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Petrolina – PE
2016
CRISTIANE MARIA SOUZA DE CASTRO RODRIGUES
Petrolina – PE
2016
Rodrigues, Cristiane Maria Souza de Castro
R696e Estudo fitoquímico e avaliação da atividade biológica de
Annona leptopetala (R.E.F.Fr.) H. Rainer / Cristiane Maria
Souza de Castro Rodrigues – Petrolina, 2016.
xii, 209 f.
CDD 581.634
Ficha catalográfica elaborada pelo Sistema Integrado de Bibliotecas da UNIVASF.
Bibliotecária: Luciana Souza Oliveira CRB5/1731
CRISTIANE MARIA SOUZA DE CASTRO RODRIGUES
______________________________________________________
Prof. Dr. Jackson Roberto Guedes da Silva Almeida - UNIVASF
(Orientador)
______________________________________________________
Prof. Dr. Emmanoel Vilaça Costa - UFAM
(1º Examinador)
________________________________________________
Prof. Dra. Xirley Pereira Nunes - UNIVASF
(2º Examinador)
Ao meu filho amado, Guilherme,
pelo amor incondicional e por compreender, mesmo tão pequeno, as longas
horas de ausência de sua mãe;
Aos meus queridos pais,
por me ensinarem o verdadeiro valor dos estudos;
Ao meu querido esposo Renato,
pelo amor e companheirismo,
Dedico.
Ao Pai celestial,
por sempre estar ao meu lado, principalmente nas horas que menos mereci
e quem tornou esse sonho possível.
Ofereço.
AGRADECIMENTOS
Ao Senhor Deus, que todos os dias da minha vida me encheu de ânimo e cuidou
da minha família para eu nunca desistir, e por colocar tantos anjos na minha vida.
O meu sincero e imenso agradecimento, ao meu querido e maravilhoso filho
Guigui, por compreender a minha ausência, para que este trabalho fosse conduzido.
Pelo seu imenso amor, energia concedida através de sorrisos, beijos e abraços e
por me fazer a mãe mais feliz desse mundo, eu o agradeço de todo o meu coração.
Aos meus queridos pais, Cristiano e Maria de Jesus, agradeço de uma maneira
especial pela vida, pelo amor incondicional e valores ensinados, e principalmente a
minha rainha (mãe), que fez tudo o que era possível para me manter estudando, por
acreditar que a educação é um bem valioso. É o meu maior exemplo!
Ao meu digníssimo esposo, meu sincero agradecimento pela enorme paciência
com a minha “chatura”, pela imensa ajuda, apoio e carinho dedicados nessa etapa
da minha vida e acima de tudo por ser esse grande pai.
Meu sincero agradecimento ao meu orientador inoxidável, Prof. Dr. Jackson
Roberto Guedes da Silva Almeida, pela oportunidade concedida, pelos
ensinamentos compartilhados com maestria e pela forma de fazer ciência com tanta
dedicação.
Ao Prof. Dr. Emmanoel Vilaça Costa (UFAM) pelos conhecimentos
compartilhados e por ser tão acessível. Obrigada por confiar no meu potencial e ter
tornado a convivência com a espécie Annona leptopetala prazerosa e promissora.
O reconhecido agradecimento a uma “anja”, chamada Lívia Dutra, que sempre se
colocou à disposição para ajudar. Agradeço imensamente, pelo tempo dedicado nas
análises de RMN e ajuda nas elucidações estruturais.
A todos os meus professores que passaram pela minha vida e deixaram seu
exemplo, os levo no meu coração e lhes serei eternamente grata pela minha
formação profissional.
Aos meus familiares, tios e irmãos, Tiago e Dani, pelo amor e apoio dedicados a
mim, e em especial ao meu tio José Neto, maior incentivador e provedor dos meus
estudos e à minha irmã, que para mim é mais que uma “anja”.
À minha turma do mestrado, pelo companheirismo, ajuda e por tornar essa
jornada mais prazerosa e em especial, à Iza Miranda e Cárita Piauilino, por quem
tenho grande apreço e carinho.
Aos amigos que conquistei no meio acadêmico, que mesmo sem citar nomes,
podem reconhecer que tenho por eles muito carinho e apreço.
A todos os colegas do NEPLAME e do laboratório de Química Orgânica, que
sempre se disponibilizaram a ajudar e pelos conhecimentos divididos, além dos
momentos de descontração, tornando a convivência prazerosa e divertida.
Um agradecimento especial às meninas super poderosas, Ana Paula de Oliveira,
Mariana Gama e Érika Lavor, pelo tempo dedicado na realização dos ensaios
biológicos.
Às professoras Edigênia Cavalcante, Larissa Rolim e Xirley Nunes, pela
colaboração e esclarecimentos, e de uma forma carinhosa ao meu conterrâneo,
Prof. Wagner Félix, por me proporcionar momentos de grande alegria, nas suas
aulas fantásticas.
Às professoras Dra. Marcília Costa (UFPI) e Cláudia Pessoa (UFC), pelos
ensaios biológicos no Laboratório Nacional de Oncologia experimental (LabNOE-
UFC).
Ao Programa de Pós-Graduação em Recursos Naturais do Semiárido pela
oportunidade da pesquisa.
Ao órgão de fomento FACEPE pela bolsa concedida.
Ao CNPQ pelo apoio financeiro desta pesquisa.
Aos colaboradores nas análises de RMN: Prof. Dr. Andersson Barison (UFPR),
Prof. Dr. Raimundo Braz Filho (UENF) e aos técnicos, pela elaboração dos
espectros.
Ao analista ambiental André Paviotti, pela coleta e identificação do material
botânico.
Agradeço imensamente a todos que direta ou indiretamente, contribuíram para
que este trabalho fosse desenvolvido.
―Cada pessoa deve trabalhar para o seu
(Marie Curie)
RESUMO
BHA Butil-hidroxi-anisol
BHT Butil-hidroxi-tolueno
CC Cromatografia em coluna
CHCl3 Clorofórmio
d dupleto
dd duplo dupleto
DMSO Dimetilsulfóxido
DPPH• 2,2-difenil-1-picrilhidrazil
m Multipleto
MTS 3-(4,5-dimetiltiazol-2-il)-5-(3-carboximetoxifenil)-2-(4-sulfofenil) -
2H-tetrazólio
s Simpleto
t Tripleto
UV Ultravioleta
1. INTRODUÇÃO .............................................................................................................................. 20
2. OBJETIVOS ................................................................................................................................... 23
2.1. Geral ........................................................................................................................................ 24
2.2. Específicos.............................................................................................................................. 24
3. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA .................................................................................................. 24
3.1. Considerações sobre a família Annonaceae ..................................................................... 26
3.2. Considerações sobre o gênero Annona ............................................................................. 30
3.2.1. Constituintes químicos no gênero Annona ................................................................. 31
3.2.1.1. Considerações sobre os alcaloides ...................................................................... 38
3.2.1.2. Considerações sobre as acetogeninas ................................................................ 54
3.3. Propriedades biológicas e farmacológicas de compostos bioativos em anonáceas .... 57
3.4. A espécie Annona leptopetala (R.E.Fr.) H. Rainer............................................................ 67
3.5. Breve consideração sobre antioxidantes ............................................................................ 76
4. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL ......................................................................................... 82
4.1. Suportes para cromatografia ................................................................................................ 82
4.2. Equipamentos ........................................................................................................................ 82
4.3. Material Botânico ................................................................................................................... 83
4.3.1. Coleta e identificação do material botânico ................................................................ 83
4.3.2. Processamento do material vegetal ............................................................................. 83
4.4. Obtenção dos extratos .......................................................................................................... 83
4.5. Prospecção fitoquímica ......................................................................................................... 85
4.6. Avaliação da atividade antioxidante in vitro ...................................................................... 85
4.6.1. Ensaio para avaliação da redução do radical DPPH ................................................. 85
4.6.2. Determinação da atividade antioxidante por meio do sistema de co-oxidação β-
caroteno/ácido linoleico. ........................................................................................................... 86
4.6.2.1. Estudo cinético da atividade antioxidante no sistema β-caroteno/ácido
linoleico ................................................................................................................................... 87
4.7. Determinação de fenóis totais (FT) ..................................................................................... 88
4.8. Determinação do teor de flavonoides totais (FVT) ............................................................ 90
4.9. Extração das bases (alcaloides) presentes nos extratos metanólicos (EM). ................ 91
4.10. Fracionamento do extrato hexânico das folhas (EHF) ................................................... 93
4.10.1. Estudo cromatográfico de G2 ..................................................................................... 94
4.11. Estudo fitoquímico da fase alcaloídica das folhas (FALCF) .......................................... 96
4.12. Ensaio para a atividade antibacteriana ............................................................................. 98
4.13. Avaliação da atividade citotóxica ....................................................................................... 99
4.13.1. Ensaio da atividade citotóxica in vitro pelo método do MTT .................................. 99
4.13.2. Ensaio de citotoxicidade frente a células da linhagem sarcoma S-180 .............. 101
5. RESULTADOS E DISCUSSÃO ................................................................................................ 104
5.1. Prospecção fitoquímica ....................................................................................................... 104
5.2. Isolamento e determinação estrutural dos compostos de A. leptopetala..................... 105
5.2.1. Identificação dos alcaloides presentes em ALC8 (ALC8-S1, ALC8-S2 e ALC8-S3).
................................................................................................................................................... 107
5.2.2. Determinação estrutural de ALC4 .............................................................................. 136
5.2.3. Determinação estrutural de SBFII-3........................................................................... 144
5.3. Ensaios de avaliação da atividade antioxidante in vitro. ................................................ 151
5.3.1 Ensaio para avaliação da redução do radical DPPH ................................................ 151
5.3.2 Inibição da oxidação acoplada ao sistema -caroteno/ácido linoleico ................... 155
5.4. Avaliação da atividade citotóxica in vitro de A. leptopetala pelo ensaio do MTT e do
MTS ............................................................................................................................................... 161
5.5. Ensaio da atividade antibacteriana.................................................................................... 167
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS....................................................................................................... 174
REFERÊNCIAS ............................................................................................................................... 177
APÊNDICE ....................................................................................................................................... 206
H
4
H3CO
3 5
2 3a
1 3b
6a NH
15
H3CO 1a
11a 7 H 10 9
7a
11
2 1 8
3 5 7
10 8 4 6 H
9 H 12
HO H 11
3 14
4
H3CO 3a 13
5
2
H
1 H
6a NH 4
3b O
H3CO 1a
2
3 5
O 3 4
3a
2 3a 5
11a
7 1 3b
6a
NH 1 3b
11 7a O 6a NH
1a O
1a
10
8 11a 7
7a 11a 7
H3CO 9 11 7a
11
8
OH 10
OH 10 8
9
9
OCH3
1. Introdução
20
1. INTRODUÇÃO
11a 7 H 10 9
7a
11
2 1 8
3 5 7
10 8 4 6 H
9 H 12
HO H 11
3 14
4
H3CO 3a 13
5
2
H
1 H
6a NH 4
3b O
H3CO 1a
2
3 5
O 3 4
3a
2 3a 5
11a
7 1 3b
6a
NH 1 3b
11 7a O 6a NH
1a O
1a
10
8 11a 7
7a 11a 7
H3CO 9 11 7a
11
8
OH 10
OH 10 8
9
9
OCH3
2. Objetivos
24
2. OBJETIVOS
2.1. Geral
2.2. Específicos
11a 7 H 10 9
7a
11
2 1 8
3 5 7
10 8 4 6 H
9 H 12
HO H 11
3 14
4
H3CO 3a 13
5
2
H
1 H
6a NH 4
3b O
H3CO 1a
2
3 5
O 3 4
3a
2 3a 5
11a
7 1 3b
6a
NH 1 3b
11 7a O 6a NH
1a O
1a
10
8 11a 7
7a 11a 7
H3CO 9 11 7a
11
8
OH 10
OH 10 8
9
9
OCH3
3. Fundamentação teórica
26
3. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
O gênero Annona, da tribo Annoneae, possui cerca de 200 espécies nos trópicos
das Américas e na África (MAAS, 2009). Annona inclui agora as 44 espécies antes
classificadas no gênero Rollinia, aquelas com pétalas externas unidas, formando
uma estrutura como pás de hélice (RAINER, 2007).
