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SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 3
8 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS....................................................................... 71
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1 INTRODUÇÃO
Prezado aluno!
Bons estudos!
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2 FISIOLOGIA E HOMEOSTASIA
2.1 Homeostasia
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fenômenos agonísticos e antagônicos como princípio. Um exemplo muito instrutivo é
o controle dos níveis de açúcar no sangue (GUYTON; HALL, 2017).
Segundo autor, um aumento nos níveis de açúcar no sangue desencadeia um
processo de controle que os reduzem. Esses mecanismos são antagônicos, portanto,
quando algum fenômeno provoca uma certa mudança no corpo humano, o
mecanismo de feedback pode responder de duas maneiras: feedback positivo e
feedback negativo. O feedback negativo impõe uma relação oposta entre os
fenômenos e, como tal, atua para reverter as mudanças que já ocorreram.
Vejamos um exemplo: quando a temperatura do corpo cai devido ao frio, os
receptores da pele enviam uma mensagem ao cérebro de que a temperatura caiu. No
caso, o cérebro envia uma resposta de contração aos músculos, criando um tremor
que gera calor. Quando a temperatura corporal volta ao normal, o cérebro envia uma
mensagem aos músculos para que parem de se contrair. Como resultado, nossos
corpos tendem a tremer em dias frios. O feedback positivo, no entanto, apresenta
exatamente o oposto, uma resposta para amplificar algum tipo de mudança corporal,
um processo menos comum do que o feedback negativo (GUYTON; HALL, 2017).
Um exemplo de feedback positivo das contrações uterinas durante o trabalho
de parto. A glândula pituitária secreta oxitocina, que estimula as contrações uterinas.
Durante o trabalho de parto, os receptores no tecido muscular uterino enviam
mensagens ao cérebro para estimular a glândula pituitária a produzir e liberar mais
oxitocina, o que aumenta as contrações uterinas.
O princípio da homeostase rege a fisiologia e envolve todas as estruturas do
nosso corpo. No entanto, a menor unidade funcional de um organismo é a célula, e
iniciaremos nossa pesquisa com esse contexto. As células eucarióticas são deuses
na membrana plasmática, citoplasma e núcleo.
A membrana plasmática é uma estrutura que estabelece conexões com o meio
intracelular e extracelular, e sua composição bioquímica é baseada em bicamadas
lipídicas e proteínas. A membrana plasmática tem funções protetoras (contra
patógenos), estrutura (aspectos morfológicos), controle de permeabilidade (entrada e
saída de água) e seletividade (controle de transporte de substâncias). É por meio de
sua composição bioquímica e seletividade que a membrana plasmática controla o
movimento de substâncias para dentro e para fora das células, processos estes
conhecidos como transporte celular (GUYTON; HALL, 2017).
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2.2 Hemostasia sanguínea
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1.000 a 5.000 plaquetas. O intervalo entre a diferenciação da célula-tronco humana e
a produção de plaquetas é de, em média, 10 dias.
A trombopoetina (TPO), produzida principalmente pelo fígado, é o principal
regulador da produção de plaquetas (plaquetogênese). Atua aumentando o número e
o ritmo de maturação dos megacariócitos e estimulando a produção das plaquetas.
Os níveis de TPO são altos na trombocitopenia resultante de aplasia da medula, mas
são baixos em pacientes com trombocitose. Adicionalmente, a TPO tem seus níveis
regulados em resposta à destruição plaquetária: quando envelhecem, as plaquetas
perdem ácido siálico e, por consequência, expõem resíduos de galactose, sinalizando
a produção de TPO (GUYTON; HALL, 2011).
As plaquetas são células pequenas, com forma variável (discoide ou elipsoide),
e consideradas “células incompletas” (carecem de material nuclear), pois são
formadas apenas por porções do citoplasma dos megacariócitos. O valor médio de
referência para a contagem de plaquetas é de 250 × 103/µL (limites 150 – 400 ×
103/µL) e a sobrevida plaquetária normal é de 9 a 10 dias.
A sobrevida é determinada pela relação das proteínas apoptótica BAX e
antiapoptótica BCL-2 na célula. A contagem de plaquetas inicia sua elevação em seis
dias depois do início do tratamento, no caso do uso de TPO. Embora a própria TPO
não esteja ainda disponível para uso clínico, há agentes trombomiméticos que são
usados clinicamente para aumentar a contagem de plaquetas (GUYTON; HALL,
2011).
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Figura 1 - Ultraestrutura das plaquetas
Fonte: bit.ly/3GF5TP3
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Nessa zona são observadas as seguintes estruturas de acordo com Guyton e
Hall (2011):
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plaqueta-plaqueta (agregação), ambas parcialmente mediadas pelo vWF (Figura 2)
(GUYTON; HALL, 2011).
Fonte: bit.ly/3XvHfGS
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Hemostasia primária
A GPIb atua como receptor para o vWF, que se fixa à superfície plaquetária,
formando uma ponte ou ligação entre as plaquetas e o subendotélio vascular, onde
as células têm receptores para esse fator. A ligação das plaquetas aos receptores das
GPs Ib/IX/V permite a imobilização do vWF no local do vaso lesado. A união do vWF
à GPIb forma um canal na membrana plaquetária, permitindo o fluxo de cálcio do
exterior para o interior da célula, ativando a GPIIB/IIIa e promovendo a ligação com o
vWF, levando à agregação plaquetária (GUYTON; HALL, 2017).
A ativação plaquetária ativa moléculas como a GPIIB/IIIa e com isso há
estabilização da adesão das plaquetas no vaso lesado, por aumento da afinidade da
GPIIb/IIIa pelos seus ligantes (colágeno e fibronectina). Em razão da capacidade de
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ligação do fibrinogênio às integrinas plaquetárias ativadas, ocorre aumento da
ativação, com recrutamento de novas plaquetas.
O fibrinogênio se liga aos receptores específicos da membrana plaquetária
(GPIIb/IIIa), permitindo que as plaquetas permaneçam ligadas entre si. Essa ligação
é facilitada pelo cálcio plasmático e plaquetário.
O aumento dos íons cálcio no interior das plaquetas promove alteração da
forma da plaqueta, emissão de pseudópodes pela membrana plaquetária,
movimentação dos grânulos para o interior do citoplasma, secreção dos grânulos e
aumento da aderência das plaquetas entre si (agregação), por modificação física da
própria membrana externa.
