Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
TESE DE DOUTORADO
elaborada por
Gerusa Pauli Kist Steffen
COMISSÃO EXAMINADORA:
AGRADECIMENTOS
A Deus, por estar sempre ao meu lado, guiando meus passos e abençoando
meu caminho.
Ao meu esposo Ricardo Bemfica Steffen, pelo seu amor, carinho, dedicação,
companheirismo, compreensão e auxílio em todas as etapas desta jornada, pessoa
maravilhosa que está sempre ao meu lado, apoiando e incentivando todos os meus
passos. Ao nosso filho Nicolas, luz de nossas vidas, por nos proporcionar tanta alegria
e ensinamentos nesta nova caminhada de pais. Amo muito vocês.
Aos meus pais Gerônimo Kist e Lúcia Maria Pauli Kist, por todo cuidado, amor,
ensinamentos e oportunidades disponibilizadas a mim, mas principalmente, por sorrirem
com minhas conquistas.
Às minhas irmãs Luana Carla Kist Poersch e Priscila Pauli Kist, por todos os
anos de convivência, companheirismo e apoio para a realização deste trabalho.
Aos cunhados Flávio Schuh Poersch e Norton Franciscatto de Paula, pelo
incentivo e aos sobrinhos Diogo e Douglas, “pequenos pesquisadores”, pela
participação na coleta de minhocas.
A Bertilo Steffen, Nara Lúcia Steffen, Carolina Steffen e João Paulo Silveira
Júnior, pessoas maravilhosas que sempre estiveram ao meu lado, apoiando e
incentivando em todos os momentos. Um agradecimento especial à minha sogra Nara,
por ter passado diversas tardes cuidando do Nicolas para que eu pudesse concluir este
trabalho.
À professora Drª Zaida Inês Antoniolli, pela orientação, amizade, confiança,
compreensão e oportunidades durante todos os anos de realização deste trabalho.
Ao pesquisador Gustavo Schiedeck e ao professor Rodrigo Jacques, co-
orientadores deste trabalho, pela amizade, orientação, disponibilidade e auxílio durante
a realização deste estudo.
Às colegas e amigas do laboratório de Biologia do Solo e do Ambiente: Edicarla
Trentin, Daiana Bortoluzzi, Andressa de Oliveira Silveira, Cristiane Loureiro e Manoeli
Lupatini pelo grande auxílio nas análises moleculares. Aos amigos do laboratório:
Antônio Carlos Bassaco, Daniel Pazzini, Marcos Leandro dos Santos, Natielo Santana,
6
RESUMO
Tese de Doutorado
Programa de Pós-Graduação em Ciência do Solo
Universidade Federal de Santa Maria
ABSTRACT
Doctor Science Thesis
Graduate Program in Soil Science
Federal University of Santa Maria
Knowledge on earthworms diversity in Rio Grande do Sul (RS) State, as well as in Brazil,
is lower than the range estimated by taxonomists. The study aimed to: 1) evaluate the diversity
of earthworms present in ecosystems of three regions of the RS State; 2) characterize the
physical and chemical properties of soil, vegetation and land use; and 3) determine the potential
use of a nontoxic solution to extract earthworms from the soil, in order to reduce the
environmental impacts on ecosystems assessed. A qualitative survey of earthworms was
conducted by the withdrawal of monoliths and manual screening in 15 different ecosystems.
Samples were collected in 29 municipalities of the northwestern, central and southwestern
regions of the RS State, comprising 77 sampling sites. Species identification was based on
morphological parameters and / or molecular. Twenty-one species of earthworms were found,
belonging to the families Glossoscolecidae (10), Ocnerodrilidae (4), Megascolecidae (4),
Acanthodrilidae (1), Lumbricidae (1) and Criodrilidae (1). Ten correspond to new records,
belonging to the genus Glossoscolex (6), Fimoscolex (1), Kerriona (1), Eukerria (1) and a new
specie of the Criodrilidae family. The occurrence of earthworms species was correlated with the
type of ecosystem. The highest diversity was observed in sites of native forest fragment and
native grassland. Most native species (Urobenus brasiliensis, Fimoscolex n. sp. and
Glossoscolex sp.) predominated in ecosystems altered by human activities, while the exotic
species (Amynthas gracilis, Amynthas rodericensis, Metaphire californica, Aporrectodea
trapezoides) and pilgrim (Pontoscolex corethrurus) predominate in sites with highest degree of
human disturbance. The degree of disturbance of ecosystems and land use influence the
presence of earthworms, followed by physical and chemical characteristics of soil. The nuclear
gene 28S rDNA, as well as mitochondrial genes 16S and subunit I of cytochrome c oxidase were
important tools for the molecular characterization of earthworms. Assessments of the potential of
onion extract as the extraction solution for soil earthworms showed that the concentration of 175
g L-1 extract shows capacity comparable to standard extraction solution (formaldehyde 0.5%) in
the extraction of earthworms in clay and sandy soils. The results of this study indicated that the
Rio Grande do Sul State has greater earthworms diversity than the currently known, justifying
the importance of studies of the diversity of these soil organisms.
LISTA DE TABELAS
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
LISTA DE REDUÇÕES
LISTA DE APÊNDICES
LISTA DE ANEXOS
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO 22
1.1 Referências bibliográficas 25
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 27
2.1 Minhocas 27
2.2 Diversidade de minhocas 28
2.3 Categorias ecológicas 41
2.4 Importância das minhocas para o solo 44
2.5 Métodos de extração de minhocas do solo 50
2.6 Caracterização e identificação de espécies 53
2.7 Referências bibliográficas 56
APÊNDICES 195
Apêndice A – Tabela contendo informações sobre a localização, o tipo de
ecossistema, o valor de pH e as espécies de minhocas encontradas nos
pontos amostrados no Estado do Rio Grande do Sul 196
Apêndice B – Tabela contendo informações sobre os porcentuais de matéria
orgânica (MO) e argila, textura, teores de fósforo (Mehlich), potássio, cálcio e
magnésio, soma de bases, CTCefetiva e CTCpH7,0 dos pontos amostrados no
Estado do Rio Grande do Sul 200
Apêndice C - Sequências de nucleotídeos da região do gene mtDNA da
subunidade I da citocromo c oxidase (COI) de novas espécies de minhocas
coletadas no Estado do Rio Grande do Sul 204
ANEXOS 205
Anexo A - Médias de temperatura mínima e máxima para o Estado do Rio
Grande do Sul 206
Anexo B - Temperatura média anual e precipitação pluviométrica média para
o Estado do Rio Grande do Sul 207
Anexo C - Médias de umidade relativa do ar e radiação solar anual para o
208
Estado do Rio Grande do Sul
22
1 INTRODUÇÃO
Objetivo
Capítulo I
Levantamento da diversidade de minhocas em três regiões Identificação de
do Estado do Estado do Rio Grande do Sul espécies de minhocas
Capítulo III
Identificação de minhocas utilizando genes do DNA Identificação de minhocas
mitocondrial (COI e 16S mtDNA) e nuclear (28S rDNA) por técnicas moleculares
LIMA, A. C. R. de; RODRÍGUEZ, C. Earthworm diversity from Rio Grande do Sul, Brazil,
with a new native Criodrilid genus and species (Oligochaeta: Criodrilidae).
Megadrilogica, Canadá, v. 11, n. 2, p. 9-18, 2007.
26
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
2.1 Minhocas
1
Por exemplo, em inglês, minhoca é “earthworm” (verme da terra), em francês é “ver de terre” (verme da
terra), em espanhol é “lombriz de tierra” (lombriga da terra), em italiano é “lombrico” (lombriga) e em
alemão é “regenwurm” (verme das chuvas). No entanto, ao contrário das principais línguas ocidentais, a
língua portuguesa, aparentemente, não vincula o nome genérico atribuído aos representantes da Classe
Oligochaeta à morfologia vermiforme ou ao solo, sendo a real origem da palavra minhoca considerada
controversa (SCHIEDECK et al., 2010).
2
De acordo com o tamanho que apresentam, os organismos que vivem no solo são classificados em
microfauna (menores do que 0,2 mm), mesofauna (entre 0,2 e 2,0 mm) e macrofauna (maiores do que
2,0 mm) (SWIFT et at., 1979). A microfauna edáfica compreende os invertebrados aquáticos que vivem
no filme de água do solo, como protozoários e nematóides, enquanto que a mesofauna é representada
por um grupo diverso de organismos, tais como ácaros, colêmbolos e enquitreídeos (LAVELLE, 1997). A
macrofauna do solo é composta por minhocas, cupins, coleópteros e diplópodos, organismos que
possuem habilidade para cavar e criar estruturas específicas que permitem a sua movimentação e
28
sobrevivência no solo, tais como ninhos, galerias, montículos e câmaras, além da deposição de
excrementos resultantes da sua atividade alimentar (STORK; EGGLETON, 1992).
29
Criodrilidae África
Eudrilidae África
(continua)
Tabela 2.2 - Lista de famílias, gêneros e espécies de minhocas exóticas (EX), invasoras (IN), potencialmente invasoras (PI),
nativas peregrinas (NP) ou nativas (N) encontradas no Estado do Rio Grande do Sul e sua distribuição.
Família
Gênero e espécie Localização no RS Classificação Referências
Acanthodrilidae
Luederwaldt (1927), Righi
Dichogaster annae Horst (1893) Diversos locais do estado do RS EX, PI (1968, 1984a, 1984b, 1999);
Righi; Ayres (1975)
Dichogaster saliens Beddard (1892) Fontoura Xavier, Ibirubá EX, IN Knäpper; Porto (1979)
Criodrilidae
Knäpper; Porto (1979)
Criodrilus lacuum Hoffmeister (1845) Porto Alegre, Triunfo EX
(continuação)
Tabela 2.2 - Lista de famílias, gêneros e espécies de minhocas exóticas (EX), invasoras (IN), potencialmente invasoras
(PI), nativas peregrinas (NP) ou nativas (N) encontradas no Estado do Rio Grande do Sul e sua distribuição.
Família
Localização no RS Classificação Referências
Gênero e espécie
Glossoscolecidae
Alexidrilus littoralis Ljungstrom (1972) Canela, Guaíba, São Leopoldo, Tenente N Knäpper (1976, 1977); Knäpper
Portela (registro pessoal)
Glossoscolex wiengreeni Michaelsen (1897) Guaíba, Porto Alegre, Santa Maria N Knäpper; Porto (1979)
Urobenus brasiliensis Benham (1887) Itaqui, Pelotas, Porto Alegre, Taquara, Turuçu N Righi (1971), Schiavon et al.
= Rhinodrilus papillifer Michaelsen (1892) (2009)
37
(continuação)
Tabela 2.2 - Lista de famílias, gêneros e espécies de minhocas exóticas (EX), invasoras (IN), potencialmente invasoras
(PI), nativas peregrinas (NP) ou nativas (N) encontradas no Estado do Rio Grande do Sul e sua distribuição.
Família
Localização no RS Classificação Referências
Gênero e espécie
Lumbricidae
Eisenia andrei Bouché (1972) Santa Maria, Pelotas EX Steffen (2010); Schiedeck et al.
(2009b)
Barra do Ribeiro, Gramado, Guaíba, Ilha
Grande dos Marinheiros (Porto Alegre), Ivoti, Michaelsen (1892); Knäpper;
Eisenia fetida Savigny (1826) Lajeado, Mariluz, Novo Hamburgo, Pelotas, EX Porto (1979); Righi (1967);
Piratini, São Leopoldo, Sapucaia do Sul, Knäpper (1972a, 1976)
Tramandaí, Viamão
Eisenia lucens Waga (1857) Fontoura Xavier, Porto Alegre, Santo Ângelo, EX Knäpper (1976); Knäpper;
São Francisco de Paula Porto (1979)
Eiseniella tetraedra tetraedra Savigny (1826) Diversos municípios do estado do RS EX Pacheco et al. (1992)
38
(continuação)
Tabela 2.2 - Lista de famílias, gêneros e espécies de minhocas exóticas (EX), invasoras (IN), potencialmente invasoras
(PI), nativas peregrinas (NP) ou nativas (N) encontradas no Estado do Rio Grande do Sul e sua distribuição.
Família
Localização no RS Classificação Referências
Gênero e espécie
Octolasion cyaneum Savigny (1826) Gramado, Pelotas, Porto Alegre, São EX Righi (1967); Knäpper (1976)
Leopoldo
Megascolecidae
(continuação)
Tabela 2.2 - Lista de famílias, gêneros e espécies de minhocas exóticas (EX), invasoras (IN), potencialmente invasoras
(PI), nativas peregrinas (NP) ou nativas (N) encontradas no Estado do Rio Grande do Sul e sua distribuição.
Família
Localização no RS Classificação Referências
Gênero e espécie
(conclusão)
Tabela 2.2 - Lista de famílias, gêneros e espécies de minhocas exóticas (EX), invasoras (IN), potencialmente invasoras
(PI), nativas peregrinas (NP) ou nativas (N) encontradas no Estado do Rio Grande do Sul e sua distribuição.
Família
Localização no RS Classificação Referências
Gênero e espécie
Polypheretima taprobanae Beddard (1892) Gramado, Nova Petrópolis, Porto Alegre, EX, PI Knäpper (1976); Knäpper
Santa Cruz do Sul, São Leopoldo, Viamão (registro pessoal)
Pontodrilus litoralis Grubbe (1855) Vários locais ao longo do litoral EX, PI Righi (1968)
Ocnerodrilidae
Eukerria garmani argentinae Jamieson (1970) Camaquã, Estrela N? Righi; Ayres (1975); Lima;
Rodríguez (2007)
Eukerria stagnalis Kinberg (1867) Camaquã, Estrela, Porto Alegre N? Righi; Ayres (1975); Lima;
Rodríguez (2007)
a
Observações pessoais de Samuel Wooster James e George Gardner Brown.
Fonte: Extraída e modificada de Brown et al. (2006) e James e Brown (2006).
41
3
Serrapilheira ou serapilheira é a camada de resíduos orgânicos em diferentes estágios de
decomposição, que se acumula na superfície do solo. Nos ecossistemas, sua composição varia de
acordo com o tipo de vegetação. A serrapilheira pode ser composta por resíduos vegetais, como
folhas, caules, ramos, frutos, flores e sementes, bem como por resíduos animais, tais como
excrementos e restos de animais mortos (LAVELLE et al., 1997).