No Brasil ocorrem 82 espécies encontradas na Caatinga, Cerrado, Mata
Amazônica, Mata Atlântica e Pantanal. Destas, 24 são endêmicas (MAAS et al.,
2015b).
Dentre as espécies do gênero, as mais cultivadas na região tropical, devido aos
seus frutos comestíveis, são: Annona squamosa (fruta-do-conde, ata ou pinha), A.
muricata (graviola), A. reticulata (condessa) e A. cherimola (cherimóia), todas essas
exóticas (MOSCA, CAVALCANTE, DANTAS, 2006). Essas espécies são
consideradas importantes devido ao seu valor comercial e suas propriedades
nutricionais, podendo ser consumidas tanto na forma in natura, como no preparo de
sucos e sorvetes (LORENZI, MATOS, 2002).
O gênero Annona tem sido largamente estudado devido à presença marcante de
certas classes de metabólitos, com propriedades terapêuticas bem consolidadas na
literatura. Dentre elas, destacam-se as acetogeninas, com potente ação citotóxica,
antineoplásica, antimicrobiana, antiparasitária, pesticida, imunossupressora e
antimalárica (GUINAUDEAU et al., 1988, CHEN et al., 2011, RINALDI, 2007,
BARRETO, 2014). Os alcaloides isoquinolínicos desempenham papel relevante no
gênero, sendo atribuídos a esses compostos efeitos farmacológicos tais como
antibacteriano, antifúngico, antiplaquetário, anti-inflamatório, gastroprotetor,
antiúlcera, ansiolítico e citotóxico, frente a diversas linhagens celulares cancerosas
como a de pulmão, cólon e leucemia, (GUINADEAU; LEBOEUF; CAVÉ, 1988, CHEN
et al., 2011, STÉVIGNY et al., 2005, CUSTÓDIO, 2014, SURESH, 2012, DE
SOUSA FALCÃO, 2008, YADAV, 2011, CHAVES, 2010, COSTA, 2013a, COSTA,
2010; COSTA, 2009a; TAN-LI, 2013; CUNHA et al., 2005; LÚCIO et al., 2015). O
gênero destaca-se também pela presença de diterpenos do tipo ent-cauranos,
esteroides, monoterpenos, sesquiterpenos, triterpenos, lactonas, flavonoides,
cetonas, além de vários estudos com óleos essenciais (DUTRA, 2014).
31
3'
4' R1
2'
R6
8 1'
R5 7 O 2 5'
6'
R2
6 3
R4 5 4 R3
OH O
Flavonoide R1 R2 R3 R4 R5 R6
Isoramnetina-3-O-galactosil galactosídeo OH OCH3 O-galactose-galactose H OH H
Isoramnetina-3-O-glicosídeo OH OCH3 O-glicose H OH H
Isoramnetina-3-O-ramnosil glicosídeo OH OCH3 O-ramnose-glicose H OH H
a
Canferol-3-O-(arabinose-glicose) H OH O-arabinose-glicose H OH H
Canferol-3-O-galactosídeo H OH O-galactose H OH H
Canferol-3-O-galactosil glicosídeo H OH O-galactose-glicose H OH H
Canferol-3-O-glicosídeo H OH O-glicose H OH H
Canferol-3-O-glicosil glicosídeo H OH O-glicose-glicose H OH H
Canferol-3-O-ramnosil glicosídeo H OH O-ramnose-glicose H OH H
Luteolina-7-O-glicosídeo OH OH H H O-glicose H
Quercetina-3-O-arabinosídeo OH OH O-arabinose H OH H
Quercetina-3-O-arabinosil arabinosídeo OH OH O-arabinose-arabinose H OH H
Quercetina-3-O-arabinosil galactosídeo OH OH O-arabinose-galactose H OH H
Quercetina-3-O-galactosídeo OH OH O-galactose H OH H
Quercetina-3-O-galactosil ramnosídeo OH OH O-galactose-ramnose H OH H
a
Posição relativa do açúcar não definida
33
OH
HO
O OH
O
HO O OH
O
HO
OH
H3CO H3CO
B B
H3CO O H3CO OH
A C A C
H3CO H3CO
O O
H3CO HO
Kanakugina Kanakugiol
MELO et al., 2001;), Polyalthia (SASHIDHARA et al., 2009; HAO et al., 1995), entre
outros, podendo ser considerados marcadores também na família (DUTRA, 2014).
Os diterpenos do tipo caurano são relatados em muitas espécies do gênero
Annona (LÓPEZ et al., 2002), tais como, A. reticulata L., A. senegalensis Pers. A.
amazonica R. E., Fries, A. glabra L., A. cherimola Mill. (ETSE et al., 1987; ESHIET
et al., 1971; FATOPE et al., 1996; CHANG et al., 1998; CHEN et al., 2004;
MIYASHITA et al., 2010), A. vepretorum (DUTRA et al., 2014a). Com base nesses
estudos fitoquímicos, observa-se uma predominância desses compostos nos frutos,
seguido pelas cascas e menos frequentemente nas folhas. Alguns desses
diterpenos encontram-se representados no Quadro 2.
H H
O
H OH
H OH
O
H
HO HO
H
HO
H OH H
OH
H
H
H
H H OH
H
H
H
H OH
O O
H
O
H O
O H O
H OH H
H O
H H
O
O
Annomosina A Annoglabasina A
36
H
H
H H
H
H H
HO
H
O
H
H H
H
HO H
OH
HO
1,8-cineol
38
L-Tirosina Isoquinolina
39
tirosina
descarboxilase
norcoclaurina
Dopamina sintase
L-tirosina
transaminase,
descarboxilase (S)-norcoclaurina
4-hidroxifenil-
acetaldeído
norcoclaurina
6-O-metiltransferase
N-metilcoclaurina coclaurina
3’-hidroxilase N-metiltransferase
3’-hidroxi-N-metilcoclaurina
4’-O-metiltransferase
Aporfínicos
Tetrahidroprotoberberínicos
Protoberberínicos
(S)-reticulina
40
R4
O
N N R6
NH
N N
R
R1
O R7
R
+
N
N N
R
O
Tetrahidroprotoberberínico Protoberberínico Proaporfínico
N CH3
N R N
R
Fenantreno Benzilisoquinolínico
Benziltetrahidroisoquinolínico
41
3 4
2 5
3a
A 1b
B
1 1a N6
6a R
11a C 7
11 7a
10
D
8
O
N
O NH H
H3CO
H
HO
H3CO H3CO
N HO
H3CO
N
O H
OCH3
Dehidroxilopina (5)
43
Roemerina A. glabra, A. squamosa, A. senegalensis Antifúngico, adjuvante quimiopreventivo Udvardy et al. (2014);
Stévigny et al. (2005)
O-metilmoscatolina A. ambotay, A. foetida Antimicrobiano, citotóxico, tripanocida, Costa et al. (2009), Lúcio et
leishmanicida al. (2015)
Coreximina A. montana, A. muricata, A. paludosa Antimicrobiano, leishmanicida Costa et al., (2010), Cunha et
al. (2005)
N-metil coridaldina A. squamosa Gastroprotetor Yadav et al. (2011)
(Continua)
45
Isocoridina A. purpurea, A. squamosa Gastroprotetor, antiproliferativo, Yadav et al. (2011), Sun et al.
antiarrítmico, antimicrobiano, (2012), Rios et al. (1989)
antitussígeno, depressor do SNC,
hipotensor, parassimpático e
espasmódico.
O-metil armepavina A. squamosa Gastroprotetor Yadav et al. (2011),
Glaziovina A. purpurea, A. cherimola Antiúlcera, ansiolítico, antimicrobiano, Falcão et al. (2008), Rios et
citotóxico, antidepressivo, hipotensor, al. (1989)
psicotrópico, tranquilizante
Palmatina A. paludosa Anti-inflamatório, citotóxico Souto et al. (2011),
N-metil A. purperea Antiplaquetário Chaves et al. (2010)
laurotetanina
Lisicamina A. pickelii, A. acuminata, A. cherimola, A. Antimicrobiano, antioxidante Costa et al. (2010)
hayesii, a. purpurea, A. sericea
Liriodenina A. bullata, A. cacans, A. cherimola, A. analgésico, antibacteriano, antifúngico, Lúcio et al. (2015), Costa et
classiflora, A. cristalensis, A. dioica, A. antiplaquetário, antileishmanico, al. (2006), Rios et al. (1989),
foetida, A. glabra, A. hayesii, A. montana, A. antitumoral, antileucêmico, sedativo, Suresh et al. (2012a), Nordin
leptopetala hipotensor, estimulante respiratório, et al. (2015), Arriaga et al.
antimalárico, citotóxico, antiproliferativo (2008)
(Continua)
46
Corituberina A. cherimola Citotóxico, bloqueador muscular Sun et al. (2014), Rios et al.
(1989)
7-hidroxi- A. purpurea Antiplaquetário Chang et al. (1998a)
dehidrotalicsimidina
Talicsimidina A. purpurea Antiproliferativo Chang et al. (1998a)
Norpurpureina A. purpurea Antiproliferativo Chang et al. (1998a)
Lirinidina A. purpurea Antiproliferativo, antagonista de Chang et al. (1998a), Rios et
serotonina, espasmódico e hipotensor al. (1989)
N-metilasimilobina A. purpurea, A. cherimola Antiproliferativo Chang et al. (1998a)
Anonaina A. cherimola, a. bullata, A. classiflora, A. Antimicrobiano, anti-Plasmodium, Li et al. (2013), Rios et al.
glabra, A. hayesii, A. montana, A. muricata, antioxidante, anticâncer, vasorelaxante, (1989), Stévigny et al. (2005)
A. paludosa, A. purpurea, A. rugulosa, A. antidepressivo, hipotensor, citotóxico
salzmannii, A. senegalensis, A. spinoscens,
A. squamosa
Anolobina A. cherimola, A. glabra Antimicrobiano Rios et al. (1989)
Asimilobina A. cacans, A. montana, A. muricata, A. Antagonista de serotonina, Rios et al. (1989), Lin et al.
paludosa, A. pickelii, A. salzmannii, A. antimicrobiano, anti-helmíntico (2014)
classiflora, A. glabra, A. hayesii, A.
