Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Natal/RN
2021
1
SEBASTIÃO ÂNDERSON DANTAS DA SILVA
Natal/RN
2021
2
Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN
Sistema de Bibliotecas - SISBI
Catalogação de Publicação na Fonte. UFRN - Biblioteca Setorial do Centro Ciências da Saúde - CCS
3
SEBASTIÃO ÂNDERSON DANTAS DA SILVA
BANCA EXAMINADORA
4
AGRADECIMENTOS
5
– O que significa “domesticar”? – disse o
pequeno príncipe.
– É uma coisa sempre esquecida – disse a
raposa. – Significa “criar laços...”
7
em gelatina. A análise térmica indicou estabilidade em temperatura inferior a 54 ºC,
sugerindo preservação das micropartículas a temperatura ambiente. Por fim, as
micropartículas de L. acidophilus em gelatina foram estáveis durante 120 dias de
armazenamento a 5 ºC [12,2 (0,1) Log UFC/g] e 25 ºC [10,7 (0,6) Log UFC/g] (p >
0,05). Assim, constatou-se que a microencapsulação em gelatina por emulsificação
O/A é uma estratégia adequada e favorável à proteção e estabilidade das bactérias
probióticas, viabilizando futuras aplicações na área de alimentos.
Palavras-Chave: Alimentos Funcionais, Probiótico, Encapsulação, Emulsificação.
8
ABSTRACT
9
gelatin were stable for 120 days of storage at 5 ºC [12.2 (0.1) Log CFU/g] and 25 ºC
[10.7 (0.6) Log CFU/g] (p > 0.05). Thus, it was found that microencapsulation in gelatin
by O/W emulsification is an adequate and favorable strategy for the protection and
stability of probiotic bacteria, enabling future applications in the food area.
Key words: Functional Foods, Probiotics, Encapsulation, Emulsification.
10
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
11
LISTA DE TABELAS
12
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................ 15
2 OBJETIVO ...................................................................................................... 18
2.1 OBJETIVO GERAL ...................................................................................... 18
2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ........................................................................ 18
3 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA .......................................................................... 19
3.1 ALIMENTOS FUNCIONAIS ......................................................................... 19
3.2 PROBIÓTICOS ............................................................................................ 19
3.2.1 Família Lactobacillaceae ........................................................................ 21
3.2.1.1 Lactobacillus acidophilus ....................................................................... 22
3.2.1.2 Lactiplantibacillus plantarum .................................................................. 23
3.3 ENCAPSULAÇÃO ....................................................................................... 24
3.3.1 Técnicas de encapsulamento para probióticos .................................... 26
3.4 AGENTES ENCAPSULANTES .................................................................... 28
3.4.1 Alginato .................................................................................................... 29
3.4.2 Gelatina .................................................................................................... 30
4 METODOLOGIA ............................................................................................. 32
4.1 MATERIAIS .................................................................................................. 32
4.2 MICRORGANISMOS ................................................................................... 32
4.2.1 Ativação dos microrganismos ............................................................... 32
4.3 ENCAPSULAÇÃO DOS PROBIÓTICOS ..................................................... 33
4.3.1 Obtenção das formulações contendo os probióticos .......................... 33
4.4 CARACTERIZAÇÃO DAS FORMULAÇÕES OBTIDAS ............................... 35
4.4.1 Microscopia Eletrônica de Varredura .................................................... 35
4.4.2 Difração a laser ........................................................................................ 35
4.4.3 Espectroscopia no Infravermelho por Transformada de Fourier
(FTIR) ................................................................................................................ 35
4.4.4 Difração de raio X (DRX) ......................................................................... 36
4.5 ENUMERAÇÃO DAS CÉLULAS VIÁVEIS E DETERMINAÇÃO DA
EFICIÊNCIA DE INCORPORAÇÃO .................................................................. 36
4.6 ENSAIO DE DISPERSIBILIDADE ................................................................ 37
13
4.7 TERMOGRAVIMETRIA (TG) E ANÁLISE TÉRMICA DIFERENCIAL (DTA) 38
14
1 INTRODUÇÃO
A preocupação com a alimentação está cada vez mais presente na
população mundial nas últimas décadas. Tal fato é atribuído aos inúmeros benefícios
que os alimentos podem exercer sobre a saúde dos indivíduos. Diante dessa
realidade, o setor de alimentos funcionais ganhou destaque, representando uma das
categorias mais dinâmicas e inovadoras da indústria de alimentos 1, principalmente
quando se trata de probióticos.
Probióticos são definidos pela Organização das Nações Unidas para a
Alimentação e Agricultura (FAO) como "microrganismos viáveis que, quando
administrados em quantidades adequadas, conferem benefícios à saúde do
hospedeiro"2. Entre os microrganismos comumente utilizados pela indústria de
alimentos destacam-se os gêneros Bifidobacterium e Lactobacillus2.
Para produzir os efeitos benéficos à saúde, os probióticos precisam ser
capazes de sobreviver e se multiplicar no hospedeiro3. Assim, devem ser
metabolicamente estáveis e ativos durante toda a vida de prateleira do produto, além
de sobreviver à passagem pelo trato gastrointestinal (TGI) em número mínimo de 107
a 109 de Unidades Formadoras de Colônias (UFC) por grama (g) ou mililitro (mL)4.
Contudo, após a administração de um probiótico, muitas linhagens podem apresentar
perdas consideráveis de viabilidade à medida que encontram as condições adversas
do TGI, como pH ácido do estômago, presença de enzimas digestivas e sais biliares 5.
Além disso, ao se multiplicarem na matriz alimentar, as linhagens probióticas podem
produzir atributos sensoriais indesejados, o que implica em produtos com menor
aceitação6.
Considerando as limitações de sobrevivência dos probióticos livres, a
encapsulação apresenta-se como uma solução simples e eficiente para melhorar a
sobrevivência desses microrganismos em produtos alimentícios, tanto durante o
processamento e armazenamento, quanto durante a passagem pelo TGI 7. Nesse
contexto, a encapsulação é uma estratégia capaz de promover a proteção de
substâncias bioativas frente a fatores extrínsecos, tais como temperatura, pH,
presença de oxigênio e luz, digestão enzimática, além de evitar a multiplicação
probiótica no alimento e as alterações dos atributos sensoriais deste8. Ademais, a
encapsulação pode proporcionar a liberação em local específico a uma velocidade
15
controlada, bem como preservar ou potencializar o efeito das substâncias
encapsuladas9.
A seleção da técnica de encapsulação depende de fatores, tais como
características físicas e químicas do núcleo, e dos materiais de revestimento ou da
matriz alimentar a ser utilizada10. Dentre as técnicas, a extrusão, emulsificação e
secagem por spray-dryer são as mais utilizadas para encapsulamento de bactérias
ácido lácticas (LAB)10. Por meio da técnica de emulsificação é possível aumentar a
escala de produção com facilidade, além disso, a mesma contribui para a alta taxa de
sobrevivência bacteriana em partículas com menor diâmetro (25 µm - 2 mm)10.
Muitos agentes encapsulantes, como pectina, alginato, carragenina,
quitosana, proteínas do soro de leite, gelatina e amido têm sido usados para
encapsulação de bactérias probióticas e outros componentes bioativos 9. Neste
sentido, o alginato é um biopolímero derivado de algas marrons (Kelp), formado
principalmente pelos ácidos β-D-manurônico e α-L-gulurônico10. Esse polímero
apresenta simplicidade estrutural, ausência de toxicidade, biocompatibilidade e baixo
custo. Com isso, é uma matriz amplamente utilizada para encapsular probióticos por
diferentes técnicas, como emulsificação ou extrusão.
A gelatina é formada por uma mistura complexa de polipeptídeos de fita
simples ou múltipla, que também pode ser utilizada na encapsulação probiótica 10. Na
forma pura, apresenta-se translúcida, quebradiça, incolor ou levemente amarelada,
insípida e inodora10. É útil como um agente gelificante termicamente reversível para
encapsulação, devido à natureza anfotérica, e possibilidade de cooperação com
polissacarídeos aniônicos11, como o alginato.
Estudos anteriores mostram que a encapsulação representa a principal
alternativa para preservação da viabilidade probiótica em produtos alimentícios 9,12,13.
Além disso, a adequada seleção de agentes encapsulantes e técnicas de
encapsulação torna-se crucial para garantir a preservação das características
morfológicas e funcionais dos probióticos14, principalmente quando aplicados a
matrizes alimentares. Porém, existem poucos estudos descritos na literatura que
promovam a encapsulação de probióticos por emulsificação óleo em água (O/A).
Neste sentido, o presente estudo partiu da hipótese que os polímeros
alginato de sódio e gelatina suína são potenciais agentes para promover a
microencapsulação de Lactobacillus acidophilus e Lactiplantibacillus plantarum por
16
emulsificação O/A. Assim, espera-se que os microrganismos encapsulados
apresentem estabilidade durante o período de armazenamento.
17
2 OBJETIVOS
18
3 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
3.2 PROBIÓTICOS
Probióticos são definidos como “microrganismos vivos que, quando
administrados em quantidades adequadas, conferem um benefício à saúde do
hospedeiro”, de acordo com a Organização para a Alimentação e Agricultura (FAO)
das Nações Unidas e a Organização Mundial da Saúde (OMS)22. Os mesmos estão
disponíveis na forma de pó, líquido, grânulos, gel, pasta e geralmente são
apresentados na forma de cápsulas, sachês, entre outros23.
19
Binda et al. (2020)24 destacaram critérios mínimos necessários para o uso
adequado do termo probiótico. Todavia, para ser considerada com uma cepa
probiótica, um microrganismo deve:
a) Ser suficientemente caracterizado de acordo com a nomenclatura bacteriana
atualmente vigente;
b) Ser seguro para o uso pretendido, mediante a história documentada de uso;
c) Ter pelo menos um ensaio clínico positivo em humanos conduzido de acordo
com os padrões científicos geralmente aceitos com base em protocolos e
diretrizes;
d) Estar vivo em número suficiente no produto com dose eficaz ao longo da vida
útil.
O consumo de probióticos está associado a muitas vantagens para a
saúde, como, estimular o crescimento da microbiota intestinal, produzir substâncias
antimicrobianas que eliminem bactérias potencialmente nocivas, reforçar o sistema
imunológico do corpo25, entre outros benefícios.
Neste sentido, cepas probióticas podem interagir com a microbiota
intestinal por meio da competição por nutrientes, antagonismo, entre outras 26. O
antagonismo acontece em parte devido ao metabolismo sacarolítico, que produz
ácidos, mas também pela produção de bacteriocinas27. Esses compostos
antimicrobianos podem ser ativos contra patógenos em muitos locais, incluindo o trato
urinário humano e o intestino de humanos e animais28,29.
Enzimas microbianas, como β-galactosidase30 e hidrolases de sais
biliares31, produzidas e liberadas por algumas linhagens probióticas, atuam
melhorando a digestão da lactose e o perfil lipídico em humanos32. Além disso, alguns
probióticos aumentam a fagocitose ou atividade de células do tipo natural killer (NK),
e interagem diretamente com células dendríticas33. Algumas linhagens também
demonstram capacidade de regular positivamente a produção de anticorpos
traduzindo-se em melhor defesa contra patógenos, aumentando as respostas às
vacinas34–36. Cepas probióticas podem aumentar os níveis de citocinas anti-
inflamatórias, como Fator de Necrose Tumoral (TNF) com implicações na redução do
câncer de cólon e colite33,37.
Outro mecanismo de atuação probiótica é a produção de ácidos orgânicos.
Espécies pertencentes aos gêneros Lactobacillus e Bifidobacterium produzem ácido
20
láctico e ácido acético como produtos do metabolismo de carboidratos 32. Esses ácidos
orgânicos, quando produzidos localmente diminuem o pH luminal, e
consequentemente, limitam o crescimento de patógenos no TGI32.
Uma das inúmeras aplicações dos probióticos inclui o tratamento não
farmacológico das doenças inflamatórias intestinais38. Além disso, os efeitos
modulatórios na resposta imune sistêmica podem levar a resultados positivos em
casos como distúrbios sistêmicos (alergias)39, doenças inflamatórias40, síndrome do
intestino irritável41, infecções por Helicobacter pylori e diarreia associada a
antibióticos42.
