Você está na página 1de 15

Universidade Federal do Paraná

Curso de Engenharia Química

CQ320 - Físico-química Experimental – EQA


Profª Regina Maria Queiroz de Mello
13/06/2022
Bancada nº 1
Alunos: Ariane do Nascimento Forte, Caio Augusto Cessel, Gustavo Marcondes de
Barros, Matheus Polati Farinhas e Nicole Mantoani

PRÁTICA 01 - TENSÃO SUPERFICIAL I - TENSÃO SUPERFICIAL DE LÍQUIDOS


PUROS E DE SOLUÇÕES: ESPALHAMENTO E MÉTODO DA ASCENÇÃO
CAPILAR

1. INTRODUÇÂO

Quando um líquido está em contato com o meio, ele tende a adotar o formato
que irá proporcionar uma menor área superficial. Isso ocorre visto que as moléculas
da superfície têm uma maior interação com as próprias moléculas do fluido, em
relação às moléculas do meio em que está em contato (ATKINS; DE PAULA, 2006).
Para modificar esse estado, é preciso exercer um determinado trabalho, o qual pode
ser associado à energia de Gibbs (𝐺). A constante de proporcionalidade entre a
variação infinitesimal dessa energia pela variação da área (𝑑𝜎) é chamada tensão
superficial (𝛾) (SCHIFINO, 2013).

𝑑𝐺𝑇, 𝑃 = 𝛾𝑑𝜎

A capilaridade, isto é, a tendência de um líquido subir por um tubo capilar, é


um dos resultados que pode ser observado devido à tensão superficial. Ao mergulhar
o tubo em um líquido com a tendência de se aderir as paredes, o estado de menor
energia é obtido com a formação de uma fina camada do fluido na superfície. Isso
gera uma diferença de pressão, a qual é proporcional a tensão superficial e o raio do
capilar (𝑟). Assim, o líquido sobe até atingir o equilíbrio hidrostático (ATKINS; DE
PAULA, 2006).
Figura 1: a diferença de pressão faz com que o líquido ascenda pelo tubo para que a pressão seja
2𝛾
idêntica em alturas iguais. A pressão logo abaixo do menisco é menor que a pressão atmosférica.
𝑟

Fonte: Atkins; De Paula, 2006.


2. OBJETIVO

Observar os efeitos de tensão superficial na interação de diferentes soluções


conhecidas.
Observar o fenômeno da capilaridade e estimar a tensão superficial de
diferentes soluções a partir de dados termodinâmicos conhecidos, e de medidas
observadas na prática.
3. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL

3.1 MATERIAIS
Reagentes: água destilada, metanol, n-butanol, dodecilssulfato de sódio (SDS)
5%.
Vidrarias: placa de vidro, conta-gotas, régua, capilar, béquer de 50 mL.
3.2 MÉTODOS
3.2.1 PARTE 1
A primeira parte do experimento teve como objetivo a avaliação do
espalhamento de 4 amostras de líquidos sozinhas e juntas. Para isso foi necessário
lavar a placa de vidro com água e sabão e, posteriormente, colocar uma gota de cada
reagente utilizando o frasco conta-gotas, anotando em seguida as características
visuais que cada uma delas tinha. Em seguida, foram utilizados os espaços vazios da
placa para seguir com a análise gotejando dois líquidos diferentes para identificar as
interações entre as amostras na placa.