42
Tamanho e
Categoria Subcategoria Habitat Alimento
Pigmentação
serrapilheira, < 10 cm, altamente
Epigéica liteira
micróbios pigmentada
EPIGÉICA
Epi-anécica/ serrapilheira, 10-15 cm, parcialmente
superfície do solo
Epi-endogéica microrganismos pigmentada
> 15 cm, pigmentação
ANÉCICA Anécica galerias (> 40 cm) liteira e solo
anterodorsal
solo com alto
superfície do solo < 15 cm, filiforme,
Polihúmica teor de matéria
e rizosfera despigmentada
orgânica
camada de solo 10-20 cm,
Mesohúmica 0-20 cm do solo
de 0–10 cm despigmentada
ENDOGÉICA
0-50 cm do solo,
camada de solo
Endo-anécica algumas fazem > 20 cm, despigmentada
de 0–10 cm
galerias
camada de solo
Oligohúmica 15-80 cm do solo > 20 cm, despigmentada
de 20–40 cm
4
Coprólitos são os excrementos das minhocas, ou seja, corresponde ao produto final da
transformação de resíduos orgânicos e matéria mineral que passou pelo trato digestivo das minhocas
e foi eliminado após ter sofrido ação física (minhoca), química (enzimas e hormônios) e biológica
(microrganismos existentes nos órgãos do aparelho digestivo das minhocas) (LAVELLE et al., 1997).
43
A B
A
Foto: Gerusa Pauli Kist Steffen Foto: Gerusa Pauli Kist Steffen
Figura 2.2 – Bioporo formado pela espécie Amynthas gracilis em solo arenoso (A) e
coprólitos de uma espécie endogéica depositados na superfície de um
campo nativo (B).
5
Estruturas biogênicas são aquelas produzidas pela atividade biológica de algum organismo
(LAVELLE, 1996). No caso das minhocas, estas estruturas são túneis, galerias e coprólitos.
46
6
Chibui bari (Righi e Guerra, 1985) é uma espécie de minhocuçu pertencente à família
Glossoscolecidae, nativa da região amazônica, de hábito geófago e endogéico, que apresenta
distribuição em todo o Estado do Acre (FIUZA et al., 2011).
48
VANTAGENS DESVANTAGENS
CHANG, C.-H.; LIN, S.-M.; CHEN, J.-H. Molecular systematics and phylogeography
of the gigantic earthworms of the Metaphire formosae species group (Clitellata,
Megascolecidae). Molecular Phylogenetics and Evolution, Detroit, v. 49, n. 3, p.
958-968, Dec. 2008.
CURRY, J. P.; BYRNE, D.; SCHMIDT, O. Intensive cultivation can drastically reduce
earthworm populations in arable land. European Journal of Soil Biology,
Brawnscheweig, v. 38, n. 2, p. 127-130, Apr.-June 2002.
DELL’ AGNOLA, G.; NARDI, S. On overview of earthworm activity in the soil. In:
BONVICINI-PAGLIAI, A. M.; OMODEO, P. (Eds.). On earthworms. Modena: Mucchi
Ed., 1987, p. 103-112.
LAVELLE, P. Earthworm activities and the soil system. Biology and Fertility of
Soils, Berlin, v. 6, n.3, p. 237-251, May 1988.
LEE, K. E. Earthworms: Their Ecology and Relationships with Soils and Land Use.
Sydnei: Academic Press, 1985, 411p.
MARTIIS, L. C. de. Gli Oligocheti della Regione Neotropicale, I. Mem. Real. Acad.
Sci., Torino, v. 2, p. 1-72, 1905.
MADIGAN, M. T. et al. Microbiologia de Brock. 12. ed. Porto Alegre: Artmed, 2010.
1160p.
MERLIM, A. de O. et al. Soil macrofauna in cover crops of figs grown under organic
manegement. Scientia Agrícola, Piracicaba, v. 62, n. 1, p. 57-61, Jan. 2005.
MOREIRA, C. Vermes oligochetos do Brasil. Arch. Mus. Nac. Rio de Janeiro, v. 12,
p. 125-136, 1903.
POP, A. A.; WINK, M.; POP, V. V. Use of 18S, 16S rDNA and cytochrome c oxidase
sequences in earthworm taxonomy (Oligochaeta, Lumbricidae). Pedobiologia,
Berlin, v. 47, n. 5-6, p. 428-433, 2003.
POP, A. A. et al. Application of 16S, 18S rDNA and COI sequences in the molecular
systematics of the earthworm family Lumbricidae (Annelida, Oligochaeta). European
Journal of Soil Biology, Braunschweig, v. 43, s. 1, p. 43-52, Nov. 2007.
ROSSI, J. P. et al. Soil properties inside earthworm patches and gaps in a tropical
grassland (la Mancha, Veracruz, Mexico). European Journal of Soil Biology,
Braunschweig, v. 42, n. 1, p. 284-288, Nov. 2006.
ZICSI, A. A revision der gattung Glossodrilus Cognetti, 1905 auf grund der arten aus
dem andengebiet (Oligochaeta: Glossoscolecidae). Regenwürmer aus Südamerika,
25. Opuscula Zoologica, Budapest, v. 27-28, p. 79-116, 1995.
3.1 Resumo
O conhecimento da diversidade de minhocas no Estado do Rio Grande do Sul
(RS) é limitado. O objetivo deste estudo foi determinar a diversidade de minhocas
em diferentes ecossistemas do RS, priorizando regiões do Estado que ainda não
haviam sido avaliadas. Foram amostrados 15 tipos de ecossistemas em 29
municípios do RS, totalizando 77 locais de amostragem. As avaliações foram
qualitativas, através da retirada de monólitos de solo e triagem manual. A
identificação das espécies foi realizada com base em parâmetros morfológicos e,
para alguns exemplares, através de análises moleculares. Para cada ecossistema
avaliado foram calculados a riqueza de espécies e o índice de McIntosh (U). Foram
observadas diferenças na riqueza de espécies dos ecossistemas avaliados, sendo
que as áreas com menor grau de perturbação (fragmento de mata nativa e campo
nativo) apresentaram maior riqueza. Vinte e uma espécies de minhocas foram
identificadas, pertencentes às famílias Glossoscolecidae (10), Ocnerodrilidae (4),
Megascolecidae (4), Acanthodrilidae (1), Lumbricidae (1) e Criodrilidae (1). Destas,
dez corresponderam a novos registros, sendo seis do gênero Glossoscolex, uma do
gênero Fimoscolex, uma do gênero Kerriona, uma do gênero Eukerria e uma nova
espécie da família Criodrilidae, de hábito aquático, com possibilidade de se tornar
um novo gênero de oligoquetas. Observou-se que a maioria das espécies nativas
(Urobenus brasiliensis Benham (1887), Fimoscolex n. sp. 1 e Glossoscolex sp.)
predomina em ecossistemas pouco alterados pelo homem, enquanto que as
espécies exóticas (Amynthas gracilis Kinberg (1867), Amynthas rodericensis Grube
(1879), Metaphire californica Kinberg (1867), Aporrectodea trapezoides Dugès
(1828)) e peregrina (Pontoscolex corethrurus Müller (1857)) predominam em áreas
com maior antropização.
3.2 Introdução
O Rio Grande do Sul (RS) é um Estado que apresenta condições para abrigar
uma diversa comunidade de minhocas. Possui área de 281.748,5 km2 e clima
subtropical. O relevo é caracterizado por planaltos a oeste e nordeste, depressão na
área central e planície litorânea com restinga e areia. A vegetação é composta por
campo (campanha gaúcha) a sul e oeste, floresta tropical a leste, matas de
araucárias a norte e por mangues no litoral (PORTAL BRASIL, 2012).
Poucos pesquisadores realizaram levantamentos no Estado do RS, o que
resultou em reduzido conhecimento sobre a real diversidade de minhocas em
ecossistemas gaúchos. Aliado a isso, as pesquisas realizadas no RS priorizaram a
amostragem em localidades próximas a Porto Alegre, em áreas perturbadas
(BROWN; JAMES, 2007). De acordo com Brown et al. (2006) e James e Brown
(2006), há o registro da ocorrência de 44 espécies de minhocas no RS, as quais
estão distribuídas nas Famílias Glossoscolecidae (11), Lumbricidae (12),
Megascolecidae (8), Acanthodrilidae (7), Ocnerodrilidae (4) e Criodrilidae (2) (Tabela
2.2, Revisão bibliográfica).
Considerando a estimativa de grande diversidade de minhocas no Brasil e a
reduzida disponibilidade de informações em determinadas regiões, é necessário e
justificável a realização de outros estudos para avaliar adequadamente a diversidade
e distribuição de minhocas nativas e exóticas no Brasil. Além disso, esses estudos
podem ser úteis para prever o potencial de impactos ambientais, positivos ou
negativos, que a colonização de espécies exóticas podem acarretar em novos
ambientes (BROWN et al., 2006). A hipótese do trabalho foi que o Estado do Rio
Grande do Sul apresenta diversidade de espécies de minhocas superior à conhecida
atualmente. Assim, o objetivo deste trabalho foi determinar a diversidade de
minhocas em diferentes ecossistemas do Estado do Rio Grande do Sul.
71
Legenda:
1 - Alegrete 16 – Roque Gonzales
2 – Bagé 17 – Rosário do Sul
3 – Barra do Quaraí 18 – Santa Maria
4 – Caçapava do Sul 19 – Santa Rosa
5 – Cacequi 20 – Santana do Livramento
6 – Dilermando de Aguiar 21 – Santiago
7 – Formigueiro 22 – São Borja
8 – Hulha Negra 23 – São Francisco de Assis
9 – Itaara 24 – Santo Cristo
10 – Itaqui 25 – São Gabriel
11 – Jaguari 26 – São Vicente do Sul
12 – Júlio de Castilhos 27 – Tupanciretã
13 – Maçambará 28 – Uruguaiana
14 – Mata 29 – Vila Nova do Sul
15 – Nova Esperança do Sul
7
Entende-se por fragmento florestal toda área de vegetação natural, interrompida por barreiras
antrópicas (estradas, pastagens, culturas agrícolas, moradias, etc.) ou naturais (rios, montanhas,
etc.), capazes de reduzir, significativamente, o fluxo de animais, pólen ou sementes (VIANA, 1990).
São considerados fragmentos florestais pequenos aqueles menores do que 10 ha e grandes, aqueles
com dimensões superiores a 40 ha (VIANA; PINHEIRO, 1998).
72
(continua)
Tabela 3.1 - Diversidade de minhocas exóticas (EX), invasoras (IN), nativas peregrinas (NP) ou nativas (N) em ecossistemas de
diferentes municípios do Rio Grande do Sul.
Família Acanthodrilidae
a
Mata nativa Barra do Quaraí (Parque Estadual do Espinilho )
Microscolex dubius (Fletcher, 1887) EX
Monocultivo de eucalipto Itaqui
Família Criodrilidae
Nova espécie N Banhado Santo Cristo
Família Glossoscolecidae
Fimoscolex n. sp. 1 N Fragmento de mata nativa Maçambará
(continuação)
Tabela 3.1 – Diversidade de minhocas exóticas (EX), invasoras (IN), nativas peregrinas (NP) ou nativas (N) em ecossistemas de
diferentes municípios do Rio Grande do Sul.
(continuação)
Tabela 3.1 – Diversidade de minhocas exóticas (EX), invasoras (IN), nativas peregrinas (NP) ou nativas (N) em ecossistemas de
diferentes municípios do Rio Grande do Sul.
Família Megascolecidae
Campo nativo Santa Maria, Santiago, Roque Gonzales
b
Esterqueira Santo Cristo
Beira de córrego Santo cristo
Fragmento de mata nativa Santa Maria, Santiago
Lavoura de aveia Tupanciretã
Amynthas gracilis (Kinberg, 1867) Lavoura de milho Santo Cristo
Lavoura de soja Júlio de Castilhos, Santa Rosa
= Amynthas hawayanus (Rosa, 1891) EX
Local deposição de resíduos domésticos Roque Gonzales
= Pheretima hawayana (Rosa, 1891) Mata ciliar São Vicente do Sul
Alegrete, Bagé, Caçapava do Sul, Hulha Negra,
Monocultivo de eucalipto
São Sepé, São Vicente do Sul
Monocultivo de pinus Jaguari
Pastagem cultivada Santo Cristo
Pomar de citros Santa Maria
(conclusão)
Tabela 3.1 – Diversidade de minhocas exóticas (EX), invasoras (IN), nativas peregrinas (NP) ou nativas (N) em ecossistemas de
diferentes municípios do Rio Grande do Sul.
Família Lumbricidae
Aporrectodea trapezoides (Dugès, 1828) EX Monocultivo de pinus São Gabriel
Família Ocnerodrilidae
Lavoura de trigo (Sistema Plantio Direto) São Gabriel
Eukerria saltensis (Beddard, 1895) EX Mata nativa (mata de restinga) Rosário do Sul
a
Mata nativa Barra do Quarai (Parque Estadual do Espinilho )
10
Existem diferenças entre solos de várzea e solos de banhado. De acordo com Ringuelet (1962), os
banhados são definidos como corpos d’água permanentes ou temporários, sem uma bacia bem
definida, de contorno ou perímetro indefinido e sem sedimentos próprios, apresentando vegetação
emergente abundante e poucos espaços livres. Os solos de várzea são sazonalmente alagados,
principalmente para o cultivo do arroz, apresentando alternância nas condições de oxidação e
redução, a qual determina modificações intensas na fase sólida mineral do solo e na dinâmica de
elementos químicos.
86
A B
Foto: Gerusa Pauli Kist Steffen Foto: Gerusa Pauli Kist Steffen
C D
Foto: Gerusa Pauli Kist Steffen Foto: Gerusa Pauli Kist Steffen
E F
Foto: Gerusa Pauli Kist Steffen Foto: Gerusa Pauli Kist Steffen
Neste trabalho, além da espécie E. saltensis, uma nova espécie deste gênero
foi registrada em três diferentes ecossistemas (pastagem cultivada, várzea em
pousio e banhado) nos municípios de Santa Maria e Santo Cristo (Tabela 3.1).
Além da nova espécie do gênero Eukerria, duas outras espécies da família
Ocnerodrilidae foram encontradas, representando novos registros para o RS: uma
nova espécie do gênero Kerriona coletada em área de várzea em pousio no
município de Mata e exemplares do gênero Ocnerodrilus foram registrados em
pastagem cultivada no município de Santa Maria (Tabela 3.1, Figura 3.5).
