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Eletroquímica

IFMG campus Santa Luzia


Curso de Engenharia Civil

Disciplina: Química Geral


Profª: Denise Lages Floresta
Reações de oxirredução
 O Zn adicionado ao HCl produz a reação espontânea

Zn(s) + 2 H+(aq)  Zn2+(aq) + H2(g).

 O número de oxidação do Zn aumentou de 0 para 2+.


 O número de oxidação do H reduziu de 1+ para 0.
 O Zn é oxidado a Zn2+ enquanto o H+ é reduzido a H2.
 O H+ faz com que o Zn seja oxidado e é o agente oxidante.
 O Zn faz com que o H+ seja reduzido e é o agente redutor.
 Observe que o agente redutor é oxidado e o agente oxidante
é reduzido.
Reações de oxirredução
 Balanceamento de equações
de oxirredução
 Lei da conservação de massa: a quantidade de cada elemento
presente no início da reação deve estar presente no final.
 Conservação da carga: os elétrons não são perdidos em uma
reação química.
Reações de oxirredução
 As semirreações são um meio conveniente de separar reações
de oxidação e de redução.
 Para a reação

Sn2+(aq) + 2 Fe3+(aq)  Sn4+(aq) + 2 Fe2+(aq)

 As semirreações são

Sn2+(aq)  Sn4+(aq) +2e-


2 Fe3+(aq) + 2 e-  2 Fe2+(aq)

 Oxidação: os elétrons são produtos.


 Redução: os elétrons são reagentes.
Células voltaicas
 A energia liberada em uma reação de oxirredução
espontânea é usada para executar trabalho elétrico.
 Células voltaicas ou galvânicas são aparelhos nos quais a
transferência de elétrons ocorre através de um circuito
externo.
 As células voltaicas são espontâneas.
 Se uma fita de Zn é colocada em uma solução de CuSO4,
o Cu é depositado no Zn e o Zn dissolve-se formando
Zn2+.
Células voltaicas
 À medida que ocorre a oxidação, o Zn é convertido em
Zn2+ e 2 e-. Os elétrons fluem no sentido do anodo
onde eles são usados na reação de redução.
 Espera-se que o eletrodo de Zn perca massa e que o
eletrodo de Cu ganhe massa.
 “Regras” para células voltaicas:
1. No ânodo ocorre a oxidação, os elétrons são produtos.
2. No catodo ocorre a redução, os elétrons são reagentes.
3. “Os elétrons não podem nadar”.
Células voltaicas
 Os elétrons fluem do anodo para o catodo,
consequentemente, o anodo é negativo e o catodo é positivo.
 Os elétrons não fluem através da solução, eles são
transportados por um fio externo (regra 3).
Células voltaicas
 Os ânions e os cátions movimentam-se através de uma
barreira porosa ou ponte salina.
 Os cátions movimentam-se dentro do compartimento
catódico para neutralizar o excesso de íons carregados
negativamente (Catodo: Cu2+ + 2 e-  Cu, logo, o
contra-íon do Cu está em excesso).
 Os ânions movimentam-se dentro do compartimento
anódico para neutralizar o excesso de íons de Zn2+
formados pela oxidação.
Células voltaicas
 Visão molecular dos processos do eletrodo
 Considere a reação espontânea de oxi-redução entre o Zn(s) e
o Cu2+(aq).
 Durante a reação, o Zn(s) é oxidado a Zn2+(aq) e o Cu2+(aq) é
reduzido a Cu(s).
 No nível atômico, um íon de Cu2+(aq) entra em contanto com
um átomo de Zn(s) na superfície do eletrodo.
 Dois elétrons são transferidos diretamente do Zn(s) (formando
Zn2+(aq)) para o Cu2+(aq) (formando Cu(s)).
Células voltaicas
 Visão molecular dos processos do eletrodo
Células voltaicas

Zn(s) | Zn2+ (1 M) || Cu2+ (1 M) | Cu(s)