A terceira etapa da ativação plaquetária é a da secreção plaquetária, que
consiste na liberação (ao meio externo) do conteúdo dos grânulos plaquetários
(grânulos alfa e corpos densos) e requer a reorganização do citoesqueleto plaquetário.
A secreção inicia quando um agonista (como trombina ou colágeno) se liga à
membrana celular ao mesmo tempo em que a agregação plaquetária é estimulada. A
secreção plaquetária depende de modificações das proteínas do aparelho contrátil
(actina-miosina), de modificações das proteínas da membrana, da síntese de
prostaglandinas e, ainda, do aumento do cálcio intracitoplasmático (GUYTON; HALL,
2017).
Hemostasia secundária
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liberação de micropartículas plaquetárias pró-coagulantes. Desse modo, ocorre a
interação entre as plaquetas e os fatores de coagulação.
O plasma sanguíneo transporta GPs, com ação enzimática, semelhante à
tripsina (denominadas de serinoproteases), que atuam juntas para formar um coágulo
de fibrina. O sistema de coagulação é complexo porque deve traduzir um estímulo
físico ou químico em um acontecimento vital.
A coagulação do sangue envolve um sistema de amplificação biológica, no qual
relativamente poucas substâncias de iniciação ativam em sequência, por proteólise,
uma cascata de proteínas precursoras circulantes (os fatores enzimáticos da
coagulação, mostrados no Quadro 1), culminando na geração de trombina (Figura 3).
Esta, por sua vez, converte o fibrinogênio solúvel do plasma em fibrina. A fibrina infiltra
os agregados de plaquetas nos locais de lesão vascular e converte os tampões
primários e instáveis de plaquetas em tampões hemostáticos firmes, definitivos e
estáveis (GUYTON; HALL, 2017).
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líquida – sangue). As serinoproteases se unem às superfícies dos fosfolipídeos (carga
negativa), por meio dos íons cálcio (carga positiva). Assim, o cálcio participa na
maioria das reações de coagulação.
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Amplificação: a via inicial, ou Xase extrínseca, é rapidamente inativada pelo
TFPI, que forma um complexo quaternário com VIIa, TF e Xa. A geração ulterior de
trombina passa agora a ser dependente da tradicional via intrínseca (Figura 4 a
seguir). Os fatores VIII e V são convertidos em VIIIa e Va pelas pequenas quantidades
de trombina geradas durante a iniciação. Nessa fase de amplificação, a Xase
intrínseca, formada por IXa e VIIIa na superfície de fosfolipídio e na presença de Ca2+,
ativa Xa o suficiente, que, em combinação com Va, PL e Ca2+, forma o complexo
protrombinase, resultando na geração explosiva de trombina, que atua no fibrinogênio
para formar o coágulo de fibrina (GUYTON; HALL, 2017).
Aparentemente, o fator XI não tem papel na iniciação fisiológica da coagulação.
Ele tem um papel suplementar na ativação do fator IX, que pode ser importante em
locais de traumatismo relevante e no campo cirúrgico, pois nessas situações os
pacientes deficientes em fator XI sangram excessivamente. Também está envolvido
na via de contato.
A trombina hidrolisa o fibrinogênio, liberando fibrinopeptídeos A e B para formar
monômeros de fibrina. Os monômeros de fibrina se unem espontaneamente por meio
de ligações de hidrogênio para formar um polímero frouxo e insolúvel de fibrina. O
fator XIII também é ativado por trombina e, uma vez ativado, estabiliza os polímeros
de fibrina, com a formação de ligações covalentes cruzadas (maior estabilidade).
O fibrinogênio consiste em duas subunidades idênticas, cada uma contendo
três cadeias polipeptídicas dissimilares (α, β e γ), ligadas por ligações dissulfeto.
Depois da clivagem (pela trombina) de pequenos fibrinopeptídeos A e B das cadeias
α e β, o monômero de fibrina se constitui de três cadeias pareadas α, β e γ, que
rapidamente polimerizam. A atividade dos fatores II, VII, IX e X depende da vitamina
K, responsável pela carboxilação de vários resíduos terminais de ácido glutâmico em
cada uma de suas moléculas (GUYTON; HALL, 2017).
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coagulação é possível por causa de eventos que ocorrem de maneira sequencial,
podendo a coagulação ser dividida em duas vias: a extrínseca e a intrínseca
(GUYTON; HALL, 2017).
A via extrínseca inclui elementos do sangue e aqueles que também não são
encontrados com frequência no espaço intravascular.
A via intrínseca se inicia com componentes que estão no espaço intravascular.
Ambas convergem para a via comum da coagulação. Antes de 1992, se postulava que
a ativação do fator XII era o passo primário na coagulação, em razão do fato de este
poder ser encontrado no sangue, enquanto o fator tissular não era aí localizado. Por
consequência, o sistema de reação que começa com o fator XII e culmina na
polimerização da fibrina se denominou “via intrínseca”.
Os fatores da via intrínseca da coagulação sanguínea, em ordem de reação,
são: XII, pré-calicreína, HMVK, XI, IX, VIII, X, V, protrombina e fibrinogênio.
A via do fator tissular foi denominada “via extrínseca” e compreende os fatores
VII, X, V, protrombina e fibrinogênio. Os fatores VIII e IX não estão incluídos na via
extrínseca, pois se omitia sua contribuição na prova de coagulação, denominada
“tempo de protrombina”, a prova utilizada para mediar a integridade da via extrínseca.
As duas vias têm em comum os fatores X, V, protrombina e fibrinogênio. As
expressões via intrínseca e via extrínseca não correspondem aos conhecimentos
atuais, porém se utilizam amplamente para identificar os fatores da coagulação
(GUYTON; HALL, 2017).
Fonte: bit.ly/3OwROoS
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Regulação da coagulação sanguínea
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Figura 5 - Ativação e ações da proteína C
3 FISIOLOGIA MUSCULAR
Fonte: dancaemetafisica.com
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pelas estruturas do corpo, como a cabeça e os membros, sem olhar para sua
localização (GUYTON; HALL, 2017).
Você pode testar a função dessas estruturas. Feche os olhos e tente sentir a
localização dos seus braços. Você consegue ter essa sensibilidade porque os
proprioceptores dos membros superiores estão “avisando você” dessa localização. Os
proprioceptores são considerados receptores sensoriais, isto é, os impulsos nervosos
advindos dessas estruturas são transportados por neurônios sensoriais e adentram o
sistema nervoso central (SNC), na medula ou no tronco encefálico. Posteriormente,
essa informação viaja por tratos sensoriais, que são feixes nervosos compostos de
projeções axonais, e ascendem encefalicamente ao córtex cerebral.