A B
b
Foto: Gerusa Pauli Kist Steffen Foto: Gerusa Pauli Kist Steffen
Figura 3.5 – Nova espécie de Eukerria sp. coletada em três diferentes ecossistemas
do RS (A) e exemplar do gênero Ocnerodrilus coletado em pastagem
cultivada no município de Santa Maria, RS (B).
Tabela 3.2 - Riqueza de espécies (S) e índice de McIntosh (U) para os diferentes
ecossistemas amostrados no Rio Grande do Sul.
* Médias seguidas da mesma letra nas colunas não diferem entre si pelo teste de Scott-Knott a 5%
de probabilidade.
3.5 Conclusões
BARTZ, M. L. C. et al. Minhocas Urobenus sp.: das matas para as áreas sob plantio
direto. Revista Plantio Direto, Passo Fundo, n. 124, p. 6-7, jul./ago. 2011.
KALISZ, P. J.; WOOD, H. B. Native and exotic earthworms in wild land ecosystems.
In: HENDRIX, P. F. (Ed.) Earthworm Ecology and Bio-geography in North
America. Boca Raton: Lewis Publishers, 1995. p. 117- 126.
LAVELLE, P. et al. Impact of soil fauna on the properties of soils in the humid tropics.
In: LAL, R.; SANCHEZ, P. A. Myths and science of soils of the tropics. Soil
Science Society of America, Madison, p. 157-185, 1992.
LEE, K. E. Earthworms: Their Ecology and Relationships with Soils and Land Use.
Sydnei: Academic Press, 1985, 411p.
MILLER, A. S.; DYKES, D. D.; POLESKI, H. F. A simple salting out procedure for
extracting DNA from human cells. Nucleic Acids Research, Southampton, v. 16, n.
3, p. 1215, 1988.
SAITOU, N.; NEI, M. The neighbor joining method: a new method for reconstructing
phylogenetic trees. Molecular Biology and Evolution, Oxford, v. 4, n. 4, p. 406-425,
July 1987.
STADEN, R.; BEAL, K. F.; BONFIELD, J. K. The Staden Package, 1998. Methods in
Molecular Biology, v. 132, p.115-130, 2000.
4.1 Resumo
As minhocas desempenham importantes funções no ecossistema solo, sendo
a ocorrência das espécies relacionada com fatores edafo-climáticos e vegetação. O
objetivo do trabalho foi determinar a influência de fatores edáficos, uso e manejo do
solo na ocorrência de minhocas em ecossistemas naturais e alterados do Rio
Grande do Sul (RS). Avaliação qualitativa da diversidade de minhocas foi realizada
em 15 diferentes de ecossistemas, em 29 municípios do RS, totalizando 77 locais de
amostragem. Em cada local avaliado foram retirados, no mínimo, dez monólitos de
solo. A identificação das espécies foi realizada com base em parâmetros
morfológicos. Foram encontradas diversas espécies de minhocas no Estado do RS,
vivendo em solos de ecossistemas naturais e agrícolas, com variações quanto às
características físicas e químicas. A maioria das espécies encontradas foi nativa,
pertencente à família Glossoscolecidae e ao gênero Glossoscolex. A caracterização
do solo e do uso dos ambientes onde foram coletadas as diferentes espécies de
minhocas possibilitou o levantamento de informações associadas ao ecossistema
com ocorrência de minhocas. A ocorrência das espécies esteve mais relacionada ao
grau de perturbação do ambiente e ao tipo de uso do solo, do que às características
físicas e químicas. As espécies de minhocas encontradas neste trabalho, em
ecossistemas naturais e agroflorestais do Estado do Rio Grande do Sul são:
Amynthas corticis, A. gracilis, A. rodericensis, Aporrectodea trapezoides, Eukerria
saltensis, Glossoscolex uruguayensis uruguayensis, Metaphire californica,
Microscolex dubius, Ocnerodrilus sp., Pontoscolex corethrurus, Urobenus
brasiliensis, além de seis novas espécies de Glossoscolex sp. e uma nova espécie
de cada um dos gêneros Eukerria, Fimoscolex e Kerriona e da família Criodrilidae. O
grau de perturbação dos ecossistemas e o uso do solo interferem na presença de
minhocas, seguido pelas características físicas e químicas do solo.
4.2 Introdução
como baixo (≤ 2,0), médio (2,1 – 4,0) e alto (> 4,0), assim como os teores de
magnésio (cmolc dm-3): baixo (≤ 0,5), médio (0,6 – 1,0) e alto (> 1,0).
Os teores de fósforo e potássio extraídos por Mehlich–1 foram determinados
por colorimetria e fotometria de chama, respectivamente. As análises realizadas
seguiram metodologias descritas em Tedesco et al. (1995). Os teores de fósforo (mg
dm-3) foram classificados em cinco faixas: muito baixo (≤ 5,0), baixo (5,1 – 10,0),
médio (10,1 – 20,0), alto (20,1 – 40,0) e muito alto (> 40,0). Os teores de potássio
(cmolc dm-3) foram classificados em faixas de acordo com o valor de CTCpH7,0.
Quando CTCpH7,0 > 15: muito baixo (≤ 30), baixo (31 – 60), médio (61 – 90), alto (91
– 180) e muito alto (> 180); quando CTCpH7,0 entre 5,1 e 15,0: muito baixo (≤ 20),
baixo (21 – 40), médio (41 – 60), alto (61 – 120) e muito alto (> 120); quando
CTCpH7,0 ≤ 5,0: muito baixo (≤ 15), baixo (16 – 30), médio (31 – 45), alto (46 – 90) e
muito alto (> 90).
O teor de matéria orgânica do solo (MO) foi analisado por oxidação úmida,
utilizando dicromato de potássio em meio sulfúrico (0,4 N). A determinação foi
realizada por titulação com sulfato ferroso amoniacal (0,1 N), segundo Embrapa
(1997). Os níveis de matéria orgânica foram classificados como baixo (≤ 2,5 %),
médio (2,6 – 5,0 %) e alto (> 5,0 %).
A capacidade de troca de cátions efetiva (CTCefetiva) foi obtida pela soma das
bases Ca2+, Mg2+ e K+ mais Al3+ (CQFS-RS/SC, 2004). Os valores de CTCefetiva (%)
foram classificados em: muito baixo (< 1,0), baixo (1,0 – 10,0), médio (10,1 – 20,0) e
alto (> 20,0). A capacidade de troca de cátions em pH 7 (CTCpH7,0) foi estimada pela
soma de bases mais H + Al. Foram considerados três níveis de valores de CTCpH7,0
(cmolc dm-3): baixo (≤ 5,0), médio (5,1 – 15) e alto (> 15,0).
Girardi-Deiro e Gomes (2003) descreveram a vegetação dos ecossistemas
das regiões Sudoeste e Sudeste do RS. Os municípios de Uruguaiana, Quaraí,
áreas pertencentes a Alegrete, Santana do Livramento e Itaqui situam-se na zona
conhecida como campos duros e pedregosos com solo de pouca profundidade.
Estes campos são limpos, com elevado número de espécies vegetais de porte baixo,
de valor forrageiro, que proporcionam boa cobertura do solo. Os municípios de Bagé
e Hulha Negra fazem parte da região conhecida como campos finos de solos férteis
de maior profundidade. Os campos são produtivos e apresentam áreas com partes
limpas e outras invadidas, principalmente, por espécies dos gêneros Eupatorium,
108
meses do ano, de forma que não há estação seca nem estação chuvosa bem
caracterizada (MORENO, 1961; BERLATO; FONTANA, 2003).
A variedade Cfa caracteriza-se por apresentar temperatura do mês mais
quente superior a 22 °C e temperatura do mês mais frio entre 3 e 18 °C. A variedade
Cfb é caracterizada por apresentar temperatura do mês mais quente inferior a 22°C
e a do mês mais frio superior a 3 °C. O clima Cfa é dominante no Estado, enquanto
que o Cfb aparece nas regiões de maiores altitudes como a Serra do Nordeste, os
Campos de Cima da Serra e o Escudo Riograndense (Serra do Sudeste)
(BERLATO; FONTANA, 2003).
A temperatura média para o Estado é de 18 °C, sendo o clima variável nas
regiões de acordo com a altitude e a proximidade da costa marítima. Janeiro e
fevereiro são os meses mais quentes, quando se registram temperaturas em torno
dos 40 °C. O inverno é rigoroso, sendo julho o mês mais frio, com temperaturas
negativas atingindo -3,0°C (PEZZA; AMBRIZZI, 1999).
O regime pluviométrico do Estado do RS é regular e as chuvas são bem
distribuídas durante todo o ano. No entanto, existe a probabilidade de ocorrer
estiagens nos meses do verão (dezembro a fevereiro), prejudicando as culturas
agrícolas (AGUIAR, 2005). A média pluviométrica anual do Estado do RS é de
1.700mm, embora haja regiões mais ou menos chuvosas (MALUF, 2000).
No Estado do RS, o valor de umidade relativa do ar é muito elevado. No verão
e na primavera, os valores oscilam entre 68% e 85%. No outono e no inverno, os
valores variam entre 76% e 90%, sendo relativamente estáveis durante as quatro
estações do ano. As partes mais elevadas do Estado localizam-se na região
Nordeste, com altitudes superiores a 600m, podendo atingir 1.300m (BERLATO;
FONTANA, 2003).
110
Ecossistemas
Gênero/Espécie
CN FMN MN* ME MA MP MC BC B GR PC PO L VP RD RA
Amynthas corticis X X X X
Amynthas gracilis X X X X X X X X X X X
Amynthas rodericensis X
Aporrectodea trapezoides X
Eukerria n. sp. 1 X X X
Eukerria saltensis X X
Fimoscolex n. sp. 1 X
Glossoscolex n. sp. 1 X X X
Glossoscolex n. sp. 2 X X X
Glossoscolex n. sp. 3 X
Glossoscolex n. sp. 4 X
Glossoscolex n. sp. 5 X
Glossoscolex n. sp. 6 X
Glossoscolex sp. X X X X X
Glossoscolex uruguayensis** X
Juvenis de Glossoscolecidae X X X X
Kerriona n. sp. 1 X
Metaphire californica X X
Microscolex dubius X X
Nova espécie de Criodrilidae X
Ocnerodrilus sp. X
Pontoscolex corethrurus X X X X X X X
Urobenus brasiliensis X X X X
Número total de espécies 9 10 3 6 2 5 5 2 2 1 7 1 4 2 1 1
Ecossistemas: CN = campo nativo, FMN = fragmento de mata nativa, MN = mata nativa, ME = monocultivo de eucalipto, MA = monocultivo de acácia negra,
MP = monocultivo de pinus, MC = mata ciliar, BC = beira de córrego, B = banhado, GR = gramado residencial, PC = pastagem cultivada, PO = pomar de
citros, L = lavoura, VP = várzea em pousio, RD = local de deposição de resíduos domésticos, RA = local de deposição de dejetos animais.
*Parque Estadual do Espinilho, Barra do Quaraí, RS.
**Glossoscolex uruguayensis uruguayensis
112
Figura 4.1 – Diversidade de minhocas de acordo com a classe textural do solo onde
foram coletadas. Classe textural baseada no teor de argila do solo: 1 (>
60%), 2 (41 - 60%), 3 (21 - 40%) e 4 (≤ 20%). *Glossoscolex
uruguayensis uruguayensis.
matéria orgânica (Tabela 4.2). O pH dos solos variaram entre muito baixo, médio e
alto, os teores de cálcio e a CTCpH7,0 entre médio e alto. Esta espécie pode não
apresentar seletividade a solos em relação aos teores de fósforo, potássio e
magnésio. Os valores de CTCefetiva dos solos variaram entre baixo, médio e alto
(Tabelas 4.2, 4.3, 4.4 e 4.5).
pH Matéria orgânica
Gênero/espécie
MB B M A B M A
Amynthas corticis 1 1 3 - - 4 1
Amynthas gracilis 7 4 8 6 12 10 3
Aporrectodea trapezoides - - 1 - - 1 -
Eukerria n. sp. 1 3 - - - 2 1 -
Eukerria saltensis 1 - 1 1 2 1 -
Fimoscolex n. sp. 1 - 1 - - - 1 -
Glossoscolex n. sp. 1 2 1 1 - 2 1 1
Glossoscolex n. sp. 2 2 - - - 1 1 -
Glossoscolex n. sp. 3 1 - - - 1 - -
Glossoscolex n. sp. 4 1 - - - - 1 -
Glossoscolex n. sp. 5 1 - - - - 1 -
Glossoscolex n. sp. 6 - 1 - - 1 - -
Glossoscolex sp. 1 1 1 3 5 - 1
Glossoscolex uruguayensis* - 1 - 1 1 1 -
Juvenis de Glossoscolecidae 3 2 1 - 4 2 -
Kerriona n. sp. 1 1 - - - - - 1
Metaphire californica 2 - - 1 2 1 -
Microscolex dubius 1 - - 1 1 1 -
Nova espécie de Criodrilidae 1 - - - 1 - -
Ocnerodrilus sp. 1 - - - - 1 -
Pontoscolex corethrurus 8 2 1 1 8 4 -
Urobenus brasiliensis 1 - 5 1 2 4 1
Total de espécies 18 9 9 8 15 17 6
Fósforo Potássio
Gênero/espécie
MB B M A MA MB B M A MA
Amynthas corticis 2 1 - - 1 1 - - - -
Amynthas gracilis 7 6 3 2 8 1 3 - 10 12
Aporrectodea trapezoides - - - - 1 - - - 1 -
Eukerria n. sp. 1 1 1 1 - - - - 2 1 -
Eukerria saltensis 1 - - 1 1 - 1 1 - 1
Fimoscolex n. sp. 1 1 - - - - 1 - - - -
Glossoscolex n. sp. 1 1 - - 2 1 - - - 2 2
Glossoscolex n. sp. 2 1 1 - - - - 1 1 - -
Glossoscolex n. sp. 3 1 - - - - - - - 1 -
Glossoscolex n. sp. 4 - 1 - - - - - 1 - -
Glossoscolex n. sp. 5 1 - - - - - - 1 - -
Glossoscolex n. sp. 6 1 - - - - - - - 1 -
Glossoscolex sp. - 2 - 2 2 - 1 1 3 1
Glossoscolex uruguayensis* 1 - 1 - - - - - 1 1
Juvenis de Glossoscolecidae 5 1 - - - 1 - 2 1 2
Kerriona n. sp. 1 - 1 - - - - - - 1 -
Metaphire californica 2 - - 1 - - - - 3 -
Microscolex dubius 2 - - - - - 1 1 - -
Nova espécie de Criodrilidae - - 1 - - - - - 1 -
Ocnerodrilus sp. - 1 - - - - - 1 - -
Pontoscolex corethrurus 3 4 1 3 1 2 1 4 4 1
Urobenus brasiliensis 4 2 - 2 - - 1 2 1 4
Total de espécies 16 11 5 7 7 5 7 11 14 8
-3
*Glossoscolex uruguayensis uruguayensis. Teores de fósforo (mg dm ): MB = muito baixo (≤ 5,0), B =
baixo (5,1 – 10,0), M = médio (10,1 – 20,0), A = alto (20,1 – 40,0) e MA = muito alto (> 40,0). Teores
-3
de potássio (cmolc dm ) se CTCpH7,0 > 15: MB = muito baixo (≤ 30), B = baixo (31 – 60), M = médio
(61 – 90), A = alto (91 – 180) e MA = muito alto (> 180); se CTCpH7,0 entre 5,1 e 15,0: MB = muito
baixo (≤ 20), B = baixo (21 – 40), M = médio (41 – 60), A = alto (61 – 120) e MA = muito alto (> 120);
se CTCpH7,0 ≤ 5,0: MB = muito baixo (≤ 15), B = baixo (16 – 30), M = médio (31 – 45), A = alto (46 –
90) e MA = muito alto (> 90).
