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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ

FÍSICO-QUÍMICA EXPERIMENTAL - CQ320

BANCADA 2
02/04/2023

DANIEL ORCHANHESKI BOBEL


BEATRIZ CRISTINA DE MIRANDA
DIOGO ROSA LUCHE
JHENEFER DOLCI FERREIRA GUIMARÃES

CÉLULAS ELETROQUÍMICAS GALVANICAS E DE CONCENTRAÇÃO –


DETERMINAÇÃO DO PRODUTO DE SOLUBILIDADE DO AgCl

CURITIBA
2023
INTRODUÇÃO

Uma célula eletroquímica de corrente contínua consiste em dois condutores


elétricos, chamados eletrodos, imersos em uma solução eletrolítica ou condutor
iônico.

A corrente elétrica é o fluxo de partículas carregadas, e geralmente há dois ou mais


tipos de partículas participando da condução da corrente elétrica, então os íons de
ambos os sinais se moverão. Para que a corrente elétrica flua em uma bateria, os
eletrodos devem estar conectados por condutores metálicos, as soluções eletrolíticas
estão em contato umas com as outras para que os íons possam se mover entre elas
e as reações de transferência de elétrons podem ocorrer em cada um dos eletrodos.

Em resumo, uma célula eletroquímica é um dispositivo projetado para lidar com


reações redox. Consiste em dois eletrodos imersos em uma solução de diferentes
eletrólitos, no caso de uma bateria galvânica, a reação ocorre espontaneamente e
produz energia.

A equação de Nernst possui a capacidade de indicar a voltagem durante o


funcionamento de uma pilha, bem como medir o pH e o Kps de uma solução, se
conhecido seu potencial padrão ela pode ser descrita da seguinte forma:

ΔE = ΔE° - (0.059 / n) - log Q

As células de concentração, também conhecidas como pilhas, são criadas usando


duas células de material idêntico, mas com concentrações diferentes e volume
aproximadamente igual. Ao incorporar um sólido iônico com baixa solubilidade em
água, estabelece um equilíbrio entre os íons dissolvidos e o sólido, com isso, o Kps
ou produto de solubilidade, descreve a “concentração” de íons existente na reação.
OBJETIVO
A primeira parte deste experimento visa medir a diferença de potencial de diferentes
células primárias e células de concentração e compará-las com valores teóricos. A
segunda parte visa determinar o produto de solubilidade (Kps) do AgCl a partir de
medidas de condutividade iônica e diferenças de potencial obtidas em células
eletroquímicas sob observação.

PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL

Parte 1: Montagem das Pilhas


Materiais Utilizados

- Água destilada;
- 5 béqueres de 50ml;
- 5 tubos em U contendo ágar-ágar e KNO3 (pontes salinas);
- multímetro;
- solução de sulfato de cobre a 1,0 e a 0,1 mol.L-1;
- solução de sulfato de zinco 0,01 mol.L-1;
- solução de sulfato de níquel 0,001 mol.L-1;
- solução de nitrato de prata 0,001 mol.L-1;
- 2 eletrodos de cobre, 1 de níquel, 1 de prata e 1 de zinco;
- lixa 600 ou palha de aço;
- papel toalha;
- caneta marcadora;

Montagem das Pilhas

Com a palha de aço em mãos, lixamos todos os eletrodos para remover


quaisquer impurezas, e então lavamos com água destilada e secamos com ajuda de
um papel toalha.
Em seguida enchemos cada béquer até a metade, aproximadamente 25 mL,
com cada uma das soluções e anotamos com caneta qual solução havia em cada
béquer.
Então com as pontas salinas, as soluções e os eletrodos prontos começamos
a montar as pilhas, ressaltando que o elemento da direita sempre será o ânodo, onde
ligaremos o fio preto, e o da esquerda o cátodo, onde ligaremos o fio vermelho, a
primeira pilha foi a de Zinco com Cobre [Zn | Zn2+ (0,01 mol.L-1) || Cu2+ (0,1 mol.L-
1L)| Cu], ligamos o fio preto do multímetro no eletrodo de zinco e o fio vermelho no
eletrodo de cobre, então o valor anotado foi o que apareceu no multímetro, que era a
diferença de potencial que entre os eletrodos.
Repetimos esse processo para todas as pilhas montadas, sempre usando
novas pontes salinas em cada nova pilha.