paludosa, A. reticulata, A. rugulosa
(Continua)
47
N
N
Tipo I Tipo II
+
N +
N
H3CO
Anti-hipertensivo, estimulante respiratório A. montana, Lúcio et al. (2015),
N
HO A. paludosa, Cunha et al. (2005)
A. muricata
OCH3
Coreximina OH
H3CO
Bloqueador de receptor alfa-adrenérgico A. cherimolia Cunha et al. (2005)
N
HO Anti-isquemico, antipirético, bloqueador de canais de cálcio,
OCH3 cataléptico, inibidor da síntese de DNA, bloqueador de receptor de
dopamina, dopaminérgico, narcótico, neuroexcitatório,
OH
Estefolidina
neuroprotetor, tranquilizante, espasmolítico, hipotensivo
OH
Pessoína OH
(Continua)
52
H3CO
- A. spinescens Lúcio et al. (2015),
N
H3CO Cunha et al. (2005)
OH
Espinosina OH
H3CO
Antifúngico A. paludosa Cunha et al. (2005)
N
HO
OH
Escoulerina OCH3
(Continua)
53
H3CO
- A. glabra Cunha et al. (2005)
N
H3CO
OCH3
Dehidrocoridalmina OH
N
+ adrenérgico, analgésico, antiarrítmico, leishmanicida, antimalárico, Cunha et al. (2005)
H3CO
OCH3
antiespasmódico, antiespermatogênico, antitumoral, inibidor de
apoptose, inibidor de lipase, Inibidor de agregação plaquetária,
Palmatina OCH3
redutor de atividade locomotora, inibidor de síntese de dopamina,
inibidor de topoisomerase I
Dehidropalmatina OCH3
OH OH
H H O
O
OH OH OH O
(1)
OH O
H O
O H O
H
HO HO
HO
(2)
OH
O OH
O
O O
H O
OH
(3)
O
HO HH
H O
O
H O
OH OH
(4)
(5)
O
(6) O
O
O O
H H
OH
O O
(7)
57
O
HO
O
O
NH O
O
H
OH O
H
HO
[1] [2]
OH
O
OH
N
H
67
(a) (b)
(d) (c)
Fonte: (a) Katarina Pinheiro; (b) Marcondes Oliveira (2010); (c) J.A. Siqueira Filho
(2011); (d) F.F.S. Silva (2011).
69
Figura 13: Mapa de distribuição geográfica da espécie A. leptopetala.
terceiro estágio de Aedes aegypti. Com isso, foi constatada a atividade do extrato
metanólico das folhas, com CL50 de 64,6 ppm e o elevado efeito de liriodenina, com
CL50 de 3,6 ppm. Os óleos essenciais também foram ativos, cujos valores de CL50
foram 104,7 e 34,7 ppm, respectivamente. Os autores ressaltaram que o óleo
essencial do caule, o qual foi mais efetivo, apresentava em sua composição a
prevalência de sesquiterpenos oxigenados, tendo como constituinte majoritário o
espatulenol (1) com teor de 63,9%. Consideram ainda, que esta espécie é uma fonte
potencial de larvicidas naturais.
Foi verificado que a composição química dos óleos essenciais das folhas, nos
estudos desenvolvidos por Costa et al. (2008b) e Feitosa et al. (2009), apresentaram
variação quali e quantitativa, enquanto no primeiro estudo, os contituítes majoritários
foram o biciclogermacreno (2), seguido pelo cis-4-tujanol (3), -terpineol (4) e
germacreno D (5), no segundo trabalho, constataram linalol (6) e 1,8-cineol (7),
como constituintes majoritários (DIAS et al., 2015).
Em outro estudo com as casca de A. leptopetala, Arriaga et al. (2008) relataram
a caracterização de alcaloides tetrahidroprotoberberínicos e aporfínicos,
correspondentes a dehidrodiscretamina (8), discretamina (9), liriodenina (10), das
acetogeninas, molvizarina (11), rolliniastatina-1 (12), annonacina (13), bullatacina
(14) e da liquexantona (15). Nesse estudo também foi avaliado o efeito larvicida do
extrato diclorometânico, que apresentou CL50 de 1,44 ppm, sendo esta atividade
atribuída à presença de acetogeninas no extrato.
Os alcaloides tetrahidrojatrorrizina (coripalmina, 16), anonaina (17), discretamina
e roemerina (18) isolados do caule de A. leptopetala, com exceção de
tetrahidrojatrorrizina, previamente caracterizada nesta planta por Sette et al. (2000b),
foram descritos pela primeira vez nesta espécie por Sette et al. (2000a).
A partir do óleo essencial obtido das folhas de A. leptopetala, Costa et al.
(2008b) avaliaram a ação moduladora do mesmo, frente a linhagens de
Staphylococcus aureus potadores de bomba de efluxo, resistentes ao norfloxacino.
Foi então constatada a ação moduladora do óleo, tendo em vista a redução
significativa da concentração inibitória mínima da droga de referência. Esse efeito
pode, segundo os autores, estar relacionado à inibição de bomba de efluxo.
A continuidade dos estudos desta espécie por Costa et al. (2012a), resultaram
na caracterização de um derivado cafeico, cafeato de -terpineol (19), três
71
H
H H OH
HO H
(3) OH
(2)
(1)
(4)
HO
+
O N
H3CO
OCH3
OH (7)
(5) OH
(6) (8)
H3CO O
N O N
HO
H
OH
O
OCH3
(9)
(10)
HO
O O O
OH HO
O
(11)
O
HO
O O HH O
H H
OH HO
(12)
O OH OH
H H
O
O
OH OH
(13)
73
O OH
OH
O H3CO O OCH3
O
(15)
O
HO O
HO
(14)
HO
O O
N
H3CO NH N
O O
OCH3 H
OCH3
O OH
H
H
O
HO
H H
HO OH
(19)
(20) (21)
OH
H3CO H3CO
NH NH
H3CO H3CO
H H
HO
H3CO
(22) (23)
74
milhões de casos novos de câncer e 13,2 milhões de mortes por câncer (INCA,
2014). Ainda segundo o INCA (2014), no Brasil, a estimativa para 2014/2015 é de
aproximadamente 576 mil novos casos de câncer, segundo esta publicação é
incontestável o fato de que hoje, no Brasil, o câncer é considerado um problema de
saúde pública e, por isso, seu controle e prevenção devem ser priorizados no país.
A terapêutica do câncer baseia-se, no geral, na associação da recessão cirúrgica
dos tumores ao tratamento radioterápico e a quimioterapia, sendo posteriormente
incluído o tratamento adjuvante. No entanto, muitos tumores ainda se mostram
resistentes aos tratamentos clássicos (COSTA-LOTUFO et al., 2010). Portanto, se
faz necessário a busca por alvos terapêuticos que ofereçam respotas no controle de
células neoplásicas.
Nesse tocante, a pesquisa na área de produtos naturais tem mostrado avanços
extraordinários no campo da oncologia, propiciando a descoberta de substâncias
com potencial antineoplásico, correspondendo em torno de 60% dos fármacos
anticâncer introduzidos na terapia nas últimas décadas (BUTLER, 2008; HARVEY,
2008; NEWMAN, CRAGG, 2007). Dentre estes, destacam-se vincristina (Oncovin),
vimblastina (Velban), paclitaxel (Taxol) podofilotoxina (Etopophos), camptotecina
(Hycamtin) e irinotecano (Camptosar). Esses medicamentos e seus análogos
movimentam anualmente um montante de aproximadamente 60 bilhões de dólares
(PINTO et al., 2002).
As fontes naturais ainda encontram-se disponíveis em abundância e oferecem
as melhores possibilidades de descoberta de substâncias com potencial terapêutico
(COSTA-LOTUFO et al., 2010). Até o momento, estima-se que menos de 2% das
plantas superiores foram investigadas para a detecção de contituintes com atividade
antineoplásica, referentes apenas à atividade citotóxica (ZHANG et al., 2002).
Entre as estratégias de busca para a descobertas de novos fámacos, destaca-se
o conhecimento etnobotânico (AGRA et al., 2008) e os programas de prospecção,
que incluem uma etapa inicial de testes in vitro em linhagens tumorais humanas, de
forma automatizada, o que resulta num elevado número de moléculas promissoras
(NEWMAN et al., 2003; CRAGG et al., 2006), aliada a este estratégia é importante
salientar as suposições quanto à eficácia dos produtos naturais, em função do
conhecimento etnobotânico, sendo este mais uma ferramenta que deve ser
considerada na busca por agentes terapêuticos.
80
Desta maneira, a espécie alvo deste estudo A. leptopetala, por ser apontada
pela medicina tradicional no tratamento de tumores (AGRA et al., 2008) foi
submetida à avaliação preliminar através de ensaios de citotoxicidade in vitro.
H
4
H3CO
3 5
2 3a
1 3b
6a NH
15
H3CO 1a
11a 7 H 10 9
7a
11
2 1 8
3 5 7
10 8 4 6 H
9 H 12
HO H 11
3 14
4
H3CO 3a 13
5
2
H
1 H
6a NH 4
3b O
H3CO 1a
2
3 5
O 3 4
3a
2 3a 5
11a
7 1 3b
6a
NH 1 3b
11 7a O 6a NH
1a O
1a
10
8 11a 7
7a 11a 7
H3CO 9 11 7a
11
8
OH 10
OH 10 8
9
9
OCH3
4. Procedimento experimental
82
4. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
Reveladores: A revelação das faixas foi efetuada sob luz ultravioleta em 254 e
366 nm, por meio do uso de solução de vanilina, reagente de Dragendorff e reagente
de Kedde.
4.2. Equipamentos
13
C. As amostras foram solubilizadas em clorofórmio deuterado (CDCl3). Os
deslocamentos químicos estão expressos em ppm (δ) e as multiplicidades dos sinais
indicadas segundo a convenção: s (simpleto), sl (simpleto largo), d (dupleto), dd
(duplo dupleto), ddd (duplo duplo dupleto), dddd ( duplo duplo duplo dupleto), dl
(dupleto largo), dm (duplo multipleto), t (tripleto) e tl (tripleto largo). As constantes de
acoplamento (J) foram registradas em Hertz (Hz).
A eficiência da atividade antioxidante dos extratos foi estimada pelo método das
tangentes descrito por Yanishilieva e Marinova (1995) e modificado por Moreira
(1999) e Moreira e Mancini-Filho (2003) em duas partes das curvas cinéticas obtidas
na realização da atividade antioxidante em sistema β-caroteno/ácido linoleico das
amostras ensaiadas.
Na primeira parte da curva (entre 0 e 30 minutos, após o início da reação), foi
medida a eficiência do antioxidante de bloquear a reação em cadeia através da
88
interação com os radicais peróxidos. Essa eficiência é medida pela relação entre as
tangentes das curvas cinéticas das amostras (meio de reação mais o extrato) e o
controle sem antioxidante, sendo os valores obtidos denominados fator 1 (F 1):
Onde
Para tanto, foram preparadas soluções estoque de 5000 ppm dos extratos e do
padrão ácido gálico. As amostras foram dissolvidas em um volume de etanol
correspondente a 10% do volume final e em seguida completadas com água
destilada. Estas soluções foram posteriormente diluídas com água em seis novas
concentrações (50, 100, 150, 250, 500 e 1.000 mg.L-1). Alíquotas de 40 μL de cada
concentração foram adicionadas em cubetas de vidro com 1 cm de caminho óptico,
juntamente com 3,16 mL de água destilada, 200 μL do reagente de Folin-Ciocalteu e
depois de um intervalo de aproximadamente 8 minutos, 600 μL da solução de
carbonato de sódio a 20% preparada no dia anterior, foi adicionada. Após a adição
de todos os reagentes, o conteúdo total de todas as cubetas foi homogeneizado.
Decorridos duas horas de reação à temperatura ambiente, foram realizadas leituras
em espectrofotômetro em 765 nm. O branco desta análise foi preparado sob as
mesmas condições das demais amostras sendo o volume destas substituído por
água destilada.