Alguns benefícios dos probióticos em humanos já foram mostrados em
vários ensaios clínicos randomizados, como, prevenção de enterocolite necrosante43,
dermatite atópica/hipersensibilidade alimentar em bebês44, melhora de sintomas de
constipação ocasional45, redução de incidência e duração de doenças infecciosas
comuns (trato respiratório superior e gastrointestinal) de adultos e crianças 46, redução
do colesterol LDL47 e melhoria de sintomas de intolerância à lactose em crianças e
adultos48.
Os microrganismos com propriedades probióticas pertencem a diferentes
gêneros e espécies de bactérias como, Bifidobacterium (B. adolescentis, B. animalis,
B. bifidum, B. breve, B. infantis, B. lactis, B. longum, B. pseudolongum)49, Lactobacillus
(L. acidophilus, L. amylovorus, L. casei, L. crispatus, L. delbrueckii subsp. Bulgaricus,
L. gasseri L. johnsonii, L. paracasei, L. plantarum, L. reuteri, L. rhamnosus, L.
salivarius)49, e leveduras (Saccharomyces spp., Saccharomyces boluradii)50 sendo
seus efeitos dependentes da linhagem. No gênero Lactobacillus51, a família
Lactobacillaceae destaca-se por apresentar várias espécies com potencial probiótico,
proporcionando benefícios à saúde para o hospedeiro51.
3.3 ENCAPSULAÇÃO
O processo de encapsulamento envolve o aprisionamento da substância
ativa em um material de parede, produzindo partículas em escalas variáveis10. No
encapsulamento, há duas partes bem definidas, a substância encapsulada que é o
material do núcleo, e a matriz que é o revestimento ou invólucro (material da parede)
atuando como uma barreira para proteger a substância encapsulada72.
O encapsulamento é utilizado nos setores de alimentos como uma barreira
eficaz para ingredientes líquidos e sólidos contra diversos parâmetros ambientais
(oxigênio, luz, radicais livres etc.)73. Com base no tamanho obtido, as formulações
podem ser classificadas em micropartículas, que geralmente variam de 1 a 1000 μm74,
e nanopartículas, que se referem a materiais funcionais em uma escala de diâmetro
inferior a 100 nm75,76.
Além disso, podem ser classificadas quanto ao tipo da partícula, ou seja,
cápsulas ou esferas. Como mostrado na Figura 1, as cápsulas são partículas
constituídas por um núcleo interno, substancialmente central, contendo a substância
ativa, que é recoberta por uma camada de agente encapsulante que constitui a
membrana da cápsula77. Podem ser ainda do tipo mononucleares e polinucleares
diferenciadas pela divisão do núcleo78. Em contraste, as esferas são sistemas de
matriz em que o núcleo está uniformemente disperso e/ou dissolvido em uma rede
polimérica (agente encapsulante)77. As esferas podem ser homogêneas ou
heterogêneas dependendo se o núcleo está no estado molecular (dissolvido) ou na
forma de partículas (suspensas), respectivamente79.
24
Figura 1. Representação de micropartículas funcionais (microcápsula e microesfera). Fonte: autoria
própria.
25
Em uma partícula carregada com um ou mais ingredientes bioativos, as
principais propriedades funcionais incluem eficiência de encapsulação, tamanho e
morfologia das partículas obtidas, estabilidade sob armazenamento e características
de liberação in vitro e in vivo74. O tamanho da partícula difere em uma ampla faixa, de
acordo com fatores como a variação das técnicas de encapsulamento, a quantidade
e concentração dos materiais do núcleo, do invólucro, entre outros 74.
Muitas técnicas de encapsulamento são usadas para produzir partículas
contendo probióticos56. No entanto, no momento da escolha da técnica a ser utilizada,
é extremamente necessário levar em consideração o processo não agressivo,
garantindo suficiente viabilidade das células encapsuladas e ter estabilidade mecânica
compatível com a finalidade da aplicação80.
28
3.4.1 Alginato
O alginato é um heteropolissacarídeo linear, extraído de algas marrons e
constituído de resíduos de ácido D-manurônico (M) unidos por ligações β- (1 → 4), e
resíduos de ácido L-gulurônico (G) unidos por ligações α- (1 → 4) (Figura 2). Portanto,
a estrutura básica do alginato é composta por unidades de polímero não ramificadas
e por monômeros dispostos em blocos de resíduos M e G intercalados com regiões
contendo sequências M − G alternadas dentro da estrutura94,95.
Este polímero está disponível comercialmente em uma ampla gama de
massa molecular, que varia de dezenas a centenas de kilodaltons 96, sendo
particularmente adequado para encapsulação bacteriana, devido a suas condições
gelificantes, status GRAS (geralmente reconhecido como seguro) e ausência de
toxicidade97. Notavelmente, devido à presença de grupos de ácido carboxílico em
ambos os monômeros, o alginato carrega uma carga negativa acima de sua constante
de dissociação ácida (pKa na faixa de 3,3–3,5)98.
Pesquisas realizadas até o momento demonstram as propriedades úteis do
alginato como um veículo de liberação entérica, devido ao caráter ácido-gel e pH
abaixo de seu pKa (3,3–3,5), resultado da protonação dos grupos ácidos98. Assim,
revestimento, ou incorporação, de outros materiais nas microcápsulas de alginato é
uma direção popular para a pesquisa de encapsulação probiótica 98. Juntamente com
a proteção que esses revestimentos podem oferecer aos microrganismos, outras
propriedades benéficas também podem ser transmitidas, como dar maior controle
sobre a liberação bacteriana98.
Holkem et al. (2017)99 demonstraram que a encapsulação de
Bifidobacterium BB-12 por emulsificação/gelificação interna usando alginato de sódio
conferiram proteção eficaz sob condições gastrointestinais simuladas, e estabilidade
por 120 dias de armazenamento sob congelamento (7,31 Log UFC/g).
29
Figura 2. Complexos estruturais do alginato. GG: blocos do ácido L-gulurônico (G). MM: blocos do
ácido D-manurônico. MGM: blocos dos ácidos D-manurônico e L-gulurônico unidos98.
3.4.2 Gelatina
A gelatina é um ingrediente translúcido, frágil, incolor e sem sabor, derivado
da hidrólise parcial do colágeno, que é coletada dos ossos e pele de certos mamíferos,
como porcos e vacas, por meio de tratamentos ácidos ou alcalinos com alta
temperatura, extração de pressão na água, esterilização e secagem 100. É uma fonte
rica de proteína animal (cerca de 30%), sendo amplamente utilizada como agente de
revestimento, ligação, gelificação em produtos alimentícios, farmacêuticos e produtos
cosméticos, incluindo produtos de confeitaria, cremes, loções, máscaras faciais,
cápsulas e suplementos alimentares, devido à estabilidade estrutural única e às
excelentes propriedades funcionais, nutricionais e outras propriedades físico-
químicas100.
A gelatina é uma proteína de baixo peso molecular, possuindo uma
estrutura e propriedades funcionais versáteis, sendo capaz de formar soluções
aquosas de alta viscosidade, que gelificam sob resfriamento 3. A natureza anfotérica
fornece a capacidade de ter efeitos sinérgicos com polissacarídeos aniônicos, como
a goma de gelana e o alginato3.
Formada por todos os aminoácidos, com exceção do triptofano, a gelatina
apresenta baixo teor dos aminoácidos metionina, cistina e tirosina, devido à
degradação durante a hidrólise101,102. De acordo com a fonte utilizada, a composição
e sequência de aminoácidos da gelatina podem ser diferentes, mas sempre contém
grandes quantidades de glicina, prolina e hidroxiprolina103.
30
As propriedades químicas da gelatina são afetadas pela composição de
aminoácidos, que é semelhante àquela do colágeno original, portanto, influenciada
pelas espécies animais e tipos de tecidos104. Gelatinas de pele bovina e suína são
amplamente utilizadas na fabricação de alimentos porque as fontes estão mais
disponíveis104. A gelatina bovina é produzida a partir de tratamento alcalino de pele e
ossos, sendo conhecida como gelatina Tipo B, enquanto a gelatina suína é produzida
pelo tratamento ácido de pele e ossos, sendo conhecida como Tipo A104.
A força de gel da gelatina depende do ponto isoelétrico e pode ser
controlada pelo ajuste de pH105. A gelatina tipo A possui ponto isoelétrico que varia de
6,0 a 9,5106, e a tipo B possui ponto isoelétrico na faixa de 4,5 a 5,5106. Assim, as
cargas negativas formam uma mistura homogênea em um pH superior ao do ponto
isoelétrico10. No entanto, em pH abaixo do ponto isoelétrico a carga líquida da gelatina
torna-se positiva107.
Características descritas acima indicam a gelatina como um agente para
encapsulação de probióticos. Annan et al., (2008)108, realizaram o encapsulamento de
Bifidobacterium adolescentis 15703T com microesferas de gelatina revestidas com
alginato, observando aumento na sobrevivência probiótica no trato gastrointestinal,
após incubação sequencial em fluidos gástrico e intestinal simulados com viabilidades
de 7,6 e 7,4 Log UFC/mL, respectivamente.
31
4 METODOLOGIA
4.1 MATERIAIS
O caldo De Man Rogosa e Sharpe (MRS) foi adquirido da Difco®. A gelatina
suína (Tipo A), alginato de sódio e tensoativo Tween 20 foram obtidos da Sigma-
Aldrich®. O glicerol foi obtido pela empresa Synth®, a peptona pela Vetec® e o ágar
bacteriológico pela Kasvi®. O óleo de milho (Liza®) foi obtido no comércio da cidade
de Natal (RN).
4.2 MICRORGANISMOS
As linhagens probióticas Lactobacillus acidophilus NRRL B-4495 e
Lactiplantibacillus plantarum NRRL B-4496 foram cedidas pela coleção de culturas do
Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (U.S. Departament of Agriculture,
ARS Culture Collection-NRRL, Peoria, Illinois). As cepas foram armazenadas a -20 °C
em microtubos contendo caldo MRS e glicerol a 15% (m/v) nas dependências do
Laboratório de Engenharia Bioquímica (LEB) da Universidade Federal do Rio Grande
do Norte (UFRN).
LAGE – L. acidophilus microencapsulado por emulsificação O/A em gelatina suína, LPGE – L. plantarum
microencapsulado por emulsificação O/A em gelatina suína, LAAG – L. acidophilus microencapsulado por
emulsificação O/A em alginato, LPAG – L. plantarum microencapsulado por emulsificação O/A em alginato,
GS – gelatina suína, AG – alginato, FO – fase oleosa, T20 – Tween 20, LA – L. acidophilus, LP – L.
plantarum, FA1 – fase aquosa 1, FA2 – fase aquosa 2.
33
A fase oleosa das quatro formulações obtidas consistiu em 4 g de óleo de
milho, sendo registrado seu peso em balança semi-analítica (A. Cientifica/Edutec®).
Para o preparo da fase aquosa 1 (FA1) das formulações (LAAG e LPAG),
o alginato foi solubilizado em água destilada autoclavada sob agitação magnética a
50 °C por 24 horas, posteriormente filtrado em papel de filtro qualitativo. Após isto, o
Tween 20 foi solubilizado nesta solução, utilizando agitação magnética em
temperatura ambiente por 40 minutos. Seguidamente, o pellet probiótico foi
ressuspenso nesta solução (alginato e Tween 20), e ao final, utilizou-se ácido
clorídrico (1%) (HCl) ou hidróxido de sódio (1%) (NaOH) para ajuste de pH na faixa
de 5,5 nesta FA1.
Já nas formulações LAGE e LPGE, a fase aquosa 1 (FA1) foi elaborada a
partir da solubilização da gelatina suína por 1 hora a 40 ºC sob agitação magnética.
Posteriormente, o Tween 20 foi solubilizado sob agitação magnética à temperatura
ambiente por 40 minutos e, em seguida, homogeneizado a solução contendo gelatina
suína a temperatura ambiente por 30 minutos.
O procedimento de ressuspensão dos pellets probióticos foi realizado de
acordo com os procedimentos citados anteriormente, com ajuste de pH 5,5 para FA1
final, utilizando HCl ou NaOH. Cabe ressaltar que, coletou-se 1 mL da FA1 de todas
as formulações para a realização de diluição seriada e contagem inicial do probiótico
(N0), que foi utilizada para cálculo da eficiência de encapsulação, conforme descrito
na seção 4.5.