A seguir abordaremos sobre as estruturas encefálicas envolvidas nesse
processo. Os proprioceptores também são receptores tônicos, ou seja, emitem sinais
contínuos ao SNC, pois possuem uma adaptação leve ou nenhuma adaptação.
Fusos musculares
Uma parte sensorial, composta de axônios de fibras Ia, que inervam a região
equatorial intrafusal não contráctil. Essas fibras nervosas são estimuladas por
estiramento muscular esquelético;
Uma parte motora contráctil do fuso em suas extremidades, que é inervada por
neurônios motores gama.
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Figura 6 - Fusos musculares e seu funcionamento
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Esse processo pode ser denominado reflexo de estiramento, ou também reflexo
miotático (em grego, mio significa “músculo” e tático significa “estirar”) (Figura 7). A
sinapse entre os neurônios sensoriais Ia e os motores alfa constituem um arco reflexo
monossináptico, pois apenas uma sinapse é realizada aqui (SILVERTHORN, 2017).
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Figura 8 - O fuso muscular e os neurônios motores alfa e gama
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Figura 9 - Órgão tendinoso de Golgi
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Esse circuito é a base para a realização do reflexo tendinoso de Golgi. Tal
fenômeno faz uma regulação da tensão muscular dento de uma faixa ótima. Ele pode
promover uma “proteção”, caso o músculo esteja com uma carga excessiva, que gere
uma grande tensão. Desse modo, com a elevação da sobrecarga muscular, o
neurônio motor alfa diminui seus disparos e, consequentemente, a contração
decresce. Por outro lado, com a diminuição da carga muscular, o neurônio motor alfa
volta a disparar, pois sua inibição diminui, havendo acréscimo na contração. Para o
manuseio de objetos com maior fragilidade, esse reflexo auxilia grandemente, pois
proporciona uma gradação da tensão de manipulação (SILVERTHORN, 2017).
Tônus muscular
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potencial de ação no neurônio motor. A ACh se difunde para a placa motora, que é o
local de contato da membrana da fibra muscular e do terminal axonal. Desse modo, a
ACh se liga em receptores nicotínicos, que são canais de sódio, e ocorre sua abertura,
permitindo a difusão desse íon na célula muscular. Em vista disso, há uma
despolarização da fibra muscular, que promove o deslizamento entre as cabeças do
filamento de miosina sobre a actina, ocasionando as pontes cruzadas e o
encurtamento da fibra.
Como descrito, o fuso muscular possui uma ação tônica para a manutenção do
tônus, para que as fibras musculares estejam constantemente firmes. O mecanismo
por trás desse processo é relacionado, primeiramente, às fibras sensoriais Ia. Quando
o músculo está em repouso, seu estiramento ocorre da mesma forma; contudo, esse
estiramento é mais leve do que o normal, e tem por objetivo ativar as fibras Ia,
localizadas na região central do fuso. A partir daí as fibras sensoriais enviam
informações para a raiz dorsal da medula espinal e realizam sinapse com neurônios
motores alfa, na raiz ventral. Essa conexão, já descrita no tópico anterior, proporciona
uma conexão excitatória que resulta no reflexo monossináptico (SILVERTHORN,
2017).
A conexão das fibras Ia com os neurônios motores alfa ocasiona uma atividade
tônica, gerando uma contração constante, o que demonstra uma leve tensão do tônus
muscular.
Com a ativação do fuso muscular pelo estiramento, a resposta gerada nas
fibras extrafusais é de contração. Com isso o fuso tenderia a diminuir sua função, pois
o músculo não estaria mais distendido. Entretanto, com a presença de neurônios
motores gama, os fusos musculares se mantêm ativos, pois esse neurônio contrai os
polos das fibras intrafusais, mantendo o fuso ativo, independentemente do
comprimento do músculo. Fica clara, assim, a importância da ativação alfa-gama
(SILVERTHORN, 2017).
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4 FISIOLOGIA CARDIOVASCULAR E RESPIRATÓRIA
O sistema cardiovascular
1. coração;
2. artérias;
3. veias;
4. sistema linfático;
5. sangue.
Fonte: bit.ly/3gywF16
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O tecido do músculo cardíaco possui células específicas chamadas células
miócitos estriados. As células são cercadas por membranas celulares que permitem
que as moléculas passem de áreas de alta concentração para áreas de baixa
concentração até que o equilíbrio seja alcançado. Este processo é conhecido como
difusão. Isso permite a comunicação gerada por impulsos nervosos elétricos. Os
movimentos contráteis são vigorosos, rítmicos e involuntários e controlados pelo
sistema nervoso autônomo (SNA) (CONSTANZO, 2007).
O tecido cardíaco é composto por músculos estriados, que consistem em feixes
entrelaçados de células embebidas em tecido conjuntivo altamente vascularizado para
proteção contra impacto e fricção segundo Tortora; Derrickson (2017):
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No miocárdio, encontram-se as valvas atrioventriculares. Elas são
fundamentais para compreensão do funcionamento do coração, porque impedem a
comunicação entre o sangue venoso do sangue arterial. Segundo Tortora; Derrickson
(2017):
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Figura 13 - Circulação sistêmica e pulmonar
Fonte: bit.ly/3AEOPVs
Vasos sanguíneos
Aorta ascendente;
Aorta abdominal;
Artéria subclávia;
Artéria axilar;
Artéria braquial;
Artéria radial;
Artéria ilíaca comum;
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Artéria femoral; e
Artéria poplítea.
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unidirecional. No entanto, sem um músculo próximo para compressão, eles
tendem a mover o sangue mais lentamente do que as veias profundas.
Vasos comunicante: o sangue das veias superficiais é frequentemente
direcionado para as veias profundas por meio de veias curtas chamadas veias
conectadas. Válvulas nessas veias permitem que o sangue flua das veias
superficiais para as veias profundas, mas não o contrário.
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Figura 14 - Diferença entre artéria e veia
Fonte: bit.ly/3Xv6AjZ
Cavidade nasal;
Faringe;
Laringe;
Traqueia;
Brônquios;
Pulmões.
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pulmões. O corpo ciliar, na superfície das células epiteliais, transporta o muco para a
faringe, onde pode ser ingerido e digerido no trato gastrointestinal. Os brônquios
surgem da bifurcação da traqueia e ramificam-se em tubos menores (bronquíolos).