Cálcio Magnésio
Gênero/espécie
B M A B M A
Amynthas corticis 1 - 4 1 - 4
Amynthas gracilis 4 5 17 6 4 16
Aporrectodea trapezoides - 1 - - 1 -
Eukerria n. sp. 1 - - 3 - - 3
Eukerria saltensis - - 3 - - 3
Fimoscolex n. sp. 1 1 - - 1 - -
Glossoscolex n. sp. 1 1 1 2 1 1 2
Glossoscolex n. sp. 2 - - 2 - - 2
Glossoscolex n. sp. 3 - 1 - 1 - -
Glossoscolex n. sp. 4 - - 1 - - 1
Glossoscolex n. sp. 5 - 1 - - 1 -
Glossoscolex n. sp. 6 1 - - 1 - -
Glossoscolex sp. 2 4 - 2 3 1
Glossoscolex uruguayensis uruguayensis - - 2 - 1 1
Juvenis de Glossoscolecidae 3 1 2 2 1 3
Kerriona n. sp. 1 - - 1 - - 1
Metaphire californica 2 - 1 2 - 1
Microscolex dubius - 1 1 - 1 1
Nova espécie de Criodrilidae - - 1 - - 1
Ocnerodrilus sp. - - 1 - - 1
Pontoscolex corethrurus 3 5 4 3 6 3
Urobenus brasiliensis - 2 6 2 - 6
Total de espécies 9 10 16 11 9 17
-3
Teores de cálcio (cmolc dm ): B = baixo (≤ 2,0), M = médio (2,1 – 4,0) e A = alto (> 4,0). Teores de
-3
magnésio (cmolc dm ): B = baixo (≤ 0,5), M = médio (0,6 – 1,0) e A = alto (> 1,0).
CTCpH7,0 CTCefetiva
Gênero/espécie
B M A MB B M A
Amynthas corticis - 2 4 - 2 1 2
Amynthas gracilis 1 12 13 - 12 6 8
Aporrectodea trapezoides - 1 - - 1 - -
Eukerria n. sp. 1 - 1 2 - 1 1 1
Eukerria saltensis - 2 1 - 2 - 1
Fimoscolex n. sp. 1 - - 1 - 1 - -
Glossoscolex n. sp. 1 - 4 - - 4 - -
Glossoscolex n. sp. 2 - 1 1 - 1 1 -
Glossoscolex n. sp. 3 - 1 - - 1 - -
Glossoscolex n. sp. 4 - 1 - - 1 - -
Glossoscolex n. sp. 5 - 1 - - 1 - -
Glossoscolex n. sp. 6 1 - - - 1 - -
Glossoscolex sp. 2 4 - - 6 - -
Glossoscolex uruguayensis* - 2 - - 1 1 -
Juvenis de Glossoscolecidae 2 2 1 - 4 1 -
Kerriona n. sp. 1 - 1 - - - 1 -
Metaphire californica - 2 1 - 2 - 1
Microscolex dubius - 2 - - 2 - -
Nova espécie de Criodrilidae - - 1 - - - 1
Ocnerodrilus sp. - 1 - - 1 - -
Pontoscolex corethrurus 1 10 - - 10 1 -
Urobenus brasiliensis - 4 4 - 4 1 3
Total de espécies 5 19 10 0 20 9 7
-3
*Glossoscolex uruguayensis uruguayensis. Valores de CTCpH7,0 (cmolc dm ): B = baixo (≤ 5,0), M =
médio (5,1 – 15) e A = alto (> 15,0). Valores de CTCefetiva (%): MB = muito baixo (< 1,0), B = baixo (1,0
– 10,0), M = médio (10,1 – 20,0) e A = alto (> 20,0).
2010). Neste trabalho, A. gracilis foi encontrada em solos contendo teores baixos,
médios e altos de matéria orgânica (Tabela 4.2).
Avaliando a seletividade de habitats das espécies exóticas A. gracilis e A.
caliginosa, em relação ao conteúdo de matéria orgânica do solo e à presença de
folhas de carvalho (Quercus robur), Falco e Momo (2010) observaram, em condições
de laboratório, que as espécies respondem de forma diferenciada às alterações de
ambiente aos quais foram expostas. A espécie A. gracilis demonstrou preferência
pelo solo com cobertura de folhas de carvalho, um comportamento típico de minhoca
epi-endogéica. No entanto, não foi observada interação significativa entre o
conteúdo de matéria orgânica do solo e a presença de folhas. Esta espécie não
apresentou resposta diferenciada ao teor de matéria orgânica dos solos avaliados
(solo 1: 5,1% de M.O. e solo 2: 3,27% de M.O.), corroborando com os dados
observados neste trabalho (Tabela 4.2).
Exemplares de Aporrectodea trapezoides (Lumbricidae) foram coletados em
monocultivo de pinus, cujo solo apresentava valores médios de pH, cálcio,
magnésio, matéria orgânica (2,8%) e CTCpH7,0. Os teores de fósforo e potássio
encontravam-se muito alto e alto, respectivamente, e o valor de CTCefetiva estava
baixo (Tabelas 4.1, 4.2, 4.3, 4.4 e 4.5).
A. trapezoides é uma espécie anécica dominante em florestas de pinus nas
Ilhas de Tenerife e Gran Canaria (Ilhas Canárias, Espanha), a qual tolera bem
variações edáficas em ambientes expostos a condições climáticas adversas e
alterados pela ocupação humana (TALAVERA, 2007). Segundo o mesmo autor, esta
espécie foi encontrada em solos das Ilhas Canárias, apresentando as seguintes
características: valores de pH entre 5,9 e 7,3; teores de matéria orgânica entre 1,5 e
18,5; teores de cálcio variando entre 3,4 e 21,5; e teores de potássio entre 0,4 e 4,5.
Microscolex dubius foi a única espécie da família Acanthodrilidae coletada
neste trabalho. Esteve presente em solos com baixos teores de argila (≤ 20%),
níveis de fósforo muito baixos, com variações no valor de pH (muito baixo e alto),
nos teores de matéria orgânica (baixo e médio), potássio (baixo e médio), cálcio e
magnésio (médio e alto) (Figura 4.1, Tabelas 4.2, 4.3 e 4.4).
O clima é um fator que influencia a ocorrência de espécies das famílias
Acanthodrilidae e Lumbricidae. Segundo James e Brown (2006), a distribuição de
minhocas da família Acanthodrilidae (principalmente Microscolex spp.), assim como
120
4.5 Conclusões
AIRA, M.; DOMÍNGUEZ, J. Microbial and nutrient stabilization of two animal manures
after the transit through the gut of the earthworm Eisenia fetida (Savigny, 1826).
Journal of Hazardous Materials, Buffalo, v. 161, n. 2-3, p. 1234-1238, Jan. 2009.
FRAGOSO, C.; KANYONYO, J.; MORENO, A.; SENAPATI, B. K.; BLANCHART, E.;
RODRIGUEZ, C. A survey of tropical earthworms: taxonomy, biogeography and
environmental plasticity. In: LAVELLE, P.; BRUSSAARD, L.; HENDRIX, P. (Coord.)
Earthworm Management in Tropical Agroecosystems. Oxon: CAB International,
1999. p. 01-25.
GROSSO, E.; JORGE, G.; BROWN, G. G. Exotic and native earthworms in various
land use systems of Central, Southern and Eastern Uruguay. Caribbean Journal of
Science, Puerto Rico, v. 42, n. 3, p. 294-300, Dec. 2006.
MOMO, F. R.; FALCO, L. B. Meso fauna del suelo. Biología y ecología. In:
ALBANESI, A. et al. (Eds.). Microbiología agrícola. Un aporte de la investigación
argentina. Editorial de la Universidad Nacional de Santiago del Estero, Santiago del
Estero, 2003. p. 51-58.
130
TALAVERA, J. A. Pine forest earthworms from Canary Islands (Tenerife and Gran
Canaria). Acta Zoologica Academiae Scientiarum Hungaricae, Gödöllo, v. 53, n.
2, p. 157–167, 2007.
WARREN, M. W.; ZOU, X. Soil macrofauna and litter nutrients in three tropical tree
plantations on a disturbed site in Puerto Rico. Forest Ecology and Management,
Amsterdam, v. 170, n. 1-3, p. 161-171, Oct. 2002.
133
5.1 Resumo
A identificação das espécies de minhocas pode ser determinada por meio da
caracterização morfológica ou molecular. O objetivo deste trabalho foi identificar
espécies de minhocas por meio do uso dos genes mitocondriais subunidade I da
citocromo c oxidase (COI) e 16S, e do gene nuclear 28S. A partir da extração do
DNA das minhocas foram realizadas reações de PCR com sequências dos genes
analisados, cujo produto amplificado foi purificado e sequenciado. As sequências
obtidas foram comparadas com sequências depositadas no GenBank – NCBI
(National Center for Biotechnology Information). O dendrograma filogenético foi
construído utilizando-se o algotitmo Neighbor-joining com o teste de bootstrap com
1000 repetições. Os genes COI mtDNA, 16S mtDNA e 28S rDNA mostraram-se
eficientes para a identificação de espécies de minhocas conhecidas, cujas
sequências nucleotídicas encontram-se disponibilizadas no banco de dados do
GenBank. A carência de dados relativos às sequências nucleotídicas de algumas
espécies e gêneros de minhocas (Glossoscolex sp., Fimoscolex sp. e Criodrilidae
spp.) impossibilitou a identificação de alguns exemplares de minhocas coletados
neste estudo.
5.2 Introdução
O objetivo do trabalho foi identificar espécies de minhocas através do uso dos genes
mitocondriais subunidade I da citocromo c oxidase (COI) e 16S, e do gene nuclear
28S.
137
Glossoscolex n. sp.6 campo nativo 30° 47’ 23,72” S 55° 22’ 08,77” O
Metaphire californica mata ciliar 29° 17’ 30,80’’ S 54° 51’ 23,90’’ O
Microscolex dubius fragmento de mata nativa 30° 11’ 03,80’’ S 57° 29’ 43,60’’ O
Microscolex dubius monocultivo de eucalipto 28° 55’ 12,20’’ S 56° 06’ 41,00’’ O
Ocnerodrilus sp. pastagem cultivada 29° 43’ 05,32’’ S 53° 42’ 25,19’’ O
Urobenus brasiliensis fragmento de mata nativa 27° 50’ 49,77’’ S 54° 38’ 42,04’’ O
138
Oligonucleotídeos
Sequência 5’ a 3’ Gene Autor
iniciadores
HCO2198 TAAACTTCAGGGTGACCAAAAAATCA COI Folmer et al. (1994)
LCO1490 GGTCAACAAATCATAAAGATATTGG COI Folmer et al. (1994)
16SAR CGCCTGTTTATCAAAAACAT 16S rRNAH Palumbi (1996)
16SBR CCGGTCTGAACTCAGATCACGT 16S rRNA H Palumbi (1996)
C1 ACCCGCTGAATTTAAGCAT 28S rDNA Lê et al. (1993)
D2 TCCGTGTTTCAAGACGG 28S rDNA Lê et al. (1993)
11
Os valores de bootstrap são um índice de suporte e representam as porcentagens de casos nos
quais os grupos aparecem no dendrograma resultante. Esses valores indicam se a filogenia tem ou
não suporte.Valores iguais ou acima de 90 são considerados ótimos (STEARNS; HOEKSTRA, 2003).
141
0.05
0.2
0.05
Tabela 5.4 - Código de depósito no Global Mirror System of DNA Barcode Data
(GMS-DBD) de sequências obtidas da região do gene mitocondrial da
subunidade I da citocromo c oxidase (COI) de minhocas coletadas no
Rio Grande do Sul.
5.5 Conclusões
AMANN, R. I.; LUDWIG, W. Ribosomal RNA-targeted nucleic acid probes for studies
in microbial ecology. FEMS Microbiology Reviews, Amsterdam, v. 24, n. 5, p. 555-
565, Dec. 2000.
BARTZ, M. L. C.; PASINI, A.; BROWN, G. G. Earthworms from Mato Grosso, Brazil,
and new records of species from the state. Pesquisa Agropecuária Brasileira,
Brasília, v. 44, n. 8, p. 934-939, Ago. 2009.
CHANG, C.-H.; LIN, S.-M.; CHEN, J.-H. Molecular systematics and phylogeography
of the gigantic earthworms of the Metaphire formosae species group (Clitellata,
Megascolecidae). Molecular Phylogenetics and Evolution, Detroit, v. 49, n. 3, p. 958-
968, Dec. 2008.
CHANG, C.-H.; ROUGERIE, R.; CHEN, J.-H. Identifying earthworms through DNA
barcodes: Pitfalls and promise. Pedobiologia, Berlin, v. 52, n. 3, p. 171-180, Mar.
