Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Centro de Biociências
Programa de Pós-graduação em Biologia Vegetal
RECIFE
2016
MARIA DO CÉO RODRIGUES PESSOA
ESPÉCIES BRASILEIRAS
RECIFE
2016
Catalogação na fonte
Elaine Barroso
CRB 1728
ESPÉCIES BRASILEIRAS
COMISSÃO EXAMINADORA:
____________________________________________________________
Profa. Dra. Maria Regina de V. Barbosa (Orientadora)
Universidade Federal de Pernambuco
____________________________________________________________________
Prof. Dr. Rafael Batista Lousada (Examinador interno)
Universidade Federal de Pernambuco
____________________________________________________________________
Profa. Dra. Margareth Ferreira de Sales (Examinadora externa)
Universidade Federal Rural de Pernambuco
____________________________________________________________________
Prof. Dr. José Iranildo Miranda de Melo (Examinador externo)
Universidade Estadual da Paraíba
____________________________________________________________________
Profa. Dra. Maria de Fátima Agra (Examinadora interna)
Universidade Federal de Pernambuco
RECIFE
2016
Á professora Dra. Rita Baltazar de
Lima (in memorian), minha grande
incentivadora e amiga,
ofereço
Chomelia Jaq., um dos gêneros neotropicais mais diversos de Rubiaceae, está subordinado
a tribo Guettardeae, que apresenta delimitações genéricas controversas e é carente de
tratamentos modernos para seus gêneros. Análises filogenéticas realizadas para a família,
outras tribos e/ou gêneros, mostraram pouco elucidativas do ponto de vista intergenérico
para Guettardeae. Chomelia apresenta uma grande variação morfológica intraespecífica
tornando difícil a delimitação de suas espécies. Diante disso, este trabalho teve como
principais objetivos investigar as relações filogenéticas de Chomelia e gêneros
relacionados, bem como testar o seu monofiletismo, contribuindo para uma melhor
compreensão da tribo Guettardeae, e também realizar o tratamento taxonômico das
espécies brasileiras de Chomelia. A metodologia incluiu trabalhos de campo, revisão de
material de herbários brasileiros e estrangeiros, análises morfológicas e nomenclaturais,
bem como análises moleculares utilizando técnicas de Sequenciamento de Nova Geração
(Next Generation Sequencing) e métodos de captura de sequências. Para o tratamento
taxonômico foram analisados cerca de 4 mil espécimes de Chomelia e gêneros
relacionados e estudados os tipos nomenclaturais e protólogos dos 177 binômios
publicados. No estudo filogenético foram incluídos 92 acessos englobando as três
subfamílias de Rubiaceae e todos os gêneros de Guettardeae. Os resultados estão
apresentados na forma de três capítulos: 1) Ensaio filogenético para a tribo Guettardeae
com ênfase em Chomelia; 2) Revisão Taxonômica do gênero Chomelia no Brasil; 3) Novo
registro de uma espécie amazônica de Chomelia para o Brasil. No tratamento taxonômico
são reconhecidas 15 espécies de Chomelia para o Brasil, incluindo uma nova ocorrência, e
são propostas 17 sinonimizações e 11 lectotipificações. Os resultados do estudo
filogenético molecular permitiram reconhecer Chomelia s. str. como um gênero
monofilético e distinto de Guettarda, e irmão de Tournefortiopsis.
Chomelia Jacq., one of the most diverse Neotropical genera of Rubiaceae, is positioned within
the tribe Guettardeae, which has controversial generic boundaries and is lacking modern
treatments of its genera. Chomelia presents a large intraspecific morphological variation that
difficults the delimitation of its species. Phylogenetic analyzes within the family, other tribes
and/or genera, showed little intergeneric resolution to Guettardeae. Thus, this work had as
main objectives investigate the phylogenetic relationship of Chomelia and related genera, test
its monophyly, contributing to a better understanding of Guettardeae, and conduct the
taxonomic revision of the Brazilian species of Chomelia. The methodology included field
work, review of Brazilian and foreign herbaria material, morphological, nomenclatural and
molecular analysis, the latter using Next Generation Sequencing techniques and methods of
sequence capture. For the taxonomic treatment about 4000 specimens of Chomelia and related
genera were analyzed and studied the nomenclatural types and protologues of 177 published
binomials. The phylogenetic study included 92 accessions representing the three subfamilies
of Rubiaceae and all genera of Guettardeae. The results are presented as three chapters: 1) A
phylogenetic analysis of Guettardeae with emphasis on Chomelia; 2) The taxonomic
treatment of Brazilian species of Chomelia; 3) A new record of a Brazilian Amazonian species
of Chomelia. In the taxonomic treatment 15 species of Chomelia are recognized within Brazil,
including the new reference, and 17 synonymous and 11 lectotypes are proposed. The results
of the molecular phylogenetic study allowed recognizing Chomelia s. str. as monophyletic and
distinct from Guettarda, and sister to Tournefortiopsis.
1 APRESENTAÇÃO............................................................................................................... 15
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ...................................................................................... 17
3 REFERÊNCIAS .................................................................................................................. 21
4 PHYLOGENY OF GUETTARDEAE (RUBIACEAE) WITH FOCUS ON CHOMELIA
JACQ. INFERRED BY COMPLETE PLASTID GENOMES .......................................... 25
4.1. ABSTRACT .................................................................................................................. 27
4.2 INTRODUCTION .......................................................................................................... 28
4.3 MATERIAL AND METHODS ...................................................................................... 29
4.4 RESULTS ....................................................................................................................... 37
4.5 DISCUSSION ................................................................................................................. 39
4.6 CONCLUSIONS ............................................................................................................ 45
4.7 ACKNOWLEDGMENTS .............................................................................................. 45
4.8 REFERENCES ............................................................................................................... 46
5 REVISÃO TAXONÔMICA DO GÊNERO CHOMELIA JACQ. (RUBIACEAE) NO
BRASIL ................................................................................................................................... 48
5.1. RESUMO ...................................................................................................................... 50
5.4 MATERIAL E MÉTODOS ............................................................................................ 52
5.5. RESULTADOS .............................................................................................................. 54
5.6 TRATAMENTO TAXONÔMICO.................................................................................. 54
5.7 CHAVE PARA IDENTIFICAÇÃO DAS ESPÉCIES DE CHOMELIA JACQ. DO
BRASIL ................................................................................................................................ 56
5.7.1 Chomelia bahia J. H. Kirkbride .............................................................................. 57
5.7.2 Chomelia bella (Standl.) Steyerm............................................................................ 59
5.7.3 Chomelia brasiliana A. Rich. .................................................................................. 62
5.7.4 Chomelia estrellana Müll. Arg. ............................................................................... 65
5.7.5 Chomelia hirsuta Gardner ....................................................................................... 67
5.7.6 Chomelia malaneoides Müll. Arg. ........................................................................... 69
5.7.7 Chomelia obtusa Cham. & Schltdl. ......................................................................... 72
5.7.8 Chomelia pedunculosa Benth. ................................................................................. 78
5.7.9 Chomelia pohliana Müll. Arg. ................................................................................. 80
5.7.10 Chomelia polyantha S.F. Blake.............................................................................. 85
5.7.11 Chomelia pubescens Cham. & Schltdl. ................................................................. 87
5.7.12 Chomelia sericea Müll. Arg. ................................................................................. 89
5.7.13 Chomelia tenuiflora Benth. ................................................................................... 91
5.7.14 Chomelia triflora (J.H.Kirkbr.) Delprete & Achille .............................................. 93
5.7.15 Chomelia tristis Müll. Arg. .................................................................................... 95
5.8 NOMES EXCLUÍDOS .................................................................................................. 97
5.9 AGRADECIMENTOS ................................................................................................... 97
5.10 REFERÊNCIAS ........................................................................................................... 98
5.11 APENDICE - LISTA DE EXSICATAS EM ORDEM ALFABÉTICA DE COLETOR.
............................................................................................................................................ 101
6 FIRST RECORD OF CHOMELIA TRIFLORA (J.H.KIRKBR.) DELPRETE &
ACHILLE (RUBIACEAE) FROM BRAZIL .................................................................... 114
6.1 INTRODUCTION ........................................................................................................ 117
6.2 MATERIAL AND METHODOS ................................................................................. 117
6.3 IDENTIFICATION ....................................................................................................... 118
6.4 DISCUTION ................................................................................................................. 118
6.5 ACKNOWLEDGEMENTS .......................................................................................... 121
6.6 LITERATURE CITED ................................................................................................. 121
7 CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................................ 126
REFERÊNCIAS ................................................................................................................... 129
ANEXO A – Normas para publicação no periódico Molecular Phylogenetics and
Evolution ............................................................................................................................... 135
ANEXO B – Normas para publicação no periódico Phytotaxa ....................................... 136
ANEXO C – Normas para publicação no periódico Check List ....................................... 137
Pessoa, M.C.R. Filogenia do Gênero Chomelia Jacq. (Rubiaceae) e Revisão Taxonômica... 15
1 APRESENTAÇÃO
O gênero não foi objeto de revisão taxonômica recente, nem existem estudos filogenéticos
exclusivos com Chomelia. Análises filogenéticas realizadas para a família ou para outras tribos e/ou
gêneros mostraram pouca resolução do ponto de vista intergenérico (ACHILLE et al., 2006;
BREMER;ERIKSSON, 2009; TAYLOR; GEREAU, 2010), assim como foram insuficientes para
informar sobre o monofiletismo de Chomelia, uma vez que incluíram poucos (1-3) representantes
do gênero.
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Rubiaceae é considerada uma das maiores famílias de Angiospermas, com 611 gêneros e
13.143 espécies subordinadas a 44 tribos e três subfamílias (DAVIS et al., 2009; GOVAERTS,
2011) predominantemente pantropicais (DELPRETE, 2004). Quase metade das espécies e cerca de
um terço dos gêneros ocorrem nos Neotrópicos e estão adaptados a praticamente todos os ambientes
(DELPRETE, 2004). Seus maiores centros de diversidade situam-se na África e nas Américas
Central e do Sul (JUDD et al., 2009). No Brasil a família está presente em todos os domínios
fitogeográficos, sendo reconhecidos 125 gêneros e 1391 espécies, que ocorrem principalmente em
florestas nos domínios da Mata Atlântica e da Amazônia (BARBOSA et al., 2016 ).
A tribo Guettadeae sensu Robbrecht (1988) abrange de 12 a 15 gêneros e mais de 500
espécies, que ocorrem do leste da África à Polinésia (ACHILLE et al., 2006) e, particularmente, nos
Neotrópicos, estando bem representada nas Américas Central e do Sul (TAYLOR; GEREAU,
2010). Apesar de subordinada originalmente à subfamília Antirheoideae (ROBBRECHT, 1988),
estudos filogenéticos moleculares (BREMER, 1996; ROVA et al., 2002; ACHILLE et al., 2006)
demonstraram que Guettardeae está melhor posicionada em Cinchonoideae. As delimitações
genéricas na tribo, todavia, ainda são bastante controversas, com a circunscrição de alguns gêneros
variando conforme o tratamento (ACHILLE et al., 2006; TAYLOR; GEREAU, 2010; MANNS;
BREMER, 2010). De acordo com Taylor & Gereau (2010), a estabilidade taxonômica da tribo
dificilmente será alcançada sem que estudos mais aprofundados sejam realizados.
Alguns esforços têm-se somado para a compreensão das relações filogenéticas dos diversos
gêneros de Guettardeae. A primeira análise incluindo um grande número de representantes da tribo
foi feita por Rova et al. (2002) que propuseram a transferência de alguns gêneros de Rondeletieae
para Guettardeae. Mais tarde, Achille et al. (2006) testaram o monofiletismo de Guettarda e
buscaram compreender suas relações filogenéticas com os demais gêneros da tribo, ressaltando a
necessidade futura de testar o monofiletismo de Chomelia. Manns & Bremer (2010) também
incluíram a tribo Guettardeae em suas análises do relacionamento intertribal em Cinchonoideae
sensu stricto e perceberam que a filogenia dentro de Guettardeae sensu lato se mostrou fracamente
suportada e, portanto, não resolvida.
Chomelia Jacq. é um dos maiores gênero de Guettardeae e está entre os gêneros neotropicais
mais diversos de Rubiaceae (DELPRETE, 2004). Estima-se que possua entre 50 e 76 espécies,
distribuídas do México Central ao Paraguai (LORENCE; TAYLOR, 2001; TAYLOR; GEREAU,
2010), com seus principais centros de diversidade nas florestas andinas nebulosas, no Planalto das
Guianas e na Mata Atlântica brasileira (DELPRETE et al., 2010). No Brasil, são reconhecidas 37
Pessoa, M.C.R. Filogenia do Gênero Chomelia Jacq. (Rubiaceae) e Revisão Taxonômica... 18
que Chomelia tenuiflora despontou num clado junto à Guettarda crispiflora Vahl (hoje
Tournefortiopsis Rusby). Suspeitou-se, então, que Chomelia poderia ser grupo irmão de Guettarda,
mas as análises filogenéticas moleculares realizadas por Achille et al. (2006), baseadas em
sequencias nucleares NRDNA ITS, apontaram Chomelia como um gênero mais estreitamente
relacionado a Stenostomum sect. Resinanthus, despontando como seu provável grupo irmão. Estas
análises, contudo, incluíram também apenas uma espécie do gênero, C. spinosa, de modo que o
monofiletismo ainda não poderia ser seguramente afirmado.
Mais recentemente, Manns & Bremer (2010), em um estudo focado na subfamília
Cinchonoideae, incluíram três espécies de Chomelia (C. angustifolia, C. spinosa e C. tenuiflora).
Nesse trabalho, a filogenia de Guettardeae s.l. se mostrou não resolvida e fracamente suportada. As
espécies de Chomelia apareceram em uma grande politomia juntamente com vários outros gêneros
da tribo, de modo que não foi possível indicar um provável grupo irmão do gênero. Além disso,
estas análises levantaram dúvidas sobre o monofiletismo de Chomelia, uma vez que uma das
espécies apareceu separada das outras duas na análise.
A partir dessas análises filogenéticas foram propostas novas delimitações dos gêneros na tribo
Guettardeae (BORHIDI, 2007; BORHIDI, 2008), transferência de alguns gêneros de Rondeletieae
(Arachnothryx Planch., Gonzalagunia Ruiz & Pav. e Javorkaea Borhidi & Járai-Koml.) para a tribo,
bem como novas combinações em Chomelia e Stenostomum C. F. Gaertn. (TAYLOR; GEREAU,
2010; DELPRETE et al., 2010).
As modernas técnicas de sequenciamento de nova geração (NGS) trouxeram grande avanço
nas pesquisas genômicas, bem como nos estudos filogenéticos graças a alta capacidade de
sequenciamento de DNA proporcionada (CRONN et al., 2012; LEMMON; LEMMON, 2012). Isso
levou a obtenção de informações de um maior número de loci, chegando praticamente a um número
ilimitado de marcadores (EDWARDS, 2009). Diante disso, as técnicas de NGS possibilitaram a
investigação de todo o genoma plastidial ao mesmo tempo (NOCK et al., 2011; STRAUB et al.,
2012), reduzindo os custos e o tempo de investigação necessários a descoberta de sequências
informativas (SHENDURE; JI, 2008).
Sequências de DNA de cloroplasto têm sido frequentemente usadas extensivamente para
inferir filogenia vegetal. Dentre as vantagens de se utilizar o genoma cloroplastidial para inferir
filogenia vegetal estão a ausência de recombinação, o menor tamanho populacional efetivo do
genoma (já que ele é uniparental), e o tempo de coalescência mais curto (BIRKY et al., 1983; MA et
al., 2014). SOUSA (2015), todavia, enfatizou que, apesar de NGS permitir o aumento no número de
loci por espécie utilizada, ele ainda requer métodos de enriquecimento para amostragem de
genomas. SOUSA (2015) também indicou como os principais métodos utilizados para a obtenção
Pessoa, M.C.R. Filogenia do Gênero Chomelia Jacq. (Rubiaceae) e Revisão Taxonômica... 20
de marcadores moleculares múltiplos a abordagem de loci anônimos (tais como skimming e RAD
tags, restriction-site-associated) e os métodos de enriquecimento (i.e. sequence capture, LEMMON
et al., 2012).
Apesar do custo efetivo do método NGS ser ainda alto, o método de Sanger vem perdendo
aos poucos seu lugar no campo da genômica. Enquanto o método de Sanger requer a subclonagem
dos ácidos nucleicos em vetores e sua amplificação em hospedeiros (BRÄUTIGAM; GOWIK,
2010), o NGS dispensa o uso dos mesmos, o que o torna uma alternativa mais viável e com custo
mais baixo por pares de base. Por outro lado, considerando-se que as novas tecnologias de
sequenciamento promovem o sequenciamento de milhões de pares de bases em uma única corrida
(CARVALHO; SILVA, 2010), o método NGS traz um novo desafio que consiste no
desenvolvimento de ferramentas de informática capazes de analisar eficazmente o conjunto de
dados obtidos, permitindo assim a aplicação com sucesso da tecnologia (BATEMAN;
QUACKENBUSH, 2009).
Pessoa, M.C.R. Filogenia do Gênero Chomelia Jacq. (Rubiaceae) e Revisão Taxonômica... 21
3 REFERÊNCIAS
ACHILLE, F.; MOTLEY, T.; LOWRY II, P.P.; JÉRÉMIE, J. Polyphyly In: Guettarda L.
(Rubiaceae, Guettardeae) based on ITS sequence data. Annals of the Missouri Botanical
Garden 93: 106–124. 2006.
BARBOSA, M.R.V. Chomelia in Wanderley, M.G.; Shepherd, G.J.; Melhem, T.S. & Giulietti, A.M.
Flora Fanerogâmica do Estado de São Paulo. v. 5. 2007.
BARBOSA, M.R.V.; PESSOA, M.C.R. Chomelia in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim
Botânico do Rio de Janeiro. Disponível
em:<http://floradobrasil.jbrj.gov.br/jabot/floradobrasil/FB13859>. Acesso em: 18 Jan. 2016.
BARBOSA, M.R.V.; ZAPPI, D.; TAYLOR, C.; CABRAL, E.; JARDIM, J.G.; PEREIRA, M.S.;
CALIÓ, M.F.; PESSOA, M.C.R.; SALAS, R.; SOUZA, E.B.; DI MAIO, F.R.; MACIAS, L.;
ANUNCIAÇÃO, E.A. da; GERMANO FILHO, P.; OLIVEIRA, J.A.; BRUNIERA, C.P.; M.
GOMES; DE TONI, K; FIRENS, M. Rubiaceae in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim
Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em:
<http://floradobrasil.jbrj.gov.br/jabot/floradobrasil/FB210>. Acesso em: 18 Jan. 2016.
BATEMAN, A.; QUACKENBUSH, J. Bioinformatics for Next Generation Sequencing. Editorial.
Vol. 25(4): 429. 2009.
BIRKY, C.W.J., MARUYAMA, T.; FUERST, P. An approach to population and evolutionary
genetic theory for genes in mitochondria and chloroplasts, and some results. Genetics 103:
513–527. 1983.
BRÄUTIGAM, A.; GOWIK, U. What can next generation sequencing do for you? Next generation
sequencing as a valuable tool in plant research. Plant Biology 12:831–841. 2010.
BREMER, B. Phylogenetic studies within Rubiaceae and relationships to other families based on
molecular data. Opera Botanica Belgica 7: 33-50. 1996.
BREMER, B.; ERIKSSON, O. Time tree of Rubiaceae: phylogeny and dating the family, subfamily,
and tribes. International Journal of Plant Science 170: 766-793. 2009.
BORHIDI, A. Resinanthus, género nuevo de Rubiaceae (Guettardeae). Acta Bot. Acad. Sci. Hung.
49(3–4): 311–317. 2007.
BORHIDI, A. Revalidation of the genus Tournefortiopsis Rusby, (Guettardeae, Rubiaceae) and a
new Guettarda from Costa Rica. Acta Bot. Acad. Sci. Hung. 50(1):61-72. 2008.
CARVALHO, M.C.C. G.; Silva, D.C. G. Sequenciamento de DNA de nova geração e suas
implicações na genômica de plantas. Ciência Rural 40(3):735-744. 2010.
Pessoa, M.C.R. Filogenia do Gênero Chomelia Jacq. (Rubiaceae) e Revisão Taxonômica... 22
CRONN, R.; KNAUS, B.J.; LISTON, A.P.; MAUGHAN, J.; PARKS, M.; SYRING, J.V.; UDALL,
J. Targeted enrichment strategies for next-generation plant biology. American Journal of
Botany 99: 291-311. 2012.
DAVIS, A.P.; GOVAERTS, R.; BRIDSON, D.M.; RUHSAM, M.; MOAT, J.; BRUMMITT, N.A. A
global assessment of distribution, diversity, endemism, and taxonomic effort in the Rubiaceae.
Annals of Missouri Botanical Garden 96:-68-78. 2009.
DELPRETE, P.G. Rubiaceae. Pp. 328-333. In: Smith, N.; Mori, S. A.; Henderson, A.; Stevenson, D.
W.; Heald, S. V. (eds.). Flowering plants of the Neotropics. Princeton University Press, New
Jersey. 2004.
DELPRETE, P.G. A new species of Chomelia (Rubiaceae, Guettardeae) from the Brazilian Planalto.
Blumea 53: 393-398. 2008.
DELPRETE, P.G; ACHILLE, F. & MOULY, A. Four new combinations in Chomelia and
Stenostomum (Rubiaceae, Guettardeae) from Central America, the Guianas and Amazon Basin.
Blumea 55:164-170. 2010
DELPRETE, P.G.; CORTÉS-B., R. A synopsis of the Rubiaceae of the states of Mato Grosso and
Mato Grosso do Sul, central-western Brazil, with a key to genera, and a preliminary species
list. Revista de Biologia Neotropical 3: 13-96. ―2006‖ [2007].
DELPRETE, P. G.; JARDIM, J. Systematics, taxonomy and floristics of Brazilian Rubiaceae: an
overview about the current status and future challenges. Rodriguésia 63(1): 101-128. 2012.
EDWARDS, S.V. Is a new and general theory of molecular systematics emerging? Evolution,
63(1):1-19Erdtman, G. 1960. The acetolysis method. A revised description. Svensk Botanisk
Tidskrift 39: 561-564. 2009.
GOVAERTS, R.; RUHSAM, M.; ANDERSSON, L.; ROBBRECHT, E.; BRIDSON, D. M.; DAVIS,
A. P.; SCHANZER, I and SONKÉ, B. 2011. World Checklist of Rubiaceae. The Board of
Trustees of the Royal Botanic Gardens. Kew. Disponível em:
<http://www.kew.org/wcsp/rubiaceae>. Acesso em Novembro 2011.
JACQUIN, N. J. Enum. Syst. Pl. 1, 12. 1760.
JACQUIN, N. J. Sel. Stirp. Am. 18, pl. 13. 1763.
JUDD, W.S.; CAMPBELL, C.; KELLOGG, E.A.; STEVENS, P.F. & DONOGHUE, M.J.
Sistemática Vegetal: Um enfoque filogenético. 3ª edição, Artmed, Porto Alegre, 2009, 612p.
KUNTZE, C.E.O. Revis. Gen. Pl. 1: 277. 1891.
LEMMON, A.R.; LEMMON, E. M. High-Throughput Identification of Informative Nuclear Loci
for Shallow-scale Phylogenetics and Phylogeography. Systematic Biology 61: 745-761. 2012.
LEMMON, A.R.; EMME, S. A.; LEMMON, E. M. Anchored hybrid enrichment for massively
Pessoa, M.C.R. Filogenia do Gênero Chomelia Jacq. (Rubiaceae) e Revisão Taxonômica... 23
ROVA, J. H. E., DELPRETE, P., ANDERSSON, L.; ALBERT, V. A. A trnL-F cpDNA sequence
study of the Condamineeae–Rondeletieae–Sipaneeae complex with implications on the
phylogeny of the Rubiaceae. American Journal of Botany 89: 145–159. 2002.
SANGER, F.; AIR, G.M.; BARRELL, B.G.; BROWN, N.L.; COULSON, A.R.; FIDDES, C.A.,
HUTCHISON; C.A., SLOCOMBE, P.M.; SMITH, M. Nucleotide sequence of bacteriophage
phi X174 DNA. Nature 265 (5596): 687-695. 1977.
SHENDURE, J.; JI, H. Next-generation Sequencing. Nature Biotechnology (26):1135-45. 2008.
SOUSA, F.P.S.T. Next-generation Molecular Systematics and Evolution. Insights into Medicago.
2015. PhD thesis. Department of Biological and Enviromental Sciences.University of
Gothenburg. Gothenburg. 2015.
STEYERMARK, J. A. Tribe Coussareae. In: B. Maguire & J. J. Wurdack (eds). Botany of the
Guayana Highlands – part VII. Memoirs of the New York Botanical Garden 17(1): 360-371.
1967.
STRAUB, S.C.K.; PARKS, M.; WEITEMIER, K.; FISHBEIN, M.; CRONN, R.C. & LISTON, A.
Pessoa, M.C.R. Filogenia do Gênero Chomelia Jacq. (Rubiaceae) e Revisão Taxonômica... 24
Navigating the tip of the genomic iceberg: next-generation sequencing forplant systematics. Am
J Bot 99: 349–364. 2012.
TAYLOR, C. M.; CAMPOS, M. T.V.A. & ZAPPI, D. Flora da Reserva Ducke, Amazonas, Brasil:
Rubiaceae. Rodriguésia 58:549-616. 2007.
TAYLOR, C. M.; GEREAU, R. E. Rubiacearum Americanarum Magna Hama Pars XXIII:
Overview of the Guettardeae Tribe in Central and South America, with Five New Species and
Three New Combinations in Chomelia, Neoblakea, Pittonis and Stenostomum. Novon 20: 351-
362. 2010.
Pessoa, M.C.R. Filogenia do Gênero Chomelia Jacq. (Rubiaceae) e Revisão Taxonômica... 25
1.