Células voltaicas
anode cathode
oxidation reduction

spontaneous
redox reaction
Força eletromotriz de pilhas
 O fluxo de elétrons do anodo para o catodo é
espontâneo.
 Os elétrons fluem do anodo para o catodo porque o
catodo tem uma energia potencial elétrica mais baixa do
que o anodo.
 A diferença potencial elétrico é medida em volts.
 Um volt é a diferença potencial necessária para conceder
um joule de energia para uma carga de um coulomb:

1J
1V 
1C
Força eletromotriz de pilhas
 A força eletromotriz (fem) é a força necessária para
empurrar os elétrons através do circuito externo.
 Potencial de célula ou tensão da célula ou voltagem da
célula, E é a fem de uma célula.
 Para soluções 1 mol/L a 25 °C (condições padrão), a fem
padrão (potencial padrão da célula) é simbolizada por E°.
Força eletromotriz de pilhas
 Potenciais-padrão de redução (semicélula)
 Os dados eletroquímicos são convenientemente colocados em
uma tabela.
 Os potenciais padrão de redução, E°red são medidos em relação
ao eletrodo padrão de hidrogênio (EPH).
Força eletromotriz de pilhas
 Potenciais-padrão de redução (semicélula)
 O EPH é um catodo. Ele consiste de um eletrodo de Pt
em um tubo colocado em uma solução 1 mol/L de H+. O
H2 é borbulhado através do tubo.
 Para o EPH, determinamos
2 H+(aq, 1 mol/L) + 2 e-  H2(g, 1 atm)
 O E°red de zero.
 A fem de uma célula pode ser calculada a partir de
potenciais padrão de redução:

E   Ered

(cátodo)  Ered

(ánodo)
Força eletromotriz de pilhas
Força eletromotriz de pilhas
 Potenciais-padrão de redução (semicélula)
 Considere Zn(s)  Zn2+(aq) + 2 e-. Podemos medir o E em
relação ao EPH (catodo):
E = E°red (catodo) - E°red (anodo)
0,76 V = 0 V - E°red (anodo).
 Consequentemente, o E°red (anodo) = - 0,76 V.
 Os potenciais padrão de redução devem ser escritos como as
reações de redução:
Zn2+(aq) + 2 e-  Zn(s), E°red = - 0,76 V.
Força eletromotriz de pilhas
 Potenciais-padrão de redução (semicélula)
 Uma vez que o E°red = - 0,76 V, concluímos que a redução do
Zn2+ na presença do EPH não é espontânea.
 A oxidação do Zn com o EPH é espontânea.
 A variação do coeficiente estequiométrico não afeta o E°red,
portanto,

2 Zn2+(aq) + 4 e-  2 Zn(s), E°red = - 0,76 V.


Força eletromotriz de pilhas
 Potenciais-padrão de redução (semicélula)
 As reações com E°red > 0 são reduções espontâneas em
relação ao EPH.
 As reações com E°red < 0 são oxidações espontâneas em
relação ao EPH.
 Quanto maior a diferença entre os valores de E°red, maior é o
E° da célula.
 Em uma célula (espontânea) voltaica (galvânica) o E°red(catodo)
é mais positivo do que E°red(anodo).
 Lembre-se

E   Ered

(cátodo )  Ered

(ánodo)
Força eletromotriz de pilhas
Tabela de
potenciais padrão
Potenciais padrão de
redução à 25 °C.

4 OH-(aq)
Exercício 18.2
 Preveja o que acontecerá ao adicionar bromo, Br2(g), a
uma solução contendo NaCl e NaI a 25°C. Admita que
todas as espécies estão no estado padrão.

 O Sn pode reduzir o Zn2+ em condições padrão?


Exercício 18.3
 Uma célula galvânica é constituída por um eletrodo de
Mg mergulhado em uma solução de 1,0 M de Mg(NO3)2 e
por um eletrodo de Ag mergulhado em solução 1,0 M de
AgNO3. Calcule a fem padrão da célula a 25 °C.

