioventricular, este por sua vez, reduz a velocidade
de condução dos impulsos o que provoca um atraso na transmissão. O atraso na
transmissão dos impulsos elétricos é fundamental para garantir que os átrios
possam contrair antes dos ventrículos, o que permite o caráter ritmado e
frequente da bomba cardíaca.
POTENCIAL ELÉTRICO: SISTÓLE E DIÁSTOLE

O processo de Sístole é proveniente de estímulo ou seja depende de


DESPOLARIZAÇAO, o processo de Diástole trata-se do relaxamento muscular
que pode ser caracterizado tanto pelo Potencial de repouso (quando ainda
não recebeu o estímulo) quanto a REPOLARIZAÇÃO (cessar do estímulo)
POTENCIAL ELÉTRICO: ELETROCARDIOGRAMA
• O eletrocardiograma, ou ECG, é um exame feito para avaliar a atividade
elétrica do coração, observando, assim, o ritmo, a quantidade e a
velocidade dos batimentos. As atividades elétricas do coração são
demonstradas no ECG através de 6 ondas: P, Q, R, S, T, U, a variação do
perfil destas ondas pode indicar o surgimento de alguma patologia. Por
isso, o ECG é considerado padrão ouro para o diagnóstico não invasivo das
arritmias (alterações na frequência cardíaca) e distúrbios de condução
(anormalidades no trajeto dos impulsos elétricos), além de ser muito
importante nos quadros de isquemia (redução do fluxo sanguíneo que
irriga o miocárdio, prejudicando a nutrição e oxigenação das células)
• O traçado do eletrocardiograma é
composto basicamente por 5 elementos:
onda P, intervalo PR, complexo QRS,
segmento ST e onda T. A saber: A onda P é
o traçado que corresponde à
despolarização dos átrios (contração dos
átrios). As ondas QRS representam a
despolarização ventricular, que ocorre em
3 fases: despolarização septal (onda Q),
despolarização das paredes ventriculares
(onda R) e despolarização das regiões
atrioventriculares (onda S). A onda T
representa a repolarização ventricular.
ALTERAÇÕES CARDIOVASCULARES: HIPERTENSÃO
ARTERIAL SISTÊMICA

O sistema cardiovascular pode sofrer variações de acordo com determinados estímulos


e caso haja intercorrências que alterem a homeostase isso pode gerar processos
patológicos. Além das cardiopatias, uma das patologias mais importantes que
influenciam o sistema cardiovascular é a HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA (HAS). A
HAS é uma doença crônica, multifatorial que acomete cerca de 40% da população idosa
e pode gerar diversas complicações. Estabelece-se que os valores normais de pressão
são 120 (PS) x 80 (PD) mmHg-dl de sangue. Valores pressóricos iguais ou acima de 140 x
90 mmHg-dl considera-se o indivíduo hipertenso. Fatores como alto consumo de sódio,
estresse, consumo de álcool, tabagismo, obesidade, sedentarismo, idade, diabetes e
etc, são contribuintes para o desenvolvimento de Hipertensão.
• A HAS por se tratar de uma doença multifatorial é influenciada
por 3 mecanismos básicos: CARDÍACO, VASCULAR E RENAL.
Algumas cardiopatias como TAQUICARDIA e ARRITIMAS são
fatores que alteram a frequência cardíaca, alterando assim o
débito cardíaco e consequentemente a pressão arterial (P.A).
Os processo de vasoconstrição e o aumento da resistência
vascular periférica também contribuem para o aumento da P.A.
O aumento da resistência vascular periférica pode ser regulado
pelas pressões hidrostática (P.H) (influenciada pela volemia), e
Pressões Oncótica (P.O.) e Intersticial (P.I.) (pressão da parede
dos vasos), portanto, quando a pressão hidrostática é maior
que a soma de pressão oncótica e intersticial (PH>PO+PI) os
valores pressóricos aumentam.