Universidade Federal de Pernambuco, Departamento Botânica, Programa de Pós-Graduação em
Biologia Vegetal, R. Prof. Nelson Chaves s/n, Cidade Universitária, 50670-901, Recife, PE, Brazil.
2
University of Gothenburg, Department of Biological and Environmental Sciences, P.O. Box 461,
SE 405 30, Göteborg, Sweden.
3
Programa de Capacitação Institucional, Museu Paraense Emílio Goeldi - MPEG, Campus de
Pesquisa, Coordenação de Botânica. Av. Perimetral, Terra Firme, 66077-830, Belém, PA, Brazil.
4
Universidade Federal da Paraíba, Departamento Sistemática e Ecologia, C.P. 5065, 58051-970,
João Pessoa, Paraíba, Brazil.
Pessoa, M.C.R. Filogenia do Gênero Chomelia Jacq. (Rubiaceae) e Revisão Taxonômica... 27
4.1. Abstract
The generic circumscriptions and relationships within the tribe Guettardeae, despite being discussed
for more than 2 centuries are still controversial. In this study, we present a phylogeny for the tribe
including a data set comprising 92 accessions from Rubiaceae (54 Guettardeae taxa from 17 genera)
inferred by complete plastid genomes and Bayesian analysis. Emphasis was placed on Chomelia
and its relationship to closely related genera within Guettardeae. The phylogeny was effective to
solve most of the relationships within the tribe. Chomelia s.str. are shown as monophyletic and
sister to Tournefortiopsis and clearly distinct from Guettarda. Two species, Chomelia ribesioides
and C. obtusa emerged in an independent clade not belonging to Chomelia. Further studies will be
necessary to better understand the position of both species. Guettarda sensu Achille et al. 2006 are
shown to be also monophyletic and Stenostomum emerged as polyphyletic.
4.2 Introduction
Rubiaceae is one of the largest families of flowering plants with more than 13000 species
distributed in 611 genera and 40 tribes (Govaerts et al. 2006, 2011; Davis et al. 2009),
cosmopolitan, but predominantly pantropical. Since the advent of molecular studies the
classification of the family has gone through several reorganizations. The latest one, proposed by
Bremer and Eriksson (2009), is widely accepted and shows a highly resolved tree with three major
clades: Cinchonoideae, Ixoroideae and Rubioideae including 44 tribes.
Rubiaceae is undoubtedly a monophyletic family (Robbrecht 1988; Bremer & Struwe 1992;
Bremer 1996; Dessein 2003), however, its infrafamilial relationships including, particularly tribes,
remain subject of discussion. The delimitation of genera in the tribe Guettardeae is an example of
this difficulty (Taylor & Gereau, 2010). According to Manns and Bremer (2010), the tribe includes
20 genera (Allenanthus Standl., Antirhea Comm. ex Juss., Arachnothryx Planch. (including
Cuatrecasiodendron Standley & Steyermark, Rova et al. 2009), Bobea Gaudich., Chomelia Jacq.,
Gonzalagunia Ruiz & Pav., Guettarda L. (including Tournefortiopsis, sensu Borhidi 2008),
Guettardella Champ. ex Benth., Hodgkinsonia F. Muell., Javorkaea Borhidi & Járai-Koml.,
Machaonia Bonpl., Malanea Aubl., Neoblakea Standl., Neolaugeria Nicolson, Ottoschmidtia Urb.,
Pittoniotis Griseb., Stenostomum C.F. Gaertn., Timonius DC. and Tinadendron Achille), but the
relationships between them is not at all resolved.
Chomelia is one of the largest genera of Guettardeae in the Neotropics (Delprete 2004) with
50 to 76 species distributed from central Mexico to Paraguay, in dry or wet, usually lowland, forests
and brushlands (Lorence and Taylor 2001; Taylor et al. 2004; Taylor and Gereau 2010).
The first phylogenetic study that included species of Chomelia was performed by Rova et al.
(2002) who investigated the Condamineeae-Rondeletieae-Sipaneeae complex using DNA sequences
from chloroplast trnL-F region. They included 21 samples of the Guettardeae tribe, but only one
species of Chomelia that appeared as sister to Guettarda.
Later, Achille et al. (2006) tested the monophyly of Guettarda and its relationships with
closely related genera within Guettardeae, based on sequence data from the nuclear ribosomal DNA
internal transcribed spacer (nrDNA ITS) region . In this study also only one species of Chomelia
was included. They concluded that Chomelia was closely related to Stenostomum sect. Resinanthus,
a genus that recently assigned to its own genus (Borhidi 2007).
More recently, Manns & Bremer (2010), in a study on the intertribal relationships within
Cinchonoideae s.s., included three species of Chomelia (C. angustifolia, C. spinosa and C.
Pessoa, M.C.R. Filogenia do Gênero Chomelia Jacq. (Rubiaceae) e Revisão Taxonômica... 29
tenuiflora). In their study, the phylogeny within Guettardeae s.l. is unresolved or poorly supported.
Chomelia appears to be paraphyletic as one of the three species was separated from the others,
forming a polytomy with other genera.
Thus, these previous analyses are all inconclusive and the phylogenetic position of Chomelia
remains uncertain. Based on that, the aims of this work are: i) investigate more detailed the
relationships within Guettardeae and; ii) elucidate relationships among species of Chomelia.
Taxon sampling
We included at least one representative of each genus in Guettardeae (sensu Bremer and
Eriksson 2009), particularly type species. Representatives of the other two subfamilies in Rubiaceae
were also included. In total, 92 Rubiaceae taxa were included: 59 belonging to Cinchonoideae (6
tribes, 17 genera), 24 Ixoroideae (6 tribes, 8 genera) and 8 Rubioideae (7 tribes, 8 genera) (see table
1). Considering that our analyses were focused on Chomelia we included a considerable sample of
the morphological and geographical diversity within the genus and of Guettarda (15 spp.) and
Stenostomum (including Resinanthus (Borhidi) Borhidi and Neolaugeria Nicolson, 7 spp.),
considered sister groups to Chomelia (Achille et al. 2006). One representative of Spigelia sp.
(Loganiaceae) was used to root the tree. Vouchers, and identification of the species used in the
analysis are listed on Table 1.
Pessoa, M.C.R. Filogenia do Gênero Chomelia Jacq. (Rubiaceae) e Revisão Taxonômica... 30
Table 1
List of taxa investigated in the study, classification, voucher information (of previously unpublished seq.) and localities. ANT= Anthospermeae; CHI= Chiococceae s.l., CIN=
Cinchoneae; CON= Condamineae; COR= Cordiereae, COU= Coussareae; GAE= Gaertenereae; GAR= Gardenieae; GUE= Guettardeae s.l., HAM= Hamelieae; HIL= Hillieae;
ISE= Isertieae; IXOR= Ixoroideae; POSO= Posoquerieae; PSY= Psychotrieae; RUB= Rubieae; SAB= Sabieae; SPER= Spermacoceae.
Table 1 (continued)
Bobea gaudichaudii (Cham. & Schltdl.) H. St. John & Skottsberg 201(GB) Cinchonoideae GUE U.S.A.
Herbst
Borreria prostrata (Aubl.) Miq. Andersson et al. 2112(GB) Rubioideae SPER Colombia
Chomelia apodantha (Standl.) Steyerm. S. F. Smith 282 (MO) Cinchonoideae GUE Peru
Chomelia bahiae J.H. Kirkbr. M.C.Pessoa 801(JPB) Cinchonoideae GUE Brazil
Chomelia bella (Standl.) Steyerm. GHShimizu 943 Cinchonoideae GUE Brazil
Chomelia brasiliana (Standl.) Govaerts M.C.Pessoa 864(JPB) Cinchonoideae GUE Brazil
Chomelia intercedens Müll. Arg. R. Magnum s.n. (JPB) Cinchonoideae GUE Brazil
Chomelia klugii (Standl.) Steyerm. AAndersson et al. 2181 (GB) Cinchonoideae GUE Colombia
Chomelia obtusa Cham. & Schltdl. M.C.Pessoa 815(JPB) Cinchonoideae GUE Brazil
Chomelia paniculata (Bartl. ex DC.) Steyerm. E. Blasido & E. Becerra 210 Cinchonoideae GUE Peru
Chomelia pedunculosa Benth. Bianchini 1572 (JPB 54500) Cinchonoideae GUE Brazil
Chomelia pohliana Müll. Arg. M.C.Pessoa 817(JPB) Cinchonoideae GUE Brazil
Chomelia pubescens Cham. & Schltdl. M.C.Pessoa 809(JPB) Cinchonoideae GUE Brazil
Chomelia ramiae Steyerm. L. Valverde & J. Peña 1173 (MO) Cinchonoideae GUE Venezuela
Chomelia ribesioides Benth. ex A. Gray M.C.Pessoa 816 (JPB) Cinchonoideae GUE Brazil
Chomelia spinosa Jacq. Alex R. 5218 (JPB 35135) Cinchonoideae GUE Costa Rica
Chomelia tenuiflora (BR) Benth. M.C.Pessoa 854(JPB) Cinchonoideae GUE Brazil
Chomelia tenuiflora (EQ) Benth. X. Cornejo 8047(GB) Cinchonoideae GUE Ecuador
Chomelia triflora (J.H. Kirkbr.) Delprete & Achille M.C.Pessoa 852(JPB) Cinchonoideae GUE Brazil
Chomelia tristis Müll. Arg. M.C.Pessoa 808(JPB) Cinchonoideae GUE Brazil
Pessoa, M.C.R. Filogenia do Gênero Chomelia Jacq. (Rubiaceae) e Revisão Taxonômica... 32
Table 1 (continued)
Cordiera myrciifolia var. (K. Schum.) C.H. Perss. & Delprete Persson & Gustafsson 274(GB) Ixoroideae COR Bolivia
barbata
Cubanola domingensis (Britton) Aiello Andersson 2209 (GB) Cinchonoideae CHI Caribbean
Faramea quinqueflora Poepp. Persson et al. 1818(GB) Rubioideae COU Ecuador
Geophila macropoda Lillo Persson et al. 1869(GB) Rubioideae PSY Ecuador
Gonzalagunia rosea Standl. Rova & Sundbaum 2414(GB) Cinchonoideae GUE Panama
Gonzalagunia bunchosoides Standl. Persson 1662(GB) Cinchonoideae GUE Ecuador
Gonzalagunia cornifolia (Kunth) Standl. Ståhl & Knudsen 1407(GB) Cinchonoideae GUE Ecuador
Guettarda angelica Mart. ex Müll. Arg. JRLima s.n1(lajedo) (JPB) Cinchonoideae GUE Brazil
Guettarda angelica Mart. ex Müll. Arg. JRLima s.n3(cama) (JPB) Cinchonoideae GUE Brazil
Guettarda aromatica Poepp. M.C.Pessoa 834(JPB) Cinchonoideae GUE Brazil
Guettarda boliviana Standl. Persson & Gustafsson 354(GB) Cinchonoideae GUE Bolivia
Guettarda ferruginea C. Wright ex Griseb. Rova et al. 2222(GB) Cinchonoideae GUE Cuba
Guettarda grazielae M.R. Barbosa G.O. Dionisio 133 (JPB) Cinchonoideae GUE Brazil
Guettarda scabra (L.) Lam. Ståhl 2322(GB) Cinchonoideae GUE Puerto Rico
Guettarda speciosa L. Rova & Gustavsson 2492(GB) Cinchonoideae GUE Fiji
Guettarda uruguensis Cham. & Schltdl. R.A. Wasum 12227 Cinchonoideae GUE Brazil
Guettarda viburnoides Cham. & Schltdl. S.M. Rodrigues 900 (JPB) Cinchonoideae GUE Brazil
Hamelia macrantha Little Persson 1476(GB) Cinchonoideae HAM Ecuador
Hillia ulei K. Schum. ex Ule Persson et al. 1837(GB) Cinchonoideae HIL Ecuador
Hodgkinsonia ovatiflora F. Muell. W.J.Mc Donald 6601 (BRI) Cinchonoideae GUE
Pessoa, M.C.R. Filogenia do Gênero Chomelia Jacq. (Rubiaceae) e Revisão Taxonômica... 33
Table 1 (continued)
Resinanthus acutatum (DC.) Borhidi Stahl & Knudsen 2316 (GB) Cinchonoideae GUE
Resinanthus albobruneus (Urb. Et Ekm.) Borhidi A. Liogier et al. 27953 (NY) Cinchonoideae GUE Puerto Rico
Rubia fruticosa Aiton Persson 1504(GB) Rubioideae RUB Spain
Sabicea sp. Aubl. Persson et al. 1830(GB) Ixoroideae SAB Ecuador
Sphinctanthus maculatus Spruce ex K. Schum. Persson 1607(GB) Ixoroideae GAR Ecuador
Sphinctanthus fluvii-dulcis Delprete & C.H. Perss. Lorenzi 7148 Ixoroideae GAR Brazil
Sphinctanthus polycarpus (H. Karst.) Hook. f. Persson & Alvarado 1607(GB) Ixoroideae GAR Ecuador
Spigelia sp. L. Persson & Gustafsson 359(GB) Loganiaceae Bolivia
Stenosepala hirsuta C.H. Perss. Idarraga s.n. Ixoroideae GAR Colombia
Pessoa, M.C.R. Filogenia do Gênero Chomelia Jacq. (Rubiaceae) e Revisão Taxonômica... 34
Table 1 (continued)
DNA Extraction
DNA was extracted from fresh, silica-gel dried leaf tissue or herbarium specimens using the
DNeasy Plant Mini Kit (Qiagen, Valencia, CA, USA) according to the manufacturer’s instructions.
To herbarium leaves, first we added 10 µL protease overnight. Liquid nitrogen was used for tough
material. DNA concentrations were measured in a Nanodrop 2000c instrument (Thermo Fisher
Scientific, Waltham, MA, USA) for selection of the best samples.
Library preparations
Since sequence capture methods require fragmented DNA, the first step prior to library
preparation was genomic DNA shearing and quality checking. In order to cover the full genome, the
DNA was randomly fragmented by sonication using Covaris S220 equipment (Covaris, Woburn,
Massachusetts, USA). A DNA library was constructed with the NEXTflex DNA Sequencing Kit and
NEXTflex Barcodes (BIOO Scientific, Austin, Texas, U.S.A.). Agencourt AMPure XP magnetic
beads (Beckman Coulter) were used for fragment size selection to exclude fragments under 400 bp
and over 600 bp. A PCR run of 14 cycles was performed on the indexed samples, using the reagents
provided with the kits, with the following program: 98◦C per 2 minutes; 14 cycles (98◦C per 30
Pessoa, M.C.R. Filogenia do Gênero Chomelia Jacq. (Rubiaceae) e Revisão Taxonômica… 36
seconds; 65◦C per 30 seconds; 72◦C per 60 seconds); 72◦C per 4 minutes. The PCR products were
purified using QIAquick PCR Purification Kit (Qiagen). Concentrations of the amplified library
were measured in a NanoDrop 2000c instrument (Thermo Fisher Scientific,Waltham, MA, USA).
Equimolar amount of DNA libraries were pooled into six reactions, each one containing eight
indexed samples and dried in the SpeedVac machine (Savant Instruments, Farmingdale, USA) and
then DNA was resuspended in 6μL of water. Gene enrichment was carried through the MYBaits
target enrichment system (MYcroarray, Ann Arbor, Michigan).
Hybridization reactions were performed at 65°C for 36 hours according to the MYBaits
protocol. Probes were recovered with Dynabeads® MyOne™ Streptavidin C1 (Introgen Dynal AS
Oslo, Norway). For better yield of the sequencing, a PCR run of 14 cycles was performed for each
hybridisation reaction using Herculase II Fusion DNA Polymerase (Agilent, Waldbronn, Germany)
and the following program: 98°C, 30''; 14×(98°C, 20''; 60°C, 30''; 72°C, 60''); 72°C, 5'.
Sequencing was performed on a MiSeq Illumina platform (San Diego, California, USA) at the
Genomics Core Facility at the University of Gothenburg, Sweden and produced high-throughput
150 bp paired-end reads.
Sequences Editing
Illumina reads generated were stripped of adapter sequences using Trimmomatic V0.32 and
Cutadapt 1.9.1. Low-quality sequences and PCR duplicates were excluded using CLC Assembly
Cell 4.0.13 (CLC Bio, Aarhus, Denmark). Paired-end reads were then mapped to the reference
plastidial genome (Coffea arabica) and converted to FASTA format using CLC Assembly Cell
4.0.13. Finally, the homologous sequences were aligned using the program MAFFT v. 7 (Katoh &
Standley 2013) and manually checked and corrected for misalignment and errors on the program
Geneious 8. (Biomatters). The alignment generated had a total size of 155188 bp.
Phylogenetic analyses
Models of evolution were selected based on the Akaike information criterion (AIC)
implemented in the program jModelTest 2.2(Posada 2008). The best fit model of sequence
evolution for the entire chloroplast genome was GTR + G. Bayesian Inference was performed using
Pessoa, M.C.R. Filogenia do Gênero Chomelia Jacq. (Rubiaceae) e Revisão Taxonômica… 37
4.4 Results
The tree resulting from the Bayesian majority-rule consensus is shown in figure 1. The
phylogenetic analysis resulted in a highly resolved phylogeny. High posterior probability values
were found for all tribes within Cinchonoideae and for the majority of clades.
Within Rubiaceae the three major lineages recovered in this analysis correspond to
subfamilies Rubioideae, Ixoroideae and Cinchonoideae, and present the same topology as in Bremer
& Eriksson (2009) and Bremer (2009).
Rubioideae, represented by eight genera (Borreria G. Mey., Geophila Bergeret, Faramea
Aubl., Nertera Banks & Sol. ex Gaertn., Paederia L,, Pagamea Aubl.,, Palicourea Aubl. and Rubia
L.), is diverging on first level and is sister to a second lineage which comprises two subclades
corresponding to Ixoroideae and Cinchonoideae.
Ixoroideae is also represented by eight genera (Agouticarpa C.H. Perss., Cordiera A. Rich.,
Ixora L., Pentagonia Benth., Posoqueria Aubl., Sabicea Aubl., Sphinctanthus Benth. and
Stenosepala C.H. Perss.) and is strongly supported.
Cinchonoideae, represented by six tribes and 22 genera, diverges into two lineages: one
(1.00 PP) corresponding to Guettardeae s.l. (Rova et al. 2002), including Arachnothryx,
Gonzalagunia and Javorkea, and another (clade A, 0.97 PP) corresponding to the five remaining
tribes of Cinchonoideae. The Guettardeae clade, our focus, represented by 17 genera, is divided in
seven major subclades (figure 2).
Clade A
This clade consists of two subclades: Isertia rosea + Cinchona pubescens (1.00 PP) and
Cubanola dominguensis + Hillia ulei - Hamelia macrantha (1.00 PP).
Pessoa, M.C.R. Filogenia do Gênero Chomelia Jacq. (Rubiaceae) e Revisão Taxonômica… 38
Clade B
This is a small and strongly supported clade, comprising Allenanthus and Machaonia. It is
the first diverging lineage within Guettardeae and is the sister group to the two clades comprising
the remaining species of Guettardeae sensu Manns and Bremer (2010).
Clade C
Clade D
This clade comprises Malanea forsteronioides, Pittoniotis rotata and Chomelia ribesioides. It
is a strongly supported clade (1.00 PP) and indicates Malanea forsteronioides as sister group to
Pittoniotis rotata and Chomelia ribesioides. These three species share some morphological
characters that will be discussed later.
Clade E
This strongly supported clade includes two species of Stenostomum (S. acreanum and
Stenostomum apiculatum) clustered together with Neolaugeria resinosa and Resinanthus
albobruneus. The clade is splited in two subclades, one composed of S. acreanum and Resinanthus
albobruneus (sensu Borhidi 2007, S. albobruneum, before) as sister group and the other composed
of S. apiculatum as sister group of Neolaugeria resinosa (represented by two specimens).
Clade F
This clade is comprised mainly of species in the genus Chomelia (here, Chomelia s.str.) and
three species of Tournefortiopsis (referred as Guettarda in previous works). In this clade,
Tournefortiopsis Rusby (sensu Borhidi, 2008) emerged as a strongly supported clade (1.00 PP),
sister to Chomelia s.str..
Pessoa, M.C.R. Filogenia do Gênero Chomelia Jacq. (Rubiaceae) e Revisão Taxonômica… 39
Chomelia triflora is the first to diverge and the remaining species are split into two subclades.
Two accessions of Chomelia tenuiflora turned out in two different clades.
Clade G
Clade H
This clade comprises Resinanthus acutatum and Guettarda species, which split into two
clades strongly supported (1.00 PP). The first one comprises G. aromatica, G. boliviana and G.
uruguensis. G. aromatica is the first to diverge and is sister to G. boliviana and G. uruguensis (1.00
PP). The second clade is comprised by: G. ferruginea, G. scabra, G. viburnoides, G. grazielae and
two accessions of G. angelica.
4.5 Discussion
The relationship between Gonzalagunia and Arachnothryx is consistent with recent studies
(e.g. Manns & Bremer 2010; Rova et al. 2002). Otherwise, unlike previous results (Manns &
Bremer (2010), our results indicate that Arachnothryx is monophyletic. An expanded sampling,
however, would be needed to confirm this pattern.
The phylogeny within Chomelia is almost fully resolved in all nodes. The majority
Chomelia’s species (Chomelia s. str.) emerge as a monophyletic clade, sister to Tournefortiopsis.
Nevertheless, two species, C. ribesioides and C. obtusa, emerged apart from it.
Chomelia ribesioides, a species from the Brazilian Cerrado and of the Bolivian Savanna, is
characterized by having a campanulate internally pubescent corolla unlike the other Chomelia. Our
results show Chomelia ribesioides (Fig. 2) emerging within a well-supported (1.00 PP) clade, sister
to Pittoniotis rotata.
Our morphological analysis, also suggest that Chomelia ribesioides does not belong to
Chomelia and should be transferred to another genus or assigned to a new genus. This position of C.
ribesioides is not at all surprising and Müller Argoviensis (1875) had already separated it in sect.
Pseudomalanea. This species had been previously referred by him as Malanea because of its
morphological similarities but later he accepted it as Chomelia. C. ribesioides and Malanea
forsteronioides share the scandent habit, the terminal stipules, acute at the apex, sessile flowers with
a deeply divided calyx and a shorter and campanulate corolla, internally pubescent, and the
drupaceous fruits.
The classification of Chomelia ribesioides may deserve reevaluation in the future to confirm
whether these taxa should be placed in Malanea or somewhere else.
Chomelia obtusa is a widespread and morphologically variable species from Brazil. It has a
particular cymose inflorescence with branches partly tending to scorpioid which seems corroborates
its position outside Chomelia s.str. C. polyantha, a very polymorphic species, distributed in Brazil,
Colombia and Venezuela, also has an inflorescence similar to that of C. obtusa, but could not be
sampled in this study. This character has been found, so far, only in these two species of Chomelia
and will have to be evaluated in the future.
The close relationship between C. obtusa and C. intercedens is in agreement with the
taxonomic revision of Chomelia (Pessoa et al. in prep., chapter. 2) where they were considered
synonyms.
No obvious morphological characters are found to support the clades within Chomelia s.str.
Pessoa, M.C.R. Filogenia do Gênero Chomelia Jacq. (Rubiaceae) e Revisão Taxonômica… 41
Patterns of relationships within the genus are more closely related with geography distribution than
with morphology. The tree topology recovered suggests that there were probably, at least, two
different origins for the genus, represented by two distinct lineages.
Chomelia triflora a typical Amazonian species is placed, at the base of the clade Chomelia
s.str. which appear as sister group to the remaining species which in turn is split into two subclades.
The first one is represented by more widespread species and the other by the endemic Atlantic forest
species, except for C. bella which also occurs in the Brazilian Cerrado.
Within the clade represented by more widespread species, there are two accesses of Chomelia
tenuiflora, one from Brazil and another from Ecuador, both in the Amazon. These specimens seem
to be morphologically identical and are considered conspecific here. Chomelia tenuiflora occurs in
Brazil, Bolivia, Colombia, Ecuador, French Guyana, Panama, Peru and Venezuela and C. kluggi is
from Bolivia, Colombia, Peru and Northeast Brazil, both are Amazonian species. Although
morphologically identical these two samples did not appear as sister, but instead separated. The
observed pattern could be explained by an effect of incomplete lineage sorting, which would be
expected in a species with large population size, or perhaps by chloroplast introgression.
Our analysis shows Tournefortiopsis as sister to Chomelia and corroborates the revalidation of
the genus by Borhidi (2008). T. crispiflora, T. hirsuta and T. reticulata, previsouly treated as
Guettarda, form a distinctive monophyletic group, morphologically well delimited and strongly
supported. Tournefortiopsis sensu Borhid (2008) is characterized by having large, foliaceous
stipules with membranaceous margins, scalariform venation, bifid monochasial cymes, small 4-
ribbed or sometimes acutely ovoid drupaceous fruits with a minute and persistent calyx and pollen
grains spheroidal porate, with very thick, reticulate exine (Achille et al. 2006; Borhidi 2008).
A close relationship between Guettarda crispiflora and G. hirsuta (here refereed as
Tourneforntiopsis crispiflora and T. hirsuta) was indicated by Achille et al. (2006) and confirmed in
our analysis although weakly supported. However, the close relationship between Bobea elatior
(here referred as Bobea gaudichaudii) and Tournefortiopsis is rejected here.
Stenostomum
The three genera forming the clade E (Neolaugeria, Stenostomum and Resinanthus) were
previously considered to be different sections of Stenostomum according to Borhidi & Fernandez
Pessoa, M.C.R. Filogenia do Gênero Chomelia Jacq. (Rubiaceae) e Revisão Taxonômica… 42
(1993-1994). Achille et al. (2006) confirmed Neolaugeria as separated genus, as Moynihan &
Watson (2001) have proposed, and suggested that Stenostomum sect. Stenostomum and
Stenostomum sect. Resinanthus should be considered as two different genera. Later on Borhidi
(2007) accepted Resinanthus as a separated genus and limited the circumscription of Stenostomum
to the later S. sect. Stenostomum. Our results, however, show Stenostomum in that sense as
paraphyletic.