 Qual é a fem padrão de uma célula galvânica constituída


por um eletrodo de Cd mergulhado em uma solução
1,0M de Cd(NO3)2 e por um eletrodo de Cr mergulhado
em uma solução 1,0 M de Cr(NO3)3 a 25 °C?
Agentes oxidantes e redutores
 Numa semiequação de
redução:
 Quanto mais positivo o E°red
mais forte é o agente oxidante,
ou seja, o reagente à esquerda
da seta.
 Quanto mais negativo o E°red ,
mais forte é o agente redutor, a
espécie à direita da seta.
 Uma espécie na parte esquerda
superior da tabela de
potenciais padrão de redução
oxidará espontaneamente uma
espécie que está na parte
direita inferior da tabela.
 Isto é, o F2 oxidará o H2 ou o
Li; o Ni2+ oxidará o Al(s).
Exercício
Termodinâmica de reações redox
 Em uma pilha, energia química é convertida em energia
elétrica para produzir trabalho elétrico.
 A energia elétrica é o produto da fem da célula pela carga
total que atravessa a célula:
energia elétrica = fem. carga total
carga total = número de e- x carga de um e-
 É conveniente que a carga total seja expressa em
quantidades molares, ou seja, em Faraday (F):
1 Faraday (1 F) = carga de um mol de e-
1 F = 6,022 x 1023 ∙ 1,602 x 10-19 C/e-
1 F = 96485 C/mol de e-
 E então, carga total é dada por nF.
Termodinâmica de reações redox
 O trabalho elétrico máximo que a pilha pode realizar
sobre a vizinhança dado pelo produto da fem da célula
pela carga elétrica total. Por convenção, o trabalho
realizado pela célula sobre as vizinhanças é dado com
sinal negativo, logo
Trabalho elétrico = - carga total.fem
Trabalho elétrico = -nFE
 A energia livre de Gibbs (G) é definida como a energia
disponível para realizar trabalho. O ∆G representa a
quantidade máxima de trabalho útil que pode ser obtida
por uma reação. Portanto,
∆G = -nFE
Termodinâmica de reações redox
 Em uma reação espontânea, o ∆G é negativo. Como n e F
são positivos, para que a reação seja espontânea, E
também tem que ser positiva.
∆G = -nFE
 Se as espécies envolvidas estiverem no estado padrão,
então
∆G° = -nFE°
 Conclui-se então que em uma célula voltaica o E°red
(catodo) é mais positivo do que o E°red (anodo) uma vez
que
 Um E° positivo indica um processo espontâneo (célula
galvânica).
 Um E° negativo indica um processo não-espontâneo.
Espontaneidade de reações redox
 O potencial da célula, E° pode ser relacionado também à
constante de equilíbrio (K) de uma reação redox da seguinte
maneira:
DG° = -RT ln K e DG° = -nFE°
-nFE° = -RT ln K
𝑅𝑇
E° = ln K
𝑛𝐹
 A 298 K, podemos substituir R e K pelos respectivos valores
𝐽
8,314𝐾 ∙298 𝐾 0,0257 V
E° = 𝐽 ln K  E° =
𝑛
ln K
𝑛∙96500 ∙𝑚𝑜𝑙
𝑉

 Convertendo de logaritmo natural para decimal


0,0592 V
E° = log K
𝑛
Espontaneidade de reações redox
Exercício 18.4
 Calcule a constante de equilíbrio para a seguinte reação a
25 °C:

Sn(s) + 2 Cu2+(aq) ⇌ Sn2+(aq) + 2 Cu+(aq)

 Calcule a constante de equilíbrio para a seguinte reação:

2 Ag(s) + Fe2+(aq) ⇌ 2 Ag+(aq) + Fe(s)


Exercício 18.5
 Calcule a variação de energia livre padrão associada à
seguinte reação a 25 °C.

2 Au(s) + 3 Ca2+(1 mol/L) ⇌ 2 Au3+(1 mol/L) + 3 Ca(s)

 Calcule ∆G° para a seguinte reação a 25 °C.