3.2.2 PARTE 2
Para a segunda parte do experimento foi verificado a ascensão dos líquidos no
capilar. Primeiramente, foi escolhido e lavado um capilar e a régua usada para medir
a altura da ascensão. Num béquer preenchido com água destilada foi colocado por
dentro o capilar juntamente com a régua e anotados os valores da altura do líquido
no béquer e do líquido no capilar. Com esses dados, foi possível obter o valor do raio
do tubo capilar utilizado. O mesmo procedimento foi repetido para os outros líquidos
cuidando para que sempre fosse usado o mesmo capilar. Após anotar a altura de
ascensão dos líquidos, foi utilizado o valor de referência do raio do capilar (obtido com
a água destilada) para, então, calcular a tensão superficial do metanol, n-butanol e
dodecilssulfato de sódio (SDS) 5%.
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO

4.1 PARTE 1

Na primeira parte do experimento, foram colocadas gotas de água, metanol,


butanol e dodecil na placa de vidro. O grau de espalhamento foi verificado e, em
ordem crescente, foi:

Água < dodecil < butanol < metanol

Essas observações foram baseadas na análise do ângulo de contato 𝜽 entre


a superfície do sólido e o líquido, que representa a molhabilidade dessa superfície
pelo líquido em questão. Por definição, quando 𝜃 ≈ 180°, não há o molhamento do
sólido pelo líquido e, assim, o líquido não se espalha. 90° < 𝜃 < 180° significa que há
o molhamento parcial e o líquido de espalha espontaneamente. Finalmente, em caso
de 𝜃 ≈ 0°, o líquido se espalha indefinidamente pelo sólido e o molhamento é total.
(LUZ; RIBEIRO; PANDOLFELLI, 2008)

No experimento, notou-se que nenhum líquido deixou de se espalhar. A água,


o dodecil e o butanol apresentaram molhamento parcial, nessa ordem decrescente
de 𝜃. O metanol apresentou um espalhamento bastante significativo, se
assemelhando a um caso de molhamento total. A figura a seguir ilustra bem esses
casos: situação semelhante a c) para o metanol e b) para os outros líquidos.

Figura 2: Molhamento e inclinação

FONTE: (LUZ; RIBEIRO; PANDOLFELLI, 2008)


Além disso, existem outras duas definições importantes para esse experimento:

• Forças coesivas: forças atrativas entre moléculas do mesmo tipo. Essas são
as forças entre as moléculas dos líquidos gotejados no experimento;
(OPENSTAX, 2014)
• Forças atrativas: forças atrativas entre moléculas de tipos diferentes. Essas
são as forças entre as moléculas dos líquidos e a superfície da placa de vidro.
(OPENSTAX, 2014)

Quando há a predominância das forças atrativas sobre as coesivas, o líquido


tende a aumentar a sua superfície de contato com o sólido. Isso faz com que o ele se
espalhe mais. Por outro lado, quando as forças coesivas são mais relevantes, a
tendência é a diminuição da superfície de contato com o sólido, já que as moléculas
da superfície são puxadas para dentro do líquido. Dessa forma, o espalhamento do
líquido é menor. (OPENSTAX, 2014)

Com isso, analisando o resultado do experimento, é possível verificar quais


líquidos possuem as forças coesivas mais fortes. Assim, temos a seguinte ordem
crescente de forças coesivas:
Metanol < butanol < dodecil < água

A água possui maiores forças coesivas, já que molha menos a superfície,


enquanto o metanol possui forças coesivas menores, por molhar mais a superfície do
sólido.

A explicação para essas diferenças de forças entre as moléculas dos líquidos


está relacionada às forças intermoleculares. Essas são interações que ocorrem
entre moléculas e podem ser usadas para prever diversas propriedades de diferentes
compostos. Assim, serão analisados todos os compostos do experimento, com o
objetivo de explicar o comportamento de cada um na questão da molhabilidade.
(ATKINS; JONES, 2012)

Começando pela água, essa é uma molécula que possui dois hidrogênios e um
oxigênio. Em função da alta eletronegatividade do oxigênio, há a formação de um
dipolo na molécula: os hidrogênios ficam com cargas parciais positivas, enquanto o
oxigênio apresenta carga parcial negativa. Isso faz com que possam ocorrer
interações chamadas de ligações de hidrogênio, as quais consistem na atração entre
os dipolos de diferentes moléculas quando há um átomo de hidrogênio ligado a um
elemento bastante eletronegativo. Nessa situação, o hidrogênio fica bastante
polarizado, aumentando a força das interações entre os polos das diferentes
moléculas. Por isso, essas são as interações intermoleculares mais fortes. A figura a
seguir ilustra esse fenômeno. (ATKINS; JONES, 2012)