Para o preparo da fase aquosa 2 (FA2) de todas as formulações, o Tween
20 foi solubilizado em água destilada autoclavada, sob agitação magnética à
temperatura ambiente por 40 minutos. Ao final, o pH das soluções foi ajustado para
5,5, utilizando HCl ou NaOH.
As emulsões foram obtidas por meio da homogeneização da fase oleosa
(FO) e FA1, por meio do auxílio do ultradispersor a 5.000 rpm por 7 minutos.
Posteriormente, a FA2 foi homogeneizada na primeira emulsão obtida, utilizando as
mesmas condições descritas. Cabe ressaltar que, todas as formulações foram obtidas
em triplicata, sendo os procedimentos realizados nos Laboratório de Tecnologia de
Alimentos do Departamento de Nutrição e Laboratório de Bromatologia do
Departamento de Farmácia da UFRN. Posteriormente, as emulsões foram submetidas
à secagem por liofilização (LioTop L101) a -57 °C e pressão de 43 μHg no Laboratório
34
de Farmacognosia no Departamento de Farmácia da UFRN, com rendimento final de
aproximadamente 15 g de pó probiótico por encapsulação.
Após liofilização, 1,0 g dos liofilizados foram utilizados para realizar
diluições seriadas e contagem do probiótico (N), que foi utilizada posteriormente para
o cálculo da eficiência de encapsulação. Todos os procedimentos foram realizados
em triplicata.
(𝑚1 𝑥 2)
𝐷𝑖𝑠𝑝𝑒𝑟𝑠𝑖𝑏𝑖𝑙𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 (%) = 𝑥100 (2)
𝑚0
37
4.7 TERMOGRAVIMETRIA (TG) E ANÁLISE TÉRMICA DIFERENCIAL (DTA)
As análises termoanalíticas ocorreram no Laboratório do Núcleo de Ensino
e Pesquisa em Petróleo e Gás II (NUPEG II) do Departamento de Engenharia Química
(DEQ/CT) da UFRN.
A TG e DTA foram realizados para investigar o comportamento da
degradação térmica dos materiais brutos (óleo de milho, Tween 20, gelatina), dos
lactobacillus livres liofilizados (L. acidophilus e L. plantarum) e das formulações à base
de gelatina (LAGE e LPGE).
Foi utilizado (5,0 ± 3,0 mg) de cada amostra, avaliadas em analisador
térmico DTG-60 da Shimadzu®, com taxa de aquecimento de 10 ºC por minuto, no
intervalo de temperatura de 29 °C a 800 ºC em atmosfera de nitrogênio com fluxo de
50 mL por minuto. As variações na massa residual da amostra em relação à mudança
de tempo e temperatura foram fornecidas automaticamente pelo equipamento.
39
5 RESULTADOS E DISCUSSÃO
A B
C D
41
A descrição de micropartículas à base de alginato com aspecto poroso já é
bem relatado na literatura116–118. Segundo Dianawati et al. (2011)119, o alginato é um
material poroso que não é capaz de isolar microrganismos encapsulados das
migrações de água. Além disso, a secagem por sublimação de cristais de gelo sob
vácuo também resulta na formação de partículas secas porosas80. Cabe ressaltar que,
no presente estudo, com base nas micrografias obtidas, não foi possível observar a
presença de porosidade nas estruturas, possivelmente devido aumento da umidade
nas micropartículas à base de alginato, as quais apresentaram alta higroscopicidade.
Kusuktham et al. (2014)120 relataram que o aumento da concentração de
alginato eleva a viscosidade da solução. Além disso, os autores descreveram que
concentrações menores que 5% (m/v) de alginato geram uma baixa concentração de
grupos carboxila na superfície do grânulo, que durante um processo de secagem por
liofilização, gerando um colapso parcial da estrutura e, consequentemente, ocasiona
o encolhimento da superfície destes grânulos.
42
Tabela 2. Diâmetro médio e índice de polidispersão das formulações à base de
alginato e gelatina contendo probióticos obtidas por emulsificação O/A, seguida de
secagem por liofilização.
Difração a laser
Formulações Diâmetro médio Índice de
de partícula (µm) polidispersão
LAGE 26,08 (1,74)a 0,5 (0,0)a
LPGE 21,56 (4,17)a 0,6 (0,1)a
LAAG 5,24 (1,32)b 0,1 (0,1)b
LPAG 5,52 (4,55)b 0,1 (0,0)b
43
Neste sentido, os resultados obtidos para das micropartículas de alginato,
ou seja, os menores tamanhos observados comparados às formulações à base de
gelatina, possivelmente indicam não haver a presença dos núcleos probióticos
aprisionados em suas estruturas, como pode ser observado nas micrografias.
Diferentemente de Martin et al. (2013)123, que ao avaliarem a viabilidade de
L. fermentum CECT5716 encapsulado em alginato ou alginato e amido não
modificado, por emulsificação e gelificação interna, o tamanho de partícula para
encapsulados com alginato sem probiótico variou de 30 e 60 μm. Essa diferença
possivelmente pode estar relacionada ao tipo de emulsificação empregada, e ao
tensoativo utilizado no processo de encapsulação.
Destaca-se que o tamanho das células bacterianas varia de 1 a 5 µm, o
que dificulta a obtenção de partículas em escala nanométrica98, mas estudos recentes
têm mostrado avanços124–126. Entretanto, o microencapsulamento apresenta-se como
a opção mais empregada para promover a incorporação de microrganismos, já que a
capacidade de melhorar a sobrevivência dos probióticos, está diretamente relacionada
a seleção do agente encapsulante, à técnica utilizada e o tamanho da partícula 56.
A microencapsulação pode gerar partículas de 1 a 1000 µm86, e aplicando
a técnica de emulsificação o tamanho esperado varia de 25 μm até 2 mm 10. Cook et
al. (2012)98 descreveram que um produto probiótico microencapsulado ideal seria um
pó seco, com facilidade de armazenamento e longa vida útil, ou um gel úmido com
estabilidade de longo prazo em um produto alimentício.
O tamanho e a morfologia dos produtos encapsulados podem ser
influenciados diretamente pelos materiais envolvidos, pela técnica de encapsulação
utilizada127–129, como também pela concentração e pelo tipo de tensoativo utilizado.
Os surfactantes podem reduzir a tensão superficial das emulsões e melhorar a
estabilidade130,131. O Tween 20 é um tensoativo não iônico que contém grupos
hidrofílicos capazes de solubilizar matérias orgânicas e reduzir a tensão superficial132.
A hidrofilicidade de um tensoativo é medida pelo balanço hidrofílico-
lipofílico (BHL). Dinarvand et al. (2005)133, ao avaliar o efeito do BHL de diferentes
surfactantes em micropartículas à base de poli-D, L-lactídeo de naltrexona preparadas
pela técnica de emulsificação O/A, evidenciaram que ao utilizar o Tween 20 com BHL
16,7 e o Tween 80 com BHL 15, obtiveram maior estabilidade das emulsões formadas
e garantiram uma maior eficiência de encapsulação.
44
A aplicação de probióticos encapsulados na indústria de alimentos é um
desafio, principalmente devido ao tamanho das células bacterianas, que
posteriormente levam à produção de partículas grandes, o que pode afetar
negativamente a qualidade sensorial dos alimentos10,134. Por outro lado, Martin et al.
(2013)123 relataram que o tamanho de partícula aceitável para aplicação em alimentos
não deve ultrapassar 80 μm, a fim de evitar um efeito sensorial negativo no produto.
Ribeiro et al. (2014)135 descreveram a encapsulação de L. acidophilus LA-
5 por gelificação iônica e coacervação complexa, utilizando pectina e proteína de soro
de leite como agentes encapsulantes, e obtiveram tamanho médio das partículas igual
a 253,3 μm, isto pode ser conferido pela falta do agente surfactante durante a
encapsulação.
Marefati et al. (2021)136, encapsularam o probiótico Lactobacillus reuteri por
dupla emulsificação do tipo A/O/A, utilizando 5% (m/v) de poliricinoleato de poliglicerol
90 como surfactante, homogeneizado com óleo contendo triglicerídeos de cadeia
média. Os autores descreveram que os diâmetros médios dos encapsulados variaram
de 14,9 a 15,5 μm, e associaram este resultado ao uso do surfactante, ao qual, era
um eficiente emulsificante hidrofílico.
Portanto, a técnica de emulsificação O/A e o tensoativo utilizado (Tween
20) apresentam-se como escolhas vantajosas por propiciar partículas e índice de
polidispersão menores, como demonstrado no presente estudo, proporcionando
aplicação em produtos alimentícios sem afetar os atributos sensoriais dos produtos.
45
5.1.3 Espectroscopia de Infravermelho com Transformada de Fourier (FTIR)
Os espectros de FTIR das formulações obtidas, agentes encapsulantes
brutos e tensoativo são apresentados na Figura 4.
A B
C D
Figura 4. Espectros de FTIR dos encapsulados obtidos por emulsificação O/A em gelatina suína e
alginato de sódio, seguida de secagem por liofilização. A: LAGE: L. acidophilus encapsulado por
emulsificação O/A em gelatina suína (a); Tween 20 (b); Gelatina suína (c). B: (LPGE) - L. plantarum
encapsulado por emulsificação O/A em gelatina suína (a); Tween 20 (b); Gelatina suína (c). C:
(LAAG) - L. acidophilus encapsulado por emulsificação O/A em alginato (a); Tween 20 (b); Alginato
(c). D: (LPAG) - L. plantarum encapsulado por emulsificação O/A em alginato (a); Tween 20 (b);
Alginato de sódio (c).
49
Esses resultados corroboram com os resultados de FTIR dos encapsulados
em gelatina, em que é possível observar interações químicas entre agente-núcleo
reforçando os dados de microscopia no aprisionamento dos microrganismos sob a
estrutura. Todavia, estes dados reafirmam os resultados encontrados anteriormente
para os encapsulados à base de alginato, nos quais por meio dos resultados
anteriores, foi perceptível o encolhimento e irregularidade da estrutura, além da baixa
interação química.
A B
C D
E F
51
Bifidobacterium pseudocatenulatum G4 em gelatina Tipo B pelo método da extrusão
resultou em uma eficiência de apenas 45,9%.
Por outro lado, os achados do presente estudo corroboraram com os
resultados de eficiência de outros que utilizaram gelatina, por meio de técnicas e
materiais variados. Jiang et al. (2020)156, obtiveram eficiência de incorporação de
81,02% para biofilmes de Lactobacillus rhamnosus GG microencapsulados com
gelatina de peixe (50%) e maltodextrina (50%) por liofilização. Vaziri et al. (2018) 151
obtiveram eficiência de incorporação de 97,5 a 99,9% na co-microencapsulação de L.
plantarum e ácido graxo DHA em alginato-pectina-gelatina por técnica de extrusão. Já
Paula et al. (2018)111 relataram uma eficiência de incorporação de 97,78% para L.
plantarum microencapsulado por dupla emulsificação água-óleo-água (A/O/A)
seguida por coacervação complexa, utilizando gelatina Tipo B e goma arábica como
agentes encapsulantes.
Assim, os altos valores de EI obtidos no presente estudo indicam
compatibilidade entre o método de emulsificação O/A, agente encapsulante escolhido
(gelatina) com os probióticos selecionados. Segundo Sagiri et al. 157, estudos com
ótima eficiência de incorporação apresentam percentuais superiores a 80%. Nesse
contexto, garantir a viabilidade é um fator fundamental para que os probióticos
exerçam seus efeitos benéficos ao hospedeiro. Para isto, uma concentração de
microrganismos vivos no produto deve estar acima de 6–7 Log UFC por g ou mL no
momento do consumo22. Com base nisso, cabe destacar que para os dois probióticos
encapsulados em gelatina, a viabilidade celular foi superior a 7,0 Log UFC/g.
Estes resultados corroboram com dados obtidos no MEV, nos quais foi
possível observar as células dos probióticos dispostas sob a estrutura das
formulações à base de gelatina (LAGE e LPGE). Além disso, os resultados de FTIR
mostraram as interações químicas entre os agentes brutos (gelatina e Tween 20) e os
microrganismos, indicando a proteção dos probióticos.
Entretanto, ao utilizar alginato como agente encapsulante, observou-se
uma drástica diminuição da viabilidade de L. acidophilus e L. plantarum, com eficiência
de encapsulação nula (Tabela 2). O alginato é comumente utilizado como material
encapsulante de células microbianas, resultando na formação de matrizes mais
porosas e suscetíveis à desintegração na presença de excesso de íons monovalentes
e agentes quelantes de cálcio56.