2009.
152
LÊ, H. L. V.; LECOINTRE, G.; PERASSO, R. A 28S rRNA based phylogeny of the
Gnathostomes: first steps in the analysis of conflict and congruence with
153
MILLER, A. S.; DYKES, D. D.; POLESKI, H. F. A simple salting out procedure for
extracting DNA from human cells. Nucleic Acids Research, Southampton, v. 16, n.
3, p. 1215, 1988.
PALUMBI, S. R. Nucleic Acids II: The Polymerase Chain Reaction. In: HILLIS, D. M.;
MORITZ, C.; MABLE, B. K. (Eds.). Molecular Systematics, 2nd ed. Sinauer,
Sunderland, Massachusetts, 1996. p. 205-247.
POP, A. A. et al. Application of 16S, 18S rDNA and COI sequences in the molecular
systematics of the earthworm family Lumbricidae (Annelida, Oligochaeta). European
Journal of Soil Biology, Braunschweig, v. 43, s. 1, p. 43-52, Nov. 2007.
SAITOU, N.; NEI, M. The neighbor joining method: a new method for reconstructing
phylogenetic trees. Molecular Biology and Evolution, Oxford, v. 4, n. 4, p. 406-425,
July 1987.
STADEN, R.; BEAL, K. F.; BONFIELD, J. K. The Staden Package, 1998. Methods in
Molecular Biology, v. 132, p.115-130, 2000.
6.1 Abstract
Six new species of Oligochaeta of the genus Glossoscolex from Rio Grande
do Sul State, Brazil are described in this paper: Glossoscolex (Glossoscolex)
knapperae n. sp., G. (G.) pastivus n. sp., G. (G.) pampas n. sp., G. (G.) riograndensis
n. sp., G. (G.) nativus n. sp. and G. (G.) parvus n. sp. All new species are part of the
truncatus species group of Glossoscolex (Glossoscolex) (male pores in xvii). A table
of characters is presented in order to clarify the differences among the species
described and related species. Habitat and soil associations of the new species are
given.
6.2 Resumo
Seis novas espécies de Oligochaeta do gênero Glossoscolex do Estado do
Rio Grande do Sul, Brasil são descritas neste trabalho: Glossoscolex (Glossoscolex)
knapperae n. sp., G. (G.) pastivus n. sp., G. (G.) pampas n. sp., G. (G.) riograndensis
n. sp., G. (G.) nativus n. sp. and G. (G.) parvus n. sp. Todas novas espécies são
parte do grupo de espécies truncatus de Glossoscolex (Glossoscolex) (poros
masculinos em xvii). Uma tabela com as características das espécies descritas e das
espécies de Glossoscolex é apresentada nos comentários, de modo que seja
possível identificar as diferenças morfológicas entre elas. Também estão incluídas
informações das novas espécies com associações de habitat e tipos de solo onde
foram encontradas.
12
As descrições das espécies de minhocas foram realizadas pelos pesquisadores Marie Luise
Carolina Bartz e Samuel Wooster James. Este capítulo foi escrito por Marie L. C. Bartz, com
colaboração de Samuel W. James, Gerusa Pauli Kist Steffen e George Gardner Brown.
13
156
6.3 Introduction
Specimens were obtained by digging and hand sorting in sites with natural
vegetation (swamp, native grassland, fragments of forest) and also with human
impact, such as annual crops (oats) and pastures.
Specimens were killed in 70% ethanol and fixed in 4% formaldehyde. In some
cases duplicates or tissue samples were preserved in absolute ethanol for later DNA
extraction and DNA sequencing. Long-term storage of fixed material was in 70-80%
ethanol. All anatomical observations were conducted by dorsal dissection under a
stereomicroscope, and illustrations were prepared by camera lucida (Figures 6.1 and
6.2). The collection numbers refer to the Coleção de Oligochaetas Fritz Müller
(COFM) at Embrapa Florestas in Colombo, Paraná State. Taxonomy largely follows
Righi (1971, 1978, 1995) and Zicsi and Csuzdi (1999) and the Table 6.1 summarize
main characters of the new Glossoscolex species and some similar described
species.
For some sites soil samples were also collected in the 0-20 cm upper layer
and submitted to physical (clay) and chemical: pH, cation exchange capacity (CEC),
exchangeable aluminum (Al), calcium (Ca), magnesium (Mg), potassium (K),
phosphorus (P), sulfur (S), boron (B), copper (Cu), zinc (Zn) and organic matter (OM)
analyses following standard methodologies described in Tedesco et al. (1995) (Table
6.2).
158
6.5 Descriptions
Holotype. COFM BRRS0028 one adult, amputee. Type locality: Near a creek,
next to a native grassland in Minas do Camaquã, Caçapava do Sul, Rio Grande do
159
Sul, Brazil, 29º 39’ 36.9’’ S 54º 30’ 09.5’’ W, 161 masl. 05 December 2010, G.P.K.
Steffen & R.B. Steffen colls.
Etymology. The species is named in honor to the researcher Christa Knapper.
Description. Dimensions amputee by 5.5 mm at x, 6.1 mm at clitellum, 4.6 mm
at xxx. Body cylindrical and slightly flattened. Setae closely paired throughout; setal
formula aa:ab:bc:cd:dd = 8.8:0.3:1:0.2:6.8. Setae quite visible preclitellar.
Prostomium zygolobic. Rosy, clitellum slightly brownish. Ovipores not visible; male
pores 3 mm apart on xvii within slits in paired elevated porophores; clitellum annular,
xv-xxv (Figures 6.1a and 6.1b). Nephropores just above B.
Septa 6/7-10/11 equally thick and muscular, septa 13/14/15/16 highly
expanded with a circumesophageal barrier to make a sac, knobby outside and fuzzy
inside. Alimentary canal with cylindrical gizzard in vi; esophagus with high chevron-
patterned lamellae vii-xi, valvular in xiv, intestinal origin xxiii; typhlosole origin xxiii,
simple lamina xxiii-xxvi, zig-zag with ventral edge bent over to form pockets xxvii-
xxxvi, after xxxvii gradually becoming simple lamina. Calciferous glands paired xii,
composite-tubular type, heart shaped, pedunculated; blood vessels to gland include
large branch of dorsal vessel to approximate center of each gland, two coalescing
vessels from ventral gland margin to extra-esophageal vessel. Holonephric,
vesiculate; ducts to body wall near level of B.
Vascular system with ventral trunk, single dorsal trunk, lateral vessels in vii-ix,
latero-esophageal hearts in x-xi. Extra-esophageal vessel from pharyngeal glands,
along ventral-lateral face of gizzard, esophagus back to calciferous glands;
supraesophageal vessel in x-xi.
Ovaries, ovarian funnels free in xiii; spermathecae absent. Male sexual system
metandric, testes and funnels in single midventral subesophageal sac in xi; seminal
vesicles absent; vasa deferentia long, looped from xi, form S on body wall in route to
ventrolateral outside of large reniform muscular copulatory bulbs; bulbs extend over
xvi-xvii. Copulatory bulbs with thin muscular outer layer, dense, delicate corrugated
glandular inner surface with small lumen leading to male pore at approximate center
of bulb connection to body wall; no transverse muscle bands crossing over bulbs.
Remarks. Glossoscolex (Glossoscolex) knapperae belongs to the
Glossoscolex (Glossoscolex) truncatus Rosa, 1895 group as defined in Cordero
(1943) and Righi (1978). The group includes species with male pores in xvii, except
160
the subgenus Praedrilus (Righi 1971) with male pores in xvi, xvi/xvii and xvi and
clitellum beginning behind the male pores. The differences between G. (G.)
knapperae and G. (G.) truncatus Rosa 1895 are as follows, with the characteristics of
the latter in parentheses: clitellum annular xv-xxv (annular xvi-xxv), hearts of xi free
(hearts of xi enclosed in testes sacs), testes sacs single midventral subesophageal
(testes sacs circumesophageal), septa 12/13/14 highly expanded (no such
development in septa 12/13/14), seminal vesicle absent (present and tubular
elongated) (Table 6.1).
Glossoscolex (Glossoscolex) knapperae corresponds to Glossoscolex n. sp. 3,
as cited in chapters 1 and 2 this thesis.
6.5.1.1.1.2 Glossoscolex (Glossoscolex) pastivus n. sp. Bartz & James (Figures 6.1c
and 6.1d)
Septa 5/6 thin, 6/7-10/11 equally thick and, muscular, septum 11/12 absent.
Alimentary canal with large cylindrical gizzard in vi; esophagus with high lamellae in
chevron pattern vii-ix, valvular in xiv, intestinal origin xv; typhlosole origin xvi-xxviii
simple lamina, xix-xxviii, zig-zag with ventral edge bent over to form pockets, after
xxix becoming triple lamina. Calciferous glands paired xii, under seminal vesicles,
composite-tubular type, oval, pedunculated; blood vessels to gland include large
branch of dorsal vessel to approximate center of each gland. Holonephric, vesiculate;
ducts to body wall near level of b.
Vascular system with ventral trunk, single dorsal trunk, lateral vessels in vii-ix,
latero-esophageal hearts in x-xi, last pair (xi) enclosed in test sac. Extra-esophageal
vessel from pharyngeal glands, along ventral-lateral face of gizzard, esophagus back
to calciferous glands; supraesophageal vessel in x-xi.
Ovaries, ovarian funnels free in xiii; spermathecae absent. Male sexual system
metandric, testes and funnels in single midventral subesophageal sac in xi; medial to
hearts of xi pass narrow tubes to seminal vesicles; seminal vesicles expanded in xii,
penetrate septa and range posteriorly along intestine to xvii-xviii; seminal vesicles
lobulated occupying xi to xvii (surrounding testes sacs in xi); vasa deferentia long,
looped from xi, form dense zig-zag on body wall en route to front face of flattened
short oval muscular copulatory bulbs, join bulbs in xvi, the with inner face of the bulbs
are quite flattened, bulbs extend over xvi-1/3 xix. Copulatory bulbs with thin muscular
outer layer, dense, delicate corrugated glandular inner surface with small lumen
leading to male pore at approximate center of bulb connection to body wall; many
thin muscle bands crossing transversly over bulbs.
Remarks. Glossoscolex (Glossoscolex) pastivus is similar to Glossoscolex (G.)
colonorum Michaelsen 1918. The differences between G. (G.) pastivus and G. (G.)
colonorum are as follows, with the characteristics of the latter in parentheses: length
126-134 mm (112-175 mm), number of segments 194-209 (175-323), setae
beginning in xxii (setae beginning in segment vii), seminal vesicles lobulated xxi-xxviii
(irregular stripes xxii-xvii), copulatory bulbs flattened short oval with flattened inner
face (globular flattened) (Table 6.1). Glossoscolex (G.) pativus belongs to the
truncatus group, defined in Michaelsen (1918) and Righi (1978).
Glossoscolex (Glossoscolex) pastivus corresponds to Glossoscolex n. sp. 4,
as cited in chapters 1 and 2 this thesis.
163
6.5.1.1.1.3 Glossoscolex (Glossoscolex) pampas n. sp. Bartz & James (Figures 6.1e
and 6.1f)
Holotype. COFM BRRS0031 one adult, cultivated pasture, Santa Maria, Rio
Grande do Sul, Brazil, 29° 43’ 05.32’’S 53° 42’ 25.19’’ W, 79 masl. 09 November
2010, G.P.K. Steffen & R.B. Steffen colls.
Paratype. COFM BRRS0032 one adult. Some locality as holotype.
Other material. COFM BRRS0034 two adults, native grassland, Uruguaiana,
Rio Grande do Sul, Brazil, 29° 49’ 15.8’’ S 57° 04’ 56.7’’ W, 59 masl. 08 Setember
2010, G.P.K. Steffen & R.B. Steffen colls. COFM BRRS0036 one adult, residential
lawn, Santa Maria, Rio Grande do Sul, Brazil, 29° 41’ 53.19’’ S 53° 45’ 20.57’’ W, 121
masl. 22 November 2009, G.P.K. Steffen & R.B. Steffen colls. COFM BRRS0037
three adults, black oats, Itaara, Rio Grande do Sul, Brazil, 29º 38’ 55.50’’ S 53º 44’
41.38’’ W, 438 masl. 02 March 2012, G.P.K. Steffen & R.B. Steffen colls. COFM
BRRS0035 one adult and three subadult, cultivated pasture, Santa Maria, Rio
Grande do Sul, Brazil, 29° 43’ 05.32’’ S 53° 42’ 25.19’’ W, 79 masl. 15 December
2012, G.P.K. Steffen & R.B. Steffen colls. COFM BRRS0033 two adults, cultivated
pasture, Santa Maria, Rio Grande do Sul, Brazil, 29° 43’ 05.32’’ S 53° 42’ 25.19’’ W,
79 masl. 03 October 2011, G.P.K. Steffen & R.B. Steffen colls.
Etymology. The species is named due its occurrence in cultivated pastures
and native grasslands and is the latin name for “campeiro”.
Description. Dimensions: Holotype - 176 mm by 7.0 mm at x, 8.0 mm at
clitellum, 6.5 mm at xl, 274 segments; paratype - 199 mm by 8.1 mm at x, 8.3 mm at
clitellum, 6.3 mm at xl, 268 segments. Body cylindrical. Setae closely paired
throughout; setal formula aa:ab:bc:cd = 4.9:0.1:1:0.1 at xxx, dd > 1/2 circumference
throughout. Setae quite visible before clitellum. Prostomium proepilobous, post-setal
secondary annulations present vii-xxiv and after clitellum. Unpigmented/withish.
Ovipores in ab in xiv. Male pores 3.8 mm apart on xvii within paired round papillae;
segment xvii much narrowed; clitellum saddle, xv-xxii (Figures 6.3a and 6.3b).
Nephropores just above b.
Septa 6/7-10/11 equally thick and muscular, septa 13/14/15/16 highly
expanded with a circumesophageal barrier to make a sac, knobby outside and fuzzy
164
inside. Alimentary canal with barrel shaped gizzard in vi; esophagus with high
chevron-patterned lamellae vii-xi, valvular in xiii, intestinal origin xiv; typhlosole origin
xiv, in xv-xix is very wavy simple lamina, xx-xxi zig-zag with ventral edge bent over to
form pockets, after xxii gradually becoming simple triple lamina. Calciferous glands
paired xii, egg shaped, anterior face flattened and attached to septum 11/12, short
pedunculated, composite-tubular type; blood vessels to gland include large branch of
dorsal vessel to approximate center of each gland. Holonephric, vesiculate; ducts to
body wall near level of b.