Parte II: Determinação do produto de solubilidade do cloreto de prata


Materias utilizados:

− 3 béqueres de 50 mL (para as semicélulas);


− ponte salina;
− multímetro;
− solução de NaCl 1,0 mol.L-1 ;
− solução de nitrato de prata 1,0 mol.L-1 ;
− solução de sulfato de zinco 1,0 mol.L-1 ;
− 1 eletrodo de prata e 1 de zinco;
− Multímetro;
− Condutivimetro.

Determinação do Kps por medidas de potencial de célula

Novamente nchemos um béquer de 50ml até a metade com solução de NaCl


1,0 mol.L-1 e então adicionamos 10 gotas de AgNO3 1,0 mol.L-1, nesse béquer
colocamos o eletrodo de prata e o outro béquer foi enchido até a metade com a
solução de ZnSO4 1,0 mol.L-1, nesse béquer colocamos o eletrodo de zinco.

Com as semicélulas prontas nós colocamos uma ponte salina, medimos e


anotamos a diferença de potencial dos eletrodos com por meio do multímetro, o fio
preto no béquer com ZnSO4 1,0 mol.L-1 e o fio vermelho no com a solução de ZnSO4
1,0 mol.L-1.

Determinação do Kps por medidas de condutividade

Com o condutivimetro calibrado e limpo medimos a condutividade de um


béquer com água destilada até obter um valor constante. Pesamos 0,050g de AgCl e
adicionamos ao béquer com água destilada, com um bastão de vidro tentamos ao
máximo solubilizar o AgCl.

Colocamos novamente o béquer no condutivimetro e então medimos a


condutividade da solução eletrolítica até obter um valor constante.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Parte I: Montagem das Pilhas

A Tabela 1 apresenta as diferenças de potencial nas células galvânicas


mensuradas com o auxílio do multímetro.

TABELA 1 - Diferença de potencial medidas nas células galvânicas


Célula ∆E(V)
Zn │ Zn2+ (0,01 mol.L-1) ││ Cu2+ (0,1 mol.L-1) │Cu 1,0283
Zn │ Zn2+ (0,01 mol.L-1) ││ Ni2+ (0,001 mol.L-1) │Ni 0,6
Ni │ Ni2+ (0,001 mol.L-1) ││ Cu2+ (0,1 mol.L-1) │Cu 0,5272
Cu │Cu2+ (0,1 mol.L-1) ││ Ag2+ (0,001 mol.L-1) │Ag 0,3072
Cu(s) │Cu2+ (0,1 mol.L-1) ││ Cu2+ (1,0 mol.L-1) │Cu(s) 0,0135
FONTE: Autores, 2023
As semirreações e reações globais das pilhas estão a seguir, bem como seus
potenciais padrões. Os dados para potencial de cada semirreações foram retirados
do Handbook of Chemistry and Physics 85th edition.
A partir dos potenciais de redução padrão para cada íon envolvido nas células
montadas posteriormente é possível descobrir os quocientes de reação (Qr), o número
de elétrons transferido (ne) em cada reação e, a partir destes valores em conjunto com
a variação do potencial de redução padrão (∆Eº) pode-se obter a diferença de
potencial fornecida para cada célula.

+2 0
a) Reação Anódica: 𝑍𝑛(𝑠) → 𝑍𝑛(𝑎𝑞) + 2𝑒̅ 𝐸𝑜𝑥𝑖 = +0,7618 𝑉

+2 0
Reação Catódica: 𝐶𝑢(𝑎𝑞) + 2𝑒̅ → 𝐶𝑢(𝑠) 𝐸𝑟𝑒𝑑 = +0,3419 𝑉

+2 +2
Reação Global: 𝑍𝑛(𝑠) + 𝐶𝑢(𝑎𝑞) → 𝐶𝑢(𝑠) + 𝑍𝑛(𝑎𝑞) ∆𝐸 = 1,1037 𝑉

Dando continuidade, calcula-se a previsão da diferença de potencial fornecida


pela pilha através da lei de Nernst, conforme ilustrado pelas equações subsequentes:

