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Prática 7 – Eletroquímica
Objetivo
Compreender o princípio das tabelas de potenciais de oxirredução, como também
verificar experimentalmente os detalhes e o funcionamento de uma célula galvânica
(espontânea).
Introdução
A Eletroquímica é o ramo da Química que trabalha com o uso de reações químicas
espontâneas para produzir eletricidade, e com o uso da eletricidade para forçar as reações
químicas não espontâneas acontecerem. Uma das contribuições mais familiares da Eletroquímica
para o nosso dia a dia é a bateria usada em equipamentos eletrônicos. As baterias são exemplos
de células eletroquímicas.
Existem duas classes de células eletroquímicas:
células galvânicas, onde a circulação de corrente é espontânea;
células eletroquímicas, para que a reação aconteça, deve-se aplicar uma fonte de energia
externa.
Células galvânicas
Uma célula galvânica é uma célula eletroquímica na qual uma reação química espontânea
é usada para gerar uma corrente elétrica.
Figura 1: célula galvânica com eletrodos de Cu e Zn, em soluções 1M de CuNO3 e ZnNO3, com
uma ponte salina de KCl saturado.
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A pilha deste exemplo é a pilha de Daniell. Ele inventou a pilha de Cu/Zn em ácido
sulfúrico em 1836. Essa pilha levou a um grande progresso no desenvolvimento de baterias, que,
entre muitas aplicações, foi usada nos primeiros telégrafos.
Telégrafo
O potencial da célula é
E° = 0,337 – (-0,763) = 1,100 V
O esquema da pilha é
oxidação redução
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Potenciais de referência
Para se obter potenciais de eletrodos se atribui um valor arbitrário a um deles, que se
toma como referência. Os demais são medidos verificando-se a diferença de potencial que
adquirem quando ligados ao eletrodo de referência. O sinal depende do sentido em que ocorre
a reação do eletrodo.
Por convenção, os potenciais de eletrodo se referem a semi-reação de redução.
O potencial é considerado positivo quando a reação que ocorre no eletrodo ( em relação
ao de referência ) é a redução.
E é considerado negativo quando acontece a oxidação.
O eletrodo mais comum que se toma como referência para tabular os potenciais de
eletrodo é o par H+(aqu., 1M) / H2 (1 atm), que se denomina eletrodo de referência ou normal de
hidrogênio, o qual se atribui o valor = 0 V (figura 2).
Figura 2: Esquema de potenciais de redução dos pares Cu2+/Cu e Zn2+/Zn, usando como
referência o eletrodo de H+/H2 (0V).
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Equação de Nernst
O potencial de uma pilha depende das concentrações das espécies ativas (ânions ou
cátions) na reação de óxido-redução:
𝑅𝑇 |𝐶𝑢 |
∆𝐸 = ∆𝐸° − 𝑙𝑛
𝑛𝐹 |𝑍𝑛 |
Onde 𝑅 = 8,314 J mol-1 K-1.
Para o caso de |𝐶𝑢 | = |𝑍𝑛 | = 1 𝑀, ∆𝐸 = ∆𝐸° = 1,100 𝑉.
Materiais
1 Multímetro
1 Pipeta graduada de 20 mL
4 Bequer de 50 mL
1 Pedaço de algodão
Fios de Cu
Conectores jacaré
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Procedimento
1. Adicionar 25 mL de solução de sulfato de cobre (1,0 ou 0,1 M) em um béquer de 50 mL e 25
mL de solução de sulfato de zinco (1,0 ou 0,1 M) em outro béquer;
2. Colocar as placas de zinco e cobre, nas soluções de seus íons respectivamente;
3. Conectar os fios dos eletrodos a um voltímetro e verificar a diferença de potencial;
4. Colocar a ponte salina, verificando que as suas extremidades estão mergulhadas em ambas
soluções;
5. Conectar outra vez os fios dos eletrodos a um voltímetro e verificar a diferença de potencial;
6. Repita outra vez o experimento utilizando eletrodos iguais depois registre a diferença de
potência.
7. Para verificar a equação de Nerst, se farão medições dos potenciais da pilha para
|Cu2+|: 1 M, 0,1 M e 0,01 M para |Zn2+| = 1 M em todos os casos.
|Zn2+| / M |Cu2+| / M E / V
1 1
1 0,1
1 0,01
|Zn2+| / M |Cu2+| / M E / V
1 1
0,1 1
0,01 1
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Bibliografia recomendada
1. SKOOG, D.A.; WEST, D. M.; HOLLER, F.J.; CROUCH, S. R. Fundamentos
de Química Analítica. Tradução da 8ª ed., S. Paulo: Cengage Learning, 2009.