Ambos têm um revestimento interno semelhante à traquéia e numerosos cílios que
expelem bactérias e outras partículas inaladas. Os pulmões são o principal órgão do
sistema respiratório. Eles estão localizados na cavidade torácica, que é acomodada
pelas costelas, esterno e ossos vertebrais. Eles são circundados pela pleura, cuja
função é suavizar e facilitar o movimento dos pulmões durante a respiração.
A troca gasosa ocorre nos alvéolos, onde os sistemas circulatório e respiratório
estão integrados. São órgãos compostos por camadas de espessura sensível.
O mecanismo de ventilação
Fonte: bit.ly/3EANLTT
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No mecanismo inverso, quando o diafragma relaxa com a ajuda dos músculos
intercostais, caixa torácica e pulmões, o ar sai do interior dos pulmões, reduzindo o
volume e aumentando a pressão (expiração). O ciclo respiratório pode, portanto, ser
visto como um resultado de forma complementar entre os mecanismos inspiratório e
expiratório subsequente. O número de ciclos respiratórios por unidade de tempo pode
ser alterado pela atividade física direcionada (GUYTON; HALL, 2017).
Segundo o autor, a poluição do ar também afeta as vias aéreas em algumas
doenças, como a asma, que se caracteriza pelo estreitamento dos brônquios e
dificuldade no ciclo respiratório. Uma infecção dos alvéolos dos pulmões causada por
pneumonia, vírus, bactérias e fungos que aumenta a produção de secreções de muco
que se acumulam nos alvéolos dos pulmões e previnem hematomas pulmonares.
Hábitos também podem danificar o sistema respiratório, como fumar cigarros, que
causa câncer de pulmão e é causado por células anormais que se formam dentro do
sistema.
Cerca de 90% dos cânceres de pulmão e 80% dos cânceres de laringe e
esôfago são causados pelo uso do tabaco. As medidas preventivas mais importantes
para a saúde respiratória são medidas que priorizam a atividade física ao ar livre,
cessação do tabagismo, prevenção da poluição do ar e preferência por florestas.
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coração. Quando o músculo cardíaco se relaxa, o sangue é liberado do átrio e para o
ventrículo direito. O ventrículo direito então empurra o sangue através da válvula
pulmonar para a artéria pulmonar, na qual o sangue é liberado para os pulmões para
a recuperação do oxigênio. O sangue é, então, devolvido para o lado esquerdo do
coração. Como no lado direito, o átrio esquerdo recebe o sangue e o envia para o
ventrículo quando o músculo cardíaco se relaxa. Finalmente, o sangue é empurrado
para a aorta e entregue ao resto do corpo.
As artérias são as principais fontes que fornecem sangue oxigenado para o
corpo e são dependentes dos pulmões para o oxigênio. O sangue começa na aorta e
viaja para as extremidades do corpo. A aorta se ramifica em arteríolas, que se
ramificam em vasos ainda menores chamados capilares. Esses capilares têm
membranas muito pequenas que permitem que o oxigênio se mova através delas e
para dentro das células. É nos pulmões que o dióxido de carbono e o oxigênio são
trocados (GUYTON; HALL, 2017).
Segundo o autor, os pulmões são o órgão primário do sistema respiratório. O
processo é chamado de troca gasosa. Quando se inala o ar, os alvéolos nos pulmões
se enchem de oxigênio. O oxigênio é enviado para as células do sangue nos capilares
que circundam os alvéolos. Quando se exala o ar, o dióxido de carbono no sangue é
enviado para os alvéolos, sendo expelido do corpo. Nesse ponto, o sangue encontra-
se cheio de oxigênio e retorna ao coração. Os bronquíolos e alvéolos são as principais
partes dos pulmões que fornecem oxigênio ao sangue.
Os bronquíolos são ramificações da traqueia que se estendem pelos lóbulos
dos pulmões no sistema respiratório. Eles terminam em alvéolos, o local para troca de
gases, que são pequenos sacos cercados por capilares.
Ao entender como o sistema cardiovascular funciona com o sistema
respiratório, a ligação com os pulmões são o principal local de interação
cardiovascular e respiratória. Para o bom funcionamento da capacidade
cardiorrespiratória, é necessário que se estabeleça um estado de estabilidade ou
equilíbrio em um sistema (GUYTON; HALL, 2017).
Segundo autor, nesse estado denominado homeostase, o organismo tenta
manter um ambiente interno constante. Manter um ambiente interno estável requer
monitoramento e ajustes constantes à medida que as condições mudam. Esse ajuste
dos sistemas fisiológicos dentro do corpo é chamado de regulação homeostática.
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A homeostase requer mecanismos regulatórios cardiovasculares e
respiratórios altamente coordenados para garantir que a entrega de oxigênio a todas
as regiões do corpo seja suficiente para atender às demandas metabólicas de cada
região. Isto é especialmente importante no caso do coração e músculos esqueléticos,
cuja atividade metabólica pode variar muito. Por exemplo, durante o exercício máximo
em humanos, o fornecimento de oxigênio ao exercício de músculos esqueléticos pode
aumentar para níveis 20 a 50 vezes maiores do que os níveis de repouso. Isso é
conseguido por uma combinação de mecanismos locais, autonômicos e respiratórios
(GUYTON; HALL, 2017).
A homeostase é mantida pelo sistema respiratório de duas maneiras: troca
gasosa e regulação do pH do sangue. A troca de gases é realizada pelos pulmões,
eliminando o dióxido de carbono, um produto residual liberado pela respiração celular.
O dióxido de carbono sai do corpo e o oxigênio necessário para a respiração celular
entra no corpo pelos pulmões. O ATP (molécula de energia química), produzido pela
respiração celular, fornece energia para o corpo realizar várias funções, incluindo a
condução nervosa e a contração muscular (GUYTON; HALL, 2017).
A troca gasosa nos pulmões, proporcionada pela pequena circulação, é entre
o ar alveolar e o sangue nos capilares pulmonares. Essa troca é resultado do aumento
da concentração de oxigênio e da diminuição do dióxido de carbono. Esse processo
de troca é feito por meio da difusão. Na respiração interna, a troca de gás entre o ar
nos alvéolos e o sangue ocorre dentro dos capilares pulmonares. Uma taxa normal de
respiração é de 12 a 25 respirações por minuto.
