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Agrupamento de Escolas de Gouveia

Ficha Informativa
Biologia e Geologia
11º Ano de Escolaridade
Curso: Ensino Secundário – Curso Científico e Tecnológico

Sistemática dos Seres Vivos


2. Taxonomia e Nomenclatura

a) A Taxonomia é o ramo da Biologia que se ocupa da Classificação dos


seres vivos e da Nomenclatura dos grupos formados.

b) A Sistemática surge com o desenvolvimento da Biologia Comparativa.


Engloba dados da Taxonomia e da Biologia Evolutiva para tentar
compreender a história evolutiva dos organismos e as suas relações
de parentesco.

c) Foi Lineu que propôs um Sistema Hierárquico de Classificação tendo a


espécie como unidade básica da Classificação.

As Espécies agrupam-se em
Géneros que se agrupam em
Famílias que se agrupam em
Ordens que se agrupam em
Classes que se agrupam em
Reinos.

Posteriormente foi criado o taxon Filo (ou Divisão) entre a Classe e


o Reino.

Foram ainda criadas categorias intermédias dos taxa existentes:


sub-…, super-…, infra-…

Exemplo: Filo Cordata


Sub-filo Vertebrata
Classe Mamalia
Conceito de espécie:
conjunto de indivíduos com o mesmo fundo genético,
morfologicamente (anatómica e fisiologicamente)
semelhantes, que se cruzam entre si e originam descendência
fértil.

Apenas o taxon espécie é natural!

Dois seres vivos são tanto mais próximos quanto maior for o nº de
taxa comuns!

d) Nomenclatura

São conhecidas diversas designações populares para os indivíduos,


pelo que se tornou necessário a atribuição de um nome científico a
cada um.

d.1) Com John Ray (sec. XVII) teve início uma

Nomenclatura Polinominal

em que os nomes científicos eram extensos e de difícil utilização, em


que consistia numa longa sequência de termos correspondentes à
descrição do organismo. Por exemplo, o nome da abelha era Apis,
pubescens, thorace sub-grisea, abdomine fusca, pedibus, pasticis
glabris utrinque margine ciliatis.

(Hoje o nome científico da abelha é apenas Apis melifera)

A língua utilizada para a atribuição dos nomes científicos era o Latim


pelo facto de ser uma língua morta.
d.2) Lineu (1707 – 1778) propôs uma

Nomenclatura Binominal
em que:

i) o nome científico era composto por duas palavras, o nome genérico


(substantivo e 1ª letra maiúscula) e o restritivo específico (ou epíteto
específico) (adjetivo e 1ª letra minúscula);
ii) quando não se sabe (ou não se pode dizer) o nome da espécie, para esta
apenas se utiliza a abreviatura sp. a seguir ao nome genérico (ou spp.
se for referido no plural);
ii) os taxa superiores à espécie são apenas Uninominais;
iii) quando existem sub-espécies a designação é Trinominal;
iv) os nomes científicos são escritos em itálico ou sublinhados;
v) pode-se-lhe seguir o nome do cientista que atribuiu o nome à espécie em
causa;
vi) pode ainda ser colocado, após uma vírgula ou entre parêntesis, o ano em
que o nome da espécie foi publicado;
vii) comumente, nos animais o nome da família termina em …idae (ex:
Strigidae – mochos; Lacertidae – lagertos e lagartixas) e nas plantas em
…aceae (ex: Cucurbitaceae – abóboras; Rosaceae - rosáceas).

Exemplos:
Hyla arborea (rela) ou Sus scrofa (javali)
Crocus sativus (açafrão) ou Arbutus unedo (medronheiro)
Motacilla flava subsp. (ou ssp.) flava (alvéola amarela)
Juniperus communis nana Syme (zimbro)
Quercus pyrenaica Willd (carvalho negral)
Castanea sativa Miller (castanheiro)
Canis familiaris L., 1758 (cão doméstico)

Atualmente existem Associações Internacionais de Taxonomia que gerem a


atribuição de nomes científicos para que:
i) não exista repetição de nomes para organismos diferentes;
ii) não existam designações diferentes para o mesmo organismo.

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