3 Mg(s) + 2 Al3+(aq) ⇌ 3 Mg2+(aq) + 2 Al(s)


Efeito da concentração na fem da pilha
 Equação de Nerst: pode-se relacionar a fem de uma célula e as
concentrações de reagentes e produtos quando não se está
trabalhando nas condições padrão. Da termodinâmica tem-se
DG = DG° + RT ln Q

onde Q é o quociente entre as concentrações do produtos sobre as


concentrações dos reagentes, expressas em mol/L

 Considerando que ∆G = - nFE e ∆G° = - nFE°, então

-nFE = -nFE° + RT ln Q

 Dividindo-se os dois membros da equação por -nF chega-se a


equação de Nerst
𝑅𝑇
E = E° - ln Q
a 298 K 𝑛𝐹 em logaritmos decimal
0,0257 V 0,0592 V
E = E° - ln Q E = E° - log Q
𝑛 𝑛
Exercício 18.6
 Preveja se a reação seguinte ocorreria espontaneamente a
298 K, sabendo que [Co2+] = 0,15 mol/L e [Fe2+] = 0,68
mol/L.

Co(s) + Fe2+(aq) ⇌ Co2+(aq) + Fe(s)

 A seguinte reação ocorrera espontaneamente a 25 °C, tendo


em conta que [Fe2+] = 0,60 M e [Cd2+] = 0,010 M?

Cd(s) + Fe2+(aq) ⇌ Cd2+(aq) + Fe(s)


Exercício 18.7
 Considere a célula galvânica  Qual é a fem de uma célula
representada na figura. A fem foi galvânica constituída pela
medida a 25 °C, tendo-se obtido semicélulas Cd2+/Cd e Pt/H+/H2 se
o valor de 0,54 V. Considere que [Cd2+] = 0,20 M, [H+] = 0,16 M e
[Zn2+] = 1,0 mol/L e que P(H2) = 0,80 atm?
P(H2) = 1,0 atm. Calcule a
concentração molar de H+.
Efeito da concentração na fem da pilha
 Fem da célula e equilíbrio químico
 Um sistema está em equilíbrio quando ∆G = 0.
 A partir da equação de Nernst, no equilíbrio e a 298 K
(E = 0 V):
0,0257 V
E = E° - ln Q
𝑛

0,257 V
0 = E° - ln Q
𝑛

𝑛𝐸° 𝑛𝐸°
ln Q = ou log Q =
0,0257 0,0592
Efeito da concentração na fem da pilha
 Pilhas de concentração
 Podemos usar a equação de Nernst para produzir uma célula
que tem uma fem baseada apenas na diferença de
concentração.
 Um compartimento consistirá de uma solução concentrada,
enquanto o outro tem uma solução diluída. Exemplo:
Ni2+(aq) 1,00 mol/L e Ni2+(aq) 1,00 x10-3 mol/L.
 A célula tende a igualar as concentrações do Ni2+(aq) em cada
compartimento.
 A solução concentrada tem que reduzir a quantidade de
Ni2+(aq) (para Ni(s)), logo, deve ser o catodo.
Efeito da concentração na fem da pilha
 Pilhas de concentração

0,0257 V [ ]𝑑𝑖𝑙 0,0257 V 1,0 𝑥 10−3


E = E° - ln E=0- ln
2 [ ]𝑐𝑜𝑛𝑐 2 1,00

E = 0,0888 V
Exercício
 Calcule o potencial da pilha indicada a seguir

Zn(s) | Zn2+ (0,10 mol/L) || Zn2+ (1,0 mol/L) | Zn(s)


Baterias ou pilhas
 Uma bateria é um
recipiente contendo uma
fonte de força
eletroquímica com uma
ou mais células voltaicas.
 Quando as células são
conectadas em série,
maiores fems podem ser
alcançadas.
Baterias ou pilhas

 Pilhas alcalinas

 Anodo: pó de Zn misturado em um gel em contado com uma


tampa metálica.
 Catodo: pasta de MnO2, NH4Cl e C em contado com o bastão
de grafite no centro:
 Em uma bateria alcalina, o NH4Cl é substituído por KOH.
Ânodo: Zn(s)  Zn2+(aq) + 2e-
Cátodo: 2 NH4+(aq) + 2 MnO2(s) + 2 e-  Mn2O3(s) + 2 NH3(aq) + 2 H2O(l)
Zn(s) + 2 NH4+(aq) + 2 MnO2(s)  Zn2+(aq) + Mn2O3(s) + 2 NH3(aq) + 2 H2O(l)
Baterias ou pilhas