Na respiração externa, os gases se difundem em qualquer direção por meio
das paredes dos alvéolos. O oxigênio se difunde do ar para o sangue e o dióxido de
carbono se difunde de fora do sangue para o ar. A maior parte do dióxido de carbono
é transportada para o plasma nos íons de bicarbonato (HCO3 -).
Quando o sangue entra nos capilares pulmonares, os íons de bicarbonato e
íons de hidrogênio são convertidos em ácido carbônico (H2 CO3) e, em seguida,
novamente em dióxido de carbono (CO2) e água. Essa reação química também usa
íons de hidrogênio. A remoção desses íons dá ao sangue um pH mais neutro,
permitindo que a hemoglobina ligue mais oxigênio. O sangue desoxigenado
proveniente das artérias pulmonares geralmente tem uma pressão parcial de oxigênio
(pp) de 40 mmHg e CO2 pp de 45 mmHg (GUYTON; HALL, 2017).
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De acordo com o autor, o sangue traz oxigênio para as células do corpo e retira
seu dióxido de carbono. O sangue que viaja de volta ao coração e aos pulmões é
vermelho escuro, saturado de dióxido de carbono das células do corpo. O dióxido de
carbono no sangue é trocado por oxigênio nos alvéolos. O sangue do coração flui
através dos capilares e coleta oxigênio dos alvéolos. Ao mesmo tempo, o dióxido de
carbono passa dos capilares para os alvéolos. Quando se expira, o organismo se livra
desse dióxido de carbono. O sangue vermelho vivo e rico em oxigênio é devolvido ao
coração e bombeado para o corpo, completando o ciclo.
A função respiratória e cardiovascular também é regulada de maneira
altamente coordenada em outras circunstâncias, como em associação com respostas
comportamentais que são críticas para a sobrevivência, por exemplo, fuga de um
predador ou perseguição de uma presa. Além disso, os desafios ambientais, como a
hipóxia ou o estresse térmico, também exigem respostas cardiovasculares e
respiratórias coordenadas para manter a homeostase. Finalmente, tal regulação
coordenada é também evidente mesmo sob condições de repouso, por variações
respiratórias relacionadas à frequência (GUYTON; HALL, 2017).
A sobrevivência orgânica depende da regulação da entrega de oxigênio a todas
as regiões do corpo, de modo a corresponder às exigências metabólicas de cada
região. Isso, por sua vez, depende de uma estreita coordenação dos mecanismos
cardiovasculares e respiratórios centrais. Essa coordenação resulta de três
mecanismos gerais segundo Guyton; Hall (2017):
1. Reflexos que regulam simultaneamente a função cardiovascular e
respiratória em resposta a estímulos de receptores periféricos, como
quimiorreceptores, receptores nasofaríngeos ou receptores quentes.
2. Conexões centrais entre os neurônios que regulam a atividade respiratória e
aqueles que regulam a função cardiovascular.
3. Comando central, pelo qual os neurônios em níveis mais altos do cérebro
têm projeções colaterais para os neurônios cardiovasculares e respiratórios dentro do
tronco encefálico.
Em muitos casos, dois ou mais desses mecanismos podem contribuir para a
coordenação da função cardiovascular e respiratória, juntamente com mecanismos
locais que também são necessários para garantir que o fluxo sanguíneo para
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determinadas regiões, especialmente músculos esqueléticos e coração, corresponda
às demandas metabólicas daquelas regiões.
O resultado da integração fisiológica do sistema cardiorrespiratório é
evidenciado pelo aumentando da ventilação pulmonar mediante ganho metabólico,
por meio da oxigenação e na redução da frequência respiratória (GUYTON; HALL,
2017).
Ainda segundo o autor, o sistema cardiorrespiratório é responsável por:
movimentar o sangue oxigenado dos pulmões para o corpo, enquanto, ao mesmo
tempo, movimenta o sangue desoxigenado do corpo de volta para os pulmões pelo
coração; distribuir os principais nutrientes para as células ao redor do corpo na taxa
necessária (isso ocorre durante o exercício ou o descanso); remover resíduos
metabólicos, como dióxido de carbono, ácido láctico e ureia; regular o equilíbrio do pH
no sangue para controlar acidose ou alcalose; transportar hormônios e enzimas para
regular funções fisiológicas e psicológicas; manter o volume de fluido para evitar a
desidratação; manter a temperatura corporal, absorvendo e redistribuindo calor por
meio do fluxo sanguíneo para a pele; e promover as adaptações cardiorrespiratórias
durante o exercício.
A realização regular de exercícios cardiorrespiratórios aumentará a capacidade
geral de exercício e contribuirá para a prevenção de doenças cardiovasculares. Há
muitos benefícios a curto e longo prazos que vêm do exercício cardiorrespiratório
regular: capacidade cardiorrespiratória aumentada, demanda diminuída de oxigênio
miocárdico, aumento do débito cardíaco, ejeção ventricular esquerda, menor
frequência cardíaca em repouso, pressão sanguínea abaixada e caminhos
metabólicos melhorados (GUYTON; HALL, 2017).
44
5 FISIOLOGIA RENAL
Fonte: bit.ly/3tSYR1L
Cápsula de Bowman;
Túbulos contorcidos proximal e distal no córtex;
Alça de Henle;
Túbulo coletor na medula renal.
Água (H2O);
Cloro (Cl);
46
Sódio (Na);
Potássio (K);
Bicarbonato (HCO3);
Aminoácidos;
Glicose;
Creatinina;
Ureia.
47
A porção descendente, por sua vez, só é permeável à água e faz a sua
reabsorção (25%). Assim, pode-se dizer que a alça de Henle vai gerar um equilíbrio
químico, pois o excesso de NaCl em uma porção vai estimular a reabsorção de água
em outra, por meio da osmose. O que não será absorvido na alça de Henle irá seguir
para a próxima estrutura, o túbulo contorcido distal, onde ocorre a reabsorção de NaCl
e H2O (5%) (capilares e arteríola eferente).
O restante do filtrado que não for reabsorvido será excretado; ou seja, os
excessos de água, de cloreto de sódio, de creatinina e de ureia, serão encaminhados
para o túbulo coletor que é conectado aos cálices renais (menores e maiores), à pelve
renal e ao ureter. O túbulo coletor também exerce certa capacidade de reabsorção de
eletrólitos e ureia participando dos processos de concentração e diluição da urina. No
túbulo coletor, são encontradas as células intercalares que secretam o íon H+ ou
HCO3 e conferem ao rim equilíbrio ácido-base; e as células principais, que reabsorvem
sódio e secretam potássio sob o controle dos hormônios aldosterona e arginina
vasopressina, que é o hormônio antidiurético (origem na neuro-hipófise) (TORTORA;
DERRICKSON, 2017).