52
Estudos anteriormente publicados utilizam o alginato isolado ou em
combinação com outros polímeros, e diferentes métodos de encapsulamento,
relatando um efeito protetor aos microrganismos probióticos 7,158–160. Diferentemente
dos resultados obtidos no presente estudo, Rather et al. (2017)142, observaram uma
eficiência de 72,48% e 62,54%, para L. plantarum NCDC201 e L. casei NCDC297
após microencapsulação com alginato de sódio (3%) por extrusão. Trabelsi et al.
(2014)161, também observaram um rendimento de encapsulação entre 13% e 68%
para L. plantarum TN9 microencapsulado por técnica de extrusão, utilizando alginato
de sódio (1%, 2% ou 3%) revestido com quitosana e gelatina.
No entanto, alguns autores relatam que encapsulação em alginato pode
não conferir efeito protetor. Ester et al. (2019)162 avaliaram a sobrevivência de
Lactobacillus salivarius spp. salivarius encapsulado por emulsificação, em alginato,
utilizando Tween 80 como tensoativo, incorporado à discos de maçã. Os autores
concluíram que a encapsulação com alginato não conseguiu garantir a sobrevivência
de L. salivarius spp. salivarius, com 60% de perda da viabilidade devido à superfície
porosa.
Com base nos resultados obtidos no presente estudo, observa-se que a
seleção de agentes encapsulantes e da técnica a ser utilizada são fatores cruciais
para garantir uma encapsulação bem sucedida 56. Os agentes encapsulantes devem
proteger as células microbianas e não apresentar toxicidade 56. Neste sentido, a
gelatina é uma proteína derivada do colágeno, sendo a principal proteína estrutural do
tecido conjuntivo da pele e osso animal106. Apresenta baixo custo, sendo utilizada na
indústria alimentícia como agente gelificante, espessante, formador de filme,
estabilizador e emulsificante106.
O principal destaque da gelatina é a capacidade de formar géis
termorreversíveis, em temperatura de 35 a 37 °C106. Neste estudo foi utilizado a
gelatina suína tipo A, que é obtida por meio de processo ácido 106. Assim, destacamos
que as características físicas e químicas do agente encapsulante foram determinantes
para a manutenção da viabilidade probiótica pós-encapsulamento por emulsificação e
liofilização.
Em relação ao alginato, um fator importante a ser considerado é a razão
entre as unidades M e G, em que a quantidade dos três blocos presentes no polímero
pode variar de acordo com a fonte e influência nas propriedades dos géis formados a
53
partir deste polímero56. Alginatos com maior porcentagem de blocos G tendem a dar
origem a géis mais rígidos e quebradiços, enquanto maiores quantidades de blocos
M formam géis menos rígidos e mais flexíveis56.
A oscilação das propriedades do gel de alginato também depende da
concentração do polímero, do pH e da presença de cátions divalentes que promovem
ligações iônicas intermoleculares com os blocos aniônicos presentes no alginato 163.
Kavitake et al. (2018)10 destacaram que concentrações ideais de alginato para
encapsular probióticos são de 0,5–4%. No presente estudo, foi utilizada a
concentração de 4% de alginato.
Cook et al. (2012)98 reforçam que o método usado para obtenção das
partículas também pode influenciar significativamente o resultado final. Nesse sentido,
uma vantagem associada à técnica de emulsificação consiste na capacidade de
promover a produção em larga escala de microesferas com grânulos de tamanho
relativamente pequeno, que são mais adequados para sensação na boca, sendo
assim, aceitáveis em produtos alimentícios11.
Por conseguinte, sugere-se que a não proteção das bactérias probióticas
neste estudo ocorreu pelas características do alginato de sódio, visto que, a técnica
de emulsificação promove a proteção dos lactobacillus sem causar danos às suas
estruturas, diferentemente de outras técnicas como o spray-drying.
Como descrito na literatura, o alginato é um material poroso, que em altas
concentrações proporciona a géis mais rígidos. Assim, a concentração de 4% de
alginato utilizada neste trabalho pode ter influenciado a degradação dos
microrganismos pela não proteção contra fatores extrínsecos, como exposição ao
oxigênio, temperatura entre outros fatores, que inviabilizaram a sobrevivência ao
processo de encapsulação.
Cabe ressaltar que, com base nos resultados obtidos para a caracterização
das partículas, avaliação da viabilidade celular e eficiência de incorporação, as demais
investigações realizadas avaliaram apenas as formulações a base de gelatina suína.
5.3 DISPERSIBILIDADE
O ensaio de dispersibilidade mostrou que L. acidophilus (LAGE) e L.
plantarum (LPGE) encapsulados em gelatina obtiveram uma solubilização em água
de 69,9% (9,7) e 69,0% (8,4), não havendo diferenças significativas entre as
54
formulações (p> 0,05). É importante mencionar que a solubilidade influencia
diretamente a aplicação alimentícia, favorecendo ou não a aceitação por parte dos
consumidores, assim, esta avaliação torna-se um parâmetro importante.
Os resultados de difração a laser mostraram que LAGE e LPGE
apresentaram diâmetros médios de partículas de 26,08 e 21,56 μm, respectivamente.
Desta forma, o pequeno diâmetro de partícula obtido, associado às características
físicas e químicas do agente encapsulante, possivelmente influenciaram na boa
solubilidade das partículas. Destaca-se, ainda, a maior interação química entre a
gelatina e demais materiais, indicado nos resultados de FTIR.
É importante destacar que a gelatina é um material proteico biodegradável
derivado da hidrólise parcial do colágeno. Constitui-se uma excelente escolha como
material de parede devido à sua alta solubilidade em água, capacidade de
emulsificação e espessamento164. Além disso, a boa atividade de superfície pode ser
usada para estabilizar a emulsão na interface óleo-água165.
Ensaio de dispersibilidade utilizando gelatina e probióticos ainda é pouco
descrito na literatura. Paula et al. (2019)111 ao avaliar micropartículas contendo L.
plantarum obtidas por dupla emulsificação seguida de coacervação complexa,
utilizando gelatina e goma arábica como agentes encapsulantes, obtiveram uma
dispersibilidade de 18,3%. Segundo estes autores, a baixa dispersibilidade em água
é característica de micropartículas obtidas por coacervação complexa, uma vez que
em um dado pH, as moléculas com cargas interagem eletrostaticamente, resultando
em divisão de fase e separação das partículas.
55
Após estes eventos endotérmicos iniciais, a perda de massa dos
encapsulados ocorreu de forma gradativa. Eventos de fusão destacam-se por
condicionar as maiores perdas de massa das amostras, a qual variou de 58 a 69%,
para LAGE (Figura 6F) e LPGE (Figura 6G). Isso pode estar relacionado à degradação
de componentes presentes no material de parede167, já que a gelatina suína perdeu
consideravelmente massa (58%) a 420 ºC (Figura 6A), sendo isto associado à
degradação e modificação das cadeias de gelatina168.
Khodaei et al. (2020)169, ao avaliarem a capacidade de sobrevivência de L.
plantarum, L. casei e S. boulardii em filmes comestíveis à base de gelatina e baixa
metoxil pectina (LMP), observaram picos endotérmicos em 66-104 ºC e a 232-268 °C.
Contudo, a gelatina utilizada neste estudo era a tipo B (gelatina bovina).
Outros materiais constituintes também perderam massas parcialmente no
evento de fusão, como, o tensoativo Tween 20 (56%) (Figura 6B) e óleo de milho
(68%) (Figura 6E). Além disso, os próprios microrganismos foram afetados por este
evento com temperaturas que variaram até 478 ºC. L. acidophilus com perda de 55%
e L. plantarum 56% (TG). Isso, pode ser representado pela degradação dos
constituintes celulares dos probióticos como proteínas, lipídios e polissacarídeos170.
Ainda na Figura 6, é possível observar eventos de decomposição dos
agentes encapsulantes brutos sobre temperaturas superiores a 400 ºC. A gelatina,
teve a perda de massa (68%) a 505 ºC de DTA. Sendo isto, relacionado à quebra das
estruturas mais termicamente estáveis da gelatina168.
Já os agentes T20 (Figura 6B) e OM (Figura 6E), apresentaram
decomposições finais com TG 94%-86% em temperaturas que variaram de 420 ºC a
445 ºC (DTA), respectivamente. Todavia, as amostras de probiótico (LA) (Figura 6F)
e (LP) (Figura 6G) obtiveram temperaturas correspondentes a perda de massa (TG)
(68%-61%) a 555 ºC e 522 ºC, respectivamente.
O pico de decomposição exotérmica para ambos os encapsulados com
gelatina foi entre 559 ºC (LPGE) e 616 ºC (LAGE). Este dado indica que a presença
da gelatina melhorou a estabilidade química e térmica dos encapsulados quando
comparado aos agentes e núcleos probióticos. Diferentemente dos resultados
encontrados por Lopes et al. (2017)171, em que as cápsulas de alginato com gelatina
contendo L. rhamnosus apresentaram termogramas com pico de decomposição
exotérmica a 450 ºC.
56
A B
C D
E F
Figura 6. Termogramas e DTA dos materiais encapsulantes e encapsulados por emulsão O/A,
liofilizados. A: GE – Gelatina suína; B: T20 – Tween 20; C: (LA) – L. acidophilus; D: LP – L.
plantarum; E: OM – Óleo de milho; F: LAGE – L. acidophilus encapsulado por emulsificação O/A
em gelatina suína (4%); G: LPGE – L. plantarum encapsulado por emulsificação O/A em gelatina
suína (4%). 57
Stojanovic et al. (2012)172, relatam que a decomposição térmica de
polímeros inclui as etapas de desidratação e despolimerização acompanhadas pela
ruptura das ligações C-O e C-C e formação de CO, CO2 e H2O.
Como evidenciado nos resultados acima, formulações probióticas
microencapsuladas em gelatina suína obtiveram melhores estabilidades térmicas até
temperatura de 54 ºC, antes da ocorrência dos primeiros eventos térmicos. Avaliar a
estabilidade térmica é crítico quando se fala em probióticos, pois a maioria deles têm
sido usados predominantemente em laticínios, uma vez que os laticínios fornecem um
meio de cultura favorável para a viabilidade probiótica173.
Em termos de temperatura, quando os probióticos são expostos a altas
temperaturas, sua atividade e crescimento microbiano são alterados, enquanto a
exposição a baixas temperaturas diminui seu metabolismo, inibindo o crescimento
celular173. Assim, um processamento térmico tradicionalmente utilizado pela indústria
de alimentos na fabricação de diversos tipos de alimentos e bebidas é a
pasteurização, com aquecimento de 68 °C por um tempo médio de 25 minutos 174. Em
nosso estudo, os encapsulados com gelatina suína possivelmente seriam capazes de
resistir a este processamento, tendo em vista, a perda de massa mínima sob referida
temperatura.
Portanto, é importante ressaltar que as condições de processamento e
armazenamento são fundamentais, pois direcionam as futuras aplicações
tecnológicas na produção de alimentos, como também, orienta os tratamentos
industriais adequados a este produto probiótico.
59
limitaram a difusão interna do calor111, sendo assim, vantajosas para aplicações
futuras na indústria alimentícia.
Paula et al. (2019)111 ao microencapsular L. plantarum por dupla
emulsificação, seguida de coacervação complexa utilizando gelatina e goma arábica
observaram que o probiótico apresentou viabilidade celular igual a 7,6 Log UFC/ g
após 45 dias de armazenamento a 8 °C e −18 °C.
Trabelsi et al. (2014)161 avaliaram a sobrevivência de L. plantarum TN9
encapsulados com alginato/gelatina por extrusão com cloreto de cálcio frente ao
armazenamento em temperatura de refrigeração (4 ºC) por 35 dias. Ao final do tempo
de armazenamento, os pesquisadores observaram a perda total da viabilidade para
micropartículas de alginato revestidas com gelatina. Neste sentido, a escolha da
técnica, agentes encapsulantes, tensoativos e a própria cepa probiótica são
essenciais na garantia de formação de micropartículas probióticas mais estáveis.