0,0591 0,01
∆𝐸 = 1,1037 − log
2 0,1

∆𝐸 = 1,13325 𝑉

Calculando o desvio relativo para esta célula:

|1,0283 − 1,13325|
%𝐸𝑅𝑅𝑂 = × 100
1,13325

%𝐸𝑅𝑅𝑂 = 9,26

+2 0
b) Reação Anódica: 𝑍𝑛(𝑠) → 𝑍𝑛(𝑎𝑞) + 2𝑒̅ 𝐸𝑜𝑥𝑖 = +0,7618 𝑉

+2 0
Reação Catódica: 𝑁𝑖(𝑎𝑞) + 2𝑒̅ → 𝑁𝑖(𝑠) 𝐸𝑟𝑒𝑑 = −0,257 𝑉
+2 +2
Reação Global: 𝑍𝑛(𝑠) + 𝑁𝑖(𝑎𝑞) → 𝐶𝑢(𝑠) + 𝑁𝑖(𝑎𝑞) ∆𝐸 = 0,5048 𝑉

Com isso, através da lei de Nernst :

0,0591 0,01
∆𝐸 = 0,5048 − log
2 0,001

∆𝐸 = 0,475255 𝑉

Calculando o desvio relativo para esta célula:

|0,6 − 0,475255|
%𝐸𝑅𝑅𝑂 = × 100
0,475255

%𝐸𝑅𝑅𝑂 = 26,25

+2 0
c) Reação Anódica: 𝑁𝑖(𝑠) → 𝑁𝑖(𝑎𝑞) + 2𝑒̅ 𝐸𝑜𝑥𝑖 = +0,257 𝑉

+2 0
Reação Catódica: 𝐶𝑢(𝑎𝑞) + 2𝑒̅ → 𝐶𝑢(𝑠) 𝐸𝑟𝑒𝑑 = −0,3419 𝑉

+2 +2
Reação Global: 𝑁𝑖(𝑠) + 𝐶𝑢(𝑎𝑞) → 𝐶𝑢(𝑠) + 𝑁𝑖(𝑎𝑞) ∆𝐸 = 0,5989 𝑉

Com isso, através da lei de Nernst :

0,0591 0,001
∆𝐸 = 0,5989 − log
2 0,1

∆𝐸 = 0,658 𝑉

Calculando o desvio relativo para esta célula:

|0,5272 − 0,658|
%𝐸𝑅𝑅𝑂 = × 100
0,658

%𝐸𝑅𝑅𝑂 = 19,88
+2 0
d) Reação Anódica: 𝐶𝑢(𝑠) → 𝐶𝑢(𝑎𝑞) + 2𝑒̅ 𝐸𝑜𝑥𝑖 = −0,3419 𝑉

+ 0
Reação Catódica: 𝐴𝑔(𝑎𝑞) + 𝑒̅ → 𝐴𝑔(𝑠) 𝐸𝑟𝑒𝑑 = +0,7996 𝑉

+ +2
Reação Global: 𝐶𝑢(𝑠) + 2𝐴𝑔(𝑎𝑞) → 2𝐴𝑔(𝑠) + 𝐶𝑢(𝑎𝑞) ∆𝐸 = 0,4577 𝑉

Com isso, através da lei de Nernst :

0,0591 0,1
∆𝐸 = 0,4577 − log
2 0,0012

∆𝐸 = 0,30995𝑉

Calculando o desvio relativo para esta célula:

|0,3072 − 0,30995|
%𝐸𝑅𝑅𝑂 = × 100
0,30995

%𝐸𝑅𝑅𝑂 = 0,88

+2 0
e) Reação Catódica: 𝐶𝑢(𝑎𝑞) + 2𝑒̅ → 𝐶𝑢(𝑠) 𝐸𝑜𝑥𝑖 = −0,3419 𝑉

+2 0
Reação Anódica: 𝐶𝑢(𝑠) → 𝐶𝑢(𝑎𝑞) + 2𝑒̅ 𝐸𝑟𝑒𝑑 = +0,3419 𝑉

+2 +2
Reação Global: 𝐶𝑢(𝑎𝑞) → 𝐶𝑢(𝑎𝑞) ∆𝐸 = 0 𝑉

Com isso, através da lei de Nernst :

0,0591 0,1
∆𝐸 = 0,00 − log 2
2 1

∆𝐸 = 0,02955 𝑉

Calculando o desvio relativo para esta célula:


|0,0135 − 0,02955|
%𝐸𝑅𝑅𝑂 = × 100
0,02955

%𝐸𝑅𝑅𝑂 = 54,31

Todos os dados foram agrupados na Tabela 2 para uma melhor avaliação.