48
Figura 16 - Estruturas e funções do néfron
51
Os rins produzem, aproximadamente, de 400 a 500 mL de urina concentrada
por dia, quando a concentração de ADH é máxima (durante uma desidratação grave).
No entanto, quando o nível de ADH diminui, os canais de água são removidos das
membranas. Os rins produzem um grande volume de urina diluída quando o nível de
ADH é baixo (GUYTON; HALL, 2011).
O nível de cálcio no sangue abaixo do normal estimula as glândulas
paratireoides a liberar o paratormônio (PTH), que estimula as células dos túbulos
contorcidos distais a reabsorverem mais cálcio no sangue. Além disso, esse hormônio
inibe a reabsorção de fosfato nos túbulos contorcidos proximais, promovendo a
excreção de fosfato. Algumas teorias sugerem a autorregulação do sistema que
podem ser observadas a seguir segundo Guyton; Hall (2017):
52
6 ANATOMOFISIOLOGIA DO SISTEMA NERVOSO CENTRAL
53
Figura 18 - Representação do sistema nervoso central e do sistema nervoso
periférico
54
Na Figura 19, você pode conferir a estrutura anatômica do encéfalo e do tronco
encefálico.
55
sensoriais e as atividades neurológicas do organismo, como a memória, a
aprendizagem, o pensamento e a fala (TORTORA; DERRICKSON, 2017).
De acordo com autor, a estrutura do cérebro é composta de duas metades
denominadas hemisférios direito e esquerdo, que são separados por uma fissura
longitudinal. A região mais externa dele se caracteriza pela cor acinzentada que forma
o córtex cerebral, conhecido como massa cinzenta, porém, internamente, a coloração
é esbranquiçada e chamada de substância branca. No organismo, seu fluxo de
sangue só não fica mais elevado do que nos rins e coração, assim, o cérebro é
abundantemente irrigado devido à sua necessidade de glicose e oxigênio.
Além dos hemisférios, o cérebro possui lobos, regiões responsáveis por
coordenar as funções específicas do organismo e que se dividem em lobo frontal,
temporal, parietal e occipital. Já ligadas ao córtex cerebral, existem pequenas
estruturas que se conectam à base do cérebro, como diencéfalo, tálamo e hipotálamo.
O lobo frontal, também conhecido como córtex motor, é uma estrutura
localizada na frente do encéfalo e que ocupa a maior parte do córtex cerebral a partir
do sulco central. Ele cumpre as funções centrais no processamento das informações
e se divide em múltiplas regiões, que possuem diversas ações. Entre elas, destacam-
se o córtex motor, responsável pelas ações motoras e funções de movimento do
corpo; e o córtex pré-frontal, encarregado dos processos executivos, como tomada de
decisões e regulação das emoções (TORTORA; DERRICKSON, 2017).
Conhecido como córtex auditivo e olfatório, o lobo temporal é uma estrutura
localizada nos dois lados do cérebro acima das orelhas. Ele se divide em função
cerebral esquerda e direita, esta controla as ações do lado esquerdo do corpo; e a
esquerda é responsável por controlar as ações do lado direito. Suas principais funções
incluem o discurso, a memória, o processamento visual, as funções olfativas, a leitura,
as respostas emocionais e o feedback auditivo. Já o lobo parietal é uma estrutura
localizada perto do topo do cérebro, no centro do córtex cerebral, atrás e acima dos
demais lobos. Seu limite com os outros ocorre pelo sulco lateral em relação ao lobo
temporal e pelo sulco parieto-occipital, que o separa do lobo frontal. Ele se divide em
cinco áreas. A rotação pós-central é responsável pela principal área somatossensorial,
pois recebe e processa as informações relativas aos sentidos (TORTORA;
DERRICKSON, 2017).
56
Ainda segundo o autor, o córtex parietal posterior se trata da estrutura que
processa os estímulos visualizados e, a partir disso, coordena todos os movimentos
do corpo. Já o lobo parietal superior faz a orientação espacial e as habilidades motoras
finas; e o inferior relaciona as expressões faciais às emoções, sendo fundamental para
realizar as operações matemáticas e executar a linguagem ou a expressão corporal.
A área sensorial primária, por sua vez, se encarrega do processamento das
informações associadas às sensações da pele, como calor, frio e dor. Assim, por meio
dessas cinco regiões, o lobo parietal participa dos processos sensoriais e perceptivos
dos indivíduos.
O lobo occipital, por sua vez, é uma estrutura localizada na porção inferior do
cérebro, que processa os estímulos visuais, por isso, também se chama córtex visual.
Ele possui diversas subáreas responsáveis por processar os dados visuais, com
zonas especializadas na visão da cor, do movimento, da profundidade, da distância e
demais situações relativas a ela. Essas porções são chamadas de área visual primaria
e, após seu processamento, há uma comparação do que foi visualizado e a
identificação, como um cachorro, um carro, um avião ou uma laranja (TORTORA;
DERRICKSON, 2017).
Quando ocorre uma lesão nessa área, a pessoa fica impossibilitada de
reconhecer objetos, palavras e rostos de pessoas conhecidas ou de familiares.
Quanto às pequenas estruturas que se ligam à base do cérebro, há o telencéfalo
(integrado pelos lóbulos da olfação e os hemisférios cerebrais) e diencéfalo, sendo
este visto apenas na porção mais inferior do cérebro e se constitui de tálamo,
hipotálamo, epitálamo e subtálamo.
O tálamo possui 3 cm de comprimento e compõe cerca de 80% do diencéfalo,
com duas massas ovuladas de substância cinzenta. Nesse sentido, alguns de seus
núcleos são responsáveis por transmitir os impulsos para áreas sensoriais do cérebro
da seguinte forma segundo Bear et al; (2017):
57
Logo, o tálamo é a estrutura que serve como uma estação intermediária para
as fibras que vão da porção inferior do encéfalo e medula espinal para as áreas
sensitivas do cérebro, sendo responsável por classificar as informações e as
direcionar para regiões específicas, a fim de ter uma interpretação mais precisa.