90
Onde
4.9. Extração das bases (alcaloides) presentes nos extratos metanólicos (EM).
Solução diclorometânica
HCl a 3%
Fase aquosa ácida
(FAA)
Fase neutra
NH4OH (pH 12) - Folhas (FNF) 4,0 g
(9,3%)
CH2Cl2
- Ramos (FNR) 1,16 g
(2,95%)
?? (ramos)- FNR
Fase aquosa
básica
(Desprezada)
Ensaios
CHCl3/MeOH
(95:5)
Uma parte do EHF (8 g) foi submetido ao fracionamento por meio de uma coluna
cromatográfica (CC, x h de 5 x 60 cm) de sílica gel 60 com 0,063-0,200 mm (70-
230 mesh) e eluída com hexano, tolueno, clorofórmio e metanol puros, em ordem
crescente de polaridade, obtendo-se 207 frações de aproximadamente 10 mL cada
(Esquema 3). As frações obtidas foram analisadas por CCDA e as que
apresentaram padrão de similaridade e/ou mesmo Rf foram reunidas.
CC em sílica gel 60
159-167 (90:10)
168-174 (80:20)
175-181 (70:30)
182-192 (50:50)
G2 8-34 1080,0 ++
G3 35-43 36,4 -
G4 44-52 22,9 -
G5 53-63 31,9 -
G6 64-79 26,9 +
G7 80-98 168,0 +
G8 99-125 90,8 +
G9 126-143 182,0 ++
I: resultado indefinido.
G2
m= 915,5 mg
Revelações
Sistema: 100% CHCl3
CCDP
SBF II -3
SBF2
m = 86,8 mg m = 20,3 mg
(CITO – RMN)
IV III II I
D1 D2 D3 SBF II 3
A fase alcaloídica das folhas (94,4 mg), sob revelação com reagente de
Dragendorff, apresentou forte indício da presença de alcaloides. Devido à pequena
quantidade de amostra (45,4 mg), esta foi submetida à cromatografia em camada
delgada preparativa (CCDP), para fins de purificação, empregando-se como sistema
de eluição CHCl3:MeOH (95:5). O fracionamento dos componentes na placa foi
guiado com base nas bandas de absorção visualizadas sob radiação UV em 365 e
254 nm. As subfrações resultantes desta separação, depois de extraídas em
acetona e filtradas, foram analisadas por CCDA, a fim de observar o perfil de
purificação. A partir dessa análise foram selecionadas as amostras codificadas como
ALC4 (1,7 mg), ALC6 (2,0 mg), ALC7 (2,1 mg), ALC8 (4,8 mg), ALC9 (2,7 mg),
ALC10 (3,0 mg) e ALC12 (1,6 mg) e encaminhadas para análise de RMN de 1H e
13
C. O esquema 6 descreve o processo de obtenção das amostras.
97
CCDP
Visualização sob luz UV
CCDP
6 7
PA 1 2 3 4 5 8 9 10 11 12 14 15 17
16
CCDA
Dragendorff
PA 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 14 15 16 17
RMN 1H e 13
C
foram de 5,0; 2,5; 1,25; 0,625 e 0,312 mg.mL -1, enquanto para as frações
alcaloídicas foram de 1,66; 0,83; 0,41; 0,20; 0,10 e 0,05 mg.mL-1. Ao final, adicionou-
se 10 μL da suspensão de microrganismos com turvação equivalente ao padrão 0,5
da escala de McFarland. As microplacas foram incubadas sob condições de
aerobiose durante 24 h a 37 °C. Decorrido o período de incubação, 10 µL de cloreto
de 2,3,5-trifenil-tetrazólio (CTT) a 2% foram adicionados a cada poço para a
detecção de mudança de cor do CTT (incolor) para vermelho, que reflete o
metabolismo bacteriano ativo.
O efeito da ação antibacteriana foi mensurado como concentração inibitória
mínima (CIM), correspondendo à menor concentração onde se observava a
presença de inibição do desenvolvimento microbiano conforme Salvador et al.
(2002). Para verificar o efeito biocida ou não e expressá-lo na forma de
concentração bactericida mínima (CBM), alíquotas de 10 μL foram retiradas de cada
um dos poços do ensaio anterior contendo as amostras de teste e transferidas com
o auxílio de um replicador para placas de Petri com ágar Müeller-Hinton. As placas
foram incubadas durante 24 horas a 37 °C, em seguida foi verificado o efeito
bactericida das drogas-testes, sendo considerada como CBM, a menor
concentração que impediu o crescimento bacteriano em 99,9%. Como controle
negativo foi utilizado o diluente DMSO/água estéril a 20%, além do controle do
inoculo e do controle do meio de cultura. Os resultados foram expressos em termos
de CIM (mg.mL-1). Os experimentos foram realizados em triplicata, para cada cepa
indicadora utilizada.
Neste trabalho a atividade citotóxica das amostras foi avaliada mediante dois
ensaios com linhagens celulares diferentes, tendo ambos como parâmetro a
conversão de um determinado sal por via enzimática.
Este ensaio teve como objetivo avaliar a citotoxicidade in vitro das amostras-
testes frente a três linhagens tumorais humanas. Essa análise faz parte de uma
100
Onde:
Abs. células tratadas = Absorbância dos poços com as amostras teste.
Abs. branco = Absorbância dos poços contendo apenas o meio de cultura e MTS.
Abs. controle negativo = Absorbância dos poços contendo a suspensão celular e
sem tratamento.
H
4
H3CO
3 5
2 3a
1 3b
6a NH
15
H3CO 1a
11a 7 H 10 9
7a
11
2 1 8
3 5 7
10 8 4 6 H
9 H 12
HO H 11
3 14
4
H3CO 3a 13
5
2
H
1 H
6a NH 4
3b O
H3CO 1a
2
3 5
O 3 4
3a
2 3a 5
11a
7 1 3b
6a
NH 1 3b
11 7a O 6a NH
1a O
1a
10
8 11a 7
7a 11a 7
H3CO 9 11 7a
11
8
OH 10
OH 10 8
9
9
OCH3
5. Resultados e discussão
104
5. RESULTADOS E DISCUSSÃO
Estilbenos - ++ ++ -
Cumarinas - ++ ++ -
Flavonoides (aglicona) ++ ++ + +
Lignanas + ++ - -
Naftoquinona - - - -
Saponina + ++ - -
Taninos hidrolisáveis + + - -
Triterpenos e esteroides ++ ++ ++ +
Taninos condensados ++ - - -
Alcaloides + + - -
Xantina + + - -
Os critérios foram estabelecidos com base na intensidade da pigmentação das
substâncias nas placas, frente aos eluentes e reveladores específicos, em que (+)
equivale à presença do constituinte em menor concentração, (++) em concentração
moderada, (+++) em maior concetração e (-) ausência do constuinte químico.
fenólicos e alcaloides. No estudo realizado por Ragasa et al. (2013) foi reportado o
isolamento de vários esteroides e triterpenos no extrato diclorometânico dos frutos
de A. squamosa. Vega et al. (2007) descrevem o isolamento de flavonoides obtidos
a partir de A. dioica, e lignanas foram isoladas de A. squamosa (YANG et al., 2005).
O isolamento de quatro alcaloides das folhas de A. leptopetala, neste estudo,
confirma a presença dessa classe química na espécie.
Muitas vezes, devido ao caráter inespecífico do teste, algumas classes resultam
em falso positivo, ou mesmo devido à intensa complexidade da matéria-prima e
pigmentação, também podem levar a resultados falso-negativos. Esses resultados
foram considerados na escolha dos extratos submetidos ao estudo fitoquímico.
H H H
4 4
H3CO
O 3 4 3 5 O 5
3
2 3a 5 2 3a 2 3a
1 3b 1 3b 1 3b
6a NH 6a NH NH
O O 6a
1a H3CO 1a 1a
11a 7 11a 7 11a 7
11 7a 7a
11 7a
11
10 8 10 8
8 10
9 9 9 OH
OCH3
3 4
H3CO 3a
5
2
15
1
6a NH
3b
H3CO 1a H 10 9
11a
7 2 1 8
11 7a 3 5 7
10 4 6 H
8
H3CO H 12
9 H
HO 11
14
13
OH
Laurotetanina Espatulenol
107
95
H 100
O 3 4
105
2 3a 5
1 3b 110
1a 6a NH
O
115
f1 (ppm)
11a 7
7a 120
11
106
125
10 8
107
f1 (ppm)
9 130
H-3/C-3
{6,57, 107,8} 108
135
109
140
H H-3/ C-4
O 3 4
50
2 3a 5
1 3b
1a NH
O 6a
f1 (ppm)
11a 7
7a 100
11
10 8 H-3/ C-3b
9 H-3/ C-1
H-3/ C-2 150
Figura 19: Espectro de RMN de 1H (600 MHz, CDCl3) e ampliação das regiões
referentes aos hidrogênios do grupo metilenodioxi de ALC8-S1.
7.2597
6.0862
6.0838
6.0625
6.0600
5.9405
5.9381
5.9297
5.9272
5500
5000
Solvente
CDCl3
4500
5.9405
5.9381
6.0862
6.0838
4000
O 3 4
2 3a 5
(d) 3500
1 3b 5.94
1a 6a NH (d)
O 6.08
3000
11a 7
7a
11 2500
10 8
1.29
1.00
1.14
2000
9
6.10 6.08 5.945 5.940 5.935
f1 (ppm) f1 (ppm)
1500
1000
500
7.3 7.2 7.1 7.0 6.9 6.8 6.7 6.6 6.5 6.4 6.3 6.2 6.1 6.0 5.9 5.8 5.7
f1 (ppm)
111
98
H
O 3 4 99
2 3a 5
1 3b 100
1a 6a NH
O
101
f1 (ppm)
11a 7
7a
11
102
104
105
6.3 6.2 6.1 6.0 5.9 5.8 5.7 5.6 5.5 5.4
f2 (ppm)
Figura 22: Ampliação da região entre δ 8,10-7,20 pelo mapa de correlação HMBC
(1H, 600 MHz;13C, 150 MHz, CDCl3) de ALC8, com destaque das correlações de
ALC8-S1.
Figura 24: Espectro de correlação 1H x 13C-HSQC de ALC8 (1H: 600 MHz, 13C: 150
MHz, CDCl3, respectivamente) e ampliação da região de acoplamentos dos
carbonos aromáticos.
114
Figura 25: Mapa de correlação HMBC (1H, 600 MHz;13C, 150 MHz, CDCl3) de
ALC8.
H H
O 3 4 O 3 4
2 3a 5 2 3a 5
1 3b 1 3b
1a 6a NH 1a 6a NH
O O
11a 7 11a7
7a 7a
11 11
10 8 10 8
9 9
115
O 3 4
2 3a 5
1 3b
6a NH
O
1a
11a 7
7a
11
8
10
9
Tabela 7– Dados de RMN de 1H (600 MHz) e 13C (150 MHz) para ALC8-S1 em
CDCl3, incluindo os resultados dos experimentos 2D heteronucleares 1H x 13C - nJCH
(n=1, HSQC, n= 2 e 3, HMBC).