 Bateria de mercúrio

Ânodo: Zn(Hg) + 2 OH-(aq)  ZnO(s) + H2O(l) + 2 e-

Cátodo: HgO(s) + H2O(l) + 2 e-  Hg(l) + 2 OH-(aq)

Zn(Hg) + HgO(s)  ZnO(s) + Hg(l)


Baterias ou pilhas
 Bateria de chumbo e ácido: uma bateria de carro de 12 V
consiste de 6 pares de catodo/anodo, cada um
produzindo 2 V.
 Cátodo: PbO2 em uma grade de metal em ácido sulfúrico:
PbO2(s) + SO42-(aq) + 4 H+(aq) + 2 e-  PbSO4(s) + 2 H2O(l)
 Anodo: Pb:
Pb(s) + SO42-(aq)  PbSO4(s) + 2 e-
 Espaçadores de madeira ou fibra
de vidro são usados para evitar
que os eletrodos se toquem.
Baterias ou pilhas

 Bateria de chumbo ácido

Ânodo: Pb(s) + SO42-(aq)  PbSO4(s) + 2e- E° = + 0,356 V

Cátodo: PbO2(s) + 4 H+(aq) + SO42-(aq) + 2e-  PbSO4(s) + 2 H2O(l) E° = +1,685 V

Pb(s) + PbO2(s) + 4 H+(aq) + 2 SO42-(aq)  2 PbSO4(s) + 2 H2O(l) E° = + 2,041 V


Baterias ou pilhas
 Bateria de lítio

Ânodo: Li(s)  Li+ + e-

Cátodo: Li+ + CoO2 + e-  LiCoO2(s)

Li(s) + CoO2  LiCoO2(s) E° = 3,4 V


Baterias ou pilhas
 Células de combustível: a produção direta de eletricidade a
partir de combustíveis ocorre em uma célula de combustível.
 Nos voos à lua da Apollo a célula de combustível H2-O2 era a
fonte primária de eletricidade.

Ânodo: 2 H2(g) + 4 OH-(aq)  4 H2O(l) + 4 e-


Cátodo: 2 H2O(l) + O2(g) + 4 e-  4 OH-(aq)

2 H2(g) + O2(g)  2 H2O(l)

E° = E°red(cátodo) – E°red(ânodo)
E° = 0,40 V – (-0,83 V)
E° = 1,23 V
Baterias ou pilhas
 Célula combustível de hidrogênio-oxigênio
Corrosão
 Corrosão: deterioração de
metais por meio de um
processo eletroquímico.
Corrosão
 Corrosão do ferro: uma vez que E°red(Fe2+) < E°red(O2),
o ferro pode ser oxidado pelo oxigênio.

Cátodo: O2(g) + 4 H+(aq) + 4 e-  2 H2O(l).


Ânodo: Fe(s)  Fe2+(aq) + 2 e-.