Para avaliar os efeitos da temperatura de armazenamento sob as
estruturas dos encapsulados à base de gelatina suína, utilizou-se a técnica da
Difração de raio X para os mesmos tempos de análise da viabilidade. Os difratogramas
obtidos são apresentados na Figura 8.
Nos difratogramas (Figura 8) pode-se observar que para as duas
temperaturas avaliadas, as formulações mantiveram a natureza semi-cristalina
durante todo período de armazenamento. É notável a presença de ruídos que
caracterizam áreas amorfas, e a presença de picos definidos, indicando áreas
cristalinas em 19 º e 20 º. Como mencionado anteriormente, esses picos estão
relacionados à tríplice hélice do colágeno renaturado153,154.
60
A B C D
TR/TA – Dia 0 TA – Dia 7 TR – Dia 7 TA – Dia 15
E F G H
TR – Dia 15 TA – Dia 30 TR – Dia 30 TA – Dia 45
I J k L
TR – Dia 45 TA – Dia 60 TR – Dia 60 TA – Dia 90
M N O
TR – Dia 90 TA – Dia 120 TR – Dia 120
Figura 8. Difratogramas das micropartículas de gelatina (LAGE) durante o armazenamento em diferentes temperaturas (T). Onde,
A: Pós-liofilizado – dia 0; B: T. ambiente – dia 7; C: T. refrigerada – dia 7; D: T. ambiente – dia 15; E: T. refrigerada – dia 15; F: T.
ambiente – dia 30; G: T. refrigerada – dia 30; H: T. ambiente – dia 45; I: T. refrigerada – dia 45; J: T. ambiente – dia 60; K: T. 61
refrigerada – dia 60; L: T. ambiente – dia 90; M: T. refrigerada – dia 90; N: T. ambiente – dia 120; O: T. refrigerada – dia 120.
Em 45 (Figura 8 H-I) e 60 dias (Figura 8 J-K) de armazenamento, é possível
notar modificações na estrutura das micropartículas nas duas temperaturas avaliadas.
Nestas condições, áreas amorfas são atenuadas, assim como, as cristalinas. Todavia,
nota-se apenas no dia 60 da temperatura ambiente (Figura 8 J) ocorre a translocação
do pico cristalino para 2θ = 28,5 °. É provável que, esse abrandamento estrutural
possa sugerir o início de perturbações das associações intramoleculares,
possivelmente em decorrência da temperatura e do longo período de
armazenamento178.
A partir do dia 90 (Figura 8 L-N), mudanças mais acentuadas na estrutura
são observadas para ambas as condições de armazenamento, com a presença de
picos cristalinos à 2θ = 19 °, 20 °, 26 °, 27 °, 28 °, 29 °, 37 ° e 39 °. Em 120 dias (Figura
8 M-O) são observados picos cristalinos à 2θ = 18 °, 19 °, 20 °, 29 °, 30 °, 31 °, 34 ° e
40 °, possivelmente indicando a aglomeração e recristalização da estrutura. Além
disso, é possível observar aumento na intensidade das regiões amorfas da estrutura.
Segundo Botrel et al. (2014)179, regiões amorfas das matrizes são em geral mais
solúveis e mais higroscópicas, facilitando assim, a aglomeração da estrutura.
Já a cristalização é um processo que inclui duas etapas: uma fase inicial
de nucleação seguida pelo crescimento do cristal179. Além do impacto negativo nas
propriedades de manuseio, tanto a aglomeração quanto a cristalização podem levar à
liberação dos componentes encapsulados na matriz 179, que neste caso, poderia
culminar na liberação dos probióticos aprisionados nas estruturas da gelatina suína.
Contudo, é importante destacar que, apesar das alterações estruturais
mencionadas, estas não foram suficientes para gerar o comprometimento da
viabilidade probiótica, que foi mantida ao longo dos 120 dias de armazenamento.
Os dados de viabilidade probiótica e DRX apresentados corroboram com
os resultados da estabilidade térmica, nos quais é notável o mínimo de degradação
das micropartículas à base de gelatina em temperatura inferior a 54 ºC. Assim, as
micropartículas obtidas neste estudo são altamente estáveis e apresentam potenciais
aplicações na indústria de alimentos.
6 CONCLUSÃO
Com base nos resultados obtidos, conclui-se que as micropartículas
produzidas por meio da técnica de emulsificação O/A utilizando gelatina Tipo A como
62
agente encapsulante foram adequadas para microencapsulação de L. acidophilus e
L. plantarum. Enquanto que as micropartículas obtidas com alginato de sódio não
favoreceram a viabilidade dos probióticos.
A caracterização dos encapsulados em gelatina indicou micropartículas
com morfologia lisa, irregulares, e com baixa porosidade. Os resultados mostraram
interações químicas entre os agentes de incorporação e o aparecimento de bandas
espectrais características dos componentes da célula bacteriana e natureza semi-
cristalina.
Estes encapsulados apresentaram também boa eficiência de
encapsulação, dispersibilidade em água e mantiveram termicamente estáveis sob
temperaturas de processamento. Além disso, foram capazes de manter a viabilidade
probiótica durante 120 dias de armazenamento a 5 ºC e 25 ºC.
Portanto, sugere-se que a microencapsulação em gelatina por
emulsificação O/A é uma estratégia adequada e favorável à proteção de bactérias
probióticas, viabilizando futuras aplicações na área de alimentos
63
REFERÊNCIAS
65
29. Bali V, Panesar PS, Bera MB, Kennedy JF. Bacteriocins: Recent Trends and
Potential Applications. Critical Reviews in Food Science and Nutrition [Internet].
2016 Apr 3 [cited 2021 Jun 20];56(5):817–34. Available from:
https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/25117970/
30. Kotz CM, Furne JK, Savaiano DA, Levitt MD. Factors Affecting the Ability of a
High β-Galactosidase Yogurt to Enhance Lactose Absorption. Journal of Dairy
Science [Internet]. 1994 [cited 2021 Jun 20];77(12):3538–44. Available from:
https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/7699133/
31. Costabile A, Buttarazzi I, Kolida S, Quercia S, Baldini J, Swann JR, et al. An in
vivo assessment of the cholesterol-lowering efficacy of Lactobacillus plantarum
ECGC 13110402 in normal to mildly hypercholesterolaemic adults. PLoS ONE
[Internet]. 2017 Dec 1 [cited 2021 Jun 20];12(12). Available from:
https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/29228000/
32. Sanders ME, Merenstein DJ, Reid G, Gibson GR, Rastall RA. Probiotics and
prebiotics in intestinal health and disease: from biology to the clinic [Internet].
Vol. 16, Nature Reviews Gastroenterology and Hepatology. Nature Publishing
Group; 2019 [cited 2021 Jun 20]. p. 605–16. Available from:
https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/31296969/
33. Klaenhammer TR, Kleerebezem M, Kopp MV, Rescigno M. The impact of
probiotics and prebiotics on the immune system [Internet]. Vol. 12, Nature
Reviews Immunology. Nature Publishing Group; 2012 [cited 2021 Jun 20]. p.
728–34. Available from: www.nature.com/reviews/immunol
34. Przemska-Kosicka A, Childs CE, Enani S, Maidens C, Dong H, Dayel I bin, et
al. Effect of a synbiotic on the response to seasonal influenza vaccination is
strongly influenced by degree of immunosenescence. Immunity and Ageing
[Internet]. 2016 Mar 15 [cited 2021 Jun 20];13(1). Available from:
https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/26985232/
35. Vitetta L, Saltzman ET, Thomsen M, Nikov T, Hall S. Adjuvant probiotics and
the intestinal microbiome: Enhancing vaccines and immunotherapy outcomes
[Internet]. Vol. 5, Vaccines. MDPI AG; 2017 [cited 2021 Jun 20]. Available
from: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/29232932/
36. Childs CE, Röytiö H, Alhoniemi E, Fekete AA, Forssten SD, Hudjec N, et al.
Xylo-oligosaccharides alone or in synbiotic combination with Bifidobacterium
animalis subsp. lactis induce bifidogenesis and modulate markers of immune
function in healthy adults: A double-blind, placebo-controlled, randomised,
factorial cross-over study. British Journal of Nutrition [Internet]. 2014 Jun 14
[cited 2021 Jun 20];111(11):1945–56. Available from:
https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/24661576/
37. Rowland I, Gibson G, Heinken A, Scott K, Swann J, Thiele I, et al. Gut
microbiota functions: metabolism of nutrients and other food components
[Internet]. Vol. 57, European Journal of Nutrition. Dr. Dietrich Steinkopff Verlag
GmbH and Co. KG; 2018 [cited 2021 Jun 20]. Available from:
https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/28393285/
38. Mach T. Clinical usefulness of probiotics in inflammatory bowel diseases
[Internet]. Vol. 57, Journal of Physiology and Pharmacology. 2006 [cited 2021
Jun 1]. p. 23–33. Available from: https://europepmc.org/article/med/17242485
39. Majamaa H, Isolauri E. Probiotics: A novel approach in the management of
food allergy. Journal of Allergy and Clinical Immunology [Internet]. 1997 Feb 1
66
[cited 2021 Jun 1];99(2):179–85. Available from:
http://www.jacionline.org/article/S0091674997700939/fulltext
40. Malchow HA. Crohn’s disease and Escherichia coli: A new approach in therapy
to maintain remission of colonic crohn’s disease? [Internet]. Vol. 25, Journal of
Clinical Gastroenterology. J Clin Gastroenterol; 1997 [cited 2021 Jun 1]. p.
653–8. Available from: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/9451682/
41. O’Mahony L, Mccarthy J, Kelly P, Hurley G, Luo F, Chen K, et al. Lactobacillus
and Bifidobacterium in irritable bowel syndrome: Symptom responses and
relationship to cytokine profiles. Gastroenterology [Internet]. 2005 [cited 2021
Jun 1];128(3):541–51. Available from:
https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/15765388/
42. Marteau PR, de Vrese M, Cellier CJ, Schrezenmeir J. Protection from
gastrointestinal diseases with the use of probiotics. In: American Journal of
Clinical Nutrition [Internet]. American Society for Nutrition; 2001 [cited 2021 Jun
1]. Available from: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/11157353/
43. Alfaleh K, Anabrees J. Probiotics for prevention of necrotizing enterocolitis in
preterm infants [Internet]. Vol. 2014, Cochrane Database of Systematic
Reviews. John Wiley and Sons Ltd; 2014 [cited 2021 Jun 20]. Available from:
https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/24723255/
44. Zhang GQ, Hu HJ, Liu CY, Zhang Q, Shakya S, Li ZY. Probiotics for prevention
of atopy and food hypersensitivity in early childhood A PRISMA-compliant
systematic review and meta-analysis of randomized controlled trials [Internet].
Vol. 95, Medicine (United States). Lippincott Williams and Wilkins; 2016 [cited
2021 Jun 20]. Available from: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/26937896/
45. Eskesen D, Jespersen L, Michelsen B, Whorwell PJ, Müller-Lissner S, Morberg
CM. Effect of the probiotic strain Bifidobacterium animalis subsp. lactis, BB-
12®, on defecation frequency in healthy subjects with low defecation frequency
and abdominal discomfort: A randomised, double-blind, placebo-controlled,
parallel-group trial. British Journal of Nutrition [Internet]. 2015 Oct 5 [cited 2021
Jun 20];114(10):1638–46. Available from:
https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/26382580/
46. King S, Glanville J, Sanders ME, Fitzgerald A, Varley D. Effectiveness of
probiotics on the duration of illness in healthy children and adults who develop
common acute respiratory infectious conditions: A systematic review and meta-
analysis. British Journal of Nutrition [Internet]. 2014 Jul 14 [cited 2021 Jun
20];112(1):41–54. Available from: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/24780623/
47. Jones ML, Martoni CJ, Prakash S. Cholesterol lowering and inhibition of sterol
absorption by Lactobacillus reuteri NCIMB 30242: A randomized controlled
trial. European Journal of Clinical Nutrition [Internet]. 2012 Nov [cited 2021 Jun
20];66(11):1234–41. Available from:
https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/22990854/
48. Agostoni C, Bresson J-L, Fairweather-Tait S, Flynn A, Golly I, Korhonen H, et
al. Scientific Opinion on the substantiation of health claims related to live
yoghurt cultures and improved lactose digestion (ID 1143, 2976) pursuant to
Article 13(1) of Regulation (EC) No 1924/2006. EFSA Journal [Internet]. 2010
Oct 1 [cited 2021 Jun 20];8(10):1763–76. Available from:
https://efsa.onlinelibrary.wiley.com/doi/full/10.2903/j.efsa.2010.1763
49. Iravani S, Korbekandi H, Mirmohammadi SV. Technology and potential
applications of probiotic encapsulation in fermented milk products [Internet].