Nesse sentido, ele faz as funções relacionadas ao comportamento emocional,
ao estado de alerta, à motricidade, à sensibilidade e à ativação do córtex. Já o
hipotálamo é uma área pequena localizada abaixo do tálamo, relacionada às funções
importantes do organismo, principalmente as que possuem relação com a atividade
dos sistemas (BEAR et al; 2017).
Segundo autor, mesmo com apenas 4 g, ele se trata de uma das áreas mais
importantes do sistema nervoso e se constitui, na maior parte, por uma substância
cinzenta que se agrupa em núcleos. Os impulsos dos neurônios que têm seus
dendritos e corpos celulares no hipotálamo são conduzidos pelos seus axônios até os
neurônios situados na medula espinal e, consequentemente, os impulsos se
transferem para a parte periférica do organismo. Assim, o hipotálamo é responsável
por realizar o controle do sistema nervoso autônomo; a regulação da temperatura
corporal, do comportamento emocional, do sono, da vigília, da ingestão de alimentos
e água, da diurese, do sistema endócrino; além da geração e regulação dos ritmos
circadianos.
O epitálamo, por sua vez, é uma estrutura que possui três partes: o trígono da
habênula, o corpo pineal e a comissura posterior. A primeira se trata de uma área
triangular na extremidade posterior da tênia do tálamo junto ao corpo pineal, uma
estrutura semelhante a uma glândula.
O corpo pineal se encarrega de secretar o hormônio melatonina, considerada
a grande responsável pelo sono e que faz o ajuste do relógio biológico do organismo.
Já a comissura posterior é composta de um feixe de fibras arredondadas, que cruza
a linha mediana na junção do aqueduto com o terceiro ventrículo anterior e,
superiormente, ao calículo superior (BEAR et al; 2017).
Por fim, o subtálamo é uma região de transição entre o diencéfalo e o
tegumento do mesencéfalo, que se localiza na parte inferior do tálamo, lateralmente
pela cápsula interna e medialmente pelo hipotálamo. Logo, uma lesão no seu núcleo
provoca nos indivíduos uma síndrome chamada de hemibalismo, que se caracteriza
pelos movimentos anormais das extremidades.
58
O cerebelo também é conhecido no organismo humano como metencéfalo,
sendo responsável por regular a manutenção e equilíbrio do corpo, bem como
coordenar o tônus muscular e o desenvolvimento motor dos indivíduos. Ele se
constitui de um centro composto de uma substância branca, chamada de corpo
medular, em que se irradia a lâmina branca do cerebelo revestida, externamente, por
uma fina camada de substância cinzenta, denominada córtex cerebelar. Quando é
realizado um corte sagital no corpo medular do cerebelo, pode-se observá-lo em uma
imagem conhecida como “árvore da vida”. (BEAR et al; 2017).
Na porção interior do cerebelo, especificamente no campo medular, há quatro
pares de núcleos centrais de substância cinzenta, chamados de denteado,
emboliforme, globoso e fastigial. Assim como o cérebro, o cerebelo também é
constituído de dois hemisférios, separados por uma faixa bem estreita conhecida
como vérmis. O cerebelo está relacionado à integração sensório motora, participa dos
movimentos da cabeça, dos olhos e dos membros, coordena todos os movimentos do
corpo, bem como controla o equilíbrio durante a caminhada. Logo após o cerebelo,
tem-se o tronco encefálico.
O tronco encefálico é composto de três partes chamadas de mesencéfalo,
ponte e bulbo. Nele, encontram-se muitos corpos celulares de neurônios e os
prolongamentos dos nervos que estão relacionados às respostas sensoriais, motoras
e autônomas da cabeça e do pescoço. Assim, por meio dos nervos presentes no
crânio, ele recebe as informações para controlar as funções da cabeça e do pescoço
de forma majoritária. Há ainda, na sua constituição, uma rede de neurônios que se
compõe de modo reticular e se envolve na coordenação das atividades cardíacas e
respiratórias (BEAR et al; 2017).
O mesencéfalo é a menor parte do tronco encefálico, conectando a ponte e o
cerebelo com o telencéfalo. Ele ainda recebe informações sobre os músculos e
participa no controle das contrações musculares e postura corporal. Já a ponte está
localizada entre o mesencéfalo e o bulbo, possui um sulco transversal demarcando a
separação entre as duas estruturas (que fica encoberta pelo cerebelo), bem como se
conecta à coordenação das funções cerebelares de movimento e equilíbrio.
O bulbo também é chamado de medula oblonga, sendo que na porção inferior,
ele está ligado à medula espinal e, na parte superior, liga-se à ponte. Nele, você pode
59
encontrar os centros vitais, responsáveis pelo controle da respiração e dos batimentos
cardíacos (BEAR et al; 2017).
Medula espinal
De acordo com Bear et al; (2017), parte mais alongada do SNC é a medula
espinal, que recebe esse nome porque medula significa miolo e indica o que está
dentro. Logo, ela se localiza dentro das vértebras ou espinhas e possui um cordão
cilíndrico formado por células nervosas, que se situam no canal interno das vértebras
que compõem a coluna vertebral.
Em um homem adulto, essa estrutura pode medir até 45 cm e, na mulher, fica
um pouco menor. Na parte superior, a medula espinal liga-se ao bulbo, próximo ao
forame magno do osso occipital e, na sua porção inferior, em um adulto, está situada
na vértebra lombar 2 (L2). Na sua constituição longitudinal, ela vai afinando e
formando o cone medular, que segue com um filamento meníngeo denominado de
filamento terminal (BEAR et al; 2017).
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Figura 20 - Representação da coluna vertebral
Fonte: bit.ly/3FxDj0X.
62
O funículo anterior está localizado entre a fissura mediana anterior e o sulco
lateral anterior. Já o funículo lateral se situa entre o sulco lateral posterior e o sulco
lateral anterior. O funículo posterior, por sua vez, se encontra entre o sulco mediano
posterior e o sulco lateral posterior. Por meio da medula espinal, o SNC se comunica
com o restante do organismo, e há a coordenação das respostas rápidas do corpo e
dos reflexos (TORTORA; DERRICKSON, 2017).
Na medula, originam-se 31 pares de nervos espinhais, sendo oito cervicais, 12
torácicos, cinco lombares, cinco sacrais e um coccígeo, os quais realizam uma
conexão com as células sensoriais e os diferentes músculos do corpo (VANPUTTE;
REGAN; RUSSO, 2016).