• O sistema renina-angiotensina-aldosterona regula
funções essenciais do organismo, como a
manutenção da pressão arterial, balanço hídrico e de
sódio. O principal objetivo deste mecanismo é
responder a uma possível instabilidade
hemodinâmica e evitar a redução na perfusão
tecidual sistêmica.
• O sistema renal também apresenta fatores
importantes para a regulação da P.A. O sistema
RENINA- ANGIOTENSINA é um sistema hipertensor,
onde a RENINA participa da conversão de
Angiotensinogênio e outros eventos consequentes
(vide capítulo V) estimulam o aumento da produção
de ALDOSTERONA (ADH) um hormônio anti-diurético,
que por sua vez, inibe a Diurese, aumentando e
volemia e por consequência a P.A.
SISTEMA RESPIRATÓRIO
• A fisiologia da respiração é um processo fundamental
para a sobrevivência do organismo. Toda a produção e
energia celular depende do processo de respiração
através das mitocôndrias que por sua vez, necessita da
eficiência respiratória para seu dinamismo. Os
processos fisiológicos da respiração são diretamente
associados à fisiologia cardiovascular, pois dentre os
principais objetivos do sistema respiratório, elenca-se
o transporte de Oxigênio.
• A Respiração possuir diversas outras funções além
de captar oxigênio e eliminar gás carbônico.
Descrevemos como funções importantes da
respiração: Realizar o processo de Hematose
(trocas gasosas), Manter a homeostase do pH
sanguíneo, proteção através da retirada de
partículas sólidas, interfere no processo de
vocalização (nariz entupido, fanho e etc) e no
processo de Termorregulação.
ESTRUTURAS DO SISTEMA
RESPIRATÓRIO
• A divisão anatomo-fisiológica da respiração é
composta por diversas estruturas: CAVIDADES NASAIS
que permite a entrada do Ar (filtrado e aquecido-
muco e pelos) através da vascularização; FARINGE-
Leva o ar até a Laringe; possui pregas vocais que
emitem som (VOZ), a emissão do Som é proveniente
da junção da cavidade oral, DENTES e cavidades nasais,
além da EPIGLOTE que atuam como uma válvula para a
traqueia no momento de deglutição.
• A TRAQUÉIA é um canal cartilaginoso
responsável por levar o ar até os
brônquios. A estrutura é composta por
anéis cartilaginosos, possui epitélio
com cílios que participam do reflexo de
tosse e produzir secreção catarral com
a produção de muco. São funções da
traqueia: filtrar, umedecer e aquecer o
ar para conduzi-lo aos pulmões A
ÁRVORE BRONQUICA é uma
ramificação da traquéia composta por
Brônquios, Bronquíolos (ramificações
dos brônquios) e os alvéolos composto
pelos sacos alveolares (onde ocorre a
hematose).
HEMATOSE
• A Hematose é o nome dado à
transformação do sangue venoso em
sangue arterial que ocorre nos
pulmões, através de uma troca de
gases que ocorre devido à diferença
de concentração de oxigênio e gás
carbônico por um processo conhecido
como difusão. A difusão é a passagem
de substâncias de uma área onde
estão em maior concentração para
uma área em que estão em menor
concentração (sangue arterial para
venoso).
• Como nos alvéolos a concentração de oxigênio está maior, ele se difunde
para o sangue que fica nos pulmões. E como no sangue que chegou nos
pulmões a concentração de gás carbônico era maior, este se difunde dos
capilares para os alvéolos. Essa transformação do sangue rico em gás
carbônico em sangue rico em oxigênio é conhecida como hematose.
MECANISMO DE INSPIRAÇÃO E
EXPIRAÇÃO
• Os pulmões são as principais estruturas do sistema
respiratório pois é através deste órgão que ocorrerá
a hematose. A anatomia pulmonar não é simétrica,
apresentando o pulmão esquerdo em menor
tamanho com apenas 2 lobos e o pulmão direto
apresenta 3 lobos. São nos pulmões que ocorrem a
Ventilação Pulmonar caracterizada pelos processos
de INSPIRAÇÃO e EXPIRAÇÃO.
• A inspiração, que promove a entrada de ar nos pulmões, dá-se pela
contração da musculatura do diafragma e dos músculos intercostais. O
diafragmaabaixa e as costelas elevam-se, promovendo o aumento da