67
Vol. 52, Journal of Food Science and Technology. Springer India; 2015 [cited
2021 Jun 20]. p. 4679–96. Available from: /pmc/articles/PMC4519473/
50. Sarao LK, Arora M. Probiotics, prebiotics, and microencapsulation: A review.
Critical Reviews in Food Science and Nutrition [Internet]. 2017 Jan 22 [cited
2021 Jun 20];57(2):344–71. Available from:
https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/25848935/
51. Khan H, Kadam A, Dutt D. Studies on bacterial cellulose produced by a novel
strain of Lactobacillus genus. Carbohydrate Polymers. 2020 Feb
1;229:115513.
52. Zheng J, Wittouck S, Salvetti E, Franz CMAP, Harris HMB, Mattarelli P, et al. A
taxonomic note on the genus Lactobacillus: Description of 23 novel genera,
emended description of the genus Lactobacillus beijerinck 1901, and union of
Lactobacillaceae and Leuconostocaceae. International Journal of Systematic
and Evolutionary Microbiology [Internet]. 2020 Apr 15 [cited 2021 Jun
1];70(4):2782–858. Available from:
https://www.microbiologyresearch.org/content/journal/ijsem/10.1099/ijsem.0.00
4107
53. Orla-Jensen S. The lactic acid bacteria. Copenhagen: Andr Fred Høst and
Son; 1919.
54. Chun J, Oren A, Ventosa A, Christensen H, Arahal DR, da Costa MS, et al.
Proposed minimal standards for the use of genome data for the taxonomy of
prokaryotes. International Journal of Systematic and Evolutionary Microbiology
[Internet]. 2018 Jan 1 [cited 2021 Jun 2];68(1):461–6. Available from:
https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/29292687/
55. Konstantinidis KT, Tiedje JM. Towards a genome-based taxonomy for
prokaryotes. Journal of Bacteriology [Internet]. 2005 Sep [cited 2021 Jun
2];187(18):6258–64. Available from: /pmc/articles/PMC1236649/
56. Rodrigues FJ, Cedran MF, Bicas JL, Sato HH. Encapsulated probiotic cells:
Relevant techniques, natural sources as encapsulating materials and food
applications – A narrative review. Food Research International. 2020 Nov
1;137:109682.
57. Motalebi Moghanjougi Z, Rezazadeh Bari M, Alizadeh Khaledabad M, Amiri S,
Almasi H. Microencapsulation of Lactobacillus acidophilus LA-5 and
Bifidobacterium animalis BB-12 in pectin and sodium alginate: A comparative
study on viability, stability, and structure. Food Science & Nutrition [Internet].
2021 Sep 1 [cited 2021 Dec 22];9(9):5103–11. Available from:
https://onlinelibrary.wiley.com/doi/full/10.1002/fsn3.2470
58. Lee JM, Park SH, Jin CZ, Kang MK, Park DJ, Kim CJ. The groESL ISR
sequence-based species-specific identification of GRAS and non-GRAS
Lactiplantibacillus as an alternative to 16S rRNA sequencing. LWT. 2021 Jul
1;147:111504.
59. Selle KM, Klaenhammer TR, Russell WM. Lactobacillus: Lactobacillus
acidophilus. In: Encyclopedia of Food Microbiology: Second Edition [Internet].
Elsevier Inc.; 2014 [cited 2021 Jun 2]. p. 412–7. Available from:
https://app.dimensions.ai/details/publication/pub.1052978491
60. Moro E. Über den Bacillus acidophilus n. spec. Ein Beitrag zur kenntnis der
normalen Darmbacterien dês Säuglings. Jahrb Kinderheilkd,. 1900;52:38–55.
61. Johnson JL, Phelps CF, Cummins CS. Taxonomy of the Lactobacillus
acidophilus group. International Journal of Systematic Bacteriology [Internet].
68
1980 Jan 1 [cited 2021 Jun 2];30(1):53–68. Available from:
https://www.microbiologyresearch.org/content/journal/ijsem/10.1099/00207713-
30-1-53
62. Al-Dhaheri AS, Al-Hemeiri R, Kizhakkayil J, Al-Nabulsi A, Abushelaibi A, Shah
NP, et al. Health-promoting benefits of low-fat akawi cheese made by
exopolysaccharide-producing probiotic Lactobacillus plantarum isolated from
camel milk. Journal of Dairy Science. 2017 Oct 1;100(10):7771–9.
63. Ayyash M, Abu-Jdayil B, Hamed F, Shaker R. Rheological, textural,
microstructural and sensory impact of exopolysaccharide-producing
Lactobacillus plantarum isolated from camel milk on low-fat akawi cheese. LWT
- Food Science and Technology. 2018 Jan 1;87:423–31.
64. Russo P, de Chiara MLV, Capozzi V, Arena MP, Amodio ML, Rascón A, et al.
Lactobacillus plantarum strains for multifunctional oat-based foods. LWT - Food
Science and Technology. 2016 May 1;68:288–94.
65. Jiang Y, Yang Z. A functional and genetic overview of exopolysaccharides
produced by Lactobacillus plantarum. Vol. 47, Journal of Functional Foods.
Elsevier Ltd; 2018. p. 229–40.
66. Gänzle M. Fermented foods. In: Food Microbiology: Fundamentals and
Frontiers [Internet]. wiley; 2019 [cited 2021 Jun 2]. p. 855–900. Available from:
https://www.asmscience.org/content/book/10.1128/9781555819972.ch33
67. Hutkins RW. Microbiology and Technology of Fermented Foods [Internet]. 2nd
ed. Chicago: IFT Press; 2019 [cited 2021 Jun 2]. 624. Available from:
https://www.wiley.com/en-
us/Microbiology+and+Technology+of+Fermented+Foods%2C+2nd+Edition-p-
9781119027447
68. Martino ME, Bayjanov JR, Caffrey BE, Wels M, Joncour P, Hughes S, et al.
Nomadic lifestyle of Lactobacillus plantarum revealed by comparative
genomics of 54 strains isolated from different habitats. Environmental
Microbiology [Internet]. 2016 Dec 1 [cited 2021 Jun 2];18(12):4974–89.
Available from: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/27422487/
69. Shori AB. The effect of encapsulating materials on the survival of probiotics
during intestinal digestion: A review. Ciencia e Tecnologia dos Materiais. 2015
Jan 1;27(1):73–7.
70. Li XY, Chen XG, Cha DS, Park HJ, Liu CS. Microencapsulation of a probiotic
bacteria with alginate-gelatin and its properties. Journal of Microencapsulation
[Internet]. 2009 Jun [cited 2021 Jun 2];26(4):315–24. Available from:
https://www.tandfonline.com/doi/abs/10.1080/02652040802328685
71. Kim SJ, Cho SY, Kim SH, Song OJ, Shin IS, Cha DS, et al. Effect of
microencapsulation on viability and other characteristics in Lactobacillus
acidophilus ATCC 43121. LWT - Food Science and Technology. 2008 Apr
1;41(3):493–500.
72. Pasqualin Cavalheiro C, Ruiz-Capillas C, Herrero AM, Jiménez-Colmenero F,
Ragagnin de Menezes C, Martins Fries LL. Application of probiotic delivery
systems in meat products. Vol. 46, Trends in Food Science and Technology.
Elsevier Ltd; 2015. p. 120–31.
73. Desai KGH, Park HJ. Encapsulation of vitamin C in tripolyphosphate cross-
linked chitosan microspheres by spray drying. Journal of Microencapsulation.
2005 Mar;22(2):179–92.
69
74. Ye Q, Georges N, Selomulya C. Microencapsulation of active ingredients in
functional foods: From research stage to commercial food products. Trends in
Food Science and Technology. 2018 Aug 1;78:167–79.
75. Lan EH, Dunn B, Zink JI. Nanostructured systems for biological materials.
Methods in molecular biology (Clifton, NJ). 2005;300:53–79.
76. Vo-Dinh T. Protein nanotechnology: the new frontier in biosciences. Vol. 300,
Methods in molecular biology (Clifton, N.J.). 2005. p. 1–13.
77. da Silva PT, Fries LLM, de Menezes CR, Holkem AT, Schwan CL, Wigmann
ÉF, et al. Microencapsulação: Conceitos, mecanismos, métodos e algumas
aplicações em tecnologia de alimentos [Internet]. Vol. 44, Ciencia Rural.
Universidade Federal de Santa Maria; 2014 [cited 2021 Jun 28]. p. 1304–11.
Available from: http://dx.doi.org/10.1590/0103-8478cr20130971
78. Favaro-Trindade C. S.; Pinho, S. C.; Rocha GA. Revisão: Microencapsulação
de ingredientes alimentícios. Braz J Food Technol [Internet]. 2008;11(2):103–
12. Available from:
https://www.researchgate.net/publication/237521407_Revisao_Microencapsula
cao_de_ingredientes_alimenticios
79. Silva C, Ribeiro A, Ferreira D, Veiga F. Oral delivery system for peptides and
proteins: II. Application of microencapsulation methods. Vol. 39, Revista
Brasileira de Ciencias Farmaceuticas/Brazilian Journal of Pharmaceutical
Sciences. Faculdade de Ciencias Farmaceuticas (Biblioteca); 2003. p. 1–20.
80. Rathore S, Desai PM, Liew CV, Chan LW, Heng PWS. Microencapsulation of
microbial cells. Vol. 116, Journal of Food Engineering. Elsevier; 2013. p. 369–
81.
81. Santos, A. B.; Ferreira, V. P.; Grosso CRF. Microcápsulas: Uma alternativa
viável. Microencapsulação de produtos sensíveis à oxidação óleo-resina de
páprica. Biotecnol Ciência e Desenvolv. 2000;3(16):26–30.
82. Reis CP, Neufeld RJ, Vilela S, Ribeiro AJ, Veiga F. Review and current status
of emulsion/dispersion technology using an internal gelation process for the
design of alginate particles. Vol. 23, Journal of Microencapsulation. 2006. p.
245–57.
83. Ray S, Raychaudhuri U, Chakraborty R. An overview of encapsulation of active
compounds used in food products by drying technology. Vol. 13, Food
Bioscience. Elsevier Ltd; 2016. p. 76–83.
84. Alemzadeh I, Hajiabbas M, Pakzad H, Sajadi Dehkordi S, Vossoughi A.
Encapsulation of food components and bioactive ingredients and targeted
release. International Journal of Engineering, Transactions A: Basics.
2020;33(1):1–11.
85. McClements DJ. Nanoemulsions versus microemulsions: Terminology,
differences, and similarities. Vol. 8, Soft Matter. 2012. p. 1719–29.
86. Heidebach T, Först P, Kulozik U. Microencapsulation of Probiotic Cells for
Food Applications. Critical Reviews in Food Science and Nutrition [Internet].
2012 Apr [cited 2021 May 22];52(4):291–311. Available from:
https://www.tandfonline.com/doi/abs/10.1080/10408398.2010.499801
87. Wang L, Song M, Zhao Z, Chen X, Cai J, Cao Y, et al. Lactobacillus
acidophilus loaded pickering double emulsion with enhanced viability and
colon-adhesion efficiency. LWT. 2020 Mar 1;121:108928.
88. Huerta-Vera K, Flores-Andrade E, Pérez-Sato JA, Morales-Ramos V, Pascual-
Pineda LA, Contreras-Oliva A. Enrichment of Banana with Lactobacillus
70
rhamnosus Using Double Emulsion and Osmotic Dehydration. Food and
Bioprocess Technology. 2017 Jun 1;10(6):1053–62.
89. Quintana G, Gerbino E, Gómez-Zavaglia A. Valorization of okara oil for the
encapsulation of Lactobacillus plantarum. Food Research International. 2018
Apr 1;106:81–9.
90. Benita S. Microencapsulation Methods and Industrial Applications, Second
Edition. 2a. Vol. 1. CRC Press; 2005. 1–781.
91. Shahidi F, Han XQ. Encapsulation of Food Ingredients. Critical Reviews in
Food Science and Nutrition. 1993 Jan 1;33(6):501–47.