Figura 3: Molécula da água

FONTE: (ATKINS; JONES, 2012)

Além disso, em função da presença de dois hidrogênios polarizados na


molécula, a água pode fazer mais ligações de hidrogênio, aumentando ainda mais as
forças intermoleculares. Com isso, as forças entre as moléculas de água são bastante
altas, o que faz com que as forças coesivas predominem, reduzindo a molhabilidade
desse líquido. (ATKINS; JONES, 2012)

No caso da solução de dodecil, cuja fórmula é 𝑁𝑎𝐶12 𝐻25𝑆𝑂4 , ocorre algo


interessante. Esse composto é um tensoativo, o que significa que ele reduz a tensão
superficial da água pura, em função de seu comportamento anfifílico (possui uma
cabeça polar e uma cadeia grande de carbonos apolar). Com essa redução, ocorre a
redução do espalhamento e da molhabilidade da água. (ATKINS; JONES, 2012)

Por fim, o metanol e o butanol possuem, ambos, a possibilidade de realização


de uma ligação de hidrogênio por molécula, pela presença da hidroxila nesses
álcoois. No entanto, o butanol possui uma cadeia carbônica maior e, assim, possui
forças de London mais fortes. O resultado disso é o fato de o butanol ter forças
coesivas maiores, apresentando menor molhabilidade que o metanol, e o metanol ter
forças coesivas menores, apresentando maior molhabilidade e espalhamento.
(ATKINS; JONES, 2012)

Resumindo, o aumento da cadeia carbônica e o maior número de ligações de


hidrogênio possíveis aumentam as forças coesivas e diminuem a molhabilidade.

Na segunda parte do primeiro experimento, foram observadas as interações


entre os líquidos quando gotejados lado a lado. Os resultados foram os seguintes:
TABELA 1: Resultados da primeira parte experimental

Mistura de líquidos Resultado


Água + metanol Repulsão
Água + butanol Repulsão
Água + SDS a 5% Mistura
Butanol + metanol Repulsão
SDS a 5% + metanol Repulsão
SDS a 5% + butanol Repulsão
FONTE: OS AUTORES

Uma molécula é polar se a soma dos seus vetores de momento de dipolo é


diferente de zero, sendo que esses vetores são relacionados às diferentes ligações
químicas presentes na molécula. Com isso, de maneira geral, compostos com
polaridades semelhantes são miscíveis (semelhante dissolve semelhante). (ATKINS;
JONES, 2012)

Analisando as polaridades dos líquidos envolvidos: a água é fortemente polar;


o metanol também é bastante polar, em função da polarização que ocorre na hidroxila;
o butanol também possui uma parte polar na molécula, seguindo o mesmo caso do
metanol, mas apresenta uma cadeia apolar maior, por ter mais carbonos; a solução
de SDS a 5% é composta, majoritariamente, de água (fortemente polar), sendo que
o SDS dissolvido atua como surfactante e é anfifílico (possui uma parte polar e outra
apolar na molécula).

Pelas polaridades, a água e o metanol deveriam se misturar. A água e o


butanol, em contrapartida, deveriam apresentar miscibilidade parcial, em função de o
álcool possuir uma cadeia carbônica relativamente longa. A água e a solução de SDS
deveriam se misturar, já que a solução é predominantemente de água e o SDS tem
uma cabeça polar. O butanol e o metanol deveriam misturar, em função de ambos
possuírem hidroxilas, mesmo existindo a cadeia apolar relativamente grande do
butanol. Por fim, deveria haver miscibilidade entre metanol e solução de SDS, pois
ambos são predominantemente polares, e miscibilidade entre o butanol e a solução
de SDS, em função do efeito tensoativo do SDS.