Although there is no doubt about the monophyly of Neolaugeria the analyses of Moynihan &
Watson (2001) based on ITS data, could not resolve neither the phylogenetic relationships of the
species within the genus Neolaugeria nor its relation to the sister group. According to them,
Neulaugeria resinosa may occupy a more basal position. Our analysis shows Neulaugeria resinosa
nested within Stenostomum, forming a strongly supported clade with Resinanthus albobruneum, S.
acreanum and S. apiculatum. Considering the present study is the first to include a larger number of
representatives from Stenostomum and the clade strong support, we consider it important to
reevaluate the position of Neulaugeria resinosa.
Guettarda
Guettarda was traditionally considered as a large, nearly Pantropical genus, including several
species which nowadays are positioned in different genera. Despite the efforts to define its
boundaries, there was no consensus about the circumscription of Guettarda, and it varied over time
(Achille et al. 2006). Achille et al. (2006) strongly contributed to achieve a better understanding of
the delimitation and richness of genus and suggested rearrangements in the systematic of the group.
According to them Guettarda sensu lato was polyphyletic, however, a more restrict group,
including only Neotropical species, except by G. speciosa, the type species, emerged as
monophyletic.
Guettarda and Chomelia were many times mentioned to be very close morphologically and
sometimes confused. Our results indicate that Guettarda, sensu Achille et al (2006), is a well
delimitated monophyletic clade, clearly distinct from Chomelia. Guettarda, as it is now accepted, is
characterized by having dichotomous inflorescences with lateral cincinous, flowers with truncate to
shallowly lobed calyx, capitate or subcapitate stigma and fruits with pyrenes (2–)3–6-locular (vs.
uniflorous or 3 to many flowered dichasium inflorescences, flowers with clearly lobed calyx,
bifurcate stigma branch and fruits with pyrenes 2–locular in Chomelia).
Guettarda angelica and its close relative G. grazielae are endemic to Brazil. G. viburnoides, G.
aromatica, G. boliviana and G. uruguensis are confined to the Neotropics. G. speciosa (the
widespread Indo-Pacific coastal species), G. ferruginea and G. scabra are Paleotropical species.
Pessoa, M.C.R. Filogenia do Gênero Chomelia Jacq. (Rubiaceae) e Revisão Taxonômica… 43
Together they form a clade that corresponds to Guettarda sensu stricto of Achille et al. (2006).
Figure. 1. Majority-rule consensus tree from the Bayesian analysis based on complete
plastid genomes. Clade posterior probabilities are indicated above branches of the corresponding
clades.
Pessoa, M.C.R. Filogenia do Gênero Chomelia Jacq. (Rubiaceae) e Revisão Taxonômica… 44
4.6 Conclusions
4.7 Acknowledgments
We thank all herbarium curators for facilitating the access to the collections, especially those
from GB, MO, NY and P for providing DNA material for some taxa. Funding for this work was
provided by Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq 311389/2013-
9) to MRVB, Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes
99999.002443/2014-07) to MCRP and by the Swedish Research Council (B0569601), the European
Research Council under the European Union’s Seventh Framework Programme (FP/2007-2013,
ERC Grant Agreement n. 331024), and a Wallenberg Academy Fellowship to AA.
Pessoa, M.C.R. Filogenia do Gênero Chomelia Jacq. (Rubiaceae) e Revisão Taxonômica… 46
4.8 References
Achille, F.; Motley, T.; Lowry II, P.P. & Jérémie, J. 2006. Polyphyly In: Guettarda L. (Rubiaceae,
Guettardeae) based on ITS sequence data. Annals of the Missouri Botanical Garden 93: 106–
124.
Bremer, B. & Eriksson, O. 2009. Time tree of Rubiaceae: phylogeny and dating the family,
subfamily, and tribes. International Journal of Plant Science 170: 766-793.
Borhidi, A. 2007. Resinanthus, género nuevo de Rubiaceae (Guettardeae). Acta Bot. Acad. Sci.
Hung. 49(3–4): 311–317.
Borhidi, A. 2008. Revalidation of the genus Tournefortiopsis Rusby, (Guettardeae, Rubiaceae) and a
new Guettarda from Costa Rica. Acta Bot. Acad. Sci. Hung. 50(1):61-72.
Borhidi, A. and Fernandez, M.Z. (1993-1994). The genus Stenostomum C.F. Gaertn. (Rubiaceae) or
the reconsideration of the new world Antirhea species. Acta Bot. Hung. 38:157-166.
Davis, A. P.; Govaerts, R.; Bridson, D.M.; Ruhsam, M.; Moat, J. & Brummitt, N.A. 2009. A global
assessment of distribution, diversity, endemism, and taxonomic effort in the Rubiaceae. Annals
of Missouri Botanical Garden 96: 68-78.
Delprete, P. G. 2004. Rubiaceae. Pp. 328-333. In: Smith, N.; Mori, S. A.; Henderson, A.; Stevenson,
D. W.; Heald, S. V. (eds.). Flowering plants of the Neotropics. Princeton University Press, New
Jersey.
Delprete, P.G; Achille, F. & Mouly, A. 2010. Four new combinations in Chomelia and Stenostomum
(Rubiaceae, Guettardeae) from Central America, the Guianas and Amazon Basin. Blumea
55:164-170.
Govaerts, R., M. Ruhsam, L. Andersson, E. Robbrecht, D. M. Bridson, A. P. Davis, I. Schanzer, and
B. Sonké. 2011. World Checklist of Rubiaceae. The Board of Trustees of the Royal Botanic
Gardens. Kew. Disponível em: <http://www.kew.org/wcsp/rubiaceae>. Acesso em Novembro
2011.
Lorence, D. H. & Taylor, C. M. 2001. Rubiacearum Americanarum Magna Hama Pars I. A new
species of Chomelia from Panama. Novon 11:124-126.
Manns, U. & Bremer, B. 2010. Towards a better understanding of intertribal relationships and stable
tribal delimitations within Cinchonoideae s.s. (Rubiaceae). Molecular Phylogenetics and
Evolution 56 (2010) 21–39.
Moynihan, J. & Watson, L.E. 2001. Phylogeography, Generic Allies, and Nomenclature of
Pessoa, M.C.R. Filogenia do Gênero Chomelia Jacq. (Rubiaceae) e Revisão Taxonômica… 47
Samson, N., Bausher, M. G., Lee, S.-B., Jansen, R. K., & Daniell, H. 2007. The complete nucleotide
sequence of the coffee (Coffea arabica L.) chloroplast genome: organization and implications
for biotechnology and phylogenetic relationships amongst angiosperms. Plant Biotechnology
Journal, 5(2), 339–353.
Taylor, C. M. & Gereau, R. E. 2010. Rubiacearum Americanarum Magna Hama Pars XXIII:
Overview of the Guettardeae Tribe in Central and South America, with Five New Species and
Three New Combinations in Chomelia, Neoblakea, Pittionotis and Stenostomum. Novon 20: 3.
Pessoa, M.C.R. Filogenia do Gênero Chomelia Jacq. (Rubiaceae) e Revisão Taxonômica… 48
1
Universidade Federal de Pernambuco, Departamento de Botânica, Programa de Pós-Graduação
em Biologia Vegetal, R. Prof. Nelson Chaves s/n, Cidade Universitária, 50670-901, Recife, PE,
Brasil.
2
University of Gothenburg, Department of Biological and Environmental Sciences, P.O. Box 461,
SE 405 30, Göteborg, Sweden.
3
Universidade Federal da Paraíba, Departamento de Sistemática e Ecologia, C.P. 5065, 58051-
970, João Pessoa, Paraíba, Brasil.
5.1. Resumo
5.2. Abstract
5.3 INTRODUÇÃO
portanto, insuficientes para informar sobre o monofiletismo do grupo. Ainda assim, esses estudos
contribuíram para uma melhor compreensão das relações intergenéricas dentro da tribo e indicaram
a redelimitação de alguns gêneros.
Taylor & Gereau (2010) publicaram recentemente um trabalho taxonômico que trouxe uma
visão geral da Tribo Guettardeae na América Central e do Sul. Neste foram descritas três novas
espécies de Chomelia (C. chiquitensis C. M. Taylor, C. costaricensis C. M. Taylor (2010: 354) e C.
torrana C. M. Taylor (2010: 356)) e apresentadas três novas combinações para o gênero
Stenostomum.
Os trabalhos de Steryermark (1974), na Flora da Venezuela; Dwyer (1980), na Flora do
Panamá; Burger & Taylor (1993), na Flora Costaricensis; Taylor & Steryermark (2004), na Flora da
Guiana Venezuelana e Lorence & Taylor (2012), na Flora Mesoamericana, figuram entre os poucos
sobre o gênero no mundo.
No Brasil, o mais completo e antigo tratamento para o gênero foi produzido por Müller
Argovensis (1875, 1881), que reconheceu 20 espécies e estabeleceu três seções baseadas no tubo da
corola - Euchomelia (17 spp.), Pseudomalanea (2 spp.) e Malaneoides (1 sp.). Desde então, as
espécies do gênero, no Brasil, foram tratadas apenas em floras regionais: Santa Catarina (Delprete
et al. 2004), São Paulo (Barbosa 2007), Reserva Ducke, Amazonas (Taylor et al. 2007), Goiás e
Tocantins (Delprete 2010) ou incluídas em sinopses (Delprete & Cortés ―2006‖ [2007]) ou em
checklists como a lista de espécies da Flora do Brasil (Pessoa & Barbosa et al. 2015).
No intuito de compreender melhor a taxonomia do gênero Chomelia e a sistemática da tribo
Guettardeae, uma revisão taxonômica das espécies brasileiras, apoiada em estudos moleculares do
gênero, foi realizada e é aqui apresentada.
Estão assinaladas as coleções que foram consultadas online ou através de empréstimos de exsicatas
ou fotos.
Os trabalhos de campo consistiram na observação e coleta de material botânico visando às
analises morfológicas e moleculares. As coletas foram realizadas em 32 áreas, cobrindo os biomas
brasileiros da Mata Atlântica, Cerrado, Caatinga e Amazônia. Além dos representantes do gênero
Chomelia, foram coletados espécimes de outros gêneros de Rubiaceae visando principalmente à
realização das análises filogenéticas. As amostras coletadas foram herborizadas seguindo-se o
procedimento habitual em taxonomia, e incluídas nos acervos dos Herbários JPB e UFP.
A identidade das espécies foi estabelecida a partir do estudo morfológico, consulta aos tipos,
descrições originais e as principais referências para o gênero (Delprete et al. 2010; Müller
Argoviensis 1881; Taylor et al. 2004; Taylor e Gereau 2010). Os tipos consultados estão indicados
com o sinal de exclamação (!), precedidos da sigla do herbário. Os tipos consultados através de
fotos disponíveis online estão indicados com sinal de exclamação precedidos do termo web e
aqueles oriundos de negativos disponibilizados pelo Field Museum, indicados como neg.
As descrições e medidas apresentadas são oriundas de espécimes secos dos herbários
analisados. Contudo, para análise dos caracteres florais foram feitas medidas, na maioria dos casos,
a partir de material reidratado. Dados de altura da planta, cor das flores e hábito foram obtidos a
partir das observações em campo ou das etiquetas de herbário. A terminologia utilizada para
descrever os caracteres morfológicos seguiu os conceitos de Radford et al. (1986) e Lawrence
(1951).
Os dados de distribuição geográfica, habitat e fenologia foram tomados principalmente a
partir da análise das etiquetas das exsicatas consultadas, observações de campo, e da literatura
especializada (Delprete et al. 2010; Müller Argoviensis 1881; Steyermark 1967, 1974; Taylor et al.
2004; Taylor e Gereau 2010).
A citação das obras originais, nomes de autores e outras obras foram baseadas,
respectivamente, no Taxonomic Literature (Stafleu & Cowan 1976-1986), Brummitt & Powell
(1992) e nos bancos de dados virtuais como Tropicos® (www.tropicos.org) e International Plants
Names Index (IPNI) (www.ipni.org). As tipificações apresentadas foram fundamentadas nos
princípios do Código Internacional de Nomenclatura para Algas, Fungos e Plantas (International
Code of Nomenclature for algae, fungi and plants - ICNafp, Melbourne Code, McNeill et al. 2012).
A relação de material examinado citado corresponde a uma seleção dos espécimes levando–se
em conta, sempre que possível, a distribuição geográfica, variação morfológica e tipo de vegetação
onde a espécie foi encontrada. São citados para cada estado brasileiro dois ou três vouchers,
priorizando-se aqueles utilizados na elaboração das estampas e figuras apresentadas.
Pessoa, M.C.R. Filogenia do Gênero Chomelia Jacq. (Rubiaceae) e Revisão Taxonômica… 54
5.5. RESULTADOS
A partir deste tratamento foi possível o reconhecimento 15 espécies para o Brasil: C. bahiae,
C. bella, C. brasiliana, C. estrellana, C. hirsuta, C. malaneioides, C. obtusa, C. pedunculosa, C.
pohliana, C. polyantha, C. pubescens, C. sericea, C. tenuiflora, C. triflora e C. tristis, destas, oito
são endêmicas.
As espécies de Chomelia, no Brasil, estão presentes em praticamente todos os domínios
fitogeográficos, mas são predominantes na Mata Atlântica, onde sete espécies são consideradas
endêmicas: C. bahiae, C. brasiliana, C. estrellana, C. hirsuta, C. pedunculosa, C. pubescens e C.
tristis.
Apesar da maior diversidade de Chomelia registrada na Mata Atlântica, a Amazônia é
também uma importante área de endemismo para o gênero. Das 15 espécies aceitas neste
tratamento, quatro são endêmicas: C. malaneoides, C. tenuiflora, C. triflora e C. polyantha.
Neste estudo, foram propostos 17 novos sinônimos e designados 11 lectótipos relacionados
às espécies brasileiras de Chomelia e duas espécies tiveram a sua distribuição ampliada.
Chomelia Jacq., nom, cons., Enum., Pl. Carib. 12. 1760; Sel. Stirp. Am. 18, pl. 13. 1763.
=Anisomeris Presl, Symb. Bot. 2:5, tab. 54. 1834. Non Chomelia L., Opera Varia 210. 1758, nom.
rejic. (≡Tarenna Gaert.); Non Chomelia Vell., Fl. Flum. 42. 1825 [1829], nom. illeg. hom. (≡
Aquifoliaceae). Espécie tipo: Chomelia spinosa Jacq. ≡ Anisomeris spinosa (Jacq.) Presl. Lectótipo
aqui designado: Tab. XIII in Jacquin. Sel. Stirp. Am. 18. (1763).
Arbustos, eretos ou escandentes, ou árvores, com ramos flexuosos, armados ou inermes; estípulas
Pessoa, M.C.R. Filogenia do Gênero Chomelia Jacq. (Rubiaceae) e Revisão Taxonômica… 55
14. Folhas hirsutas na face inferior; tubo da corola estrigoso externamente ....................... C. hirsuta
- Folhas viloso-tomentosas a denso-tomentosas na face inferior; tubo da corola viloso a vilosulo
externamente ...............................................……………………………...….......... C. estrellana
5.7.1 Chomelia bahiae J. H. Kirkbride, Brittonia 49(3): 364, f. 4. 1997. Tipo:— BRASIL. Bahia:
Cairu, “ramal novo para os povoados de Torrinhos e Tapuia, com entrada no lado esquerdo da
Rodovia Cairu/Nilo Peçanha (BA 250)”, 25 Outubro 1984 (fl.), Mattos Silva & dos Santos 1780
(holótipo: CEPEC, isótipos: US [web!], NY!).
Distribuição e habitat: — Espécie conhecida apenas dos estados de Alagoas, Bahia e Pernambuco,
no Nordeste do Brasil. Ocasional ou frequente na Mata Atlântica, ocorrendo tanto em florestas
úmidas (no interior de matas de encosta com solo humoso), quanto em florestas estacionais ou
formações de restinga e savanas litorâneas.
Fenologia: — Floresce e frutifica praticamente o ano todo.
Nomes populares: — desconhecidos.
Comentários: — Chomelia bahiae chama atenção por suas folhas discolores e pelos ramos
flexuosos reflexos. As folhas, porém, podem apresentar variação no indumento e consistência. Nas
regiões litorâneas próximas ao mar, como no caso do município de Una, BA, os espécimes
apresentam folhas mais cartáceas e um indumento mais estrigoso na face superior. Em locais mais
úmidos, como no interior de matas de encosta na Serra da Jiboia, Elísio Medrado (BA), os
espécimes apresentam folhas membranáceas e indumento um pouco mais longo, híspido.
Esta espécie vinha sendo erroneamente identificada como Chomelia pedunculosa, uma
espécie presente na Floresta Ombrófila Densa, do sul e sudeste do Brasil, da qual se diferencia,
principalmente, pelo hábito arbustivo ou arbóreo com ramos reflexos (vs. arborescente com ramos
eretos), nervuras secundárias 8-14/lado (vs. (6)-8/lado), nervuras de alta ordem areoladas (vs.
nervuras de alta ordem lineoladas), cimas dicotômicas (1)3-7-floras (vs. cimas dicotômicas 3-9-
(12)-floras), pedúnculo 1-2,5 cm compr. (vs. 1,5-4,5 cm compr.), estilete viloso (vs. glabro).
MO); Mata de São João, Mata de Camarugipe, 09 Setembro 1997 (fl.), M.L. Guedes 5215 (ALCB);
Una, Reserva Biológica do Mico-leão (IBAMA), entrada no km 46 da Rod. BA-001 Ilhéus-Uma.
Trilha da Picada da Bandeira, 10 Novembro 1993 (bf., fl.), A. M. Amorim et al. 1456 (CEPEC, SP);
30 Junho 2000 (fr.), F. Juchum et al. 38 (CEPEC, SP); 46 km north on BA001 between Ilhéus and
Una, 15º09’S, 39º05W, 14 Novembro 1992 (fl.), W.W. Thomas et al. 9423 (CEPEC, MBM, NY);
próximo a Trilha do Príncipe, 25 Fevereiro 2013 (bf., fl.), M. C. Pessoa et al. 800 (CEPEC, JPB);
Trilha da Roda D`água, 26 Fevereiro 2013 (bf), M. C. Pessoa et al.801 (CEPEC, JPB);
Pernambuco: Igarassu, Mata de Piedade, Usina São José, 16 Setembro 2009 (fl., fr.), J. D. Garcia-
González 1199 (UFP); Lagoa dos Gatos, RPPN Pedra D’anta, Mata do Peru, 8◦41’29‖S,
35◦51’35‖W, 23 Novembro 2011 (fr.), B. S. Amorim et al. 1269 (JPB, UFP); São Vicente Férrer, 600
m elev., 15 Dezembro 1999 (fr.), E. M.N. Ferraz et al. 786 (PEUFR).
5.7.2. Chomelia bella (Standl.) Steyerm., Mem. New York. Bot. Gard. 17 (1): 340. 1967. ≡
Anisomeris bella Standl., Field. Mus. Publ. Bot. 8: 364. 1936. Tipo:—BRASIL. São Paulo: Espírito
Santo do Pinhal, 24 Maio 1925 (fl.), Campos Novaes s.n. (SP 11875) [F.C. Hoehne 11875 in
Standley, 1931] (holótipo: B†, foto no K!, lectótipo aqui designado: SP 11875!; isolectótipos: F
656978!, F 638782 [frag. de B!]).
=Chomelia kirkbridei Delprete, Blumea 53: 395, fig. 1. 2008. Tipo:—BRASIL. Distrito Federal,
near Rio Salinas, 15º31’S, 47º57’W, 770 m, 8 Outubro 1980 (fl.), J.H. Kirkbride 3628 (holótipo:
UB!, isótipo: NY!, UB!, US [web!]). syn. nov.
=Chomelia chiquitensis C. M. Taylor, Novon 20(3): 354–355, f. 1A, B. 2010. Tipo:— BOLIVIA.
Santa Cruz, prov. Chiquitos, Valle de Tucabaca, a 20 km al O de Santo Corazón, tramo entre La Cal
y Campamento Los Murciélagos, 18º05'S, 59º03'W or 18º01'30"S, 59º01'50"W, 500 m., 24-28
Outubro 1994, I.G. Vargas C., G. Navarro & H. Justiniano 3547 (holótipo: USZ; isótipos: F!, MO-
5006411!, MO-5828914!). syn. nov.
H. Amorim et al. 641 (HUFU, MBM); Uberlandia, 12 Março 1994 (fl., fr.), G. M. Araújo et al. s.n.
(IAC 31823), Fazenda Buriti, 02 Outubro 1993 (fl.), G. M. Araújo et al. s.n. (IAC 31838); 29
Outubro 1987 (fl.), G. M. Araújo 288 (JPB); São Paulo: Analândia, Parque Rewvitscher, 26
Outubro 1992 (fl.), R. J. Almeida s.n. (HRCB, JPB); Anhembi, Fazenda Barreiro Rico, 01 Setembro
1980 (fl., fr.), O.César s.n. (HRCB, JPB); Avaí, Terra indígena Araribá, aldeia Guarani, 02
Setembro 1998 (bf., fl.), A. P. Bertoncini & M. P. Bertoncini 875 (ESA, IAC, SP, UEC ); 01
Outubro 1998 (fl.), A. P. Bertoncini & M. P. Bertoncini 911 (IAC); Bauru, Jardim Botânico de
Bauru, 30 Setembro 1996 (fl.), M. H. O. Pinheiro 145 (HRCB, IAC, JPB); Brotas, Fazenda
Limoeiro, 27 Outubro 1997 (fl.), A. S. N. Pagano et al. 113 (JPB), Cajuru, Fazenda Santana, 02
Outubro 1999 (bf), S. A. Nicolau et al. 1772 (SP, SPSF, PEUFR); Campinas, Bosque dos Jequitibás,
Jan 1970 (fl.), A. Daniel s.n. (IAC 22442); Santo Antônio de Posse, Mata do Palmital, 5 Fevereiro
1994 (fr.), G. F. Árbocz 100 (CESJ, IAC), Novembro 1964 (bf., fl.), H. M. de Souza s.n. (IAC);
Fazenda Santa Eliza, 04 Novembro 1991 (bf., fl.), J. C. R. Macedo s.n. (IAC 32018); 05 Junho 2005
estéril, J. A .M. A. Gomes & J. Pena Filho s.n. (IAC 53215); Espírito Santo do Pinhal, s.d. (fl.), C.
Novaes 11875 (SP, K foto); Itirapina, Salto de Itaqueri, 15 Fevereiro 1993 (fr.), F. Barros 2739 (SP);
Ribeirão Preto, Reserva 2, próximo a ribeirão da Onça, 15 Outubro 2001 (fl.), O. Kotchetkoff-
Henriques et al. 423 (IAC); 15 Outubro 2001 (fl.), O. Kotchetkoff-Henriques & A. Furlan 424
(IAC); Reserva 18, 20 Março 2002, estéril, O. Kotchetkoff-Henriques et al. 420 (IAC, SPFR);
Reserva 57, 27 Dezembro 2001 (fr.), O. Kotchetkoff-Henriques & Maiaro 422 (IAC, SPFR); Santa
Rita do Passa Quatro, Outubro 1988, E. Hemmendorff 233 (S).
Material adicional selecionado: — BOLÍVIA. Chiquitos, 20 kw de la localidad de Santo
Corazón, tramo entre la Cal y Campamento de Los Murcielagos 18°01’29,6‖ S; 59°01’50‖ W; 450
m, 24-28 Outubro 1994, fl., I. G. Vargas, G. Navarro & H. Justiniano 3565 (MO).
5.7.3 Chomelia brasiliana A. Rich., Mem. Fam. Rubiáceas 183:1830; Müll. Arg., in Mart., Fl. Bras.
6(5): 36. 1881. ≡ Caruelina brasiliana (A. Rich.) O. Kuntze, Revis. Gen. Pl. 1: 277. 1891. ≡
Anisomeris brasiliana (A. Rich.) Standl., Field. Mus. Pub. Bot. 8: 361. 1931. Tipo:—BRASIL. Rio
de Janeiro, s.d., [Guillemin s.n.] (holótipo: P 00836591!).
Govaerts, World Checklist Seed. Pl. 3(1): 15. 1999. Tipo:—BRASIL. Paraná: Serra do Mar,
Itupava, in silva primaeva, 460 m., 17 Setembro 1908 (fl.), P. Dusén 6728 (holótipo: S!; isótipos:
F!, F [frag. de S!], K!, LD [web!], MO!, PH [web!]).
= Chomelia minutiflora Glaz., Bull. Soc. Bot. France 56 (Mem. 3d): 344. 1909. Tipo:—BRASIL.
Minas Gerais. Fazenda Rio Preto. 19 Nov. 1876, Glaziou 8749 (sintipos: P!, BR!, F-frag.!, G, K!).
(proposta de rejeição da obra em análise pelo Comitê de Nomenclatura)
= Anisomeris monantha Schum. ex Standl. Publ. Field Mus. Nat. Hist., Bot. Ser. 8(5): 363. 1931. ≡
Chomelia monantha (Standl.) Steyerm. Mem. New York Bot. Gard. 17: 340. 1967. Tipo:—
BRASIL. Minas Gerais. Fazenda Rio Preto. 19 Nov. 1876, Glaziou 8749 (holótipo: P!, isótipos:
BR!, F-frag.!, G, K!). syn. nov.
Chomelia monantha (Standl.) Steyerm. e Anisomeris monantha Schum. ex Standl. até então
são considerados nomes supérfluos, uma vez que foram publicados posteriormente a C. minutiflora,
baseados no mesmo tipo de Glaziou. Entretanto, vale ressaltar que está em análise pelo Comitê de
Nomenclatura da IAPT (International Association for Plant Taxonomy) uma proposta para
considerar a obra de Glaziou (1905-1912) como rejeitada para fins de nomenclatura (Jefferson
Prado, comunicação pessoal), o que tornaria ambos os nomes válidos, mas ainda assim sinônimos
de C. brasiliana.
