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FAEC – FUNDAÇÃO ANTARES DE EDUCAÇÃO E CULTURA

Ana Luiza Von Ah Borin - 01


Bruna Fernanda Matulianes Arnaldo - 03
Maria Caroline Parise - 23
Isadora Dula Croci Barbosa - 15
Pietra Lacks Zamberlan - 31

A QUÍMICA NAS BOLHAS DE SABÃO

AMERICANA
2022
1) Formação da bolha de sabão e experimento

Certamente a maioria das pessoas já se divertiu fazendo bolhas de sabão. Entretanto,


poucas têm noção do tanto de conhecimento químico que pode ser adquirido apenas
observando essa simples brincadeira.
Ao estudar a composição da água, que é um dos componentes da bolha de sabão, é
perceptível que as moléculas de água, formadas por uma ligação covalente entre um átomo de
oxigênio (O) e dois átomos de hidrogênio (H), são atraídas entre si por uma força
intermolecular intensa, em uma ligação chamada de pontes de hidrogênio. Tal fenômeno
acontece porque o oxigênio é um dos átomos mais eletronegativos (que mais atrai elétrons em
uma ligação química), só ficando atrás do flúor. Por isso, ele atrai o elétron de cada um dos
hidrogênios para próximo a ele, ficando, assim, com um polo negativo, enquanto os H ficam
com polo positivo.
Por conta disso, também há uma atração entre as diferentes moléculas de água, pois,
considerando que cargas opostas se atraem, o oxigênio de uma atrai os hidrogênio de outra.
Dessa maneira, as moléculas que se encontram submersas sofrem atração das demais
moléculas à sua volta e, como estão rodeadas em todas as direções, a atração que ela sofre por
cada uma delas é anulada pela atração realizada pela molécula do lado oposto.

Representação da atração do oxigênio de uma molécula de água com o hidrogênio da outra.

Entretanto, as moléculas que ficam na superfície não possuem nenhuma outra


molécula de água em cima delas para anular a força que as puxam para baixo. Portanto, há
uma força resultante que aponta para o centro de massa e a criação de uma tensão superficial,
que provoca a formação de uma espécie de membrana, pois ocorre uma contração no líquido.

Imagem representando, na região A, uma molécula de água submersa que sofre atração por todos os lados, e, na
região B, uma molécula na superfície com uma força resultante. Fonte:
https://www.infoescola.com/fisica/tensao-superficial/
Dessa maneira, a tensão superficial na água é tão forte que, para formar uma bolha de
sabão, é necessária a adição de um tensoativo para diminuí-la, conferindo maior
“elasticidade” ao líquido. Este tensoativo pode ser o detergente ou o sabão, por exemplo, que
possuem uma parte da molécula que é hidrofílica (tem afinidade com a água) e outra
hidrofóbica (sem afinidade com a água, mas que se atrai por gordura). Consequentemente,
eles formam uma bicamada de forma que a parte hidrofílica fique voltada para o interior do
líquido, retendo a água, e a face hidrofóbica fique direcionada para o exterior, em contato com
o ar.
Para essa organização ser feita, as extremidades apolares do tensoativo se direcionam
para a superfície da água, enfraquecendo as interações entre as moléculas de água da
superfície e, consequentemente, reduzindo a tensão superficial. Além disso, é importante
comentar que, a fim de aumentar a resistência das bolhas de sabão, pode-se adicionar açúcar
ou glucose para retardar a evaporação da água.

Esquema da bicamada formada na bolha de sabão. Fonte:


https://www.omundodaquimica.com.br/curiosidade/bolha-sabao

Por último, toda a teoria apresentada acima pode ser observada através de um simples
experimento de formação de bolha de sabão. Para isso, é preciso fabricar uma mistura que contenha
dois copos (250ml cada) de água, dois copos de detergente (250ml cada), sete colheres de sopa de
açúcar e uma colher de chá de fermento químico em pó. Depois, todos os ingredientes devem ser
misturados e é necessária a construção de uma estrutura de dois palitos grandes de churrasco e dois
pedaços de barbante amarrados entre eles (um menor em cima e um pedaço maior embaixo). Feito
isso, pode-se formar bolhas ao mergulhar a estrutura construída em um recipiente grande contendo a
mistura anteriormente produzida e, logo em seguida, posicionar os palitos em direção ao vento.
2) Referências bibliográficas

ROCHA VARGAS FOGAÇA, Jennifer. “Como se formam as bolhas de sabão?”.Mundo


Educação. Disponível em:
https://mundoeducacao.uol.com.br/quimica/como-se-formam-as-bolhas-sabao.htm. Acesso
em 30 de setembro de 2022.

SÃO PAULO, Universidade Federal de. “Bolhas de sabão - Tensão superficial”. Princípia Jr,
11 de setembro de 2021. Disponível em:
https://www.principiajr.com.br/post/bolhas-de-sab%C3%A3o-tens%C3%A3o-superficial.
Acesso em 30 de setembro de 2022.

BORGES, Simon e Juste Marília. “Como se formam as bolhas de sabão? Por que elas têm
aquele efeito de arco-íris?”. Galileu. Disponível em:
http://revistagalileu.globo.com/Galileu/0,6993,ECT688136-1716-10,00.html#:~:text=A%20bol
ha%20%C3%A9%20um%20filme,as%20polares%20para%20a%20%C3%A1gua. Acesso
em 30 de setembro de 2022.

MADEIRA FERNANDES, Douglas. “Tensão superficial”.Infoescola. Disponível em:


https://www.infoescola.com/fisica/tensao-superficial/. Acesso em 30 de setembro de 2022.

VINÍCIUS PINTO DOS SANTOS, Carlos. “A química da bolha de sabão”.Química no


mundo. Disponível em: https://www.omundodaquimica.com.br/curiosidade/bolha-sabao.
Acesso em 30 de setembro de 2022.

MARTINS, Márcio. “Como funcionam as bolhas de sabão”.Diário de um químico digital


3.0, 13 de novembro de 2010. Disponível em:
https://digichem.org/2010/11/13/como-funcionam-as-bolhas-de-sabao/. Acesso em 30 de
setembro de 2022.

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