ALC8-S1 Anonaina
Posição
H (mult., J Hz)a C a,b H (mult., J em Hz)c
1 13 1 13
HMBC (1H-13C) a,d C c
1 - 142,7, C - - 142,5
1a - 116,3, C - - 116,1
2 - 147,1, C - - 146,8
C-1, C-2
3a - 126,1, C - 126,4
3b - 127,5, C - 128,1
6a 4,01 (1H, m) 53,3, CH C-3a 4,00 (1H, dd, 14,2; 4,9) 53,3
7 2,85 (1H, m) 36,5, CH2 C-7a, C-8 2,96 (dd, 14,2; 4,9) 36,8
7a - 134,6, C - - 134,9
11 8,07 (1H, dd, 7,9 e 127,1, CH C-1a, C-7a, C-9 8,07 (1H, brd, 7,7) 127,0
1,6)
O-CH2-O 6,08 (1H, d, 1,5) 100,9, CH2 C-1, C-2 6,09 (1H, d, 1,4) 100,6
Figura 28: Ampliação do espectro de RMN de 1H (600 MHz, CDCl3), referente aos
hidrogênios da ponte metilenodioxi de ALC8-S2.
118
Figura 29: Ampliação do mapa de contorno 1H x 13C – HSQC (CDCl3, 600 e 150
MHz, respectivamente), referente às correlações do grupo metilenodioxi em ALC8-
S2.
2), 126,4 e com o carbono metilênico em 28,8, comum a C-4 (Figura 31). Por
meio desses dados, bem como por comparação com dados da literatura (COSTA et
al., 2015) foi possível atribuir os sinais referentes ao anel A dissubstituído (Tabela 8).
119
Figura 32: Ampliação do mapa de correlação HMBC (1H: 600 MHz, 13C: 150 MHz,
CDCl3) destacando as correlações entre dos hidrogênios do grupo metilenodioxi,
com C-1 e C-2 na amostra ALC8-S2.
H H
O 3 4 O 3 4
2 3a 5 2 3a 5
1 3b 1 3b
1a 6a NH 1a 6a NH
O O
11a 7 11a 7
7a 7a
11 11
8 8
10 10
9 OH 9 OH
OCH3 OCH3
125
O 3 4
2 3a 5
1 3b
1a 6a NH
O
11a 7
7a
11
8
10
9 OH
OCH3
Tabela 8- Dados de RMN de 1H (600 MHz) e 13C (150 MHz) para ALC8-S2 em
CDCl3, incluindo os resultados dos experimentos 2D heteronucleares 1H x 13C - nJCH
(n=1, HSQC, n= 2 e 3, HMBC) e dados da literatura.
ALC8-S2 Norannuradapurina
Posição H
1
HMBCa 1
H 1
H
(mult., J em Hz)a C
13 a,b
( H-13C)a,c
1
(mult., J em Hz)d (J em Hz)e
1 - 141,9, C -
1a - 116,1, C -
2 - 146,9, C -
3 6,52 (1H, s) 107,0, CH C-4, C-3b, C- 6,54(1H, s)
1,
C-2
3a - 126,3, C -
3b - 126,4, C -
4 3,12 (1H, m) 28,8, CH2 C-3a, C-3b, C- 3,45-2,34 (6H, m, CH2)
5
2,74 (1H, m)
6 -
6a 3,90 (1H, m) 53,6, CH - 3,88 (1H, dd, 13,8,
5,1)
7 2,89 (1H, m) 36,9, CH2 C-7a, C-6a, 3,45-2,34 (6H, m, CH2)
C-3b
2,96 (1H, m)
7a - 136,6, C -
8 - 144,2 C -
9 - 158,9, C -
10 6,85 (1H, d, 8,6) 112,1 CH C-8, C-11a 6,82 (1H, d, 8,4) 6,82 (8,5)
11 8,01 (1H, d, 8,6) 128,3, CH - 7,64 (1H, d, 8,4) 7,64 (8,5)
11a - 129,4, C -
O-CH2-O 6,06 (1H, d, 1,5) 100,6, CH2 C-1, C-2 6,00 (1H, AB q,1,5) 6,08 (1,5)
5,93 (1H, d, 1,5) 5,94 (1,5)
9-OCH3 3,85 (3H, s) 55,3 C-9 3,92 (3H, s) 3,93 (3H, s)
a
Experimento realizado a 600 MHz para 1H e 150 MHz para 13
C em CDCl3, utilizando o TMS como
b
Multiplicidades determinadas pelos espectros de 1H e HSQC. c
padrão interno. Correlações no
d 1 13
espectro de HMBC. Dados de RMN ( H: 300 MHz, C: 75 MHz, CDCl3) para o composto sintético
Dados de RMN de H em CDCl3 (ZARGA & SHARMMA, 1982).
e 1
(NIMGIRAWATH et al., 2008);
deslocamento químico em ppm. (-) não localizado.
128
Figura 42: Ampliação da região aromática do mapa de correlação HMBC (1H: 600 e
13
C: 150 MHz, CDCl3) de ALC8-S3.
Figura43: Ampliação do mapa de contornos HSQC (1H: 600 e 13C: 150 MHz, CDCl3)
referente aos acoplamentos dos hidrogênios metilênicos e de H-6a de ALC8-S3.
Figura 45: Ampliação do mapa de contorno HSQC (1H: 600 e 13C: 150 MHz, CDCl3),
destacando a região de correlação entre H-3 e C-3 de ALC8-S3.
132
Figura 46: Ampliação do mapa de contornos HMBC (1H: 600 e 13C: 150 MHz, CDCl3)
relativa aos hidrogênios metoxílicos de ALC8-S3.
133
Figura 47: Ampliação do mapa de contorno HSQC (1H: 600 e 13C: 150 MHz, CDCl3),
referente aos sinais de hidrogênio das metoxilas de ALC8-S3.
H H
H3CO H3CO
3 4 3 4
2 3a 5 2 3a 5
1 3b 1 3b
1a 6a NH 1a 6a NH
H3CO H3CO
11a 7 11a 7
7a 7a
11 11
8 8
10 10
9 9
134
A partir das análises dos dados espectrométricos, foi possível propor que o
terceiro composto codificado como ALC8-S3, presente na amostra ALC8, trata-se do
alcaloide aporfínico nornuciferina (Figura 49), o qual foi confirmado por comparação
com dados existentes na literatura (Tabela 9, DUTRA et al., 2012).
H
H3CO 4
3
2 3a 5
1 3b
1a 6a NH
H3CO
11a 7
7a
11
8
10
9
Tabela 9 - Dados de RMN de 1H (600 MHz) e 13C (150 MHz) para ALC8-S3 em
CDCl3, incluindo os resultados dos experimentos 2D heteronucleares 1H x 13C - nJCH
(n=1, HSQC, n= 2 e 3, HMBC) e dados da literatura.
ALC8-S3 Nornuciferina
Posição H
1
1 - 145,5, C - - 145,5
1a - 126,7 C - - 126,7
2 - 152,7, C - - 152,5
3 6,65 (1H, s) 111,9, CH C-4, C-3b, C-1, C-2 6,65 (1H, s) 111,7
3a - 126,8, C - - 128,1
3b - 127,7, C - - 127,0
4 3,03 (1H, m) 28,4, CH2 C-3b, C-5 3,12 (1H, m) 28,3
5 3,05 (1H, m) 42,8, CH2 C-3a, C-4, C-6a 3,06 (1H, dd, 12,0; 2,6) 42,6
6a 4,04 (1H, m) 53,4, CH C-3a 3,93 (1H, dd, 13,7; 4,8) 53,4
7 2,85 (1H, m) 37,0, CH2 C-7a, C-6a, C-3b 2,86 (1H, t, 13,7) 36,7
7a - 135,7, C - - 135,4
8 7,25 (1H, m) 128,0, C C-7, C-10, C-11a 7,23 (1H, m) 127,9
9 7,23 (1H, m) 127,4, C C-7a, C-10, C-11 7,23 (1H, m) 127,5
10 7,31 (1H, d, 7,9) 127,2 CH C-8, C-11a 7,31 (1H, m) 127,2
11 8,39 (1H, dd, 7,9; 128,6, CH C-7a, C-9, 8,39 (1H, d, 7,7) 128,4
1,2)
11a - 131,0, C - - 132,0
1-OCH3 3,67 (3H, s) 60,2, CH3 C-1 3,66 (3H, s) 60,2
2-OCH3 3,89 (3H, s) 55,9, CH3 C-2 3,89 (3H, s) 55,9
a
Experimento realizado a 600 MHz para 1H e 150 MHz para 13
C em CDCl3, utilizando o TMS como
b
Multiplicidades determinadas pelos espectros de 1H e HSQC. c
padrão interno. Correlações no
C: 100 MHz, CDCl3). Deslocamento
d 1 13
espectro de HMBC. (DUTRA et al, 2012, H: 400 MHz,
químico em ppm. (-) não localizado.
136
H H H
4 4
H3CO
O 3 4 O 5 3 5
3
2 3a 5 2 2 3a
3a
1 3b 1 3b 1 3b
6a NH NH 6a NH
O O 6a
1a 1a
H3CO 1a
10 8 8 10
10 8
9 9 OH 9
OCH3
Figura 54: Espectro de correlação HMBC de ALC4 (1H: 600 e 13C: 150 MHz, CDCl3)
e expansões das regiões dos acoplamentos de H-3 e dos hidrogênios de metoxilas.
Figura 55: Espectro de correlação HMBC de ALC4 (1H: 600 e 13C: 150 MHz, CDCl3)
e expansões das regiões de acoplamentos dos H aromáticos H-8 e H-11.
Figura 57: Principais correlações observadas por HMBC para o composto ALC4.
H H
H3CO H3CO
3 4 3 4
2 3a 5 2 3a 5
1 3b 1 3b
1a 6a NH 1a 6a NH
H3CO H3CO
11a 7 11a 7
7a 7a
11 11
10 8 10 8
H3CO 9
H3CO 9
OH OH
142
H
H3CO
3 4
2 3a 5
1 3b
1a 6a NH
H3CO
11a 7
7a
11
10 8
H3CO 9
OH
143
Tabela 10 - Dados de RMN de 1H (600 MHz) e 13C (150 MHz) para ALC4 em CDCl3,
incluindo os resultados dos experimentos 2D heteronucleares 1H x 13C - nJCH (n=1,
HSQC, n= 2 e 3, HMBC) e dados da literatura.
ALC4 Laurotetanina
Posição
H1
HMBCa
(mult., J em Hz)a C a,b H (J em Hz)d Cd
13
( H-13C)a,c
1 1 13
1 - 144,9, C - - 144,3
1a - 123,4, C - - 127,1
2 - 153,2, C - - 152,2
3 6,61 (1H, s) 110,5, CH C-4, C-3b, 6,61 (1H, s) 110,7
C-1, C-2
3a - 126,8, C - - 128,4
3b - 122,3, C - - 126,5
4 2,85 (1H, dd,16,8 3,6) 26,4, CH2 C-5 2,75 (1H, m) 28,2
3,46 (1H, m) 3,04 (1H, m)
5 3,15 (1H, dd, 12,6, 3,4) 41,8, CH2 C-4, C-6a 3,02 (1H, m) 42,5
3,75 (1H, m) 3,41 (1H, m)
6a 4,11 (1H, dd, 13,4, 3,8) 53,3, CH C-7 3,84 (1H, dd, 14,5, 4,9) 53,5
7 2,33 (1H, m) 34,0, CH2 C-6a 2,68 (1H, dd, 14,5, 13,8) 35,7
3,18 (1H, d, 4,1) 2,78 (1H, dd, 13,8, 4,9)
7a - 127,8, C - - 129,1
8 6,82 (1H, s) 114,1, C C-7, C-10, 6,77 (1H, s) 114,4
C-11a
9 - 145,3, C - 145,6
10 - 145,7 CH - 146,1
11 8,08 (1H, s) 111,3, CH C-1a, C-7a, 8,06 (1H, s) 111,8
C-9,
11a - 123,4, C - - 123,6
1-OCH3 3,67 (3H, s) 60,2, CH3 C-1 3,67 (3H, s) 60,2
2-OCH3 3,89 (3H, s) 56,0, CH3 C-2 3,89 (3H, s) 56,1
10-OCH3 3,90 (3H, s) 55,9 C-10 3,90 (3H, s) 55,9
a 1 13
Experimento realizado a 600 MHz para H e 150 MHz para C em CDCl3, utilizando o TMS como
b
Multiplicidades determinadas pelos espectros de 1H e HSQC. c
padrão interno. Correlações no
C: 150 MHz, CDCl3). deslocamento
d
(COSTA et al, 2013b, 1H: 600 MHz, 13
espectro de HMBC.
químico em ppm. (-) não localizado.