TABELA 2 – Resultados células galvânicas


Célula ∆Eº ∆Emedido (V) ∆Ecalculado % Erro
(V)
Zn │ Zn2+ (0,01 mol.L-1) ││ 1,1037 1,0283 1,13325 9,26
Cu2+ (0,1 mol.L-1) │Cu

Zn │ Zn2+ (0,01 mol.L-1) ││ 0,5048 0,6 0,475255 26,25


Ni2+ (0,001 mol.L-1) │Ni

Ni │ Ni2+ (0,001 mol.L-1) ││ 0,5989 0,5272 0,658 19,88


Cu2+ (0,1 mol.L-1) │Cu

Cu │Cu2+ (0,1 mol.L-1) ││ 0,4577 0,3072 0,30995 0,88


Ag2+ (0,001 mol.L-1) │Ag

Cu(s) │Cu2+ (0,1 mol.L-1) ││ 0 0,0135 0,02955 54,32


Cu2+ (1,0 mol.L-1) │Cu(s)
FONTE: Autores, 2023

É perceptível que alguns valores foram bastante diferentes dos medidos


experimentalmente. Isso pode ser devido a alguns fatores como às soluções estarem
contaminadas, erros de paralaxe, entre outros.

PARTE II - DETERMINAÇÃO DO PRODUTO DE SOLUBILIDADE DO CLORETO


DE PRATA

Determinação do Kps por medidas de potencial de célula:


Nesta etapa da prática, preparamos uma pilha em que zinco e prata sólidos foram
usados como eletrodo, o primeiro imerso em uma solução de ZnSO4 (1 mol/l),
enquanto o segundo foi imerso em uma solução de NaCl (1 mol/l) junto a 10 gotas de
AgNO3 (1 mol/l), devido ao maior potencial de redução o eletrodo de prata será o
cátodo, e o de zinco será o ânodo. As semirreações e a reação global são mostradas
a seguir:

Oxidação zinco:

𝑍𝑛(𝑠)   →  𝑍𝑛2+
(𝑎𝑞)   +  2𝑒    Δ𝐸º  =   + 0,7618 Ânodo

Redução prata:

+
2𝐴𝑔(𝑎𝑞)   +  2𝑒  →  2𝐴𝑔(𝑠)     Δ𝐸 º   =   + 0,80 Cátodo
Reação global

+
𝑍𝑛(𝑠) +  2𝐴𝑔(𝑎𝑞)   →  2𝐴𝑔(𝑠)   +  𝑍𝑛2+
(𝑎𝑞)     Δ𝐸º = +1,5618 𝑉

Por Nernst:
𝑅𝑇  [𝑍𝑛 2+ ] 0,0592 [𝑍𝑛 2+ ]
𝐸  =  𝐸º  −   𝑛𝐹 ⋅ log   [𝐴𝑔+ ]2   →  𝐸  =  𝐸º  −   ⋅ log   [𝐴𝑔+ ]2
𝑛𝑒

[𝑍𝑛2+ ] [1] 𝑚𝑜𝑙


[𝐴𝑔+ ] = √   →   [𝐴𝑔+ ] =  √   =  4,20059 ⋅ 10−10  
𝑛𝑒
((𝐸º−𝐸)⋅0,0592 )
2
((1,5618−1,0067)⋅0,0592) 𝑙
10 10

Como a concentração do 𝐶𝑙− é igual a concentração da solução (1 mol/L), o 𝐾𝑝𝑠 é


igual a concentração de 𝐴𝑔+ como mostrado a seguir:

𝑚𝑜𝑙
𝐾𝑝𝑠  =  [𝐴𝑔+ ] ⋅ [𝐶𝑙 − ]  →  𝐾𝑝𝑠  =  4,20059 ⋅ 10−10  
𝑙

𝑚𝑜𝑙
Da literatura, o 𝐾𝑝𝑠  =  1,80 ⋅ 10−10   𝐿

(1,80⋅10−10 − 4,20059⋅10−10)
ERRO% = (1,80⋅10−10 )
⋅ 100  =  133,37%

O erro experimental obtido pode estar associado a impurezas nos eletrodos, problema
com a calibração do multímetro e/ou até mesmo erro na operação dos discentes.
Determinação do Kps por medidas de condutividade:

Nesta etapa medimos a condutividade da água e da solução (água + AgCl) para obter
a condutividade do sal. Consultando a literatura, obtivemos a condutividade molar
limite, com algumas operações algébricas e conceito de solubilidade encontramos o
 𝐾𝑝𝑠 como demonstrado a seguir:

Condutividades:

𝜇𝑆 𝜇𝑆
𝑘á𝑔𝑢𝑎 = 3,15  𝑐𝑚1 ; 𝑘𝑠𝑜𝑙𝑢çã𝑜 = 5,111  𝑐𝑚1;

𝜇𝑆 𝜇𝑆 𝜇𝑆
𝑘𝑠𝑎𝑙   =  5,111  𝑐𝑚   −  3,15  𝑐𝑚   =  1,961  𝑐𝑚;

Da literatura, a condutividade molar limite para a solução é:

𝑆.𝑐𝑚 2 𝑆.𝑐𝑚 2 𝑆.𝑐𝑚 2


Λ º   =  138,35    (61,9   𝑑𝑜 𝐴𝑔 +  𝑒 76,35   𝑑𝑜 𝐶𝑙 −)
𝑚𝑜𝑙 𝑚𝑜𝑙 𝑚𝑜𝑙

(ATKINS, DE PAULA, 2006).

Da fórmula da condutividade molar limite:

𝑆
𝑘 𝑘𝑖ô𝑛𝑖𝑐𝑎 1,961 ⋅ 10−6   𝑐𝑚 𝑚𝑜𝑙 𝑚𝑜𝑙
Λ º =    →   𝑆  =      =   2   = 1,4174 ⋅ 10−8   3   =  1,4174 ⋅ 10−5  
𝑆 Λº 𝑆. 𝑐𝑚 𝑐𝑚 𝐿
138,35 
𝑚𝑜𝑙

Como 𝐾𝑝𝑠  =  [𝐴𝑔+ ] ⋅ [𝐶𝑙− ]

Usando a relação de solubilidade

𝐾𝑝𝑠  =  [𝐴𝑔+ ] ⋅ [𝐶𝑙− ]  =  𝑆 ⋅ 𝑆  =  𝑆  2   =  (1,4174 ⋅ 10−5 )2   =  2,009 ⋅ 10−10

Agora comparando novamente com o 𝐾𝑝𝑠 teórico, 𝐾𝑝𝑠  =  1,8 ⋅ 10−10

1,8⋅10−10 − 2,009⋅10−10
ERRO% = 1,8⋅10−10
⋅ 100  =  11,6%

O erro experimental obtido pode estar associado a má solubilização do sal em


solução, e também a calibração do condutivímetro. É importante destacar a diferença
do erro obtido na parte um e dois do experimento.
CONCLUSÃO

Na parte I do experimento montamos ao todo, cinco pilhas e medimos suas


respectivas diferenças de potencial e comparamos com o valor teórico, as pilhas A e
D apresentaram erros pequenos enquanto as pilhas B, C e E apresentaram erros
maiores. Na parte II do experimento, quando fomos determinar o Kps por medidas de
potencial de célula, o erro foi além do esperado e se apresentou bem diferente do
valor teórico. Já ao determinar o Kps por medidas de condutividade obtivemos um
erro menos expressivo. No decorrer do experimento, nossos dados apresentaram
alguns erros relativamente altos, mesmo utilizando aparelhos com alta precisão
podem ter ocorrido alguns erros provenientes dos integrantes, má solubilidade, e
também não é descartada a possibilidade de os aparelhos estarem mal calibrados.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ATKINS, P.e JONES, P. Físico-Química: Fundamentos. LTC. 10rd ed., 2018.

ATKINS, P.; DE PAULA, J. Physical Chemistry. 8. ed. New York: W. H. Freeman


and Company, 2006.

SKOOG, WEST, HOLLER, CROUCH, Fundamentos de Química Analítica,


Tradução da 8ª Edição norte-americana, Editora Thomson, São Paulo-SP, 2006.

CRC HANDBOOK. CRC Handbook of Chemistry and Physics, 85th


Edition. 85o ed. CRC Press, 2004.

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