 O oxigênio dissolvido em água normalmente provoca a


oxidação de ferro.
 O Fe2+ inicialmente formado pode ser ainda mais oxidado
a Fe3+, que forma a ferrugem, Fe2O3. xH2O(s).
 A oxidação ocorre no local com a maior concentração de
O2.
Corrosão
 Corrosão do ferro
Corrosão
 Prevenindo a corrosão do ferro:
a corrosão pode ser impedida
através do revestimento do ferro
com tinta ou um outro metal.
 O ferro galvanizado é revestido
com uma fina camada de zinco.
 O zinco protege o ferro uma vez
que o Zn é o anodo e Fe é o
catodo:
 Zn2+(aq) + 2 e-  Zn(s), E°red = - 0,76 V
 Fe2+(aq) + 2e-  Fe(s), E°red = - 0,44 V
 Com os potenciais padrão de
redução acima, o Zn é mais
facilmente oxidável do que o Fe.
Corrosão
 Prevenindo a corrosão do ferro:
para a proteção do encana-
mento subterrâneo, um anodo
de sacrifício é adicionado.
 O tubo de água é transformado
no catodo e um metal ativo é
usado como o anodo.
 Frequentemente, o Mg é usado
como o anodo de sacrifício:
 Mg2+(aq) + 2 e-  Mg(s), E°red = - 2,37 V
 Fe2+(aq) + 2 e-  Fe(s), E°red = - 0,44 V
Exercício
Eletrólise ígnea
 As reações não espontâneas necessitam de uma corrente
externa para fazer com que a reação ocorra.
 Eletrólise é processo no qual energia elétrica é utilizada
para promover uma reação química não espontânea.
 Nas células voltaicas e eletrolíticas as reações que
ocorrem nos eletrodos são as mesmas:
 a redução ocorre no catodo e
 a oxidação ocorre no anodo.
 No entanto, em células eletrolíticas, os elétrons são
forçados a fluir do anodo para o catodo.
 Então, ao contrário das células galvânicas, nas células
eletrolíticas, o anodo é positivo e o catodo é negativo.
Eletrólise ígnea
 A eletrólise do cloreto de sódio fundido:
Eletrólise ígnea

 A eletrólise do cloreto de
sódio fundido

E° = E°red(cátodo – E°red(ânodo)
E° = - 2,71 – (1,36) = - 4,07 V

Anodo: 2 Cl-(ℓ)  Cl2(g) + 2 e- E° = - 1,36 V


Cátodo: 2 Na+(ℓ) + 2 e-  2 Na(ℓ) E° = - 2,71 V
2 Na+(ℓ) + 2 Cl-(ℓ)  2 Na(ℓ) + Cl2(g) E° = - 4,07 V
Eletrólise ígnea
 A obtenção de alumínio metálico
 No passado o processor era cara e ineficiente, por isso o
alumínio era um metal raro:
 Al2O3(s) + 6 HCl(aq)  4 AlCl3(aq) + 3 H2O(l)
 AlCl3(aq) + 3 K(s)  3 KCl(s) + Al(s)

 Atualmente utiliza-se o processo Hall-Héroult eletrólise


da alumina:
 O uso do fundente criolita (Na3AlF6) para baixar a tempe-
ratura de fusão do óxido de alumínio para cerca de 1000 °C.

http://www.brasilescola.com/quimica/obtencao-aluminio-por-meio-eletrolise.htm
Eletrólise ígnea
 A obtenção do alumínio
metálico

2 Al2O3(ℓ)  4 Al3+(ℓ) + 6 O2-(g)


Cátodo: 4 Al3+(ℓ) + 12 e-  4 Al(ℓ)
Ânodo: 6 O2-(ℓ)  12 e- + 3 O2(g)
3 O2(g) + 3 C(s)  CO2(g)
2 Al2O3(ℓ) + 3 C(s)  4 Al(s) + CO2(g)
Eletrólise de soluções aquosas
 Eletrólise da água

2 H2O(ℓ)  2 H2(g) + O2(g) DG° = 474,4 kJ/mol


Exercício
Eletrólise de soluções aquosas
 Eletrólise do NaCl dissolvido em água: as espécies
presentes são Na+, Cl-, H2O, H+ e OH-.
Oxidação E°/V Redução E°/V
2 Cl-(aq)  Cl2(aq) + 2 e- - 1,36 2 H+(aq) + 2 e-  H2(g) 0,00
2 H2O(ℓ)  O2(g) + 4 H+(aq) + 4 e- - 1,23 2 H2O(ℓ) + 2 e-  H2(g) + 2 OH-(aq) - 0,83
OH-(aq)  O2(g) + H+(aq) + 4 e- - 0,40 Na+(aq) + e-  Na(s) - 2,71

Ânodo: 2 Cl-(aq)  Cl2(aq) + 2 e- E° = - 1,36 V


Cátodo: 2 H2O(ℓ) + 2 e-  H2(g) + 2 OH-(aq) E° = - 0,83 V
2 Cl-(aq) + 2 H2O(ℓ)  Cl2(aq) + H2(g) + 2 OH-(aq) E° = - 2,19 V
Eletrólise em solução aquosa
Facilidade de descarga no Facilidade de descarga no
cátodo (redução) ânodo (oxidação)
ânions não oxigenados, exceto
demais cátions
fluoreto
(Au3+, Cr3+, Zn2+ etc)
(Cl-, Br-, I- etc)