Vascular system with ventral trunk, single dorsal trunk, lateral vessels in vii-ix,
esophageal hearts in x-xi, last hearts enclosed in test sacs. Extra-esophageal vessel
from pharyngeal glands, along ventral-lateral face of gizzard, esophagus back to
calciferous glands; supraesophageal vessel in x-xi.
Ovaries, ovarian funnels free in xiii. Male sexual system metandric, testes and
funnels in single midventral subesophageal sac in xi; medial to hearts of xi pass
narrow tubes to seminal vesicles; seminal vesicle lobulated, like butterflies wings, in
xi-xii, surrounding testes sacs; vasa deferentia long, looped from xi, form dense zig-
zag on body wall en route to middle ventro-anterior face of muscular short oval
copulatory bulbs; bulbs extend over xv-xviii. Copulatory bulbs with thin muscular
outer layer, dense, delicate corrugated glandular inner surface with small lumen
leading to male pore at approximate center of bulb connection to body wall; no
transverse muscle bands crossing over bulbs, inner face of bulb attached to body
wall.
Remarks. Glossoscolex (Glossoscolex) pampas is similar to Glossoscolex (G.)
colonorum Michaelsen 1918. The differences between G. (G.) pampas and G. (G.)
colonorum are as follows, with the characteristics of the latter in parentheses: length
126-134 mm (112-175 mm), number of segments 176-199 (175-323), setae not
visible before clitellum (setae beginning in segment vii), seminal vesicles lobulated xi-
xii (irregular stripes xxii-xvii), copulatory bulbs short oval (globular flattened). G. (G.)
pampas is also very similar to G. (G.) pastivus, the differences are in the extension of
the seminal vesicles xi-xii (xxi- xxviii), extension of the typhlosole pocket part xx-xxi
(xix-xxviii), and specially the form of the male pores round papillae (oval dimples
porophores) (Table 6.1). Glossoscolex (G.) pampas belongs to the truncatus group,
defined in Michaelsen (1918) and Righi (1978).
165
in xii, intestinal origin xiii; typhlosole origin xiii, in xiii-xxv zig-zag with ventral edge
bent over to form pockets, xxvi-xlii straight lamina in Z form occupying half of the
diameter of the intestine, after xliii gradually becoming simple S form lamina.
Calciferous glands paired xii, heart shaped, pedunculated, composite-tubular type;
blood vessels to gland include large branch of dorsal vessel to approximate center of
each gland. Holonephric, vesiculate; ducts to body wall near level of c.
Vascular system with ventral trunk, single dorsal trunk, lateral vessels in vii-ix,
esophageal hearts in x-xi. Extra-esophageal vessel from pharyngeal glands, along
ventral-lateral face of gizzard, esophagus back to calciferous glands;
supraesophageal vessel in x-xi.
Ovaries, ovarian funnels free in xiii. Male sexual system metandric, testes and
funnels in U shaped sac in xii projected to-xiii; medial to hearts of xii pass narrow
tubes to seminal vesicles; seminal vesicles tubular while passing through xii-xiii, in xii
the edges of the seminal vesicles are connected to the testes sacs and in xii passing
under testes sacs, after xiii seminal vesicle tubular with lobulated edges ranging
posteriorly along intestine farther than lxii; vasa deferentia long, looped from seminal
vesicles in xii, form dense zig-zag on body wall en route to middle-anterior face of
muscular round, slightly oval copulatory bulbs; bulbs extend over xvi-xviii. Copulatory
bulbs with thin muscular outer layer, dense, delicate corrugated glandular inner
surface with small lumen leading to male pore at approximate center of bulb
connection to body wall; no transverse muscle bands crossing over bulbs, under face
of bulb attached to body wall.
Remarks. Glossoscolex (Glossoscolex) riograndensis is similar to
Glossoscolex (G.) uruguayensis uruguayensis Cordero 1943. The differences
between G. (G.) riograndensis and G. (G.) uruguayensis uruguayensis are as
follows, with the characteristics of the latter in parentheses: length 53-54 mm (170-
221 mm), number of segments 125-195 (230-285), clitellum extension xv-xxiii (xv-
xxii), test sacs U shaped sac in xii-xiii (U shaped in xi), seminal vesicles big tubular
with lobulated edges until lxii (big lobulated until xiv), copulatory bulbs round, slightly
oval (big oval) (Table 6.1). Glossoscolex (G.) riograndensis belongs to the truncatus
group, defined in Michaelsen (1918) and Righi (1978).
Glossoscolex (Glossoscolex) riograndensis corresponds to Glossoscolex n.
sp. 1, as cited in chapters 1, 2 and 3 this thesis.
167
6.5.1.1.1.5 Glossoscolex (Glossoscolex) nativus n. sp. Bartz & James (Figures 6.2c
and 6.2d)
from seminal vesicles in xii, form dense zig-zag on body wall en route to middle-
anterior face of muscular round copulatory bulbs; bulbs extend over xvi-xviii.
Copulatory bulbs with thin muscular outer layer, dense, delicate corrugated glandular
inner surface with small lumen leading to male pore at approximate center of bulb
connection to body wall; transverse muscle bands crossing over bulbs on the anterior
and posterior faces.
Remarks. Glossoscolex (Glossoscolex) nativus is similar to Glossoscolex (G.)
uruguayensis uruguayensis Cordero 1943. The differences between G. (G.)
riograndensis and G. (G.) uruguayensis uruguayensis are as follows, with the
characteristics of the latter in parentheses: length 48-53 mm (170-221 mm), number
of segments 169-180 (230-285), clitellum extension ½ xiv- ½ xxv (xv-xxii), test sacs U
shaped sac in xii-xiii (U shaped in xi), seminal vesicles big tubular with lobulated
edges until lxxiv (big lobulated until xiv), copulatory bulbs round (big oval). G. (G.)
nativus is very similar to G. (G.) riograndensis, the differences are the clitellum
extension ½ xiv-xv (xv-xxii), seminal vesicle extension xii- lxii (xi- xiv) (Table 6.1).
Glossoscolex (G.) nativus belongs to the truncatus group, defined in Michaelsen
(1918) and Righi (1978).
Glossoscolex (Glossoscolex) nativus corresponds to Glossoscolex n. sp. 6, as
cited in chapters 1, 2 and 3 this thesis.
6.5.1.1.1.6 Glossoscolex (Glossoscolex) parvus n. sp. Bartz & James (Figures 6.2e
and 6.2f)
Holotype. COFM BRRS0045 one adult, fragment of native forest, Santa Maria,
Rio Grande do Sul, Brazil, 29º 39’ 44,89’’ S 53º 54’ 50,36’’ W, 276 masl. 26 October
2009, G.P.K. Steffen & R.B. Steffen colls.
Paratype. A - COFM BRRS0046 one adult. Some locality as holotype. B -
COFM BRRS0047 one subadult. Some locality as holotype.
Other material. COFM BRRS0048 one subadult, fragment of native forest,
Santa Maria, Rio Grande do Sul, Brazil, 29º 39’ 44,89’’ S 53º 54’ 50,36’’ W, 276 masl.
26 October 2009, G.P.K. Steffen & R.B. Steffen colls.
170
are as follows, with the characteristics of the latter in parentheses: length 31-36 mm
(22-45mm), number of segments 116-139 (198-231), clitellum saddle (annular),
clitellum extension xv- xxii (xiv-xxiii), test sacs U shaped sac in xii-xiii (unpaired in xi),
seminal vesicles big tubular with lobulated edges until lxxiv (band until l), copulatory
bulbs round (elongated). G. (G.) nativus is very similar to G. (G.) riograndensis, the
differences are the length 31-36 (53-54) and specially because the storage of sperm
in the anterior nephridia in G. G. parvus (Table 6.1). Glossoscolex (G.) parvus
belongs to the truncatus group, defined in Michaelsen (1918) and Righi (1978).
Glossoscolex (Glossoscolex) parvus corresponds to Glossoscolex n. sp. 5, as
cited in chapters 1 and 2 this thesis.
172
Table 6.1 - Comparison of characters of the new species (in bold) Glossoscolex (Glossoscolex), the type species for each genus and
subgenus and the species compared in the remarks. Genus, subgenus and species in bold are the new species described.
Genus and Male Calciferous Testes Septa Last Seminal Copulatory
Species Author Length Segments Setal ratio Clitellum
subgenus pore gland sacs 12/13/14 hearts vesicle bulbs
Glossoscolex Bartz & 8.8:0.3:1:0. annular, heart unpaired, developed, reniform,
knapperae - - xvii free absent
(Glossoscolex) James 2:6.8 xv-xxv shaped, xii xi united xv-xvii
tubular,
2.6:0.1:0.4: saddle, 1 pair, U
Glossoscolex Bartz & flat bean lobular round, xvi-
nativus 48-53 169-180 0.1, dd > 1/2 xv- xvii form, xii- simple free
(Glossoscolex) James shaped, xii edges, xviii
1/2 Ø 1/2 xxv xiii
xii-lxxiv
tubular,
2.7:0.1:0.3: 1 pair, U
Glossoscolex Bartz & saddle, heart lobular round, xvi-
riograndensis 53-54 125-195 0.1, dd > xvii form, xii- simple free
(Glossoscolex) James xv-xxiii shaped, xii edges, xviii
1/2 Ø xiii
xii-lxii
tubular,lo
round,
1 pair, U
Glossoscolex Bartz & 3.2:0.1:0.5: saddle, small heart bular slightly
parvus 31-36 116-139 xvii form, xii- simple free
(Glossoscolex) James 0.1:3.8 xv-xxiii shaped, xii edges, oval, xvi,
xiii
xii-lxii xviii
8.7:0.2:1:0. flattaned
Glossoscolex Bartz & 126- saddle, unpaired, lobulated,
pastivus 194-209 1, dd > 1/2 xvii oval, xii simple enclosed short oval,
(Glossoscolex) James 134 xv-xxii xi xi-xvii
Ø xvi-1/3 xix
4.9:0.1:1:0.
Glossoscolex Bartz & 176- saddle, egg unpaired, developed lobulated, short oval,
pampas 268-274 1, dd > 1/2 xvii enclosed
(Glossoscolex) James 199 xv-xii shaped, xii xi , united xi-xvii xv-xviii
Ø
aa = 2 ½ - irregular
Glossoscolex Michaelsen 112- saddle, unpaired, flattened
colonorum 175-323 3 1/2 bc, dd xvii oval, xi - - stripes,
(Glossoscolex) 1918 175 xv/xx,xxi xi globular
= ca.1/2 u. xii-xvii
Zicsi & band
Glossoscolex 30:1:10:1:5 annular, unpaired, elongated,
minor Csuzdi 24-45 198-231 xvii xi/xii - - shaped,
(Glossoscolex) 0 xiv-xxiii xi xiv-xix
1999 xi-50
tubular
Glossoscolex annular, 1 pair, U long oval,
truncatus Rosa 1895 80-160 200-300 - xvii xii - enclosed elongate,
(Glossoscolex) xvi-xxv form, xi xvii-xviii
xi,xii-xviii
big and
Glossoscolex uruguayensis Cordero 170- saddle, 1 pair, U big oval,
230-285 42:1:8:1:52 xvii oval, xii incomplete enclosed lobulated,
(Glossoscolex) uruguayensis 1943 221 xv-xxii form, xi xiv-xviii
xi-xiv
173
Table 6.2 - Soil chemical and textural attributes from some areas where the new species of Glossoscolex occur.
Soil characteristics
Specie COFM N° Locality in RS Vegetation Ca Mg Al Bases OM Clay S P K Cu Zn B
pH CEC -3 -3
cmolc dm % mg dm
G. (G.) knapperae 0028 Caçapava do Sul Native grassland 4.6 3.7 2.5 0.3 0.6 50 2.2 9 14.7 6 108 5.3 3.2 0.1
G. (G.) pastivus 0029; 0030 Santa Maria Cultivated pasture 4.9 8.0 5.2 2.2 0.4 55 2.8 18 - 8.4 60 - - -
0031; 0032;
G. (G.) pampas Uruguaiana Native grassland 4.8 12.2 7.3 2 2.8 49 1.1 30 8.6 3 32 4 1.8 0.1
0033; 0035
0038;0039; Fragment of
G. (G.) riograndensis Rosário do Sul 5.9 4.2 2.5 0.9 0 63 1.2 19 4.6 35.8 328 0.3 2.7 0.5
0040 native forest
Fragment of
G. (G.) riograndensis 0041 Rosário do Sul 5.4 8.7 6.2 1.7 0.1 64 5.5 18 10 76 268 0.2 10.3 0.2
native forest
Black acacia
G. (G.) riograndensis 0042 Rosário do Sul 4.8 2.3 0.9 0.4 0.8 28 1.5 14 7 6 80 0.4 2 0.2
plantation
Santana do
G. (G.) nativus 0043; 0044 Native grassland 5.1 1.6 0.7 0.5 0.2 38 0.8 8 11.4 3 68 1.3 1.4 0.3
Livramento
0045; 0046; Fragment of
G. (G.) parvus Santa Maria 4.9 3.8 2.3 0.7 0.6 36 2.8 14 12.6 5.3 60 0.3 1.5 0.4
0047; 0048 native forest
174
6.6 Conclusions
6.7 References
ROSA, D. Oligocheti terricoli (Inclusi quelli raccolti nel Paraguay dal Dr. Paul Jordan).
Bolletino dei Museo di Zoologia et Anatomia Comparata di Torino, v. 10, n. 204, p.
1-3, 1895.
ZICSI, A.; CSUZDI, C. Neue und bekannte Regenwürmer aus verschiedenen Teilen
Südamerikas. Senckenbergiana Biologica, v. 78, n. 1/2, p. 123-134, 1999.
177
7.1 Resumo
Soluções contendo formaldeído em diferentes concentrações são os extratores
químicos mais utilizados na amostragem de minhocas, embora representem riscos
potenciais de contaminação ao homem e ao ambiente. O objetivo deste estudo foi
determinar a capacidade do extrato de cebola, uma solução de baixo custo e potencial
poluente, alternativa ao uso do formaldeído, na extração de minhocas do solo.