= Anisomeris modesta Standl. Publ. Field Mus. Nat. Hist., Bot. Ser. 8(5): 363. 1931. ≡ Chomelia
modesta (Standl.) Steyerm., Mem. New York Bot. Gard. 17: 340. 1967. Tipo:—BRASIL. São
Paulo, São José dos Campos, [in silva secundaria ad São José dos Campos, Lagôa do Veado], 23
Setembro 1909, A. Löefgren 382, non 4127 (holótipo: B†; lectótipo aqui designado: RB 4127!;
isolectótipos: F [frag.!], S!). syn. nov.
=Chomelia vauthieri Müll. Arg., Flora 58: 452. 1875. ≡ Caruelina vauthieri (Müll. Arg.) Kuntze,
Revis. Gen. Pl. 1: 277. 1891. Tipo:—BRASIL. Rio de Janeiro, Serra dos Órgãos, 1833 (fl.)
Vauthier 235 (holótipo: G [web!]; isótipo: F!).
Arbusto 0,8-4 m alt.; ramos cilíndricos a subcilíndricos, espinescentes ou não, castanho-
avermelhados a castanhos escuros, glabros ou glabrescentes, os mais jovens pubescentes ou denso-
hirtelos, lenticelados; espinhos supraxilares retilíneos. Estípulas 1-3,5 × 0,5-2,5 mm, deltoides a
estreito-triangulares, ápice caudado, as mais jovens acuminadas, externamente seríceas,
internamente glabras, com coléteres na base, persistentes. Lâmina 1,5-5,5-(7,5) × 0,5-3,5 cm,
lanceolada, elíptica ou largo-elíptica, ápice agudo, base aguda a obtusa, raro ligeiramente atenuada,
margem discretamente crenada, ligeiramente repanda, ciliada, cartácea a coriácea, discolor, face
Pessoa, M.C.R. Filogenia do Gênero Chomelia Jacq. (Rubiaceae) e Revisão Taxonômica… 64
Distribuição e habitat: — Chomelia brasiliana é endêmica do Brasil. Ocorre nos estados de Minas
Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná e Santa Catarina. Habita o sub-bosque de florestas úmidas
próximas a cursos d’água, e em encostas, entre 400-1300 m alt., ocorrendo também em áreas de
transição restinga – mata de terras baixas, como em São Paulo.
Fenologia: — Floresce e frutifica de julho a dezembro.
Nome popular: — Brasil: Espora de Galo (E. N. Andrade s.n., R 43718).
Comentários: — O nome Chomelia brasiliana está relacionado com pelo menos cinco outras
espécies: C. catharinae, C. parvifolia, C. minutiflora, C. modesta, C. vauthieri. Este conjunto se
assemelha muito pelos caracteres vegetativos e reprodutivos, como forma da corola e das folhas, e
padrão de inflorescência. É possível, contudo, notar variações no indumento das folhas e tamanho
das flores, e especialmente no tamanho e forma do ápice dos lobos da corola, que varia de agudo a
totalmente obtuso. Os espécimes do Rio de Janeiro e de São Paulo apresentam corolas de tamanhos
menores e indumento das folhas variado, mas os espécimes coletados no Parque Estadual da Ilha do
Cardoso (SP) apresentam corola de tamanho mediano e folhas com a face inferior coberta por
Pessoa, M.C.R. Filogenia do Gênero Chomelia Jacq. (Rubiaceae) e Revisão Taxonômica… 65
tricomas hirsutos. Dessa forma, não foi possível separar os indivíduos em diferentes morfoespécies,
uma vez que os caracteres se misturam. Diante disto, consideraram-se todas essas espécies como
sinônimos de C. brasiliana.
Standley (1931) ao descrever Anisomeris modesta baseou-se no material coletado por
Löefgren, depositado no herbário de Berlim. Na etiqueta constava apenas o número do herbário RB
e este foi o que ele citou na obra original. Examinando-se as coleções dos herbários RB e S, foi
possível encontrar a etiqueta original utilizada por Löefgren, na qual fica claro que o número
apresentado por Standley corresponde, na verdade, ao número do herbário RB, sendo o número de
coleta de Loefgren 382.
5.7.4 Chomelia estrellana Müll. Arg., Flora 58: 452. 1875. ≡ Caruelina estrellana (Müll. Arg.)
Kuntze, Revis. Gen. Pl. 1: 277. 1891. Tipo ―BRASIL. Rio de Janeiro: província Jose Dias,
Serra da Estrella, Julho-Agosto 1823 (fl.), Riedel 564 (lectótipo aqui designado: BR!;
isolectótipos: G [frag., foto!], K000432626!, P00836594!).
Arbusto ou árvore 3-5 m alt.; ramos cilíndricos, espinescentes, castanhos claros a escuros, glabros
ou pubérulos, os mais jovens pubescentes, lenticelados; espinhos axilares, retilíneos. Estípulas 2-4 ×
1-2 mm, lanceolado-triangulares, ápice caudado, quando jovem acuminado, externamente seríceas,
internamente pubérulas, com coléteres, imbricadas no ápice dos ramos, persistentes. Lâmina 5-15 ×
2-5 cm, ovada ou elíptica, ápice agudo a acuminado, base cuneada, margem ligeiramente repanda,
ciliada, membranácea, discolor, face superior pubescente a tomentosa, face inferior viloso-
tomentosa, densamente tomentosa ao longo das nervuras; nervura principal proeminente na face
inferior, nervuras secundárias (5)-6-8/lado, proeminentes na face inferior, arqueadas, com ou sem
domácias, nervuras de alta ordem lineoladas; pecíolo 5-10-(13) mm compr., cilíndrico, tomentoso a
esparso tomentoso. Cimas unifloras, raro dicotômicas, 1(3)-floras; pedúnculo 3-6 mm compr.,
tomentoso; brácteas subiguais, 2-5 mm compr., estreito lanceoladas, livres, tomentosas; bractéolas
subiguais, 1,5-2,5 mm compr., estreito lanceoladas, livres, tomentosas. Hipanto 2-2,5 x 1,5 mm,
oblongoide, tomentoso; cálice tubuloso, inconspícuo, tubo 0,5-0,8 mm compr., externamente
esparso tomentoso, com tricomas longos hialinos, eretos e muito esparsos, internamente glabro,
com coléteres na base, lacínios desiguais, 1,5-3,5-(5) mm compr., triangular-sublineares ou
obtrulados, às vezes assimétricos, externamente esparso-tomentosos a denso-tomentosos,
internamente glabros, eretos, ápice agudo, margem ciliada; corola alva, prefloração imbricada,
hipocrateriforme, externamente vilosa a vilosula, internamente glabra ou pubérula, tubo 13-22 mm
compr., lobos 2,5-3 mm compr., ovado-lanceolados a oblongo-lanceolados, eretos, ápice agudo,
corniculado, cornículo 0,5-1,5 mm compr.; anteras subinclusas, inseridas junto à fauce, 2,5-3 mm
compr., oblongas; disco nectarífero inteiro, seríceo-híspido; estilete 9-11 mm compr., incluso,
híspido a seríceo, ramos estigmáticos subiguais, 1-2 mm compr. Drupa 13-15(20) × 10 mm,
oblongoide a obovoide, hirsuta a denso hirsuta; cálice persistente, acrescente, 4-7 mm compr.
Figuras 3 A-E e 4 H-I.
Flora Brasiliensis, é citada como tendo estilete glabro, mas o material examinado apresentou estilete
híspido a seríceo. Chomelia estrellana pode ser confundida com Chomelia hirsuta, mas se
diferencia desta pelos lacínios do cálice triangular-sublineares a obtrulados (vs. lineares setáceo-
acuminados), corola externamente vilosula (vs. estrigosa), e pelas folhas pubescentes a tomentosas
na face superior, e viloso-tomentosas na face inferior, densamente tomentosas ao longo das nervuras
(vs. esparso pilosas na face superior e hirsutas na face inferior).
Material examinado selecionado: — BRASIL. Espírito Santo: Colatina, Alto Moacir, Pedra do
Cruzeiro, Propriedade do Ladislau, 17 Abril 2006 (fr.), L. F. S. Magnago et al. 812 (JPB 54571,
MBML 28661); Marilândia, Liberdade, Propriedade de Aguilar A. Lovucini, 150-850 m elev., 13
Julho 2006 (fr.), V. Demuner et al. 2619 (JPB 54568, MBML 27462); Santa Leopoldina, Serra do
Ramalhete, Fazenda Caioaba, 16 Fevereiro 2006 (fr.), V. Demuner et al., 1873 (JPB 54569, MBML
26837); Rio de Janeiro: Alto Macaé, 15 Dezembro 1891 (fl.), Glaziou 19442 (P03921397);
Guapimirim, Granja Monte Olivete, trilha das Andorinhas, margem do afluente do Rio Bananal, 50
m elev., 7 Junho 1995 (fl.), J. M. A. Braga et al. 2471 (JPB 54629, RB 525966); Petrópolis,
Carangola, 11 Junho 1943 (fl.), O. C. Góes & D. Constantino 139 (JPB 54592, RB 51689);
Teresópolis, Serra dos Órgãos – Barreira, 28 Maio 1946 (fl.), S. Araújo & E. Pereira 524 (JPB
54594, RB 56338).
5. Chomelia hirsuta Gardner, Hooker's J. Bot. Kew Garden Miscellany 4: 107. 1845. ≡ Caruelina
hirsuta (Gardner) Kuntze, Revis. Gen. Pl. 1: 277. 1891. Tipo ―BRASIL. Rio de Janeiro,
Serra dos Orgãos, Março 1841 (fr.), Gardner 5735 (lectótipo aqui designado: BM!;
isolectótipos: K000432623!, K000432624!).
Arbusto ou árvore 1,7-6 m alt.; ramos cilíndricos, espinescentes, castanhos claros a escuros,
glabros, os mais jovens pubérulos a hirsutos, lenticelados; espinhos axilares retilíneos. Estípulas 2-7
× 1-1,5 mm, estreito triangulares ou triangular-lanceoladas, ápice caudado, as mais jovens com
ápice longo-setáceo-acuminado, externamente seríceas, denso seríceas a tomentosas, internamente
glabras a pubérulas próximo ao ápice, barbadas e com coléteres na base, imbricadas no ápice dos
ramos, persistentes. Lâmina 6-6,5 ×2,5-3 cm, ovada-acuminada a ovado-lanceolada, ápice caudado,
Pessoa, M.C.R. Filogenia do Gênero Chomelia Jacq. (Rubiaceae) e Revisão Taxonômica… 68
apiculado, base cuneada, margem ligeiramente repanda, ciliada, membranácea, discolor, face
superior esparso-pilosa, face inferior hirsuta, principalmente ao longo da nervura principal, as
folhas jovens vilosas a densamente lanuginosas próximo à base; nervura principal proeminente na
face inferior, nervuras secundárias 5-10/lado, proeminentes na face inferior, com ou sem domácias,
nervuras de alta ordem lineoladas; pecíolo 0,5-10(15) mm compr., subcilíndrico, canaliculado,
viloso a lanoso. Cimas 1-flora; pedúnculo 5-14 mm compr., viloso; brácteas iguais ou subiguais, 5-6
mm compr., lineares, livres, hirsutas. Hipanto 3-3,5 × 1,5-2 mm compr., obovoide, hirsutíssimo;
cálice tubuloso, tubo 0,8-1 mm compr., externamente hirsútulo a hirsutíssimo, internamente glabro,
com coléteres na base, lacínios subiguais, 4-6 mm compr., lineares setáceo-acuminados,
externamente hirsútulos, internamente glabrescentes com coléteres na base, eretos, ápice agudo,
margem ciliada; corola alva ou amarelada, prefloração imbricada, hipocrateriforme, externamente
estrigosa, internamente glabra, tubo 7-17(-20) mm compr., lobos 4-5 mm compr., elípticos, patentes,
ápice agudo, curtíssimo corniculado, cornículo ca. 0,5 mm compr.; anteras subinclusas ou inclusas,
inseridas junto à fauce, 3 mm compr., oblongas; disco nectarífero inteiro, híspido; estilete 6-11 mm
compr., incluso, glabro, ramos estigmáticos subiguais, 1-1,2 mm compr. Drupa 8-10× 3,5-4 mm,
oblongoide, hirsuta; cálice acrescente, 6-7 mm compr.
Distribuição e habitat: — Chomelia hirsuta é endêmica do Brasil. Tem ocorrência registrada para
os estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo, na Mata Atlântica, associada a Floresta Ombrófila
Densa Montana.
Fenologia: — Floresce e frutifica praticamente o ano todo.
Nomes populares: — desconhecidos.
Comentários: — Chomelia hirsuta diferencia-se de C. estrellana principalmente pela face inferior
das folhas hirsutas (vs. viloso-tomentosa), pedúnculo longo, 5-14 mm compr. (vs. 3-6 mm compr.) e
pela corola estrigosa (vs. tomentosa).
Material examinado selecionado: — BRASIL. Espírito Santo: São Gabriel da Palha, 192 m
elev., 02 Maio 2008 (fr.), A. M. Assis & K. F. O. Faria 1589 (MBML 41788, JPB 54586); Rio de
Janeiro: Granja Comary, 22º27’23’’ S, 42 º 57’42’’, 934 m elev., 26 Agosto 2002, (bf., fl.), R.
Marquete et al al. 3383 (JPB 54625, RB 466687); Teresópolis, Parque Nacional da Serra dos
Órgãos, 23 Setembro 1942 (bf), W. D. Barros 1013 (JPB 54591, RB 47773); Serra dos Órgãos, Rio
Paquequer, 1000 m elev., 25 Agosto 1940 (fl.), A. C. Brade 16636 (JPB 54590, RB 43438); Prov.
Rio de Janeiro, Organs mountains, 1841, Miers 4135 (K); (RJ), Canta Galo, Agosto 1859, T. Peckolt
367 (BR).
Pessoa, M.C.R. Filogenia do Gênero Chomelia Jacq. (Rubiaceae) e Revisão Taxonômica… 69
5.6.6 Chomelia malaneoides Müll. Arg., Flora 58: 452. 1875, emend. Steyerm, in Mem. New York
Bot. Gard. 17: 339. 1967. ≡ Caruelina malaneoides (Müll. Arg.) Kuntze, Revis. Gen. Pl. 1:
277. 1891. ≡Anisomeris malaneoides (Müll. Arg.) Standl., Publ. Field Mus., Bot. Ser. 8: 361.
1931. Tipo:—VENEZUELA. “ad flumina Casiquiari, Vasiva et Pacimoni”, Abril 1853,
Spruce 3317 (holótipo: G00418080; isótipos: BR!, BM!, E [web!], F [frag.de B!], K!, NY!).
Arbusto escandente ou árvore 2,5-6 m alt.; ramos flexuosos, cilíndricos, espinescentes, castanho-
avermelhados, glabros a glabrescentes, os jovens densamente ferrugíneo-estrigulosos, viloso-
pubescentes, adpresso pubérulos ou glabrescentes, comprimidos lateralmente, lenticelados;
espinhos axilares geralmente curvados para baixo. Estípulas 6,5-15 × 3-5 mm, triangulares, ápice
agudo, acuminado a abrupto acuminado, externamente pubescentes a glabrescentes, internamente
hirsutas na base, com coléteres, às vezes imbricadas no ápice, persistentes. Lâmina 10-20 × 4-8 cm,
lanceolada, elíptica, ovado-lanceolada, raro obovada, ápice agudo, acuminado a caudado, apiculado,
base atenuada a cuneada, margem ligeiramente repanda, membranácea a coriácea, discolor, face
superior glabra a glabrescente, face inferior esparso pubescente a adpresso pubérula; nervura
principal proeminente na face inferior, esparso-serícea a pubérula, nervuras secundárias 5-8/lado,
proeminentes na face inferior, esparso seríceas, arqueadas, com domácias, nervuras de alta ordem
lineoladas; pecíolo 10-30 mm compr., subcilíndrico, profundamente sulcado na face ventral,
esparsamente estriguloso a glabrescente. Cimas dicotômicas, compostas, 14-33-floras; pedúnculo
15-70 mm compr., alvo-estrigoso a densamente ferrugíneo-estrigoso; brácteas subiguais, 6-7 mm
compr., estreito-triangulares a lanceoladas, livres, adpresso-pubérulas, ciliadas, bractéolas
subiguais, 4-5 mm compr., lanceoladas a triangular-lanceoladas, livres, adpresso pubérulas. Hipanto
1,5-5 × 0,8-3 mm, obovoide, oblongo-elipsoide, densamente tomentoso; cálice cupuliforme, tubo
Pessoa, M.C.R. Filogenia do Gênero Chomelia Jacq. (Rubiaceae) e Revisão Taxonômica… 70
Rio Oiapoque, Igarapé Nataia, 05 Fevereiro 1950 (fr.), R. L. Froés 25869 (IAN 52108); Amazonas:
Manaus, margem do igapó do Buião, 12 Abril 1956 (fr.), D. F. Coelho 3727 (INPA, RB); Manaus,
Aleixo, nova sede do INPA, perto da casa do diretor, 28 Fevereiro 1971 (fr.), W. Rodrigues 9033
(INPA); Reserva Ducke, 24 Março 1995 (fr.), J. M. Brito et al. 4 (INPA, K, MO, NY, PEUFR, SPF);
Estrada do Aleixo, 13 Dezembro 1935 (bf.), A. Ducke s.n. (INPA 16309, RB 34997); Manaus,
Igarapé Barro Branco, 3 Novembro 1994 (fl.), J. E. L. S. Ribeiro et al. 1482 (INPA K, MO NY,
SPF); Paraná Tauatu, acima de Manaus, Rio Negro, 1 dia de viagem de motor de 116 HP, (fr.), L. A.
Maia et al. 12 (INPA 86246); Rio Jutaly, tributário do Solimões, Maio 1945 (fl., fr.), R. L. Froés
34878 (INPA 103675); Rio Uatumã, km 4 da cachoeira, 20 Fevereiro 1978 (fr.), P. Lisboa et al.
1105 (INPA 75498); ao lado esquerdo do rio, 21 Fevereiro 1978 (fr.), P. I. Braga et al. 3407 (INPA);
Tefé, Nogueira, 25 Fevereiro 1973 (fr.), P. L. Krieger & Marilene 12569 (CESJ 12569, K, IAC
31302); Pará, Óbidos, 09 Dezembro 1926 (bf., fl.), A. Ducke s.n. (JPB 54588, RB 22922);
Oriximiná, Rio Cachorro, cachoeira do Varador, 21 Km NW de Cachoeira Porteira, 90 m elev., 21
Junho 1980 (fr.), G. Martinelli 7189 (JPB, RB); Rondônia, Ariquemes, Mineração Campo Novo,
ca. de 100 km de Ariquemes, 10◦34’S, 63◦37W, 10 Outubro 1979 (bf., fl.), J. L. Zarucchi et al. 2739
(F, INPA, RB, UB); Porto Velho, estrada de acesso ao alojamento provisório, 07 Janeiro 2009 (fr.),
G. Pereira-Silva 14036 (CEN 70142).
Material adicional selecionado: — BOLÍVIA. La Paz: Franz Tamayo, Parque Madidi, orilla
derecha de Río Quendeque, detrás del campamento Retamas, 14°59'16"S 067°47'20"W, 310 m
elev., 28 Janeiro 2002, estéril, R. Seidel et al. 8577 (MO); EQUADOR. Napo: Reserva Biológica
Jatun Sacha. 8 Km de Puerto Misahuallí; margen derecha del Río Napo. 1◦4’ N, 77◦36’W, 450 m
alt., s.d. (fl.), C. E. Cerón 2124 (MO); GUIANA. U. Takutu-U. Essequibo: Rewa River, summit of
unamed mtn., 5,6 km W of camp., 2◦58’ N, 58◦38’W, 180 m elev., 20 Fevereiro 1997 (fl.),
H.D.Clarke 3735 (NY); Acarai Mountains, 1◦20’ N, 58◦50’W, 530-610 m elev., 3 Novembro 1996
(fl.), H.D.Clarke 2919 (NY, US); GUIANA FRANCESA. Mitaraka: 2◦16’ N, 54◦31’W, 640 m alt.,
14 Março 2001 (fr.), C.Sarthou 901 (MO, NY, P); PERU. Loreto: prov. Maynas, San Alejandro,
Rio Napo, margen izquierda, ca. 72◦40’W, 3◦20’S, 120 m elev., 01 Abril 1980 (bf.), R.Vásquez &
N.Jaramillo 63 (G); Requena-Saquena: Rio Ucayali, Quebrada de Aucayacu, 10 Fevereiro 1979
(fl.), M.Rimanchi 4293 (NY); Loreto, Rio Mazán between La Libertad and Mazán, ca. 25 km above
mouth of river, 150 m elev., 11 Julho 1976 (fr.), A.Gentry & J.Revilla 16670 (F); SURINAME.
Sipaliwini: Banks of Zuid River, 5-15 km straight-line distance NW of Kayserberg Airstrip. [E
bank of river within Central Suriname Nature Reserve, W bank across from (i.e., W and outside of)
reserve.], 03°07'00"N 056°30'00"W - 03°10'30"N 056°35'00"W, 225 m elev., 18 Jun 2003 (fl.), C.
Pessoa, M.C.R. Filogenia do Gênero Chomelia Jacq. (Rubiaceae) e Revisão Taxonômica… 72
S. Rosário et al. 2052 (MO); Tumuc Humac Mts.: Talouakem: 2◦29’ N, 54◦45’W, 610 m alt., 11
Agosto 1993 (fr.), P. Acevedo-Rodriguez et al. 6005 (NY); VENEZUELA. Esmeralda: Upper
Orinoco, Fed. Terr. Amazonas, 130 m elev., 1942 (fl.), L.Williams 15487 (F); Tamatama, Upper
Orinoco, Terr. Fed. Amazonas, 130 m elev., 1942 (fl.), L.Williams 15109 (F); (fr.), L.Williams 15273
(F).
5.7.7 Chomelia obtusa Cham. & Schltdl., Linnaea 4: 185. 1829. ≡ Caruelina obtusa (Cham. &
Schltdl.) Kuntze, Revis. Gen. Pl. 1: 277. 1891. ≡ Anisomeris obtusa (Cham. & Schltdl.) K.
Schum., in Engler & Prantl., Nat. Pflanzefam. 4(4):98, fig. 34. 1891. Tipo:—BRASIL
meridional, s.d., Sellow s.n. (holótipo: B†, foto em F!, lectótipo aqui designado: F607032!).
=Chomelia anisomeris Müll. Arg., Flora 58: 451. 1875. = Anisomeris spinosa C. Presl. Symb. Fasc.
IV. 6 t. 54 1834. (non. Chomelia spinosa Jacq.). ≡ Caruelina anisomeris (Müll. Arg) Kuntze, Revis.
Gen. Pl. 1: 277. 1891. =Anisomeris preslii K. Schum Nat. Pflanzenfam. 4(4): 98. 1891. (nom.
superfl.). Tipo: ― BRASIL. Bahia: ―Habitat in Brasilia as Bahiam de Todos los Santos‖, s.d. (fl.),
Lhotsky s.d. (holótipo: PR [foto!]).
=Chomelia martiana Müll. Arg., Flora 58: 451. 1875, emend. Müll. Arg. in Mart., Fl. Bras. 6(5):
31. 1881. ≡ Caruelina martiana (Müll. Arg) Kuntze, Revis. Gen. Pl. 1: 277. 1891. Tipo:
―BRASIL. Cruz de Casma, s.d. (fl.), Martius 605 (baseado em Chomelia obtusa sensu Mart. pro
part, Flora 24(2), Beibl. 71. 1841 (holótipo: M [web]!, isótipo:MO!).
=Anisomeris obtusa var. inermis Chod. & Hassler, Bull. Herb. Boiss. II 4: 175. 1904. Tipo:—
PARAGUAI. Concepción, setembro 1901/02 (fl.), E. Hassler 7457 (holótipo: G, isótipos: MPU
[web]!, P!, UC[web]!).
=Anisomeris obtusa var. brevifolia Chod. & Hassler, Bull. Herb. Boiss. II.4:175. 1904. Tipo:—
PARAGUAI. Concepción, s.d., E. Hassler 7550 (holótipo: G, isótipo: P).
=Chomelia angustifolia Benth., Hooker's J. Bot. Kew Gard. Misc. 3: 235. 1841. ≡ Caruelina
angustifolia (Benth.) Kuntze, Revis. Gen. Pl. 1: 277. 1891. Tipo:— GUYANA [British Guiana],
falls of the Essequibo River, 1837 (fl.), Schomburgk 32 (holótipo: K000432621!; isótipos: B†, BM!,
Pessoa, M.C.R. Filogenia do Gênero Chomelia Jacq. (Rubiaceae) e Revisão Taxonômica… 73
Dentre os materiais analisados, o material de BR foi escolhido como lectótipo, por ser o mais
completo, representar bem a espécie, estar de acordo com a obra original e principalmente,
porque nele consta uma etiqueta de identificação de Müeller Argoviensis. Os demais
exemplares encontrados deste material e do síntipo remanescente são apenas fragmentos.
=Chomelia myrtifolia S. Moore., Trans. Linn. Soc. London, Bot. 4: 373. 1895. Tipo:―BRASIL.
Mato Grosso, Dezembro (fl.), Moore 776a (holótipo: BM!). syn. nov.
=Chomelia gracillis K. Schum. ex Glaz., Bull. Soc. Bot. France 56 (Mem. 3d): 344. 1909.
Tipo:―BRASIL. Minas Gerais, Riacho das Varas, 21 Março 1892 (fl.), Glaziou 19441 (lectótipo
aqui designado: P00836595!; isólectótipos: K001089732!, P00836596!). syn. nov.
A duplicata P00836595 foi escolhida como lectótipo por ser uma amostra bem
conservada e, portanto, representativa da espécie e por estar depositada no herbário onde
trabalhou Glaziou. Na obra original constam os herbários P, B, K, BR e G como locais
para onde os materiais da espécie nova foram distribuídos.
= Anisomeris randioides Standl., Publ. Field Mus. Nat. Hist., Bot. Ser. 8(5): 364. 1931. ≡ Chomelia
randioides (Standl.) Steyerm., Mem. New York Bot. Gard. 17: 341. 1967. Tipo:―BRASIL. Ceará:
Caminho Joazeiro, 23 Abril 1910 (fl.), A. Lofgren 663 (holótipo: S 05-059!; isótipo: F 638795
[frag.!]). syn. nov.