A medula espinal é responsável por inervar tanto os aspectos motores como
sensoriais das mais diversas áreas do corpo. Essa inervação ocorre devido aos
nervos espinais que se originam da medula espinal e da coluna vertebral, percorrendo
o organismo até a região alvo.
A altura em que esse nervo se origina (cervical, torácico, lombar ou sacral)
corresponde à região específica em que ele realiza o controle sensório motor. Por
exemplo, os nervos espinais que se originam entre C8 e T1 são responsáveis pela
inervação das partes distais dos membros superiores, já aqueles que têm origem nas
vértebras lombares, geralmente realizam a inervação de membros inferiores, como
L1, L2, L3, L4 e L5. Na Figura 22, você pode identificar as diferentes regiões que são
inervadas pelos nervos espinais de diversas origens (TORTORA; DERRICKSON,
2017).
63
Figura 22 - Nervos da medula espinal e suas funções
Outro ponto importante para se destacar sobre este aspecto da medula espinal
é que, embora a inervação dos membros inferiores seja realizada pelos nervos
espinais conectados às vértebras lombares e sacrais, as estruturas nervosas que
transportam informações e estímulos elétricos dessas regiões percorrem um longo
caminho dentro da medula espinal até chegar ao encéfalo.
Apesar dos nervos espinais lombares e torácicos serem observados nas
porções mais distais da coluna vertebral, eles passam por toda a medula espinal, logo,
na altura da quinta vértebra torácica, originam-se os nervos espinais T5, além de
existir estruturas nervosas de todos os nervos espinais distais. Estes conhecimentos
facilitam bastante o entendimento das lesões que ocorrem na medula espinal e quais
64
as consequências que elas podem trazer para o indivíduo lesado. Ao ocorrer um dano
na medula (geralmente causado por grandes traumas na coluna vertebral, como
acidentes de trânsito, ferimentos por armas de fogo, quedas, etc.), pode acontecer
uma interrupção dos tratos aferentes (que levam a informação da periferia ao cérebro)
e dos eferentes (que levam o estímulo ao movimento do cérebro à periferia),
provocando prejuízos tanto na sensibilidade como na capacidade de movimentação
corporal (GUYTON; HALL, 2017).
As lesões medulares são classificadas de acordo com o nível da vértebra ferida
e, nas repercussões mais graves, ocorre o acometimento dessa vértebra em diante.
Assim, os danos nas vértebras cervicais tornam-se os mais graves, considerando que
todas as estruturas inervadas por nervos espinais, que se originam nas vértebras mais
distais que a lesionada, serão afetadas. Nesse caso, de uma lesão nas vértebras
cervicais, as consequências mais graves podem resultar na paralisia de todos os
membros (tetraplegia), bem como afetar o tronco. Já as lesões na vértebra T12
provocam paralisia apenas dos membros inferiores (paraplegia), mas os superiores
seguem intactos, pois o dano na medula não afetou os pontos de origem desses
nervos (GUYTON; HALL, 2017).
Devido à grande importância do ponto de vista fisiológico, a medula espinal e
todo o SNC são revestidos por membranas que fazem o isolamento e a proteção do
sistema nervoso, as quais se chamam meninges e se dividem em três: dura-máter,
aracnoide e pia-máter.
A membrana dura-máter é conhecida como a mais externa, mais espessa e
mais resistente do organismo. Ela se forma pelo tecido conjuntivo composto de fibras
colágenas, e sua porção mais externa fica em contato com os ossos, como uma luva,
recebendo o nome de saco dural. Nesse sentido, ela faz o contato de toda a medula
espinal e de parte dos seus nervos com as vértebras. Já a aracnoide é considerada a
intermediária, porque está sempre entre a dura- -máter e a pia-máter. Ela tem esse
nome devido à sua estrutura, que lembra a constituição de uma teia de aranha. A
membrana pia-máter, por sua vez, é a mais delicada das três e mais interna,
realizando o contato direto com o SNC. Ela ainda adere ao tecido superficial da
medula e penetra na fissura mediana anterior. No fim da medula espinal,
especificamente no cone medular, ela continua de modo caudal constituindo o
filamento esbranquiçado chamado de filamento terminal (GUYTON; HALL, 2017).
65
7 FISIOLOGIA DO SISTEMA DIGESTÓRIO
Fonte: bit.ly/3GJzW8u
O sistema digestório é tão complexo quanto a nossa dieta. Por isso mesmo,
antes de estudar fisiologia do sistema digestório, você deve compreender as
características morfológicas mais importantes do tubo digestório e de suas glândulas
anexas. Basicamente, o Tubo Digestório (TD) é um canal com cerca de 8,5 m de
comprimento, que inicia na boca e termina no ânus, composto por órgãos localizados
na cabeça, pescoço, tórax, abdome e pelve. É formado pela boca, faringe, esôfago,
estômago, intestinos delgado e grosso e ânus. Na transição entre os diferentes
segmentos estão os esfíncteres (AIRES; 2012).
Segundo Aires (2012) é através deste tubo que o alimento é conduzido e, ao
mesmo tempo, processado e absorvido, exigindo a presença de secreções produzidas
pelas glândulas exócrinas, dentre elas as glândulas salivares, o pâncreas, o fígado e
as glândulas mucosas espalhadas pelo TD, desde a boca até o canal anal. Somente
após o devido processamento é que os nutrientes serão absorvidos, juntamente com
a água, as vitaminas e os sais minerais. Aquilo que não for digerido e/ou absorvido,
será temporariamente armazenado no intestino grosso e, eventualmente, excretado
sob a forma de massa fecal.
67
nutrientes são as grandes funções do SD. A excreção ocorrerá somente se houver
material que não foi digerido e/ou absorvido (AIRES; 2012).
68
Regulação Neurócrina das funções do sistema digestório
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Figura 24 - Organização do SNE e suas relações com os sistemas SNS e SNP,
todos pertencentes ao Sistema Nervoso Periférico ou Autônomo (SNA).
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8 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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Porto Alegre: Artmed, 2017.
BERNE, R.N. & LEVY, M.N. Fisiologia Humana. 6 ed. Elsevier Editora Ltda. Rio de
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GUYTON, A.C. e Hall J.E.– Tratado de Fisiologia Médica. Editora Elsevier. 13. ed.,
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GUYTON, A.C.; HALL, J.E. Tratado de Fisiologia Médica. 12. ed. Rio de Janeiro:
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72