92. Quirós-Sauceda AE, Ayala-Zavala JF, Olivas GI, González-Aguilar GA. Edible
coatings as encapsulating matrices for bioactive compounds: a review. Journal
of Food Science and Technology. 2014 Sep 1;51(9):1674–85.
93. Byun Y, Kim Y, Desai K, Park H. Microencapsulation techniques for food
flavour. The chemistry and biology of volatiles [Internet]. 2010 [cited 2021 Oct
27]; Available from:
https://scholar.google.com/ftp://nozdr.ru/biblio/kolxoz/Ch/Herrmann%20D.A.%2
0The%20Chemistry%20and%20Biology%20of%20Volatiles%20(Wiley,%20201
0)(ISBN%200470777788)(O)(430s)_Ch_.pdf#page=335
94. Donati I, Paoletti S. Material Properties of Alginates. In Springer, Berlin,
Heidelberg; 2009 [cited 2021 Jun 22]. p. 1–53. Available from:
https://link.springer.com/chapter/10.1007/978-3-540-92679-5_1
95. Ching SH, Bansal N, Bhandari B. Alginate gel particles – A review of
production techniques and physical properties. Critical Reviews in Food
Science and Nutrition. 2017 Apr 13;57(6):1133–52.
96. Thu B, Bruheim P, Espevik T, Smidsrød O, Soon-Shiong P, Skjåk-Bræk G.
Alginate polycation microcapsules: II. Some functional properties. Biomaterials.
1996 Jun 1;17(11):1069–79.
97. Gombotz WR, Wee SF. Protein release from alginate matrices [Internet]. Vol.
31, Advanced Drug Delivery Reviews. Elsevier Sci B.V.; 1998 [cited 2021 Jun
2]. p. 267–85. Available from: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/10837629/
98. Cook MT, Tzortzis G, Charalampopoulos D, Khutoryanskiy V v.
Microencapsulation of probiotics for gastrointestinal delivery. Journal of
Controlled Release [Internet]. 2012 Aug 20 [cited 2021 Jun 1];162(1):56–67.
Available from: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/22698940/
99. Holkem AT, Raddatz GC, Barin JS, Moraes Flores ÉM, Muller EI, Codevilla CF,
et al. Production of microcapsules containing Bifidobacterium BB-12 by
emulsification/internal gelation. LWT - Food Science and Technology. 2017
Mar 1;76:216–21.
100. Sultana S, Ali ME, Ahamad MNU. Gelatine, collagen, and single cell proteins
as a natural and newly emerging food ingredients. In: Preparation and
Processing of Religious and Cultural Foods. Elsevier; 2018. p. 215–39.
101. Jamilah B, Harvinder KG. Properties of gelatins from skins of fish - Black tilapia
(Oreochromis mossambicus) and red tilapia (Oreochromis nilotica). Food
Chemistry. 2002 May 1;77(1):81–4.
102. Chapman; Hall. Thickening and gelling agents for food. 2nd ed. London:
Blackie Academic & Professiona; 1997. 150–153.
103. Gilsenan PM, Ross-Murphy SB. Rheological characterisation of gelatins from
mammalian and marine sources. Food Hydrocolloids. 2000 May 1;14(3):191–5.
71
104. Hafidz M, Yaakob CM, Amin I, Noorfaizan A. Chemical and functional
properties of bovine and porcine skin gelatin. International Food Research
Journal. 2011;18:813–7.
105. Gudmundsson M, Hafsteinsson H. Gelatin from cod skins as affected by
chemical treatments. Journal of Food Science [Internet]. 1997 Jan 1 [cited
2021 Jun 19];62(1):37–9. Available from:
https://onlinelibrary.wiley.com/doi/full/10.1111/j.1365-2621.1997.tb04363.x
106. Segtnan VH, Kvaal K, Rukke EO, Schüller RB, Isaksson T. Rapid assessment
of physico-chemical properties of gelatine using near infrared spectroscopy.
Food Hydrocolloids. 2003 Sep 1;17(5):585–92.
107. Anal AK, Singh H. Recent advances in microencapsulation of probiotics for
industrial applications and targeted delivery. Vol. 18, Trends in Food Science
and Technology. Elsevier; 2007. p. 240–51.
108. Annan NT, Borza AD, Hansen LT. Encapsulation in alginate-coated gelatin
microspheres improves survival of the probiotic Bifidobacterium adolescentis
15703T during exposure to simulated gastro-intestinal conditions. Food
Research International. 2008 Jan 1;41(2):184–93.
109. Ribeiro ESS, Damasceno KSFSC, da Costa Dantas LM, de Azevedo WM,
Leite PIP, de Assis CF, et al. Fermented yellow mombin juice using
Lactobacillus acidophilus NRRL B-4495: Chemical composition, bioactive
properties and survival in simulated gastrointestinal conditions. PLoS ONE
[Internet]. 2020 Sep 1 [cited 2021 Jun 23];15(9 September):e0239392.
Available from: https://doi.org/10.1371/journal.pone.0239392
110. Sheu TY, Marshall RT, Heymann H. Improving Survival of Culture Bacteria in
Frozen Desserts by Microentrapment. Journal of Dairy Science [Internet]. 1993
[cited 2021 Jun 4];76(7):1902–7. Available from:
https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/8345127/
111. Paula D de A, Martins EMF, Costa N de A, de Oliveira PM, de Oliveira EB,
Ramos AM. Use of gelatin and gum arabic for microencapsulation of probiotic
cells from Lactobacillus plantarum by a dual process combining double
emulsification followed by complex coacervation. International Journal of
Biological Macromolecules. 2019 Jul 15;133:722–31.
112. Mahmoud M, Abdallah NA, El-Shafei K, Tawfik NF, El-Sayed HS. Survivability
of alginate-microencapsulated Lactobacillus plantarum during storage,
simulated food processing and gastrointestinal conditions. Heliyon. 2020 Mar
1;6(3): e03541.
113. Mu RJ, Yuan Y, Wang L, Ni Y, Li M, Chen H, et al. Microencapsulation of
Lactobacillus acidophilus with konjac glucomannan hydrogel. Food
Hydrocolloids. 2018 Mar 1;76:42–8.
114. Aichele CP, Venkataramani D, Smay JE, McCann MH, Richter S, Khanzadeh-
Moradllo M, et al. A comparison of automated scanning electron microscopy
(ASEM) and acoustic attenuation spectroscopy (AAS) instruments for particle
sizing. Colloids and Surfaces A: Physicochemical and Engineering Aspects.
2015 Aug 1;479:46–51.
115. Singh P, Medronho B, Miguel MG, Esquena J. On the encapsulation and
viability of probiotic bacteria in edible carboxymethyl cellulose-gelatin water-in-
water emulsions. Food Hydrocolloids. 2018 Feb 1;75:41–50.
72
116. Barbetta A, Barigelli E, Dentini M. Porous alginate hydrogels: Synthetic
methods for tailoring the porous texture. Biomacromolecules. 2009 Aug
10;10(8):2328–37.
117. Sun J, Tan H. Alginate-based biomaterials for regenerative medicine
applications. Vol. 6, Materials. 2013. p. 1285–309.
118. Mohd Zain NA, Mohd Suardi S, Idris A. Hydrolysis of liquid pineapple waste by
invertase immobilized in PVA-alginate matrix. Biochemical Engineering
Journal. 2010 Jul 15;50(3):83–9.
119. Dianawati D, Shah NP. Enzyme Stability of Microencapsulated Bifidobacterium
animalis ssp. lactis BB12 after Freeze Drying and during Storage in Low Water
Activity at Room Temperature. Journal of Food Science. 2011 Aug;76(6).
120. Kusuktham B, Prasertgul J, Srinun P. Morphology and Property of Calcium
Silicate Encapsulated with Alginate Beads. Silicon. 2014;6(3):191–7.
121. Kumar A DC. Methods for characterization of nanoparticles. In: Advances in
Nanomedicine for the Delivery of Therapeutic Nucleic Acids. 2017. p. 43–58.
122. Arslan S, Erbas M, Tontul I, Topuz A. Microencapsulation of probiotic
Saccharomyces cerevisiae var. boulardii with different wall materials by spray
drying. LWT - Food Science and Technology. 2015 Sep 1;63(1):685–90.
123. Martin MJ, Lara-Villoslada F, Ruiz MA, Morales ME. Effect of unmodified starch
on viability of alginate-encapsulated Lactobacillus fermentum CECT5716. LWT
- Food Science and Technology. 2013 Oct;53(2):480–6.
124. Almasi L, Radi M, Amiri S, McClements DJ. Fabrication and characterization of
antimicrobial biopolymer films containing essential oil-loaded microemulsions
or nanoemulsions. Food Hydrocolloids. 2021 Aug 1;117:106733.
125. Vaishanavi S, Preetha R. Soy protein incorporated nanoemulsion for enhanced
stability of probiotic (Lactobacillus delbrueckii subsp. bulgaricus) and its
characterization. In: Materials Today: Proceedings. Elsevier Ltd; 2020. p.
S148–53.
126. Zhang Z, Gu M, You X, Sela DA, Xiao H, McClements DJ. Encapsulation of
bifidobacterium in alginate microgels improves viability and targeted gut
release. Food Hydrocolloids. 2021 Jul 1;116:106634.
127. Dubey R, Shami TC, Bhasker Rao KU. Microencapsulation technology and
applications. Defence Science Journal. 2009 Jan;59(1):82–95.
128. Estevinho BN, Lopes AR, Sousa V, Rocha F, Nunes OC. Microencapsulation
of Gulosibacter molinativorax ON4T cells by a spray-drying process using
different biopolymers. Journal of Hazardous Materials. 2017;338:85–92.
129. Jyothi, Sris, S.; Seethadevi, A.; Prabha, K. S.; Muthuprasanna, P.; Pavitra P.
Microencapsulation: A Review. International Journal of Pharma and Bio
Sciences. 2012;3(1):1–23.
130. Chen KS, Lin YC, Hsieh L te, Lin LF, Wu CC. Saving energy and reducing
pollution by use of emulsified palm-biodiesel blends with bio-solution additive.
Energy. 2010;35(5):2043–8.
131. Déziel É, Paquette G, Villemur R, Lépine F, Bisaillon JG. Biosurfactant
production by a soil Pseudomonas strain growing on polycyclic aromatic
hydrocarbons. Applied and Environmental Microbiology. 1996;62(6):1908–12.
132. Ayorinde FO, Gelain S v., Johnson JH, Wan LW. Analysis of some commercial
polysorbate formulations using matrix-assisted laser desorption/ionization time-
of-flight mass spectrometry. Rapid Communications in Mass Spectrometry.
2000;14(22):2116–24.
73
133. Dinarvand R, Moghadam SH, Sheikhi A, Atyabi F. Effect of surfactant HLB and
different formulation variables on the properties of poly-D, L-lactide
microspheres of naltrexone prepared by double emulsion technique. Journal of
Microencapsulation [Internet]. 2005 Mar [cited 2021 Jun 25];22(2):139–51.
Available from:
https://www.tandfonline.com/doi/abs/10.1080/02652040400026392
134. Chen J, Wang Q, Liu CM, Gong J. Issues deserve attention in encapsulating
probiotics: Critical review of existing literature. Critical Reviews in Food Science
and Nutrition [Internet]. 2017 Apr 13 [cited 2021 Jun 12];57(6):1228–38.
Available from: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/26054762/
135. Ribeiro MCE, Chaves KS, Gebara C, Infante FNS, Grosso CRF, Gigante ML.
Effect of microencapsulation of Lactobacillus acidophilus LA-5 on
physicochemical, sensory and microbiological characteristics of stirred probiotic
yoghurt. Food Research International. 2014 Dec 1;66:424–31.
136. Marefati A, Pitsiladis A, Oscarsson E, Ilestam N, Bergenståhl B. Encapsulation
of Lactobacillus reuteri in W1/O/W2 double emulsions: Formulation, storage
and in vitro gastro-intestinal digestion stability. LWT. 2021 Jul 1;146:111423.
137. Santos MI, Gerbino E, Tymczyszyn E, Gomez-Zavaglia A. Applications of
infrared and raman spectroscopies to probiotic investigation [Internet]. Vol. 4,
Foods. MDPI AG; 2015 [cited 2021 Jun 14]. p. 283–305. Available from:
www.mdpi.com/journal/foods
138. Ellis DI, Brewster VL, Dunn WB, Allwood JW, Golovanov AP, Goodacre R.
Fingerprinting food: Current technologies for the detection of food adulteration
and contamination. Chemical Society Reviews. 2012 Aug 6;41(17):5706–27.