=Chomelia transiens Müll. Arg. Fl. Bras. 6(5): 457. 1888. ≡ Caruelina transiens (Müll. Arg)
Kuntze, Revis. Gen. Pl. 1: 277. 1891. Tipo:―BRASIL. Rio de Janeiro, s.d (fl.), Glaziou 10940
(holótipo: G [web!], F foto!; isótipo: P!). syn. nov.
Pessoa, M.C.R. Filogenia do Gênero Chomelia Jacq. (Rubiaceae) e Revisão Taxonômica… 74
Arbusto ou árvore 1-5 m alt.; ramos eretos, cilíndricos, espinescentes ou não no ápice, castanho-
avermelhados a castanho-acinzentados, glabrescentes, os mais jovens ligeiramente compressos,
pubescentes a ferrugíneo-hirtelos, lenticelados; espinhos axilares, retilíneos. Estípulas 1-3 × 1-2
mm, estreito-triangulares a deltoides, ápice agudo a acuminado, externamente denso adpresso-
pilosas, principalmente no ápice, internamente densamente pilosas, com ou sem coléteres na base,
imbricadas no ápice dos ramos, persistentes. Lâmina 1,5-6 × 0,5-4 cm, elíptica, obovada, ovado ou
orbicular, ápice obtuso, agudo ou curto cuspidado, base obtusa ou aguda, margem inteira, revoluta,
ligeiramente ondulada, cartácea a coriácea, discolor, face superior glabra, às vezes esparso-estrigosa
ao longo da nervura principal, face inferior glabra, denso-pubescente ou tomentosa; nervura
principal proeminente na face inferior, impressa na face superior, nervuras secundárias 3-5(6)/lado,
às vezes estrigosas, arqueadas ou subarqueadas, com ou sem domácias, nervuras de alta ordem não
evidentes; pecíolo 1-5 mm compr., subcilíndrico, canaliculado na face superior, pubescente a piloso.
Cimas unifloras ou cimas dicotômicas simples ou compostas com ramos laterais curtos
escorpioides, 1-3(5-6)-floras, pedunculadas ou sésseis; pedúnculo 10-25 mm compr., glabro,
pubescente ou densamente piloso; brácteas subiguais, 0,2-3 mm mm compr., oblongo-ovadas ou
ovado-lanceoladas, livres, pilosas. Hipanto 1,5-2 × 1,2-1,5 mm, oblongoide, obovoide, densamente
piloso a hirsuto; cálice cupuliforme, tubo inconspícuo, com coléteres na base, lacínios subiguais ou
desiguais dois a dois, os menores estreito lanceolados, os maiores lanceolado-espatulados ou
espatulado-obovados, 0,8-2 mm compr., externamente pilosos a hirsutos, internamente glabros, com
coléteres na base, ápice obtuso, raramente subagudo, margem ciliada; corola alva, tornando-se
vinácea após a antese, prefloração valvar, ligeiramente infundibuliforme, externamente adpresso-
pubescente, seríceo-pubescente ou pubérula, internamente glabra ou ligeiramente pubescente, tubo
12-17 mm compr., lobos 2-3 mm compr., ovados a oblongos, patentes, ápice obtuso a subagudo,
não corniculado; anteras inclusas ou subinclusas, inseridas junto à fauce, 2 mm compr., oblongas;
disco nectarífero inteiro, glabro ou híspido; estilete 8-19 mm compr., incluso ou exserto, glabro ou
esparso adpresso-pubescente, ramos estigmáticos subiguais, 0,3-1 mm compr. Drupa 5-8 × 3-4 mm,
oblongoide, elipsoide-cilíndrica ou obovoide, pubérula a esparso-pilosa, às vezes estrigosa, roxas a
negras na maturação; cálice persistente, acrescente ou não, 0,8-2 mm compr. Figuras 5 A-D e 7 A –
C.
Material examinado selecionado: — BRASIL. Alagoas: Marechal Deodoro, APA de Santa Rita.
Pessoa, M.C.R. Filogenia do Gênero Chomelia Jacq. (Rubiaceae) e Revisão Taxonômica… 76
Sítio Beira Mar, vegetação aberta sobre cordões litorâneos, s.d., I. S. Moreira 152 (MAC 6991);
Piaçabuçu, povoado Murici, Várzea de Marituba, 15 Março 2003, R. P. Lyra-Lemos 7469 (HUEFS
103340); Bahia: Cairú, Ilha de Tinharé, Fazenda dos Pilões, 20 m elev., L. A. Mattos Silva & T. S.
dos Santos 1889 (NY); Feira de Santana, BR 324, ca. 4 km da Av. Contorno, 19 Junho 1999, F.
França 2989 (HUEFS 383000); Formosa do Rio Preto, ca. 2 km S da Fronteira entre Bahia e Piauí,
29 Março 2000, F. França 3290 (HUEFS 44314); sem município, s.d., Blanchet 2391 (P); Ceará:
Cratéus, Serra das Almas, 07 Maio 2002, F. S Araújo 1451 (HUEFS 67562); Crato, 20 Julho 1948,
fr., A. P. Duarte & Yvone 1462 (RB 66199); Distrito Federal: Brasília, Parque do Guará, 13 Junho
1974, fl., E.P. Heringer 13877 (UB); Jardim Botânico, 21 Junho 2013 (fl., fr.), M. C. Pessoa & R.
Chacon 815 (JPB); ao norte de Brasília, Rio Torto, 8 Julho 1966, fr., H. S. Irwin et al. 18073
(MBM); Espírito Santo: Conceição da Barra, 12 Março 2007 (fl., fr.), C. Farney et al. 4571
(MBM); Linhares, Pontal do Ipiranga, 22 Fevereiro 2007 (fl.), D.A. Folli 5482 (CVRD); Santa
Teresa, Várzea Alegre, Mata do Fausto, 19 Janeiro 2000 (fl.), V. Demuner et al. 552 (JPB); Goiás:
Campinaçu, 4 Outubro 2000 (fl., fr.), T.B. Cavalcanti et al. 2627 (CEN, JPB); Jaraguá, 21
Novembro 1975, J. H. Kirkbride Jr. 77 (HB; MBM); Montes Claros de Goiás, Bacia do Rio Caiapó,
6 Abril 2007 (fl.), S. S. Silva et al. 180 (IBGE); São Domingos, 14 Maio 2000 (fl.), G. Hatschbach
et al. 71078 (MBM); Maranhão: Carolina, 6 Julho 1993 (fl.), J. A. Ratter et al. 6758 (INPA); São
Luís, Reserva Florestal do Sacavem, 4 Junho 1992 (fl.), F. H. Muniz 205 (INPA); Tuntum, 26
Fevereiro 1983 (fl., fr.), E. L. Taylor et al. E 1017 (NY 00949992); Minas Gerais: Campina Verde,
15 Janeiro 2005 (fl.), J. Paula-Souza et al. 3905 (ESA); Patrocínio, 18 Outubro 1986 (fl.), Pedralli
et al. 16009 (BHCB); Riacho das Varas, 21 Março 1892 (fl.), A. F. M.Glaziou 19441 (holótipo: P);
Uberlândia, Estação Ecológica do Panga, 3 Maio 1999 (fl., fr.), A. A. Arantes (IAC); Pará: Arboreto
do Museu Goeldi, 21 Agosto 1959 (fl.), E. Pereira4949 (HB); Marajó, Joanes, 28 Janeiro 1979 (fl.),
N.T.Silva 4986 (NY 01060809); Rio Xingú, foz do rio Bacaja, 31 Janeiro 1987 (fl.), L. S. Coelho et
al. 434 (INPA); São Geraldo Araguaia, Fazenda Andorinhas, 22 Abril 2004 (fl.), G. Pereira-Silva et
al. 8951 (JPB); Paraíba: Alagoinha, 19 Outubro 1942 (fr.), L. P. Xavier s.n (JPB 1050); Bananeiras,
Cachoeira do Roncador, 31 Maio 2013 (fl.), P. C. Gadelha Neto & J. V. Albuquerque 3614 (JPB);
Mamanguape, Sema II, Cabeça de Boi, 12 Junho 1991 (fl.), L. P. Félix et al. 3909 (EAN 8044);
Mataraca, 1 Setembro 1993 (fl., fr.), O. T. Moura 1081 (JPB); Rio Tinto, Mata do Oiteiro, 3 Março
2003 (fl.), M. R. Barbosa et al. 2772 (JPB); Pilões, Cachoeira de Ouricuri, 120 m elev., 30 Maio
2013 (fl., fr.) P. C. Gadelha Neto & J. V. Albuquerque 3614 (JPB); São José da Lagoa Tapada,
s.data, M. R. Barbosa et al. 1797 (JPB 25634); Paraná: Guaíra, Parque Nacional de Sete Quedas,
17 Março 1982 (fl., fr.), M. Kirizawa & Custodio Filho 696 (SP); Cerro Azul, Turvo, 11 Fevereiro
1960 (fl.), C. Hatschbach 6731(HB); Sapopema, Salto das Orquídeas, 2 Agosto 1997 (fr.), C.
Pessoa, M.C.R. Filogenia do Gênero Chomelia Jacq. (Rubiaceae) e Revisão Taxonômica… 77
Medri & E. M. Francisco 281 (IAC); Pernambuco: Campo Alegre, 10 Março 1924 (fl.), B. Pickel
667a (SP 191080); Paulista, 23 Julho 2013 (fr.), J. L. Costa-Lima 971 (JPB); São Lourenço da
Mata, Estação Ecológica do Tapacurá, 15 Maio 2001 (fl.), T. M. C. da Silva & K. Almeida 64
(PEUFR); Tapera, Engenho São Bento, 27 Janeiro 1955 (fl.), J. C. Moraes 1300 (JPB); Piauí:
Campo Maior, 27 Maio 1997 (fl.), L. P. Félix et M. F. O. Pires 7789 (HST 6369); Floriano, Fazenda
Lagoa Grande, 4 Março 2005 (fl.), A. M. Miranda 5050 (HUEFS 97019, HST 12926); Palmeirais,
Fazenda do Júnior, 28 Fevereiro 2005 (fl.,fr.), A. M. Miranda et al. 4895 (HST 12893); Rio de
Janeiro: sem município, s.d., Glaziou 10940 (P); Rio Grande do Norte: Ceará-Mirim, rodovia RN
064 sentido Ceará-Mirim/Ielmo Marinho, entrada a direita aproximadamente 1,8 km., 12 Agosto
2012 (fl., fr.), A.A. Roque & E.O. Moura 1457 (UFRN); Nísia Floresta, Morrinhos, 27 Agosto 2011
(fr.), J. L. Costa-Lima et al. 540 (UFRN); Tibau do Sul, Lagoa de Guaraíras, 3 Dezembro 1993 (fl.),
M.T.B. Silva 56 (UFRN); Rio Grande do Sul. Cerro Loreto, São Vicente do Sul, Fevereiro 1990
(fr.), M. Sobral & D. B. Falkenberg 6299 (FLOR, SP); Jaguari, Gruta Linha 1, 1 Dezembro 1985
(fl.), M. Sobral & J. N. Marchiori 4614 (FLOR, JPB); Porto Alegre, Parque Zoobotânico, 5 Março
2007 (fl.), R. Tsuji 1793 (HPL, ESA); Rondônia: Pimenta Bueno, rodovia Cuiabá-Porto Velho, BR
364, 19 Junho 1984 (fr.), C. A. Cid et al. 4632 (INPA); Santa Catarina: Concórdia, Volta Grande,
26 Dezembro 1995 (fl.), J. A. Jarenkow 2944 (FLOR); Ipuaçú, 15 Fevereiro 2001 (fr.), F.A.Silva
Filho & S. Pugues 2019 (FLOR); Riqueza, 17 Dezembro 1964 (fl.), L. B. Smith & R.M. Klein
14095 (FLOR); São Paulo: Agudos, Novembro 1997, P. F. Assis & S. R. Christianini 490 (UNBA);
Jales, Janeiro 1950, W. Hoehne s.n. (SP 143133, SPF 12586); Jales, 26 Outubro 1951, W. Hoehne
s.n. (SPF 13953, UB); Votuporanga, Maio 1995, L. C. Bernacci et al. 1698 (IAC); Sergipe:
Canindé de São Francisco, Povoado Saúde, 30 Setembro 2010 (fl.), P. M. G. Marroquim 42 (ASE
21131); Carmópolis, Pov. de Aguada, 19 Maio 1982 (fl.), G. Viana 478 (ASE 2402); Santa Luzia do
Itanhy, Mata do Crasto, fl.,fr., M. Landim 369 (ASE 6107); Tocantins, Nazaré, Bacia do Araguai,
Sub-bacia do rio Piranhas, (A-16, área 1, pto 508), Fazenda Fortaleza, 20 Maio 2010 (fl.), F. C. A.
Oliveira 2398 (RB 537911); Palmas, Distrito Taquaruçu, Povoado de Taquara (estrada do Aterro
Sanitário, ca. 8 km do asfalto, 25 Fevereiro 2006 (fl.), P. G. Delprete 9514 (RB 483119); Campos
Belos para Teresina de Goiás, 24 Novembro 1998 (fl.), S. Bridgewater et al. S1107 (UB).
Material adicional selecionado: — ARGENTINA. Corrientes, Dep Santo Tomé, 30 Outubro 2001
(fl.), A. Schinini et al. 35653 (ESA 84160); Missiones, Dep. Apóstoles, Esc. Agrotécnica, Outubro
1977 (fl.), A.L. Cabrera 28575 (HB 68531); BOLÍVIA. Santa Cruz, Angel Sandoval, Candelaria,
Comunidad de Candelaria, salida del pueblo hacia el Rio, 16◦46’38‖S, 59◦56’18‖W, 127 m elev., 11
Maio 2008 (fl., fr.), J.R.I.Wood et al. 24856 (UB, USZ); Prov. Nuflo de Chavez, 30 km S of San
Pessoa, M.C.R. Filogenia do Gênero Chomelia Jacq. (Rubiaceae) e Revisão Taxonômica… 78
Javier, 16◦40’ S, 62◦40’ W, 250 m elev., s.d. (fl.), M. Nee 3332 (NY 003963890); PARAGUAY.
Departamento Amamabay, Bella vista, 2 km S of town. Rancho Félix Ocariz, 22 Março 1983 (fl.,
fr.), W. Hahn et al 1275 (MO, SP 234744) Departamento Paraguari, Pirajú, 25◦30’ S, 57◦15’ W, 16
Maio 1984 (fl.), W. Hahn 2556 (MO, SP 234709).
5.7.8 Chomelia pedunculosa Benth., Linnaea 23: 445. 1850. ≡ Caruelina pedunculosa (Benth.)
Kuntze, Revis. Gen. Pl. 1: 277. 1891. ≡Anisomeris pedunculosa (Benth.) Standl. Publ. Field
Mus. Nat. Hist., Bot. Ser. 8(5): 361. 1931. Tipo:―BRASIL. Minas Gerais, Caldas, s.d. (fl.),
Claussen s.n. in Herb. A. F. Regnell I.277 (holótipo: K 000432615!; neg. 3342 NY).
Árvore 3-12 m alt.; ramos cilíndricos, espinescentes, castanhos escuros, glabros, os mais jovens
hirtelos ou pilosos, lenticelados; espinhos axilares retilíneos. Estípulas 4-8 x 3,5-4 mm, triangulares,
longo-acuminadas a caudadas, raro aristadas, ápice agudo ou caudado, externamente pilosas,
internamente glabras ou seríceas, com coléteres na base, imbricadas no ápice dos ramos,
persistentes. Lâmina 6,5-12,5(-17,5) × 2,5-5,5(-9) cm compr., largamente lanceolada a largo elíptica
ou ovada, ápice agudo a acuminado, base cuneada a atenuada, margem inteira, ligeiramente
ondulada, papirácea a subcoriácea, discolor, face superior pubérula, esparso-pilosa ou hirsuta ao
longo das nervuras, face inferior adpresso pubescente ou hirsuta; nervura principal proeminente na
face inferior, nervuras secundárias 6-8-(10)/lado, proeminentes na face inferior, seríceas a hirsutas,
arqueadas a subarqueadas, com domácias, nervuras de alta ordem lineoladas; pecíolo 1-3,5 cm
compr., subcilíndrico, canaliculado na face superior, densamente hirsútulo. Cimas dicotômicas
simples ou compostas, 3-9-(12)-floras, pedúnculo 15-45 mm compr., densamente piloso ou
hispídulo-pubescente; brácteas desiguais, 1,5-5 mm compr., estreito triangulares, lanceolado-
lineares ou setáceas, livres, hirsutas. Hipanto 2,5-5 × 1,5-2 mm, oblongoide a obovoide, densamente
seríceo ou hirsuto; cálice cupuliforme, tubo 1-1,5 mm compr., externamente seríceo, internamente
glabro, com coléteres na base; lacínios desiguais, 2,5-5,5 mm compr., estreito-triangulares a
lanceolado-lineares, externamente híspido-pubescentes, internamente esparso adpresso pubérulos,
Pessoa, M.C.R. Filogenia do Gênero Chomelia Jacq. (Rubiaceae) e Revisão Taxonômica… 79
com coléteres na base, reflexos após a antese, ápice agudo, margem ciliada; corola alva, prefloração
imbricada, infundibuliforme, externamente seríceo-pubescente, internamente glabra, tubo 7-14 mm
compr., lobos 3-8 mm compr., ovado-lanceolados, patentes ou subpatentes, ápice agudo,
corniculado, cornículo 0,8-1,2 mm compr.; anteras inclusas, inseridas junto à fauce, 3,5 mm compr.,
oblongas; disco nectarífero inteiro, glabro; estilete 6-8,5 mm compr., incluso, glabro, ramos
estigmáticos subiguais, 1-1,5 mm compr. Drupa 10-20 × 3-8 mm, oblanceolada a elipsoide,
adpresso-pilosa, roxa ou negra na maturação; cálice persistente, acrescente, 3,5-6 mm compr.
Figuras 5 E-H e 7 G-I.
Distribuição e habitat: — Espécie endêmica do Brasil, com ocorrência registrada para os estados
do Espírito Santo, Minas Gerais, Santa Catarina, Paraná e São Paulo. Ocorre na Floresta Ombrófila
Densa, em ambientes sombreados, com solos úmidos ou de drenagem lenta, ou mesmo na borda da
mata. Delprete & Klein (2004) indicaram Chomelia pedunculosa como possivelmente vulnerável
em Santa Catarina, por habitar florestas com considerável nível de devastação. Em São Paulo, esta
espécie pode ser encontrada com frequência, principalmente na Estação Biológica de Boraceia e no
Parque Estadual Carlos Botelho.
Fenologia: — Coletada com flores de setembro a janeiro e com frutos de setembro a março.
Nomes populares: — Viuvinha (Delprete & Klein 2004); veludinho (J. Semir et al. 958).
Comentários: — Chomelia pedunculosa pode ser confundida com C. tristis, pelos caracteres
vegetativos compartilhados. Contudo, pode ser diferenciada desta pela inflorescência com 3-12
flores (vs. 1-3 flores) e pedúnculo de 15-45 mm compr. (vs. 5-12 mm compr.), e pelas flores com
estilete e disco nectarífero glabro (vs. estilete seríceo e disco barbado). C. pedunculosa também se
assemelha a C. bahiae, uma espécie que habita a Floresta Atlântica nordestina, da qual se diferencia
pelos 6-8 pares de nervuras secundárias (vs. 8-14 pares de nervuras secundárias), pela inflorescência
com 3-12 flores (vs. 3-7 flores) e pelos lacínios do cálice desiguais (vs. desiguais dois a dois). Além
disso, C. pedunculosa apresenta flores odoríferas, característica não referida para C. tristis nem C.
bahiae.
Apesar do ápice da corola de Chomelia pedunculosa ter sido descrito na obra original como
longo acuminado, observou-se que, na verdade, a face inferior do lobo da corola é que de fato é
ornamentada com um apêndice que se prologa, dando uma aparência acuminada ao lobo.
Material examinado selecionado: — BRASIL. Espírito Santo: Ibitirama, Santa Marta, Mata do
Calçado, 24 Outubro 2012 (fl.), T. B. Flores, J. Kuntz-Galvão & O. R. Campos 149 (ESA); Minas
Gerais: sem localidade, 1830 (bf., fl.), Richard 221 (P 03920444); Conceiçao do Mato Dentro,
Pessoa, M.C.R. Filogenia do Gênero Chomelia Jacq. (Rubiaceae) e Revisão Taxonômica… 80
Parque Nacional Municipal do Ribeirão do Campo, 19 Março 1993 (fr.), R. C. Mota & P. L. Viana
1969 (BHCB); Perto de Ouro Preto, Setembro 1895 (fl.), Schwacke 11864 (F); PARNA Caparaó,
Córrego do Inácio, 17 Dezembro 1988 (bf), L. Krieger et al. 23371 (JPB, K, UFJF), Prados,
21◦3’46S, 44◦6’22’’W, 11 Dezembro 2011 (bf., fl.), M. Sobral 14436 (RB 551577); Poços de
Caldas, 01 Setembro 1981 (fr.), H. F. Leite et al. 1142 (FUEL 14064); 07 Novembro 1940 (bf.), M.
Barreto 10999 (HB 24942); Serra do Espinhaço, 26 Janeiro 1971 (fr.), H. S. Irwin et al. 29142 (UB,
NY 01005066); Santa Catarina: Luís Alves, Itajaí, Braço do Joaquim, 350 m elev., 22 Março 1956
(fr.), Reitz & Klein 2858 (HRB 9795, NY 799079, US); Matador, Rio do Sul, 350 m elev., 21
Janeiro 1958 (fr.), Reitz & Klein 8335 (BR, HBR, K); São Paulo: Biritiba-Mirim, Estação Biológica
de Boracéia, 23◦38’S, 45◦52’W, 24 Novembro 1983 (fr.), A. Custodio Filho 1902 (JPB, SP);
Biritiba-Mirim, Estação Biológica de Boracéia, 23◦38’S, 45◦52’W, 890-950 m elev., 09 Dezembro
1983 (fr.), A. Custodio Filho 2060 (JPB 54677, SPSF); Iguape, Estação Ecológica Juréia-Itatins,
Serra dos Itatins, 24◦22’S, 47◦20’W, 13 Janeiro 1994 (fr.), E. A. Anunciação & L. Rossi 507 (JPB
54494, SP); Iguape, Estação Ecológica Juréia-Itatins, Serra da Juréia, Caminho do Imperador, 06
Janeiro 2000, estéril, E. A. Anunciação, M. Alves & R. F. Garcia 763 (JPB 54493, SP); Salesópolis,
Estação Biológica de Boracéia, 23◦39’S, 45◦53’W, 20 Outubro 2001 (fr.), J. R. Pirani, I. Cordeiro &
K. Bremer 4904 (MBM); Santo André, Parque Andreense, 23◦46’S, 46◦28’W, R. J. Almeida-
Scabbia, C. Silva & M. A. Santos 5054 (JPB 51522, SP); Santo André, Parque Andreense, 23◦46’S,
46◦28’W, 13 Dezembro 2007 (fr.), R. J. Almeida-Scabbia et al. 5232 (JPB 51521); Parque
Andreense, 23◦45’20‖64 S, 46◦28’0.30‖ W, 11 Setembro 2008 (bf., fl.), A. Santos et al. 56 (JPB
51530, SP); Santo André, Vila de Paranapiacaba, 28 Agosto 2003 (fl.), R. S. Bianchini, I. Grantsau
& L.W. Simone 1572 (JPB 54500, SP); São Paulo, Morro das Pedras, Outrubro 1924 (fl)., A. Brade
9065 (R22750); Sete Barras, Parque Estadual Carlos Botelho, parcela, s.d, (fr.), V. C. Souza et al.
30257 (ESA 109509).
5.7.9 Chomelia pohliana Müll. Arg., Flora 58: 452. 1875. ≡ Caruelina pohliana (Müll. Arg.)
Kuntze, Revis. Gen. Pl. 1: 277. 1891. ≡ Anisomeris pohliana (Müll. Arg.) Chodat & Hassl. Bulletin
de l'Herbier Boissier ser. 2, 4: 175. 1904. Tipo: — BRASIL. Minas Gerais, Uberaba [Ad Uberaba
in Minas Geraes, Brasilia], Regnell III.106 (lectótipo aqui designado: BR 530733!). Síntipos
remanescentes: Brasil, Minas Gerais [in Brasilia, in Serra de Cristaes, Paracutú, Patrocinio, S.
Luzia], Pohl 592 (F [frag.!], M 0187118 [web!], W, NY!), Brasil, Goiás [in umbrosus ad rivulos
prov. Catalão. Aug. 34, Brasilia], Agosto 1834, Riedel 2878 (BR 530765!, G, P 00836609!).
Chomelia pohliana foi descrita com base em duas coletas diferentes realizadas em Minas
Pessoa, M.C.R. Filogenia do Gênero Chomelia Jacq. (Rubiaceae) e Revisão Taxonômica… 81
Gerais (Regnell III.106; Pohl 592) e uma terceira em Goiás (Riedel 2878). Foi escolhido
como lectótipo o material coletado por Regnell, que fazia parte da coleção do Martius,
depositado no herbário BR, e com identificação manuscrita de Müeller Argoviensis. Este
material encontra-se florido e representa muito bem a espécie descrita. Além disso, consta
no mesmo uma etiqueta original de Regnell onde há indicação de espécie nova.
=Chomelia occidentalis Müll. Arg., Flora 58: 452. 1875. ≡ Caruelina occidentalis (Müll. Arg.)
Kuntze, Rev. Gen. Pl. 1: 277. 1891. Tipo:—BRASIL. ["Brasilia occidentalis"], s.d., Tamberlik s.n.
(holótipo: G [foto!]). syn. nov.