Primeiramente, foram comparadas soluções de extrato de cebola (Allium cepa L.) nas
concentrações de 25, 75, 125 e 175 g de cebola por litro de solução com a solução
padrão para extração de minhocas, formaldeído 0,5%, em solo argiloso pertencente à
classe dos Latossolos. Em uma segunda etapa, após a determinação da concentração
de extrato de cebola que apresentou capacidade comparável à solução padrão de
formaldeído na extração de minhocas do solo, realizou-se uma avaliação em solo
arenoso pertencente à classe dos Argissolos. Em solo argiloso, a solução de extrato de
cebola na concentração de 175 g L-1 apresentou capacidade semelhante ou superior à
solução de formaldeído 0,5% na extração de minhocas do solo. Em solo arenoso, não
foi observada diferença significativa na capacidade das soluções de formaldeído 0,5% e
extrato de cebola na concentração de 175 g L-1 na extração de minhocas adultas e na
biomassa fresca de minhocas. A solução de extrato de cebola apresentou capacidade
superior à solução de formaldeído no número total de minhocas extraídas do solo. A
solução contendo extrato de cebola na concentração de 175 g L-1 apresenta capacidade
semelhante à solução extratora padrão (formaldeído 0,5%) na extração de minhocas
em solos de textura argilosa e arenosa. O extrato de cebola pode ser uma alternativa
atóxica, eficiente e de baixo custo, alternativa à solução de formaldeído, para extração
de minhocas do solo.
14
Trabalho aceito para publicação na Applied Soil Ecology.
178
7.2 Introdução
A B
Foto: Gerusa Pauli Kist Steffen Foto: Gerusa Pauli Kist Steffen
Figura 7.1 - Locais onde foram conduzidos os experimentos. (A) Pomar de citros,
município de Santa Maria, RS e (B) Lavoura de milho, município de Santo
Cristo, RS.
A B
16 Formaldeído 0,5%
50
-2
14
-2
Minhocas adultas, ind m
0 0
0 25 50 75 100 125 150 175 0 25 50 75 100 125 150 175
-1 -1
Concentração de extrato de cebola, g L Concentração de extrato de cebola, g L
Figura 7.3 – Número de minhocas adultas (A) e jovens (ind. m-2) (B) extraídas de solo
com textura argilosa pelo uso de formaldeído 0,5% e de soluções
contendo extrato de cebola nas concentrações de 25, 75, 125 e 175 g de
cebola por litro de solução. Média de seis repetições.
A B
70 18 Formaldeído 0,5%
Total de minhocas, ind m-2
-2
60 16
Biomassa de minhocas, g m
Formaldeído 0,5% 14
50
12 2
y = 0,0005x + 5E-05x - 0,1223
40 10 R2 = 0,99
30 8
y = 0,361x - 2,5624 6
20
2
R = 0,99 4
10 2
0 0
0 25 50 75 100 125 150 175 0 25 50 75 100 125 150 175
-1 -1
Concentração de extrato de cebola, g L Concentração de extrato de cebola, g L
Figura 7.4 – Número total (ind. m-2) (A) e biomassa fresca (g m-2) de minhocas (B)
extraídas de solo com textura argilosa pelo uso de formaldeído 0,5% e de
soluções contendo extrato de cebola nas concentrações de 25, 75, 125 e
175 g de cebola por litro de solução. Média de seis repetições.
Utilizando detergente (20 ml L-1) e mostarda (25 ml L-1) para extrair minhocas do
solo, East e knight (1998) observaram que a solução de mostarda foi tão eficiente
quanto o detergente na extração desses organismos. No entanto, apresenta a
desvantagem de ser mais cara e difícil de aplicar.
Ressetti et al. (2008) avaliaram a eficiência do reagente Alil isotiocianato (AITC),
fitocomplexo da mostarda sintetizado em laboratório, em relação à solução de
formaldeído 2,2 g L-1 na extração de minhocas em diferentes sistemas de uso do solo.
Os autores avaliaram a densidade populacional e biomassa de minhocas extraídas em
três sistemas: talhão de plantio direto, pastagem perene e mata subtropical no Estado
do Paraná. Os resultados variaram com a concentração da solução extratora (AITC nas
doses de 50, 100 e 150 mg L-1) e com o sistema avaliado. Embora a solução de
formaldeído tenha apresentado maior eficácia na extração de minhocas na pastagem
186
A B
45 a 60
a y = 0,8689x + 7,2291
40 2
50 R = 0,937
-2
35
Minhocas adultas, ind m
Formaldeído 0,5%
30 40
25
30
20
15 20
10
10
5
0 0
-1
Extrato de cebola 175 g L Formaldeído 0,5% 0 10 20 30 40 50 60
-1
Extrato de cebola 175 g L
Figura 7.5 – Minhocas adultas (ind. m-2) (A) e correlação entre o número de minhocas
adultas extraídas de solo arenoso pelo uso de formaldeído 0,5% e solução
contendo extrato de cebola na concentração 175 g de cebola por litro de
solução (B). Médias seguidas pela mesma letra não diferem entre si pelo
teste de Tukey a 5% de significância. Média de seis repetições.
uso do aparelho de Kempson, seguido pelo método de corrente elétrica e pela triagem
manual.
Em relação ao número total de minhocas expulsas do solo arenoso, observou-se
que a solução de formaldeído 0,5% foi significativamente inferior à solução contendo
extrato de cebola (175 g L-1). Foi obervada correlação significativa entre o número total
de minhocas extraídas pelas duas soluções extratoras, comprovando a eficiência da
cebola na extração destes organismos (Figura 7.6).
A B
80 80
y = 0,8928x - 15,53
a 2
70 70 R = 0,813
-2
Total de minhocas, ind m
60 60
b
Formaldeído 0,5%
50 50
40 40
30 30
20 20
10 10
0 0
-1
Extrato de cebola 175 g L Formaldeído 0,5% 0 10 20 30 40 50 60 70 80
-1
Extrato de cebola 175 g L
Figura 7.6 – Número total (ind. m-2) (A) e correlação entre o número total de minhocas
extraídas de solo arenoso pelo uso de formaldeído 0,5% e solução
contendo extrato de cebola na concentração 175 g de cebola por litro de
solução (B). Médias seguidas pela mesma letra não diferem entre si pelo
teste de Tukey a 5% de significância. Média de seis repetições.
Assim como para o número de minhocas adultas, não foi observada diferença
significativa entre a biomassa fresca de minhocas (g m-2) coletadas pelas soluções de
formaldeído 0,5% e extrato de cebola (175 g L-1), sendo extraídos em torno de 25 g de
minhocas m-2 de solo. A análise de correlação entre a biomassa fresca de minhocas
extraídas pelas duas soluções demonstrou ser significativa (Figura 7.7).
A B
30
40
a y = 1,3067x - 7,5507
a
-2
25 35 2
R = 0,892
Biomassa de minhocas, g m
Formaldeído 0,5% 30
20
25
15 20
10 15
10
5
5
0 0
-1
Extrato de cebola 175 g L Formaldeído 0,5% 0 10 20 30 40
-1
Extrato de cebola 175 g L
Figura 7.7 – Biomassa fresca de minhocas (g m-2) (A) e correlação entre a biomassa
fresca de minhocas extraídas de solo arenoso pelo uso de formaldeído
0,5% e solução contendo extrato de cebola na concentração 175g de
cebola por litro de solução (B). Médias seguidas pela mesma letra não
diferem entre si pelo teste de Tukey a 5% de significância. Média de seis
repetições.
7.5 Conclusões
ČOJA, T. et al. Efficacy and side effects of five sampling methods for soil earthworms
(Annelida, Lumbricidae). Ecotoxicology and Environmental Safety, Albany, v. 71, n.
2, p. 552-565, Oct. 2008.
EAST, D.; KNIGHT, D. Sampling soil earthworm populations using household detergent
and mustard. Journal of Biological Education, Wakefield, v. 32, n. 3, p. 201-206,
1998.
MOTTA, V. T.; WAGNER, M. B. Bioestatística. Caxias do Sul: Educs, São Paulo: Robe
Editorial, 2003. 201p.
192
APÊNDICES
196
(continua)
APÊNDICE A – Tabela contendo informações sobre a localização, o tipo de ecossistema, o valor de pH e as espécies de
minhocas encontradas nos pontos amostrados no Estado do Rio Grande do Sul (Capítulos 1 e 2).
pH água
Ponto Município Ecossistema Localização geográfica Espécies encontradas
(1:1)
8 Rosário do Sul acácia negra 30° 05’ 50,70’’ S 54° 37’ 53,40’’ O 4,8 Glossoscolex n. sp. 1
60 Rosário do Sul acácia negra 30° 05’ 39,40’’ S 54° 37’ 48,90’’ O 4,2 juvenis de Glossoscolecidae
34 Santo Cristo bananeira 27° 50’ 49,26’’ S 54° 38’ 42,86’’ O 5,7 Urobenus brasiliensis
36 Santo Cristo banhado 27° 50’ 52,31’’ S 54° 38’ 43,08’’ O 4,9 Criodrilidae n. sp., Eukerria n. sp. 1
45 Santo Cristo beira de córrego 27° 50’ 55,73’’ S 54° 38’ 46,28’’O 5,2 Pontoscolex corethrurus, Amynthas gracilis
2 Santa Maria campo nativo 29° 45’ 49,60’’ S 53° 03’ 02,90’’ O 6,1 Glossoscolex sp.
13 Santa Maria campo nativo 29° 39’ 56,42’’ S 53° 55’ 02,79’’ O 4,6 A. gracilis
21 Caçapava do Sul campo nativo 29° 39’ 36,90’’ S 54° 30’ 09,50’’ O 4,6 Glossoscolex n. sp. 3
30 Nova Esperança do Sul campo nativo 29° 22’ 34,50’’ S 54° 46’ 04,70’’ O 5,8 Juvenis de Glossoscolecidae
47 Roque Gonzales campo nativo 28° 09’ 43,30’’ S 55° 00’ 22,90’’ O 5,2 Amynthas corticis
48 Roque Gonzales campo nativo 28° 09’ 43,30’’ S 55° 00’ 25,20’’ O 5,9 A. gracilis
53 Uruguaiana campo nativo 29° 49’ 15,80’’ S 57° 04’ 56,70’’ O 4,8 Glossoscolex n. sp. 2
12 Santana do Livramento campo nativo 30° 47’ 23,72” S 55° 22’ 08,77” O 5,1 Glossoscolex n. sp. 6
75 Caçapava do Sul campo nativo 29° 39’ 36,90’’ S 54° 30’ 09,50’’ O 5,1 U. brasiliensis
57 Alegrete campo nativo 29° 47’ 12,80’’ S 55° 43’ 43,20’’ O 4,6 P. corethrurus
67 Santiago campo nativo 29° 15’ 55,00’’ S 54° 49’ 26,00’’ O 4,6 A. gracilis
74 São Francisco de Assis campo nativo 29° 33’ 25,40’’ S 55° 08’ 56,97’’ O 4,7 P. corethrurus
1
49 Roque Gonzales deposição resíduos 28° 08’ 05,20’’ S 55° 01’ 34,60’’ O 7 A. gracilis
2
42 Santo Cristo esterqueira bovina 27° 50’ 52,92’’ S 54° 38’ 49,96’’ O 6,1 A. gracilis
3 Dilermando de Aguiar eucalipto 29° 46’ 23,10’’ S 54° 05’ 43,10’’ O 5,8 U. brasiliensis
4 Dilermando de Aguiar eucalipto 29° 54’ 56,50’’ S 54° 19’ 48,70’’ O 4,9 Juvenis de Glossoscolecidae
11 Vila Nova do Sul eucalipto 30° 20’ 23,80’’ S 53° 51’ 58,40’’ O 4,9 Juvenis de Glossoscolecidae
197
(continuação)
APÊNDICE A – Tabela contendo informações sobre a localização, o tipo de ecossistema, o valor de pH e as espécies de
minhocas encontradas nos pontos amostrados no Estado do Rio Grande do Sul (Capítulos 1 e 2).
pH água
Ponto Município Ecossistema Localização geográfica Espécies encontradas
(1:1)
20 Caçapava do Sul eucalipto 30° 54’ 37,96’’ S 53° 25’ 22,78’’ O 4,2 A. gracilis, U. brasiliensis
24 São Vicente do Sul eucalipto 29° 39’ 09,30’’ S 54° 40’ 36,70’’ O 5,9 A. gracilis
25 Jaguari eucalipto 29° 30’ 44,40’’ S 54° 40’ 34,50’’ O 5,2 P. corethrurus
56 São Sepé eucalipto 29° 49’ 52,10’’ S 53° 45’ 45,20’’ O 4,6 A. gracilis
58 Alegrete eucalipto 29° 52’ 20,20’’ S 55° 35’ 02,00’’ O 6,2 A. gracilis
62 São Vicente do Sul eucalipto 29° 38’ 58,90’’ S 54° 32’ 34,70’’ O 4,5 Glossoscolex n. sp. 1
73 Itaqui eucalipto 28° 55’ 12,20’’ S 56° 06’ 41,00’’ O 4,3 Microscolex dubius
5 Rosário do Sul frag. mata nativa 30° 02’ 07,70’’ S 54° 34’ 51,80’’ O 5,9 Glossoscolex n. sp. 1
6 Rosário do Sul frag. mata nativa 30° 02’ 07,70’’ S 54° 34’ 51,80’’ O 5,4 Glossoscolex n. sp. 1
7 Rosário do Sul frag. mata nativa 30° 02’ 07,70’’ S 54° 34’ 51,80’’ O 4,8 Glossoscolex sp.
14 Santa Maria frag. mata nativa 29° 39’ 54,50’’ S 53° 54’ 56,41’’ O 4,4 P. corethrurus
15 Santa Maria frag. mata nativa 29° 39’ 53,38’’ S 53° 54’ 55,35’’ O 4,3 A. gracilis, Metaphire californica
16 Santa Maria frag. mata nativa 29° 39’ 53,43’’ S 53° 54’ 55,28’’ O 4,3 A. gracilis, M. californica
17 Santa Maria frag. mata nativa 29° 39’ 43,58’’ S 53° 54’ 51,09’’ O 4,9 P. corethrurus
18 Santa Maria frag. mata nativa 29° 39’ 44,89’’ S 53° 54’ 50,36’’ O 4,9 Glossoscolex n. sp. 5
32 Santo Cristo frag. mata nativa 27° 50’ 49,77’’ S 54° 38’ 42,04’’ O 5,5 U. brasiliensis, A. corticis
33 Santo Cristo frag. mata nativa 27° 50’ 51,57’’ S 54° 38’ 41,07’’ O 5,7 U. brasiliensis, A. corticis
54 Caçapava do Sul frag. mata nativa 30° 31’ 33,80’’ S 53° 26’ 57,00’’ O 6,1 Glossoscolex sp.
59 Santa Maria frag. mata nativa 29° 59’ 15,40’’ S 54° 28’ 18,40’’ O 4,7 P. corethrurus
61 Rosário do Sul frag. mata nativa 30° 14’ 30,40’’ S 54° 54’ 12,50’’ O 4 Eukerria saltensis
64 Santiago frag. mata nativa 29° 15’ 47,10’’ S 54° 49’ 50,00’’ O 5,4 A. gracilis
65 Jaguari frag. mata nativa 29° 21’ 05,20’’ S 54° 45’ 20,60’’ O 5,4 juvenis de Glossoscolecidae
198
(continuação)
APÊNDICE A – Tabela contendo informações sobre a localização, o tipo de ecossistema, o valor de pH e as espécies de
minhocas encontradas nos pontos amostrados no Estado do Rio Grande do Sul (Capítulos 1 e 2).