144
Figura 59: Espectro de RMN de 13C-DEPTQ (100 MHz, CDCl3) de SBF II-3.
145
Por meio do espectro HSQC foram observados sinais em 4,66 (1H, tl, J =1,4
Hz) e 4,69 (1H, dl, J =1,4 Hz), relativos aos hidrogênios olefínicos, acoplando com
carbono em 106,1, confirmado assim a existência da dupla. Outras correlações
foram observadas pelo mapa de correlação envolvendo os sinais de hidrogênios
metílicos em 1,04 (3H, s), 1,05 (3H, s) e 1,28 (3H, s) acoplando a (1JCH), com os
sinais de carbonos em 16,1, 28,5 e 25,8 respectivamente. (Figura 60).
singleto em 1,28, referente à metila ligada a carbono oxigenado (Figura 61). Outras
correlações relevantes encontram-se descritas na Tabela 11.
Figura 61: Espectro de RMN de 1H de SBF II-3 (600 MHz, CDCl3) com destaque das
regiões dos hidrogênios do anel ciclopropano e expansões.
147
Figura 63: Algumas correlações observadas no HMBC para a amostra SBF II-3.
15
H 10 9
2 8
1
3
5 7
4 6 H
H
HO H 11
12
14
13
Com base nas análises dos dados de RMN de 1H e 13C (1D e 2D) e comparação
com dados da literatura (RAGASA et al., 2003), foi possível caracterizar o composto
SBF II-3 como sendo o sesquiterpeno oxigenado espatulenol (Figura 64).
H 10 9
2 1 8
3 5 7
4 6 H
H 12
HO H 11
14
13
folhas de A. leptopetala, que está sendo pela primeira vez investigado no âmbito
químico e biológico, torna-se uma matéria-prima interessante na obtenção desse
composto com várias propriedades biológicas consolidadas na literatura e com
grande potencial ainda a ser explorado.
150
Tabela 11 - Dados de RMN de 1H (600 MHz) e 13C (150 MHz) para ALC4 em CDCl3,
incluindo os resultados dos experimentos 2D heteronucleares 1H x 13C - nJCH (n=1,
HSQC, n= 2 e 3, HMBC) e dados da literatura.
SBF II-3 Espatulenol
a
Posição HMBC
H (mult., J em Hz) C H (J em Hz)d C d
1 a 13 a,b 1 13
( H-13C)a,c
1
1 2,21 (1H, dd, 10,6 e 6,4) 53,2, CH C-2, C-5, 2,20 53,4
C-15, C-10
2 1,63 (1H, dddd, 11,8; 8,2 e 26,5, CH2 C-3, C-1 e 1,64 26,7
6,6,2,1) C-4 1,91
1,91 (1H, ddd, 22,8, 11,6, 6,3)
3 1,58 (1H, m) 41,6, CH2 C-1, C-2 e 1,54 41,8
1,77 (1H, dddd,12,9;8,8;6,9, 2,1) C-4 1,77
4 - 80,8, C - - 81,0
5 1,32 (dd, 10,4 e 9,5) 54,2, CH C-1, C-4 1,31 54,4
e C-6
6 0,47 (dd, 11,2 e 9,5) 29,7, CH C-4, C-5, 0,47 (dd, 11,6; 9,6) 29,9
C-7 e C-11
7 0,71 (ddd, 11,3; 9,6 e 6,1) 27,4, CH C-5, C-6 0,71 27,5
e C-11 (ddd, 11,2; 9,5; 6,1)
8 1,01 (1H, m) 24,7 CH2 C-6, C-9 1,01 24,8
1,98 (1H, dddd, 14,3; 12,5; 8,1 e e C10 1,96
6,2)
9 2,04 (1H, ddd, 13,5; 12,5 e 1,3) 38,7, CH2 C-1, C-7, 2,05 38,9
2,42 (1H, dddd, 13,5; 8,1; 6,2 e C-8, C-10 e 2,42 (dd, 5,2, 13,6)
1,6) C-15
10 - 153,3, C - - 153,5
11 - 20,1, C - 20,3
12 1,05 (3H, s) 28,5 CH3 C-6, C-7, 1,05, (3H, s) 28,7
C-11, C-13
13 1,04 (3H, s) 16,1, CH3 C-6, C-7, 1,04 (3H, s) 16,3
C-12
14 1,28 (3H, s) 25,8, CH3 C-3, C-4 e 1,28 (3H, s) 26,1
C-5
15 4,69 (tl, 1,4) 106,1,CH2 C-1, C-8, 4,69 106,3
4,66 (dl, 3,3 e 1,4) C-9 e C-10, 4,66
a 1 13
Experimento realizado a 600 MHz para H e 150 MHz para C em CDCl3, utilizando o TMS como
b
Multiplicidades determinadas pelos espectros de 1H e HSQC. c
padrão interno. Correlações no
C: 100 MHz, CDCl3). Deslocamento
d 1 13
espectro de HMBC. (RAGASA et al, 2003, H: 400 MHz,
químico em ppm. (-) não localizado.
151
Fenóis Flavonoides
Amostras CE50 DP ( µg.mL-1)
(mg EqAG.g-1) (mg EqC.g-1)
EHF 59,10 20,00 23,51 2,36 ID
AA 2,10 0,04 -- --
BHA 2,09 0,20 -- --
BHT 10,75 0,17 -- --
Os valores de CE50 foram obtidos por interpolação a partir da análise de regressão linear, com 95%
de nível de confiança. CE50= Concentração eficiente capaz de decrescer em 50% a quantidade inicial
de DPPH; Os valores são dados como média ± DP (n = 3). EHF: extrato hexânico das folhas; EHR: extrato
hexânico dos ramos; EMF: extrato metanólico das folhas; EMR: extrato metanólico dos ramos; controles
positivos – AA: ácido ascórbico; BHA: butilhidroxianisol; BHT: butilhidroxitolueno; mg EqAG: miligramas de
equivalente de ácido gálico; mg EqC: miligramas de equivalente de catequina; DPPH: 2,2-difenil-1-picrilhidrazil;
ID: indeterminado.
O DPPH pode reagir com compostos fenólicos, que nas plantas podem ser
enquadrados em diversas categorias, como fenóis simples, ácidos fenólicos
(derivados de ácido benzoico e cinâmico), cumarinas, flavonoides, estilbenos,
taninos condensados e hidrolisáveis, lignanas e ligninas, bem como com ácidos
aromáticos (NACZK; SHAHIDI, 2004), além de carotenoides (AJILA et al., 2007).
Os resultados obtidos na determinação dos fenóis totais e flavonoides totais,
apresentados na Tabela 12, mostram que os extratos EMF e EMR apresentaram
teores de compostos fenólicos e de flavonoides superiores aos extratos hêxanicos,
sendo estes resultados condizentes com dados de outras espécies de Annona
153
Figura 65: Correlação entre o teor de fenóis totais e CE50 dos extratos hexânico e
metanólico das folhas e dos ramos de A. leptopetala.
150
140
130
Atividade antioxidante, CE50 ( g/mL)
y= -0,164x + 153,946
120
R = -0,998
110
100
90
80
70
1
60 2 4
50
40
30
20
3
10
0
0 50 100 150 200 250 300 350 400 450 500 550 600 650 700 750 800 850 900
Fenóis totais (mg de EAG/g de extrato)
Correlação entre os fenóis totais expressos em equivalente de ácido gálico, EqAG e a atividade
antioxidante expressa como concentração eficiente, CE50 dos extratos: (1) EHF: extrato hexânico das
folhas, (2) EHR: extrato hexânico dos ramos; (3) EMF: extrato metanólico das folhas; e (4) EMR:
extrato metanólico dos ramos.
(SILVA et al., 2009), como pode ser observado na Figura 66 Esses alcaloides por
terem grupos metoxila em orto protegem o núcleo fenólico, conferindo a essas
moléculas propriedades antioxidantes interessantes (Cassels et al., 1995).
3
H
4
H3CO 3a 4 H3CO
5
2
O 5
3
2 3a
1
3b 6a NH 1 3b N
NH HO
H3CO 1a O 6a
11a
1a H
7 11a 7
OH
11 7a 7a
11
10
8 8
H3CO 9
10 OCH3
9 OH
OH
OCH 3
O ácido ascórbico é amplamente conhecido por sua ação antioxidante e por isto
é empregado no tratamento de doenças degenerativas, em cosméticos (DUARTE-
ALMEIDA et al., 2006) e em alimentos (ANGELO; JORGE, 2007). Como pode ser
observado na Figura 67, o ácido ascóbico no sistema β-caroteno/ ácido linoleico
apresentou comportamento pró-oxidante, indicado pelo percentual negativo de
inibição da oxidação. Este resultado está coerente com outros estudos reportados
na literatura (DUARTE-ALMEIDA et al., 2006, HASIMOTO et al., 2005). Isso ocorre
porque o ácido ascórbico, após doar os dois hidrogênios, torna-se passível de
receber elétrons, devido ao radical ascorbila formado, que é um agente oxidante
(DUARTE-ALMEIDA et al., 2006, BORS; BUETTNER, 1997).
Um antioxidante é qualquer substância capaz de retardar ou impedir danos
devido àoxidação, estando presente em pequenas concentrações, em relação ao
agente oxidante (SILVA et al., 2010) e que na forma oxidade seja estável (RICE-
EVANS et al., 1996).
Com isso constata-se através dos resultados deste ensaio (Figura 67) que todas
as amostras avaliadas exibiram significativa habilidade de inibir a oxidação no
decorrer dos 120 min de análise, com percentuais de inibição no tempo final (t=120
min) que variaram de 79,5 ( 0,82) a 93,0% ( 1,14) (Tabela 13). Estes valores, por
sua vez, são mais condizentes com o dos padrões BHA e BHT. Destaca-se também
que essa atividade que se manteve durante toda a análise, indica que os compostos
presentes nas amostras-teste apresentam estabilidade oxidativa.
157
150
100
% de atividade antioxidante
50
-50
-100
BHA BHT AA FALCF FALCR EHF EHR EMF EMR FNF FNR
30 60 90 120
EHF: extrato hexânico das folhas; EHR: extrato hexânico dos ramos; EMF: extrato metanólico das
folhas; EMR: extrato metanólico dos ramos; FNF: fase neutra das folhas; FNR: fase neutra dos
ramos; FALCF: fração alcaloídica das folhas; FALCR: fração alcaloídica dos ramos; controles
positivos – AA: ácido ascórbico; BHA: butilhidroxianisol; BHT: butilhidroxitolueno Os valores referem-
se à média de três determinações.