=Chomelia brevicornu Rusby, Bull. Torrey Bot. Club 52: 140, fig. 2. 1925. Tipo:—BOLÍVIA. Beni
[Bolivia, prov. Beni, Rurrenabaque], 1000 m elev., 28 Outubro 1921 (fl.), Rusby in Mulford
Explor. 1282 (holótipo: NY!; isótipos: F [frag.!], US [web!]). syn. nov.
=Chomelia multiflora Rusby, Bull. Torrey Bot. Club 52: 141. 1925. Tipo:—BOLÍVIA. Beni
[Bolivia, prov. Beni, in copses of pampas near Lake Rogagua], 1000 m elev., 28 Outubro 1921
(fl.), Rusby in Mulford Explor. 1365 (holótipo: NY!; isótipos: BKL [web!], F [frag.!], K
000432620!, MICH [web!]). syn. nov.
=Chomelia boliviana Standl., Contr. U.S. Natl. Herb. 18(3): 135. 1916. ≡ Anisomeris boliviana
(Standl.) Rusby, Bull. Torrey Bot. Club 52: 142. 1925. = Chomelia tenuiflora Benth ex Rusby.,
Mem. Torrey Bot. Club 3(3): 45. 1893 (nom. illeg. hom.) non Chomelia tenuiflora Benth., J. Bot.
Hooker 3: 235. 1841. Tipo:—BOLÍVIA. Collected near Yungas, 1890, Miguel Bang 342 (holótipo:
US 46974 [web!]; isótipos: BR!, E 00285115 [web!], F!, K000432610!, MO124101!,
NY00131079!, WIS [web!]). syn. nov.
apresentam um apêndice mais curto ou quase inconspícuo. Por causa dessa semelhança, C. spinosa
foi erroneamente citada para o Brasil. No entanto, analisando-se os tipos dessa espécie e de outras
afins, foi possível perceber que ela, na verdade, não ocorre no Brasil.
Chomelia pohliana também pode ser confundida com C. malaneoides por causa de suas
inflorescências em cimas multifloras. Mas, C. malaneoides possui espinhos robustos curvados,
brácteas livres e as flores crassas, enquanto em C. pohliana os espinhos são retilíneos, as brácteas
são fundidas na base e as flores mais delicadas, menos carnosas.
Segundo relatos, os frutos imaturos de C. pohliana apresentam forte aroma de silicilato de
metila ao serem esmagados (W. Rodrigues 766, INPA), e quando maduros, servem de alimento aos
passarinhos (E.P. Heringer 14430, HB 64364).
Material examinado selecionado: —BRASIL. s. est., s.d., L. Riedel 2878 (BR, P); Acre. Manoel
Urbano, Seringal Santa Cruz, Rio Purus, margem direita, 9◦04’44’S, 69◦36’04 W, 28 Novembro
1996, (fl.), M. Silveira et al. 1591 (IPA 228353); Amazonas. Cachoeira Grande, 3 Novembro 1940,
Ducke 628 (NY 01060760); Manaus, estrada antiga de São Raimundo, 7 Dezembro 1954, (fr.), J.
Chagas 345 (INPA); Manaus, Bilhares-Chapada, 30 Dezembro 1958, (fr.), W. Rodrigues 766
(INPA); Manaus, arreadores do aeroporto velho, 2 Dezembro 1976, (fl.), M.R. Cordeiro 1307
(NY01060759, INPA); Distrito Federal: Brasília, BR-251, Quebrada do Neri, Rio São Bartolomeu,
21 Junho 1992, (fl.), E. Melo 766 (CEN 16584); Bacia do rio São Bartolomeu, mata junto à ponte
próxima a fazenda do Sr. Ebrair, 25 Outubro 1983, (fl.), B. A. S. Pereira 367 (IBGE 18174);
Ribeirão Taboca, afluente margem direita rio São Bartolomeu, 25 Outubro 1982, (fl.), B. A. S.
Pereira 360 (UB); Goiás: Goiânia, Setor 2, ribeirão João Leite, 25 Maio 2013, (fl., fr.), M. C.
Pessoa, M.C.R. Filogenia do Gênero Chomelia Jacq. (Rubiaceae) e Revisão Taxonômica… 84
Pessoa 817 (JPB 54166); Goianópolis, Parque Estadual Altamiro de Moura Pacheco (PEAMP),
trilha do tamanduá, M. L. Fonseca et al. 5752 (IAC 53074); Luziânia, Sítio do Dr. Jesus Reis, 26
Fevereiro 1975, (fr.), E. P. Heringer 14430 (HB 64364); Pirenópolis, Serra dos Pirineus, 15◦50’33‖
S, 48◦54’55‖W, 23 Dezembro 2006 (fl., fr.), P. G. Delprete 10015-C (GB); Serra do Caiapó, 30 km
S. of Caiapônia, road to Jataí, 950 m elev., 29 Junho 1966 (fr.), H. S. rwin et al. 17995 (IAN
127105); Mato Grosso: Barra do Garças, Fazenda Roncador, Trilha do Cachoerinha., 27 Março
1997 (fr.), N.M. Ivanauskas 1901 (JPB 54701); Miranda, 6 km ao SE de Guaicurus, 11 Junho 1973
(fl.), J. S. Silva s.n. (IAC 28236); Nossa Senhora do Livramento, Mineração Morrinho e
adjacências, Maio 2008 (fr.), R. M. Castro 1639 (CESJ 51106); Mato Grosso do Sul: Aquidauana,
distrito de Piraputanga, 18 Novembro 1990 (fl.), C. A. Conceição 2761 (CGMS 3439, JPB 51750);
Corumbá, Sub-região do Pantanal do Paraguai, RPPN Eliezer Batista, 18◦ 05’29,7‖ S, 57◦
28’17,4‖W, 87 m elev., 24 Novembro 2010 (fl.), T. H. Stefanello et al. 213 (JPB 51753); Paranaíba,
19◦20’33,6‖ S, 51◦10’34,2‖ W, 388 m elev., 18 Novembro 2004 (fl.), R. Tsuji et al. 612 (IAC
45436); Terenos, Estrada 262, km 459, entrada para Estância JL, 06 Novembro 2007 (fl.), M. G.
Bovini et al. 2656 (JPB 54626); Minas Gerais: Caldas, 1867, A. F. Regnell 106 (BR); Delfinópolis,
Estrada para Sacramento, 20º16`50,4``S, 46º54`01,5``W, 630 m, (fr.), V.C.Souza et al. 9863 (ESA
27376); Uberlândia, Estação Ecológica do Panga, 22 Dezembro 1997 (fl.), N. Markstein et al. 18
(IAC 40006); Perdizes, Estação Ambiental Galheiro, Trilha dos Primatas, 06 Dezembro 2003 (fl.),
E. K. O. Hattori et al. 184 (HUFU, MBM 331242); Pará. Alto Tapajós, Rio Cururú, Bernardino, 23
Julho 1959 (fl.), W. A. Egler & Raimundo 1005 (HB 12409); Santarém, embocadura do Rio Tapajós,
11 Dezembro 1966 (fl.), P. Cavalcante & H. Silva 1691 (IAN 126408); Rio de Janeiro: Rio de
Janeiro, Angra dos Reis, Reserva Particular Eletronuclear, 21 Setembro 2004 (fl.), M.G. Bovini & C.
M. Mynssem 2445 (RB 403973); São Paulo: Jales, 26 Outubro 1951 (fl.), W. Hoehne (SPF 13955,
SP 143121); Pirassununga, 22o 02’S, 47o30’W, 24 Novembro 1994 (fl.), S. Aragaki & M. Batalha
226 (SP 299149; Salesópolis, Boracéia, bacia do rio Claro, 22 Novembro 1957 (fl.), M. Kuhlman
4304 (SP, IAC, JPB); Tocantins: Araguaina, próximo ao córrego Lontra, Faz. Baixa Mata, 11
Dezembro 1973 (fl.), J. A. Rizzo 9488 (UB, UFG); Palmas, Rio Tocantins, sentido Porto-Palmas,
margem esquerda, 10◦11’38‖ S, 48◦25’37‖ W, 10 Novembro 2000 (fl.), A. E. Soares et al. 1135
(UFG).
Material adicional selecionado: —Bolívia. Santa Cruz: Andres Ibanez, 17◦50’S, 63◦09’W, 410 m
elev., 7 Dezembro 1988, (fl.), M.Nee 37048 (NY); Velasco, 3 km de San Ignacio en el camino a Vila
Bela, 5 Novembro 2009, (fl.), J. R. I. Wood et al. 26339 (UB); Ecuador. Napo: Cantón Tena,
Estación Biológica Jatun Sacha, Rio Napo, 01◦04’S, 77◦36’W, 400 m elev., 12-14 Dezembror 1989
Pessoa, M.C.R. Filogenia do Gênero Chomelia Jacq. (Rubiaceae) e Revisão Taxonômica… 85
(fl., fr.), W. Palacios 4766 (GB); Santiago-Zamora, 1900 m elev., 13 December 1944, (fl.),
W.H.Camp E-1486 (NY); Peru. Cusco: Quispicanchis, Camanti, 13◦13’28‖ S, 70◦45’36‖W, 21
Janeiro 2007, (fl.), L. Valenzuela et al., 8439 (GB); Maquizapa (Carretera Monzon): Huanuco, 700-
800 m elev., 21 Fevereiro 1966, (fr.), J.S. Vigo 1108 (SP); Pasco: Oxapampa, Pozuzo, 9 noviembre
2006, (fl.), E. Blasido & E. Becerra 210 (GB); San Martin: Chazuta, Rio Huallaga, 260 m elev.,
Abril 1935, (fl.), G. Klug 4119 (NY).
5.7.10 Chomelia polyantha S.F. Blake., Contr. U. S. Nat. Herb. 20: 532. 1924. ≡Anisomeris
polyantha (S.F. Blake) Rusby, Bull. Torrey Bot. Club. 52: 142. 1925. Tipo:—VENEZUELA:
Carabobo [Guaremales, road from Puerto Cabello to San Felipe, in forest, Estado Carabobo,
Venezuela], 10-100 m alt., 20 Maio 1920, H. Pittier 8856 (holótipo: US [web!]; isótipos: K!;
NY00131076!, P00836610!, VEN14947 [web!]). syn. nov.
(10)16-20 × 4-6 mm, oblongo-obovoide, angulosa, glabra ou pubérula; cálice não persistente nos
frutos maduros. Figura 7 J-L.
Material examinado selecionado: — BRASIL. Acre, Tarauacá, Seringal Joaci, Rio Taracuará, 23
Setembro 1994, (bf., fl.), D. C. Daly et al. 8332 (INPA); Amazonas, Anorí, Divisa do município
Beruri; RDS Piagaçú-Purus; Setor Cauá, cabeceira do lago muiú, 4◦11’78‖ S, 62◦06’30‖ W, 28
Dezembro 2009 (fr.), B. G. Luize 222 (INPA 234434); Pará, Alto Tapajós, Rio Carurú, 12 Fevereiro
1974 (fr.), W. R. Anderson 10831 (HB 71961, IAN 147241, NY 01060807); Bacia do Rio Xingu,
Rio Bacaja, 1 Dezembro 1980 ( bf.), G. T. Prance et al. P26570 (UB 64732); Br 163, Km 1131;
vicinity of Igarapé Natal, 15 Novembro 1977 (fl.), G. T. Prance et al. P 25441 (NY); Near Embrapa
station, at Km 23 on road Altamira-Itaituba, 29 Outubro 1977 ( bfl., fl.), C. C. Berg et al. s.n. (JPB
Pessoa, M.C.R. Filogenia do Gênero Chomelia Jacq. (Rubiaceae) e Revisão Taxonômica… 87
546606, RB 205921).
Material adicional selecionado: — VENEZUELA: Yaracuy, 26 Janeiro 1966 (fl., fr.), J. A.
Steyermark & A. Braun 94454 (NY).
5.7.11 Chomelia pubescens Cham. & Schltdl., Linnaea 4: 187. 1829. ≡ Caruelina pubescens
(Cham. & Schltdl.) Kuntze, Rev. Gen. Pl. 1: 277. 1891. ≡ Anisomeris pubescens (Cham. &
Schltdl.) Standl., Publ. Field Mus. Nat. Hist., Bot. Ser. 8(5): 361. 1931. Tipo:—BRASIL. s.d.,
Sellow s.n. (holótipo: B†; lectótipo aqui designado: F[frag.!]).
=Chomelia oligantha Müll. Arg., Flora 58: 452. 1875. ≡ Caruelina oligantha (Müll. Arg.) Kuntze,
Revis. Gen. Pl. 1: 277. 1891. ≡ Anisomeris oligantha (Müll. Arg.) Standl., Publ. Field Mus. Nat.
Hist., Bot. Ser. 8(5): 361. 1931. Tipo:—BRASIL. Bahia, "inter Vittoria et Bahia", s.d., Sellow s.n.
(holótipo: G [web!], isótipo: B †, B neg F 406!, F [frag.!], MO 1694005). syn. nov.
=Chomelia vulpina Müll. Arg., Flora 58: 452. 1875. ≡ Caruelina vulpina (Müll. Arg.) Kuntze,
Revis. Gen. Pl. 1: 277. 1891. ≡ Anisomeris vulpina (Müll. Arg.) Standl., Publ. Field Mus. Nat. Hist.,
Bot. Ser. 8(5): 361. 1931. Tipo: BRASIL. Rio de Janeiro, s.d., Sellow s.n. (holótipo: G [foto!]!;
isótipos: F [frag.!], B† neg. em F 405!). syn. nov.
repanda, ciliada, membranácea a cartácea, ligeiramente discolor, face superior estrigosa, face
inferior adpresso-pubescente; nervura principal proeminente na face inferior, nervuras secundárias
3-4-(5-6)/lado, proeminentes na face inferior, denso seríceas, arqueadas, com domácias, nervuras de
alta ordem lineoladas; pecíolo 2-6-(12) mm compr., canaliculado, seríceo a estrigoso. Cimas
unifloras, pedunculadas ou subsésseis, pedúnculo 2-22 mm compr., esparso seríceo; brácteas
subiguais, 1-3 mm compr., delicadas, ovado-lanceoladas ou estreito lanceoladas, livres, esparso
pilosas a seríceas. Hipanto 0,8-2 × 0,5-0,6 mm, obovoide, densamente seríceo; cálice cupuliforme,
tubo 0,5-0,7 mm compr., externamente seríceo, internamente glabro a glabrescente, com coléteres
na base, lacínios subiguais ou desiguais entre si, 2,5-4,5 mm compr., lanceolados, externamente
esparso seríceos, internamente glabros a glabrescentes, reflexos após a antese, ápice agudo, margem
ciliada; corola alva, prefloração imbricada, hipocrateriforme, externamente serícea, internamente
glabra a glabrescente, tubo 8-20 mm compr., lobos 2-4 mm compr., lanceolados, subpatentes ou
fracamente reflexos, ápice agudo a subagudo, curto corniculado, cornículo 0,3-0,5 mm compr.,
fortemente intumescido; anteras inclusas ou subinclusas, inseridas junto à fauce, 2,5-3 mm compr.,
oblongas; disco nectarífero inteiro, piloso; estilete 3-5,5 mm compr., incluso, glabrescente a
adpresso pubescente, ramos estigmáticos subiguais, 0,5-0,8 mm compr. Drupa 6-9 × 3-4,5 mm,
oblongoide ou obovoide, adpresso-pubescente ou serícea, vinácea na maturação; cálice persistente,
acrescente, 1-2,5 mm compr. Figura 8 A-C.
Distribuição e habitat: — Chomelia pubescens tem ocorrência reconhecida para Alagoas, Bahia,
Ceará, Espírito Santo, Rio de Janeiro e Sergipe, no domínio da Floresta Atlântica.
Fenologia: — Floresce e frutifica praticamente o ano todo.
Nomes populares: —desconhecidos.
Comentários: — Chomelia pubescens se caracteriza pelas folhas ovadas ou elípticas, com ápice
agudo a levemente acuminado, mucronado, e com nervuras proeminentes na face inferior, e pelas
flores com corola hipocrateriforme, com lobos lanceolados, agudos. Apesar de descrita como tendo
estilete glabro, os espécimes analisados apresentaram estilete glabrescente ou adpresso pubescente.
Chomelia pubescens assemelha-se aos espécimes unifloros de C. tristis, mas pode ser
facilmente distinguida pelas estípulas caudadas no ápice dos ramos mais jovens (vs. estípulas com
ápice longo setáceo-acuminado) e pelos lacínios do cálice lanceolados (vs. lacínios sublineares a
estreito lanceolados). Também se assemelha a C. brasiliana da qual se diferencia pela corola
hipocrateriforme com anteras inseridas junto à fauce (vs. corola infundibuliforme, com anteras
inseridas a 2/5 da fauce).
Pessoa, M.C.R. Filogenia do Gênero Chomelia Jacq. (Rubiaceae) e Revisão Taxonômica… 89
5.7.12 Chomelia sericea Müll. Arg., Flora 58: 451. 1875. ≡ Caruelina sericea (Müll. Arg.) Kuntze,
Revis. Gen. Pl. 1: 277. 1891. Tipo: ―BRASIL. Bahia, s.d., Casaretto 2098 (holótipo: G
[foto!], neg de G em F 25593!, MO!; isótipo: F [frag.!].
seríceo; cálice tubuloso, tubo 1-2 mm compr., externamente seríceo, internamente com uma faixa de
tricomas hirsutos e com coléteres na base, lacínios fortemente desiguais, 1-2 maiores, 2-3 menores;
o (os) maior (es) 1-1,2 mm compr., lanceolado-acuminado(s), os menores bem curtos, 0,5-0,7 mm
compr., triangulares, externamente adpresso pubescentes, internamente glabros, eretos, ápice agudo,
margem não ciliada; corola branca, prefloração imbricada, infundibuliforme, externamente serícea,
internamente glabra, tubo 17-20 mm compr., lobos 4,5-5,5 mm compr., lanceolados, subpatentes ou
patentes, ápice acuminado, corniculado, cornículo ca. 0,5 mm compr.; anteras subinclusas, inseridas
junto à fauce, 2,5 mm compr., oblongas; disco nectarífero inteiro, seríceo; estilete 3,5-5 mm compr.,
incluso, adpresso-pubescente, ramos estigmáticos subiguais, 0,5-1 mm compr. Drupa 6-7 × 3-4 mm,
oblonga, serícea, costada; cálice persistente, acrescente, ca. 2,5 mm compr. Figuras 6 D-H e 8 G-
H.
5.7.13 Chomelia tenuiflora Benth., J. Bot. (Hooker) 3: 235. 1841. ≡ Caruelina tenuiflora (Benth.)
Kuntze, Revis. Gen. Pl. 1: 277. 1891. ≡ Anisomeris tenuiflora (Benth.) Pulle, Enum. Vasc. Pl.
Suriname 442. 1906. Tipo:—GUYANA, [British Guiana: Banks of streams], Schomburgk 314
(holótipo: K000432614; isótipos: BR!, E [web], F!, G-DC [foto em MO!], L [web!], P!, TCD
[web!], U [web!], UB!).
=Chomelia atlantica Dwyer, Ann. Missouri Bot. Gard. 67(1): 96. 1980. Tipo:—PANAMÁ. [Colón:
swamp forest and bordering terra firma, ca. 0.5 km from the Río Buenaventura, near Portobelo], 30
Janeiro 1973, H. Kennedy & Gra 2242 (holótipo: MO!).
atenuadíssimo, unidas, denso hirtelas. Hipanto 1,5-2 x 1-1,5 mm, oblongo, denso estrigoso ou
seríceo; cálice tubuloso, tubo 0,5-1 mm compr., externamente seríceo, internamente glabro, com
coléteres na base; lacínios desiguais, 1,5-2,5 mm compr., estreitíssimo-triangulares a linear
atenuados, externamente denso hirtelos, internamente glabros, eretos, ápice atenuadíssimo, margem
ciliada; corola branca, prefloração imbricada, hipocrateriforme, externamente canescente
estrigilosa, internamente glabra, tubo 15-30 mm compr., lobos 4-6(-11) mm compr., lanceolados a
lanceolado-lineares, reflexos, ápice agudo a acuminado, corniculado, cornículo ca. 1 mm compr. ,
anteras subinclusas ou exsertas, inseridas junto à fauce, 2,5-3 mm compr., oblongas ou lineares;
disco nectarífero lobado, glabro; estilete 12,5 mm compr., incluso, glabro, ramos estigmáticos
iguais, 1,2-2 mm compr. Drupa 8-16 × 3-6 mm, oblongoide, obovoide ou elipsoide, estrigilosa,
vinácea ou negra na maturação; cálice persistente, acrescente, 5-8 mm compr. Figuras 8 A -C e 9
A-C.
km 26, Reserva Florestal Ducke, 2◦53’ S, 59◦58’ W, 4 Setembro 1996 (fl.), M. T. V. Campos & P. A.
C. L. Assunção 608 (INPA 187824); 2-3 km SW of Labrea, Outubro 1968 (bf.), G. T. Prance et al.
7985 (INPA 24783); 16 Setembro (fl., fr.), M. C. Pessoa et al. 854 (INPA, JPB); Maraãa, rio Japurá,
margem direita, Ati Paraná. 06 Novembro 1982 (fl.), I. L. Amaral et al. 366 (INPA, UB); Mato
Grosso: Cárceres, 45 km SE of Pontes e Lacerda on road to Cárceres (BR 174), 30 Outubro 1985
(fl.), W. Thomas et al. 4662 (INPA; NY); Rondônia: along the rio Pacaás Novos, between the first
and second cachoeira, 220 m elev., 19 Março 1978 (fl.), W. R. Anderson 12194 (NY; UB 63247);
Roraima: Ilha de Maracá, SEMA Ecological Reserve, 3◦24’N, 61◦26’W, 13 Maio 1987 (fl.), fr.), W.
Miliken 205 (INPA 167404; NY01060771); Ilha de Maracá, Alto Alegre, SEMA Reserva Ecológica,
3◦22’N, 61◦20’W, 7 Junho 1986 (fr.), M. J. G. Hopkins et al. 560 (INPA 152181).
5.7.14 Chomelia triflora (J.H.Kirkbr.) Delprete & Achille, Blumea 55(2): 165–167. 2010. ≡
Antirhea triflora J.H.Kirkbr., BioLlania, Ed. Espec 6: 396. 1997. Tipo:— GUIANA
FRANCESA: Savane Roche de Virginie, Bassin de I’Approuague, 80 m elev., 4°11'N, 52°
09'W, 9 Fevereiro 1991 (fl.), Cremers & Petronelli 11718 (holótipo: US [web!]; isótipos:
CAY, P!).
Distribuição e habitat: — Espécie endêmica da bacia Amazônica, com registro apenas na Guiana
Francesa e no Brasil, no estado do Amazonas. Aparentemente, as duas populações são disjuntas,
uma na Guiana Francesa, na região das Montanhas Nouragues, e a outra em Manaus e
proximidades.
Fenologia: — Floresce de outubro a março, e frutifica de janeiro a junho.
Nomes populares: — desconhecidos.
Comentários: — Chomelia triflora tinha sido coletada no Brasil desde 1955, mas, vinha sendo
erroneamente identificada como C. estrellana, uma espécie endêmica da Mata Atlântica, de quem se
distingue pelos ramos escandentes (vs. eretos), inflorescência 2-3(-4)-floras (vs. uniflora), estípulas
5-10 mm compr. (vs. 2-4 mm compr.) e pelo pedúnculo 20-60 (-85) mm compr. (vs. 9-12 mm
compr.).
Março 1996 (fr.), M.T.V. A. Campos et al. 575 (INPA, MO, NY, RB, SPF), 4 Maio 1994 (fr.), J. E. L.
S. Ribeiro et al. 1304 (INPA, K, MO, NY, P, SPF), 19 Janeiro 1996 (fr.), M. A. S. Costa 723 (BM,
INPA, K, MO, NY, SPF, UEC, US).
5.7.15 Chomelia tristis Müll. Arg., Flora 58: 452. 1875. ≡ Caruelina tristis (Müll. Arg.) Kuntze,
Rev. Gen. Pl. 1: 277. 1891. ≡ Anisomeris tristis (Müll. Arg.) Standl. Publ. Field Mus. Nat.
Hist., Bot. Ser. 8(5): 361. 1931. Tipo: ―BRASIL. Rio de Janeiro, Macahé, s.d. (fl.), Riedel
649 (lectótipo aqui designado: BR 530681!; isolectótipos: BR 530714!, G-frag. foto!;
K000432613!, P00836613!, B neg. em F!). Síntipo remanescente: BRASIL: Rio de Janeiro,
s.d. Riedel 1060 (BR 552314!).
seríceo a denso seríceo, internamente glabro, com coléteres na base, lacínios desiguais, 2-5-(8) mm
compr., sublineares a estreito-lanceolados, externamente seríceos a denso seríceos, internamente
pubérulos ou glabros, eretos, ápice agudo a longo acuminado, margem ciliada; corola branca,
prefloração imbricada, hipocrateriforme, externamente serícea a esparso-serícea, internamente
glabra, tubo longo e delgado, 12-26 mm compr., lobos 3-5 mm compr., lanceolados, patentes, ápice
agudo, curto corniculado, cornículo ca. 1 mm compr.; anteras subinclusas ou inclusas, inseridas
junto à fauce, 2-2,5 mm compr., oblongas; disco nectarífero inteiro, puberulento ou seríceo; estilete
10-13 mm compr., incluso, esparso adpresso-pubescente a glabrescente, ramos estigmáticos iguais
ou subiguais, 0,5-1,5 mm compr. Drupa 12-15 × 4-6 mm, obovoide, pubescente, vinácea na
maturação; cálice persistente, acrescente, 2-5 mm compr. Figura 8 J-L.
