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Universidade Federal do Sergipe

Classificação e nomenclatura
zoológica

Professor: Roberto Schwarz Junior


Os animais aquáticos, e de uma maneira geral, são tão numerosos que,
para serem estudados, devem ser grupados convenientemente e
denominados, isto é, classificados.

Classificá-los é distribuí-los metódica ou sistematicamente em grupos


formados segundo as afinidades mais ou menos íntimas que nos pareçam
evidentes entre esses seres.

A parte da ciência referente ás classificações e ás regras que determinam o


estabelecimento dos métodos e sistemas denomina-se taxonomia.

Classificações naturais

Os taxonomistas têm-se esforçado em organizar a árvore genealógica dos


seres vivos, procurando evidenciar, não somente as diferenças, como as
relações de parentesco entre os pontos extremos dessa árvore, que
representam as espécies atuais conhecidas.

Contribuindo, dessa forma para a resolução de uma das questões mais


interessantes da biologia, qual seja a da historia da evolução de tais seres
Torna-se, entretanto, extremamente difícil determinar as afinidades em
todos esses pontos extremos, porque muitos dos ramos dessa arvore,
representando os seres que deram origem àquelas espécies, ainda não
foram convenientemente estudados.

Pela apreciação dos caracteres de organização dos seres conhecidos, isto


é, seriando-os ordenadamente segundo a homologia, de modo a ficarem
perto do tronco comum os tipos mais generalizados ou simples; os mais
especializados ou complexos nos pontos extremos, e, entre eles, os de
caracteres intermediários.

Estabelecem-se deste modo as classificações ou métodos naturais.


Caracteres Básicos Utilizados na Classificação

• Embriologia - dist. de vitelo, clivagem, etc.

• Celoma – acelomados, pseudocelomados ou celomados

• Origem da boca – protostômios ou deuterostômios

• Presença de cavidade digestiva – Parazoa ou Eumetazoa

• No de folhetos germinativos – diploblásticos ou triploblásticos

• Coluna vertebral – invertebrados ou vertebrados

• Simetria

• Segmentação

• Apêndices

• Esqueleto
Conforme já fora mencionado, esta classificação segue uma
estrutura hierárquica, espécies são agrupadas em grupos maiores
(gênero), mais inclusivos, que são incluídos em grupos ainda mais
inclusivos (famílias) e assim por diante.
REINO Categorias taxonômicas
SUB-REINO, FILO obrigatórias: Phylum, Classe,
Subphylum Ordem, Família, Gênero e
CLASSE Espécie
Superclasse
Subclasse
ORDEM
SUBORDEM
INFRAORDEM
SUPERFAMILIA
FAMILIA
Disciplina: ZOOLOGIA SUB-FAMILIA
AQUÁTICA TRIBO
GENERO
Categorias taxonômicas facultativas: SUBGÊNERO
Subphylum, Superclasse, Subclasse, ESPECIE
Infraclasse, Coorte, Superordem, Subespécie
Subordem, Infraordem Superfamília, Variedade
Subfamília, Tribo, Subgênero,
Subespécie, Variedade
A TAXONOMIA E NOMENCLATURA EM ANIMAIS

Portanto a espécie é menor categoria taxonômica (obrigatória), e que


descreve as características mais exclusivas de um determinado organismo.

Conceito de espécie

Do Latim Species = tipo

Conceito Biológico (Mayr, 1953) → Grupo natural de populações ativa ou


potencialmente entrecruzantes e reprodutivamente isolado de todos os
demais grupos similares (grupos naturais, isolados reprodutivamente de
outros grupos)

Embora os descendentes nunca sejam absolutamente


semelhantes, nem mesmo em se tratando de indivíduos de
uma mesma geração, o grau de variação que neles se observa
é, via de regra, imperceptível.
Muitas espécies apresentam diferenças morfológicas insignificantes, que
são ligadas entre si por tipos intermediários bem definidos, ou por
simples variações dependentes de condições ecológicas que se
perpetuam (neste caso consideradas subespécies ou variedades).

Gênero

As espécies diferenciam-se pelos chamados caracteres específicos


(únicos). Podemos freqüentemente distribuí-las em grupos constituídos
por duas ou mais espécies, consideradas vizinhas pelo
compartilhamento de certos caracteres (caracteres genéricos).

A cada um desses grupos de espécies dá-se o nome de gênero


NOMENCLATURA ZOOLÒGICA

Para não haver confusão na designação científica dos animais, são hoje
universalmente adotadas regras de nomenclatura promulgadas através de
códigos internacionais de nomenclatura zoológica.

• O primeiro Código, proposto por BLANCHARD e adotado no 1.º Congresso


reunido em Paris em 1889,

• Este mesmo código foi novamente adotado no 2.º Congresso reunido em


Moscou em 1892.

• Nos Congressos subseqüentes foram definitivamente aprovadas as chamadas


Regras Internacionais de Nomenclatura Zoologica, hoje acrescidas de varias
decisões suplementares.

Escolheram os zoólogos a décima edição do Systema Naturae de CARL VON


LINNÉ. (LINNAEUS), publicada em 1758, para servir de base e ponto de partida
da nomenclatura binaria.

PS: Serão a seguir tratadas somente as principais regras Nomenclaturais


utilizadas.
REGRAS de NOMENCLATURA ZOOLÒGICA

1)A nomenclatura das espécies é latina (o latim é considerada uma “língua


morta”, não sujeita a variações) e binominal, isto é, cada espécie é designada por
duas palavras: a primeira (em maiúsculo) que representa o nome do gênero a
que pertence e a segunda propriamente o da espécie considerada (escrita em
minúsculo).