pH água
Ponto Município Ecossistema Localização geográfica Espécies encontradas
(1:1)
Fimoscolex n. sp. 1, juvenil de
71 Maçambará frag. mata nativa 28° 41’ 31,00’’ S 55° 54’ 09,30’’ O 5,3
Glossoscolecidae
77 Itaara frag. mata nativa 29° 38’ 51,60’’ S 53° 44’ 44,55’’ O 5,1 U. brasiliensis
51 Santa Maria gramado residencial 29° 41’ 53,19’’ S 53° 45’ 20,57’’ O 5,4 Glossoscolex n. sp. 2
19 Tupanciretã lavoura de aveia 29° 55’ 30,42’’ S 53° 49’ 59,25’’ O 5,5 P. corethrurus, Glossoscolex sp.
27 Jaguari lavoura de milho 29° 28’ 22,50’’ S 54° 41’ 39,60’’ O 4,9 P. corethrurus
31 Santo Cristo lavoura de milho 27° 50’ 48,01’’ S 54° 38’ 42,98’’ O 5,9 A. gracilis
38 Santo Cristo lavoura de milho 27° 50’ 48,81’’ S 54° 38’ 44,93’’ O 5,7 A. gracilis
39 Santo Cristo lavoura de milho 27° 50’ 49,55’’ S 54° 38’ 46,86’’ O 5,6 A. gracilis
70 Júlio de Castilhos lavoura de soja 29° 03’ 15,80’’ S 53° 35’ 03,10’’ O 4,9 P. corethrurus, A. gracilis
9 São Gabriel lavoura de trigo 30° 22’ 11,60’’ S 54° 11’ 17,60’’ O 6 E. saltensis
46 Santa Rosa lavoura soja 27° 54’ 37,10’’ S 54° 32’ 49,30’’ O 5,5 A. gracilis
1 Santa Maria mata ciliar 29° 42’ 46,50’’ S 53° 56’ 06,50’’ O 6 U. brasiliensis
23 São Vicente do Sul mata ciliar 29° 39’ 09,30’’ S 54° 40’ 36,70’’ O 6,5 A. gracilis
Glossoscolex uruguayensis
28 Jaguari mata ciliar 29° 22’ 44,70’’ S 54° 44’ 49,40’’ O 5,3
uruguayensis
G. uruguayensis uruguayensis, A.
29 Jaguari mata ciliar 29° 22’ 44,70’’ S 54° 44’ 47,60’’ O 6,5
gracilis
55 Caçapava do Sul mata ciliar 30° 23’ 02,90’’ S 53° 30’ 37,30’’ O 6 P. corethrurus
66 Jaguari mata ciliar 29° 17’ 30,80’’ S 54° 51’ 23,90’’ O 6,5 M. californica
68 Santa Maria mata ciliar 29° 42’ 26,60” S 53° 46’ 11,40” O 7 U. brasiliensis
Parque Estadual do
72 Barra do Quaraí 30° 11’ 03,80’’ S 57° 29’ 43,60’’ O 7 U. brasiliensis, M. dubius, E. saltensis
Espinilho
37 Santo Cristo pastagem cultivada 27° 50’ 50,51’’ S 54° 38’ 43,95’’ O 5,5 A. gracilis
199
(conclusão)
APÊNDICE A – Tabela contendo informações sobre a localização, o tipo de ecossistema, o valor de pH e as espécies de
minhocas encontradas nos pontos amostrados no Estado do Rio Grande do Sul (Capítulos 1 e 2).
pH água
Ponto Município Ecossistema Localização geográfica Espécies encontradas
(1:1)
40 Santo Cristo pastagem cultivada 27° 50’ 51,32’’ S 54° 38’ 46,00’’ O 5,5 A. gracilis
41 Santo Cristo pastagem cultivada 27° 50’ 54,87’’ S 54° 38’ 44,22’’ O 5,1 A. gracilis
Glossoscolex n. sp. 2, Glossoscolex n.
44 Santa Maria pastagem cultivada 29° 43’ 05,32’’ S 53° 42’ 25,19’’ O 4,9
sp. 4, Ocnerodrilus sp., Eukerria n. sp. 1
50 Formigueiro pastagem cultivada 29° 56’ 45,00’’ S 53° 37’ 30,00’’ O 5,6 A. corticis
63 Santiago pastagem cultivada 29° 15’ 10,40’’ S 54° 51’ 54,04’’ O 4 A. corticis
76 Itaara pastagem cultivada 29° 38’ 55,50’’ S 53° 44’ 41,38’’ O 5,5 Glossoscolex n. sp. 2, Glossoscolex sp.
10 São Gabriel pinus 30° 21’ 09,40’’ S 54° 08’ 38,30’’ O 5,7 Aporrectodea trapezoides
26 Jaguari pinus 29° 28’ 22,50’’ S 54° 41’ 38,40’’ O 4,4 A. gracilis, P. corethrurus
Glossoscolex sp., Amynthas
52 Caçapava do Sul pinus 30° 54’ 35,44’’ S 53° 25’ 13,46’’ O 6,8
rodericensis
43 Santa Maria pomar de citros 29° 43’ 06,14’’ S 53° 42’ 30,36’’ O 5,2 A. gracilis
22 Mata várzea em pousio 29° 39’ 50,08’’ S 54° 29’ 37,05’’ O 4,9 Kerriona n. sp. 1
35 Santo Cristo várzea em pousio 27° 50’ 54,23’’ S 54° 38’ 42,42’’ O 4,9 Eukerria n. sp. 1
1
local de deposição de resíduos orgânicos domiciliares.
2
local de deposição de esterco sólido de bovinos.
200
(continua)
APÊNDICE B – Tabela contendo informações sobre os porcentuais de matéria orgânica (MO) e argila, textura, teores de
fósforo (Mehlich), potássio, cálcio e magnésio, soma de bases, CTCefetiva e CTCpH7,0 dos pontos amostrados
no Estado do Rio Grande do Sul (Capítulos 1 e 2).
(continuação)
APÊNDICE B – Tabela contendo informações sobre os porcentuais de matéria orgânica (MO) e argila, textura, teores de
fósforo (Mehlich), potássio, cálcio e magnésio, soma de bases, CTCefetiva e CTCpH7,0 dos pontos amostrados
no Estado do Rio Grande do Sul (Capítulos 1 e 2).
(continuação)
APÊNDICE B – Tabela contendo informações sobre os porcentuais de matéria orgânica (MO) e argila, textura, teores de
fósforo (Mehlich), potássio, cálcio e magnésio, soma de bases, CTCefetiva e CTCpH7,0 dos pontos amostrados
no Estado do Rio Grande do Sul (Capítulos 1 e 2).
(conclusão)
APÊNDICE B – Tabela contendo informações sobre os porcentuais de matéria orgânica (MO) e argila, textura, teores de
fósforo (Mehlich), potássio, cálcio e magnésio, soma de bases, CTCefetiva e CTCpH7,0 dos pontos amostrados
no Estado do Rio Grande do Sul (Capítulos 1 e 2).
Fimoscolex n. sp. 1
gtgtgagccggaatactgggtgcaggaataaaactcttgattcgtattgaactaaggcagccaggggcattcttaggcagtgatcaactattataacaca
gtggttactgcgcatgcctttctaataatctttttcctagtaatgccagtatttattggcggatttggtaactgactccttccacttatacttggagccccggacata
gcattcccacgactaaataacttaagattttgattgctcccgccatccttaattttattagtgtcctcagctgcagtagaaaagggtgcaggaactggatgaa
ctgtatatcctcccttatcaagtaaccttgctcatgcgggcccctccgtaaatctagcaatcttctccctccatttagcgggtgcctcctctattttaggggccatt
aactttattacaactgtaatcaacatacgctgaaaaggtcttcaactagagcgcatcccactttttgtctgagcagtagtaattactgtggtactactactcct
atcactccctgttcta
Glossoscolex n. sp. 1
aacactatattttatcctgggggtttgagcaggaataattgggtcgggtataagactactaattcgtgtagaattaagacaacctggagcctttcttggaaga
gatcagctttataatacagtcgttacagctcacgcctttctaataatcttctttctagtaatgccagtctttattgggggcttcggaaactgacttctacctcttatat
taggcgccccagacatagcattccctcgactcaataatttaaggttttggcttttaccaccttcattaatcctcctagtttcatcagcagctgttgaaaaaggc
gccggtacaggatgaactgtttaccctccgctagctagaaatttagcgcatgccggcccatctgtagatctcgcaattttctcactccacttagctggggcct
catctattttaggggctattaactttattaccactgtaattaatatacgatgaaaggggcttcaactggaacgaattccactttttgtttgggcagtagtaattac
agttgttttacttcttctttcccttccagtactagcaggcgctattaccatactcctaacagaccgaaatttaaacacctcgttctttgatcccgctggtgggggg
gacccaatcctatatcaacatcttttc
Glossoscolex n. sp. 2
tagcatgtgtattttatcttaggagtttgagcaggtatagtaggagctggaataagtctattaatccgaattgaactaagtcaaccaggggcctttttaggca
gagaccagctttacaatacaattgtaactgctcatgcatttgtaataattttctttttagtaataccaatttttattggggggtttggtaactgattattaccactaat
attaggagcacctgatatagcatttcctcgactaaataacctaagattttgattattgcccccatctttaattttattggtatcttcggcagctgttgaaaagggtg
cagggacaggttgaactgtttaccctcccttagctagaaatctagcacatgcgggcccttcagtaaatctagcaattttttctcttcatttagcaggagcttcat
caattttaggtgcaattaattttatcacaactgtaattaatatacgttgacaaggattacgattagaacgaatacctctgtttgtatgagcagtagtaattaccgt
tgtactattacttttgtctcttccagttttagcaggagctattacaagttactaacagatcgtaatcttaatacttcgtttttcgaccctgctgggggtggaga
Glossoscolex n. sp. 6
aactctatatttcattttaggcgtatgagccggaataattggggcggggataagattattaattcgaattgaattaagacagccaggagcatttttaggaag
agatcaactatataatactgttgtaactgctcatgcatttctaataattttctttctagtaataccagtttttatcggcggttttggaaattgacttctacccataatac
ttggagcacctgatatagcctttccacgactaaataacctgagcttttgattactacctccatctctaattctgctagtatcctcagcaactgtagaaaagggg
gcaggaactggatgaacagtttatccacccctagcaagaaaccttgcacatgctggaccgtctgttgatttagcaattttctcccttcacttagcaggagcc
tcatctattttaggagctattaactttattacaactgtaattaatatacgatgaaaaggtctacaactagagcgaattcctctatttgtctgagctgtagtaattac
tgttattttacttctattgtcactaccagtccttgcaggagcaatcactatactattaacagatcgaaatcttaatacatcattttttgatcctgccggcggagg
Eukerria n. sp. 1
aacactatatttcattctaggagtatgagctggaataattggggccgggataagtttattaattcgaattgaattaagacaaccgggggcattcttaggaag
tgaccaactatataatacaattgttacagcacatgcgttccttataatcttttttttagttataccagtgtttattggtggcttcggaaactgacttttacctctaatgc
ttggggcaccagatatagcattcccgcgactcaacaacataagattctggcttctcccaccgtcactaattctactagtgtcttcagcggcagtagaaaag
ggagctggaaccggatgaactgtttaccctccccttgcaagtaatatagcacacgccggcccgtcagtagacctagcaatcttttccttacacctagctgg
tgcatcatcaattttaggggcgatcaatttcattactacagtaattaatatacgatgaaacggcctacgattagaacgaatccccctatttgtatgagccgta
gtaatcactgtagtgcttcttcttttatcacttcctgtactagctggagcaattactatacttttaacagaccgaaatctaaacacctcattctttgatcctgcgggt
ggtggagatccagtattataccaacatctgttc
Criodrilidae n. sp. 1
ttgtcggtgtggccgggaatagttggtgcctgaataatactcctggtgcgtttttaggcggaggccaagcatataacactatttactagagcacgtccttcat
cataattattttccttgtcatgcctgtaatcattggtggctttgggaaacggctactcccgctaatattggtgcccgatataacatttccgcgtcttaataacctaa
cattttgacttctaccaccataactaatcttacttgtctcatcaacagcggcataaaaaggagctgaaacaggatgaactgtatacccgccattaaccaga
aacctagcccatgctggggcgtcagtcgacttagctattttctctctctaccttgctggggtatcttcaattttaggtgctattaacttcatcacgactgtaattaa
catacgactgtaattaacatacaatgaagaggcctacgtctagagcgaattcctctatttgtgtggggcgtaata
205
ANEXOS
206
ANEXO A – Médias de temperatura mínima e máxima para o Estado do Rio Grande do Sul. Fonte: CEMETRS, 2011.
207
ANEXO B – Temperatura média anual e precipitação pluviométrica média para o Estado do Rio Grande do Sul. Fonte:
CEMETRS, 2011.
208
ANEXO C – Médias de umidade relativa do ar e radiação solar anual para o Estado do Rio Grande do Sul. Fonte:
CEMETRS, 2011.