Mariana, 18 Dezembro 1997 (fr.), E. Tameirão Neto 2644 (BHCB, NY); Rio de Janeiro, Estado da
Guanabara, Macaé, 700-900 m elev., 18 Abril 1985 (fr.), G. Martinelli, C. Farney & S. Pessoa
10736 (RB); Magé, Distrito do Aleixo, Fazenda Florestal do Pico, 25 Setembro 2007, 200-250 m
elev. (fl.), M. Nadruz et al. 1922 (JPB, RB); (fr.), M. Nadruz et al. 1926 (JPB, RB); Santa Maria
Madalena, s.d, A. Lisboa s.n (JPB 54587, RB 2641); Serra do Mendanha, 600-700 m elev., 9 Abril
1970 (fl.), D. Sucre et al. 6599 (RB); Teresópolis, Parque Nacional da Serra dos Órgãos,
22◦26’56‖S, 43◦00’47‖W, 1500 m alt., 9 Janeiro 2005 (fr.), J. J. W. Wesenberg et al. 354 (RB).
Os nomes acima, excluídos deste tratamento, correspondem a uma mesma espécie, a qual foi
reconhecida tanto a partir da análise morfológicas, quanto moleculares (realizadas por Pessoa et al.
2016, cap. 1), como não pertencente ao gênero Chomelia. No entanto, estudos serão necessários
para que se possa avaliar o melhor posicionamento dessa espécie na tribo Guettardeae.
5.9 AGRADECIMENTOS
5.10 REFERÊNCIAS
Achille, F.; Motley, T.; Lowry II, P.P. & Jérémie, J. 2006. Polyphyly In: Guettarda L. (Rubiaceae,
Guettardeae) based on ITS sequence data. Annals of the Missouri Botanical Garden 93: 106–
124.
Barbosa, M.R.V. 2007. Chomelia in Wanderley, M.G.; Shepherd, G.J.; Melhem, T.S. & Giulietti,
A.M. Flora Fanerogâmica do Estado de São Paulo. Vol.5.
Barbosa, M.R.V. & Pessoa, M.C.R. 2015. Chomelia in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim
Botânico do Rio de Janeiro. Disponível
em:<http://floradobrasil.jbrj.gov.br/jabot/floradobrasil/FB13859>. Acesso em: 18 Jan. 2016.
Bremer, B.; Eriksson, T. Time tree of Rubiaceae: phylogeny and dating the Family, subfamilies and
tribes. International Journal of Plant Sciences, Chicago, v. 170, p. 766-793, 2009.
Brummitt, R. F. & Powell, C. E. (1992) Authors of plant names. Royal Botanic Gardens Press, Kew.
Burger, W. C. & Taylor, C. M. 1993. Flora Costaricensis. Family 202 Rubiaceae. Fieldiana, Bot. n.s.
33: 1-333.
Campos, M. T. V. A.; Zappi, D. C.; Calió, M. F. & Pirani, J. R. 2006. Flora de Grão-Mogol, Minas
Gerais: Rubiaceae. Bol. Bot. Univ. São Paulo 24: 41-67.
Delprete, P. G. 2004. Rubiaceae. Pp. 328-333. In: Smith, N.; Mori, S. A.; Henderson, A.; Stevenson,
D. W.; Heald, S. V. (eds.). Flowering plants of the Neotropics. Princeton University Press, New
Jersey.
Delprete, P.G. 2008. A new species of Chomelia (Rubiaceae, Guettardeae) from the Brazilian
Planalto. Blumea 53: 393-398.
Delprete, P.G. 2010. Rubiaceae. In: J.A. Rizzo (Coord.). Flora de Goiás e Tocantins. Coleção Rizzo,
Vol. 40, parte I – Gêneros A-H. PP. 1-580. UFG-IRD. Goiania, GO, Brasil.
Delprete, P.G; Achille, F. & Mouly, A. 2010. Four new combinations in Chomelia and Stenostomum
(Rubiaceae, Guettardeae) from Central America, the Guianas and Amazon Basin. Blumea
55:164-170.
Delprete, P.G. & Cortés-B., R. ―2006‖ [2007]. A synopsis of the Rubiaceae of the states of Mato
Grosso and Mato Grosso do Sul, central-western Brazil, with a key to genera, and a preliminary
Pessoa, M.C.R. Filogenia do Gênero Chomelia Jacq. (Rubiaceae) e Revisão Taxonômica… 99
1916.
Standley, P. C. 1936. Rubiaceae Publ. Field Mus. Nat. Hist., Bot. Ser. 13(6): 120.
Standley, P. C. 1931. Rubiaceae. In Publ. Field Mus. Nat. Hist., Bot. Ser. 8(5): 363.
Steyermark, J. A. 1967. Tribe Guettardeae.333–341. In Maguire, B. and collaborators.
(editors).Botany of the Guayana Highland–Part VII. Mem. New York Bot. Gard Vol. 17 (1):
Steyermark, J. A. 1974. Rubiaceae. 1–2070. in Lasser, T. (editor). Flora de Venezuela, Vol. 9(1–
3).Instituto Botánico, Dirección de Recursos Naturales Renovables, Ministerio de Agricultura
y Cría.Caracas.
Taylor, C. M., Campos, M. T.V.A. & Zappi, D. 2007. Flora da Reserva Ducke, Amazonas, Brasil:
Rubiaceae. Rodriguésia 58:549-616.
Taylor, C. M; & Gereau, R. E. 2010. Rubiacearum Americanarum Magna Hama Pars XXIII:
Overview of the Guettardeae Tribe in Central and South America, with Five New Species and
Three New Combinations in Chomelia, Neoblakea, Pittonis and Stenostomum. Novon 20: 351-
362.
Taylor, C. M., Steyermark, J. A.; Delprete, P. G.; Vicentini, A.; Corte´s, R.; Zappi, D.; C. Persson,
C.; Costa, C. B. & Anunciacão, E. A. 2004. Rubiaceae. Pp. 497–847 In: Berry, P. E.,
Yatskievych, K. & Holst, B. K. (eds.), Flora of the Venezuelan Guayana, Vol. 8. Poaceae-
Rubiaceae. Missouri Botanical Garden Press, St. Louis.
Pessoa, M.C.R. Filogenia do Gênero Chomelia Jacq. (Rubiaceae) e Revisão Taxonômica… 101
Almeida-Scabbia, R.J. 5032 (8); 5054 (8); 5232 (8). Amaral, I.L. 366 (13). Amaral Jr., A. 42 (2).
Amorim, A.M. 1456 (1). Amorim, B.S. 1269 (1). Amorim, E.H. 419 (9); 641 (2). Anderson, W.R.
10831 (10); 12194 (13). Andrade, E.N. 43718 (3). Andreata, R.H.P. 428 (11). Anunciação, E.A. 507
(8); 728 (9); 763 (8); 784 (14). Aragaki, S. 226 (7). Arantes, A.A. 1035 (9). Araújo, F.S. 1451 (7).
Araújo, G.M. 288 (2). Araújo, S. 524 (4). Árbocz, G.F. 100 (2). Arruda, R. 423 (2). Arzolla,
F.A.R.D.P. 247 (3); 399 (9); 633 (3). Assis, A.M. 1589 (5). Assis, J.S. 70 (7). Assis, P.F. 347 (7); 490
(7). Assunção 420 (14); Bacariça, E.M. 44 (9). Barbosa, E. 1988 (9). Barbosa, M.R. 1797 (7); 2772
(7). Barreto, K.D. 3105 (3); 3410 (7). Barreto, M. 24942 (8); 35273 (8). Barros, F. 501 (3); 2739
(2). Barros, F.de 2739 (2). Barroso, G.M. 301 (7). Barros, W.D. 1013 (5). Bautista, H.P. 1384 (7);
1591 (7); 1617 (7); 1669 (7); 1741 (7). Bazarian, S.V. 168 (3). Bernacci, L.C. 295 (2); 744 (9);
1604 (9); 1698 (7); 2977 (3); 3018 (3). Bertani, D.F. 5 (3). Bertoncini, A.P. 875 (2); 911 (2); 974
(7). Bianchini, R.S. 1433 (3); 1572 (8). Bivini, M.G. 526 (3). Blanchet 2391 (7). Bovini M.G. 2656
(7). Bovini, M.G. 2445 (7); 2656 (9). Brade, A. 9065 (8). Brade, A.C. 16636 (5). Braga, J.M.A. 2471
(4); 2539 (3). Braga, P.I. 3407 (6). Brandão, E.K.S. 56 (11). Bridgewater, S.S. 1107 (7). Brito, J.M.
4 (6); Camargo, P.F.A. 470 (7); 471 (7); 490 (7). Campos, M.T.V. 608 (13). Campos, M.T.V.do A.
575 (14). Carvalho, A.M. 4107 (1). Castro, A.S.F. 1565 (11). Castro, R.M. 1639 (7). Catharino,
E.L.M. 214 (7); 981 (2); 1857 (9). Cavalcante, P. 1691 (7). Cavalcanti T.B. 2627 (7). Cavalcanti,
T.B. 2627 (7). Cezare, C.H.G.Souza-Silva 419 (9). Chagas, J. 345 (7). Cid, C.A. 4632 (7). Coelho,
D.F. 3727 (6). Coelho, L.S. 434 (7). Conceição, C.A. 2761 (7). Cordeiro, J. 143 (3); 1430 (3).
Cordeiro, M.R. 1307 (7). Costa, A.S. 24600 (1). Costa, E.F. 8 (3). Costa-Lima, J.L. 540 (7); 661
(11); 971 (7). Costa, L.V. 464 (9). Costa, M.A.A. 84 (3). Costa, M.A.S. 723 (14). Cunha, S.A. 259
(9). Custodio Filho, A. 1902 (8); 2060 (8); Daly, D.C. 8332 (10). Davidse, G. 11680 (7); 11720 (7).
Davis, P.H. 60805 (3). Delprete, P. 1998 (11). Delprete, P.G. 9177 (9); 9487 (7); 9514 (7). Demuner,
V. 552 (7); 953 (15); 1873 (4); 2619 (4). Dias, A.C. 60 (3). Dick, C. 208 (13). Duarte, A.P. 920 (3);
Pessoa, M.C.R. Filogenia do Gênero Chomelia Jacq. (Rubiaceae) e Revisão Taxonômica… 102
1462 (7); 4817 (11); 5941 (7). Ducke 628 (7). Ducke, A. 4997 (6); 16309 (6); 22922 (6); 54588 (6).
Dusén, P. 6728 (3); Echternacht, L. 695 (11). Egler, W.A. 1005 (7). Eiten, G. 4277 (7); 10417 (7).
Eugenio, J. 1113 (11); Falkenberg, D.B. 4486 (3). Faria, J.E.Q. 2101 (2). Farney, C. 4571 (7).
Félix, L.P. 3909 (7); 7789 (7). Ferraz, E.M.N. 786 (1). Ferreira, V.F. 41 (3). Filho, A.C. 1902 (8);
2060 (8). Flores, T.B. 149 (8). Foli, D.A. 6451 (11). Folli, D.A. 142 (11); 5104 (11); 5482 (7); 6314
(7); 6451 (11). Fonseca, M.L. 5164 (7); 5752 (7). Forero, E. 8716 (3). França, F. 2989 (7); 3290
(7). Franco, G.A.D.C. 707 (3); 4532 (2). Froés, R.L. 25869 (6); 34878 (6). Furlam, A. 161 (7);
Gadelha Neto, P.C. 3614 (7). Garcia-González, J.D. 1199 (1). Gibbs, P.E. 3276 (3); 4347 (9).
Giordano, L.C.S. 942 (11). Glaziou 10940 (7); 19441 (7). Glaziou 8749 (3). Godoi, J.V. 176 (9).
Góes, O.C. 139 (4). Gomes, M. 250 (3). Gorenstein, M.R. 16242 (2). Grupo Pedra do Cavalo 911
(7); 913 (7); 921 (7). Grupo Pedra do Cavalo 330 (12); 995 (12). Guedes, M.A.de A. 84 (11).
Guedes, M.L. 966 (7); 980 (7); 5215 (1); 5216 (7); 7827 (7); 10039 (7). Guimarães, J.G. 92 (7).
Gusmao, E. 373 (1); 398 (1); 468 (1). Gusmão, E.F. 130 (7); 458 (7); Hatschbach, C. 6731 (7).
Hatschbach, G. 8280 (3); 22731 (3); 37761 (7); 45297 (3); 63733 (9); 65409 (9); 71078 (7); 74267
(2). Hatschbach, M. 74267 (2). Hattori, E.K.O. 184 (7). Hemmendorff, E. 233 (2). Heringer, E.P.
1173 (9); 5408 (9); 13877 (7); 14430 (7); 17219 (7). Hoehne, F.C. 28423 (3). Hopkins, M.J.G. 560
(13); Irwin, H.S. 17995 (7); 18073 (7); 19144 (9); 24306 (7); 26963 (9); 29142 (8); 31316 (7).
Ivanauska, N.M. 1901 (7). Ivanauskas, N.M. 1507 (3); 1901 (9); 6152 (3); 6255 (7); Jardim, J.G.
4292 (1). Jarenkow, J.A. 2944 (7). Jesus, N.G. 189 (7); 456 (7). Juchum, F. 38 (1). Jung, S.L. 339
(3); 345 (3); Kinoshita, L.S. 142 (3); 244 (3). Kirizawa, M. 696 (7); 1540 (3); 1784 (3); 1864 (3).
Kirkbride Jr., J.H. 77 (7). Klein, R. 1666 (3). Kollmann, L. 549 (11); 1003 (15); 1331 (15); 5084
(15); 5184 (15); 7259 (15). Korte, A. 5103 (3). Kotchetkoff-Henriques, O. 420 (2); 422 (2); 423 (2);
424 (2); 493 (7); 500 (9). Krieger L. 23371 (8). Krieger, P.L. 12569 (6). Krug, H. 2205 (7).
Kuhlman, M. 4304 (7). Kuhlmann, M. 1346 (7); 1504 (7); 2733 (3); 3381 (3); 4304 (9); Landim, M.
369 (7). Landrum, L.R. 2093 (3). Larpin 633 (14). Leitão, H.F. 1142 (8). Leite, H.F. 1142 (8).
Lemos, C. 28308 (3). Leoni, L.S. 581 (15). Lima, C.R. 228 (7). Lima, H.C. 70 (3). Lima, R.A.F. 548
(3); 859 (3). Lindeman, J.C. 169 (3). Lisboa, P. 1105 (6). Lizidatti, C.S. 8 (9). Loefgren, A. 1532 (2).
Lombardi, J.A. 2305 (7). Loureiro, D.M. 392 (1). Loureiro, R.L. 200 (2). Loureiro, R.L.de 200 (2).
Luize, B.G. 222 (10). Lyra-Lemos, R.P. 7469 (7); Magalhães, L.C.S. 297 (9). Magnago, L.F.S. 812
(4). Maia, L.A. 12 (6). Mantovani, E. 223 (9). Mantovani, W. 244 (2); 1381 (9). Manzatto, A.G. 24
(2); 163 (2). Marinero, F. 224 (3). Markstein, N. 18 (7). Marquete, R. 1253 (3); 3383 (5).
Marroquim, P.M.G. 42 (7). Martinelli, G. 7189 (6); 10736 (15). Martins, F.R. 10001 (2). Mattos, J.
13191 (9). Mattos, J.R. 8519 (7). Mattos Silva, L.A. 1889 (7). Medeiros, H. 313 (6). Medeiros, M.M.
2 (9). Medri, C. 281 (7). Mello-Silva, R. 2177 (3). Melo, E. 766 (7). Melo, E. 766 (9). Melo, M.R.F.
Pessoa, M.C.R. Filogenia do Gênero Chomelia Jacq. (Rubiaceae) e Revisão Taxonômica… 103
923 (3); 1196 (8). Mendes, S. 541 (2); 963 (9). Mendonça, N.T. 505 (1). Mendonça, R.C. 889 (7).
Meyer, S. 15471 (9); 16029 (9). Miers 4135 (5). Miliken, W. 205 (13). Miranda, A.M. 4895 (7);
5050 (7). Miranda, C.A. 374 (7). Moncaio, E. 223 (9). Moraes J.C. 1300 (7). Moraes, J.C. 1300 (7).
Moraes, P.L.R. 364 (3); 505 (3); 700 (3); 845 (3); 963 (3); 1137 (3). Moreira, I.S. 152 (7). Motta,
J.T. 2482 (3). Moura, C. 126 (3). Moura, O.T. 1081 (7). Muker 220 (2). Muniz, F.H. 205 (7);
Nadruz, M. 1922 (15); 1926 (15). Neri, F.M. 27923 (2). Neto, E.T. 1738 (9); 1740 (2); 3095 (9).
Neto, M.P. 256 (9). Neto, S.J.S. 1773 (3). Neto, S.R. 216 (3). Nicolack, V. 82 (3). Nicolau, S.A. 1772
(2); 3200 (2); 3294 (2). Noblick, L.R. 2633 (7). Novaes, C. 11875 (2). Nusbaumer, L. 4099 (11);
Oliveira, E. 1633 (7). Oliveira, F.C.A. 2398 (7). Oliveira, M.O. 1127 (1). Oliveira, M.R.L. 427 (11).
Oliveira, P.I. 651 (3); Pagano, A.S.N. 113 (2). Pastore, J.A. 1556 (3). Pastore, J.F.B. 111 (7). Paula-
Souza, J. 3905 (7); 4106 (9). Peckolt, T. 367 (5). Pedralli 16009 (7). Pereira, A.B. 128 (3). Pereira,
B.A.S 3116 (7). Pereira, B.A.S. 360 (7). Pereira, E. 4949 (7). Pereira-Noronha, M.R. 1587 (7).
Pereira-Silva, G. 6236 (9); 6639 (7); 8951 (7); 14036 (6). Pessoa, M.C. 727 (1); 800 (1); 801 (1);
807 (15); 808 (15); 809 (11); 815 (7); 817 (7); 863 (3); 864 (3); 13209 (1). Pickel, B. 19810 (7).
Pickel, D.B. 19786 (7). Pifano, D.S. 538 (3). Pinheiro, M.H.O. 145 (2); 205 (9); 249 (9); 632 (9);
641 (7); 746 (9). Pirani, J.R. 3187 (9); 4903 (3); 4904 (8). Pires, J.M. 2028 (7). PLK 9502 (3).
Plowman, T. 8575 (7); 9245 (7). Poncy 889 (14). Prance, G.T. 7985 (13); Queiroz, L.P. 881 (7);
1135 (7); 2956 (7); 4845 (7), 10707 (12); 12114 (12); Ratter, J.A. 4011 (9); 6758 (7). Regnell, A.F.
106 (7). Reitz 5592 (3); 10055 (3); 10088 (3). Reitz 2858 (8). Revilla, J. 8675 (7). Ribas, O.S. 183
(3); 909 (3); 3682 (3). Ribeiro, A.J. 448 (7). Ribeiro, J.E.L.S. 1304 (14); 1482 (6). Richard 221 (8).
Riedel, L. 2878 (7). Rizzo 9488 (7). Rodrigues, E.A. 283 (9). Rodrigues, R.R. 50 (9). Rodrigues, W.
766 (7); 9033 (6). Romaniuc Neto, S. 216 (3). Roque, A.A. 1457 (7). Rosa, N.A. 2465 (7); 2467 (7).
Rossi, L. 2156 (3). Rozza, A. 134 (2); Santos, A. 56 (8). Schatz, G.E. 886 (7). Schwacke 11864 (8).
Sevilha, A.C. 2114 (9). Shepherd, G.J. 3826 (9). Silva Filho, F.A. 2019 (7). Silva, G.P. 1152 (7);
1910 (2). Silva, G.P.da 1910 (2). Silva, I.M. 23 (9). Silva, J.M. 3071 (3). Silva, J.S. 162 (9); 682 (7);
28236 (7). Silva, M.F.F. 273 (7); 1113 (7). Silva, M.G. 4021 (7). Silva, M.T.B. 56 (7). Silva, N.T.
4986 (7). Silva, S. 180 (7). Silva, S.J.G. 89 (3). Silva, S.S. 180 (7). Silva, T.M.C. 1 (7); 64 (7). Silva,
T.M.C.da 64 (7). Silveira, M. 1591 (7). Simão-Bianchini 590 (3). Simão-Bianchini, R. 590 (3).
Smith, L.B. 7390 (3); 14095 (7). Soares, A.E. 1135 (7). Sobral, M. 4614 (7); 6299 (7); 14436 (8).
Souza, J.P. 134 (3). Souza V.C. 9863 (7). Souza, V.C. 7470 (7); 8954 (3); 9863 (9); 10845 (7);
30254 (3); 30255 (3); 30256 (3); 30257 (8). Spaolonzi, K. 72 (3). Stefanello, T.H. 213 (7).
Stehmann, J.R. 5886 (11); 13716 (9). Sucre, D. 6408 (3); 6599 (15); 8946 (3). Sugiyama, M. 1021
(3); 1253 (3); Tamashiro, J.Y. 325 (7). Tameirao Neto, E. 2644 (15). Tameirão Neto, E. 1740 (2).
Taroda, N. 18294 (9). Teixeira, E.M. 35595 (9); 36229 (9). Thomas, W. 4662 (13). Thomas, W.W.
Pessoa, M.C.R. Filogenia do Gênero Chomelia Jacq. (Rubiaceae) e Revisão Taxonômica… 104
9423 (1). Torres, R.B. 92 (7). Tsuji, R. 612 (7); 1793 (7); Udulutsch, R.G. 554 (3); 702 (3); Valadão,
R.M. 309 (1); 770 (1). Verdi, M. 5480 (3); 5531 (3). Viana, G. 478 (7). Viani, R.A.G. 462 (7). Viegas,
A.P. 3903 (7); 42030 (7). Vieira, F.C.S. 538 (3). Vieira, M.C.W. 1041 (2); 1053 (2); 2235 (2); Walter,
B. 966 (7). Walter, B.M.T. 5134 (9). Wesenberg, J.J.W. 354 (15); Xavier, A.B. 290 (7); Yoshida-Arns,
K. 158 (7); Zappi, D.C. 3446 (3). Zarucchi, J.L. 2739 (6). Ziller, S.R. 962 (3); 1385 (3). Zipparro,
V.B. 1924.
Pessoa, M.C.R. Filogenia do Gênero Chomelia Jacq. (Rubiaceae) e Revisão Taxonômica… 105
FIGURA 2. A-E: Chomelia brasiliana A. Hábito; B. Detalhe da folha, face inferior; C. Botões
florais; D. Flor, vista dorsal; E. Flor, vista ventral; E. Fruto imaturo. A-E: Marinero 224 (MBM).
Pessoa, M.C.R. Filogenia do Gênero Chomelia Jacq. (Rubiaceae) e Revisão Taxonômica… 107
FIGURA 3. A-E: Chomelia estrellana. A. Ramo espinescente; B. Folha, face superior; C. Detalhe
da folha, face superior; D. Detalhe da folha, face inferior; E. Botão floral. F-I: Chomelia
malaneoides. F. Ramo florido; G. Estípula; H. Inflorescência; I. Antera. A-E: S. Araújo 524 (RB) F-
I: H. Medeiros 313 (RB 507764); I: R. L. Froés 34878 (IAN103675).
Pessoa, M.C.R. Filogenia do Gênero Chomelia Jacq. (Rubiaceae) e Revisão Taxonômica… 108
FIGURA 6. A-C: Chomelia pohliana. A. Ramos floridos; B. Botão floral; C. Fruto maduro. D-H:
Chomelia sericea. D. Folha, face superior; E. Folha, face inferior; F. Flor isolada; G. Corola; H.
Ramo frutífero. A-C: M. C. Pessoa 817 (JPB 54166); D-G: Grupo Pedra do Cavalo 995 (ALCB,
CEPEC, HUEFS 860, NY); H: Grupo Pedra do Cavalo s.n. (RB 324787).
Pessoa, M.C.R. Filogenia do Gênero Chomelia Jacq. (Rubiaceae) e Revisão Taxonômica… 111
FIGURA 7. A-C: Chomelia obtusa. A. Ramo florido. B. Frutos maduros. C. Inflorescência. D-F:
Chomelia pohliana. D. Hábito. E. Detalhe da inflorescência com flor aberta. F. Inflorescência em
botões. G-I: Chomelia pedunculosa. G. Ramo florido. H. Ramo frutificado. I. Detalhe do lobo da
corola. J-L: Chomelia polyantha. J. Detalhe da folha e inflorescência. K.Inflorescência. L. Flor
(lado esquerdo), botão floral (lado direito).
Pessoa, M.C.R. Filogenia do Gênero Chomelia Jacq. (Rubiaceae) e Revisão Taxonômica… 112
FIGURA 8. A-C: Chomelia pubescens. A. Ramo florido. B. Detalhe da folha, cálice e disco
nectarífero. C. Flor inteira. D-F: Chomelia triflora. D. Inflorescência. E. Hipanto. F. Fruto maduro.
G-H: Chomelia sericea. G. Inflorescência. H. Detalhe do cálice. I: Chomelia tenuiflora. I. Detalhe
do lobo da corola. J-L: Chomelia tristis. J. Ramo frutificado. K. Inflorescência. L. Fruto imaturo.
Pessoa, M.C.R. Filogenia do Gênero Chomelia Jacq. (Rubiaceae) e Revisão Taxonômica… 113
FIGURA 9. A-C: Chomelia tenuiflora. A- Ramo; B. Flor isolada; C. Fruto imaturo. D-H.
Chomelia triflora. D. Ramos floridos; E. Ramo espinescente; F. Estípula; G. Hipanto; H. Fruto. D-
H: F. Mello & D. Coelho s.n. (IAN 92229, INPA, RB).
Pessoa, M.C.R. Filogenia do Gênero Chomelia Jacq. (Rubiaceae) e Revisão Taxonômica… 114
NGD
First record of Chomelia triflora (J.H.Kirkbr.) Delprete & Achille (Rubiaceae) from Brazil
Maria do Céo R. Pessoa1,2*, Claes Persson3, Alexandre Antonelli3,4 and Maria Regina de V.
Barbosa2
Graduação em Biologia Vegetal, R. Prof. Nelson Chaves s/n, Cidade Universitária, 50670-
Skottsbergs gata 22B, P.O. Box 461, SE 405 30, Göteborg, Sweden.