Exemplo: sardinha verdadeira – Sardinella brasiliensis, sendo o gênero Sardinella


e a espécie brasiliensis.
REGRAS de NOMENCLATURA ZOOLÒGICA

A nomenclatura das subespécies e variedades é tri nominal, sendo o nome da


subespecie ou variedade acrescentado ao da espécie, "sem interposição de
qualquer sinal de pontuação".

Exemplo: tetra cego – Astyanax fasciatus mexicanus


REGRAS de NOMENCLATURA ZOOLÒGICA

Dos nomes de categorias superiores a gêneros

O nome de FAMÍLIA é formado acrescentando-se ao radical do gênero que serve


de tipo o final idae e o de subfamilia, acrescentando-se esse mesmo radical o
final inae.

Ex: Família CLUPEIDAE (família a qual pertencem as sardinhas e arenques)

Genero: tipo Clupea

Clupea harengus - arenque


REGRAS de NOMENCLATURA ZOOLÒGICA

Dos nomes de gênero

Os nomes de gênero devem consistir em uma palavra simples, única, latina ou


latinizada. Devem também ser empregados como substantivos no nominativo
singular e "escritos com A PRIMEIRA LETRA MAIÚSCULA“.

Exemplo: Sardinella

Do nome específico

Os nomes das espécies, quer sejam substantivos ou adjetivos concordando em


gênero com o nome genérico, devem igualmente ser únicos.

No caso em que duas palavras devam compor o nome específico ou são reunidas
por um traço de união ou escritas em uma só palavra

Ex: sanctae-catharinae ou sanctaecatharinae


REGRAS de NOMENCLATURA ZOOLÒGICA

Do nome específico

Quando se dedica uma espécie a uma pessoa que tenha um nome moderno, para
a declinação latina, é feita a adição de um i ao nome completo da pessoa se for
homem, e de ae se for mulher.

Ex: mariae (Maria), cruzi (Cruz)

Corydoras schwartzi
REGRAS de NOMENCLATURA ZOOLÒGICA

Do nome do autor

Todo nome de uma espécie é vinculada ao autor que primeiramente descreveu a


espécie e publicou a descrição.

Quando se tiver de citar o nome do autor com o respectivo nome científico, este
deve ser colocado logo após o nome científico, geralmente entre parêntesis
seguido de vírgula e da data da publicação).

Ex: Sardinella brasiliensis (Steidachner, 1859)

Tipos

Segundo determinação dos Congressos de Nomenclatura Zoologica, qualquer


nova descrição de um grupo sistemático sistemático seja acompanhada de uma
diagnose individual e diferencial, escrita de preferência em alemão, inglês, francês,
italiano ou latim.
REGRAS de NOMENCLATURA ZOOLÒGICA

Tipos

Nas descrições de espécies, subespécies e variedades, é indispensável assinalar:

a)a localidade e a data referentes ao material típico;

b) o que constitui o material típico, isto é, numero de exemplares, informações


sobre o sexo desses exemplares, nome do coletor;

c) em que coleção se acha guardado o material típico e qual o numero de ordem


que apresenta.

• Quando o autor de uma espécie ou de uma subespécie fundamenta a sua


descrição em um único exemplar, este é considerado o holotipo da espécie.

• Se, além do tipo, o autor da espécie, no momento de descrevê-la, possui outros


exemplares, estes são os paratipos (dentre os quais foi escolhido o tipo).

• Se o autor não escolher um espécime da série típica para servir especialmente


de tipo e basear a sua descrição no resultado do exame de todos os espécimes da
série, estes serão os cotipos da espécie.
REGRAS de NOMENCLATURA ZOOLÒGICA

Tipos

• Dá-se o nome de alotipo a um paratipo do sexo oposto ao do holotipo.

• Metatipo é um espécime comparado pelo autor da espécie com o tipo e por ele
determinado como sendo da mesma espécie.

• Homotipo é um espécime comparado com o tipo por outra pessoa que não o
autor da espécie, e por ele determinado como sendo da mesma espécie, porém,
não procedente da localidade em que foi encontrado o tipo.

• Neotipo é um espécime oriundo da mesma região geográfica, de preferência da


localidade em que foi encontrado o tipo, escolhido por um especialista ou pelo
autor da espécie, para substituir o holótipo que se tenha estragado ou perdido
ou que se ache em mau estado de conservação.
REGRAS de NOMENCLATURA ZOOLÒGICA

Tipos

Nas descrições de espécies, subespécies e variedades, é indispensável assinalar:

a)a localidade e a data referentes ao material típico;

b) o que constitui o material típico, isto é, numero de exemplares, informações


sobre o sexo desses exemplares, nome do coletor;

c) em que coleção se acha guardado o material típico e qual o numero de ordem


que apresenta.

• Quando o autor de uma espécie ou de uma subespécie fundamenta a sua


descrição em um único exemplar, este é considerado o holotipo da espécie.

• Se, além do tipo, o autor da espécie, no momento de descrevê-la, possui outros


exemplares, estes são os paratipos (dentre os quais foi escolhido o tipo).

• Se o autor não escolher um espécime da série típica para servir especialmente


de tipo e basear a sua descrição no resultado do exame de todos os espécimes da
série, estes serão os cotipos da espécie.

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