Essas previsões são bem diferentes dos resultados obtidos na prática.


Provavelmente, em função de os líquidos serem gotejados lado a lado, há influências
das tensões superficiais dos líquidos no que foi observado. Por exemplo, mesmo o
metanol sendo infinitamente solúvel em água, no experimento, interações entre as
superfícies dos líquidos não foi quebrada para eles se misturarem.
4.2 PARTE 2

Na segunda parte do experimento, foi utilizado uma régua pequena e um tubo


capilar, assim foi possível após medir as alturas do líquido no béquer e dentro do tubo
capilar, utilizar da seguinte formula para calcular o Raio:

2𝛾
𝑟=
𝜌𝑔∆ℎ

Para esse primeiro momento, o cálculo do Raio foi feito a partir dos dados
experimentais e tabelados da água. Para a temperatura de 15°C temos: 𝜌 =999,13
kg/m³ e 𝛾 =73,49 mN/m, além disso foi considerado a aceleração da gravidade com
um valor de 9,78 m/s2. Obtendo o seguinte valor para o raio do capilar:

𝑟 =0,6837 mm

Após o cálculo do Raio, realizamos o experimento novamente com o mesmo


tubo capilar, a fim de reduzir os possíveis erros instrumentais, e obtivemos a seguinte
tabela:

TABELA 2: Resultado segunda parte experimental, valores das alturas

SDS a
LÍQUIDO ÁGUA 5% n-butanol metanol

h -liq (m) 0,009 0,012 0,013 0,017

h- men (m) 0,031 0,0245 0,024 0,027


Delta H
(m) 0,022 0,0125 0,011 0,01
ρ
(kg m^-3) 999,13

γ (mN/m) 73,49
FONTE: OS AUTORES

Para analisar e compreender melhor o conceito de tensão superficial,


pesquisamos tabelas e referencias com o intuito de encontrar os valores da densidade
dos demais líquidos. Para a base de cálculo foi feita uma média entre os valores
encontrados em duas Fichas de informações de segurança de produtos químicos
(FISPQ). Para o n-butanol, foi utilizada as Fichas do produtor Brisco e da ficha técnica
do curso de Farmácia da Universidade Federal de Minas Gerais. O Metanol teve por
base da dados a ficha técnica do produtor Copenor. Foi utilizado para o
Dodecilssulfato de sódio (SDS) a mesma densidade da água. Assim, atualizando a
tabela temos:

TABELA 3: Resultados da segunda parte experimental, valores de densidade

LÍQUIDO ÁGUA SDS a 5% n-butanol metanol

h -liq (m) 0,009 0,012 0,013 0,017

h- men (m) 0,031 0,0245 0,024 0,027

Delta H (m) 0,022 0,0125 0,011 0,01


ρ
(kg m^-3) 999,13 999,13 813,37 793,2

γ (mN/m) 73,49
FONTE: OS AUTORES

Para o cálculo da Tensão superficial dos demais líquidos, foi feito um rearranjo
da equação do Raio do capilar, uma vez que utilizamos o mesmo instrumento o raio
dele é o mesmo não importa o líquido utilizado, então isolando desta vez a tensão
superficial temos a seguinte equação:

𝑟𝜌𝑔∆ℎ
𝛾=
2

Assim obtivemos o seguinte resultado:

TABELA 4: Resultados da segunda parte experimental completa

SDS a
LÍQUIDO ÁGUA 5% n-butanol metanol
h -liq (m) 0,009 0,012 0,013 0,017
h- men
(m) 0,031 0,0245 0,024 0,027
Delta H
(m) 0,022 0,0125 0,011 0,01
ρ (kg m^-
3) 999,13 999,13 813,37 793,2
γ (mN/m) 73,49 41,75568 29,91330523 26,51956
FONTE: OS AUTORES

A tendência de líquidos subirem tubos capilares a qual é nomeada de “ação


capilar”, é uma consequência da tensão superficial. (ATKINS, P - Physical chemistry)