139. Rakshit R, Pal M, Mandal M, Mandal K. Charge transfer mediated magnetic
response of cobalt ferrite nanoparticles. Materials Letters.
2015;151(March):64–7.
140. Silverstein RM, Webster FX KD. Spectrometric Identification of Organic
Compounds [Internet]. 7th ed. New York: John Wiley & Sons, INC; 2005. 550.
Available from:
https://eclass.upatras.gr/modules/document/file.php/PHY1973/Silverstein -
Spectrometric Identification of Organic Compounds 7th ed.pdf
141. Medeiros AK de OC, Gomes C de C, Amaral MLQ de A, Medeiros LDG de,
Medeiros I, Porto DL, et al. Nanoencapsulation improved water solubility and
color stability of carotenoids extracted from Cantaloupe melon (Cucumis melo
L.). Food Chemistry [Internet]. 2019;270(April 2018):562–72. Available from:
https://doi.org/10.1016/j.foodchem.2018.07.099
142. Rather SA, Akhter R, Masoodi FA, Gani A, Wani SM. Effect of double alginate
microencapsulation on in vitro digestibility and thermal tolerance of
Lactobacillus plantarum NCDC201 and L. casei NCDC297. LWT - Food
Science and Technology. 2017 Sep 15;83:50–8.
143. Saad MA, Abdurahman NH, Yunus RM. Synthesis, characterization, and
demulsification of water in crude oil emulsion via a corn oil-based demulsifier.
Materials Today: Proceedings. 2021 Jan 1;42:251–8.
144. Krasaekoopt W, Bhandari B, Deeth H. The influence of coating materials on
some properties of alginate beads and survivability of microencapsulated
probiotic bacteria. International Dairy Journal. 2004 Aug 1;14(8):737–43.
145. Sultana K, Godward G, Reynolds N, Arumugaswamy R, Peiris P, Kailasapathy
K. Encapsulation of probiotic bacteria with alginate-starch and evaluation of
74
survival in simulated gastrointestinal conditions and in yoghurt. International
Journal of Food Microbiology [Internet]. 2000 Dec 5 [cited 2021 Jun 15];62(1–
2):47–55. Available from: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/11139021/
146. Souza M, Mesquita A, Souza P, Borges G, Silva T, Converti A, et al. New
functional non-dairy mixed tropical fruit juice microencapsulated by spray
drying: Physicochemical characterization, bioaccessibility, genetic identification
and stability. LWT. 2021 Dec 1;152:112271.
147. Caparino OA, Tang J, Nindo CI, Sablani SS, Powers JR, Fellman JK. Effect of
drying methods on the physical properties and microstructures of mango
(Philippine “Carabao” var.) powder. Journal of Food Engineering. 2012
Jul;111(1):135–48.
148. de Oliveira GLR, Medeiros I, Nascimento SS da C, Viana RLS, Porto DL,
Rocha HAO, et al. Antioxidant stability enhancement of carotenoid rich-extract
from Cantaloupe melon (Cucumis melo L.) nanoencapsulated in gelatin under
different storage conditions. Food Chemistry. 2021 Jun 30;348:129055.
149. Vaziri AS, Alemzadeh I, Vossoughi M. Improving survivability of Lactobacillus
plantarum in alginate-chitosan beads reinforced by Na-tripolyphosphate dual
cross-linking. LWT. 2018 Nov 1;97:440–7.
150. Martins M, Kawazoe Sato AC, Ogino K, Goldbeck R. Evaluating the addition of
xylooligosaccharides into alginate-gelatin hydrogels. Food Research
International. 2021 Sep 1;147:110516.
151. Vaziri AS, Alemzadeh I, Vossoughi M, Khorasani AC. Co-microencapsulation
of Lactobacillus plantarum and DHA fatty acid in alginate-pectin-gelatin
biocomposites. Carbohydrate Polymers. 2018 Nov 1;199:266–75.
152. Reis CP, Neufeld RJ, Vilela S, Ribeiro AJ, Veiga F. Review and current status
of emulsion/dispersion technology using an internal gelation process for the
design of alginate particles. http://dx.doi.org/101080/02652040500286086
[Internet]. 2008 May [cited 2021 Nov 1];23(3):245–57. Available from:
https://www.tandfonline.com/doi/abs/10.1080/02652040500286086
153. Peña C, de la Caba K, Eceiza A, Ruseckaite R, Mondragon I. Enhancing water
repellence and mechanical properties of gelatin films by tannin addition.
Bioresource Technology. 2010 Sep 1;101(17):6836–42.
154. Xiao C, Liu H, Lu Y, Zhang L. BLEND FILMS FROM SODIUM ALGINATE AND
GELATIN SOLUTIONS. http://dx.doi.org/101081/MA-100103352 [Internet].
2007 [cited 2021 Nov 1];38 A(3):317–28. Available from:
https://www.tandfonline.com/doi/abs/10.1081/MA-100103352
155. Khalil KA, Mustafa S, Mohammad R, bin Ariff A, Ahmad SA, Dahalan FA, et al.
Encapsulation of Bifidobacterium pseudocatenulatum Strain G4 within Bovine
Gelatin-Genipin-Sodium Alginate Combinations: Optimisation Approach Using
Face Central Composition Design-Response Surface Methodology (FCCD-
RSM). International Journal of Microbiology [Internet]. 2019 [cited 2021 Jun
27];2019. Available from: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/31093290/
156. Jiang N, Dev Kumar G, Chen J, Mishra A, Mis Solval K. Comparison of
concurrent and mixed-flow spray drying on viability, growth kinetics and biofilm
formation of Lactobacillus rhamnosus GG microencapsulated with fish gelatin
and maltodextrin. LWT. 2020 Apr 1;124:109200.
157. Sagiri SS, Anis A, Pal K. Review on Encapsulation of Vegetable Oils:
Strategies, Preparation Methods, and Applications [Internet]. Vol. 55, Polymer -
Plastics Technology and Engineering. Taylor and Francis Inc.; 2016 [cited
75
2021 Jun 30]. p. 291–311. Available from:
https://www.tandfonline.com/doi/abs/10.1080/03602559.2015.1050521
158. Mandal S, Puniya AK, Singh K. Effect of alginate concentrations on survival of
microencapsulated Lactobacillus casei NCDC-298. International Dairy Journal.
2006 Oct 1;16(10):1190–5.
159. Liu H, Gong J, Chabot D, Miller SS, Cui SW, Zhong F, et al. Improved survival
of Lactobacillus zeae LB1 in a spray dried alginate-protein matrix. Food
Hydrocolloids. 2018 May 1;78:100–8.
160. Vaziri AS, Alemzadeh I, Vossoughi M. Improving survivability of Lactobacillus
plantarum in alginate-chitosan beads reinforced by Na-tripolyphosphate dual
cross-linking. LWT. 2018 Nov 1;97:440–7.
161. Trabelsi I, Ayadi D, Bejar W, Bejar S, Chouayekh H, ben Salah R. Effects of
Lactobacillus plantarum immobilization in alginate coated with chitosan and
gelatin on antibacterial activity. International Journal of Biological
Macromolecules. 2014 Mar 1;64:84–9.
162. Ester B, Noelia B, Laura CJ, Francesca P, Cristina B, Rosalba L, et al.
Probiotic survival and in vitro digestion of L. salivarius spp. salivarius
encapsulated by high homogenization pressures and incorporated into a fruit
matrix. LWT. 2019 Aug 1;111:883–8.
163. Gacesa P. Alginates. Carbohydrate Polymers. 1988 Jan 1;8(3):161–82.
164. Shu B, Yu W, Zhao Y, Liu X. Study on microencapsulation of lycopene by
spray-drying. Journal of Food Engineering. 2006 Oct;76(4):664–9.
165. Lam RSH, Nickerson MT. Food proteins: A review on their emulsifying
properties using a structure-function approach. Vol. 141, Food Chemistry.
Elsevier Ltd; 2013. p. 975–84.
166. Klein T, Longhini R, Bruschi ML, de Mello JCP. Microparticles containing
Guaraná extract obtained by spray-drying technique: Development and
characterization. Revista Brasileira de Farmacognosia. 2015 May 1;25(3):292–
300.
167. de Liz GR, Verruck S, Canella MHM, Dantas A, Garcia SG, Maran BM, et al.
Stability of bifidobacteria entrapped in goat’s whey freeze concentrate and
inulin as wall materials and powder properties. Food Research International.
2020 Jan 1;127:108752.
168. Zhao Y, Sun Z. Effects of gelatin-polyphenol and gelatin–genipin cross-linking
on the structure of gelatin hydrogels.
https://doi.org/101080/1094291220171381111 [Internet]. 2018 Jan 10 [cited
2021 Nov 4];20:S2822–32. Available from:
https://www.tandfonline.com/doi/abs/10.1080/10942912.2017.1381111
169. Khodaei D, Hamidi-Esfahani Z, Lacroix M. Gelatin and low methoxyl pectin
films containing probiotics: Film characterization and cell viability. Food
Bioscience. 2020 Aug 1;36:100660.
170. Machado Vasconcelos LI, Silva-Buzanello RA da, Kalschne DL, Scremin FR,
Stival Bittencourt PR, Gaudêncio Dias JT, et al. Functional fermented
sausages incorporated with microencapsulated Lactobacillus plantarum BG
112 in Acrycoat S100. LWT. 2021 Aug 1;148:111596.
171. Lopes S, Bueno L, de Aguiar Júnior F, Finkler CLL. Preparation and
characterization of alginate and gelatin microcapsules containing Lactobacillus
Rhamnosus. Anais da Academia Brasileira de Ciencias [Internet]. 2017 Jul 1
[cited 2021 Jun 16];89(3):1601–13. Available from:
76
http://dx.doi.org/10.1590/0001-
3765201720170071www.scielo.br/aabc|www.fb.com/aabcjournal
172. Stojanovic R, Belscak-Cvitanovic A, Manojlovic V, Komes D, Nedovic V,
Bugarski B. Encapsulation of thyme (Thymus serpyllum L.) aqueous extract in
calcium alginate beads. Journal of the Science of Food and Agriculture
[Internet]. 2012 Feb [cited 2021 Jun 16];92(3):685–96. Available from:
https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/21953367/
173. Lillo-Pérez S, Guerra-Valle M, Orellana-Palma P, Petzold G. Probiotics in fruit
and vegetable matrices: Opportunities for nondairy consumers. LWT. 2021 Nov
1;151:112106.
174. Li K, Wang B, Wang W, Liu G, Ge W, Zhang M, et al. Microencapsulation of
Lactobacillus casei BNCC 134415 under lyophilization enhances cell viability
during cold storage and pasteurization, and in simulated gastrointestinal fluids.
LWT. 2019 Dec 1;116:108521.
175. Terpou A, Papadaki A, Lappa IK, Kachrimanidou V, Bosnea LA, Kopsahelis N.
Probiotics in food systems: significance and emerging strategies towards
improved viability and delivery of enhanced beneficial value. Nutrients. 2019
Jul 1;11(7).
176. Jayamanne VS, Adams MR. Determination of survival, identity and stress
resistance of probiotic bifidobacteria in bio-yoghurts. Letters in Applied
Microbiology [Internet]. 2006 Mar 1 [cited 2021 Nov 5];42(3):189–94. Available
from: https://onlinelibrary.wiley.com/doi/full/10.1111/j.1472-765X.2006.01843.x
177. Martins M, Silva KCG, Ávila PF, Sato ACK, Goldbeck R. Xylo-oligosaccharide
microparticles with synbiotic potential obtained from enzymatic hydrolysis of
sugarcane straw. Food Research International. 2021 Feb 1;140:109827.
178. Ahammed S, Liu F, Khin MN, Yokoyama WH, Zhong F. Improvement of the
water resistance and ductility of gelatin film by zein. Food Hydrocolloids. 2020
Aug 1;105:105804.
179. Botrel DA, de Barros Fernandes RV, Borges SV, Yoshida MI. Influence of wall
matrix systems on the properties of spray-dried microparticles containing fish
oil. Food Research International. 2014 Aug 1;62:344–52.
77