caixa torácica, com consequente redução da pressão interna (em relação
à externa), forçando o ar a entrar nos pulmões
• A expiração, que promove a saída de ar dos pulmões, dá-se pelo
relaxamento da musculatura do diafragma e dos músculos
intercostais. O diafragma eleva-se e as costelas abaixam, o que
diminui o volume da caixa torácica, com consequente aumento da
pressão interna, forçando o ar a sair dos pulmões.
O TRANSPORTE DE GASES PELAS
CÉLULAS SANGUÍNEAS
• O transporte de gás oxigênio está a cargo da
hemoglobina, proteína presente nas hemácias. Cada
molécula de hemoglobina combina-se com 4
moléculas de gás oxigênio, formando a
oxihemoglobina.
• Nos tecidos ocorre um processo inverso: o gás oxigênio
dissocia-se da hemoglobina e difunde-se pelo líquido
tissular, atingindo as células. A maior parte do gás
carbônico (cerca de 75%) liberado pelas células no líquido
tissular penetra nas hemácias e reage com a água,
formando o ácido carbônico, que logo se dissocia e dá
origem a íons H+ e bicarbonato (HCO3-), difundindo-se
para o plasma sanguíneo, onde ajudam a manter o pH do
sangue. Cerca de 25% do gás carbônico liberado pelos
tecidos associam-se à própria hemoglobina, formando a
carboxihemoglobina. O restante dissolve-se no plasma.
A CONCENTRAÇÃO DE GÁS CARBÔNICO E O
CONTROLE DE pH SANGUÍNEO.
• O aumento da concentração de CO2 no sangue provoca
aumento de íons H+ e o plasma tende ao pH ácido. Se a
concentração de CO2 diminui, o pH do plasma sanguíneo tende
a se tornar mais básico (ou alcalino).
• Em determinadas situações onde o pH está abaixo do normal
(acidose), o centro respiratório através do BULBO é excitado,
aumentando a frequência e a amplitude dos movimentos
respiratórios. O aumento da ventilação pulmonar determina
eliminação de maior quantidade de CO2, o que eleva o pH do
plasma ao seu valor normal.
• Entretanto, ocorrem situações contrárias onde o pH do plasma
apresentase acima do normal (alcalose), o centro respiratório é
deprimido, diminuindo a frequência e a amplitude dos
movimentos respiratórios. Com a diminuição na ventilação
pulmonar, há retenção de CO2 e maior produção de íons H+, o
que determina queda no pH plasmático até seus valores
normais.
• A ansiedade e os estados ansiosos promovem liberação de
adrenalina que, frequentemente levam também à
hiperventilação, algumas vezes de tal intensidade que o
indivíduo torna seus líquidos orgânicos alcalóticos (básicos),
eliminando grande quantidade de dióxido de carbono,
precipitando, assim, contrações dos músculos de todo o corpo.
PROBLEMAS RESPIRATÓRIOS RELACIONADOS À
POLUIÇÃO AMBIENTAL E AR RAREFEITO
• O monóxido de carbono, liberado pela “queima”
incompleta de combustíveis fósseis e pela fumaça
dos cigarros entre outros, combina-se com a
hemoglobina de uma maneira mais estável do que
o oxigênio, formando o carboxihemoglobina. Dessa
forma, a hemoglobina fica impossibilitada de
transportar o oxigênio, podendo levar à morte por
asfixia.
• O ar rarefeito é um gás pouco denso que circula em
regiões de baixa pressão atmosférica. Essa redução
da pressão do ar, ocasionada pelo aumento gradual
da altitude, causa dificuldade na respiração,
provocando aumento da frequência respiratória.
Ao nível do mar, por exemplo, o ar é mais pesado e
possui pressão de 1 kg por metro cúbico. A três mil
metros de altura, os número já mudam bastante:
700 gramas por metro cúbico.
• Os nativos são adaptados à esta realidade e possuem
maior número de hemácias. Diante desse processo os
Rins são estimulados a produzir EPO (Eritropoietina),
que aumenta a produção de glóbulos vermelhos na
corrente sanguínea e a capacidade muscular. Essa
redução também causa uma queda na quantidade de
oxigênio no ar. O que causa alguns sintomas como:
Cansaço, taquicardia, falta de ar, náuseas, sede,
cãimbra, cefaleia, entre outros. Esse conjunto de
sintomas pode ser caracterizado como: mal de altitude
ou mal da montanha.

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