4 Gothenburg botanical garden, Carl Skottsbergs gata 22A, SE 41319, Göteborg, Sweden.
Abstract: This paper presents the first record of Chomelia triflora from Brazil, to date, a species
only known from French Guiana. After examining herbaria collections and doing fieldwork in the
Brazilian Amazon, we found that the species also occurs in and around the Ducke Reserve in the
state of Amazonas, Brazil. Our finding increases the data about the Brazilian Amazon forest and
[page break]
Pessoa, M.C.R. Filogenia do Gênero Chomelia Jacq. (Rubiaceae) e Revisão Taxonômica… 117
<INTRODUCTION>
6.1 Introduction
Chomelia Jacq. is one of the largest Neotropical genera of the tribe Guettardeae, Rubiaceae, with 50
to 76 accepted species distributed from Central Mexico to Paraguay (Steyermark 1974, Anderson
1992). Its major centres of diversity are the Andean cloud forests, the Guyana Highlands, and the
Atlantic forest of Brazil (Delprete et al. 2010). Thirty-seven species of Chomelia have been
recorded for Brazil of which 28 are considered endemic (Barbosa and Pessoa 2015). The genus
occurs in all Brazilian biomes, but is more diverse in the Atlantic Forest and the Cerrado.
During an on-going revision of Chomelia we collected several specimens on field trips in Brazil
between 2012 and 2015, and studied these and other collections made available online (indicated/
marked with an asterisk) or on loan from several herbaria (BM, BR, C*, EAFM, F, G*, GB,
HUAM, IAN, INPA, JPB, K, MIRR, MO, NYBG, P, R, RB, S, SP, SPF, UFRR, UEC, US*). We
discovered several specimens of Chomelia triflora (J.H.Kirkbr.) Delprete & Achille collected in and
around the Reserva Florestal Adolpho Ducke, near Manaus, Amazonas state, Brazil (Fig. 1).
Pessoa, M.C.R. Filogenia do Gênero Chomelia Jacq. (Rubiaceae) e Revisão Taxonômica… 118
<IDENTIFICATION>
6.3 identification
The specimens were identified by comparison with the original description and type material
(Delprete et al. 2010, Kirkbride 1997). Until now, C. triflora had been considered endemic to the
French Guiana, where it was only known from the type locality, the Savane Roche de Virginie
(inselberg), and two additional collections from the Nouragues Mountains, associated with rocky
outcrops or gallery forests (Delprete et al. 2010). The oldest Brazilian specimens were collected in
1955, but had been erroneously identified as Chomelia estrellana Müll. Arg., which is an endemic
species from the Atlantic forest and can be readily distinguished from C. triflora by its erect lateral
branches (vs. scandent), stipules 2-4 mm long (vs. 5-10 mm ) and peduncle 9-12 mm long (vs. 20-
60(-85) mm ).
<DISCUSSION>
6.4 discution
Chomelia triflora (J.H.Kirkbr.) Delprete & Achille, Blumea 55(2): 165–167. 2010. Antirhea
Treelets or shrubs up to 4 m tall, with scandent branches; stems occasionally armed with woody
spines. Stipules 5-10 × 2-5 mm, unilobate, narrowly triangular to triangular, persistent. Leaf blades
(6-)9-13 × (3.7-)4.5-6 cm, elliptic, ovate or lanceolate, rarely obovate, acuminate to cuspidate at the
apex, attenuate at the base, discolorous, chartaceous to papyraceous; pilose to hirsute above;
secondary veins arcuate, 5-7(-8) on each side, prominent; petioles (5-)10-15 mm long, velutinous to
peduncles terete, 2-6(-8.5) cm long, hirsute; with 4-6 bracts at the base. Flowers 4-merous, sessile;
hypanthium cylindrical, 2-5 × 0.7-1.5 mm long, densely velutinous or densely hirsute. Calyx lobes
laciniate, irregular unequal or two shorter and two longer lobes, subulate to oblong-lanceolate,
hirsute outside, glabrous inside, with colleters, ciliate at the margins. Corolla hypocrateriform,
white to yellowish white, densely sericeous outside, glabrous inside; tube 1.2-2 mm long; lobes 4-7
mm long, elliptic to ovate, acute and corniculate at the apex, densely sericeous. Stamens 4, included
or only the tips exserted, attached near the mouth; anthers apiculate at the apex, caudate at the base.
Ovary 2-locular; style 10-14 mm long, included, glabrous, style branches 2, unequal, 1-1.5 mm
long, narrowly elliptic to lanceolate. Drupes 12-20 × 5-10 mm when dry, ellipsoid to oblong-
ellipsoid, hirsute to sparsely hirsute, costate, purple, calyx persistent, 8-10 mm long, drying rust-
brown.
Material examined: Brazil. Amazonas: Manaus, Br-17, km 3, 21.XII.1955, fl., F. Mello & D.
Coelho s.n. (IAN 92229, INPA 3161); Manaus-Itacoatiara, rodovia AM-010, km 26, Reserva
Florestal Ducke, 02°53'S, 59°58'W, 4.V.1994, fr., J.E.L.S. Ribeiro et al. 1304 (INPA 177864,
K001212188, MO 05056263), 19.I.1996, fr., M.A.S. Costa 723 (INPA 185089, UEC 102389),
22.III.1996, fr., M.T.V. do A. Campos et al. 575 (INPA 185071, MO 05059674, RB 381063),
30.X.1996, fl., P.A.C.L. Assunção 420 (INPA 188937), 7.II.2000, fr., E.A. Anunciação & E.C.
Pereira 784 (INPA 205207, NY 538629, RB 387664). French Guiana. Savane Roche de Virginie,
Bassin de I’Approuague, 80 m elev., 4°11'N, 52°09'W, 9.II.1991, fl., G. Cremers & P. Petronelli
27.III.1992, fl., O. Poncy 889 (MO 5304170); Bassin de I’Arataye, Nouragues Mountains, 4°03'N,
Chomelia triflora is endemic to the Amazon forest. In French Guiana it is associated with rocky
outcrops surrounded by forests or gallery forests (Delprete and Achille 2010). In the Brazilian
Pessoa, M.C.R. Filogenia do Gênero Chomelia Jacq. (Rubiaceae) e Revisão Taxonômica… 120
Amazon it grows in lowland forests (―terra firme‖), gallery forests, or forests seasonally inundated
by white-water rivers (―várzea‖). Flowering specimens were collected from October to March, and
The species seems to be restricted to a few very small populations in undisturbed forest. The two
known populations are disjunct, one in French Guiana, in the region of the Nouragues Mountains,
and the other near Manaus, Brazil (Fig. 1). These two areas are separated by a region known as the
Transverse Dry Belt of Brazil (Davis et al. 1997), which presents a distinct seasonal climate with
winter droughts that, when associated with sandy soils, favors the growth of a mosaic of vegetation
types, including savanna formations and semi-open to open forests. However, the gallery forest
along rivers and even the moist forests of some river basins may have connected the two regions
during early Pleistocene, favoring the migration of species from the French Guiana into the Amazon
The new record of C. triflora presented here increases our knowledge on the distribution of the
species but also suggests that its disjunction may be the result of poor sampling between the two
localities where it occurs. It is conceivable that C. triflora could in fact occur in small populations
in other unsampled forest fragments between the two sites. The time lag of 60 years separating the
collection and correct identification of Chomelia triflora – a 4-meter tall treelet – indicates that
improving sampling efforts and training more taxonomists, especially in a country of continental
dimensions such as Brazil, should be the key to reverse the taxonomic impediment in the Brazilian
Amazon (Schum et al. 2007, Bortolus 2008, Ebach et al. 2011, Thomas et al. 2012).
Pessoa, M.C.R. Filogenia do Gênero Chomelia Jacq. (Rubiaceae) e Revisão Taxonômica… 121
ACKNOWLEDGEMENTS
6.5 Acknowledgements
We thank all herbarium curators for facilitating the use of botanical collections, Regina Carvalho
for the drawings (Fig. 1) and Alexander Zizka, Hans ter Steege and Wayt Thomas for comments on
an earlier draft of this manuscript. Funding for this work was provided by Conselho Nacional de
Swedish Research Council (B0569601), the European Research Council under the European
Union’s Seventh Framework Programme (FP/2007-2013, ERC Grant Agreement n. 331024), and a
LITERATURE CITED
Andersson, L.A. 1992. A provisional checklist of Neotropical Rubiaceae. Scripta Botanica Belgica
1: 1-199.
Barbosa, M.R. and Pessoa, M.C.R. 2015. Chomelia, In: Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim
Bortolus, A. 2008. Error Cascades in the Biological Sciences: The Unwanted Consequences of
7447(2008)37[114:ECITBS]2.0.CO;2.
Pessoa, M.C.R. Filogenia do Gênero Chomelia Jacq. (Rubiaceae) e Revisão Taxonômica… 122
Davis, S.D., Heywood, V.H., Herrera-MacBryde, O, Villa-Lobos, J. and Hamilton, A.C. (eds).
1997. Centres of Plant Diversity: a guide and strategy for their conservation. Vol 3. The
Delprete, P.G., Achille, F. and Mouly, A. 2010. Four new combinations in Chomelia and
Stenostomum (Rubiaceae, Guettardeae) from Central America, the Guianas and Amazon Basin.
Ebach, M.C., Valdecasas, A.G. and Wheeler, Q.D. 2011. Impediments to taxonomy and users of
taxonomy: accessibility and impact evaluation. Cladistics 27: 550–557. doi: http:// 10.1111/j.1096-
0031.2011.00348.x.
Mori, S.A.; Prance, G.T. 1987. Phytogeography In: Mori, S.A. and collaborators The Lecythidaceae
of a lowland Neotropical forest. Mem. New York Bot. Gard. 44: 55-71.
Schulman, L., Toivonen, T. and Ruokolainen, K. 2007. Analysing botanical collecting effort in
Amazonia and correcting for it in species range estimation. Journal of Biogeography, 34: 1388–
1399. doi:10.1111/j.1365-2699.2007.01716.x
Steyermark, J. A. 1974. Rubiaceae. 1–2070. In Lasser, T. (editor). Flora de Venezuela, Vol. 9(1–3).
Cría. Caracas.
Thomas, W. W., Forzza, R. C., Michelangeli, F.A., Giulietti, A.M. and Leitman, P. M. 2011. Large-
scale monographs and floras: the sum of local floristic research, Plant Ecology & Diversity. doi:
10.1080/17550874.2011.622306
Pessoa, M.C.R. Filogenia do Gênero Chomelia Jacq. (Rubiaceae) e Revisão Taxonômica… 123
Author contributions:
MCRP collected the data, MCRP, MRVB and CP identified the specimens, MCRP, MRVB, CP and
FIGURE CAPTIONS
Figure 1. Political map of South America showing the current distribution of Chomelia triflora in
the state of Amazonas (Brazil) and in French Guiana. (Previous known distribution, black spots) of
Figure 2. Chomelia triflora (J.H.Kirkbr.) Delprete & Achille. (A) Leaf blade; adaxial surface (B)
fertile branch (C) Stipule; adaxial surface (D) detail of the inflorescence (condensed cymes) (C)
Hypanthium (D) Flower (E) Fruit. Illustration by Regina Carvalho, drawn from F. Mello & D.
Figure 1. Political map of South America showing the current distribution of Chomelia triflora in
the state of Amazonas (Brazil) and in French Guiana. (Previous known distribution, black spots) of
Figure 2. Chomelia triflora (J.H.Kirkbr.) Delprete & Achille. (A) Leaf blade; adaxial surface (B)
fertile branch (C) Stipule; adaxial surface (D) detail of the inflorescence (condensed cymes) (C)
Hypanthium (D) Flower (E) Fruit. Illustration by Regina Carvalho, drawn from F. Mello & D.
7. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Pessoa, M.C.R. Filogenia do Gênero Chomelia Jacq. (Rubiaceae) e Revisão Taxonômica… 127
7 Considerações Finais
- Este trabalho é uma contribuição à taxonomia e filogenia de Chomelia, com contribuições também
para a taxonomia e filogenia da tribo Guettardeae.
- A revisão taxonômica das espécies de Chomelia aqui apresentada resultou no reconhecimento de
15 espécies para o Brasil: C. bahiae, C. bella, C. brasiliana, C. estrellana, C. hirsuta, C.
malaneioides, C. obtusa, C. pedunculosa, C. pohliana, C. polyantha, C. pubescens, C. sericea, C.
tenuiflora, C. triflora e C. tristis. Destas oito são endêmicas do Brasil.
- Quanto à distribuição geográfica:
C. bahiae, C. brasiliana, C. estrellana, C. hirsuta, C. pedunculosa, C. pubescens e C.
tristis são endêmicas da Mata Atlântica;
C. malaneoides, C. tenuiflora, C. triflora e C. polyantha, são endêmicas da
Amazônia;
C. sericea é endêmica da Bahia, associada à de caatinga, cerrado e floresta atlântica;
C. bella e C. pohliana tem ocorrência exclusiva na América do Sul de forma disjunta
ocorrendo apenas em formações abertas (savânicas) desta região e
C. obtusa apresenta ampla distribuição na América do Sul.
- Dentre as 15 espécies reconhecidas nesse tratamento, quatro foram referidas para menos de cinco
localidades: C. sericea (BA), C. estrellana (ES, RJ), C. hirsuta (ES, RJ) e C. triflora (AM, Brasil e
Guiana Francesa), o que pode apontar para uma provável necessidade medidas conservacionistas.
- Como resultado da análise de cerca de 4.000 espécimes de Chomelia e gêneros relacionados, bem
como consulta aos tipos nomenclaturais e protólogos dos nomes publicados, foram propostos 17
novos sinônimos e designados 11 lectótipos relacionados às espécies brasileiras de Chomelia.
- Foram excluídos deste tratamento quatro nomes associados à espécie Chomelia ribesioides, a qual
foi reconhecida, tanto a partir do estudo morfológico, quanto molecular, como não pertencente ao
gênero em estudo. Entretanto, novos estudos são necessários para que se possa avaliar o melhor
posicionamento dessa espécie dentro da tribo Guettardeae.
- As análises filogenéticas, baseadas em sequências plastídiais completas, geraram uma árvore de
consenso com alto suporte para praticamente todos os clados recuperados. Além disso, este estudo
revelou novas relações dentro de Guettardeae e apontou para a necessidade de reavaliação do
posicionamento taxonômico de alguns gêneros da tribo.
- Os resultados obtidos confirmaram Chomelia s.str. como um gênero monofilético, distinto de
Guettarda, e irmão de Tournefortiopsis. Contudo, novos estudos são necessários para uma melhor
avaliação da posição de C. obtusa, uma vez que sua morfologia já indicava uma possível exclusão
Pessoa, M.C.R. Filogenia do Gênero Chomelia Jacq. (Rubiaceae) e Revisão Taxonômica… 128
REFERÊNCIAS
ACHILLE, F.; MOTLEY, T.; LOWRY II, P.P.; JÉRÉMIE, J. Polyphyly In: Guettarda L.
(Rubiaceae, Guettardeae) based on ITS sequence data. Annals Miss. Bot. Garden, Saint Louis,
v. 93, p. 106–124. May 2006.
BARBOSA, M.R.V.; PESSOA, M.C.R. 2016. Chomelia. Lista de Espécies da Flora do Brasil.
Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em:
<http://floradobrasil.jbrj.gov.br/jabot/floradobrasil/FB13859>. Acesso em: 18 Jan. 2016.
BATEMAN, A.; QUACKENBUSH, J. Bioinformatics for Next Generation Sequencing.
Editorial. v. 25, n. 4, p.429. 2009.
BIRKY, C.W.J., MARUYAMA, T. & FUERST, P. An approach to population and evolutionary
genetic theory for genes in mitochondria and chloroplasts, and some results. Genetics,
Maryland, v. 103, p. 513–527. Mar. 1983.
BRÄUTIGAM, A.; GOWIK, U. 2010. What can next generation sequencing do for you? Next
generation sequencing as a valuable tool in plant research. Plant Biology, Stuttgart, v. 12,
p.831–841. Nov. 2010.
BREMER, B. Phylogenetic studies within Rubiaceae and relationships to other families based on
molecular data. Opera Botanica Belgica, Stockholm, v. 7, p. 33-50. 1996.
BREMER, B.; ERIKSSON, O. Time tree of Rubiaceae: phylogeny and dating the family, subfamily,
and tribes. International Journal of Plant Science, Chicago, v. 170, p. 766-793. 2009.
BORHIDI, A. Resinanthus, género nuevo de Rubiaceae (Guettardeae). Acta Bot. Acad. Sci. Hung.,
Budapest, v. 49, n. 3–4, p. 311–317. 2007.
BORHIDI, A. Revalidation of the genus Tournefortiopsis Rusby, (Guettardeae, Rubiaceae) and a
new Guettarda from Costa Rica. Acta Bot. Acad. Sci. Hung., Budapest, v. 50, n. 1, p. 61-72.
2008.
BORHIDI, A. ; FERNANDEZ, M.Z. The genus Stenostomum C.F. Gaertn. (Rubiaceae) or the
reconsideration of the new world Antirhea species. Acta Bot. Hung., Budapest, v. 38,p. 157-
166. 1993-1994.
BORTOLUS, A. Error Cascades in the Biological Sciences: The Unwanted Consequences of Using
Bad Taxonomy in Ecology. Ambio, Stockholm, v. 37, n. 2, p. 114-118. 2008.
BRUMMITT, R. F.; POWELL, C. E. Authors of plant names. Kew. Royal Botanic Gardens Press,
Pessoa, M.C.R. Filogenia do Gênero Chomelia Jacq. (Rubiaceae) e Revisão Taxonômica… 130
1992.
CAMPOS, M. T. V. A.; ZAPPI, D. C.; CALIÓ, M. F.; PIRANI, J. R. Flora de Grão-Mogol, Minas
Gerais: Rubiaceae. Bol. Bot. Univ. São Paulo, São Paulo, v. 24, p. 41-67. 2006.
CARVALHO, M.C.C. G.; Silva, D.C. G. Sequenciamento de DNA de nova geração e suas
implicações na genômica de plantas. Ciência Rural, Santa Maria Cidade, v. 40, n. 3, p. 735-
744. 2010.
CRONN , R.; KNAUS , B. J.; LISTON , A. P.; MAUGHAN, J.; PARKS, M.; SYRING, J. V. &
UDALL, J. Targeted enrichment strategies for next-generation plant biology. American
Journal of Botany, Saint Louis, v. 99, p. 291-311. 2012.
DAVIS, A. P.; GOVAERTS, R.; BRIDSON, D.M. A global assessment of distribution, diversity,
endemism, and taxonomic effort in the Rubiaceae. Ann. Missouri Bot. Gard., Missouri, v. 96, p.
68-78. 2009.
DELPRETE, P. G. Rubiaceae. In: Smith, N.; Mori, S. A.; Henderson, A.; Stevenson, D. W.; Heald,
S. V. (eds.). Flowering Plants of the Neotropics. Princeton University Press, New Jersey. p.
328-333. 2004.
DELPRETE, P.G. A new species of Chomelia (Rubiaceae, Guettardeae) from the Brazilian Planalto.
Blumea, Leiden, v. 53, p. 393-398. Oct. 2008.
DELPRETE, P.G. Rubiaceae. In: J.A. Rizzo (Coord.). Flora de Goiás e Tocantins. Coleção Rizzo,
Goiânia, v. 40, n.1, p. 1-580. 2010.
DELPRETE, P.G; ACHILLE, F.; MOULY, A. Four new combinations in Chomelia and
Stenostomum (Rubiaceae, Guettardeae) from Central America, the Guianas and Amazon Basin.
Blumea, Leiden, v. 55, p. 164-170. 2010.
DELPRETE, P. G. ; JARDIM, J. Systematics, taxonomy and floristics of Brazilian Rubiaceae: an
overview about the current status and future challenges. Rodriguésia, Rio de Janeiro, v. 63, n.
1, p. 101-128. 2012.
DWYER, J. D. 1980. Rubiaceae. In Woodson Jr, R. E., R. W. Schery, and collaborators. (editors).
Flora of Panama–Part IX. Ann. Miss. Bot. Garden, Missouri, v. 67, p. 1–522. 1980.
EBACH, M.C., VALDECASAS, A.G.; WHEELER, Q.D. Impediments to taxonomy and users of
taxonomy: accessibility and impact evaluation. Cladistics, v. 27, p. 550–557. Feb. 2011.
GOVAERTS, R.; RUHSAM, M.; ANDERSSON, L.; ROBBRECHT, E.; BRIDSON, D. M.; DAVIS,
A. P.; SCHANZER, I and SONKÉ, B. World Checklist of Rubiaceae. The Board of Trustees
of the Royal Botanic Gardens, Kew. Disponível em: <http://www.kew.org/wcsp/rubiaceae>.
Acesso em Novembro 2011.
HOOKER, J.D. Tribus XIII. Guettardeae (Rubiaceae). In: G. Bentham & J.D. Hooker, Genera
Pessoa, M.C.R. Filogenia do Gênero Chomelia Jacq. (Rubiaceae) e Revisão Taxonômica… 131
MORI, S.A.; PRANCE, G.T. Phytogeography In: Mori, S.A. and collaborators The Lecythidaceae
of a lowland Neotropical forest. Mem. New York Bot. Gard., New York, v. 44, p. 55-71.
1987.
MOYNIHAN, J.; WATSON, L.E. Phylogeography, Generic Allies, and Nomenclature of Caribbean
Endemic Genus Neolaugeria (Rubiaceae) Based on Internal Transcribed Spacer Sequences.
International Journal of Plant Sciences, v. 162, n. 2, p. 393-401. 2001.
MÜLLER Argoviensis, J. Rubiaceae brasilienses novae. Flora, Munique, v. 58, n. 29, p. 449-464.
1875.
MÜLLER Argovensis, J. Rubiaceae. In: C. F. P. von Martius, Flora Brasiliensis, Munique, v. 6, p.
5, p. 79-105. 1881.
NOCK, C.J., WATERS, D.L.E., EDWARDS, M.A., BOWEN, S.G., RICE, N., CORDEIRO, G.M. ;
HENRY, R.J. Chloroplast genome sequences from total DNA for plant identification. Plant.
Biotechnol., v. 9,p. 328–333. 2011.
RADFORD, A.E.; Dickison, W. C.; Massey, J. R. Vascular plant systematic. Harper & Row
Publishers, New York. 1974.
ROBBRECHT, E. Tropical woody Rubiaceae. Opera Botanica Belgica, Bruxellas, v. 1, p. 1-271.
Pessoa, M.C.R. Filogenia do Gênero Chomelia Jacq. (Rubiaceae) e Revisão Taxonômica… 132
1988.
ROVA, J. H. E.; DELPRETE, P.; ANDERSSON, L.; ALBERT, V. A. 2002. A trnL-F cpDNA
sequence study of the Condamineeae–Rondeletieae–Sipaneeae complex with implications on
the phylogeny of the Rubiaceae. American Journal of Botany, Saint Louis, v. 89, p. 145–159.
Jan. 2002.
ROVA, J.H.E., DELPRETE, P.G., BREMER, B. The Rondeletia complex (Rubiaceae): an attempt to
use ITS, rps16, and trnL-F sequence data to delimit Guettardeae, Rondeletieae, and sections
within Rondeletia. Annals Miss. Bot. Garden, Saint Louis, v. 96, p. 182–193. Apr. 2009.
RUSBY, H. H. Tournefortiopsis. Bulletin of the New York Botanical Garden, New York, v. 4, p.
369. 1907.
SAMSON, N., BAUSHER, M. G., LEE, S.-B., JANSEN, R. K.,; DANIELL, H. The complete
nucleotide sequence of the coffee (Coffea arabica L.) chloroplast genome: organization and
implications for biotechnology and phylogenetic relationships amongst angiosperms. Plant
Biotechnology Journal v. 5, n. 2, p. 339–353. 2007.
SHENDURE, J.; JI, H. Next-generation Sequencing. Nat. Biotechnol., v. 26, p. 1135-1145. Oct.
2008.
SOUSA, F.P.S.T. Next-generation Molecular Systematics and Evolution. Insights into Medicago.
2015. PhD thesis. Department of Biological and Enviromental Sciences.University of
Gothenburg. Gothenburg. 2015.
STEYERMARK, J. A. Tribe Coussareae. In: B. Maguire & J. J. Wurdack (eds). Botany of the
Guayana Highlands – part VII. Mem. New York Bot. Gard., New York, v. 17, n. 1, p. 360-371.
1967.
STRAUB, S.C.K.; PARKS, M.; LISTON, A. Navigating the tip of the genomic iceberg: next-
generation sequencing forplant systematics. Am J Bot., Saint. Louis, v. 99, p. 349–364. Oct.
2012.
TAYLOR, C. M.; CAMPOS, M. T.V.A.; ZAPPI, D. 2007. Flora da Reserva Ducke, Amazonas,
Brasil: Rubiaceae. Rodriguésia, Rio de Janeiro, v. 58, n. 3, p. 549-616. 2007.
TAYLOR, C. M.; GEREAU, R. E. Rubiacearum Americanarum Magna Hama Pars XXIII:
Pessoa, M.C.R. Filogenia do Gênero Chomelia Jacq. (Rubiaceae) e Revisão Taxonômica… 133
Overview of the Guettardeae Tribe in Central and South America, with Five New Species and
Three New Combinations in Chomelia, Neoblakea, Pittonis and Stenostomum. Novon, St.
Louis, v. 20, n. p. 351-362. 2010.
TAYLOR, C. M. et al. Rubiaceae. In: BERRY, P. E., YATSKIEVYCH, K. & HOLST, B. K. (eds.).
Flora of the Venezuelan Guayana, St. Louis, v. 8. Poaceae-Rubiaceae. p. 497–847, 2004.
THOMAS, W. W. et al. Large-scale monographs and floras: the sum of local floristic research,
Plant Ecology & Diversity. v. 5, p. 217-233, Nov. 2011.
Pessoa, M.C.R. Filogenia do Gênero Chomelia Jacq. (Rubiaceae) e Revisão Taxonômica… 134
ANEXOS
Pessoa, M.C.R. Filogenia do Gênero Chomelia Jacq. (Rubiaceae) e Revisão Taxonômica… 135
Phytotaxa
Pessoa, M.C.R. Filogenia do Gênero Chomelia Jacq. (Rubiaceae) e Revisão Taxonômica… 137
Check List