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1. INTRODUÇÃO
2. OBJETIVO
3.1 MATERIAIS
Reagentes: solução de sulfato de cobre (1,0 e 0,1 mol. L-1); solução de sulfato
de zinco (0,01 mol. L-1); solução de nitrato de níquel (0,001 mol. L-1); solução de nitrato
de prata (0,001 mol. L-1); eletrodo de cobre, níquel, prata e zinco.
Vidrarias: béqueres de 50 mL; tubos em U (contendo ágar-ágar e KNO3); pipeta
graduada de 5 mL; balões volumétricos de 50 mL ou 100 mL; palha de aço.
Equipamentos: condutivímetro, multímetro e conectores do tipo banana-jacaré.
3.2 MÉTODOS
3.2.1 PARTE 1
Para a primeira parte experimental, foi realizado a montagem das células
galvânicas a partir dos reagentes e eletrodos empregados. Primeiramente foi
realizado a limpeza das superfícies dos eletrodos, em seguida realizado a
montagem das células galvânicas e medido seu devido potencial entre os
eletrodos.
O diagrama das células galvânicas construídas é ilustrado na Figura 3:
FIGURA 3 – Diagrama das células galvânicas construídas
FONTE: Os Autores
A leitura do potencial de cada pilha foi feita com o multímetro em contato com
os eletrodos, e com a devida calibração para medição da ddp.
Em seguida, foi realizado as células de concentração. Portanto, foi realizado
algumas soluções, por diluição sucessiva, de CUSO4 com concentrações de 0,1;
0,01; 0,001 mol. L-1, a partir de uma solução mais concentrada de 1,0 mol. L -1
(disponível no laboratório).
Com as soluções preparadas, foi montado as células de concentração, o
diagrama das células segue na Figura 4, e medido o potencial em cada caso
analisado.
FIGURA 4 – Diagrama das células de concentração construídas
FONTE: Os Autores
3.2.2 PARTE 2
Para a segunda parte experimental, foi realizado a determinação do produto
de solubilidade (Kps) do cloreto de prata. Nesse procedimento realizou-se a análise
em dois casos, o primeiro analisando a condutividade da solução e o segundo
analisando o conceito de potencial da célula.
Para determinarmos o Kps pela condutividade, foi calibrado o condutivímetro e
em seguida feito a imersão da célula de condutância no béquer contendo a
solução de supersaturada de água destilada e AgCl (0,005 g de AgCl em
aproximadamente 50 mL de água).
Para determinarmos o Kps pelo potencial da célula, foi feito duas semi-células.
A primeira contendo 25 mL de NaCl (1,0 mol. L-1), 10 gotas de AgNO3 (1,0 mol. L-
1) e um fio de prata. A segunda contendo 25 mL de ZnSO 4 (1,0 mol. L-1) e uma
placa de zinco.
Após prepararmos as semi-células foi adicionado a ponte salina e medido a
ddp da célula eletroquímica empregando o multímetro em contato com a placa de
zinco e o fio de prata.
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
4.2 PARTE 1
A tabela abaixo mostra as diferenças de potencial medidas para as diferentes
pilhas montadas no experimento:
TABELA 1 - POTENCIAIS MEDIDOS DE DIFERENTES PILHAS
Número da Diferença de
Pilha
pilha potencial medida
𝑚𝑜𝑙 𝑚𝑜𝑙
1 𝑍𝑛 | 𝑍𝑛2+ (0,01 ) ||𝐶𝑢2+ (0,1 ) |𝐶𝑢 1,0936 V
𝐿 𝐿
𝑚𝑜𝑙 𝑚𝑜𝑙
2 𝑍𝑛 | 𝑍𝑛2+ (0,01 ) ||𝑁𝑖 2+ (0,001 ) |𝑁𝑖 0,84 V
𝐿 𝐿
𝑚𝑜𝑙 𝑚𝑜𝑙
3 𝑁𝑖 | 𝑁𝑖 2+ (0,001 ) ||𝐶𝑢2+ (0,1 ) |𝐶𝑢 0,37 V
𝐿 𝐿
𝑚𝑜𝑙 𝑚𝑜𝑙
4 𝐶𝑢 | 𝐶𝑢2+ (0,1 ) ||𝐴𝑔+ (0,001 ) |𝐴𝑔 0,3363 V
𝐿 𝐿
FONTE: Os Autores (2022).
Uma pilha de solução de cobre com concentração 0,0001 mol por litro seria
também testada, entretanto, essa montagem não foi realizada, já que os erros dos
cálculos seriam muito grandes de acordo com a professora orientadora da disciplina.
As semirreações referentes às pilhas estão na seguinte tabela. A primeira
semirreação é referente ao ânodo (oxidação) e a segunda é referente ao cátodo
(redução). A terceira equação para cada pilha é a reação global.
O erro relativo foi calculado com o valor obtido por Nernst comparado ao valor
medido na prática.
É perceptível que alguns valores foram bastante diferentes dos medidos
experimentalmente. Isso pode ser devido a alguns fatores, entre eles:
• A aproximação de atividade dos íons igual à concentração pode ter gerado
resultados do coeficiente de reação diferentes dos ideais (as soluções podem
não ter se comportado de forma ideal para a realização dessa aproximação);
• A temperatura e a pressão atmosférica do laboratório podiam não ser
exatamente 298,15 K e 1 bar. Portanto, a forma simplificada da equação de
Nernst, que funciona idealmente para esse caso de pressão e temperatura,
pode não ter gerado resultados tão próximos dos medidos em função desses
parâmetros. Uma sugestão de melhoria do experimento seria medir esses
valores no dia da prática, para a obtenção de resultados melhores;
• Já que, durante a prática, o potencial demorou a estabilizar para várias das
pilhas, podem ter ocorrido erros humanos no processo de anotar o potencial
com o voltímetro, por exemplo, no ato de o potencial ainda não ter se
estabilizado completamente. Outros erros, por exemplo, na montagem das
pilhas (polimento das peças metálicas etc.) podem ter interferido nos
resultados também.
Também é possível notar que as células de concentração possuem maior
potencial com uma maior diferença de concentração entre os eletrodos, o que é
esperado pela relação do coeficiente de reação. Além disso, essas foram as pilhas
que geraram maiores erros relativos.
4.2 PARTE 2
[ Zn2+ ] 1
[Ag + ] = √ (E−Ee )ne F
= √ (0,982−1,56)∙2∙96485
= 1,700 ∙ 10−10 mol/L
− −
e RT e 8,314∙(25+273,15)
Portanto, o valor do Kps obtido na parte do potencial da célula é obtido através
da fórmula abaixo na qual é considerado que a concentração de cloro é 1 mol/L e a
da prata a calculada pelo potencial da célula.
Kps = [Ag + ][Cl− ] = 1,700 ∙ 10−10 ∙ 1 = 1,700 ∙ 10−10
Na Tabela apresentada abaixo possui o valor do Kps na literatura e os dois Kps
calculados acima com os seus respectivos erros.
TABELA 5 - COMPARAÇÃO DO Kps CALCULADO E Kps DA LITERATURA
Método Kps Literatura Kps Calculado Erro (%)
Condutividade 1,695e-10 2,74%
1,65E-10
Potencial 1,700e-10 3,06%
FONTE: Os Autores (2022).
5. CONCLUSÃO