158
Os valores referem-se à média de três determinações (tempo t =120 mim). BHA: butilhidroxianisol;
BHA: butilhidroxitolueno; AA: ácido ascóbico; FALCF: fração alcaloídica das folhas; FALCR: fração
alcaloídica dos ramos; EHF: extrato hexânico das folhas; EHR: extratos hexânico dos ramos; EMR:
extrato metanólico dos ramos; EMF: extrato metanólico das folhas; FNF: faae neutra das folhas; FNR:
fase neutra dos ramos.
Fatores
Amostras F1 F2
F1= relação entre as tangentes das curvas cinéticas da solução padrão ou teste e o controle entre 0 e
30 min; F2= relação entre as tangentes das curvas cinéticas da solução-padrão ou teste e o controle
entre 60 e 120 min. Os valores foram calculados a partir da média de três determinações. BHA:
butilhidroxianisol; BHA: butilhidroxitolueno; AA: ácido ascóbico; FALCF: fração alcaloídica das folhas;
FALCR: fração alcaloídica dos ramos; EHF: extrato hexânico das folhas; EHR: extratos hexânico dos
ramos; EMR: extrato metanólico dos ramos; EMF: extrato metanólico das folhas; FNF: faae neutra
das folhas; FNR: fase neutra dos ramos.
160
MTT MTS
Amostras
HCT - 116 HL - 60 SF - 295 SARCOMA -180
Metotrexato - - - 52,7
Ensaio MTT: média dos valores de %IC com um intervalo de confiança de 95% obtido por regressão
não linear, feitos em triplicata em 3 linhagens tumorais testadas na concentração máxima de 50
μg/mL. MTS: amostras testadas na concentração de 50 μg/mL. a composto puro: 5µg/mL; b: baixa
solubilidade em DMSO (-): não avaliado. CN (controle negativo): suspensão celular sem tratamento
com 100% de células de viáveis. FALCF: fração alcaloídica das folhas; FALCR: fração alcaloídica dos
ramos; EHF: extrato hexânico das folhas; EHR: extratos hexânico dos ramos; EMR: extrato
metanólico dos ramos; EMF: extrato metanólico das folhas; FNF: faae neutra das folhas; FNR: fase
neutra dos ramos. SBF-D1, SBF-D2: compostos isolados do EHF;
163
Figura 68: Inibição do crescimento (IC) dos extratos e das frações no ensaio com
3-(4,5-dimetiltiazol-2-il)-5-(3-carboximetoxifenill)-2-(4-sulfofenil)-2H-tetrazólio (MTS).
S A R C O M A -1 8 0
100
90
80
70
60
% IC
50
40
30
20 *
*
10
0
F R
I
II
E 2
E F
M R
N
R
E F
F MR
X
F
D
C
G
D
C
M
C
H
T
N
L
F
F
E
F
A
B
A
B
S
F
S
AM O STRAS
Figura 69: Inibição do crescimento (IC) dos extratos e das frações no ensaio com
brometo 3-(4,5-dimetiltiazol-2-il)-2,5-difeniltetrazólio (MTT).
H L -6 0 H C T -1 1 6
D a ta 1
100 100
90
80
80
70
60
% IC . . . . .
60
% IC
50
40
40
30
20
20
10
0
0
F
R
I
II
F
-3
R
R
F
D
C
G
D
C
M
F
H
R
M
I
II
II
F
-3
R
R
R
N
F
D
L
F
L
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G
E
C
M
E
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H
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M
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F
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A
B
L
F
L
B
F
E
E
B
E
F
F
F
F
S
A
B
A
S
F
S
F
S
AM O STRAS
AM O STRAS
164
S F -2 9 5
100
50
0
% IC
-5 0
-1 0 0
-1 5 0
-2 0 0
R
I
II
F
-3
R
R
F
D
C
G
D
C
M
N
H
M
II
N
L
F
L
E
F
E
E
F
F
F
A
B
A
B
F
S
F
S
AM O STRAS
Tabela 16 - Concentração inibitória mínima (CIM) e concentração bactericida mínima (CBM) de extratos e frações de folhas e
ramos de A. leptopetala.
EF EC KP SE SM SF SA EF EC KP SE SM SF SA
EHF 312 2500 5000 5000 312 312 312 312 2500 - - 5000 312 -
EHT 2500 5000 5000 - 312 312 2500 - 5000 - - 5000 5000 5000
EMF 2500 2500 2500 5000 312 312 625 5000 2500 - - 2500 2500 1250
FNF 625 5000 1250 625 625 625 312 2500 5000 - 5000 - 5000 5000
FNT 2500 2500 5000 5000 2500 5000 5000 2500 2500 5000 5000 5000 5000 5000
G2 625 625 1250 5000 5000 5000 1250 625 625 5000 5000 5000 5000 1250
FALCF 416 833 416 416 833 52 208 410 833 416 416 833 833 208
FALCT 833 833 833 1660 1660 52 416 833 833 833 1660 1660 1660 416
EF:Enterococcus faecalis; EC: Escherichia coli; KP: Klebsiella pneumoniae; SE: Salmonela enterica; SM,; Serratia marcescens;
SF: Shigella flexneri; SA: Staphylococcus aureus. (-): sem atividade. Controle negativo (DMSO): indicou crescimento bacteriano ativo.
170
aureus e moderadamente ativa para as demais. Tal evidência revela que EMF, em
relação à EMR, exibe constituintes com ampla ação antibacteriana.
Outra amostra resultante das folhas e que demonstrou significante ação
antibacteriana foi FNF, principalmente contra S. aureus com CIM de µg.mL-1, além
de exibir boa atividade contra a maioria das cepas, sendo considerada
moderadamente ativa apenas contra K. pneumoniae e S. marcescens. A FNR por
sua vez, mostrou atividade moderada frente a todas as cepas analisadas com CIM
variando de 2500 a 5000 µg.mL-1. Esses resultados reforçam a evidência de que as
folhas apresentam compostos com propriedades antibacterianas promissoras.
Destaca-se também que entre as amostras ativas, as que exibiram efeito
bacteriostático contra K. pneumoniae e S. enterica, foram EHF, EHR e EMF, sendo
também constatado o efeito bacteriostático de EHF e EMR, em relação a S. aureus
e de FNF, para K. pneumoniae e S. marcescens. As demais amostras mostraram
efeito biocida.
El-Changhaby et al. (2014) confirmaram que compostos fenólicos presentes em
A. squamosa, eram os principais responsáveis pela atividade antibacteriana.
Somado a isto, vários estudos com extratos de plantas atribuem a atividade
antibacteriana à presença de compostos bioativos como taninos, compostos
fenólicos, polifenóis e flavonoides (OUATTARA et al., 2011; CUSHINIE et al., 2005).
Com base em tais evidências sugere-se que o efeito antibacteriano dos extratos
metanólicos, deva-se à presença principalmente de compostos fenólicos, podendo
essa evidência ser embasada na quantificação de fenólicos e de flavonoides para
estes extratos. As fases neutras por sua vez, oriundas dos extratos metanólicos,
podem também ter suas atividades atribuídas aos compostos fenólicos, podendo
estes serem tanto flavonoides, como também alcaloides.
Quanto às frações alcaloídicas, estas exibiram os melhores resultados frentes a
todas as bactéria testadas, sendo a fração alcaloídica das folhas, a amostra com
significativa ação antibacteriana, com valores de CIM entre 52 e 833 µg.mL -1. Os
resultados obtidos nesse estudo confirmam o potencial das frações enriquecidas
com alcaloides, estando assim de acordo com o reportado na literatura. Os
alcaloides isoquinolícos, principalmente os aporfínicos, exibem potentes efeitos
antibacterianos bem consolidados na literatura, a exemplo da roemerina, alcaloide
aporfínico, já isolado desta espécie e que demonstrou potente efeito antibacteriano
172
contra cepas de S. aureus (MRSA) (YIN et al., 2015), além de liriodenina, também
obtida desta espécie e que tem elevada ação antibacterina (WIRASATHIEN et al.,
2006), dentre outros alcaloides, os quais justificam o incrível potencial antibacteriano
apresentado por essas frações.
Vale ressaltar que as amostras, no geral, demonstraram atividade antibacteriana
moderada, uma vez que das sete bactérias avaliadas, cinco correspondiam a Gram
(-) e segundo Chan et al., 2007, bactérias Gram (-) são menos sensíveis aos
extratos vegetais que as bactérias Gram (+). Sendo assim, A. leptopetala surge
como um recurso promissor na obtenção de compostos com ação sobre bactérias
Gram (+) e Gram (-).
H
4
H3CO
3 5
2 3a
1 3b
6a NH
15
H3CO 1a
11a 7 H 10 9
7a
11
2 1 8
3 5 7
10 8 4 6 H
9 H 12
HO H 11
3 14
4
H3CO 3a 13
5
2
H
1 H
6a NH 4
3b O
H3CO 1a
2
3 5
O 3 4
3a
2 3a 5
11a
7 1 3b
6a
NH 1 3b
11 7a O 6a NH
1a O
1a
10
8 11a 7
7a 11a 7
H3CO 9 11 7a
11
8
OH 10
OH 10 8
9
9
OCH3
6. Considerações finais
174
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS
linoleico, que haja uma relação entre essas atividades, de forma que os compostos
que atuam na inibição da oxidação, também tenham ação antibacteriana.
No aspecto geral o potencial antioxidante, antiproliferativo e antibacteriano da
espécie A. leptopetala podem ser justificados pelos compostos identificados neste
estudo como os alcaloides aporfínicos (laurotetanina, norannuradapurina, anonaina
e nornuciferina) e o espatulenol, devido às suas propriedades bem consolidadas na
literatura, bem como por outros compostos já reportados previamente nesta espécie.
Sendo assim, os resultados obtidos neste estudo, tanto confirmam que a espécie
A. leptopetala é uma fonte promissora de substâncias bioativas, como fornecem
indícios que embasam o seu uso como anti-inflamatório e no tratamento de tumores,
na terapia tradicional.
H
4
H3CO
3 5
2 3a
1 3b
6a NH
15
H3CO 1a
11a 7 H 10 9
7a
11
2 1 8
3 5 7
10 8 4 6 H
9 H 12
HO H 11
3 14
4
H3CO 3a 13
5
2
H
1 H
6a NH 4
3b O
H3CO 1a
2
3 5
O 3 4
3a
2 3a 5
11a
7 1 3b
6a
NH 1 3b
11 7a O 6a NH
1a O
1a
10
8 11a 7
7a 11a 7
H3CO 9 11 7a
11
8
OH 10
OH 10 8
9
9
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Referências
177
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H
4
H3CO
3 5
2 3a
1 3b
6a NH
15
H3CO 1a
11a 7 H 10 9
7a
11
2 1 8
3 5 7
10 8 4 6 H
9 H 12
HO H 11
3 14
4
H3CO 3a 13
5
2
H
1 H
6a NH 4
3b O
H3CO 1a
2
3 5
O 3 4
3a
2 3a 5
11a
7 1 3b
6a
NH 1 3b
11 7a O 6a NH
1a O
1a
10
8 11a 7
7a 11a 7
H3CO 9 11 7a
11
8
OH 10
OH 10 8
9
9
OCH3
Apêndice
RESUMOS SIMPLES
208
1
UNIVERSIDADE FEDERAL DO VALE DO SÃO FRANCISCO
2
UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS
3
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ
4
UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ
Cristiane Maria Souza de Castro Rodrigues a, Lívia Macedo Dutra b, Andersson Barison b
Emmanoel Vilaça Costa c and Jackson Roberto Guedes da Silva Almeida a,*
a
Nucleus for Study and Research of Medicinal Plants, Federal University of Vale do São
b
NMR Center, Federal University of Paraná,, PO Box 19081, 81531-990, Curitiba, Paraná,
Brazil.
c
Department of Chemistry, Federal University of Amazonas, 69077-000, Manaus, Amazonas,
Brazil.