H+ OH-

H2O H2O

alcalinos, alcalinos terrosos e


ânions oxigenados e fluoreto
alumínio
(SO42-, NO3-, F- etc)
(Na+, Mg2+, Al3+ etc)
Exercício 18.8
 Uma solução aquosa de
Na2SO4 foi eletrolisada
usando a instalação
mostrada na figura. Se os
produtos formados no
ânodo e no cátodo forem,
respectivamente, oxigênio
gasoso e hidrogênio gasoso,
descreva a eletrólise em
termos das reações que
ocorrem nos eletrodos.

 Uma solução de Mg(NO3)2 é


eletrolisada. Quais produtos
se formam no ânodo e no
cátodo?
64
Eletrólise em solução aquosa
 Eletrólise com eletrodos ativos:
os eletrodos fazem parte da
eletrólise.
 Exemplo: a galvanização
eletrolítica.
 Considere um eletrodo de Ni
ativo e um outro eletrodo
metálico colocado em uma
solução aquosa de NiSO4:
 ânodo: Ni(s)  Ni2+(aq) + 2e-
 cátodo: Ni2+(aq) + 2 e-  Ni(s).
 O Ni se deposita no eletrodo
inerte.
 A galvanoplastia é importante
para a proteção de objetos
contra a corrosão.
Exercício
 Com o objetivo de fazer a douragem de uma peça
metálica, faça o esquema da eletrólise, considerando que
será utilizada uma solução de Au(NO3)3.
Aspectos quantitativos da eletrólise
 O tratamento quantitativo da eletrólise foi desenvolvido
por Faraday.
 Ele verificou que a massa de produto formado ou de
reagente consumido é proporcional à massa molar da
substância em questão e à carga transferida no eletrodo.
 Considere a redução do Cu2+ a Cu.
 Cu2+(aq) + 2 e-  Cu(s).
 2 mol de elétrons se depositarão em 1 mol de Cu.
 A carga de 1 mol de elétrons é 96.500 C (1 F).
 Uma vez que Q = i.t, a quantidade de Cu pode ser calculada
pela corrente (i) e tempo (t) levado para a deposição.
Aspectos quantitativos da eletrólise
 Matematicamente: corrente (A) e tempo (s)

𝑄 = 𝑖 ∙ 𝑡 e 𝑄 = 𝑛(𝑒 − ) ∙ 𝐹 Produto de corrente e tempo

quantidade de carga (C)

𝑖 ∙ 𝑡 = 𝑛(𝑒 − ) ∙ 𝐹, Dividido pela constante de Faraday

número de mols de elétrons


𝑚∙𝑥 (ne-)
mas 𝑛(𝑒 − ) =
𝑀 Usar a razão molar na reação da semicélula

número de mols de substância


oxidada ou reduzida (n)
massa 𝑚∙𝑥 carga
𝑖∙𝑡 = ∙𝐹
𝑀 Usar massa molar ou a equação dos gases

massa (g) ou volume (L) de


substância oxidada ou reduzida
massa molar
Exercício 18.9
 Uma corrente de 1,26 A  Uma corrente constante
passa por uma célula passa por uma célula
eletrolítica contendo uma eletrolítica contendo
solução diluída de ácido MgCl2 durante 18 h.
sulfúrico durante 7,44 h. Calcule a intensidade da
Escreva as reações de corrente em ampères,
semicélula e calcule o sabendo que foram
volume de gases liberados obtidos 4,8 x 105 g de Cl2.
nas CPTP.
Química em ação
 O mal estar causado pelas
amálgamas dentárias:
 Hg22+/Ag2Hg3 E° = 0,85 V

 Sn2+/Ag3Sn E° = -0,05 V

 Sn2+/Ag3Sn E° = -0,05 V

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