Foi possível notar experimentalmente que os líquidos dos quais tiveram um ∆ℎ


maior, ou seja, de maior quantidade de líquido deslocada sobre efeito da ação capilar
também possui uma maior tensão superficial. Assim, a água se sobressaiu aos
demais líquidos, uma vez que sua tensão superficial era a maior, e também a
superfície de Sílica do tubo capilar propicia uma força atrativa com as moléculas de
água. Isso ocorre devido a tensão superficial “não permitir” um grande distanciamento
entre as moléculas de água, e quando as moléculas de água “escalam” a parede vidro
acabam puxando por consequência uma maior quantidade deste líquido.

Comparando o resultado experimental das duas partes, e discutindo com a


equipe de nossa bancada, foi possível correlacionar dois conceitos: Tensão
superficial x Molhabilidade. Quanto maior a Tensão superficial de um líquido, menor
será seu espalhamento em um sólido, uma vez que as forças coesivas se
concentram, reduzindo a área de superfície e por seguinte diminuindo a
Molhabilidade.

Para comparação dos valores obtidos, foi realizado o cálculo do erro relativo.
Dessa forma os valores experimentais obtidos serão comparados aos valores
retirados da literatura (Banco de dados Dortmund e Martin et al.), na temperatura de
20° Celsius, os resultados segue na Tabela:

TABELA 5: Erro relativo entre os valores estimados

LÍQUIDO Experimental Literatura Erro (%)


Metanol 26,52 22,60 17,35
n-Butanol 29,91 24,18 23,70
FONTE: OS AUTORES
Os dados comparativos estão na temperatura mais próxima à utilizada, porém
ainda temos uma diferença de 5° graus, devendo ser levado em consideração.
5. CONCLUSÃO

Através do experimento realizado foi possível observar a iteração de diferentes


soluções, isto é, o comportamento de um fluído em contato com outro diferente.

Foi possível também determinar a tensão superficial do metanol, n-butanol e


SDS (a 5%), a partir do cálculo do raio e empregando propriedades termodinâmicas
da literatura. Os valores encontrados nos permitiram calcular o erro relativo, que
apresentaram erros bastante significantes (acima de 15%), e para moléculas maiores
e mais complexas esse erro tende a ser maior.
6. REFERÊNCIAS

ATKINS, P.; DE PAULA, J. Physical Chemistry. 8. ed. New York: W. H. Freeman


and Company, 2006.

ATKINS, P.; JONES, L. Princípios de Química. 5. ed. [s.l.] Bookman Companhia


Ed, 2012.

A. MARTIN, P. BUSTAMANTE, Physical Pharmacy. Physical Chemical


principles in the pharmaceutical science, Lippincott Williams & Wilkins, Chapter
14, 362 – 379.

Banco de dados Dortmund - Surface Tension of 1-Butanol. Acesso em 15/06, Link


para acesso: http://www.ddbst.com/en/EED/PCP/SFT_C39.php

Brisco. Ficha Técnica Álcool N-Butílico. Acesso em 15/06, Link para acesso:
https://www.brisco.com.br/fispq/alcool-n-butilico.pdf

Farmácia UFMG, Ficha Técnica 1-Butanol. Acesso em 15/06, Link para acesso:
https://www.farmacia.ufmg.br/wp-content/uploads/2018/10/FISPQ-1-Butanol.pdf

LUZ, A. P.; RIBEIRO, S.; PANDOLFELLI, V. C. Review article: Use of the wettability
in the investigation of the corrosion behaviour of the refractory materials. Ceramica,
v. 54, n. 330, p. 174–183, 2008.

OPENSTAX. Cohesion and Adhesion in Liquids: Surface Tension and Capillary


Action. The Connexions Project, p. 1–16, 2014.

SCHIFINO, J. Tópicos de Físico-química. 1. ed. Porto Alegre: Editora da UFRGS,


2013.

Você também pode gostar