_____________________________
Francisco, Campus Universitário, Av. José de Sá Maniçoba, s/n, Centro, Petrolina, PE,
56.304-205, Brazil.
anonaine and norannuradhapurine from leaves of Annona leptopetala (R. E. Fr.) H. Rainer.
The structures were established after analysis of their NMR spectral data including 2D NMR
reported here for the first time, as well as the NMR data for these compounds were reviewed.
Annona leptopetala belongs to the Annonaceae Family; which is the accepted name, with
the recent inclusion of the genus Rollinia to the Annona genus (Rainner, 2007). A. leptopetala
is an endemic tree or shrub Brazil, it is found in the states of Bahia, Pernambuco, Ceará and
Piauí, ocorring in the savanna region, and Minas Gerais (Maas et al., 2015). This species is
popularly as “ata-brava” and display intense toxicity when eaten by animals (Arriaga et al.,
The leaves and branches de A. leptopetala were collected in Reservatório Copiti in Apryl
2014, in the city of Custódia [coordinates: 08° 14’98.5’’ S, 37° 42’ 46.9’’ W], Pernambuco
State, Brazil. The identification of the plant was confirmed by botanical André Paviotti
2. Previous work
the essential oils, namely tethahydrojatrorrizine (corypalmine) (Sette et al., 2000a, 2000b),
norisocorydine (Costa et al., 2012) and essential oils (Feitosa et al., 2009; Costa et al., 2008)
3. Present study
The dried and powdered leaves of A. leptopetala (209 g) were extracted with hexane (1.5
L, five times), followed by MeOH (1.5 L, five times), yielding extracts of hexane (12.2 g) and
aliquot of the MeOH extract (43.8 g) was initially subjected to an acid-base extraction (Costa
et al., 2006) to give the alkaloid fraction (94.4 mg) and neutral fraction (3.99 g). An aliquot of
alkaloid fraction (45.4 mg) was directly subjected to preparative TLC eluted with CH2Cl2–
MeOH (95:05, v/v, three times), resulting in corypalmine (1, 1.6 mg; Sette et al., 2000a,
2000b), laurotetanine (2, 1.7mg; Costa et al., 2013) and a mixture containing three alkaloids
(4.8 mg) identified as anonaine (3, Ortiz et al., 2007), nornuciferine (4, Dutra et al., 2012)
and norannuradhapurine (5, Nimgirawath et al., 2008; Zarga & Sharmma, 1982) ( Figure 1).
4 5 3 4
HO 4a H3CO
6 3a
5
3 2
2
N 1
NH
14a 3b 6a
H3CO 1 14 8 H3CO 1a
13 8a OCH3 11a
7
12a 9 11 7a
12 10 10
8
11
OCH3 H3CO 9
OH
Corypalmine Laurotetanine
H
H 3 4
H3CO 3a 5
3 4 2
O 2 3a
5
1
3b 6a
NH
H3CO
NH 1a
O 1 3b 6a
1a 11a 7 H
11a 7 H 11 7a
11 7a 10 8
10 8
9
Anonaine Nornuciferine
H
3 4
O 2 3a
5
3b
NH
O 1 6a
1a
11a 7 H
11 7a
10 8
OH
9
H3CO
Norannuradhapurine
and NMR (1D and 2D), as well as comparison with data reported in the literature. Therefore,
the complete and unequivocal NMR data for these alkaloids were reviewed according to 1D
Table 1
2 147.5, C
3 147.6, C
4 111.4, CH 6.62 s
4a 126.7, C
5pseudo ax 29.0, CH2 3.14 dd (11.7; 5.0)
5pseudo eq 2.65 dd (11.1; 3.4)
6pseudo ax 51.5, CH2 2.67 m
6pseudo eq 3.21 dd (5.1; 3.5)
8pseudo ax 53.8, CH2 3.59 d (15.3)
8pseudo eq 4.21 d (15.4)
8a 127.3, C
9 143.2, C
10 146.5, C
14a 129.7, C
1a 123,42, C
2 153.29, C
3 110.53, CH 6.63 s
3a 126.8, C
3b 122.3, C
4 pseudo eq 3.45 m
5 pseudo eq 3.79 m
7a 127.79, C
8 114.1, CH 6.85 s
9 145.3, C
10 145.7, C
11 111.3, CH 8.10 s
11a 123.4, C
1a 116.3, C
2 147.1, C
3 107.5, CH 6.60 s
3a 126.1, C
3b 127.5, C
4 pseudo eq 3.05m
5 pseudo eq 3.43 m
6a 53.3, CH 4.01 m
7pseudo eq 2.94 m
7a 134.6, C
8 127.5, CH 7.24 m
9 127.8, CH 7.23 m
10 127.2, CH 7.32 m
11a 131.7, C
5.94 d (1.5)
a
The experiments were obtained in CDCl3 at 293 K and the NMR chemical shift are given in ppm related to TMS signal at
0.00 ppm as internal reference. b Multiplicities determined by HSQC NMR experiment. c The correct NMR chemical shifts of
the carbon atoms were obtained through one-bond 1H-13C (HSQC) and long-range 1H-13C (HMBC) experiments.
Table 4.
NMR data (600 MHz) for nornuciferine (4).
Position C mult.a,b,c H mult. (J in Hz)a
1 145.5, C
1a 126.7 C
2 152.7, C
3 11.9, CH 6.65 s
3a 126.8, C
3b 127.7, C
4 pseudo eq 3.03m
5 pseudo eq 3.45 m
6a 53.4, CH 4.05 m
7pseudo eq 2.99 m
7a 135.7, C
11a 131.0, C
1a 116.1, C
2 146.9, C
3 107.0, CH 6.55 s
3a 126.3, C
3b 126.4, C
4 pseudo eq 3.10 m
5 pseudo eq 3.46 m
6a 53.6, CH 3.90 m
7pseudo eq 2.99 m
7a 136.6, C
8 144.2, C
9 158.9, C
11a 129.40, C
5.93 d (1.4)
The present work reports the isolation and identification of two isoquinoline alkaloids;
anonaine (3), nornuciferine (4) and norannuradhapurine (5) from the leaves of A. leptopetala.
These alkaloids are very common in Annonaceae, and are found in several genera of this
glaucescens, among others (Leboeuf et al., 1982a, Leboeuf et al., 1982b, Hocquemiller et al.,
1981, Castelo et al., 1991; Martins et al., 1995; Nishiyama et al., 2006; Almeida et al., 2007;
Pimenta and Mendonça, 2012; Dutra et al., 2012). The laurotetanine compound is reported for
the first time in A. leptopetala and norannuradhapurine described for the first time in the
Annona genus.
(Fechine et al., 2002), Guatteria discolor (Hocquemiller et al., 1984), Guatteriopsis friesiana
(Costa et al., 2009), Pachypodanthium confine (Andrade et al., 2003), Xylopia vieillard
(Jossang et al., 1991), X. discrete (Willaman & Schubert, 1961; Jossang et al., 1991) and
Annona cherimolia (Siméon et al., 1990). While laurotetanine was described in X. laevigata
(Costa et al., 2013) X. amazonica (Martins et al., 1995), X. benthamii (Pimenta and
Mendonça, 2012), X. danguyella (Hocquemiller et al., 1981; Leboeuf et al., 1982a) and X.
parviflora (Nishiyama et al., 2006), X. frutences (Leboeuf et al., 1982b), Palmeria fengeriana
(Johns et al., 1967), Peumus boldus (Hughes et al., 2006), Alphonsea scleropcarpa (Tadic et
al.,1967), Desmos tieaghiensis (Leboeuf et al., 1982 c), Guatteria gaudotiana (Castedo et al.,
1991), G. scandens (Hocquemiller et al., 1983) and in Annona cherimolia (Chen et al., 1997),
being notorious her occurrence in the genus Xylopia. Anonaine and nornuciferine have been
described in several species of Annona ( Rasamisafy et al., 1987; Simeon et al., 1989; Chang
et al., 2000; Campos et al., 2008, Cruz et al., 2011 , Vendramin et al., 2013; Rabêlo et al.,
2015; Dutra et al., 2012) and could be considered as chemotaxonomic markers of this genus.
Noranuradapurine is considered a scarce alkaloid in nature, having been reported only the
following species Fissistigma glaucescens, F. oldhamii (Lu et al., 1985 a,b) Goniothalamus
amuyon (Lu et al., 1985b)and Polyalthia acuminata (Zarga & Sharmma, 1982). It was found
in the literature, only one record for the 1H- NMR spectral data for the natural compound,
13
described by Zarga & Sharmma, 1982. The spectral data C- NMR were not previously
reported for the natural alkaloid, only to the compound in synthetically (Nimgirawath et al.,
2009).
Through the results of this study, it was confirmed the high capacity of A. leptopetala of
Furthermore reveals the species as promising source to obtain this rare alkaloid
norannuradhapurine.
Acknowledgements
The authors are grateful to Brazilian agencies FACEPE, CNPq and CAPES by the
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NMR Center, Federal Universit of Paraná, PO Box 19081, 81531-990,Curitiba, Paraná,
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a
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Campus Universitário, Av. José de Sá Maniçoba, s/n, Centro, Petrolina, PE, 56.304-205, Brazil.
OH
Corypalmine Laurotetanine
H
H 3 4
H3CO 3a 5
3 4
2
O 2 3a
5
1
3b 6a
NH
NH H3CO 1a
O 1 3b 6a
1a H
11a 7
11a 7 H
11 7a
11 7a
10 8
10 8
9
Anonaine Nornuciferine
H
3 4
O 2 3a
5
3b
NH
O 1 6a
1a
11a 7 H
11 7a
10 8
OH
9
H3CO
Norannuradhapurine
HO H
O
N
H3CO
O NH
OCH3
H
OCH3
H
Photo: Katarina Pinheiro
O
O NH
H H3CO
H3CO H
NH
H3CO
NH
H3CO
OH
H H3CO
H3CO
OH
Photo: M. Oliveira Photo: J.A. Siqueira Filho
Research highlights
2 147.5, C
3 147.6, C
4 111.4, CH 6.62 s
4a 126.7, C
5pseudo ax 29.0, CH2 3.14 dd (11.7; 5.0)
5pseudo eq 2.65 dd (11.1; 3.4)
1 144.85, C
1a 123.42, C
2 153.29, C
3 110.53, CH 6.63 s
3a 126.2, C
3b 122.3, C
7a 127.79, C
8 114.1, CH 6.85 s
9 145.3, C
10 145.7, C
11 111.3, CH 8.10 s
11a
123.4, C
1a 116.3, C
2 147.1, C
3 107.5, CH 6.60 s
3a 126.1, C
3b 127.5, C
6a 53.3, CH 4.01 m
7a 134.6, C
8 127.5, CH 7.24 m
9 127.8, CH 7.23 m
10 127.2, CH 7.32 m
11a 131.7, C
1 145.5, C
1a 126.7, C
2 152.7, C
3 11.9, CH 6.65 s
3a 126.8, C
3b 127.7, C
6a 53.4, CH 4.05 m
11a 131.0, C
1a 116.1, C
2 146.9, C
3 107.0, CH 6.55 s
3a 126.3, C
3b 126.4, C
7a 136.6, C
8 144.2, C
9 158.9, C
11a 129.40, C